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A MORTE DE CRISTO EM TRÊS ATOS_PRISÃO, JULGAMENTO E CRUCIFICAÇÃO

João 18-19

INTRODUÇÃO

Sem dúvida a crucificação de Jesus Cristo foi dos maiores evento de toda história da
humanidade! No madeiro estava sendo pregado o salvador, o redentor! Do ponto de vista
humano, a condenação foi uma tragédia, uma injustiça sem igual; do ponto de vista divino,
a consumação do plano salvífico, o estabelecimento cabal do pacto da graça! Sem o pacto da
graça, sem a dádiva da morte substitutiva, toda humanidade estaria perdida,
irremediavelmente sem perdão! Nesse sermão veremos, portanto, os fatos, sua interpretação
e aplicações quanto à morte do Rei Jesus!

ESBOÇO

I – A PRISÃO DE JESUS CRISTO (18.1-18)


A. Jesus no Getsêmani (1-11)
B. Jesus perante Anás (12-14)
C. Pedro nega a Jesus (15-18)

II – JULGAMENTO DE JESUS (18.19-19.16)


A. Anás interroga a Jesus (18.19-24)
B. De novo, Pedro nega a Jesus (18.25-27)
C. Jesus Perante Pilatos (18.28-19-16)

III – A CRUCIFICAÇÃO (19.17-42)


A. A crucificação (17-22)
B. Os soldados deitam sortes (23-27)
C. A morte de Jesus (28-30)
D. Um soldado abre o lado de Jesus com uma lança (31-37)
E. O sepultamento de Jesus (38-42)

I – A PRISÃO DE JESUS CRISTO (18.1-18)

A morte de Jesus Cristo já estava sendo cogitada há algum tempo entre os judeus,
principalmente entre a liderança da religião que se via ameaçada pelas doutrinas e obras de
Jesus Cristo. Num momento oportuno, essa intenção veio à tona e tornou-se realidade.

A. Jesus no Getsêmani (1-11)

O local conhecido como Getsêmani era uma espécie de jardim próximo de Jerusalém.
Alguns afirmam que a distância era de aproximadamente 1 quilômetro da cidade. Jesus e
seus discípulos costumavam ir até aquele lugar para orar, é o que se depreende do texto que
afirma que Jesus e os discípulos estiveram ali por muitas vezes (v. 2).

Judas é o guia da escolta de soldados e da liderança dos judeus até o encontro de


Jesus naquele lugar. Esta passagem especificamente não fala sobre o acordo entre Judas e
os sacerdotes. Contudo, em Lucas 22.3-6 deixa claro esta traição: “Entrou, porém, Satanás
em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze. E foi, e falou
com os principais dos sacerdotes, e com os capitães, de como lho entregaria; Os quais se
alegraram, e convieram em lhe dar dinheiro. E ele concordou; e buscava oportunidade para
lho entregar sem alvoroço”. Não se sabe ao certo por que Judas teria feito isso. Muitos
especulam que seria a pura avareza, ou seja, para se obter lucro. Outros pensam que ele
teria se decepcionado com Jesus ao ver que o reino militar e literal não seria estabelecido.
Enfim, não se sabe a motivação, mas ele traiu ao Senhor.

Interessante é que Jesus sabia todas as coisas que sobre ele havia de vir (v.4). Nada
daquela situação era nova ou inesperada. Na verdade, a partir de um certo momento do
ministério de Jesus, ele mesmo começou a profetizar a sua morte. E não foram poucas vezes
que ele fez isso, pelo menos três vezes isso fica bem claro. A primeira dessas menções se
encontra em Mateus 16.21: “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus
discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos,
dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia.” Portanto,
para Cristo não havia uma situação fortuita, mas sim cumprimento da vontade de Deus.

É importante perceber que o relato da morte de Cristo é recheado dessa afirmação de


que tudo estava sendo feito em cumprimento à vontade de Deus. A expressão: “Para que se
cumprisse as Escrituras” é recorrente em várias partes desse relato conforme veremos.
Assim, é bom termos essa visão quanto a esse episódio. A visão de Deus de que tudo estava
cumprindo um determinado propósito.

No momento da abordagem a Jesus outro acontecimento é notório. O próprio Jesus se


apresenta. Identifica-se e não resiste à prisão. Esse detalhe é importante, ele poderia ter
fugido! Ele poderia ter resistido, afinal tudo que estava acontecendo ali era injusto. Contudo,
ele se submeteu a situação. Isso não foi covardia ou comodismo, mas por puro entendimento
e confirmação divina de que ele teria de passar pela provação.

Nesse relato de João não é mencionado detalhes sobre o que Jesus e os discípulos
faziam no jardim. Contudo, temos outros relatos de esclarecem o que eles estavam fazendo
lá. Na verdade, Jesus estava orando. “(...) Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo,
não se faça a minha vontade, e sim a tua. Então, lhe apareceu um anjo do céu que o
confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se
tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.” (Lucas 22.42-44). Como ele acabara de
orar e a “resposta” foi a vinda de soldados e sua prisão, estava claro a resposta de Deus. É
necessário beber este cálice!

Podemos pensar um pouco sobre esse pequeno “dilema” de Jesus. Ele ora pela
possibilidade de “passar” o cálice. Mas, Jesus não sabia que isso era impossível? Não já havia
profetizado sobre sua morte? Como assim passar o cálice agora? Na verdade, este é um dos
mistérios da pessoa teantrópica de Jesus (teantrópica significa a pessoa singular de Jesus
Cristo que é Deus e Homem ao mesmo tempo). Este episódio talvez tenha o objetivo de nos
mostrar um pouco mais da humanidade de Jesus e como ele sofreu como homem.

Voltando, a ideia de sua rendição e não resistência à prisão. Pedro saca uma espada e
fere a orelha do servo do sumo sacerdote. Jesus repreende a Pedro e sara milagrosamente a
ovelha ferida de Malco. Por fim, eles prendem a Jesus e o conduzem até Anás.

B. Jesus perante Anás (12-14)

Anás era um dos mais importantes dentre a liderança judaica daquele tempo. Não era
mais sumo sacerdote, pois havia sido deposto pelos romanos, mas era sogro do atual sumo
sacerdote Caifás, portanto ainda exercia certa influência nas decisões. Jesus foi levando
perante Anás para ser interrogado. O objetivo desse interrogatório era somente justificar o
que os principais dos judeus já tinham determinado, ou seja, a morte de Jesus. Esse suposto
julgamento que ora se iniciava não tinha nenhuma intensão de apurar os fatos e realmente
julgar com justiça, mas condenar. Tanto é que inúmeras faltas foram cometidas neste
julgamento. Faltas em relação às próprias leis do Sinédrio quanto ao procedimento dos
julgamentos. Vejamos algumas dessas falhas: 1) O Sinédrio não poderia se reunir à noite; 2)
A pena de morte não poderia ser dada no dia do julgamento; 3) Anás e Caifás deveriam ser
desqualificados como juízes devido ao seu preconceito; 4) O processo envolveu testemunhas
falsas; 5) Jesus não era culpado de blasfêmia, uma vez que as suas declarações não
ultrajaram o nome de Deus; 6) Jesus sofreu agressões físicas dos guardas durante o
processo. 7) O Sinédrio não tinha permissão para se reunir e julgar crimes passíveis de morte
na véspera do sábado ou dias festivos.

C. Pedro nega a Jesus (15-18)

Pedro nega a Jesus. Pedro seguindo Jesus à distância em determinado momento


conseguiu entrar no pátrio da residência do sumo sacerdote onde Jesus estava; foi
pressionado por alguns que afirmava que ele ela discípulo de Jesus. Pedro começou a negar
que conhecesse a Jesus ou que fosse seu discípulo.

II – JULGAMENTO DE JESUS (18.19-19.16)

Como visto antes, o julgamento todo estava sendo executado de uma forma ilegal. Todo
o julgamento não passava de uma encenação grotesca para incriminar um inocente.

A. Anás interroga a Jesus (18.19-24)

Anás interroga a Jesus sobre seus discípulos e sua doutrina. Jesus afirma que não
tinha nada oculto que precisasse ser explicado. Seu ensino e práticas eram abertas. Ele
expunha sua doutrina em público e até mesmo no Sinédrio e no Templo. Portanto, esse
questionamento não tinha fundamento. Jesus foi esbofeteado por isso. Um problema nesta
etapa é que era inapropriado interrogar um acusado sem ter indícios de culpa pelo
depoimento de testemunhas. Também era irregular bater no prisioneiro, principalmente
quando este estava manietado, indefeso. Uma aplicação interessante que podemos fazer
diante desse pronunciamento de Jesus se refere justamente ao caráter público de sua
mensagem em oposição a todo tipo de ocultismo. O cristianismo se caracteriza pela
publicidade de sua mensagem. Não temos segredos, mistérios ou rituais ocultos. Não há uma
mensagem oculta e mística na Bíblia que se revela a poucos como visto pelos cabalistas. Não
há uma espécie de numerologia oculta também nas páginas das Escrituras. O caráter do
cristianismo é aquele caráter de Cristo; público, aberto, claro para mostrar a verdade.

B. De novo, Pedro nega a Jesus (18.25-27)

Três vezes ao todo Pedro negou ao Senhor e, então, o galo cantou! Esse fato é notório
porque foi profetizado. “Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante,
tu me negarás três vezes. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de
nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.” (Mt 26.34-35).
Novamente, mais um detalhe no acontecimento que foi profetizado e aconteceu à risca. A
diferença entre a traição de Judas e Pedro é muito pouco ou quase nula. Ambos negaram a
Cristo, de formas diferentes e com práticas diferentes, mas negaram. O que fez toda a
diferença entre o destino de Pedro e o de Judas foi o que ocorreu depois da traição. Pedro se
arrependeu, Judas se entristeceu apenas e se matou. O arrependimento foi fundamental na
mudança de destino de Pedro.

C. Jesus Perante Pilatos (18.28-19.16)


Levaram Jesus perante Pilatos. Interessante é que eles não entraram no pretório, ou
seja, na casa de Pilatos para não de contaminarem e poderem comer a Páscoa. Como a falsa
religião cega! O povo estava fazendo tudo errado, promovendo um verdadeiro homicídio.
Estavam burlando todo um julgamento. Mas, hipocritamente, não queriam se “contaminar”
entrando na residência de um romano. Ou seja, matar antes da Páscoa poderia, mas entrar
na casa de um romano não?

Pilatos se escusa, a princípio, tomar o caso de Jesus. Contudo, os judeus insistem,


pois segundo eles era um caso especial que envolvia aplicação da pena capital e, portanto,
só Pilatos (Roma) poderia aplicar tal punição. Os judeus mentem, mas dessa vez pela metade.
Na verdade, pela lei de Deus era possível sim aplicar a pena capital em alguns casos. O fato
é que o império romano que dominava aquela região na época proibia o julgamento
envolvendo execução, a menos que o próprio estado o presidisse e declarasse. Assim, o único
que poderia decretar a pena capital era o império romano representado pelos seus
governadores locais.

É importante lembrar que neste momento os judeus estão muito atentos a este fato de
que os romanos é que legalmente eram os responsáveis por aplicar a pena capital, fato que
parece eles terem esquecido quando sugestionaram a Jesus Cristo a aplicar a pena capital a
uma adúltera pega em flagrante. “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?” (Jo
8.4-5). O fato é que em todo momento os judeus queriam encontrar algo que pudessem
acusar Jesus Cristo.

Esse fato, de levarem Jesus a Pilatos, foi interpretado no evangelho como cumprimento
da palavra de Jesus que afirmou: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim
mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer” (Jo 12.32-33).
Pois, somente os romanos aplicavam a morte por meio da crucificação ou enforcamento que
eram as possibilidades quanto a Jesus quando disse que seria levantado da terra. Os judeus
normalmente aplicavam penas de apedrejamento, morte pela fogueira ou mesmo
decapitação.

Pilatos interroga a Jesus perguntando se ele era realmente rei dos judeus e tentando
encontrar nele alguma falta para justificar sua condenação. Jesus usa habilmente o silêncio
e as palavras; o que parece ser confuso à primeira vista é um exemplo de muita lógica e
sagacidade.

O fato é que Jesus não afirmou ser rei, pois caso o fizesse seria acusado politicamente
de sedição. Poderia sim ser acusado como um que estava tramando contra o reinado e
domínio de César. Mesmo Jesus tendo o cuidado de não declarar explicitamente seu reinado,
pois esse não era o objetivo naquele momento, ele deixa isso bem claro, contudo, de forma
que não pode ser acusado por isso. “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse
deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue
aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.” (18.36). Pilatos então conclui: “Então, tu
és rei!”. Jesus diz: “Tu dizes que sou rei!”. Pilatos não encontra motivo para condenar a
Jesus. Na verdade, Jesus não era realmente Rei segundo os padrões que os judeus queriam.
Não era um Rei terreno, com um exército, e não tinha pretensão de destronar Roma.
Portanto, ele não era realmente um Rei segundo este critério. Mas, ele, sem dúvida nenhuma,
é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

O evangelho de João não menciona o episódio em que Jesus foi enviado para Herodes.
Mas, houve esse fato (Lc 23.8-12). Após Pilatos interrogar a Cristo e não ter encontrado
motivação para condená-lo e sabendo que Jesus era galileu, província chefiada por Herodes,
enviou-o a Herodes, a fim de se livrar também da problemática. Herodes estava naqueles
dias em Jerusalém e recebeu Jesus para interrogá-lo. Na verdade, Herodes ficou alegre por
encontrar a Jesus, pois a muito queria conhecê-lo. A expectativa de Herodes era ver uma
espécie de místico, bobalhão e bajulador. Queria ver Jesus fazer algum sinal ou se exibir
diante dele. Quando Jesus não fez nada disso, pelo contrário, ficou calado, Herodes, talvez
muito decepcionado, tratou-o com desprezo e escarneceu dele. Por fim, Herodes enviou Jesus
de volta a Pilatos. Sem formalizar nenhuma condenação também.

Pilatos mantendo ainda que não havia achado crime algum se portou, ironicamente,
como aquele que queria livrar a Jesus enquanto os Judeus queriam crucificá-lo. O motivo
dado pelos judeus para crucificar a Jesus era o seguinte: “Temos uma lei, e, de conformidade
com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus.” (19.7). O julgamento
sobre Jesus foi que ele se dizia ser Deus. Foi condenado não por um crime, uma falha, um
pecado, mas simplesmente por ser o Filho de Deus! Pilatos ainda mais agitado por que a
multidão o oprimia, foi interrogar a Cristo mais uma vez, como este ficasse quieto, Pilatos
disse: “Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?”
(19.10). Jesus afirma que nenhuma autoridade teria se do céu não lhe fosse concedida.

Aqui há um ensino muito importante sobre a autoridade delegada por Deus. Mais uma
vez fica claro que Jesus não estava sendo refém do acaso. A autoridade de Pilatos era
legitimada por Deus que a concedeu. Isso fundamenta o ensino de Paulo aos Romanos: “Todo
homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda
de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Rm 13.1).

Pilatos propõe soltar um dos presos, como era de costume na ocasião da Páscoa. As
lideranças judaicas e o povo clamavam pela libertação de Barrabás e pela crucificação de
Jesus. E Pilatos entregou Cristo para ser crucificado.

III – A CRUCIFICAÇÃO (19.17-42)

A. A crucificação (17-22)

Jesus levando sua própria cruz foi conduzido para o lugar chamado Calvário ou
Gólgota onde o crucificaram. Ele foi crucificado no meio de dois outros criminosos. Tal fato
cumpriu a profecia: “foi contado com os transgressores” (Is 53.12). A crucificação de Jesus
foi inegável. Em Jerusalém era a notícia do momento. (Lc 24.18). Foi um fato histórico que
não podemos negar; a incredulidade mostrada por alguns atualmente quanto a existência de
Jesus e sua obra é fruto de nossa era, de especulações teológicas e filosóficas, não dos fatos.
Pilatos fez uma inscrição e fixou no cimo da cruz: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.
Ironicamente Jesus foi considerado formalmente como Rei. Os judeus obviamente não
gostaram da inscrição, contudo, Pilatos não voltou atrás.

B. Os soldados deitam sortes (23-27)

Os soldados lançarem sortes nas vestes de Jesus também cumpre uma profecia antiga.
“Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes.” (19.24).
Interessante é que não somente os fatos gerais são profetizados, mas detalhes tão minuciosos
como estes foram preditos acerca desse momento.

C. A morte de Jesus (28-30)

Jesus cumpriu na cruz tudo o que estava profetizado a seu respeito. Quando clamou
com sede foi para cumprir a Escritura: “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado,
para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!” (19.28). Quando deram a ele vinagre para
beber, também estava cumprindo a profecia: “Deram-me fel por mantimento, e na minha
sede deram a beber vinagre” (Sl 69.21). Quando ele disse: “Deus meu, Deus meu, por que
me desamparaste?” (Mt 27.46) também estava vivenciando a profecia (Salmo 22.1). E a frase:
“Nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46) também é profética (Salmos 31.5).

“A morte por crucificação era extremamente dolorosa, que envolvia grande sofrimento
por causa dos pregos nas mãos, nos pés, da tensão dos músculos e tendões em todo o corpo,
da grande dificuldade de respirar, das dores de cabeça intensas, febre alta e muita sede.
Também envolvia a vergonha de ser exposto nu aos olhos do público.”. (Bíblia de estudo
Genebra). Normalmente as pessoas ficavam durante vários dias sofrendo crucificadas até
morrerem.

Quando Jesus morre vários fenômenos da natureza ocorrem. Mateus afirma que
“houve trevas da hora sexta até a nona”, ou seja, ouve escuridão do meio-dia até às 3 horas
da tarde. “O véu do templo se rasgou de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas.”.
os soldados que guardavam a Jesus vendo todas aquelas manifestações ficaram
amedrontados e exclamaram: “verdadeiramente este era o Filho de Deus!”.
A natureza clamou, os elementos do universo foram abalados pelos acontecimentos. O
espetáculo para o qual a multidão estava reunida estava chegando ao final. Se antes havia
muito escárnio, zombaria, agora, após a crucificação, e a manifestação da natureza, a
multidão começa a retirar-se a lamentar, batendo nos peitos! (Lucas 23.48).

D. Um soldado abre o lado de Jesus com uma lança (31-37)

Pelo fato da morte por crucificação ser lenta, de modo geral, os criminosos ficavam por
vários dias crucificados. Os judeus precisavam tirar os criminosos rapidamente para que no
sábado pudessem participar da Páscoa. Assim, os soldados foram quebrar as pernas dos
crucificados, para assim morrerem mais rápido. Quando chegaram a Jesus Cristo
observaram que ele já estava morto e não quebraram suas pernas, mas perfuraram seu lado
para confirmar a morte. O fato deles não quebrarem as pernas de Jesus e o traspassarem
também cumpre uma profecia: “Nenhum dos seus ossos será quebrado. E outra vez diz a
Escritura: Eles verão aquele a quem traspassaram” (19.36-37).

E. O sepultamento de Jesus (38-42)

José de Arimatéia, um discípulo de Jesus, pediu a Pilatos que lhe entregasse o corpo
de Jesus para ser sepultado. Podemos nos perguntar: onde estavam os apóstolos? Ou os
discípulos mais próximos? Certamente com medo e sem forçar para tomar uma atitude como
esta. Pilatos lhe permitiu. Envolveram o corpo de Jesus em um pano com mirra e aloés e
sepultaram Jesus num túmulo novo. José de Arimatéia era rico, conforme a descrição de
Mateus 27.57. Esse último episódio igualmente se cumpre profeticamente, pois é dito sobre
o Messias que: “Designaram-lhe sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua
morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.” (Is 53.9).

CONSIDERAÇÕES/APLICAÇÕES

Com relação ao que vimos, ficam claras algumas conclusões:

1) O acontecimento não foi casual. Não houve falha no propósito de Jesus Cristo na
terra. Sua morte não foi um erro nos planos. Na realidade, ela fez parte de um plano maior
milimetricamente traçado por Deus. Foi preciso Jesus Cristo morrer para que a salvação
alcançasse ao mundo. O cálice deveria ser tomado, esta foi a resposta no Getsêmani. A
interpretação da morte de Cristo foi interpretada e explicada posteriormente pelo apóstolo
Pedro: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos,
para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito” (1 Pedro 3.18).
2) Jesus foi totalmente inocente. O que ocorreu foi a morte de um justo. A maior
perversidade de todos os tempos estava estampada naquele julgamento. Pilatos declarou
Jesus inocente. Herodes declarou Jesus inocente. Só quem via motivo de condenação a Jesus
eram os judeus e, como bem interpretado por Pilatos, por motivo de inveja!!! O que fica
inquestionável é que nosso Senhor é justo, é perfeito! Nenhuma consideração oposta a essa
é digna de crédito! “Ele não cometeu pecado algum, nem qualquer engano foi encontrado em
sua boca” (1 Pedro 2.2).
3) Jesus é Rei! Foi o que oficialmente foi declarado em três idiomas: em latim, em grego
e hebraico. Foi o que ficou para a história. Alguns comentam que esta inscrição em três
idiomas faz uma proclamação do reinado de Jesus Cristo para todas as categorias de
pessoas. O grego representa a categoria dos sábios, estudiosos. O latim representa a
categoria militar e o hebraico comunica aos religiosos. Assim, o reinado de Cristo foi
proclamado a toda humanidade! “(...) e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e
Senhor dos senhores” (Apocalipse 19.16).

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