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PaginaAtual=6&Id_MovimentacaoArquivo=92784301&hash=3381205114885857…
ESTADO DE GOIÁS
PODER JUDICIARIO COMARCA DE LUZIÂNIA
Luziânia - 2ª Vara Cível
AV. SARA KUBITSCHET, LOTE; &A E 7B QD MOF, 150, PARQUE JK, LUZIANIA - Fone: 61 3622-
9400
DECISÃO
LILIANE MARIA RORIZ., por seu representante legal, via de advogado legalmente
constituído, ajuizou AÇÃO DECLARATÓRIA DE REGISTRO PÚBLICO C/C INDENIZATÓRIA
POR DANOS MATERIAIS, COM PEDIDO DE IMISSÃO DE POSSE E COM PEDIDO LIMINAR
DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de WESLLIANE MARIA RORIZ E JÚLIO HENRIQUE
ALMEIDA NEULS, devidamente qualificados nos autos.
Diz a autora, em resumo, que detém 50% (cinquenta por cento) das cotas societárias da empresa
denominada Agropecuária Palma LTDA, e que a sócia-administradora, Sra. Weslliane Maria Roriz, é
detentora da outra metade das cotas da empresa.
Alega que a sócia-administradora vem praticando condutas estranhas e contrárias à boa gestão dos
negócios, inclusive simulando aparente bom negócio para a sociedade, omitindo dados importantes,
retroagindo datas e assinaturas em documentos, com intuito de enriquecerem-se às custas da empresa e lesar
os interesses da requerente e da sociedade empresária.
Assevera que em meados de abril de 2009, os requeridos propuseram permuta de 50% (cinquenta
por cento) de duas propriedades da empresa (Fazenda Saco e Fazenda Muzungo), até então arrendadas pelo
segundo requerido (esposo da Sra. Weslliane), por três glebas de terras de suas próprias propriedades, a
saber: Fazenda Lagoinha, São Sebastião e Furriel, todas áreas desvalorizadas e com gravames em suas
matrículas.
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26/04/2019 https://projudi.tjgo.jus.br/BuscaProcessoPublica?PaginaAtual=6&Id_MovimentacaoArquivo=92784301&hash=3381205114885857…
Pugna, pois, em sede de tutela de urgência, para que a presente ação seja averbada nas matrículas
dos imóveis objetos deste litígio, para que seja assegurado o resultado útil do processo.
Nos termos do artigo 294 do NCPC, a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou
evidência e, consoante o parágrafo único, a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.
O artigo 300 do NCPC, estabelece, ainda, que a tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
Outrossim, que o deferimento da medida ocorre para evitar um dano irreparável ou de difícil
reparação, ou seja, há a necessidade de que haja uma situação de perigo, de emergência.
Sabe-se que a intervenção judicial em sociedades empresárias carece de norma legal específica,
havendo apenas previsões isoladas desse procedimento no ordenamento jurídico brasileiro. Desse modo, a
sua aplicação, fundamentada no poder geral de cautela do juiz, deve ser guardada de extrema prudência e
reservada a situação excepcionais.
Com efeito, a consagração da autonomia privada pela Constituição Federal como um princípio
fundamental da República e fundamento da ordem econômica estabelece restrições para que o Estado
intervenha de maneira tão drástica nas sociedades empresariais.
Tais princípios ganham especial relevância como no caso em tela, no qual não há a incidência de
normas de ordem pública, já que se trata exclusivamente de uma sociedade empresarial regida por normas de
direito privado, o que justifica a prevalência das decisões tomadas legitimamente por seus sócios.
litígio.
Remeta-se ao CEJUSC para sorteio do conciliador, que deverá informar nos autos, no prazo de 15
(quinze) dias, o seu nome e seus dados bancários para depósito, bem como o valor de acordo com a planilha
disponibilizada pelo TJGO. Após, INTIME-SE a parte autora para depositar o referido valor na conta
bancária informada e juntar aos autos o referido comprovante de pagamento em até 72h antes da data da
audiência ou levar o comprovante para a audiência. O não pagamento das custas da audiência acarretará na
sua não realização.
Quanto ao prazo de contestação, deverá ser obedecido os ditamentos do art.335, incisos I, II e III,
e seus parágrafos, todos do CPC/2015.
A parte poderá constituir representante, inclusive seu advogado, para representá-la em audiência,
através de procuração específica, com poderes para negociar e transigir (art.334, § 10° do CPC/2015), sob
pena de multa, não se admitindo a juntada posterior.
Cumpra-se.
Assinado Digitalmente
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