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As Reformas Educacionais

A Reforma de Benjamin Constant tinha como princípios orientadores a liberdade e laicidade do


ensino, como também a gratuidade da escola primária. Estes princípios seguiam a orientação
do que estava estipulado na Constituição brasileira.
Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os
cursos superiores e não apenas preparador. Outra intenção era substituir a predominância
literária pela científica.
Esta Reforma foi bastante criticada: pelos positivistas, já que não respeitava os princípios
pedagógicos de Comte; pelos que defendiam a predominância literária, já que o que ocorreu
foi o acréscimo de matérias científicas às tradicionais, tornando o ensino enciclopédico.
É importante saber que o percentual de analfabetos no ano de 1900, segundo o Anuário
Estatístico do Brasil, do Instituto Nacional de Estatística, era de 75%.
O Código Epitácio Pessoa, de 1901, inclui a lógica entre as matérias e retira a biologia, a
sociologia e a moral, acentuando, assim, a parte literária em detrimento da científica.
A Reforma Rivadávia Correa, de 1911, pretendeu que o curso secundário se tornasse formador
do cidadão e não como simples promotor a um nível seguinte. Retomando a orientação
positivista, prega a liberdade de ensino, entendendo-se como a possibilidade de oferta de
ensino que não seja por escolas oficiais, e de freqüência. Além disso, prega ainda a abolição do
diploma em troca de um certificado de assistência e aproveitamento e transfere os exames de
admissão ao ensino superior para as faculdades. Os resultados desta Reforma foram
desastrosos para a educação brasileira.
A Reforma de Carlos Maximiliano, em 1915, surge em função de se concluir que a Reforma de
Rivadávia Correa não poderia continuar. Esta reforma reoficializa o ensino no Brasil.
Num período complexo da História do Brasil surge a Reforma João Luiz Alves que introduz a
cadeira de Moral e Cívica com a intenção de tentar combater os protestos estudantis contra o
governo do presidente Arthur Bernardes.
A década de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo de mudança das
características políticas brasileiras. Foi nesta década que ocorreu o Movimento dos 18 do Forte
(1922), a Semana de Arte Moderna (1922), a fundação do Partido Comunista (1922), a Revolta
Tenentista (1924) e a Coluna Prestes (1924 a 1927).
Além disso, no que se refere à educação, forma realizadas diversas reformas de abrangência
estadual, como a de Lourenço Filho, no Ceará, em 1923, a de Anísio Teixeira, na Bahia, em
1925, a de Francisco Campos e Mario Casassanta, em Minas, em 1927, a de Fernando de
Azevedo, no Distrito Federal (atual Rio de Janeiro), em 1928 e a de Carneiro Leão, em
Pernambuco, em 1928.
O clima desta década propiciou a tomada do poder por Getúlio Vargas, candidato derrotado
nas eleições por Julio Prestes, em 1930.
A característica tipicamente agrária do país e as correlações de forças políticas vão sofrer
mudanças nos anos seguintes o que trará repercussões na organização escolar brasileira. A
ênfase literária e clássica de nossa educação tem seus dias contados.
No que diz respeito às Reformas do Governo Federal, diante do entusiasmo
educacional da Primeira República e nos poderes da escolarização difundiu-se
amplamente neste período, ocorrendo várias iniciativas e reformas dos governos
Federais e Estaduais, não se encontra durante todo período da história brasileira,
até 1930, outra etapa tão intensa e sistemática discussão, planejamento e execução
das reformas da instrução pública. Vale destacar que estas reformas não
aconteceram de modo igual a todos os Estados e na sociedade brasileira, tiveram
maiores oportunidades regiões mais desenvolvidas (São Paulo, Minas Gerais, Rio
Grande do Norte e Rio de Janeiro).

Reforma Leôncio de Carvalho (1879) trata-se de um longo texto composto de 174


itens agrupados em 29 artigos, tendo em vista o ensino primário, secundário e
superior no município da Corte. A essência dessa reforma consiste em garantir as
condições de moralidade e higiene, este último foi influenciado pela constituição da
medicina como um campo disciplinar autônomo. A Reforma Leôncio sinaliza na
direção do método de ensino intuitivo.

Reforma Benjamim Constant (1890) e na reforma secundária paulista, sob a direção


de Caetano de Campos (1892), que se pautava no princípio democrático-liberal.
Surge então o rompimento com o modelo educacional do Brasil Colônia com sua
tradição humanista, adotando em sua reforma princípios positivistas, assim,
começou a ser implantado um ensino enciclopédico, seriado, obrigatório e gratuito.

Reforma Epitácio Pessoa (1901) mudando o ensino secundário para 6 anos, porém
não mudou o objetivo estabelecido na reforma anterior de “ preparar para o ensino
superior, no entanto, dava liberdade para ensinar”. Complementou o processo de
desoficialização do ensino promovendo a equiparação entre as escolas privadas e
oficiais, sob inspeção nos currículos.

Reforma Rivadávia Correa (1911) deu liberdade e autonomia aos estabelecimentos


de ensino que acabaram preferindo o retorno ao ensino parcelado, tirou, portanto,
o caráter oficial do ensino, que já não controlava a concessão de títulos e diplomas,
que propunha a autonomia entre os dois graus, fixando que o certificado de
conclusão do ginásio serviria apenas como atestado de frequência e aproveitamento
de estudos no superior e desoficializou completamente o ensino, concedendo plena
autonomia didática e administrativa, acabando com o monopólio estatal na
concessão de diplomas e títulos e retornando ao sistema de admissão nas próprias
faculdades.

Reforma Carlos Maximiliano (1915) determinando o cancelamento das alterações


de 1911. Criou-se exames de vestibular aos cursos superiores, a obrigação da
conclusão do curso secundário para o ingresso nas faculdades. E o ensino superior
não foi alterado e recuperou a oficialização do ensino, colocando limites estreitos à
equiparação, concedendo-a por meio de rigorosa inspeção, e resolveu o problema da
expansão controlada com a criação do vestibular e a obrigatoriedade do diploma do
secundário para a matrícula no superior.
Reforma Rocha Vaz (1925) esta foi reacionária e conservadora, completando o ciclo
da educação elitista; não aceitando as ideias da Escola Nova, mantendo o controle
ideológico sob o Estado, através de inspeção escolar e cerceando e policiado os
afazeres dos professores e alunos, inclusive criando a disciplina “moral e cívica”
como obrigatória nas escolas e liquidou definitivamente a autonomia didática e
administrativa, fixou o currículo no superior e aperfeiçoou o vestibular.

Dentre as Reformas Estaduais, destaca-se a Reforma Estadual Paulista, por ter se


expandido por todo país. Essa reforma foi inspirada na experiência da Alemanha,
Suíça e Estados Unidos. Para tanto, cria-se escola- modelo, anexa à Escola Normal
em São Paulo, na qual compreendia duas classes, uma feminina e outra masculina.
Em 1892, a Lei. Nº 88 de 8 de setembro institui a reforma geral da instrução pública.
Apesar desta reforma abranger todo ensino público, o seu foco foi o ensino primário.
E a grande inovação constitui na instituição dos grupos escolares, “[...] criados para
reunir em um só prédio de quatro a dez escolas, compreendidas no raio da
obrigatoriedade escolar”. (SAVIANI, 2007, p. 172)

Na estrutura anterior, as escolas primárias, também conhecidas por “primeiras


letras” eram classes isoladas ou avulsas, numa mesma turma compreendia alunos
em níveis ou estágios diferentes de aprendizagem, na maioria das vezes, as escolas
eram regidas por um único professor. O grupo escolar substituiu as escolas isoladas,
portanto, o ensino até então não seriado, passa a ser seriado. A partir de 1893 os
grupos escolares foram disseminando-se pelo estado de São Paulo, chegando, em
1910, a 101, sendo 24 na capital e 77 no interior. De São Paulo o modelo irradiou-se
pelos demais estados. (SAVIANI, 2007).

Com base nos dados estatísticos sobre o analfabetismo e os níveis de ensino:


primário, médio e superior, dentro das possibilidades de acesso aos levantamentos,
nota-se que as reformas educacionais da Primeira República, não corresponderam
com a resolução dos problemas da organização escolar.

Neste sentido, as políticas educacionais não corresponderam com a realidade, ao


passo que “[...] o desconhecimento dessas causas fundamentais e peculiares da
situação, bem como o puro consumo de ideias, comprometem basicamente a
concretização dos objetivos dos educadores ‘novos’” (RIBEIRO, 1998, p.124).

Todavia, Ribeiro (1998, p 12) ressalta que “o aspecto positivo resultante de males
deste transplante cultural está no fato de ter levado os educadores a diagnosticar as
deficiências da estrutura escolar brasileira e denunciá-las categórica e
permanentemente [...]”.

Finalmente de acordo que as reformas se aproximam da década de 30, construindo,


assim, outro período histórico, começa a ser notado um conjunto de particularidades
no seu planejamento e na sua execução. Esse movimento reformista define a
primeira e mais profunda mudança que sofre a educação brasileira: a substituição
de um “modelo politico” por um “modelo pedagógico”.
2. A educação no Brasil a partir da República

Feitas as considerações relativas ao período imperial, nossa reflexão tomará como fio
condutor, de agora em diante, a linha temporal que se inicia na República Velha e vai
até a retomada da democratização brasileira, procurando manter o foco nas diversas
legislações que foram montando o mosaico do ensino no país.

Se no Império tivemos tímidas tentativas de reformas do ensino; a partir da República


(1889), iniciou-se todo um debate político em torno da educação. Fato é que, Rui
Barbosa, em seus pareceres, tentou "vender" a idéia de que o Brasil não se desenvolvia
como nação, em virtude do analfabetismo que imperava por aqui. Não obstante a essa
proposição, a Constituição Republicana de 1891 "eliminou o critério eleitoral de renda e
manteve a restrição do voto ao analfabeto" (Xavier, M. Elizabete, 1994, p.103).

Tal procedimento caracterizava uma vez mais o sentimento de sociedade dual, de


"dirigentes e dirigidos" que se implantara no país desde a monarquia; com isso, a
expansão da educação para o povo tornava-se cada vez mais distante, contrastando com
a educação voltada para a elite. Assim, a "democracia" aspirada pelos republicanos,
guardava em si o ranço do autoritarismo, evidenciado nas palavras do educador Anísio
Teixeira "A estrutura de nossa sociedade não era igualitária e individualista, mas
escravista e dual, fundada, mesmo com relação à parte livre da sociedade, na teoria de
senhores e dependentes" (Teixeira, Anísio, 1977, p.62).

A República Velha (1889-1930) é por assim dizer, o período em que mais se procedeu à
reformas educacionais; entretanto, isso não pode ser entendido como expansão
democrática do ensino. Inspirada nos ideais liberais norteamericanos, a Constituição
Republicana de 1891 introduziu o princípio federalista, ou seja, os Estados passaram a
organizarem-se por leis próprias, desde que respeitando a carta magna. Essas mudanças,
incidiram diretamente sobre a configuração do sistema de ensino do país. É
efetivamente a partir desse período que o movimento pela educação popular toma
fôlego.

A primeira reforma ocorre no ensino secundário. Organizada por Benjamin Constant –


Primeiro-Ministro da Pasta da Instrução, Correios e Telégrafos (1890/1892) – atingiu
diretamente o Colégio Pedro II que era considerado o modelo oficial de educação no
país. Benjamin Constant foi um dos maiores propagadores do ideário positivista no
Brasil, logo, a reforma por ele pensada, revestia-se daqueles princípios.

No que diz respeito à grade curricular, o ensino secundário passou a compreender "o
estudo das ciências, incluindo noções de sociologia, moral, direito e economia política,
ao lado das disciplinas tradicionalmente ensinadas" (Xavier, M. Elizabete, 1994, p.
106).

A mudança mais significativa decorrente da reforma Benjamin Constant foi a laicização


do ensino público por meio da institucionalização da liberdade de culto, expandiram-se
os colégios privados, ou seja, iniciava-se, ainda que timidamente, a desoficialização do
ensino, o que seria ratificado mais tarde pela Lei Orgânica Rivadávia Corrêa (1911).

Reputamos como relevante o entendimento das relações de força presentes no cenário


educacional brasileiro à época das reformas. Nesse sentido, três grupos procuraram
demarcar seus espaços; o primeiro deles era constituído pela alta hierarquia do clero
católico, o segundo pelos seguidores positivistas e por último, as lideranças civis
liberais. É no embate realizado por essas três instâncias representativas, que se
configuraram as propostas liberais e conservadoras, responsáveis pela estruturação da
política de educação adotada no país.

Se a Lei Orgânica Rivadávia Corra (1911), procurou alinhar-se ao pensamento liberal


republicano, afirmando a tendência proposta pela reforma Benjamin Constant, ou seja,
desoficializando de vez o ensino, através de sua autonomia didática e administrativa; a
sua subseqüente, a reforma Carlos Maximiliano (1915), impôs um retrocesso ao ensino
brasileiro, demonstrando seu caráter conservador. No entendimento de Maria Elizabete
Xavier essa reforma

"(...) Talvez a menos lembrada, foi certamente a mais importante do período.


Reoficializou o ensino, mantendo a equiparação em limites estreitos, controlados por
rigorosa inspeção"

Decorre dessa reforma, a criação do exame de vestibular como forma de dificultar o


ingresso de jovens ao nível superior.

A partir de 1920, engendra-se no campo educacional brasileiro o movimento eufórico


que fora denominado "Otimismo Pedagógico". Esse movimento desencadeou por todo o
país uma série de reforma de ensino a nível estadual, restritas, portanto, aos ensinos
primário e normal, visto que o ensino superior estava a cargo do governo federal e o
secundário não passava de uma rede de cursos preparatórios. Podemos destacar com
efeito, quatro reformas que foram fundamentais no delineamento do ensino público no
Brasil; a primeira em 1920, no Estado de São Paulo, tendo como mentor, o ilustre
advogado Antônio de Sampaio Dória; a segunda, em 1922, no Ceará, realizada por
Lourenço Filho; a terceira, em 1927, implantada em Minas Gerais, por Francisco
Campos e, por último, em 1928, no Distrito Federal, por Fernando Azevedo.

No âmbito federal, entretanto, deu-se a última reforma da chamada República Velha.


Trata-se da Reforma Rocha Vaz (1925), implementada num período de transição do
modelo social urbano-industrial que começava a tomar fôlego no Brasil. A reforma
Rocha Vaz foi considerada reacionária, por conter em seu bojo a "Resistência
Conservadora" do cenário educacional, retirando em definitivo a autonomia
administrativa e didática concedida pela sua antecedente. As medidas adotadas por essa
reforma concorreram para acentuar o período de crise política que resultaria na
revolução de 30; por intermédio dela, o Estado passa a controlar ideologicamente o
sistema de ensino.

Além de implantar a instrução moral e cívica nos currículos primários e secundários,


amplia os poderes da "Polícia Escolar", concedendo-lhe um status de "Polícia
Acadêmica", passando o Governo a reprimir qualquer manifestação contrária as suas
decisões. Não obstante a sua características conservadoras, a Reforma Rocha Vaz não
impede a aproximação das doutrinas escolanovistas que vinham sendo desenvolvidas há
séculos na Europa, mas que, somente no fim da primeira república, entraria como um
movimento de força a influenciar a educação brasileira.
O desfecho da primeira república revelou um cenário de efervescência político-social
que repercutiu diretamente sobre o modelo educacional adotado no país. Porém, a
crítica feita a esse período, dá-nos conta de que

"(...) Nossa República, passado o momento inicial de esperança de expansão


democrática, consolidou-se sobre um mínimo de participação eleitoral, sobre a exclusão
do envolvimento popular no governo. Consolidou-se sobre a vitória da ideologia liberal
pré-democrática, Darwinista, reforçadora do poder oligárquico. As propostas
alternativas de organização do poder, a do publicanismo radical, a do socialismo e
mesmo a do positivismo, derrotadas, foram postas de lado"3

Fica evidente, portanto, que a tão propalada democracia republicana não passou de um
movimento de cúpula, conservando em sua estrutura a dualidade da classe governante-
povo. No que tange à educação, entretanto, não se pode negar que houve pequenos
avanços, sobretudo, aqueles introduzidos com o ideário da Escola Renovada proposta
pelos "profissionais da educação". Embora não fazendo parte do objetivo principal de
nossa reflexão, mencionamos duas correntes político-filosóficas que corroboraram para
o tencionamento da demanda pela ampliação da educação popular; a primeira,
representada pelos socialistas com a criação de suas "Escolas Operárias" e as
"Bibliotecas Populares"; a segunda, pelos anarquistas, que criaram as chamadas
"Escolas Modernas" e por último, os comunistas que, no ano de 1922, fundaram o
Partido Comunista do Brasil, cujas propostas educacionais
Com a proclamação da República foi elaborada a 1ª Constituição republicana, promulgada em
24 de fevereiro de 1891, de caráter democrático e liberal, inspirada no modelo norte-
americano.

Foram adotados os princípios federalistas e, por isso, as antigas províncias passaram a estados
e o presidencialista, com regime de representatividade.

No que se refere à educação, a Constituição estabelecia em seu artigo 35: “Incumbe,


outrossim, ao Congresso, mas não privativamente [...]
3º criar instituições de ensino superior e secundário nos Estados;

4º prover a instrução secundária no Distrito Federal”.

Na realidade o que aconteceu foi que a União passou a criar e controlar o ensino em todo o
país, bem como criar e controlar o ensino secundário acadêmico e a instrução em todos os
níveis na capital federal. Aos Estados coube a tarefa de criar e controlar o ensino primário e o
profissionalizante, que na época compreendia as escolas normais, para as mulheres, e as
escolas técnicas, para os homens.

Essa dualidade de controle do ensino se revela claramente no fato de a União tomar para si a
educação acadêmica no secundário e o ensino superior, ou seja, nos níveis de ensino que só a
elite tinha acesso. Os Estados, que nem sempre tinham recursos, cuidavam da educação
primária e profissionalizante.

A partir da promulgação desta Constituição, várias reformas foram empreendidas, no período


de 1891 a 1925, para amenizar os conflitos advindos dessa dualidade.

Assim, a reforma Benjamim Constant, influenciada pela filosofia positivista, se pautou nos
princípios da liberdade e laicidade do ensino, bem como a gratuidade do ensino primário,
observando a orientação da própria Constituição.

O objetivo da reforma era “Proporcionar à mocidade brasileira a instrução secundária e


suficiente, assim para a matrícula nos cursos superiores da República, como em geral para o
bom desempenho dos deveres do cidadão na vida social”.

A reforma Benjamim Constant substituiu o currículo acadêmico, pelo enciclopédico,


introduzindo disciplinas científicas, obedecendo à ordem positivista, ou seja, a matemática,
astronomia, física, química, biologia, sociologia e moral. Esta reforma só funcionou no Distrito
Federal.
Em 1901, no governo de Campos Sales, por meio do Decreto 3914, de 26 de janeiro, ocorreu a
reforma Epitácio Pessoa, com o objetivo de “Proporcionar cultura intelectual necessária para a
matrícula nos cursos de ensino superior e obtenção do grau de bacharel em ciências e letras”.

Esta reforma se preocupou com o ensino superior voltado para as camadas mais ricas da
população. Acentua o aspecto literário ao incluir a lógica, retirando a biologia, a sociologia e a
moral, disciplinas consideradas de caráter positivista.

A Reforma Rivadávia Correa, implantada em 1911, no governo de Hermes da Fonseca, por


meio do Decreto 8660, de 05 de abril, com o objetivo de “Proporcionar uma cultura geral de
caráter essencialmente prático, aplicável a todas as exigências da vida, e difundir o ensino das
ciências e das letras, libertando-o da preocupação subalterna do curso preparatório”.

Esta reforma retomou a orientação positivista, defendendo a liberdade de ensino, com a


possibilidade de oferta de ensino por escolas oficiais e não oficiais.

No governo de Venceslau Brás, em 1915, foi proposta a reforma Carlos Maximiliano, com o
objetivo de “Ministrar aos estudantes sólida instrução fundamental, habilitando-os a prestar,
em qualquer academia, rigoroso exame vestibular”. Esta reforma também se preocupou
apenas com os ensinos secundário e superior.

Finalmente, em 1925, no governo de Arthur Bernardes, foi proposta a reforma Rocha Vaz/Luis
Alves, com o objetivo de garantir “Base indispensável para a matrícula nos cursos superiores,
preparo fundamental e geral para a vida e cultura média geral do País”.

Esta reforma reintroduziu o ensino de Moral e Cívica com a finalidade de conter os protestos
estudantis contra Arthur Bernardes, que governou de modo autoritário, antidemocrático e em
permanente estado de sítio.

O País viveu intensos momentos de agitação política e cultural, Essas reformas, de um modo
geral, fracassaram e mesmo se limitaram apenas aos limites da cidade do Rio de Janeiro, que
na época era a capital federal, portanto centro de todas as decisões políticas e palco das
movimentações culturais, sociais, congregando diferentes interesses de grupos que ocupavam
o poder ou, pelo menos, aspiravam a ele.

Além dessas reformas, foram realizadas diversas outras, nos Estados, por educadores
inspirados nos princípios da escola nova, tais como a de Lourenço Filho, no Ceará, em 1923, a
de Anísio Teixeira, na Bahia, em 1925, a de Francisco Campos e Mario Casassanta, em Minas,
em 1927, a de Fernando de Azevedo, no Rio de Janeiro, em 1928 e a de Carneiro Leão, em
Pernambuco, em 1928.

Essas reformas serviram de base para o movimento da escola nova, nos idos de 1930, que
contou com o apoio desses educadores.
A Reforma Benjamin Constant – primeira proposta de mudança educacional deste período –
propunha um ensino gratuito, sem ligação ou vínculo com nenhum tipo de religião (ensino
laico) e a liberdade para a escolha e participação na educação.

Algo inovador proposto por esta reforma e que é uma realidade até os dias atuais consiste na
ideia de que o ensino deve formar os alunos para os níveis superiores de educação,
substituindo o foco literário pelo da ciência com um enfoque para as pesquisas científicas.

Em 1911 é proposta a Reforma Rivadávia Côrrea que determinava que o ensino secundário
promovesse a formação do cidadão brasileiro, bem como propunha a liberdade do ensino com
amplo acesso para a população brasileira e a troca do diploma por um certificado de
aproveitamento.

A última mudança deste período ficou por conta da Reforma João Luiz Alves que criou a
disciplina conhecida como Moral e Cívica, que oferecia conhecimentos sobre a sociedade
brasileira e o caráter, aumentando o sentido ético e nacionalista dos pequenos cidadãos
brasileiros.

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