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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIENCIAS RURAIS Propriedadeys fisica do- solo- Dalvan José Reinert e José Miguel Reichert Santo Maric Maie- de 2006 1 Propriedades fisicas do solo Os solos minerais so constituidos por uma mistura de particulas s6lidas de natureza mineral e orgénica, ar e gua, formando um sistema trifasico, sélido, gasoso e liquido. As particulas da fase s6lida variam grandemente em tamanho, forma e composigio quimica e a sua combinagio nas varias configuragdes possiveis forma a chamada matriz do solo, Considerando 0 solo como um corpo natural organizado, portanto ocupando dado espago, a reciproca da matriz do solo forma a porosidade dos solos. Outro fator que interfere diretamente na porosidade dos solos refere-se & maneira com que as particulas s6lidas se arranjam na formagio dos solos. Duas propriedades fisicas, hierarquicamente mais importantes, referem-se a textura do solo, que é definida pela distribuigao de tamanho de particulas, e a estrutura do solo definida pelo arranjamento das particulas em agregados. A porosidade do solo, por sua vez, & responsivel por um conjunto de fendmenos e desenvolve uma série de mecanismos de importincia na fisica de solos, tais como retengGo e fluxo de Agua e ar, e, se analisada conjuntamente com a matriz do solo, gera um grupo de outras propriedades fisicas do solo associadas as relagdes de massa e volume das fases do sistema solo, NZo menos importante so as propriedades associadas & reagdo mecdnica do solo & aplicagdo de forgas externas. A fisica de solos estuda e define, qualitativa e quantitativamente, as propriedades fisicas, bem como sua medigZo, predigdo e controle, com o objetivo principal de entender ‘os mecanismos que governam a funcionalidade dos solos e seu papel na biosfera, A importincia prética de se entender 0 comportamento fisico do solo esté associada ao seu uso € manejo apropriado, ou seja, orientar irrigagdo, drenagem, preparo e conservagdo de solo e gua. ‘A definigdo de um solo fisicamente ideal ¢ dificil devido ao tipo e natureza das variagSes fisicas dos solos que ocorrem ao longo da profundidade do solo, na superficie da paisagem e ao longo do tempo, Um exemplo clissico refere-se ao suprimento de gua ¢ ar que variam continuamente junto com os ciclos de umedecimento e secagem, que ocorem com a alterndncia de chuva ¢ estiagem. Um solo é considerado fisicamente ideal para 0 crescimento de plantas quando apresenta boa reteng3o de gua, bom arejamento, bom suprimento de calor € pouca resisténcia ao crescimento radicular. Paralelamente, boa estabilidade dos agregados © boa infiltragdo de Agua no solo so condigdes fisicas importantes para qualidade ambiental dos ecossistemas. O conceito de um solo fisicamente ideal é complexo e carece de melhor definigao quantitativa, No entanto, j hd indicago clara de uma série de valores quantitativos de indicadores da qualidade fisica de um solo, seja valores ideais, eriticos ou restritivos a0 crescimento de plantas ou na qualidade ambiental, 1.1 Textura do solo A textura do solo & definida pela proporgio relativa das classes de tamanho de particulas de um solo. A Sociedade Brasileira de Ciéncia do Solo define quatro classes de tamanho de particulas menores do que 2 mm, usadas para a definigo da classe de textura dos solos: Areia grossa ~ 2 a 0,2 mm ou 2000 a 200 um Areia fina —0,2 a 0,05 mm ou 200 a $0 um Silte — 0,05 a 0,002 mm ou $0 a2 ym Argila — menor do que 2 ym Desconsiderando a presenga da matéria orginica e de particulas maiores do que 2 mm no solo, o total de particulas de um solo é igual ao somatério da proporgio de areia, silte e argila, de maneira que um solo pode ter de 0 a 100% de areia, de silte e de argila. O ndimero possivel de arranjamento resultante da combinago das proporgdes de classes de particulas € muito grande, 0 que impulsionou o desenvolvimento de um sistema de classificagao grafico e funcional para definigao das classes de textura dos solos. O sistema consta da sobreposigio de trés triangulos isdsceles que representam a quantidade de argila, silte e areia do solo (Figura 1). A avaliagao da textura é feita diretamente no campo ¢ em laboratério. No campo, a estimativa ¢ baseada na sensagio ao tato ao manusear uma amostra de solo. A areia manifesta sensagdo de aspereza, o silte maciez ¢ a argila maciez ¢ plasticidade ¢ pegajosidade quando molhada. No laboratério, a amostra de solo é dispersa numa suspensio e, por peneiramento e sedimentacdo, se determina exatamente a proporgio de areia, argila e por diferenga a de silte

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