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Processo de Promoção 2016

Quadro do Magistério

015. Prova Objetiva

Professor de Educação Básica II – história


Professor II – história

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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

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16.12.2018 | Tarde
Formação pedagógica 03. Ao discutir a relação entre a escola e o conhecimento,
Cortella (2011) afirma que o ensino do conhecimento
científico precisa reservar um lugar para falar sobre o
erro. Para o autor,
01. Ao realizar o levantamento do estado da arte das políti-
(A) o erro ocupa um lugar externo ao processo de conhe-
cas docentes no Brasil, Gatti e outros (2001) destacam
cer, pois investigar é receber uma revelação límpida,
que vários analistas do trabalho docente apontam para
transparente e perfeita.
a complexidade atual do papel do educador escolar, que
implica compreensões sobre (B) o erro é parte integrante do conhecer porque nosso
conhecimento sobre o mundo dá-se em uma relação
(A) as ideias pedagógicas discutidas nos centros univer- viva e cambiante com o próprio mundo.
sitários atualmente e a competência para transmitir o (C) a escola, em lugar de desqualificar o erro, atribuindo-
saber aos estudantes. -lhe uma dimensão catastrófica, deve incentivá-lo,
pois mais erros significam a possibilidade de uma
(B) o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das
melhor avaliação.
crianças e dos jovens e a capacidade de lidar com
diferenças. (D) a educação de boa qualidade é aquela que assegura a
eliminação do erro por meio de um método que garanta
(C) o domínio dos conteúdos escolares e a capacidade exatidão na aproximação com a verdade.
de manter os alunos disciplinados em sala de aula. (E) o conhecimento é resultado de um processo isento
de equívocos, isto é, imune aos erros que um método
(D) o aprendizado dos alunos em cada nível de ensino e de pesquisa equivocado poderia acarretar.
a capacidade para estimular o desenvolvimento das
inteligências múltiplas.
04. O ocaso do século XX, de acordo com Morin (2000), deixou
(E) os conhecimentos disciplinares e as metodologias como herança contracorrentes regeneradoras. Frequente-
de ensino e a competência para utilizar as diversas mente, na história, contracorrentes suscitadas em reação
tecnologias digitais de educação. às correntes dominantes podem desenvolver-se e mudar
o curso dos acontecimentos. Entre essas contracorrentes,
está a contracorrente de emancipação em relação à tirania
onipresente do dinheiro, que
02. Segundo Saviani (2010), os ajustes, a metamorfose e a (A) busca se contrabalançar por relações humanas e
ressignificação do lema “aprender a aprender” em relação solidárias, fazendo retroceder o reino do lucro.
à sua elaboração originária no âmbito do escolanovismo
permitem-nos considerar adequada a denominação de (B) se apega à qualidade em todos os campos, a começar
neoescolanovismo a esse forte movimento internacional pela qualidade de vida.
de revigoramento das concepções educacionais calca- (C) nutre éticas de pacificação das almas por meio do
das no referido lema. No entanto, no neoescolanovismo, desprendimento dos bens materiais.
“aprender a aprender” refere-se à
(D) se manifesta pela busca da vida poética, dedicada
(A) capacidade de adaptar-se a uma sociedade entendida ao amor, à admiração, à paixão e à festa.
como um organismo em que cada indivíduo tem um (E) procura impedir o crescimento das degradações e
lugar e cumpre um papel determinado em benefício de das catástrofes técnicas/industriais.
todo o corpo social.
05. Conforme Rios (2011), a relação escola-sociedade deve
(B) valorização dos processos de convivência entre as
ser analisada de modo crítico, para que se evidenciem os
crianças, do relacionamento entre elas e com os
mecanismos determinantes da prática educativa. Para a
adultos de sua adaptação à sociedade organizada.
autora, nessa relação, a escola
(C) capacidade de adquirir novas competências e novos (A) desempenha o papel de alavanca de mudança social,
saberes, pois as novas relações entre conhecimento pois ela é o melhor remédio para os males da socie-
e trabalho exigem capacidades de iniciativa e inova- dade.
ção num processo de educação permanente. (B) está fora da dinâmica social, mas é impulsionadora
dessa dinâmica e “dá o tom” à sociedade por meio
(D) valorização das atuais técnicas de aprendizagem que
do ensino.
permitem ao sujeito uma formação autônoma, desvin-
culada de instituições de ensino e livre da dependên- (C) reproduz os valores sociais em seu espaço, isto é,
cia de docentes. reproduz meramente o que ocorre em nível mais
amplo na sociedade.
(E) capacidade de o indivíduo aprender por meio das (D) funciona como transmissora das regras sociais, mode-
novas mídias digitais e tornar-se um autodidata lando moralmente os alunos e garantindo que a socie-
capaz de selecionar e assimilar as informações dade permaneça estável.
disponíveis nas diversas fontes de conhecimento.
(E) é parte da sociedade e tem com o todo uma relação
dialética – há uma interferência recíproca que atra-
vessa todas as intituições sociais.
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06. De acordo com Freire (2011), ensinar não se esgota no 08. De acordo com o documento Diretrizes do Programa
“tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente Ensino Integral, ao organizarmos nossa prática de
feito. Em conformidade com o autor, é correto afirmar que o ­ensinar e de avaliar tendo como fundamento a crença de
que os alunos são capazes de aprender, o instrumento­
(A) educador tem de exercer a função de formador, sujeito de avaliação utilizado terá finalidade        e
de um processo em que os estudantes assumem a       . Se ao invés disso, a crença está na difi-
posição de objetos em formação. culdade do aluno em assimilar os conhecimentos trans-
mitidos, a avaliação terá o caráter de “      ”,
(B) estudante recebe do educador os conhecimentos- no sentido de comprovar que o aluno teve dificuldade
-conteúdos-acumulados e armazena-os para ter um de aprendizagem.
bom desempenho.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-
(C) educador, a fim de promover uma formação emanci- mente, as lacunas do texto.
padora, deve se tornar um intelectual memorizador,
capaz de transmitir as informações teóricas. (A) diagnóstica ... formativa ... teste

(D) ensino precisa resultar em um aprendizado em que o (B) formativa ... mediadora ... prova
aprendiz seja capaz de recriar ou de refazer o ensinado.
(C) diagnóstica ... mediadora ... prova
(E) educador democrático pode abrir mão de trabalhar
com os educandos a rigorosidade metódica na apro- (D) formativa ... comparativa ... exame
ximação dos objetos cognoscíveis.
(E) prognóstica ... somativa ... verificação

07. De acordo com o documento Política Nacional de Educa-


ção Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), 09. Conforme Libâneo (2012), os objetivos e os conteúdos
a educação inclusiva constitui um paradigma educacional da disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino Fun-
fundamentado na concepção de direitos humanos, que damental e Médio, em geral, assumem três abordagens.
conjuga igualdade e diferença como valores indissociá- Uma dessas abordagens é a legalista e formal, que
veis. Conforme esse documento, é correto afirmar que
(A) acaba por ater-se à letra, às linhas e ao texto legal e/
(A) os estudos sobre educação especial indicam que ou ao documento, tornando o estudo bastante árduo
há mais malefícios que benefícios na convivência e e, às vezes, aversivo.
aprendizagem entre crianças com e sem deficiência
desde os primeiros anos de vida para o seu desen- (B) enfatiza os chamados textos críticos em detrimen-
volvimento. to dos textos legais e/ou documentos, sendo o real
apresentado na forma político-ideológica.
(B) a educação especial organizada de forma paralela à
educação comum é mais apropriada para a apren- (C) utiliza os textos legais e/ou documentos juntamente
dizagem dos alunos que apresentavam deficiência. com os textos críticos para confrontar a situação pro-
clamada (ideal) com a situação real.
(C) as práticas na educação especial devem enfatizar os
aspectos relacionados à deficiência, em contraposi- (D) se atém mais ao contexto, ao espírito e às entreli-
ção à dimensão pedagógica, a fim de que o aluno nhas dos textos legais e/ou documentos do que ao
especial seja atendido em suas necessidades. conteúdo dos documentos legais.

(D) a educação especial apresenta especificidades no (E) parte dos textos legais e/ou documentos como refe-
atendimento às necessidades educacionais espe- rencial para a análise crítica do sistema de ensino e
ciais dos alunos que a impedem de atuar de forma da organização escolar.
articulada com o ensino comum.

(E) as escolas do ensino regular devem educar todos os


alunos, enfrentando a situação de exclusão escolar
das crianças que vivem nas ruas ou que trabalham,
que estão em desvantagem social etc.

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10. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais: temas 12. No que tange ao juízo moral, de acordo com La Taille
transversais, transversalidade e interdisciplinaridade (1992), Durkheim afirma que
fundamentam-se na crítica de uma concepção de co-
nhecimento que toma a realidade como um conjunto de (A) o educador precisa fazer uso de sanções, visando a
dados estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e condicionar as crianças a agirem corretamente por
distanciado. Ambas apontam a complexidade do real e a medo das consequências desagradáveis do castigo.
necessidade de se considerar a teia de relações entre os
(B) a educação moral deve se restringir a uma aula
seus diferentes e contraditórios aspectos.
específica, com professor de formação acadêmica
A tabela a seguir, porém, apresenta algumas diferenças em ciências humanas e sociais.
entre essas duas propostas de trabalho.
(C) o mestre deve impor uma determinada moral, sem
1. transversalidade A. 
questiona a segmentação abrir mão de sua autoridade e sem a necessidade de
entre os diferentes campos explicar as suas razões de ser.
de conhecimento produzida
(D) a sanção mais eficaz é o castigo corporal, que deverá
por uma abordagem que
ser aplicado de maneira fria pelo mestre, mas de forma
não leva em conta a inter-
moderada.
-relação e a influência entre
eles. (E) o mestre deve ensinar uma moral precisa, a de sua
2. interdisciplinaridade B. refere-se a uma abordagem sociedade, com exemplos e modelos, formando a
epistemológica dos objetos criança a partir da moral como ela é ou tende a ser.
de conhecimento.
C. diz respeito principalmente
à dimensão da didática. 13. De acordo com a Proposta Curricular do Estado de São
D. diz respeito à possibilidade Paulo para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio,
de se estabelecer, na práti- a capacidade de aprender terá de ser trabalhada não ape-
ca educativa, uma relação nas nos alunos, mas na própria escola, enquanto instituição
entre aprender conheci- educativa: tanto as instituições como os docentes terão de
mentos teoricamente siste- aprender. Conforme esse documento, pode-se afirmar cor-
matizados e as questões retamente que
da vida real e de sua trans-
(A) é preciso dissociar cultura e conhecimento, pois a
formação.
cultura é qualquer forma de intervenção do homem
A correta associação entre as duas colunas é a definida no mundo natural.
por:
(B) compete ao educador limitar-se a suprir os alunos
(A) 1CD; 2AB. de saberes, de modo que eles possam ter um bom
(B) 1AC; 2BD. desempenho no mercado de trabalho.

(C) 1BC; 2AD. (C) concerne à educação escolar estar referenciada no


ensino – o plano de trabalho é a indicação do que
(D) 1BA; 2CD.
será ensinado ao aluno.
(E) 1AD; 2BC.
(D) cabe ao professor promover de muitas formas o desejo
de aprender, sobretudo com o exemplo de seu próprio
11. Ao discutir o fenômeno da indisciplina, Aquino (1996) entusiasmo pela cultura artística, literária etc.
apresenta a permeabilidade para a mudança e para a in-
venção como um dos principais requisitos de construção (E) se faz necessário ao Brasil, e é perfeitamente pos-
negociada na relação professor-aluno. Com relação a sível, estabelecer o que deve ser ensinado a todos,
esse requisito, o autor afirma que o professor sem exceção.

(A) precisa adotar correções disciplinares em sala de aula,


principalmente no que tange ao controle e ordenação
do corpo e da fala. 14. De acordo com a Resolução CNE/CEB n o 04/2010,
Art. 44, o diagnóstico da realidade concreta dos sujei-
(B) deve assumir a função de modelar moralmente os tos do processo educativo, contextualizados no espa-
alunos, além de assegurar a observância dos pre- ço e no tempo, deve ser contemplado
ceitos legais.
(A) pelo plano gestor.
(C) é obrigado, considerando o aluno concreto, a sondar
novas estratégias, experimentações de diferentes (B) pelo regimento escolar.
ordens.
(C) pela proposta curricular.
(D) pode assumir a tarefa de estruturação psíquica dos
alunos, sendo ela prévia ao trabalho pedagógico. (D) pelo planejamento anual.
(E) deve comportar-se como um superior hierárquico, (E) pelo projeto político-pedagógico.
autoridade em sala de aula responsável pela manu-
tenção da disciplina.
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15. De acordo com a Resolução CNE/CP no 01/2012, Art. 3o, 17. De acordo com a Resolução CNE/CEB no 04/2010, Art. 24,
a Educação em Direitos Humanos, com a finalidade de os objetivos da formação básica das crianças, definidos
promover a educação para a mudança e a transformação para a Educação Infantil, prolongam-se durante os anos
social, fundamenta-se em alguns princípios. Entre eles, iniciais do Ensino Fundamental, especialmente no primei-
os princípios da ro, e completam-se nos anos finais, ampliando e intensifi-
cando, gradativamente, o processo educativo, mediante,
(A) interdisciplinaridade e da transversalidade na Educa- entre outros:
ção Básica.
(A) a compreensão do ambiente natural e social, do sis-
tema político, da economia, da tecnologia, das artes,
(B) meritocracia na educação e da igualdade de direitos.
da cultura e dos valores em que se fundamenta a
sociedade.
(C) laicidade do Estado e da sustentabilidade socioam-
biental. (B) a preparação básica para a cidadania e o trabalho,
de modo a tornar o aluno capaz de enfrentar novas
(D) formação integral dos sujeitos de direitos e da repa- condições de ocupação e aperfeiçoamento profissio-
ração da desigualdade social. nal posteriores.
(C) a compreensão dos fundamentos científicos e tecnoló-
(E) dignidade humana e da distribuição gratuita de mate-
gicos presentes na sociedade contemporânea, relacio-
riais didáticos e paradidáticos.
nando a teoria com a prática.
(D) a utilização de meios e tecnologias de informação e
comunicação, com estudantes e professores desen-
16. De acordo com a Lei Estadual no 10.261/1968, aos volvendo atividades educativas em lugares ou tempos
funcionários públicos civis do Estado de São Paulo, é diversos.
permitido:
(E) a oferta de cursos de formação inicial e continua-
da ou qualificação profissional, que se integra aos
(A) a acumulação de férias em caso de absoluta neces- diferentes níveis e modalidades de educação e às
sidade de serviço e pelo máximo de 2 (dois) anos dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.
consecutivos.

(B) a utilização ou o emprego de material do serviço pú-


18. A Lei Federal no 9.394/1996 estabelece as competências
blico em serviço particular, desde que seja por um
da União, dos Estados, dos Municípios e dos estabeleci-
curto período e de forma responsável.
mentos de ensino.
(C) entreter-se, durante as horas de trabalho, em pa- A tabela a seguir apresenta essas competências.
lestras ou em leituras, desde que sejam proveitosas
para ele. 1. compete à União A. 
oferecer a educação infantil
em creches e pré-escolas, e,
(D) incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de com prioridade, o ensino fun-
sabotagem contra o serviço público quando se sentir damental.
prejudicado em seus direitos.
2. compete aos B. coletar, analisar e disseminar
(E) exercer comércio entre os companheiros de serviço, Estados informações sobre a educa-
promover ou subscrever listas de donativos dentro da ção.
repartição. 3. compete aos C. 
assegurar o cumprimento
Municípios dos dias letivos e horas-aula
estabelecidas.
4. compete aos D. elaborar e executar políticas
estabelecimentos e planos educacionais, em
de ensino consonância com as diretri-
zes e planos nacionais de
educação, integrando e coor-
denando as suas ações e as
dos seus Municípios.
A correta associação entre as duas colunas é a definida
por:

(A) 1D; 2B; 3A; 4C.

(B) 1B; 2D; 3A; 4C.

(C) 1C; 2B; 3A; 4D.

(D) 1B; 2C; 3D; 4A.

(E) 1D; 2C; 3A; 4B.

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19. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando FORMAÇÃO ESPECÍFICA
ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para
o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
21. A partir de 1930, com a criação do Ministério da Edu-
Conforme a Lei Federal no 8.069/1990, Art. 54, o Estado
cação e Saúde Pública e a Reforma Francisco Campos,
tem o dever de assegurar à criança e ao adolescente:
acentuou-se o fortalecimento do poder central do Estado
e o controle sobre o ensino. Com a criação das universi-
(A) atendimento em creche e pré-escola às crianças de
dades, inicia-se a formação do professor secundário. Ao
zero a sete anos de idade.
mesmo tempo, amplia-se e consolida-se, ainda que com
dificuldades, um campo cultural autônomo com a expan-
(B) acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pes-
são do cinema e do rádio.
quisa e da criação artística, segundo o desempenho
de cada um comprovado em histórico escolar. [...] a História Geral e do Brasil foram integradas em uma
única área, História da Civilização. A História brasileira
(C) atendimento no ensino fundamental, através de pro- era unicamente uma continuidade da História da Europa
gramas suplementares de material didático-escolar, ocidental. Permanecia a identidade do Brasil com a ci-
transporte, alimentação e assistência à saúde. vilização europeia e enfatizava-se, contraditoriamente, a
população brasileira como mestiça.
(D) oferta de ensino noturno regular, adequando-se o (PCN – História)
adolescente trabalhador às condições impostas pelo No contexto apresentado, segundos os PCN (Parâmetros
estabelecimento de ensino. Curriculares Nacionais), o ensino de História do Brasil

(E) atendimento educacional especializado aos porta- (A) atendia aos interesses dos grandes proprietários ru-
dores de deficiência, preferencialmente em escolas rais e justificava, a partir do passado do país, a voca-
especializadas no atendimento de alunos com ne- ção nacional para a agricultura de exportação.
cessidades especiais. (B) exaltava a participação das sociedades indígenas na
formação do Estado brasileiro e desprezava a longa
presença colonizadora portuguesa.

20. Conforme o Parecer CEE no 67/98, que trata das Nor- (C) baseava-se nas teorias históricas mais contemporâ-
mas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais, neas, vindas da Inglaterra, que defendiam a impor-
Artigo 9o, para melhor consecução de sua finalidade, a tância dos pequenos personagens como motor da
gestão democrática na escola far-se-á mediante a história.
(D) preocupava-se com a formação do Estado Nacional
(A) participação obrigatória da direção, dos professores, brasileiro, e o ensino dessa disciplina era um instru-
dos pais, dos alunos e dos funcionários na elaboração mento de desenvolvimento do patriotismo e da uni-
da proposta pedagógica. dade da nação.
(E) oferecia instrumentos de análise da realidade nacio-
(B) autonomia na gestão pedagógica, administrativa e fi-
nal, demarcados por concepções históricas que se
nanceira, respeitadas as diretrizes e normas vigentes.
contrapunham ao positivismo.
(C) participação exclusiva dos profissionais da escola nos
22. Nas visitas, nos passeios, nas excursões, nas viagens, ou
processos consultivos e decisórios, através do conselho
mesmo nos estudos da organização do espaço interno à
de escola e associação de pais e mestres.
sala de aula ou à escola, quando o professor quer caracte-
rizar essas atividades como estudo do meio, é necessário
(D) seleção dos membros da equipe gestora por meio do
que considere uma metodologia específica de trabalho [...].
voto direto e secreto dos profissionais da educação em
(PCN – História)
ambiente escolar.
Segundo o documento citado, tal “metodologia específica
(E) transparência nos procedimentos pedagógicos e admi- de trabalho” está relacionada
nistrativos, mantendo-se em sigilo as informações finan- (A) à confirmação dos subsídios obtidos nos diversos
ceiras para bem da gestão pública. materiais didáticos e nas referências oferecidas pelo
professor.
(B) ao contato direto com fontes de informação docu-
mental presentes em espaços cotidianos da vida so-
cial ou natural.
(C) à não preocupação com o alcance de novos conhe-
cimentos, que devem ser obtidos no espaço da sala
de aula.
(D) à necessidade da apresentação prévia, em sala de
aula, de todos os aspectos que serão observados e
confirmados na visita.
(E) à escolha exclusiva de espaços reconhecidos como
patrimônio histórico, caso das construções religiosas
e civis.
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23. Perseguindo essa meta, a área de Ciências Humanas no 24. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de
Ensino Fundamental favorece ao aluno a análise de sua Jovens e Adultos identificam os alunos de EJA como sendo
inserção no mundo humano, dimensionando suas tem- herdeiros de um processo histórico cruel e moldado pela
poralidades e suas relações com o espaço a partir do segregação. Suas raízes são de ordem histórico-social.
desenvolvimento de determinadas competências, envol- (Em: História e geografia, ciências humanas e suas
vendo estudos de uma diversidade de conteúdos – in- tecnologias: livro do professor; ensino fundamental e médio)
formações, conceitos, procedimentos, valores e atitudes.
No caso brasileiro, segundo o documento, este processo
Nessa linha, as disciplinas de História e Geografia no
de segregação tem relação com
Ensino Fundamental pretendem imprimir à formação do
aluno uma tendência que priorize o desenvolvimento de (A) as históricas políticas afirmativas, existentes desde
competências. o início da formação do Estado brasileiro, que de-
(Em: História e geografia, ciências humanas e suas sobrigam os setores mais pobres da população a
tecnologias: livro do professor; ensino fundamental e médio) frequentar os espaços escolares, porque vinculava-
-se o recebimento dos benefícios governamentais a
Entre outras competências, o documento aponta:
quem não fosse letrado.
(A) desenvolver o olhar crítico sobre as formas de orga- (B) o processo de expulsão dos jesuítas, na segunda
nização econômica das sociedades atuais, pautadas metade do século XVIII, e o consequente fechamen-
na justa distribuição das riquezas produzidas; com- to de todas as escolas espalhadas pela América por-
preender a importância do patrimônio histórico reve- tuguesa e, pela inexistência, entre a emancipação
lador do passado nacional harmônico. política do Brasil e o início da Era Vargas, da escola
(B) interpretar a formação social das nações emergen- pública e gratuita no País.
tes como decorrência do determinismo histórico; (C) a ausência de atenção dada pelas elites dirigentes à
compreender a organização do tempo como linear e educação escolar de negros escravizados, índios re-
teleológico, considerando a presença do progresso duzidos, caboclos migrantes e trabalhadores braçais,
em todas as esferas humanas. além dos obstáculos ao acesso de mulheres à cultura
letrada decorrente da tradição patriarcal e machista
(C) compreender e valorizar a trajetória pessoal dos
que preponderou entre muitas famílias no Brasil.
grandes heróis dos espaços local, regional e nacio-
nal; analisar a construção da ordem social a partir da (D) a severa legislação presente desde a primeira cons-
soma de interesses individuais, fundamentados nos tituição brasileira, a de 1824, que disciplina a orga-
direitos naturais do homem. nização escolar e não permite que o ensino seja
realizado em línguas estrangeiras, excluindo da es-
(D) perceber e valorizar o processo histórico de ocu- colarização a maior parte dos imigrantes, que vieram
pação do território nacional a partir da ação cons- a partir do século XIX, e as sociedades indígenas.
ciente dos bandeirantes e dos missionários jesuítas;
compreender que o conhecimento histórico apenas (E) a experiência cultural das classes médias brasilei-
ganha validade com o uso de documentos escritos ras, que construíram ao longo do século XX, a partir
oficiais. do início da expansão cafeeira no Oeste Paulista, a
concepção de que o letramento, além das outras ati-
(E) compreender a importância do patrimônio cultural e vidades escolares, se contrapõe à qualificação dos
respeitar a diversidade étnica; compreender e valo- trabalhadores.
rizar os fundamentos da cidadania e da democracia,
de forma a favorecer uma atuação consciente do in-
divíduo na sociedade. 25. No que diz respeito diretamente ao currículo de História
em vigor na rede pública estadual de ensino de São Pau-
lo, optou-se por estabelecer recortes temático-conceituais
que abarquem temas e questões que caracterizam, com
elevado grau de unanimidade, a própria identidade da dis-
ciplina e, portanto, podem ser considerados essenciais.
(Currículo do Estado de São Paulo: ciências humanas e suas tecnologias)

Nesse sentido, entre outros, os seguintes temas conti-


nuam presentes nos quatro anos finais do Ensino Fun-
damental:
(A) a Aclamação de Amador Bueno rei de São Paulo e a
Revolução Mexicana.
(B) a colonização sueca na América e a Revolução Glo-
riosa.
(C) a democracia ateniense e o sistema feudal.
(D) as invasões inglesas no sul do Brasil e a Revolução
Chinesa.
(E) a democracia racial brasileira e a independência do
Grão-Pará.

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26. Crianças, adolescentes e jovens, negros e negras, têm 28. A ampliação do conceito de cultura, fruto da aproximação
vivenciado um ambiente escolar inibidor e desfavorável das disciplinas História e Antropologia, enriquece o âm-
ao seu sucesso, ao desenvolvimento pleno de suas po- bito das análises, caminhando, de forma positiva, para a
tencialidades. Lançar um novo olhar de contemporanei- abertura do campo científico da História Cultural. O re-
dade, para que se instalem na escola posicionamentos curso à Filosofia, por sua vez, enriquece e amplia o con-
mais democráticos, garantindo o respeito às diferenças, ceito, especialmente no que se refere à ideia de cultura
é condição básica para a construção do sucesso escolar como formação advinda da “paidéia” (ligada à educação)
para os(as) estudantes. Fundamentar a prática escolar e da cultura humanista, renascentista e iluminista. Na
diária direcionando-a para uma educação antirracista é articulação dessas abordagens (histórica, antropológica
um caminho que se tem a percorrer. Nesse caminhar, e filosófica), o conceito de cultura pode alcançar maior
podemos identificar alguns pontos básicos que poderão abrangência e significado.
fazer parte das reflexões/ações no cotidiano escolar, no (Orientações Curriculares para o ensino médio:
sentido de tratar pedagogicamente a diversidade racial, ciências humanas e suas tecnologias)
visualizando com dignidade o povo negro e toda a socie-
Nesse sentido, o documento em análise, trata cultura
dade brasileira.
(Orientações e Ações para Educação das (A) de um modo inovador, porque entende que há cul-
Relações Étnico-Raciais: educação ético-racial) turas estáveis e superiores, caso dos povos coloni-
zadores, e práticas culturais frágeis, porque se mo-
Segundo o documento apresentado, entre essas
dificam com rapidez e tendem a incorporar novos
“reflexões/ações”, é correto
saberes sem discernimento crítico.
(A) tratar a questão racial como conteúdo multidiscipli- (B) de forma ampliada porque não a reduz ao conjunto
nar durante o ano letivo e reconhecer e valorizar as das manifestações artísticas e materiais, mas incluiu
contribuições do povo negro. as formas de organização do trabalho, da casa, da
(B) destacar os heróis negros brasileiros e apresentar a família, do cotidiano das pessoas, dos ritos, das reli-
experiência dos quilombos como decorrente de ne- giões, das festas, entre outras manifestações.
gociação com os colonizadores. (C) como um fenômeno social que tem a sua produção ori-
(C) valorizar a celebração do 13 de Maio, realçando o ginária em meio às elites intelectuais, em regra a serviço
papel histórico da monarquia nesse processo e valo- das classes dominantes, e funciona como um ocultador
rizar a democracia racial brasileira. da realidade para os setores sociais dominados.
(D) de maneira restrita porque deve ser considerada
(D) apresentar a docilidade nas relações entre os escra-
como um produto puro ou estável, não reconhecendo,
vos e os senhores de engenho no Brasil e as rivalida-
dessa forma, as culturas híbridas, resultado de trocas
des entre as sociedades indígenas e os quilombos.
e de relações entre os grupos humanos diversos.
(E) evitar, em sala de aula, discussões sobre o tráfico
(E) como uma manifestação social que separa a alta cul-
negreiro e a escravidão no Brasil e analisar a supe-
tura, produzida pelas elites políticas e econômicas,
rioridade cultural europeia.
da baixa cultura, oriunda dos setores não hegemôni-
cos da sociedade, caso dos camponeses e do ope-
rariado industrial.
27. A palavra documento vem do termo latino documentum,
que deriva do verbo docere, que significa ensinar, no sen-
tido de transmitir e de comunicar informações já conso-
29. É bom notar que, apenas nas últimas décadas, com a
lidadas. Durante algum tempo [...] do século XIX e início
crescente participação das mulheres como estudiosas
do XX, o documento significou a ideia de testemunho
das sociedades indígenas, foi possível perceber que nem
escrito, comprovação, de prova sobre os acontecimen-
todas as sociedades indígenas eram (são) patriarcais.
tos do passado. Mesmo sendo do estudioso a decisão
(Pedro Paulo Funari e Ana Piñón, A temática
quanto à escolha do documento a utilizar, fazia parte do
indígena na escola: subsídios para os professores)
ofício manter a fidelidade do conteúdo dos textos, pois
acreditava-se que o documento mantinha uma relação di- O reconhecimento do papel dominante das mulheres em
reta com o real. Cabia ao historiador, depois de constatar muitas sociedades indígenas, segundo os autores do texto,
a autenticidade do texto, descrever o real, baseando-se (A) colabora para a percepção de que o igualitarismo
nos dados nele descritos. Assim, o texto era valorizado entre mulheres e homens se constituiu na principal
apenas pelo que continha, encarado apenas como infor- característica dos povos primitivos.
mante de conteúdos, simples suporte de informação.
(B) tende a aumentar o preconceito contra os povos indí-
(PCN – História)
genas ao fortalecer o senso comum de que os índios
O excerto apresenta a concepção de documento de um são preguiçosos.
historiador ligado
(C) permite avigorar a concepção presente nas socieda-
(A) à História Total. des indígenas de que existem apenas dois sexos.

(B) à História dos Annales. (D) pode contribuir para a desnaturalização dos papéis
atribuídos ao feminino e ao masculino em nossa so-
(C) à História Nova. ciedade.
(D) à História do Tempo Presente. (E) acentua a resistência dos alunos adolescentes em
(E) ao positivismo. compreender a organização das sociedades indígenas.
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30. O excerto a seguir faz parte da obra Recopilações de 31. Leia os excertos.
notícias soteropolitanas e brasílicas, do português Luís
I.
dos Santos Vilhena. A obra foi publicada em 1802.
Publicado em 1957, o livro Os donos do poder – For-
Aqui tens, meu Filipono, descrito, tosco, mas fielmente, o
mação do patronato político brasileiro, obra que obte-
trafico e familia dos chamados Senhores de Engenho, so-
ria maior repercussão com sua edição revista de 1975,
berbos de ordinario e tão pagos de sua gloria vã que jul-
período em que o autor se empenhou na Ordem dos
gão nada se pode comparar com eles; logo que se veem
Advogados do Brasil pela redemocratização do país,
dentro nas suas terras, rodeados dos seus escravos, ba-
propunha uma teoria do patrimonialismo no Estado bra-
julados dos seus rendeiros, servidos dos seus mulatos,
sileiro, largamente inspirada em Max Weber, na qual o
e recreados nos seus cavalos de estrebaria, como lhes
estamento burocrático acima das classes teria exercido
chamão huns de folgar, que são os que tem diversos pas-
o poder mais constante sob o capitalismo orientado.
sos, trocadilhos e habilidades, outros esquipadores e são
os que tem hum passo velosíssimo e composto, e outros (Maria de Lourdes Mônaco Janotti, O diálogo convergente: políticos e
com diferentes qualidades e predicados, comprados por historiadores no início da República. Em Marcos Cezar de Freitas (org.),
Historiografia brasileira em perspectiva. Adaptado)
exorbitantes preços e ricamente jaezados. Esta hé a glo-
ria dos Senhores de Engenho e para a maior auge della, II.
tem na cidade cazas proprias, ou alugadas; cumpre mui-
to que tenham cocheira, ainda que não haja sege, o que Como a lei consagrava a exploração de um grupo
suprem aceadas cadeiras que todos tem, em que sahem pelo outro, “as duas camadas raciais permaneciam, a
acompanhados dos seus lacaios mulatos, ornados de despeito de toda sorte de contatos, intercomunicações e
fardamentos aceados. intimidades, dois mundos cultural e socialmente separa-
dos, antagônicos e irredutíveis um ao outro”. Esses pon-
(Apud Laima Mesgravis, A sociedade brasileira e
a historiografia colonial. Em Marcos Cezar de Freitas (org.),
tos de vista são reforçados em O escravismo colonial,
Historiografia brasileira em perspectiva) obra de elaborada pesquisa e reflexão, na qual o autor
afasta-se das interpretações que têm como categoria
O documento permite central explicativa a atividade exportadora e propõe o
“historicamente novo” modo de produção escravista co-
(A) entender porque as alforrias ocorriam de forma mais
lonial, para explicar o início da formação social brasileira.
numerosa em regiões ligadas à agroindústria açu­
careira. (Suely R. R. de Queiróz. Escravidão negra em debate. In: Marcos C. de
Freitas (org.). Historiografia brasileira em perspectiva)
(B) observar a ascensão da economia algodoeira no Os excertos I e II fazem referência, correta e respectiva-
nordeste colonial e o decorrente declínio do poder mente, a
político dos senhores de engenho.
(A) Florestan Fernandes e Ciro Flamarion Cardoso.
(C) reconhecer o papel central exercido pelos senhores
de engenho em estabelecer espaços harmônicos de (B) Celso Furtado e Oliveira Viana.
sociabilidade.
(C) Raymundo Faoro e Jacob Gorender.
(D) compreender que declínio econômico dos engenhos
de açúcar do nordeste colonial tinha como razão a (D) Anísio Teixeira e Leôncio Martins Rodrigues.
insistência no uso do trabalho escravo.
(E) Capistrano de Abreu e Sérgio Buarque de Holanda.
(E) perceber o poder econômico e o prestígio social que
detinham os senhores de engenho no Nordeste da
América portuguesa.

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32. Durante o Estado Novo, as oposições democráticas e os 34. Em 1862, a Académie Française ofereceu um prêmio
adversários do varguismo na luta pelo poder continuaram para uma epopeia sobre o canal [de Suez]. Bornier,
atuando. A repressão foi intensa e as liberdades foram o vencedor, deu à luz a seguinte hipérbole, nada que
anuladas nesse período, porém não ocorreu o monopólio contradissesse fundamentalmente a imagem que De
absoluto do Estado no plano físico, jurídico ou econômi- Lesseps entretinha sobre o que estava fazendo:
co. O imaginário totalitário tinha receptividade numa par-
te significativa da sociedade [...] mas a imagem de uma Ao trabalho! Operários que a nossa França envia
sociedade UNA, homogênea e harmônica, veiculada pela Traçai, para o universo, esta nova via!
propaganda política, esteve longe de se traduzir numa Vossos pais, os heróis, vieram até aqui;
prática de constituição da opinião única em torno do regi- Sede firmes como eles, intrépidos,
me e de seu líder. Como eles combatei ao pé das pirâmides,
(Maria Helena Rolim Capelato, Estado Novo: novas histórias. Em Marcos E seus quatro mil anos também vos contemplam!
Cezar de Freitas (org.), Historiografia brasileira em perspectiva)

O excerto aponta para Sim, é para o universo! Para a Ásia e a Europa,


Para os climas longínquos que a noite envolve,
(A) a tendência conciliadora de Getúlio Vargas e dos Para o chinês pérfido e o indiano seminu;
principais dirigentes do Estado Novo, capazes de Para os povos felizes, livres, humanos e bravos,
negociar com a oposição liberal e a Igreja Católica Para os povos malvados, para os povos escravos,
importantes preceitos constitucionais.
Para quem o Cristo ainda é desconhecido.
(B) a impossibilidade de se caracterizar o Estado Novo (Edward W. Said, Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente)
como um regime totalitário, ainda que se reconhe-
çam traços totalitários nos discursos e nas práticas Na leitura europeia, considerando o poema, a construção
políticas de Getúlio Vargas. do canal de Suez

(C) a lentidão da ordem autoritária gestada pelo golpe (A) representava uma retribuição europeia aos povos
de 1937 em produzir um modelo de desenvolvimento orientais, especialmente às primeiras civilizações,
econômico e social para o país, o que provocaria for- pelas grandes obras da humanidade.
te e decisivo desgaste do presidente Vargas.
(B) reconhecia que a supremacia cultural europeia era
(D) a inabilidade política dos dirigentes do Estado Novo tributária das grandes civilizações do passado, espe-
em ajustar a economia brasileira em bases efetiva- cialmente os impérios do Oriente.
mente industriais, o que resultou na manutenção na
hegemonia do campo sobre a cidade. (C) reforçaria a dependência econômica e cultural da
Europa em relação aos impérios do Oriente, notada-
(E) o caráter totalitário da Ditadura Vargas, que, à seme­
mente o Turco-Otomano.
lhança das experiências nazifascistas, encampou
todos os órgãos da imprensa escrita e as emissoras (D) valorizaria os trabalhadores europeus que da mesma
de radiodifusão. forma que os trabalhadores das civilizações orientais,
seriam os agentes de uma obra esplêndida.

33. Hoje, na maioria dos países, os indígenas têm direitos (E) ampliaria as possibilidades de aproximação do Orien-
específicos, seja em suas reservas, seja em suas comu- te e do Ocidente, no qual este espaço levaria civiliza-
nidades. No Brasil, desde a restauração das liberdades ção e riqueza para aquela outra parte do mundo.
civis em 1985, foram adotadas diversas medidas para
garantir o direito dos índios às suas terras e ao ensino na
sua própria língua, entre outros.
(Pedro Paulo Funari e Ana Piñón, A temática
indígena na escola: subsídios para os professores)

Acerca dos direitos indígenas, a Constituição de 1988

(A) reconheceu o direito à diferença dos povos indíge-


nas, encerrando com a ideia da assimilação.

(B) estabeleceu a tutela sobre as sociedades indígenas


que não dominam plenamente a língua portuguesa.

(C) adotou o preceito de que as sociedades indígenas


são povos em vias de extinção.

(D) instituiu a perspectiva assimilacionista, que aguarda


a natural incorporação dos índios à sociedade na-
cional.

(E) garantiu o direito de voto aos índios maiores de 21


anos e que não vivam mais em aldeias.

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35. É muito difícil discordar que a Europa tem uma enorme 37. [...] em que medida estas circunvoluções da história da
dívida para com a África. mulher, feitas entre Europa e Estados Unidos, atingiram
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: a produção da mesma história no Brasil? Tratar-se-ia dos
visita à história contemporânea) mesmos silêncios, das mesmas faltas, dos mesmos ob-
jetos e abordagens? Que tipo de reflexão se fazia, deste
Essa “enorme dívida” relaciona-se
lado do mundo?
(A) aos acordos que as nações colonizadoras fizeram (Mary Del Priore, História das mulheres: as vozes do silêncio. Em Marcos
com as lideranças tribais africanas, o que impediu Cezar de Freitas (org.), Historiografia brasileira em perspectiva)

que elementos civilizatórios efetivamente fossem im- A autora do artigo informa que tal tema, na universidade
plantados no continente africano. brasileira,

(B) à desconsideração quanto às principais cláusulas do (A) tem dificuldade em encontrar um lugar, ora visto
Tratado de Versalhes, que determinavam a autode- como um problema feminista ora como uma simples
terminação de todos os povos da África Negra em, curiosidade.
no máximo, dez anos.
(B) provoca acalorados debates entre os historiadores
(C) ao fracasso do programa de emigração africana para da História Cultural e os neopositivistas, que super-
a Europa, elaborado no decorrer do Congresso de valorizam o tema.
Berlim, condição que impediu que um grande contin-
gente de africanos fosse retirado de zonas de guerra. (C) ganhou espaço na área de História Econômica e se
tornou um dos principais temas das dissertações e
(D) às heranças do colonialismo, como a manutenção, teses.
nos Estados nacionais africanos, de fronteiras colo-
niais, o que tende a potencializar uma série de confli- (D) contrapõe culturalistas e marxistas, respectivamen-
tos de intensidade variável. te, apoiadores e combatentes desse tema historio-
gráfico.
(E) ao descumprimento de acordos com várias regiões
africanas pelos quais as potências coloniais deve- (E) gerou dezenas de revistas científicas e se tornou a
riam ter descolonizado grande parte da África ao fi- principal referência para centros de estudos de gê-
nal da Primeira Guerra Mundial. nero da Europa.

36. Até os anos 30, via-se o Brasil com desconfiança e ce- 38. A Etiópia tornou-se, em 1941, o primeiro Estado-nação
ticismo, pois não se acreditava na capacidade do “povo independente da África, ainda durante a Segunda Guerra
mestiço”, das “classes sociais oprimidas e excluídas”, em Mundial.
construir um futuro de sucesso. Caio Prado foi um dos (Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula:
primeiros a acreditar, a confiar na eficácia histórica do visita à história contemporânea)
povo brasileiro.
A Etiópia,
(José Carlos Reis, As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC)

A respeito desse historiador, é correto afirmar que (A) conquistada pela Alemanha em 1934, aproveitou-se
da fragilização alemã durante a Segunda Guerra e,
(A) empregou as teses da Escola de Frankfurt para ex- após luta armada, declarou a sua independência.
plicar como o atraso brasileiro estava relacionado
com a preponderância do Estado sobre a sociedade. (B) invadida a partir de 1935, tornou-se uma colônia ita-
liana e libertou-se desse domínio com o apoio anglo-
(B) influenciado pela antropologia inglesa, escreveu uma -americano.
história panorâmica do Brasil a partir das referências
culturais, caso das manifestações religiosas. (C) declarada protetorado inglês desde a Conferência de
Berlim, negociou a sua emancipação com os coloni-
(C) se utilizou do materialismo histórico de forma inova- zadores.
dora e defendia que as classes sociais em luta eram
o sujeito da história do Brasil. (D) colônia belga desde o século XIX, obteve a sua liber-
tação colonial em função do apoio etíope aos Alia-
(D) se especializou em analisar o imaginário político- dos, na Segunda Guerra.
-social brasileiro e da América do Sul por meio de
produções artísticas, como a literatura. (E) ocupada no início do século XX pela França, con-
quistou a sua independência por meio de uma guerra
(E) aplicou à realidade brasileira conceitos extraídos da de guerrilha.
sociologia norte-americana, apontando para o arca-
ísmo das instituições políticas do País.

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39. Para Varnhagen, nos anos 1850, o Brasil vinha de um
passado de glórias e será uma nação grandiosa. Para
Gilberto Freyre, o Brasil era o único país do mundo em
que a democracia racial se realizou.
(José Carlos Reis, As identidades do Brasil:
de Varnhagen a FHC. Adaptado)

Reis aponta para uma aproximação entre estes dois pen-


sadores porque ambos

(A) tratam a miscigenação racial como o principal ele-


mento para explicar o rápido desenvolvimento brasi-
leiro no século XIX.

(B) apoiaram-se no referencial teórico do neopositivismo


para explicar o atraso cultural das elites dirigentes
brasileiras.

(C) entendem que a história do Brasil deveria ser escri-


ta a partir das influências culturais das sociedades
indígenas.

(D) valorizam as presenças estrangeiras no Brasil-Colô-


nia como produtoras de elementos civilizatórios.

(E) seguem uma orientação conservadora ao elogiarem


a conquista e a colonização portuguesas.

40. Do final de 1974 a novembro de 1975, teve lugar um


governo de transição, também chamado de conciliação,
segundo o Acordo de Alvor, firmado entre o governo por-
tuguês (que tomou o poder em Portugal com a Revolução
dos Cravos), o MPLA, a FNLA e a Unita. Depois do perí-
odo de transição, em 11 de novembro de 1975, o MPLA,
sob a direção de Agostinho Neto, proclamou a indepen-
dência, reconhecida pelo governo português.
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula:
visita à história contemporânea)

Após a independência de Angola,

(A) o país se tornou o mais importante defensor dos ide-


ais pan-africanos e das independências nacionais no
continente africano.

(B) há uma aproximação do país com as ex-metrópoles


europeias, como a França, resultando em um rápido
e consistente crescimento econômico.

(C) a nova ordem associou-se ao bloco socialista, mas


desenvolveu uma economia essencialmente liberal,
baseada na exportação de café.

(D) há o início de uma guerra civil entre o MPLA – que


teve o apoio da URSS, da China e de Cuba – e a
Unita – com apoio dos EUA e da África do Sul.

(E) as forças revolucionárias que conquistaram a eman-


cipação política fragmentam-se e teve início no país
um regime com tendências totalitárias.

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