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CURSO DE ENFERMAGEM
BRASÍLIA
2017
RESUMO:
PALAVRAS - CHAVE:
Os estudos de morbidade materna apontam que IFC é a complicação mais comum no parto
cesáreo (MEDEIROS e SOUZA, 2010), sendo fator predisponente para elevar o risco de
endometrite bacteremia, tromboflebite pélvica e morte por infecção. No Brasil, estudo prospectivo
realizado em um hospital de ensino com 6.604 pacientes avaliados após a alta em ambulatório de
egressos, supervisionado pela NCIH, observou que a detecção de IFC era de 32,2% a 50% para
procedimentos cirúrgicos em geral e de 52,9% a 91,4% para as cesáreas (CARVALHO, 2014).
Sabe-se que as IFC representam um grave problema de saúde pública em todo o mundo,
pois determinam não apenas aumento nos custos assistenciais, mas também impactam na
morbidade e mortalidade do paciente (CHIANCA et al., 2015). Devido à escassez de dados
nacionais a respeito do assunto e pela relevância do tema, é necessário realizar um estudo sobre a
IFC em mulheres que são submetidas à cesárea no HRC. Com a identificação apurada das taxas de
infecção pós-cesárea, espera-se colaborar na vigilância desse evento adverso e possibilitar a
construção de rotinas de serviço que impactem no declínio das taxas de infecção em serviços de
obstetrícia.
3. OBJETIVOS:
- Avaliar fatores de risco para Infecções de ferida cirúrgica (IFC) em puérperas submetidas a
cesarianas
A escolha do local deste estudo deve-se ao grande quantitativo de partos realizados por mês
nesta regional. De acordo com os dados fornecidos pelo NCIH, o HRC conta com um Centro
Obstétrico (CO) responsável por aproximadamente 150 partos/ mês e alojamento conjunto, com 52
leitos, que permite permanência do binômio mãe-filho.
4.2 População/Amostra:
Após a aprovação do projeto de pesquisa pela Comissão de Ética e Pesquisa, os dados serão
coletados através de um questionário previamente elaborado (anexo), abrangendo diversos dados
maternos. Posteriormente o preenchimento dos formulários, os dados serão digitados e
seguidamente ajustados em sua consistência antes do procedimento das análises.
A análise estatística que será utilizada nos formulários inclui análise descritiva da
frequência e percentual do total de infecções cirúrgicas e de infecções por topografia ( Infecção de
Ferida Cirúrgica Profunda, Infecção de Ferida Cirúrgica Superficial, Infecção de Ferida Cirúrgica
de Órgão ou Cavidade), frequência e percentual de cada critério notificado e taxas de infecção por
cesáreas realizadas, além de frequência e média. Será utilizada o Microsoft Excel para elaboração
de planilhas e gráficos.
5. RISCOS/ BENEFÍCIOS
5.1 Riscos:
Por se tratar de um estudo onde envolve a exibição de dados sobre a saúde do individuo, há
possibilidade de constrangimento dos sujeitos de pesquisa no momento da coleta de dados. Para
minimizar os riscos serão respeitados os termos da resolução 466/2012. O questionário não será
identificado pelo nome para que seja mantido o anonimato e será garantida a retirada da
participação da pesquisa a qualquer momento.
5.2 Benefícios:
O estudo torna-se relevante para a geração de novos conhecimentos sobre a temática, tendo
em vista a escassez de pesquisas específicas acerca do assunto em questão e sua importância com a
qualidade na assistência em saúde e de enfermagem. A identificação dessas infecções e a
implementação de medidas de prevenção de ISC proporciona melhora no cuidado prestado no
cenário obstétrico, diminuindo assim morbimortalidade materna e o custo das internações para as
instituições de saúde.
6. DESFECHOS:
Diante do exposto, o presente estudo deve fornecer informações mais acuradas sobre ISC,
possibilitando a implementação de medidas de prevenção no cenário de estudo. Por ser um hospital
de referência no atendimento materno-infantil, compreender as reais taxas de infecção deve
proporcionar melhoria contínua da qualidade da assistência e dos cuidados pós-operatórios
prestados em obstetrícia.
7. DESENHO:
Segundo ARAÚJO et al. (2009), as razões para esse aumento são complexas e envolvem
vários fatores que vão desde a preocupação com a preservação da anatomia materna e o temor da
dor do parto até a comodidade médica em relação ao procedimento. Apesar de ser um
procedimento amplamente utilizado, a operação cesariana não é isenta de complicações. Sabe-se
que este tipo de procedimento é o mais importante fator de risco para as infecções puerperais
(DESCLERCK et al., 2007), especialmente a infecção do sítio cirúrgico.
a) Infecção de Ferida Cirúrgica Superficial (IFCS): infecção que ocorre nos 30 primeiros dias após
o procedimento realizado. Acomete pele e tecido subcutâneo da incisão. Apresenta dor espontânea,
hipersensibilidade à palpação, edema localizado, rubor e calor associado à drenagem de secreção.
b) Infecção de Ferida Cirúrgica Profunda (IFCP): infecção que ocorre nos 30 primeiros dias após o
procedimento. Acomete tecido mole profundo (fáscia ou músculo) da incisão. Apresenta pelo
menos um dos seguintes critérios: drenagem purulenta da incisão profunda, mas não do órgão ou
cavidade, deiscência espontânea da incisão, abertura com cultura positiva (ou negativa associada à
febre), dor espontânea localizada ou hipersensibilidade à palpação, presença de abscesso ou outra
evidência de infecção na incisão profunda por exame direto, durante nova cirurgia, ou em exame
histopatológico.
c) Infecção de Ferida Cirúrgica de Órgão ou Cavidade (IFCOC): infecção que ocorre nos 30
primeiros dias após o procedimento. Acomete órgão ou cavidade manipulados durante o
procedimento cirúrgico, exceto fáscia e músculos. Apresenta pelo menos um dos critérios:
drenagem purulenta do dreno inserido no órgão ou cavidade por meio da incisão cirúrgica ou
isolamento de microrganismo em cultura de tecido ou fluído, presença de abscesso ou outra
evidência de infecção acometendo o órgão ou cavidade.
Segundo Romanelli (2012), diversos são os fatores que influenciam a taxa de infecção do
sítio cirúrgico, como os relacionados ao paciente, aos microrganismos e ao próprio procedimento
cirúrgico. No caso específico das cesáreas, outros fatores podem estar associados ao aparecimento
das infecções cirúrgicas, como obesidade, tempo de ruptura de membranas, diabetes, hipertensão,
realização de cesárea de urgência e cesárea de gemelares (CARVALHO, 2014).
A maior morbidade da operação cesariana, em relação ao parto por via vaginal, tem sido
amplamente relatada na literatura. As taxas de IFC são consideradas indicadores da qualidade de
assistência e cuidado pós-operatório. No atual contexto da assistência à saúde e com as diretrizes
para segurança do paciente, é importante o estudo das taxas de IFC e seus fatores de risco, para
prevenção da morbimortalidade e redução do custo em que elas implicam (ROMANELLI, 2014).
8. CRONOGRAMA DE EXECUSSÃO:
CARVALHO, ICBM. et al. Fatores predisponentes para infecção da ferida operatória pós-cesárea:
uma revisão integrativa. J. res.: fundam. care. online. 2014
Center for Diseases Control and Prevention. National Healthcare Network Safety (NHSN).
Surgical Site Infection (SSI) Event. rocedure-associated Module; 2015
CHIANCA, LM. Índice de risco cirúrgico e infecção de ferida operatória em puérperas submetidas
a cesarianas. Rev. Epidemiol Control Infect. 2015
DESCLERK, E. et al. Maternal outcomes associated with planned primary cesarean births
compared with planned vaginal births. Rev. Obstetrics & Gynecology. 2007
HORAN, TC. et al. CDC/NHSN surveillance definition of health care-associated infection and
criteria for specific types of infections in the acute care setting. Am J Infect Control. 2008
MACHADO, LC. et al. Associação entre via de parto e complicações maternas em hospital público
da Grande São Paulo, Brasil Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, jan, 2009.
MEDEIROS, GO. SOUZA, LM. Proposta de criação de protocolo de enfermagem para o cuidado
de pacientes com abscesso de parede pós-cesárea. Rev. Com. Ciências Saúde. 2010.
ROMANELLI, RMC. et al. Fatores de risco para infecção de ferida cirúrgica em puérperas
submetidas a cesarianas em Hospital Universitário de referência. Rev Epidemiol Control Infect.
2014.
ANEXO I - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS:
IG ............