Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
CURSO ON-LINEDA
PAPILOSCOPISTA – DIREITO
POLÍCIAPENAL
FEDERAL
PROFESSOR PEDRO
PROFESSOR PEDRO IVOIVO
Bons estudos!!!
*****************************************************************
7.1.1 HOMICÍDIO
• SUJEITOS DO DELITO:
OBSERVAÇÃO
OBSERVAÇÃO:
Para que o sujeito responda por homicídio cometido por omissão, faz-se
necessário que tenha o dever jurídico de impedir a produção da morte da
vítima. Esse dever jurídico advém: de um mandamento legal específico, da
posição de garantidor ou de conduta precedente (art. 13, parágrafo 2º).
DIRETOS E INDIRETOS
• ELEMENTOS:
2. SUBJETIVO:
1. Dolo ou culpa (trataremos mais à frente do homicídio
culposo);
Observação: O dolo do homicídio é a vontade consciente de
eliminar uma vida humana, ou seja, de matar (animus
necandi), não se exigindo nenhum fim especial.
A finalidade ou motivo determinante do crime pode,
eventualmente, constituir uma qualificadora ou uma causa
de diminuição de pena.
Admite-se perfeitamente homicídio com dolo eventual,
reconhecido pela jurisprudência em vários casos como
roleta-russa, na conduta dos motoristas que se envolvem em
corridas de automóveis em vias publicas ("rachas"),
causando a morte de alguém que os acompanham ou
assistem a essas irresponsáveis competições.
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro
motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo
comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Para finalizar este tópico, cabe ressaltar que, nos termos da Lei nº
8.072/90, são considerados hediondos os crimes de homicídio (art. 121),
quando praticados em atividade típica de grupo de extermínio, e quando se
tratar de homicídio qualificado.
Art.121 [...]
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço),
se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão,
arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à
vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge
para evitar prisão em flagrante.
Art. 121.
[...]
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de
aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio
agente de forma tão grave que a sanção penal se torne
desnecessária.
Em se tratando de réu primário, que sempre teve conduta ilibada, não há dúvida de
que o peso a ser carregado pela responsabilidade em causar fato com conseqüências
tão graves, como a morte de um parente próximo, torna despicienda a cominação de
sanção penal, permitindo o perdão judicial, uma vez que a maior punição já foi
aplicada ao agente e desta não restará impune.
herdeiros do suicida não poderão pagar penalmente por ele ter tirado a própria
vida.
A modalidade tentada também não poderá ser sancionada, tendo em vista que
o Estado deve procurar ajudar a pessoa, pois claramente se trata de um
humano que não se encontra em suas melhores faculdades psíquicas,
necessitando da colaboração do Estado para a concretização de tratamento
psiquiátrico e/ou internação.
Apesar de o suicídio, como vimos, não caracterizar ilícito penal, a participação é
prevista como crime e encontra previsão no art. 122 do Código Penal, nos
seguintes termos:
• SUJEITOS DO DELITO:
• ELEMENTOS:
2. SUBJETIVO:
1. Dolo;
Observação 01: Imagine que, durante uma final de
campeonato, Tício diz para Mévio em tom de brincadeira:
“Para nós torcedores do Fluminense, só mesmo o suicídio
para acabar com esse sofrimento.” Após esse comentário,
Mévio chega em sua casa e suicida-se. Neste caso, não há
que se falar em participação, pois ausente está o dolo.
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
7.1.3 INFANTICÍDIO
• SUJEITOS DO DELITO:
• ELEMENTOS:
Observação
Para a caracterização do infanticídio, não basta que a mulher
realize a conduta durante o período do estado puerperal. É
necessário que haja um nexo de causalidade entre a morte do
nascente ou neonato e o estado puerperal. Assim, caso a mãe mate
o filho, mesmo que após o parto, quando ausente qualquer
perturbação psíquica, responderá por homicídio, e não infanticídio.
2. SUBJETIVO:
1. Dolo;
Observação: Quanto a este ponto, cabe um relevante
questionamento: “Não há no Código Penal previsão do
infanticídio a título de culpa. Deste modo, caso durante o
estado puerperal a mãe venha a matar a criança
culposamente, responderá por homicídio culposo?”
A resposta é negativa, ou seja, caso a mãe mate seu filho,
sob influência do estado puerperal, de forma culposa, NÃO
RESPONDERÁ POR NENHUM DELITO.
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
7.1.4 ABORTO
• SUJEITOS DO DELITO:
• ELEMENTOS:
2. SUBJETIVO:
1. Dolo;
Observação: É cabível o dolo eventual, como no caso em que
a mulher, sabendo que está grávida, decide praticar boxe,
assumindo conscientemente o risco de abortar em virtude
dos contatos físicos.
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
7.1.4.2 AUTO-ABORTO
O art. 127 do Código Penal define que as penas cominadas para os delitos
de aborto provocado com ou sem consentimento da gestante são
aumentadas de um terço se, em conseqüência do aborto ou dos meios
empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza
grave; e são duplicadas se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a
morte.
Trata-se de crime preterdoloso no qual se pune o primeiro a título de dolo
(aborto) e o resultado qualificador (morte ou lesão corporal grave) a título
de culpa.
As formas qualificadas são aplicáveis apenas aos delitos previstos nos arts.
125 e 126. Desta forma, não se aplica ao aborto praticado pela gestante
(art. 124), uma vez que o Código Penal Brasileiro não pune a autolesão.
Lesões graves
em sentido
estrito
1. Incapacidade para as ocupações habituais por mais de
trinta dias;
RECLUSÃO DE
01 A 05 ANOS 2. Perigo de vida;
3. Debilidade permanente de membro, sentido ou função;
4. Aceleração de parto:
Lesões
gravíssimas. 5. Incapacidade permanente para o trabalho;
6. Enfermidade incurável;
RECLUSÃO DE 7. Perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
02 A 08 ANOS
8. Deformidade permanente;
9. Aborto.
Art. 129.
[...]
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente
não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos
• SUJEITOS DO DELITO:
• ELEMENTOS:
2. SUBJETIVO:
1. O crime de lesão corporal admite dolo, culpa e preterdolo
(veremos mais à frente a lesão corporal culposa).
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
1. Consuma-se com a efetiva ofensa à integridade corporal ou saúde
física ou mental da vítima.
2. Admite-se a tentativa.
Observação: O STF já firmou entendimento de que é cabível a
tentativa de lesão corporal grave, mesmo que a vítima não tenha
sofrido qualquer ferimento. Exemplo: Imagine que Tício amarra
Mévio em uma árvore e, com o intuito de amputar um braço, liga
Por fim, cabe ressaltar que o parágrafo 11 do art. 129 definiu mais uma
causa de aumento de pena que ocorrerá no quantitativo de um terço se o
crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência.
Caro (a) aluno (a), trataremos agora de uma espécie de crime contra a pessoa
que é muito pouco exigida em CONCURSOS PÚBLICOS. Assim, para sua PROVA,
basta um conhecimento básico dos delitos referentes aos crimes de periclitação
da vida e da saúde, com exceção da omissão de socorro que exige um
conhecimento mais aprofundado (veremos após o quadro). Vamos esquematizar:
Se resulta a morte:
Pena - detenção, de dois a
seis anos.
• SUJEITOS DO DELITO:
• ELEMENTOS:
2. SUBJETIVO: Dolo;
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
TIPO QUALIFICADO
7.4 DA RIXA
O crime de rixa encontra-se previsto no art. 137 do Código Penal, com a seguinte
redação:
O resultado agravado recairá sobre todos os que dela tomaram parte, inclusive
sobre eventuais desistentes. O participante que sofrer lesão corporal grave
também incorrerá na pena da rixa agravada em razão do ferimento que ele
próprio recebeu. Não é punição pelo mal que sofreu, mas pela participação na
rixa, cuja gravidade é representada exatamente pela lesão que o atingiu.
Observa-se, por fim, que no crime de rixa a ação penal é pública incondicionada,
ou seja, não depende de queixa ou representação do ofendido.
Ao tratar dos crimes contra honra, o legislador penal definiu três espécies de
delito. Vamos analisá-los:
7.5.1 CALÚNIA
7.5.2 DIFAMAÇÃO
7.5.3 INJÚRIA
OBSERVAÇÃO:
Caso o fato seja cometido contra funcionário público em razão da
função e na presença deste, trata-se de desacato, e não de injúria.
Cabe ressaltar que, para que exista a injúria, é irrelevante que a vítima tenha
se sentido realmente ofendida, bastando que a atribuição negativa seja capaz
de ofender.
Art. 140.
[...]
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a
raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou
portadora de deficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa.
Nos termos do art. 141 do Código Penal, as penas cominadas para todos
os crimes contra a honra aumentam-se de um terço se qualquer dos
crimes é cometido:
• SUJEITOS DO DELITO:
• ELEMENTOS:
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
A fim de não deixar dúvidas, o legislador achou por bem definir no parágrafo
5º casos que não se enquadram neste conceito:
• SUJEITOS DO DELITO:
• ELEMENTOS:
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
2. É admissível a tentativa.
• TIPO QUALIFICADO
**********************************************************
Companheiros de estudo,
Pedro Ivo
pedro@pontodosconcursos.com.br
Violência Doméstica
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as
indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime
for cometido contra pessoa portadora de deficiência.
CAPÍTULO III
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal
de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
CAPÍTULO IV
DA RIXA
Rixa
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo
fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado
por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por
sentença irrecorrível.
Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário
público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo
meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à
violência.
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia,
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa.
Disposições comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer
dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no
caso de injúria.
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa,
aplica-se a pena em dobro.
Retratação
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da
difamação, fica isento de pena.
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria,
quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las
ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa,
salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do
inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no
caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.
SEÇÃO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe
haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que
a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Aumento de pena
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do
crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu
representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio.
Ameaça
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
Seqüestro e cárcere privado
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior
de 60 (sessenta) anos;
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
EXERCÍCIOS
Correto. Crime bilateral é aquele que, por sua própria natureza, exige o encontro
de dois agentes, sem o qual o mesmo não seria possível. No homicídio praticado
mediante paga ou promessa de recompensa, também conhecido como
mercenário, há a figura do mandante e a do executor.
§ 1°: § 2°:
PRIVILEGIADORAS QUALIFICADORAS
Errado. O perdão judicial para a lesão corporal culposa, conforme art. 129, §8°
do CP, veio previsto de maneira idêntica ao delito de homicídio culposo. Assim, se
as consequências da lesão atingirem o próprio agente de forma tão grave que a
sanção penal se torne desnecessária, o juiz poderá deixar de aplicar a pena.
Errado. Atentando-se ao art. 142 do Código Penal, é de fácil constatação que ele
não abrange o crime de calúnia. A imunidade judiciária, prevista em seu inciso I,
refere-se tão somente aos crimes de injúria e difamação, por ofensa proferida
em juízo, pela parte ou por seu procurador, na discussão da causa.
Correto. O homicídio qualificado é crime hediondo, elencado no art. 1.º, da lei n.º
8.072/90.
Errado. No caso em tela, Rui não responderá por homicídio qualificado porque
não havia a intenção de matar. Todo crime de homicídio qualificado é doloso e,
portanto, ausente está, no caso, o elemento subjetivo.
Trata-se de crime de homicídio culposo, na modalidade imperícia.
Certo. Nos termos do art. 129, parágrafo 1º, III, o crime de lesão corporal é
qualificado como grave quando resulta em debilidade permanente de membro,
sentido ou função. Trata-se de crime instantâneo, pois se consuma no instante da
lesão, não possuindo a conduta caráter permanente.
Certo. A questão está em perfeito acordo com o que dispõe o §4.º, do art. 121,
do CP.
Errado. O perdão judicial (art. 121, § 5.°) somente se aplica nos casos de lesões
corporais CULPOSAS e se as conseqüências da infração atingiram o próprio
agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
O perdão judicial, causa extintiva de punibilidade, somente pode ser aplicado nos
casos previstos em lei. Assim, não cabe aplicação do perdão para a lesão corporal
dolosa por ausência de previsão legal (TJAP - APELACAO CRIMINAL: ACR 262307
AP – DJ 23.11.2007).
Correto. O crime de calúnia encontra previsão no art. 138 do Código Penal, nos
seguintes termos:
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Correto. O caso apresentado pela banca diz respeito ao homicídio qualificado pelo
meio insidioso ou cruel, previsto no inciso III, do §2.º, do art. 121, do CP (com
emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum).
Errado. No caso, a banca deixa claro que o boxeador profissional realizou uma
luta normal, desenvolvida dentro dos limites das regras esportivas. Assim,
caracterizado está o exercício regular de direito, excludente de ilicitude, previsto
no art. 23 do Código Penal.
Correto. Questão fácil que exige apenas o conhecimento de quais são os crimes
contra a pessoa.
Correto. Questão que, apesar de fácil, ainda engana muitos candidatos. Vamos
relembrar o tema:
Como você já sabe, o latrocínio é o roubo qualificado pelo resultado morte.
Classifica-se, no Código Penal, como crime contra o patrimônio, e não contra a
pessoa.
Correto. Crime de ação livre é aquele que pode ser praticado de qualquer forma.
O homicídio se enquadra perfeitamente nesta definição, pois o tipo penal
simplesmente tipifica a conduta de matar, independentemente do meio utilizado.
Errado. A situação narrada configura crime de rixa qualificada por lesão corporal
de natureza grave.
Correto. Nos termos do art. 121, parágrafo 2º, inciso V, qualifica o crime de
homicídio o fato de ser cometido para assegurar a execução, a ocultação, a
impunidade ou vantagem de outro crime.
Correto. Questão fácil que exige apenas o conhecimento de quais são os crimes
contra a vida. Para que você relembre, são crimes contra a vida o homicídio, o
infanticídio, o aborto e o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio.
Errado. O relevante valor social ou moral não QUALIFICAM O CRIME, mas sim
privilegiam.