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ANEXOS

CARTAS DE IMIGRANTES ITALIANOS DO CENTRO DE PESQUISAS


GENEALÓGICAS DE NOVA PALMA SOBRE SILVEIRA MARTINS, RS

O “AFFAIRE VERNIER”

G.M.G. Roma, 4-3-1885


Caríssimo Paolo (Bortoluzzi),
Seja louvado Jesus Cristo!

Em 1º de fevereiro remeti-lhe uma carta, com a qual informava, com grande consolo,
que a Sagrada Família tinha providenciado bons sacerdotes e que o Geral da Pia Sociedade das
Missões mandou o seu procurador geral para definir com você as providências cabíveis. O
portador da presente é aquele D. Guglielmo Whitmee, que vem por ordem do seu Geral, dos
Cardeais e até com o consentimento e a bênção do Santo Padre Leão XIII, para distribuí-la a
todos vocês, depois de se haverem preparado. Tenho certeza que você não deixará de ir
recepcioná-lo, em Cachoeira, conforme lhe escrevi. Deveriam ter partido também os outros dois
sacerdotes, que iriam como definitivos. Mas não consegui o dinheiro para a viagem dos três.
Alegre-se, porém, por ter eu conseguido combinar tudo para a viagem deste. Eu pessoalmente
me empenhei para fazê-lo chegar, na confiança de que você não deixará, segundo promessas
suas, de livrar-me quanto antes de tantas dívidas, feitas para atendê-lo. Abra, portanto, o seu
coração, pois, com a graça de Deus, está em definitivo provido com bons sacerdotes, desde que
saiba valorizá-los, correspondendo aos santos objetivos deste Missionário Apostólico.
Sem esforço, você sabe, não se pode fazer nada. A igreja hoje é perseguida e despojada
de suas rendas e de todos os seus poderes temporais. Portanto, como fazer para viver e formar
novos padres, que tanto custam? Os meios, têm-nos os chefes da religião e a Providência que
os ajuda através dos bons cristãos. Assim, para decepção do demônio, de seus sectários e dos
maus cristãos, o Senhor faz triunfar a sua Igreja.
Veja, caro Paolo, a bela oportunidade que lhe dá o Superior para fazê-lo merecer a
Eternidade. Quer que ajude a Igreja, sua esposa e mãe nossa. Veja que o atendimento a seu
pedido de sacerdotes é um milagre, porque não existem e por que poucos se podem formar, por
falta de meios. Este Missionário é o Superior dos muitos que estão estudando para tornarem-se
padres, mas às vezes faltam os meios. Ele é todo zelo pela Glória de Deus e pela salvação das
almas, mas, para comprová-lo, verifique você mesmo. Sobre esse assunto eu falei tudo a L.
Rosso, e sobre as muitas outras coisas que gostaria de falar-lhe, veja com ele, porque aquilo
que não estou escrevendo já disse tudo para ele.
Por enquanto cumpra o seu dever com este missionário. Confie nele, não somente como
num pai, mas como em Deus, que veio para sanar as nossas desgraças e para guiá-lo ao Céu.
Esteja pronto para as despesas da viagem, como falei a Luigi, e para a viagem dos outros dois
sacerdotes, que irão como definitivos.
Lembre-se também de mim, que estou contente por poder atendê-lo, mas, ao mesmo tempo,
triste pelas muitas dívidas. Também sobre isso falei com Luigi Rosso.
Caro Paolo, recorde-se que eu fiz o meu dever, e agora cabe a você entrar em acordo com
este missionário, porque dele tudo depende, uma vez que, como Superior, tem o poder de
decidir definitivamente o que lhe for conveniente.
Se há medalhas, crucifixos, terços e outros objetos para benzer, ele tem todos os poderes,
também da Ordem Terceira de São Francisco. Em resumo, tudo o que vocês precisarem. Ele
tem todos os poderes, só abaixo dos Bispos e do Papa. Assim você estará contente.
Tudo o mais que deixei de lhe escrever, está na carta de L. Rosso. Para mim, além de enviar-
me o dinheiro para pagar as dívidas, teria necessidade de você para outra tarefa, sobre a qual o
Missionário lhe poderá dizer tudo. Se me ajudar, se for vontade de Deus, para o nosso bem e
do próximo ... é preciso desprender-se dos bens materiais e pensar que tudo o que temos foi-
nos dado por Deus. Por isso precisa pensar nos Novíssimos.
Desejo-lhe todo bem. Reze por mim! Até nos ver com saúde. Saudações a sua família. Se
precisar de outras coisas, mande o dinheiro que eu levarei tudo. O dinheiro entregue-o ao
Missionário e fique tranqüilo. Um beijo e o saúdo. Antonio Vernier

CARTA DE ANTONIO VERNIER, PARA PAOLO BORTOLUZZI – 4-3-1885.

O “AFFAIRE VERNIER”
G.M.G. Roma, 4-3-1885
Caríssimo Luís (Rosso),
Seja Louvado Jesus Cristo!

Depois de tantos anos de fadigas, tribulações, aflições, desgostos de toda espécie, o


Senhor, infinitamente bom e misericordioso, teve piedade de nós, e me providenciou bons
sacerdotes. Este é um milagre que a Divina Providência nos fez. Eu creio firmemente que almas
santas rezaram para a Sagrada Família, com esta finalidade, e São José, amorosíssimo Pai
Nosso, que tanto nos ama e nos quer salvos, São José, digo, fez valer as orações dos bons que
rezaram por nós junto ao trono de sua Imaculada Esposa Maria Santíssima, Sempre Virgem,
Grande Mãe de Deus e Mãe Nossa Amorosíssima, e a Grande Virgem Piedosíssima as fez valer
junto ao Trono Divino. E eis que, quase de repente, Jesus Menino, movido de compaixão por
nós, sem nenhum mérito nosso, porque, por nossos enormes e muitos pecados, somos indignos
da graça de Deus e merecedores do Inferno.
Mas Jesus Menino usou conosco de infinita misericórdia e nos atendeu, e nos chama
para meditar a Sua Santíssima Paixão e Morte, de Cruz, sobre a qual morreu, derramando até a
última gota o seu Preciosíssimo Sangue, para a nossa Eterna Salvação.
Agradecemos e pedimos a Maria Santíssima e São José de agradecer e rogar a Jesus por
nós .... O Senhor atendeu.
Agora compete a você zelar pelas Santas Graças de Deus, que são os sacerdotes. São
José fez-me encontrar o único caminho para consegui-los e fez com que as minhas humildes
súplicas chegassem ao Geral dos Franciscanos, ao Cardeal da Propaganda da Fé e, até, ao Papa.
E todas estas autoridades me encaminharam ao Superior da Pia Sociedade das Missões,
com quem pude conseguir bons sacerdotes e definir dois sacerdotes desta Pia Sociedade para
vocês.
O geral mandou seu procurador, por Ordem do Papa, para acertar com você aquelas
coisas que são necessárias e que o próprio missionário lhe dirá. Ele segue com os objetivos já
citados nesta, bem como na minha carta de 15 de fevereiro, que espero tenha recebido em
tempo.
Disse-lhe que se eu tivesse o dinheiro para a viagem teriam partido todos os três.
Mas como quer que eu possa encontrar uma quantia sem ter os meios e cheio de dívidas?
... Pode já imaginar que não posso... Mas alegre-se por ter eu conseguido resolver, por graça de
Deus, a viagem deste. Para isso eu me empenhei e dei a minha palavra de pagar a despesa de
ida e volta, apoiado nas promessas suas e de Paolo Bortoluzzi, e tenho certeza que vocês não
me exporão a uma situação humilhante. Mas isso não basta: É preciso ainda estar preparados
para a viagem dos outros dois que irão em definitivo.
Em geral, quando se trata de dinheiro, deve-se abrir bem os olhos; especialmente neste
caso, já que houve provas de dissabores a respeito. Entendo você, porque já conheço bem os
seus prejuízos, que eu tive mais do que você ...
Mas agora deixe de lado todo o passado, como o deixo eu, porque agora, por graça de
Deus, posso garantir-lhe, se crê no Senhor, se ama a salvação de sua alma e de suas crianças,
você pode acreditar que este Missionário Apostólico é enviado pelo Geral da mencionada
Sociedade, pelos Cardeais, com o consentimento e com a bênção do próprio Santo Padre Leão
XIII, para conferi-la a todos, depois de se terem preparado. Portanto, longe todo pensamento
negativo, toda dúvida, e recebam cordialmente este Missionário que Deus lhes envia, para
consolá-los e colocá-los no caminho do Céu. Exultem no Senhor e façam-lhe aquela boa
companhia que vocês sabem e que, tenho certeza, não vai faltar. Escutem-no com reverência,
amor e confiança, e fiquem contentes, porque foi feito mais do que se podia esperar. Mostrem-
se, portanto, generosos e cordiais em tudo o que puderem. Eis finalmente a graça de Deus e o
cumprimento das promessas que fiz na minha carta de 12 de maio do ano passado, de 1884.
Este missionário é todo zelo pela glória de Deus e pela salvação das almas, e por isso
deseja construir a igreja e o colégio, com toda a dedicação de fazer mais que puder. Mas, tudo
isso com paciência, porque estou convencido que, por mais que a população o queira e possa
dispor de alguns milhares de florins e de francos, nem por isso, creio, se pode fazer tudo num
instante. Dou-me por satisfeito se agora estiver com o dinheiro necessário para as despesas da
viagem de ida e volta, e para a viagem dos outros dois sacerdotes. Depois, se assim julgar,
procure aplicá-lo para outras necessidades mais prementes e urgentes, que ele, com referência
a suas necessidades, informará a você e a Paolo. Não é uma obrigação, mas se pode fazê-lo,
fará um grande bem, já que ele faz tanto por vocês. Se em seu meio houver jovens bem dispostos
para serem padres, eis uma ótima oportunidade, desde que cada um arque com as próprias
despesas. Este missionário os aceita. E se houver, basta combinar cada coisa com ele mesmo.
Está na hora de eu lhe dizer alguma coisa também a meu respeito. Você e Paolo me
prometeram que se lhes conseguisse sacerdotes seria abençoado e contente. Pois bem: São José
me abriu a porta e me fez encontrar aquele Servo de Deus, do qual tive os conselhos para abrir
um caminho tão difícil, que considero um milagre, e também de ter aproveitado a oportunidade.
Com isso, com a graça de Deus, lhes digo que cumpri o meu dever e ficam em definitivo
atendidos; por isso estou contente e agradeço infinitamente a Deus.
Mas estou aflito com tantas dívidas, feitas para atender às muitas viagens dispendiosas
e, por último, para vir até Roma, onde estou há dois meses, vivendo por conta de pagamento
futuro (graças a Deus que encontrei isso) e, depois, quem sabe quanto tempo será necessário
esperar antes que me seja remetido o dinheiro para pagar. Enquanto isso a conta sobe, mas, é
isso mesmo, eu não tenho outras esperanças que você. Se me enviar mil francos, com os outros
mil aproximadamente de que dispus, poderei saldar as dívidas feitas até agora, sem contar o
resto. Este mesmo missionário poderá informar sobre a despesa que terei até chegar o seu
dinheiro, para mim e para a viagem dos outros dois padres. O Missionário não poderá ficar
muito tempo com vocês, dado que é Superior e deve pensar em manter muitos estudantes. Aqui
em Roma, para viver honestamente, são necessários quatro francos por dia e, depois que nos
tornamos italianos, como já sabe, o Governo tirou tudo da Igreja, visto que a odeia e a persegue.
Por esse motivo também o citado Missionário tem muito o que pensar, devendo pagar, além
das outras coisas, cinco mil liras por ano, por uma casa de aluguel. Todas estas despesas deve
pagá-las com a ajuda da Providência. Como, em função disso, tem muito o que fazer e por
tantos outros compromissos, deve se apressar em retomar para onde seu dever o aguarda.
Se vocês com paciência puderem ajudá-lo, vendo-se ele compensado para seus
compromissos, com tais recursos poderá mais facilmente demorar-se algum tempo. Mas, nesse
assunto, vocês poderão combinar com ele como quiserem. Se, no momento, estão um pouco
sobrecarregados pelas outras despesas, acima mencionadas, que não Ihes dão folga, podem
encontrar recursos de algum senhor, por exemplo o Sr. Pena, ou de outros que vocês conhecem.
Procurem e com o tempo pagaremos. Em suma, combinem tudo e entreguem a este Missionário.
Confiem nele, tanto o espiritual como o temporal, e façam aquilo que Ihes dirá e serão
consolados em tudo.
Além das outras coisas a meu respeito de que lhe falei, haveria necessidade, além da
viagem, também para um outro projeto meu, em que você não tem obrigação, mas se me ajudar,
ou se ajudar o mencionado Missionário, poderá ser-lhe útil para o futuro.
E se desejar conhecer este meu projeto, para ajudar-me, peça ao Missionário, que lhe
dirá tudo e o informará também do quanto estou necessitando.
Se entre vocês houver alguém que queira remeter dinheiro, faça a entrega a ele mesmo.
Agora seria hora que alguém escrevesse, e especialmente quem prometeu, informando-me
sobre outras coisas. Não creia que alguém me tenha ajudado a fazer isso, porque não tive ajuda
de ninguém, mas somente da Providência e dos meus esforços.
De coração saúdo você e todos, e creia, seu sincero amigo. Antonio Vernier.

O “AFFAIRE VERNIER”
Vale Vêneto, 9-11-1885
Revmo. Dom Augusto (Finotti)

Respondo sua prezada carta de 18-10-1885, recebida apenas no domingo à noite, 8 do


corrente. Esta demora poderá causar um prejuízo para todos nós. Mas a culpa está no fato de
não existir um correio regular, e nesse caso é preciso paciência.
Todo este povo estava, há muito tempo, esperando sua querida Pessoa. O Padre
Guglielmo (Whitmee), em uma carta de 25 de junho, assegurava-nos que o senhor, no mês de
julho, por acertos de vocês, devia estar aqui entre nós. O fato de não vê-lo e de não ter qualquer
notícia sua deixava-nos angustiados, e por que não? Aqui temos muitas crianças para batizar,
não podemos ouvir a missa nem nos dias de festa, não confissões, não comunhões, em uma
palavra, o senhor sabe muito bem que nos falta tudo.
Ao receber sua carta num dia de festa, uma parcela do povo, com muito consolo, ouviu
suas notícias. Mas teria preferido vê-I o pessoalmente, o que está esperando.
Se decidir de viajar agora, é mais fácil. Se soubéssemos o dia em que chegar à Estação
de Rogio del Sol (Arroio do Só), nós iríamos com um cavalo para recebê-lo. Se isso acontecer,
chegando à citada estação, pergunte sobre um certo Giovanni Vicenti, que mora por perto.
Ele pode hospedá-lo e também providenciar alguém que nos venha avisar.
Se o senhor desejar mandar uma carta, remeta-a para a Estação de Arroio do
Só e não para Santa Maria.
Paolo Bortolluzzi

Rev.mo Padre Guglielmo


Ex Colonia Silvero Martins Valle Veneta
li 28 Decembre 1885

Siamo aí ultimi giorni dell’anno e non abbiamo ancora visto faccia de sacerdoti, dopo la
sua partenza e neppure di Lei righa da Roma, in datta 25. p. p. giugno abbiamo ricevuta una sua
da Porto Allégro, Ia qual e ci prometeva che il D. Augusto Finotti sarebe ritornato qui il mese
di Luglio, ma questo non comparl, sapiamo che sta in Porto Allégro in aspetativa dei Padri che
verrà da Roma, noi gli abbiamo fatto onoscere le nostre necessità, e la promessa da Lei fataci,
cioe che nel mese di Luglio doveva esso trovarsi tra noi, ma non abbiamo avuto nessuna risposta.
Abbiamo ricevuto una lettera dai Vernier da Romain datta 21 otobre corrente, ma questa
con i suoi termini misteriosi ci confonde e ci sconsola dicce che i Padri doveva partire da Roma
in Agosto, ma uno si amaló e tuttora si trova amalato, non dicce niente dell'altro suo compagno
che doveva star bene, dicce che per miracolo ce na proveduto due altri, non dice di che
corporazione, diceva che essi circa la mettà dei mese dicembre sarebbe imbarcato per portarsi
in Porto Allégro, a parlare col Vescovo, onde avere i sospiratti preti, (sue identiche parole) non
no mina lei ne se sono vivo o morto. Dicce di aver ricevuto le Li. 1500, pel viagio dei Padri e
non dicce da chi, dicce che sta sopra due pensieri, luno lo consilia di aquistare qualche cosa,
I'altro 10 consilia di no, e mi dicce queli che sa, sei bene sei mal e ( ancora identiche parole) ma
tanto ho pensato di aquistare alcuni libri utili per tutto e alcune divozione per l' occasione di
portare Ia benidizione dai Santo Padre, piú oltre dicce che gli manca il danaro per tutto il viagio,
come dovrà essere se nelle sue prime righe dicce, che simbarcherà in Genova circa Ia mettà di
novembre piú inoltre dicce che gli manca il danaro per tutto il viagio, in fine dicce che arivarà
in Porto Allégro cerca la metà di Decembre, paria sempre di lui solo; non dalla sua partenza e
dei suo arrívo, non nomina mai ne partenza nè arrivo di sacerdotti, fa vedere di spendere il danaro
in libri e in cose di divozione, quindi cosa dobbiamo pensar noi, stiamo a aspetare di giorno in
giorno notizie da Lei da il Padre, per viagio, ma i giorni passa, le circostanze ristringono, il
bisogno si fa necessità, e niente si vede e niente si fa, il popolo si stanca, alcuni mal e intenzionati
(che per tutto ce ne va seminando dalla zizania, e manca chi Ia puó stirpare, speriamo che prima
che questa nostri. ariverà nelle di lei mani, veremo confortati dall'arivo dei Padri o da qualche
sincera nottizia, ma ad ogni modo ci risponda a questa nostra senza fallo, perdoni, ma I'angoscia
e lafano che proviamo, per Ia oscurità fatta ci conparire con Ia lettera dei Vernier ci fa scoragire
per non dire, spaventare. Fra tanto accetti i nostri piú cordiali Saluti, mentre si dichiarano suo i
Servi.

Per i Fabricieri Luigi Rosso


Per la Comissione Paol Bortoluzzi

Provincia di Riogrande
Santamaria bocadamonti
Silveromartin
Inbrezille

Carisimi fratelli avengno concueste poche righe il pregarvi di andare in Comune di


pregare il secretario di pregharlo che me fese le carte peravinire in nitaglia perche à tutti i miei
figli amalati che non pole avesarsi acuesti cibi e arie che non pole stare bene cusi pure mie
morta mia figlia Caterina. Cusi pure miresta Antonio Bortolo Giovani Luigi Angela Maria, sono
tutti putei amalati molto, eanche io mi trovo con poca salute, cusi pregho il signore secretario
di una carità di farmi le carte de venire a casa gratoito perche mitrovo solegrande meserie.
Ghenesta dialtri che e vighisti in itaglia tratoiti cusi pure el mefasa una carità se puole farmi
lecarte perche sonostà tradito Davazato Giusto che megha chiama io midichiaro di essere Basso
Antonio.
Io miazulto di riverire il signore secretario. Chemefese un piacere di condurmi anca i
miei vaghagi.

Carta de Basso, Antonio.

Província do Rio Grande do Sul


Santa Maria da Boca do Monte
Silveira Martins
No Brasil

Caríssimos irmãos: aqui venho com estas poucas linhas para pedir-vos para ir ao
Município para pedir ao secretário e solicitar que me faça as cartas para eu retomar à Itália,
porque tenho todos os meus filhos doentes, que não podem adaptar-se à estes alimentos e ao
clima, que não podem estar bem assim como morreu minha filha Catarina assim como resta
Antonio, Bortolo, Giovani, Luigi, Angela, Maria. São todos crianças muito doentes, e também
eu estava com pouca saúde. Assim peço ao senhor secretário por uma caridade de fazer-me as
cartas, para retomar para casa gratuitamente porque me encontro numa grande miséria. Houve
outros que vieram para a Itália, gratuitamente, assim também me faça uma caridade se pode
fazer-me as cartas porque fui traído por Davazato Giusto, que me chamou eu me declaro ser
Basso Antonio. Que a minha resulte encontrar o senhor secretário. Que me fizesse um favor de
conduzir-me também as minhas bagagens.

Carta de Basso, Antonio.

CARTA DE LUIGI ROSSO - 1886.


[...] a bela ordem. Se alguns de Mansue me tivessem visto sobre um lindo cavalo para chamar
e repor em ordem os desobedientes; correr a grande velocidade pelo atravessado, e à direita e
à esquerda, certo não haveria conhecido Giovanni. Estava ao lado dos Sacerdotes, sendo um
dos primeiros a partir. E Giuseppe, com a comitiva dos Escolares, a todo trajeto, a todo ângulo
se encontravam homens a cavalo, depois, a pé, e perto também, pois, uma quantidade de
mulheres que estando junto faziam parecer uma grande turma. Este chegou no “Paese” (lugar),
foi no escurecer da noite. Lá esperava o nosso querido e digno Pe. Anselmo fora da nossa
canônica, todo contente e alegre pela nossa fortuna. Os seguidos “E viva os Sacerdotes”, o
ribombo das inúmeras espingardeadas, repetidas do eco das colinas e dos bosques que fazem
círculo a este nosso Lugar fez maravilhar os corações mais duros.
- O dia junto à nossa pobre igrejinha de madeira, era ornamentada melhor do que qualquer
catedral. E aqui convém observar como a Providência, de modo extraordinário, pensou em nós.
Uma senhora de Londres conheceu estes sacerdotes, ou seja, esta Sociedade vem a fundar uma
casa aqui, conhecendo as nossas necessidades, nos expediu uma quantidade de objetos sacros e
paramentos que é impossível enumerá-los todos. Basta dizer que trouxeram 5 cibórios, um
baldaquim para colocar-se oito pessoas, de todos nós nunca mais vimos um igual; um estrado
para morto, de veludo, que parece aquele que temos visto em Gênova, na ocasião do funeral de
Vittorio Emanuele; um tabernáculo de madeira, todo dourado, com uma razão de colocar de
dentro o Ostensório quando está posto o S.S., também está dourada; cálice, cibório, e uma soma
em dinheiro de 13 mil francos para fabricação da Igreja estável, não só mas também a ordem
por escrito de um conjunto de 3 sinos, os quais estamos esperando de dia a dia; estes devem ser
do valor de 9 mil francos e da grossura de metros 1,40 o maior. O segundo de 1,10, o último de
metros 0,90. O valor de tudo junto em quarenta mil francos. A Igreja por vontade da Benfeitora,
deve levar o nome de “Corpo de Cristo”, com o comprimento de 33 metros, e de largura 16
metros. Entre pouco daremos princípio ao fundamento. Ora trabalhamos para a fornalha de
preparar as pedras [...] - Ora passarei a descrever os 4 Sacerdotes que a sua chegada, tanto
honrou e elevou esta situação. Estes 4 exemplos da nossa Santa Religião, são 4 robustos jovens
da idade de trinta a trinta e cinco anos, de média estatura. Olhando não parecem ter esta idade,
mas faz crer que sejam de 25 a 30 anos. As suas vestes trazem à veneração; uma larga veste,
longa e preta, cobre o seu corpo, fechada por uma faixa igualmente preta atravessada à cinta,
uma capinha também preta que caía sobre o cotovelo e os ombros. Também as mangas e a sua
diferença, é de uma largura medíocre, mas, não são feitas nem estas como aquelas dos outros
sacerdotes sardentos; uma aba ao modo do nosso dizer, levantadas, caindo sobre o comio?, e,
assim uma faz frente a esta do Meneghetto, das mãos em baixo; largo chapéu na cabeça a modo
de entre ventos, mas redondo; calças longas, mas não se vê pelo comprimento das vestes;
também a sua chiechera? é diferente porque é mais larga do habitual: terá a largura da forma
redonda da hóstia que celebra a S. Missa, os sacerdotes, e também mais. Se fazem polir duas
vezes por semana.
- Ora podemos ver o seu modo de funcionar: Todos os dias um diz a S. Missa no levantar
do sol, e, outro duas horas depois. Todas as tardes o Rosário e algumas Novenas segundo o
Santo do dia. Depois a Bênção com o S. Sacramento, duas vezes na semana, solene, com o
ostensório e em outros dias com o cibório. Não se maravilhar se dão benção todas as tardes,
porque é um privilégio obtido pela Sociedade dos Palotinos pelo Papa. Tu desejarias saber o
nome dos Sacerdotes que ora estão entre nós, estou pronto a satisfazer-te: Aquele que faz de
Pároco se chama Dom Giaccomo, é de nacionalidade, Suíça, o outro, que é o capelão, se chama
Dom Francesco, ao menos de nacionalidade: Falam todos os dois o Italiano, mas não tanto bem.
Fazem o Sermão em todas as Festas durante a Missa, ou um ou o outro. A Doutrina e o
Catecismo são feitos sempre pelo Capelão. A poucos dias que receberam Carta do Seu Superior
de Roma, dizendo, que depois das Festas de Natal, partirão outros três Sacerdotes, um para
Montevidéu, um para Buenos Aires, e um outro para nós, Italianos. Assim diz a carta: para dar
Missões, aqui e lá onde será desejado. Por esta vez, creio, que bastará assim. Mas, não expliquei
o quanto bastante. Se desejares mais outras notícias eu estarei pronto. Uma, convém que possa
saber se isto te agradou, porque temo ter-te feito perder muito tempo.
- Saudarás todos os meus companheiros e amigos, e, darás para ler esta espécie de história
a quem o desejasse. Saudaras o Pároco. Vi em uma carta direta ao meu Compadre Angelo
Tronco, desejava verdadeiras notícias. Mostra também a Ele esta, assegurando-lhe que sempre
me recordo deles, e que levo tudo na verdade. Saúda-me também o Senhor Arigoni. A Don
Francesco farás ter esta incluída a você direta. A Bortolo e a Mariz dirás que estou muito
contente do escrito do meu neto, e que eu sempre me recordo deles, assim espero que também
se recordarão de mim. Em nome da Catina, (esposa de L. Rosso), saudarás a família Fabris, e a
família Cazorzi, fazendo-lhes saber que estou tranqüilo e que gozo perfeita saúde. Precaução às
pessoas que desejassem vir aqui entre nós, isto é, na Colônia Silveira Martins, não são mais
Colônias Governativas. Ora, estão os engenheiros à medir de novo uma situação assim dita
“San Vicente”, longe daqui cinco dias a cavalo. Dizem que são colônias muito boas. Mas eu
não as vi. Aqui teríamos muitas para comprar de proprietários, mas, precisamos de dinheiro.
Uma Colônia que será Campos em medida Trevisiana em torno de 60, querem mil “fiorini”
(réis). Mas seriam terrenos muito boníssimos e quase tudo plano, em distância da nossa Igreja
cerca de duas horas de caminho a pé.
- Finalizo saudando-vos em união a Bia e todos. Sou teu irmão amadíssimo Luigi. Pede a
fazer rezar para mim a para a minha família que Deus a conserve sempre em Paz e tranqüilidade,
como no presente. Recebam saudações da Catina, da Giuditha e da Rosa que sempre está pronta
a rever-te, dizendo que tu estará em paz.

A Pietro Londero - Bòcul


Colonia di S. Maria di Boca di Monte - Brasile
Carissimo Pietro

Dalle vostre lettere che qui sono arrivate, si viene a sapere che la vostra posizione nel
Brasile e buona e che siete bene collocate. Da ciò è nato il desiderio di trapiantarsi in quei paesi
ed in quelle colonie [...] ha quella che non hanno, ma mancano loro i mezzi di fare cosllungo
viaggio. Se voi od altri, purché siamo persone oneste e cristiane, si trovassero in caso di aiutare
alcuni e di ospitarli o in tutto od in parte per fare il viaggio certo che questi vi sarebbero molto
grati, come potete immaginarlo. Fra questi uno che mi ha raccomandato di dirve una parola a
voi senza che qui nessuno sappia di ciò, e la Famiglia di Brondani Girolamo Figlio dei fu Pietro
di Cecilia Cucchiaro e Maria Di Filippo il suo genero Pietro Falischio potrai darvi a voce quando
occorre. Per caso che ci porga qualche speranza, vi transcrivo qui dietro tutta Ia famiglia, poichà
si sappia di qualli e quanti membri è composta.
Estratto della famiglia di Brondani Girolamo come marcati dai Registri Parrocchiali di
Gemona

Padri: Brondani Girolamo fu Pietro e di Cecilia Cucchiaro nato 16 Ottobre 1831


Di Filippo Maria di Daniele e di Guliani Antonia nata li 28 Agosto 1840

Figli: nato
Brondani Pietro 9 Ottobre 1864
Brondani Luigi 20 Settembre 1866
Brondani Rosa 2 Dicembre 1868
Brondani Leonardo 28 Dicembre 1872
Brondani Daniel 17 Luglio 1877

Cucchiaro Cecilia fu Girolamo e fu Pasqua Urli nata li 11 Febbraio 1810 vedova di


Pietro Brondani.
Brondani Antonio fu Pietro e di Cecilia Cucchiaro nato 7 Settembro 1842
Quando riceverete questa mia avete già ricevuto i miei saluti da Giovanni Stipano=fu Alipio
che e partito da Gemona or e un mese. - [...] per Lui ho potuto mandarvi un cordiale saluto
augurandovi dai cielo ogni bene che ai Signore piaccia di darvi in questa terra. Questo solo vi
raccomando, che avendo migliorato Ia vostra condizione come si ode, abbiate ad essere grato
ai Signore a mantenere [...] nel vostro cuore ed in tutta Ia vostra famiglia la religione in cui siete
nato e cresciuto.
Il Signore sia con voi; e pregandovi a salutare tutta Ia vostra famiglia e gli altri di
Gemona quando vi si presenterà l'occasíone passo a protestarmi.
Gemona li 20 Novembre 1878
P.S. Lei mi mandate vostre notizie, le avró sempre care.
Vostro Uff Arciprete

P. Pietro Forgiarini
A Pietro Londero - Bócul (Apelido desta família)
Colônia de Santa Maria da Boca do Monte - Brasil

Caríssimo Pietro Das vossas cartas que aqui chegaram, se vem saber que a vossa posição
no
Brasil é boa e que estão bem colocados. Por causa disto aqui está nascendo o desejo de emigrar
aos países e àquelas colônias, que dão mais condições e que aqui na Itália não há; mas falta a
eles os meios de fazer esta longa viagem. Se vocês ou outros, porque são pessoas honestas e
cristãs, se vocês se encontram em condição de ajudar alguns e de hospedá-los no total ou em
parte, para fazer a viagem, certo que estes vos serão muito gratos, como podeis imaginá-lo.
Entre estes, um que me pediu para dizer-vos uma palavra sem que aqui ninguém saiba disto, é
a Família de Brondani Girolamo, que é filho do falecido Píetro e de Cecilia Cucchiaro. A esposa
Maria Di Fillipo e o seu genro Pietro Falischio. Podeis dar a ajuda quando precisar.
Para o caso que estendam qualquer esperança, vos transcrevo aqui, nesta carta toda a
família, para que se saiba de quais e quantos membros é composta.
Extrato da família de Brondani Girolamo como marcados aos Registros Paroquiais de
Gemona

Pais: Brondani Girolamo f. do fal. Pietro e de Cecilia Cucchiaro, nasc. aos 16-10-1831
Di Filippo Maria, de Daniele e de Guliani Antonia, nasc. aos 28-8-1840
Filhos: nascido
Brondani Pietro, 09-10-1864
Brondani Luigi 20-09-1866
Brondani Rosa 02-12-1868
Brondani Leonardo 28-12-1872
Brondani Daniel 17-06-1877

Cucchiaro Cecilia filha do fal. Girolamo e da fal. Pasqua Urli, nasc. aos 11-2-1810
v. de Pietro Brondani.
Brondani Antonio filho do fal. Pietro e de Cecilia Cucchiaro, nasc. 7-9-1842

Quando receberdes esta minha carta, já tereis recebido os cumprimentos (saudações) de


Giovanni Stipano, filho do falecido Alipio, que partiu de Gemona já há um mês. Por Ele pude
mandar-vos um cordial cumprimento, desejando-vos do céu todo o bem que o Senhor (Deus)
gostaria de dar-vos nesta nova terra. Isto só vos recomendo; que havendo melhorado a vossa
condição, como se deseja, tenhais de ser agradecidos ao Senhor e manter, no vosso coração e
em toda a vossa família a religião em que sois nascidos e crescidos.
O Senhor esteja convosco; e desejo-vos e saúdo toda a vossa família e os outros de
Gemona, quando aparecer a ocasião nos comunicaremos. Gemona, aos 20 novembro 1878.
Mandar-me vossas notícias, as terei sempre com carinho.

Vosso Oficial Arcebispo


Pe. Pietro Forgiarini
Lettera di Gio Batta Mizzan
(Santa maria Boca do Monte - Rio Grande do Sul-Brasile, 17 marzo 1878)

Dopo la mia partenza di Genova io vi à scritto una lettera che stavo a Gibilterra, ai 17
dicembre, adesso vi fo sapere il rimanente dei viaggio, partiti che siamo di Gibilterra il nostro
vapore andava a Golfie velIe giorni bonissimi tempo placito infino ai 23 dicembre, ma il giorno
23 era una bonissima giornata quando Ia circa le 4 e 1/2 pomeridiane che stavano tutti a cena
in Cuperta pacífichi quando ad un trovatto si senti una voce che strilla e fogo e fogo e non
vedendo che Cielo e acqua ad un tratto siamo tutti scoloriti tutti siamo venuti di mille colori da
per tutto si sentiva a piangere chi piglia in brazio il figlio chi abbrazia Ia moglie chi butava
ordegni in mare chi recitava le litanie delIa madona chi stava in ginochio colIe mani giunte in
Conclusione erino tutti rassegniati ai voler di Dio e poi graziando l’altissimo non e suzesso
nulla, E cosa era? avevano aceso fogo in stala dei manzi, e non è stato nulla, navigando sempre
benissimo che il giorno di Santo Natale era un felicissimo giorno quando il giorno di San
Stefano si alza una burasca molto cativa che erino in pericolo che a vedere il nostro naviglio a
scombatere contro le onde che feva terore à durato 30 ore e poi e fatto plazito e sereno quando
poi siamo passati all’ultimo dell’anno abiamo strapassata Ia linea il locatore e avemo soferto 3
giorni di grande calore ma un calore soportabile i rimanenti dei giorni li abiamo pasati pacífichi-
Quando poi una lunga navegazione di 30 giorni finalmente il giorno 11 Gennaio di bel mattino
sià principiato a vedere le montagne dei Brasile alora tutti siamo messi a strillare e viva e viva
Ia merica infino ai 12 prima di giorno siamo arivatti ai porto di Rio Zanero sono natti 3 e morti
7 ma io e Ia mia famiglia graziando Idio siamo sanissimi in bonissima salute cusi pure Ia
famiglia dell’amico Bertolini si trova in buona salute.
Doppo di Rio Zanero siamo voltati per Santa Caterina e poi a Rio Grande e poi siamo
andati a porto alegro e poi a Rio Pardo siamo discesi in terra, ma tutto il naviglio di mare abiamo
messi 42 giorni qui a Rio Pardo siamo fermati 6 giorni e poi siamo montati sui cari bagagli e
done e picoli sui cari e no altri chi voleva caminavimo ma da rio pardo a Santa Maria Bocca di
Monti avemo strapassatti pradarie selve e Boschi fecino da mangiare in campo dormire sotto le
tende ma la nostra navigazione dei Carro aduratto 15 giorni il vito era suficiente per tutti che
copavino un manzo ai giorno minestra e pane suficiente e caffe bondante,finalmente nusiamo
menati tutti in un bosco che si vedeva legni e [...].
[...] disviati non sapevano cosi [...] tutalmente io e altri tre amici Bilunesi abiamo
prinzipato a caminare a Santa Maria che erino 6 ore distante percorendosi colonie particulare
che avevino terre disponibili finalmente dopo diversi giorni di camino siamo stati in diversi
punti a vedere ma anipareva tropo cara ma zirando e dimandando finalmente abiamo trovata
una buona colonia che Ia se due legue distante di Santa Maria cusi abiamo tratato e siamo
cominati che questa Colonia a Caminarla il lior Cecuitto ci vole un giorno di camino e pradarie
e Bosco Campanha sono due case suficienti per 4 famiglie cusi abiamo tratato noi abiamo
Comperato case Bosco pradarie arativo sono pomari di tutte le sorte una vaca un cavalIo 8 porei
20 bovi dove abbiamo calco lato 40 some di patate 10 some di riso 14 some di mangioche che
è una erba che sifà farina bona per mangiare 150 galine e dai siguro abiamo calco lato 100
ettolitri di granoturco che entro aprile li avremo raccolti tutto sono di belle piantagioni di viti
in fatti non manca nulla e nusbasta 5.000 Franchi in tutto e per tutto e stato un colpo di fortuna
cusi noi abiamo contatti subito 3.000 e 2.000 pagamo linteresse dei 12 por cento, abiamo calco
lato in tutto il tereno che noi abiamo comprato piú di 1.000 campi cusi avemo scrito il contrato
tuti quatro insieme e franoi poi si dividerano e faremo quatro parti che noi abiamo tanta terra
che né io né i miei figli non Ia lavoreremo tutta.
Bona aria e acqua corrente sulla porta della casa boníssima è questa colonia, si chiama
Colonia Campestre di Santa Maria Bocca di Monti via Sammartino, e se fosino andatti sotto il
Governo dovevino prima farsi la strada della casa emigrazione in fino alla Colonia dove vino
menati i bagagli e i figli sui Muli 5 ore di camino e Antonio Bertolinie nel Bosco dovevino
tagliare il Bosco e poi farsi Ia casa soli alla meglio cusi io a preso lingagio dei Governo e
mianno consegnato 40 fiorini e a chi si fanno Ia casa soli nel Bosco il Governo paga 70 fiorini
qui è tutto caro che le 3 volte più che in Italia.
Cusi nusiano mantenuti 10 giorni e poi che non avevino soldi dovevino andare a lavorare
pel Governo e il Governo paga un fiorino e mezzo al giorno per quindici giorni e per altri
quindici giorni dovevino lavorare sulla loro Colonia e dei 15 giorni di lavoro dovevano vivere
un mese cusi certo e che il primo anno andaranno male quando poi avranno Ia raccolta andranno
bene-Cusi io sono intardato a scrivervi perche non ero ancora acomodato.
Qui è moneta di Rame e di un altro metallo che somiglia d'argento ce pure d'argento oro
e carta ma qui nel Brasile tutta Ia moneta core a Reais e vole 4 reais per fare un centesimo per
esempio un pezo di Rame di 20 Reais forma 5 centesimi 1.000 Reais fa un fiorino,
Come e ditto qui è tutto caro solo Ia carne e a 40 centessimi il chillo, verebbe tanto di
scrivere ma sono stufo e fermo per altro io adesso che ho fatto questa compra sono
contentissimo che ai meno dopo morto io i miei figli dove stare e lavorare sulloro.
Tanti saluti...
Mizzan Gio Batta

Carta de: Gio Batta Mizzan


(Santa Maria da Boca do Monte - Rio Grande do Sul-Brasil - 17 março 1878)

Após nossa partida de Gênova, vos escrevi uma carta, em 17 de dezembro, quando nos
encontrávamos em Gibraltar, agora vos informo sobre o restante da viagem. Assim que
partimos de Gibraltar, o nosso vapor seguia tranqüilamente, com dias esplêndidos, tempo
sereno, até 23 de dezembro. Esse dia 23 transcorria belíssimo, quando, aproximadamente pelas
quatro e meia da tarde, enquanto estávamos todos jantando na coberta, tranqüilos, eis que de
repente ouviu-se uma voz gritando: “Fogo! Fogo”. Vendo apenas céu e água, no momento
ficamos todos pálidos e apavorados. Ouvia-se choro por todos os lados. Quem pegava no colo
o filho, quem se abraçava à esposa, quem jogava objetos no mar, quem recitava as ladainhas de
Nossa Senhora, quem permanecia de joelhos com as mãos juntas [...] Para concluir, estávamos
todos resignados à vontade de Deus e, depois, agradecemos ao Altíssimo por não ter acontecido
nada. Mas o que aconteceu? Tinham acendido o fogo na estrebaria do gado, mas não houve
nada. Navegamos sempre muito bem. O dia do Santo Natal foi um dia muito feliz, mas no dia
de Santo Estêvão levantou-se uma violenta tempestade, que nos pôs em perigo. Vendo o nosso
pequeno navio batendo contra as ondas, entrávamos em pânico. A tempestade durou 30 horas
e depois veio a bonança, e tudo estava tranqüilo. No último dia do ano passamos a linha do
Equador e tivemos três dias de grande calor, mas um calor suportável. Os dias restantes foram
sossegados. Depois de uma longa navegação de trinta dias, finalmente, em 11 de janeiro, de
manhã cedo, podíamos ver as montanhas do Brasil. Começamos, então, todos a gritar “Viva!
Viva a América”! Por fim, aos 12 de janeiro, chegamos ao Rio de Janeiro. Na viagem nasceram
três e morreram sete. Eu e minha família, graças a Deus, estamos com perfeita saúde, como
também a família do amigo Bertolini.
Do Rio de Janeiro seguimos para Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, passamos por
Porto Alegre e, chegando a Rio Pardo, descemos a terra. Toda a viagem em água levou 42 dias.
Em Rio Pardo paramos seis dias. Depois colocamos as bagagens nas carroças, onde
embarcaram as mulheres e as crianças. E nós, quem queria, caminhávamos. De Rio Pardo a
Santa Maria da Boca do Monte atravessamos pradarias, selvas e bosques. Preparávamos a
comida no campo, dormíamos sob tendas. A nossa viagem de carroça durou 15 dias. A
alimentação era suficiente para todos. Matávamos um terneiro por dia, a sopa e o pão eram
suficientes, o café abundante. No final da viagem fomos levados todos para uma floresta, onde
só se viam árvores e céu. Desesperados não sabíamos o que fazer. Finalmente eu e três outros
amigos belunenses começamos a caminhar para Santa Maria. Foram seis horas de caminhada.
Queríamos comprar colônias de particulares, que tinham terras para vender. Andamos durante
vários dias, estivemos em diversos pontos para ver. Tudo nos parecia muito caro. Mas
circulando e pedindo informações, finalmente encontramos uma boa colônia que fica a duas
léguas de Santa Maria. Aí fechamos negócio. Verificamos que para percorrer o perímetro desta
colônia, por pradarias, florestas e campos, é necessário um dia de caminhada. Há duas casas,
suficientes para 4 famílias.
Assim foi o nosso contrato: compramos as casas, o mato, pradarias, o solo arável. Há
fruteiras de todos os tipos, uma vaca, um cavalo, oito porcos, vinte bois. Calculamos quarenta
medidas de batatas, dez de arroz, 14 de mandioca, que é uma raiz com que se faz farinha boa
para comer, 150 galinhas e, seguramente, calculamos 100 hectolitros de milho que, até abril,
colheremos. Há belas plantações de videiras. Em resumo, não falta nada. Custou-nos ao todo
5.000 francos. Foi sorte grande, pois pagamos logo 3.000 e sobre 2.000 corre um juro de 12.
Calculamos o total da terra comprada em mais de mil campos. Assim fizemos um contrato todos
os quatro juntos e entre nós depois dividiremos e faremos quatro partes. Temos tanta terra que
nem eu e nem os meus filhos conseguiremos trabalhá-la toda.
Bom clima e água corrente na porta de casa. Excelente é esta colônia. Chama-se Colônia
Campestre de Santa Maria Boca do Monte, na estrada de São Martinho. Se tivéssemos ido às
terras oferecidas pelo Governo deveríamos primeiro fazer a estrada, desde a casa da emigração
até a Colônia, para onde as bagagens e os filhos foram levados no lombo de burros. Cinco horas
de estrada. Eu e Antonio Bertolini, no meio do mato, tivemos que derrubar as árvores e fazer a
casa por nossa conta. Assim eu aceitei a proposta do Governo e recebi 40 florins. A quem
constrói a casa por conta, no mato, o governo paga 70 florins. Aqui é tudo caro, três vezes mais
que na Itália. Assim nos mantínhamos por dez dias e, como não tínhamos dinheiro, tivemos que
trabalhar para o Governo e o Governo paga um florim e meio por dia, durante quinze dias, e
nos outros 15 dias deveríamos trabalhar cada um na sua colônia. Com os 15 dias de trabalho
devíamos viver um mês. Dessa forma no primeiro ano irão mal, mas quando terão a colheita
irão bem. Assim eu demorei a escrever-vos porque não me tinha ainda instalado.
Aqui a moeda é de cobre e de um outro metal que se assemelha à prata. Há também de
prata, ouro e papel. Aqui no Brasil toda a moeda é em reais e precisa-se de 4 reais para fazer
um centavo. Por exemplo, um pedaço de cobre de 20 reais forma 5 centavos; 1.000 reais
correspondem a um florim.
Conforme foi dito, aqui é tudo caro. Só a carne custa 40 centavos ao kg. Haveria tanta
coisa para escrever, mas estou cansado e deixo para outra oportunidade. Agora que fiz esta
compra estou muito contente, pois, ao menos depois de morto, os meus filhos terão onde ficar
e trabalhar no que é seu.
Saudações.
Mizzan Gio Batta

Lettera di Antonio, Luigi e Felice Taschetto


(Santa Maria Boca do Monte, novembre 1887)
Santa Maria in Rio Grande do Sul novembre 1887.

Noialtri semo qua, ma no semo contenti perchê sono monti e rive e piani pochi e sono
anche molti bissi e pericholi tanti. Andiamo ad opera da coloni e si ciapa trenta soldi ai giorno
e andare sui lavori per il governo si ciapa cinquanta soldi ma noialtri non andiamo perchà se
tanti pericholi di perdere la vita questa e la cucagna che i scrveva che gera qui nella Merica.
Caro fratelo la nostra cosienza non e de farte venir qui perche siamo inganati noi e non vogliamo
inganarti anche te credi ti scriviamo Ia pura verità e non sta a credere che per il viagio le vengna
cambiate. Caro fratelo ti facio sapere che la lettera la ga scrita to nevodo Giusepe perche se le
femo scrivar i vol metere quelo che i vollori e noialtri vogliamo scrivar la pura verità. Con di
píú salutami mio amico Nespolo Agostino e domandagli se e caso di poter otenere quele grazie
che semo per dímandar gli anzi semo per pregarti che tu vada dai nostro padrone B. e dagli
questa lettera che noi semo cogli occhi piangenti in ginochio pregando Ia sua bontà che avemo
tutte le nostre speranze in lui e lo preghiamo che ne leva da queste pene e che ne facia tomar in
italia che quando saremo la si asogetemo a qualunque sua condizione e con la nostra vita
pagheremo le spese che incontreremo a venire alia patria.
Pregiatissimo padrone, remetiamo tute le nostre speranze nella sua bontà, sperando
nella sua misericordia esperemo che da lei non veremo ribandonati e noi con tuto il quore Ia
salutiamo e si dichiaramo suoi desiderati servi Taschetto Antonio e Luigi e Felice.
Dunque caro fratelo ti salutiamo adio e speremo di sentire qualque conforto sulla tua
risposta, altrimenti siamo costretti di andare sulle nostre colonie in medo ai Boschi e deserti e
la dovremo morire salvagi malamente.
Antonio Luigi e Felice Taschetto.

Carta de Antonio, Luigi e Felice Taschetto


(Santa Maria Boca do Monte, novembro de 1887)
Santa Maria, Rio Grande do Sul

Nós estamos aqui, mas não estamos contentes, porque são só montes, encostas e poucas
planícies. E há também muitas cobras e tantos perigos. Trabalhamos para outros colonos e
ganhamos trinta moedas por dia. Trabalhando para o governo ganha-se cinqüenta, mas nós não
vamos, porque há tantos perigos de perder a vida. Esta é a fortuna (cucagna) que diziam haver
aqui na América. Caro irmão, é nosso dever impedir-te de vir para cá, por que nós fomos
enganados e não queremos que também tu sejas enganado. Acredita, o que te estamos
escrevendo é a pura verdade e não vás pensar que durante a viagem as coisas mudem. Caro
irmão, informo-te que a carta foi escrita por teu sobrinho Giusepe, porque se as fazemos
escrever por outros, eles informam o que bem entenderem e nós queremos escrever só a
verdade. Saúda o meu amigo Agostino Nespolo e pede-lhe se é possível obter aqueles favores
que estamos para pedir-lhe. Aliás, queremos pedir que tu mesmo vás até o nosso patrão B. e
que lhe entregues esta carta, dizendo que nós estamos com os olhos cheios de lágrimas, de
joelhos, suplicando por sua bondade, porque estamos colocando nele todas as nossas
esperanças. Rogamos-lhe que nos livre desses tormentos e que nos faça voltar para a Itália,
pois, quando lá estivermos, submeter-nos-emos a qualquer exigência sua e com nossa vida
pagaremos as despesas que teremos para voltar à pátria.
Prezadíssimo patrão, depositamos todas as nossas esperanças na sua bondade, contando
com sua misericórdia. Esperamos que de sua parte não seremos novamente abandonados. E,
nós de todo coração, o saudamos e nos declaramos seus dedicados servos Taschetto Antonio,
Luigi e Felice.
Portanto, caro irmão, te saudamos, adeus, e esperamos de sentir algum conforto com
tua resposta; caso contrário, seremos obrigados a ir para nossas colônias, no meio das florestas
e dos desertos, e lá, vivendo penosamente, devemos morrer.

Antonio, Luigi e Felice Taschetto.


Letera di Antonio Basso
Silveira Martins - Rio Grande Sul- Brasil- aprile - 1889.

Carisimi fratelli io vengho con queste poche righe per vedirvi che cua a silvero martin
il parrocó á predica in chieza che il nostro re vitorio emmanuele si ricorda detutti noi altri taliani
sé anche siamo taluntano dellui che tutti a cueli che domanda grazia atiene ogni grazia che si
dimanda cosipure io so che sono il viagio gratis come che vegho vestito da nuovo mabizogna
che vegna una letera ai nostro re che otiene colucue grazia, io non posso cosiveghi ta ndo cuá
pureche deboni de etera non ghine cosi purê voi altri o dei paroco de crescala o cavaletre altra
prosim a favela cosívcne diretà ai nostro re dimmandando grasia datornare in nitalia. Midichiaro
di essere Basso Antonio moglie Maria Figlio Antonio ani 13. Botolo ani 12. Giovani ani 10.
Luigi ani 18. Ângela ani 6. Catarina e morta Maria ani 2. feghi pure una letera Che noi altri
siapartiti da glitalia lano 1888 siamopartiti noi cua non abiamo trovato pochi lavori colonie
triste a anche Che sono dati nel giogari putei che piange da fame sono vighestosu iprimi
demarzo persone a patata mangia bocada muti stato rivati sono i dati prenteva dala fame e deso
sono ancora la precarieta, la nopasà dado ai giaghari i trovava per strada a piovado cavalli morti
tutti o carete in pianta e o nei baghai cavai in pianta i e monti Ia. E io mi ritrovavo con poca
salute tutti perche le arei e i fili non ne con feri faghe metere sula letera che siamo stàtti chiama
ti a bandona la in medo Ia strada e malatie e sensa denaro a anche una putela morta.
E per la direzione Provinsia di rio grande santa Maria boca di munti Sivero Martins.

Carta de Antonio Basso


Silveira Martins - Rio Grande do Sul - Brasil - abril de 1889

Caríssimos irmãos,

Eu venho com estas poucas linhas para dizer-vos que aqui, em Silveira Martins, o
vigário divulgou no sermão que o nosso rei Vittorio Emanuele se recorda de todos nós italianos,
mesmo que estejamos tão longe dele, e que todos aqueles que se dirigem para ele terão todos
os seus pedidos atendidos. Dessa forma eu sei que a viagem será gratuita, como já vos informei
antes. Mas é preciso enviar uma carta ao vosso rei para ser atendidos. Eu não posso escrever-
lhe daqui, porque aqui não há pessoas capazes de escrever. Mas vós ou o pároco de Cresole, ou
qualquer outra pessoa, rnandai-a escrever diretamente ao nosso Rei, pedindo para voltarmos à
Itália.
Declaro ser Antonio Basso, sua esposa, Maria; os filhos: Antônio, de 13 anos; Batolo,
de 12 anos; Giovani, de 10; Luigi, de 8; Angela, de 6; Catarina morreu, e Maria de dois anos.
Enviai-lhe uma carta dizendo que nós partimos da Itália no ano de 1888, que nós aqui
encontramos pouco trabalho, colônias pobres e que também fomos a Jaguari. Que as crianças
choram de fome. Que vieram até aqui, em primeiro de março, algumas pessoas de Santa Maria
da Boca do Monte e, ao chegarem, caíram por terra por causa da fome, e ainda agora estão na
miséria. No ano passado, lá em Jaguari, encontravam-se pela estrada, depois da chuva, tantos
cavalos mortos, carroças abandonadas e, nos lamaçais, cavalos afundados e mortos. E eu me
encontro com pouca saúde, tudo porque o clima e os ares não combinam conosco. Colocai na
carta que fornos chamados e abandonados lá em meio à estrada, com doenças e sem dinheiro,
e também com urna menina morta. Nosso endereço: Província de Rio Grande, Santa Maria.

Boca do Monte, Silveira Martins.


Carta de Visentini, Antonio.
Carissimo fratello e madre
Silveira Martins li 3 Marzo 1901.

Con molto piacere o ricevuto la tua lettera e o inteso che vi trovate in buona salute, cosi
pure e anche di me e della mia famiglia. Mi perdonerai si o indugiato a scrivere un poco, ma Ia
cagiure che o quando le lettere vanno a Novjork io non ne o colpa e tu neanche e poi o indugiato
un poco di mia volontà per potervi dare una qualque nuova di quello che mi ai dimandato, ma
ancora non so niente altro che il 18 Febbraio la mia famiglia a cresciuto ancora di un altro
giabarelare e li o messo nome Giacomo Fortunato e cosi saprai che neanche quà Ia famiglia dei
Visentini non va distruta. Ti diró che riguardo alie colonie ancora non so niente di nuovo perche
dove é andato mio zio dice e colonie molto cattive con poca aqua e lontane dai comercio e
dunque Ia ne o poca volontà di andare e piutosto stó quà in affitto o fatto láffítto ancora per due
anni e quà lavoro terra buona e anche vicino dai comercio e anche con le careghe qualche cosa
guadagno sempre, e quando mi avró trovato un toco di terra ti faro sapere subito, ma fino che
io non te scrivo di nuovo non muoverti di casa perchà quando avvessi intensione di venire quà
avrei piacere di poterti postare anche te.
Ti diró che o inteso che sei venuto a casa i ultimi di Novembre perche ti sentivi poco
bene come l'altro anno, e di questo mi dispiace perche 10 50 che ti rovini Ia salute, e per conto
mio e melio cento colte stare quà in affitto che Ia come ero prima che ai meno per vivere non si
pensa tanto come Ia e meno sogetti a disgusti.
Ti diró riguardo ai Raccolto di tutto non posso sapere perche grano turco e due mesi
che mangio dei mio e ne o ancora che e piccolo dunque di quello non posso dirti niente, ma
faiuoli no o impiantato 9 chili e no o fatto 5 sacchi patate 4 sacchi frumento impiantato 2 staie
e raccolto 34 riso 4 chili ma ancora non e maturo, ma ti diró che qua i sacchi sono di 60 chili
cíoe di 4 staie ma infatti per vivere ne avrei anche per te. Quando mi scrivi mandami la tu
direzione, che a quanto o visto su um bilieto della busta pare che tu non sia a casa.
Ti diró che quello che mi duole di piú e di essere lontano da te e mia madre e tutti i
fratelli, ma per altro saria anche troppo contento dell' America.
Ti diró che adesso sono ancora in casa di un vecchio della Vai de Cansoi un buon
vecchio che e stato per noi come nostro padre ed e solo a un filio e filia che 10 anno lasciato solo
e loro sono andati fuori per non aiutarlo, ed anche Michele Cassol e suo filio Giovanni ne anno
fatto tanto dei bene e quando vado a trovarli e come vado in casa mia, ed anche lui stà bene
unito a sua molie e filio ed anche sua madre e tanto vi salutano tutti ed anche i nostri visentini
vi salutano e Bramerei che mi mandassi il ritratto di tutti che anche io guardero di farlo colla
mia famiglia e mandarvelo. L'altro non mi resta di dirti che saluterai di cuore unito a tutta
l'intiera tua famiglia e mi firmo di essere per sempre il tuo affesionatissimo fratello.

Antonio Visentini. Addio.

Mi saluterai tanto mia madre e digli che si dia coraggio che noi stiamo tutti bene e si
pensiamo sempre di ella e mi saluterai tanto anche i fratelli Giuseppe e T omaso e Luigi e
cugnate e nipoti ed anche Ia Giacomina e Ia Maria e Natale, e quella dai diavolo nella pancia,
ed anche mi saluterai i Tonet e mio zio Fabbio e mio compare Dep e quelli che ne parlano in
bene. Addio pronta risposta. Di nuovo salutami mia madre [...].
Carta de Visentini, Antonio.
Caríssimo irmão e mãe
Silveira Martins, 3 de março de 1901

Com muito prazer recebi a tua carta e entendi que vos encontrai com boa saúde, assim
também de mim e da minha família. Me perdoais se demorei um pouco para escrever, mas a
razão que tenho quando as cartas vão a Nova Iorque, e eu não tenho culpa e tu também não. E
depois protelei um pouco de minha vontade para poder te dar uma qualquer nova daquilo que
me tem pedido, mas ainda não sei nada de qualquer coisa que aos 18 de fevereiro a minha
família cresceu de novo de um outro giabarelare que coloquei o nome de Giacomo Fortunato
e assim sabereis que nem aqui a família dos Visentini não vai terminar. Te direi que tomo a
olhar as colônias ainda não sei nada de novo, porque onde foi o meu tio diz que são colônias
muito ruins, com pouca água e longe do comércio e, portanto, lá tenho pouca vontade de ir e/ou
melhor fico aqui alugando. Fiz o aluguel ainda por dois anos e aqui trabalho terra boa e também
perto de comércio e, também, com as cadeiras qualquer coisa ganho sempre, e quando encontrar
um pedaço de terra para mim te farei saber logo, mas até que eu não te escrever de novo não te
movimentes de casa, porque quando tiverdes intenção de vir aqui terei prazer de poder-te
colocar também a ti.
Te direi que entendi porque viestes para casa nos últimos de novembro porque te
sentias pouco bem como no outro ano, e disto me desgosta porque sei que te estraga a saúde, e
por conta minha é melhor cem vezes estar aqui alugando que aí como estava primeiro que ao
menos para viver não se pensa tanto como aí e menos sujeitos a desgostos.
Te direi, considerando a colheita de tudo não posso saber porque milho são dois meses
que como do meu e tenho ainda que está pequeno portanto daquele não posso dizer-te nada,
mas plantei 9 quilos de feijão e fiz 5 sacos de batata, 4 sacos de trigo, plantei 2 staie e colhi
34,4 quilos de arroz, mas ainda não está maduro, mas te direi que aqui os sacos são de 60 quilos
isto é de 4 staie, mas enfim, para viver terei também para ti. Quando me escrever manda-me a
tua direção (endereço), que quando vi sobre um bilhete do envelope parece que tu não estás em
casa.
Te direi que aquilo que me dói demais é estar aqui, é estar longe de ti e de minha
mãe e todos os irmãos, mas por outro seria também bastante contente na América.
Te direi que agora estou ainda na casa de um velho de VaI de Cansoi, um bom velho
que foi para nós como nosso pai e está sozinho com um filho e filhas, que o deixaram só e eles
foram para fora para não ajudá-lo. E também Micheli Cassol e seu filho Giovanni nos fizeram
tanto de bem e quando vou encontrá-los é como ir para minha casa. Também ele está bem unido
à sua mulher e filho e também sua mãe e muito vos saúdam todos e também os vossos Visentini
vos saúdam. Implorarei que me mandasse o retrato de todos que também eu olharei de fazê-lo
com a minha família e mandá-lo. Outra coisa não me resta de dizer-te que saudar-te de coração
unido a toda inteira tua família e me assino de ser para sempre o teu afeiçoadíssimo irmão.

Antonio Visentini. Adeus.

Me saudarás tanto minha mãe e diga-lhe que se dê coragem que nós estamos todos
bem e nos lembramos sempre dela e me saudarás muito também os irmãos Giuseppe e T omaso
e Luigi e cunhados e sobrinhos e também a Giacomina e a Maria e Natale, e aquela com o diabo
na barriga [...], e também me saudarás os Tonet e meu tio Fabbio e meu compadre Dep e aqueles
que nos falam o bem. Adeus, pronta resposta. De novo, saúda-me minha mãe [...].
Carta de Visentini, Antonio.
Carissimo fratello
E Silverio Martins li 7 apprile 1901

Con molta alegrezza ieri o ricevuto la tua lettera colla qualle inteso che ti ritrovi in
buona salute, come pure e il simile di me e mia moglie e i figli ed anche la maglia colle sue
figlie. Ti diró caro fratello che abbiamo fatto buon viaggio ed siamo arrivati il 1 Marzo, e siamo
stati 4 giorni in casa di nostro barba, e poi siamo venutti in casa di Michele Cassol detto
indvamin e mardeti 9 corrente andiamo via anche di quà perche o trovato una colonia in affitto
per 50 fiorini e vado a lavorare in questa colonia per un anno, e dentro poco tempo vado a
vedere, 2 giorni a piedi lontano da quà le terre dei governo se mi piacciono o no, e se sei arie
buone e acque buone ed anche le terre se sono buone. Dunque caro fratello se trovo un poco
polito ti scrivo che tu vieni anche te e ti faccio riservare una anche per te e se non va tanto bene
mi accontento di me che sai quà.
Ti diró caro fratello che in casa di mio zio é una miseria che non puoi credere, ed a
una belissima colonia, ma e tutta delle debite, e per il suo poco giudizio di lui, e della sua intera
famiglia si a mangiato quasi tutto. Ti diró che quà questo anno quà è andata mal e il raccolto
per il gran secco, ma se i anni vanno un poco bene si vive benissimo, e mio zio pel Ia quantità
dei vizi di lui e della famiglia e malpostato come ti o detto, ma quelli che tengono de conto
vivono bene e senza pensieri.
Ti diró che causa mio zio mi a fatto mangiare tutti i denari, e quelli che non mi a
mangiato lui me li a fatto mangiare dagli altri e oggi mi ritrovo com 50 franchi in tasca, ma per
questo non sono pentito neanche lo stesso di essere quà perche spero di arrangiarmi lo stesso, se
Iddio mi tiene sano. Sono rimasto stufo a sentire che ti ritrovi in quel brutto lavoro, perchà si e
sempre amalatto, ma se Iddio provede un poco, spero di riunirmi ancora e di stare assieme e
appena avró esaminato le Terre e che mi piacciono ti scriver6 anche se devi venire solo, o se
devi trovare ancora qualcuno perchà quà terra ce né tanta che non si as quanta, basta voluntà di
lavorare dai resto si vive. Ti diró che appena che sono arrivato ti o scritto ancora 2 lettere ma
non so se le avrai ricevute perche le o mandate a casa ma spero di si perche stano ai 40 ai 45
giorni ad andare e te le o mandate multate cíoà da francare perchà siano piú sicure, e cosi le
spedirai anche te, fami sapere dove sono i miei fratelli Luigi e Giuseppe e saluteli tanto e
salutami anche Vedana Santo e mio cugnato Natale e quando scrivi a casa saluterai tanto anche
tua moglie e mia madre distintamente, e Ia famiglia dei Lovat e i Tonet e tutti quelli che li sono
obligato.
Mi a dispiacciuto a sentire che i nostri affari erano ancora imbroliati, ma spero che
vadano terminati presto. Addio. Termino co salutarti di vero cuore unito a mia moglie e figli e
Amalia e mi firmo di essere per sempre il tuo fedel fratello Antonio Visentini. Addio. Ti scriveró
ancora fra breve tempo.

Carta de Antonio Visentini.


Caríssimo irmão
Ex-Silveira Martins, aos 7 de Abril de 1901

Com muita alegria ontem recebi a tua carta, com a qual entendi que te encontras em
boa saúde, como também está igualmente de mim e minha mulher e os filhos e também a
Amália com as suas filhas.
Te direi, caro irmão, que fizemos boa viagem e chegamos no dia 1 º de março, e
ficamos 4 dias na casa do “barba” (pai). Depois viemos para a casa de Michele Cassol, dito
Indvamim e terça feira dia 9 do corrente iremos embora também daqui, porque encontrei uma
colônia para alugar por 50 fiorini (réis) e vou trabalhar nesta colônia por um ano, e dentro de
pouco tempo vou ver, 2 dias a pé longe daqui, as terras do governo se gostarei ou não, e se são
áreas boas e água boa e também se as terras são boas. Portanto, caro irmão, se encontrar tudo
certo te escrevo que tu venhas também e te faço reservar uma também para ti e, se não for tão
bem me satisfaço que seja aqui.
Te direi, prezado irmão, que na casa do meu tio é uma miséria que não podes crer, e
em uma belíssima colônia, mas tem todas as dívidas e, pelo seu pouco juízo e da sua inteira
família, gastaram quase tudo. Te direi que aqui este ano, a colheita foi mal pela grande seca,
mas se os anos vão um pouco bem se vive muito bem, e meu tio, pela qualidade das feições
dele e da sua família, está mal colocado como te disse, mas aqueles que poupam vivem bem e
sem preocupações.
Te direi a causa porque o meu tio me fez gastar todo o dinheiro, e aquele que não gastei
ele fez gastar com os outros e hoje me encontro com 50 francos no bolso, mas por isso não
depende nem mesmo de estar aqui porque espero de arrumar-me da mesma forma se Deus me
mantiver são permaneço cansado de ouvir que te encontras naquele trabalho feio, porque estás
sempre doente, mas se Deus provê um pouco, espero reunir-me ainda e estar junto. Logo que
terei examinado as terras e se eu gostar te escreverei logo e, então quanto antes partires; mais
contente ficarei; mas primeiro, quero estar seguro também eu e então te escreverei se deves vir
só, e se deves encontrar alguém, porque aqui terra tem tanta que não se sabe quanta, falta
vontade de trabalhar, pelo resto se vive. Te direi: logo que cheguei te escrevi ainda 2 cartas,
mas não sei se as terás recebido porque as mandei para casa, mas espero que sim, porque estou
aos 40 e 45 dias andando e as mandei multadas, isto é, a pagar o selo, porque são mais seguras,
e assim as expedirás também tu. Faz-me saber onde estão os meus irmãos Luigi e Giuseppe e
saúda-os muito e saúda-me também Vedana Santo e meu cunhado Natale e quando escreveres
para casa saudareis muito também tua mulher e minha mãe distintamente, e a família dos Lovat
e os Tonet e todos aqueles que aí são obrigados.
Fiquei triste de ouvir que os nossos trabalhos ainda estão embrulhados, mas espero que
sejam concluídos logo. Adeus. Termino em saudar-te de verdadeiro coração unido à minha
mulher e filhos e a Amalia e afirmo de ser para sempre o teu fiel irmão Antonio Visentini.
Adeus. Te escreverei ainda entre breve tempo.

Carta de Giovanni Batista Visentini.


Silveira Martins li 25 dei 12 1929

Carissimo cugino Visentini Furtunato

Dopo lungo tempo che non o píú vostre notizie vi mando queste due righe per sapere le
vostre notizie di salute di “ostra casa, e dei parenti, che noi qui stiamo tutti bene de salute, [...].
E cosi sperian di voi e di tutta la vostra famiglia.
Vídiró carissimo cugino che io desiderio di sapere qualche vostre notizie perche siamo
lontani di paese ma vicini di parentai. Vidiró che avrei piacere di sapere de cugino Giuseppe e
dei cugino Luigi e dei loro figli e dei parenti a giorni, vidiró di qui come le nostre famiglie
vídiró dela famiglia de pupa di 11 figli che egli aveva a rimasto solo col piu giovane che e
Rafaele e sie maritato ora a cuatro figli íl primo [...] e Aldo (?) il secondo Adelmo (?) la terza
[...] la quarta Delmina (?), [...] El fratelo Giuseppe a sol due figlie una Maria e altra Teresa, E
la mia [...] 8. Cinque figli e tre figlie il piu [...] a nome Ezio Gaetano, 2 Díno Gesue, 3 Nereo
Romoaldo, 4 Giovanni Antonio, 5 Fiovo Silvestro, Le tre figlie, 1 Maria Luigia, 2 Guglielmina,
3 Noemia Irena. Vidíró iI mistiere che noi qui faeiamo io faeio il giusta osi e sono chiamato tuti
i giorni distante di aveeino fino una giornata di treno o di camignone sono anche chiamato nel
ospedale [...] E il fratelo Giuseppe fa il molinaio. Masina formento miglio polise riso a il molino
Draulico dela forza di 20 cavali e dei valore di 50$000 fiorini, magina giornalmente 25 sachi di
miglio, 25 di formento e 50 di riso; il fratelo Rafael a Ia machina a motor per batere il formento
riso somensa di erba spagna, ne bate giornalmente se e riso 400 sachi, e se formento 250, se e
spagna 20.
Vidiró che questo ano va mesa mal e per la racolta dei vino basta di fare la mita dellano
pasato.
L'ano pasato sono stato contento perchà neo fato 11,200 litri che sono 28 pípe, e il
cugino Antonio e a fato 12,000 litri il mio pupa nea fato 4,500 litri. Vidírò che lano pasato o
comperato una colonia di tera che mia costato 9.000 fiorini e adesso con quela di prima piu
30.000 fiorini, sono 354.000 metri quadrati. Vidiró che qui noi andiamo benino perche le tere
sono buone che viene di tutto come generi di alimento come formento miglio fagioli cana di
zuchero vino riso tabaco spagna. E anche per il, bestiame e un posto buono ma io tengo poche
solo per il necessario di casa come vache neo 4, e 2 cavali, 30 porei, 100 galine, 30 conigli, 2
bue. Vídiró che io e iI fratelo Rafaele abiamo 4 cani di caeia ben boni non pasa giorni che si
masano, viadi pache cotie tatu quati gati dimato irare manpelada grasain, iI grasain e Ia Volpe
[...] Vídiró che qui sono tanti pesi questo ano nesono tanti. Vidiró di una pescata che abiamo
fato lano pasato in 8 compagni nun giorno abiamo pigliato 8,000 pesi il piu picolo pesava 2
chili e íl piu grande fino 16 chili solidi tre qualita Doradi e piava e Gromaton, ma cola rede.
Carisimo cugino vidomando un piacere se avesi qualche cansoneta dela guera di
mandarmela perche qui siamo lontani dela patria ma la bramiamo sempre nel cuore, perche
dopo la guera anche qui siamo piu rispetati perche qui i brasiliani dicono, agora sim che seremos
livre, che vuol dire, adesso si che siamo liberi, qui adesso sono grande iI nome Italia.
Carisimo cugino vi spedisco una pico la fotografia sul quale siamo i tre frateli coi
genitori ala drita deI pupa e il fratelo Giuseppe, in meso il fratelo Rafaele e ala sanca della
mamma sono io. questa fotografia sono stata tirata il giorno deI sinquentenario dela prima
messa in Silvera Martins.
Vidirò carisimo cugino che non vi dimenticate di scrivermi e scrivete come e andata
dela Guera [...]
Altro non mi alungo solo che salutarvi tuta la vostra famiglia e parenti.
E sono sempre il vostro afesionatisimo Cugino
Giovanni Batista Visentini Deto Dagai.

Carta de Giovanni Batista Visentini.


Silveira Martins aos 25 do dezembro de 1929

Caríssimo primo Visentini Furtunato

Depois de longo tempo que não tenho mais notícias vossas, vos mando estas duas
linhas para saber as vossas notícias de saúde de, vossa casa, e dos parentes, que nós aqui estamos
todos bem de saúde, [...] E assim esperam de vós e de toda vossa família.
Vos direi, caríssimo primo, que eu desejo saber alguma notícia porque estamos longe
de país mais vizinho de parentagem. Vos direi que terei prazer de saber do primo Giuseppe e
do primo Luigi e dos filhos deles e dos parentes que hoje fazem parte, vos direi daqui como as
nossas famílias vos direi da família de papai de onze filhos que os haviam deixado só com o
mais jovem que é Rafael e se casou. Ora tem quatro filhos o primeiro [...] é Aldo (?) o segundo
Adermo (?) a terceira [...] (faleceu porque comeu bolacha quente, recém saída do forno) a quarta
Delmina (?), [...] O irmão Giuseppe tem só duas filhas uma Maria e outra Teresa, E a minha [...]
8. Cinco filhos e três filhas O mais [...] tem o nome Ezio Gaetano, 2 Díno Gesuà, 3 Nereo
Romoaldo, 4 Giovanni Antonio, 5 Fiovo Silvestro. As três filhas, 1 Maria Luigia, 2
Guglielmina, 3 Noemia Irene. Vos direi o trabalho que nós aqui fizemos eu faço o arrumador
de ossos e sou chamado todos os dias de longe de perto até um dia de trem e de caminhão sou
também chamado no hospital [...] E o irmão Giuseppe faz o moinheiro. Mói o trigo melhor pule
o arroz e tem o moinho hidráulico com a força de 20 cavalos e no valor de 50$000 réis, mói
diariamente 25 sacos de milho, 25 de trigo e 50 de arroz; O irmão Rafael tem a trilhadeira com
motor para trilhar o trigo, arroz, semente de alfafa, trilha diariamente, se é arroz 400 sacos, e se
trigo 250, se é alfafa 20 por final. Vos direi que este ano vai meio mal para a safra de vinho,
basta fazer a metade do ano passado.
No ano passado fiquei contente porque fiz 11.200 litros que são 28 pipas, meu primo
Antonio fez 12.000 litros e o meu pai fez 4.500 litros. Vos direi que no ano passado comprei
uma Colônia de terra que me custou 9.000 réis e agora com aquela já adquirida de 30.000 réis,
são 345.000 metros quadrados. Vos direi que aqui nós andamos benzinho porque as terras são
boas que vem de tudo como gêneros de alimento como trigo, milho, feijão, cana-de-açúcar,
vinho, arroz, fumo, alfafa. E também para os animais é um lugar bom mas eu tenho poucas só
para o necessário da casa como vacas tenho 4, e 2 cavalos, 30 porcos, 100 galinhas, 30 coelhos,
2 bois. Vos direi que eu e o irmão Rafael temos 4 cachorros de caça bem bons não passa dias
que se matam, veados, pacas, cotias, tatu, quatí, gatos do mato, araras, mãos-peladas,
guaraxains, o guaraxaim é a volpe (italiana). Vos direi que aqui tem tantos peixes este ano
temos muitos. Vos direi de uma pescada que fizemos no ano passado em 8 companheiros num
dia pegamos 8.000 peixes o menor pesava 2 quilos e o maior até de 16 quilos, antes de limpar,
3 qualidades de Dourados, Piavas e Gromatões, mas com a rede.
Caríssimo primo vos peço um grande favor se tivesse qualquer cançãozinha da guerra
para mandar-me-a porque estamos longe da pátria mas a cantamos sempre no coração, porque
depois da guerra também aqui somos mais respeitados porque os brasileiros dizem: agora sim
que somos livres, que quer dizer, agora sim que somos livres aqui para eles é grande o nome
Itália.
Caríssimo primo vos expeço uma pequena fotografia na qual estamos os 3 irmãos com
os pais; a direita do pai é o irmão Giuseppe, no meio o irmão Rafael e a esquerda da mamãe
sou eu. Esta fotografia tiramos o dia do cinqüentenário da primeira missa em Silveira Martins.
Vos direi caríssimo primo para não vos esquecer de escrever-me e escreveis como foi
a guerra, outro não me alongo só saudar-vos toda a vossa família e parentes. E sou sempre o
vosso afeiçoado Primo.

Giovanni Batista Visentini - Dito Dagai

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