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ESTADO DE GOIÁS
PODER JUDICIARIO COMARCA DE LUZIÂNIA
Luziânia - 2ª Vara Cível

AV. SARA KUBITSCHET, LOTE; &A E 7B QD MOF, 150, PARQUE JK, LUZIANIA - Fone: 61 3622-
9400

DECISÃO

Ação: Procedimento Comum


Processo nº: 5067455.95.2019.8.09.0100
Promovente(s): LILIANE MARIA RORIZ
Promovido(s): JÚLIO HENRIQUE ALMEIDA NEULS E OUTROS

LILIANE MARIA RORIZ., por seu representante legal, via de advogado legalmente
constituído, ajuizou AÇÃO DECLARATÓRIA DE REGISTRO PÚBLICO C/C INDENIZATÓRIA
POR DANOS MATERIAIS, COM PEDIDO DE IMISSÃO DE POSSE E COM PEDIDO LIMINAR
DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de WESLLIANE MARIA RORIZ E JÚLIO HENRIQUE
ALMEIDA NEULS, devidamente qualificados nos autos.

Diz a autora, em resumo, que detém 50% (cinquenta por cento) das cotas societárias da empresa
denominada Agropecuária Palma LTDA, e que a sócia-administradora, Sra. Weslliane Maria Roriz, é
detentora da outra metade das cotas da empresa.

Alega que a sócia-administradora vem praticando condutas estranhas e contrárias à boa gestão dos
negócios, inclusive simulando aparente bom negócio para a sociedade, omitindo dados importantes,
retroagindo datas e assinaturas em documentos, com intuito de enriquecerem-se às custas da empresa e lesar
os interesses da requerente e da sociedade empresária.

Assevera que em meados de abril de 2009, os requeridos propuseram permuta de 50% (cinquenta
por cento) de duas propriedades da empresa (Fazenda Saco e Fazenda Muzungo), até então arrendadas pelo
segundo requerido (esposo da Sra. Weslliane), por três glebas de terras de suas próprias propriedades, a
saber: Fazenda Lagoinha, São Sebastião e Furriel, todas áreas desvalorizadas e com gravames em suas
matrículas.

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Pugna, pois, em sede de tutela de urgência, para que a presente ação seja averbada nas matrículas
dos imóveis objetos deste litígio, para que seja assegurado o resultado útil do processo.

Juntou documentos com a inicial (evento nº.01).

É o breve relatório. Decido.

Nos termos do artigo 294 do NCPC, a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou
evidência e, consoante o parágrafo único, a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.

In casu, trata-se de tutela provisória de urgência antecipada em caráter antecedente.

O artigo 300 do NCPC, estabelece, ainda, que a tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.

Outrossim, que o deferimento da medida ocorre para evitar um dano irreparável ou de difícil
reparação, ou seja, há a necessidade de que haja uma situação de perigo, de emergência.

Sabe-se que a intervenção judicial em sociedades empresárias carece de norma legal específica,
havendo apenas previsões isoladas desse procedimento no ordenamento jurídico brasileiro. Desse modo, a
sua aplicação, fundamentada no poder geral de cautela do juiz, deve ser guardada de extrema prudência e
reservada a situação excepcionais.

Com efeito, a consagração da autonomia privada pela Constituição Federal como um princípio
fundamental da República e fundamento da ordem econômica estabelece restrições para que o Estado
intervenha de maneira tão drástica nas sociedades empresariais.

Tais princípios ganham especial relevância como no caso em tela, no qual não há a incidência de
normas de ordem pública, já que se trata exclusivamente de uma sociedade empresarial regida por normas de
direito privado, o que justifica a prevalência das decisões tomadas legitimamente por seus sócios.

Contudo, entendo que a expedição de ofício ao Cartório de Registro de Imóveis, para a


averbação da presente demanda na matrícula dos respectivos imóveis é medida necessária, no intuito
de resguardar direitos e prevenir deveres, razão pela qual defiro o pedido formulado em sede de tutela
de urgência.

Face ao exposto DETERMINO a expedição de ofício ao Cartório de Registro de Imóveis, para


que o notário proceda a averbação da presente demanda nas certidões de matrículas dos imóveis objeto deste
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litígio.

Proceda-se à designação de AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, a ser realizada no Centro


Judiciário de Conciliação (CEJUSC), localizado no Fórum desta comarca. Agende-se.

CITEM-SE os requeridos, pessoalmente nos termos do artigo 246, parágrafo 1° do CPC/2015,


para comparecerem à Audiência de Conciliação a ser designada pela Escrivania e realizada em sala própria
do Centro Judiciário de Soluções de Conflito e Cidadania – CEJUSC, no Fórum local, devendo
obrigatoriamente participar da audiência conciliador ou mediador (CPC, §1º do art. 334).

Remeta-se ao CEJUSC para sorteio do conciliador, que deverá informar nos autos, no prazo de 15
(quinze) dias, o seu nome e seus dados bancários para depósito, bem como o valor de acordo com a planilha
disponibilizada pelo TJGO. Após, INTIME-SE a parte autora para depositar o referido valor na conta
bancária informada e juntar aos autos o referido comprovante de pagamento em até 72h antes da data da
audiência ou levar o comprovante para a audiência. O não pagamento das custas da audiência acarretará na
sua não realização.

Quanto ao prazo de contestação, deverá ser obedecido os ditamentos do art.335, incisos I, II e III,
e seus parágrafos, todos do CPC/2015.

O não comparecimento injustificado de qualquer parte na audiência, importará na aplicação de


multa de 2% sobre o valor da causa (art.334, § 8° do CPC/2015).

A parte poderá constituir representante, inclusive seu advogado, para representá-la em audiência,
através de procuração específica, com poderes para negociar e transigir (art.334, § 10° do CPC/2015), sob
pena de multa, não se admitindo a juntada posterior.

Intime-se o autor via DO. (art.334, § 3° do CPC/15).

Cumpra-se.

Luziânia, data da assinatura digital.

Assinado Digitalmente

FLÁVIA CRISTINA ZUZA


Juíza de Direito

(em substituição automática)

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