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ELEMENTOS NORTEADORES DO PLANEJAMENTO ESCOLAR

GUIDING ELEMENTS OF SCHOOL PLANNING


Edna Santiago Daniel de Rezende
Orientadoras
Lilian Sipoli Carneiro Cañete
Wany de Sousa e Silva Campos

Curso: Sociedade Universitária Redentor – Faculdade Redentor


Rua: Antônio Salomão, 29- Bairro: Fábrica-Leopoldina/MG
Telefone:(32)3441-1100/88456341
E-mail:Edna-1100@hotmail.com

RESUMO
O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar os
elementos norteadores do planejamento escolar abordando sua fundamentação
legal e sua importância para o bom funcionamento da escola, bem como para o
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem escolar, por meio de
pesquisa bibliográfica cujo resultado ora apresentado tem o cunho de servir como
material de apoio e pesquisa para os estudantes e profissionais da Educação.
Palavras-chave: elementos – importância – planejamento escolar

ABSTRACT
This conclusion of course work is to analyze the elements that guide the
school planning addressing their legal basis and its importance for the proper
functioning of the school as well as for the development of the teaching-learning
school, by means of literature which results presented here bear the mark to serve as
background material and research to students and education professionals.
Keywords: elements - importance - school planning
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INTRODUÇÃO
Inicialmente, para melhor compreensão do tema central do estudo cumpre
tentar esclarecer o que é planejamento. Conforme Padilha (2001):

Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins,


entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de
empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e
outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de
reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão
de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e
recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de
objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos
resultados das avaliações.

Segundo Vasconcellos (2000):


Planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de
ações a ser realizadas e agir de acordo com o previsto. Planejar não
é, pois, apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir em
função daquilo que se pensa. O planejamento enquanto construção-
transformação de representações é uma mediação teórica
metodológica para ação, que em função de tal mediação passa a ser
consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo vir à
tona, fazer acontecer, concretizar, e para isto é necessário
estabelecer as condições objetivas e subjetivas prevendo o
desenvolvimento da ação no tempo.

Para Padilha (2001), planejamento é processo de busca de equilíbrio entre


meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de
empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades
humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão
sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego
de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de
objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das
avaliações.
Nesse sentido, é de suma importância para um bom planejamento escolar
que os gestores saibam orientá-lo e executá-lo, uma vez que o bom
desenvolvimento da escola depende de um bom planejamento escolar, o que
justifica a escolha do tema ora tratado.
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1. PLANEJAMENTO ESCOLAR

Oliveira (2007) destaca que o planejamento escolar é um instrumento que


possibilita perceber a realidade, através de um processo de avaliação, baseado em
um referencial futuro. Para a autora, ele deve ser elaborado de acordo com o
contexto social e os fatores externos do ambiente. Dessa forma, se faz necessário
conhecer a realidade concreta da instituição perpassando todo o conjunto das
atividades que aí se realizam, para que posteriormente sejam diagnosticados os
problemas e apontadas as soluções. A forma de torná-las realidades não pode estar
estranha aos conteúdos transformadores desses mesmos objetivos e nem às
condições reais presentes em cada situação.
Vasconcelos (2000) divide as fases do planejamento escolar em três níveis: o
planejamento da escola, o planejamento curricular e o projeto ou plano de ensino.
Conforme o autor:
Planejamento da escola - trata-se do que chamamos de projeto
político-pedagógico ou projeto educativo, sendo esse plano integral
da instituição, o mesmo é composto de marco referencial,
diagnóstico e programação. Este nível envolve tanto a dimensão
pedagógica quanto a comunitária e administrativa da escola.
Planejamento curricular - a proposta geral das experiências de
aprendizagem que serão oferecidas pelas Escolas incorporados nos
diversos componentes curriculares, sendo que a proposta curricular
pode ter como referência os seguintes elementos: fundamentos da
disciplina, área de estudo, desafios pedagógicos, encaminhamento,
proposta de conteúdos, processos de avaliação.
Projeto de ensino aprendizagem - é o planejamento mais próximo da
prática do professor e da sala de aula, diz respeito mais restritamente
ao aspecto didático. Pode ser subdividido em projeto de curso e
plano de aula.

Libâneo (2001) define Planejamento Escolar como o planejamento global da


escola, que envolve o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o
funcionamento e a proposta pedagógica da instituição.
O planejamento escolar é um guia de orientação para o planejamento do
processo de ensino. Os professores precisam ter em mãos esse plano abrangente,
não só para uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a unidade teórico-
metodológica das atividades escolares. Portanto, essa modalidade de planejar
constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a
preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a
escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares.
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Nesse sentido o Plano da escola engloba o regimento escolar e o Projeto


Político Pedagógico. O planejamento de ensino, ou Plano de aula, é a tradução do
plano da escola para o trabalho em sala de aula. É um roteiro organizado das
unidades didáticas para um ano ou semestre. É denominado também de plano de
curso, plano anual, plano de unidades didáticas e contém os seguintes
componentes: ementa da disciplina, justificativa da disciplina em relação aos
objetivos gerais da escola e do curso; objetivos gerais; objetivos específicos,
conteúdo (com a divisão temática de cada unidade); tempo provável (número de
aulas do período de abrangência do plano); desenvolvimento metodológico
(métodos e técnicas pedagógicas específicas da disciplina); recursos tecnológicos;
formas de avaliação e referencial teórico (livros, documentos, sites, etc.). Para que
os planos de ensino sejam efetivamente instrumentos para a ação, devem ser como
um guia de orientação de devem apresentar ordem seqüencial, objetividade,
coerência, flexibilidade.
Assim, planejar envolve a articulação e a equilibração de diferentes fatores:
planejar é uma tarefa complexa que exige condições para ser realizada, como, por
exemplo, tempo de atividades extraclasse, trabalho individual e coletivo de
planejamento. Para a efetivação de um planejamento escolar é necessário conhecer
todos os elementos que o norteiam, bem como os fundamentos legais que o
legitimam, e que doravante, serão analisados no presente trabalho.

1.1 A LDB
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação divide a educação em dois níveis:
I – Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e
ensino médio;
II – Ensino superior.
A educação básica consta do artigo 22 que cita:

Artigo 22 - A educação básica tem por finalidade desenvolver o


educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania, fornecer-lhe meios para progredir no trabalho
e em estudos posteriores.

Quanto a educação infantil, é tratada no artigo 29.


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Art. 29 - A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem


como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos
de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade.

Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos,
passou a ser de 9 anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9395/96) foi
alterada em seus artigos 29, 30, 32 e 87, através da Lei Ordinária 11.274/2006, e
ampliou a duração do Ensino Fundamental para 9 anos, estabelecendo como prazo
para implementação da Lei pelos sistemas de ensino, o ano de 2010.
O Ensino Fundamental passou então a ser dividido da seguinte forma:
Anos Iniciais – compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no
1º ano aos 6 anos de idade.
Anos Finais – compreende do 6º ao 9º ano.
Os sistemas de ensino têm autonomia para desdobrar o Ensino Fundamental
em ciclos, desde que respeitem a carga horária mínima anual de 800 horas,
distribuídos em, no mínimo, 200 dias letivos efetivos.
A LDB, preocupando-se com o Ensino Fundamental Brasileiro traçou as
diretrizes para a formação básica do cidadão, que são de suma importância para o
desenvolvimento do planejamento escolar. Para tal formação, segundo o artigo 32º
da LDB, é necessário:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político,
da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a
sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo
em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a
vida social.

O currículo para o Ensino Fundamental Brasileiro tem uma base nacional


comum, que deve ser complementada por cada sistema de ensino, de acordo com
as características regionais e sociais.
Além da LDB, o Ensino Fundamental é normatizado por outros documentos,
como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano
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Nacional de Educação (Lei nº 10.172/2001), os pareceres e resoluções do Conselho


Nacional de Educação (CNE) e as legislações de cada sistema de ensino.

1.2 Os Parâmetros Curriculares Nacionais


A proposta de organização do conhecimento contida nos PCNs está de
acordo com o disposto no artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, segundo o qual:
“os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base
comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e da clientela.”

Os PCNs são um conjunto de orientações para melhorar a qualidade do


ensino e contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes, críticos,
autônomos e participativos. Eles orientam sobre o que e como ensinar. Para sua
implantação, são levados em consideração estudos psicopedagógicos e
experiências de currículos nacionais e internacionais.
Conforme Barreto (1998) os PCNs propõem um conjunto de componentes
curriculares designados de temas transversais, com a finalidade de incorporar não
somente a pluridimensionalidade de diversos assuntos, mas também abrir espaço
para o tratamento de questões sociais emergentes, buscando um tratamento
didático que contemple a complexidade e dinâmica das mesmas.
Neste sentido, os PCNs indicam diferentes objetivos para o ensino
fundamental, tendo como principal proposta construir, através da educação, a
cidadania dos educandos. Para atingir tal objetivo, é necessário que a escola tenha
seu funcionamento dentro dos modelos de cidadania. Com a ausência de um projeto
político-pedagógico que defina, principalmente, os valores coletivos a ser assumidos
por ela, a escola não cumprirá com esse objetivo. Tais valores devem ser,
cotidianamente, clarificados e vivenciados por toda a comunidade escolar, e a
prática pedagógica deve motivar tal vivencia. A proposta dos PCNs é fazer com que
a escola trabalhe comprometida com seu objetivo maior, que é o de educar. O
projeto educativo da escola deve ser contínuo processo de discussão de objetivos,
conteúdos, estratégias, critérios de avaliação. Os próprios PCNs devem ser
discutidos, analisados, dentro do processo de construção e implementação e
avaliação projeto político pedagógico.
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De acordo com o MEC, responsável pela elaboração, distribuição e


implantação de tais parâmetros:
Esse material foi elaborado a fim de servir como ponto de partida
para o trabalho docente, norteando as atividades realizadas na sala
de aula.
O documento é uma orientação quanto ao cotidiano escolar, os
principais conteúdos que devem ser trabalhados, a fim de dar
subsídios aos educadores, para que suas práticas pedagógicas
sejam da melhor qualidade.
Os PCN estão divididos a fim de facilitar o trabalho da instituição,
principalmente na elaboração do seu Projeto Político Pedagógico.
São seis volumes que apresentam as áreas do conhecimento, como:
língua portuguesa, matemática, ciências naturais, história, geografia,
arte e educação física.

Os PCNs sugerem que o conhecimento pronto e as etapas exigidas de


aprendizado devem dar lugar a ações que levem a criança a buscar seu próprio
conhecimento. Para isto a sugestão é o uso dos temas transversais como Ética,
Pluralidade cultural, Meio ambiente, Saúde, Orientação sexual e Trabalho e
consumo. Esses temas transversais quando bem discutidos e apresentados, são de
suma importância no processo de construção da cidadania e uma grande
contribuição na formação de uma nova sociedade onde o respeito ao ser humano, à
vida, à natureza, seja regra e não a exceção.
Conforme Vasconcelos (2002) a transversalidade consiste em fazer com que
o ensino das disciplinas clássicas passe por temas específicos. Para este autor, tudo
o que os temas transversais propõem deve ser abordado sistematicamente ao longo
do ciclo. Não existem indicações taxativas sobre a sua distribuição ao longo dos
anos, mas o desenvolvimento dos temas e as indicações metodológicas vão
sugerindo alguns momentos onde os diversos temas transversais podem ser
explorados.
Um dos eixos norteadores dos PCNs é o fortalecimento da Educação Básica
voltada para a cidadania como uma das formas de contribuir para a melhoria da
qualidade do ensino. Nessa direção, os PCNs propõem que as problemáticas sociais
em relação à ética, saúde, meio-ambiente, pluralidade cultural e orientação sexual
sejam integralizadas aos conteúdos curriculares sob a forma de temas transversais.
A transversalidade, segundo os PCNs, pressupõe um “tratamento integrado das
áreas e um compromisso com as relações interpessoais e sociais com as questões
que estão envolvidas nos temas”.
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1.3 Plano de Desenvolvimento da Escola


Plano que serve como referencial maior da unidade escolar. Nele está contido
o conjunto das ações da escola, incluindo o projeto político pedagógico e o cálculo
dos recursos financeiros necessários ao desenvolvimento do plano. Para a sua
elaboração, contribuem diversos profissionais da escola, cuja participação é definida
pela sua direção. O PDE é elaborado por um período de cinco anos e aprovado pelo
colegiado escolar.
O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola) é uma ferramenta
gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia,
assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar e
adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança. É
considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela escola
para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. Seu público-alvo são as
escolas públicas. Este plano define diretrizes, objetivos e metas estabelecidas pela
Unidade escolar. Para a sua elaboração é criado um grupo de sistematização
formado pelo diretor e representante dos segmentos da Unidade Escolar (docente,
discente, pessoal administrativo e de apoio e pais), que, juntamente com o Conselho
Escolar, constitui o Comitê Estratégico, responsável pelas grandes decisões durante
a execução desse plano.
O PDE, de forma geral, é a trajetória que a escola, com seus mecanismos de
participação e envolvimento, traça para si mesma, tendo por base a avaliação do
aprendizado de sua identidade. O plano tem por base as finalidades da escola, a
avaliação do aprendizado dos alunos, suas finalidades e as expectativas e consenso
da comunidade escolar. É uma das formas de a escola exercer sua autonomia. O
PDE também é o instrumento que credencia todas as demandas da escola
referentes à sua gestão pedagógica, aos seus recursos humanos, à sua infra-
estrutura e aos seus recursos materiais. Define a situação em que a escola deseja
estar ao final de cinco anos, em termos de eficiência e rendimento dos alunos, do
processo de ensino-aprendizagem a ser utilizado, das melhorias a serem
introduzidas na infra-estrutura, dos serviços de apoio aos alunos, e dos processos
administrativos e financeiros.
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1.4 Plano de Aula


A aula é a forma predominante de organização didática do processo de
ensino. É na aula que organizamos ou criamos as situações docentes, isto é, as
condições e meios necessários para que os alunos assimilem ativamente
conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades cognoscitivas.
Segundo Amaral e Silva (2005) o plano de aula é um documento que registra
o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com quem fazer.
Evita o improviso sendo um norte para as ações educacionais. É a apresentação
sistematizada e justificada das decisões tomadas. Plano é a formalização dos
diferentes momentos do processo de planejamento escolar.
Para Vasconcelos (1995), o plano de aula é o detalhamento do planejamento
de ensino. As unidades didáticas e subunidades (tópicos) que foram previstas em
linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didática
real.
Segundo Sant’anna et al (1995), na elaboração do plano de aula, deve-se
levar em consideração, em primeiro lugar, que a aula é um período de tempo
variável. Dificilmente completa-se numa só aula o desenvolvimento de uma unidade
didática ou tópico de unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem se
compõe de uma seqüência articulada de fases. Quais sejam:
 Preparação e apresentação dos objetivos, conteúdos e tarefas.
 Desenvolvimento da matéria nova.
 Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização).
 Síntese integradora e aplicação.
 Avaliação.
Segundo Padilha (2001), para poder planejar adequadamente a tarefa de
ensino e atender às necessidades do aluno é preciso, antes de qualquer coisa,
saber para quem se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a
primeira etapa do processo de planejamento. É preciso saber quais as aspirações,
frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos, o que, segundo o autor, é
feito através de uma Sondagem, isto é, coleta de dados, que, analisados, constituem
o Diagnóstico. A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo
diagnóstico, tem-se condições de estabelecer o que é possível alcançar e como
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avaliar os resultados. Por isso, o autor sugere elaborar o plano através dos
seguintes passos:
 Determinação dos objetivos.
 Seleção e organização dos conteúdos.
 Análise da metodologia de ensino e dos procedimentos adequados.
 Seleção de recursos tecnológicos.
 Organização das formas de avaliação.
 Estruturação do plano de ensino.
Libâneo (2001) ressalta que o plano é um guia e tem a função de orientar a
prática, partindo da própria prática e, portanto, não pode ser um documento rígido e
absoluto. Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar
que, por sua vez, envolve desafios e contradições.

1.5 Currículo Escolar


À palavra currículo associam-se distintas concepções, que derivam dos
diversos modos de como a educação é concebida historicamente, bem como das
influências teóricas que a afetam e se fazem hegemônicas em um dado momento.
Diferentes fatores sócio-econômicos, políticos e culturais contribuem, assim, para
que currículo venha a ser entendido como:
 os conteúdos a serem ensinados e aprendidos;
 as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos alunos;
 os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas
educacionais;
 os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino;
 os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos
procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização.
Silva (1999) entende currículo como as experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais, e que
contribuem para construção das identidades dos estudantes. Currículo associa-se,
assim, ao conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com intenções
educativas.
O conhecimento escolar é um dos elementos centrais do currículo e que sua
aprendizagem constitui condição indispensável para que os conhecimentos
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socialmente produzidos possam ser apreendidos, criticados e reconstruídos por


todos os estudantes do país. Daí a necessidade de um ensino ativo e efetivo, com
um professor comprometido que conheça bem, escolha, organize e trabalhe os
conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos. Daí a importância de selecionar,
para inclusão no currículo, conhecimentos relevantes e significativos.
Conforme uma educação de qualidade deve propiciar ao estudante ir além
dos referentes presentes em seu mundo cotidiano, assumindo-o e ampliando-o,
transformando-se, assim, em um sujeito ativo na mudança de seu contexto. Ainda
segundo o autor são indispensáveis conhecimentos escolares que facilitem ao aluno
uma compreensão acurada da realidade em que está inserido, que possibilitem uma
ação consciente e segura no mundo imediato e que, além disso, promovam a
ampliação de seu universo cultural.
Avalos (1992) entende como relevante o potencial que o currículo possui em
tornar as pessoas capazes de compreender o papel que devem ter na mudança de
seus contextos imediatos e da sociedade em geral, bem como de ajudá-las a
adquirir os conhecimentos e as habilidades necessárias para que isso aconteça. Tal
relevância sugere conhecimentos e experiências que contribuam para formar
sujeitos autônomos, críticos e criativos que analisem como as coisas passaram a ser
o que são e como fazer para que elas sejam diferentes do que hoje são.
Santos e Moreira (1995) julgam que uma educação de qualidade, requer a
seleção de conhecimentos relevantes, que incentivem mudanças individuais e
sociais, assim como formas de organização e de distribuição dos conhecimentos
escolares que possibilitem sua apreensão e sua crítica. Tais processos
necessariamente implicam o diálogo com os saberes disciplinares assim como com
outros saberes socialmente produzidos.
O currículo, nessa perspectiva, constitui um dispositivo em que se concentram
as relações entre a sociedade e a escola, entre os saberes e as práticas socialmente
constituídos e os conhecimentos escolares. Nesses espaços, produzem-se os
diferentes saberes dos quais derivam os conhecimentos escolares. Os
conhecimentos oriundos desses diferentes âmbitos são, então, selecionados e
“preparados” para constituir o currículo formal, para constituir o conhecimento
escolar que se ensina e se aprende nas salas de aula.Ressalte-se que, além desses
espaços, a própria escola constitui local em que determinados saberes são também
elaborados, ensinados e aprendidos.
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1.6 Projeto Político Pedagógico


É um instrumento que identifica a escola como uma instituição social, voltada
para a educação, portanto, com objetivos específicos para esse fim. É chamado de
político porque reflete as opções e escolhas de caminhos e prioridades na formação
do cidadão, como membro ativo e transformador da sociedade em que vive.
Pedagógico porque expressa as atividades pedagógicas e didáticas que levam a
escola a alcançar os seus objetivos educacionais. É importante que o projeto
político-pedagógico seja entendido na sua globalidade, isto é, naquilo que
diretamente contribui para os objetivos prioritários da escola, que são as atividades
educacionais, e naquilo cuja contribuição é indireta, ou seja, as ações
administrativas.
O Projeto Político Pedagógico, PPP, é o plano global da escola, um
instrumento teórico-metodológico para intervenção e mudança da realidade. Sua
construção deverá permitir o encontro, a reflexão, a ação sobre a realidade numa
práxis libertadora. O político e o pedagógico são dimensões indissociáveis, porque
propiciam a vivência democrática necessária à participação de todos os membros da
comunidade escolar.
Assim, a definição de uma escola como atuante na sociedade democrática,
plural e justa deve trabalhar no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de
compreender e criticar a realidade, atuando na procura da superação das
desigualdades e do respeito ao ser humano. Quando a escola assume a
responsabilidade de atuar na transformação e no desenvolvimento social, seus
agentes devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para a realização
desse objetivo. Essa proposta ganha força na construção de um projeto político
pedagógico. Cada unidade escolar deve elaborar o seu PPP, documento
fundamental e norteador que identifica a escola, estabelece os princípios teórico-
metodológicos a serem desenvolvidos na unidade, a estrutura curricular e os
processos de avaliação, apontando o seu fazer educativo que deve ser pautado nas
diretrizes curriculares tendo como base a sua própria realidade.
Segundo Veiga (1995), um projeto político pedagógico – PPP ultrapassa a
dimensão de uma proposta pedagógica. É uma ação intencional, com um sentido
explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto
pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente
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articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da


população majoritária. Ele é fruto da interação entre os objetivos e prioridades
estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações
necessárias à construção de uma nova realidade. Antes de tudo, é um trabalho que
exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores,
equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo.
A importância do projeto político-pedagógico está no fato de que ele passa a
ser uma direção, um rumo para as ações da escola. É uma ação intencional que
deve ser definida coletivamente, com conseqüente compromisso coletivo.
Ao se construir o projeto político-pedagógico, é fundamental que se tenha em
mente a realidade que circunda a escola; realidade que se expressa no contexto
macro da sociedade: econômico, político e social; e aquela que se verifica ao
entorno da escola. A realidade macro da sociedade, certamente, afeta a vida da
escola, assim como também a afeta a sua realidade interna específica, o seu
funcionamento, possibilidades e limites. Não levar em consideração os aspectos
sociais que envolvem a escola no planejamento educacional pode fazer com que o
planejamento falhe em seus resultados. Nesse contexto, o inspetor escolar deve
funcionar como mediador entre a escola, a sociedade na qual ela está inserida e a
secretaria de educação estadual e/ou municipal a que a escola pertence.

1.7 Regimento Escolar


De acordo com Veiga (2001), o Regimento escolar é um instrumento legal
que formaliza e reconhece as relações dos sujeitos envolvidos no processo
educativo. Contém um conjunto de normas e definições de papéis, devendo ser um
documento claro, de fácil entendimento para a comunidade, traduzindo as
construções e os avanços nela produzidos. Enquanto documento administrativo e
normativo, fundamenta-se nos propósitos, princípios e diretrizes definidos no Projeto
Político Pedagógico da escola, na legislação geral do país e, especificamente, na
legislação educacional.
No Regimento Escolar estão descritas as responsabilidades de cada um dos
segmentos que compõe a comunidade escolar - alunos, pais, professores e demais
funcionários. Além de embasar o cumprimento dos deveres, ele também garante os
direitos de todos os segmentos. Por esse motivo deve ser conhecido e cumprido por
todos.
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Por ter caráter de documento legal, sua vigência (ou modificação) só passam
a valer, como muitas leis comuns, a partir do primeiro dia do ano seguinte à sua
elaboração ou modificação.
A modificação do Regimento Escolar deve obedecer às mesmas normas que
a modificação da legislação comum, não se podendo, simplesmente, suprimir ou
anexar novo texto, sem observar expressamente o que foi substituído, suprimido ou
acrescido.
Segundo Vasconcelos (1999) deve ser redigido de modo sucinto e objetivo,
não podendo ser confundido com o Projeto Político Pedagógico(PPP), embora suas
linhas pedagógicas devam constar. Deve conter índice, páginas numeradas e não
pode conter rasuras. O Regimento diz respeito à operacionalização do PPP, ou seja,
como a instituição pretende organizar as ações previstas no PPP.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Partindo da premissa que o planejamento deve ser parte do cotidiano de


todos os indivíduos, cabe à escola planejar sua atuação com base em suas
necessidades e possibilidades, uma vez que é na escola que a formação
sociocultural do indivíduo se intensifica. Considerando, portanto, que a escola tem
um importante papel na formação e no desenvolvimento do homem, o planejamento
educacional possibilita a ela uma organização metodológica do conteúdo a ser
desenvolvido pelos professores em sala de aula, baseado na necessidade e no
conhecimento de mundo dos alunos, que por sua vez são os principais interessados
e possivelmente os principais beneficiados com o sucesso nesse tipo de
organização metodológica que visa o crescimento do homem dentro da sociedade.
Ao realizar seu planejamento, a escola antecipa de forma coerente e
organizada todas as etapas do trabalho escolar, não permitindo que as atitudes
propostas percam sua essência, ou seja, o seu trabalho a ser realizado encaixa-se
em uma sequência, uma linha de raciocínio, em que o professor tem a real
consciência do que ensina e quais os objetivos que espera atingir, para que nada
fique disperso ao acaso.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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avaliação. IN. Amélia Domingues de Castro e Anna Maria Pessoa de Carvalho
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VEIGA, I. P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível.


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