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O aumento da pressão eleva o fluxo sanguíneo, porém, passado 1 minuto, o fluxo sanguíneo se
reestabelece, embora a pressão arterial se mantenha elevada (autorregulação aguda). Entre
70 e 180 mmHg a pressão aumenta mais de 150%, porém, o fluxo aumenta apenas de 20 a
30%. Fora dessa faixa de pressão, o fluxo aumenta varia de forma muito mais intensa com a
pressão.
Teoria metabólica: o aumento da pressão faz o fluxo aumentar (mais o2, nutrientes e
menos vasodilatadores) vasoconstrição e redução do fluxo.
Teoria miogênica (não depende de hormônios ou controle nervoso-o estiramento leva
a um aumento do influxo de cálcio para dentro da célula, havendo despolarização e
contração):
o O aumento da pressão leva a um estiramento das fibras do músculo liso. Isso
conduz a sua constrição reativa, diminuindo-se o fluxo.
o A redução da pressão leva a um relaxamento dos músculos lisos. Isso conduz a
uma contração reativa, aumentando-se a pressão e diminuindo-se o fluxo ao
nível normal.
Controles especiais do fluxo sanguíneo:
Autorregulação renal
Cérebro: os vasos desse tecido é altamente sensível a concentração de ions H+ e Co2.
Se eles aumentam, há vasodilação para aumentar o fluxo de nutrientes no cérebro.
Pele: regula a temperatura (frio há vasoconstrição e calor, vasodilatação).
O oxigênio tem um papel importante no processo de vascularização a longo prazo: sua falta a
longo prazo (ir viver nas montanhas) causa vascularização. Seu excesso (bebês prematuros em
câmaras de o2), causa até mesmo a degeneração de alguns vasos, principalmente da retina.
Quando esse bebê sai da câmara, ele fica exposto a uma concentração muito baixa de o2 e há
uma vascularização explosiva de vasos na retina, podendo gerar cegueira.
Fatores de crescimento vascular (substâncias angiogênicas): quase todos são pequenos
peptídeos. Eles são formados nesses tecidos quando se tem baixa oxigenação prolongada e
baixo fornecimento nutricional.
A vascularização é determinada pela necessidade máxima de fluxo sanguíneo, não pela média.
Se uma pessoa faz exercícios intensos todos os dias por 10 minutos, haverá produção de
substâncias angiogênicas suficientes para que haja vascularização para atender essa demanda
durante o exercício intenso. Quando a pessoa não está realizando exercícios intensos, os vasos
sofrem vasoconstrição.
Controle humoral: feito por hormônios secretados longe da ação ou fatores produzidos
localmente.
Agentes vasoconstritores:
o Norepinefrina: hormônio mais potente que a epinefrina. Numa estimulação
do simpático (estresse ou exercício) a norepinefrina excita o coração e contrai
as veias e arteríolas. Nas adrenais os nervos simpáticos fazem com que essas
glândulas secretem epinefrina e norepinefrina no sangue (terá sobre os vasos
a mesma ação que o sistema simpático atuando de forma direta).
o Epinefrina: hormônio menos potente, pode até causar vasodilatação leve.
Durante o aumento da atividade cardíaca, a epinefrina aumenta a dilatação
das coronárias.
o Angiotensina II: Potente vasoconstritor. Contrai de forma muito intensa as
pequenas arteríolas. Aumenta a resistência periférica total, reduz a excreção
de sódio e água nos rins (eleva a pressão arterial – daí os inibidores da ECA).
o Vasopressina (ADH): é mais intensa que a angiotensiona II. Formada no
hipotálamo e armazenada na neurohipófise, de onde é secretada. É liberada
quando há hemorragias graves. Faz os rins reabsorverem água – ajuda no
controle do volume de líquido corporal.
Agentes vasodilatadores:
o Bradicinina: são pequenos peptídeos clivados por enzimas proteolíticas das
alfa2-globulinas, no plasma ou nos líquidos teciduais. Provoca dilatação
arteriolar e aumento da permeabilidade capilar. Pode provocar edema a
aumentar o tamanho dos poros capilares (importante num processo
inflamatório).
o Histamina: liberado em todos os tecidos se ele for lesado, tornando-se
inflamado ou passar por uma reação alérgica (degranulação de mastócitos e
basófilos). Aumenta a porosidade capilar (permite extravasamento de líquido
e de proteínas plasmáticas para os tecidos) e a dilatação capilar = liquido
extravasado para os tecidos de forma abundante = edema.
Ca2+: vasoconstrição.
K+: vasodilatação.
Mg2+: vasodilatação.
H+: vasodilatação.
Acetato e citrato: vasodilatação leve.
CO2: vosodilatação moderada na maioria dos tecidos, mas acentuada no cérebro.
Agindo no centro vasomotor do cérebro, o co2 faz com que o simpático cause a
vasoconstrição generalizada em todo o corpo (para o sangue desviar do corpo e ir para
o cérebro).