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RESUMO
As análises de falhas são essenciais na engenharia de manutenção. A
recorrência de modos de falha em equipamentos sem que se busque descobrir
suas causas raízes e evita-las é sinônimo de um time de manutenção atrasado.
Em uma indústria de produção de catalisadores, um compressor de ar entrou em
estado de falha, cujo fenômeno observado foi o travamento de um dos
rolamentos do motor elétrico. Em análise de falha preliminar, concluiu-se que o
rolamento não fora lubrificado, e logo a prestadora de serviços responsável pela
execução da lubrificação foi autuada. Mas foi cometido um erro comum na
análise da falha realizada, que é o foco apenas no componente onde o fenômeno
se manifestou, sem uma visão sistêmica e negligenciando o fator detecção. A
visão sistêmica e a escolha da ferramenta mais adequada é chave para uma
análise de falha eficaz. Em nova análise com o uso da FTA (Árvore de Falhas) e
conceitos de confiabilidade, foram relacionados todos os modos de falha
possíveis para o motor e suas relações. Descobriu-se que o rolamento
ultrapassara sua vida útil estimada e o lubrificante fora aplicado, mas expelido
por um retentor danificado, acelerando o desgaste do rolamento. Além disso, a
manutenção preditiva com análise de vibrações e o monitoramento contínuo da
temperatura também falharam ao não detectar desvios, contribuindo para a falha.
O valor da autuação fora reduzido em pelo menos 80%, e a prestadora de
serviços mostrou seu capital intelectual em engenharia de manutenção.
1. Introdução
Por isso, é importante que a abordagem inicial da análise de falhas tenha uma
visão sistêmica para identificar outras variáveis, antes mesmo de focar a análise
no componente que falhou. Em outras palavras, antes de se perguntar por que
o componente falhou, deve-se perguntar por que a falha não foi detectada antes
de ocorrer danos mais severos.
A equipe local fez a análise da falha logo após sua ocorrência, com as
ferramentas de análise disponíveis. No formulário utilizado, continham as
seguintes ferramentas: 5W1H, Ishikawa, 5 porquês, uma árvore de tipologias de
causas básicas e um campo para ações de melhoria. O espaço reservado para
a ferramenta 5 porquês não permitia mais do que os 5 porquês. O formulário
enxuto, cujo tamanho é de duas páginas, ficou totalmente preenchido. Ao vê-lo
dessa forma, os participantes podem ser induzidos a dar-se por satisfeitos com
as informações ali expressadas. Este também é um erro muito comum.
A partir do uso dessa ferramenta, chegou-se à conclusão que a causa raiz da
falha do rolamento foi um intervalo irregular de lubrificação, cuja
responsabilidade de execução é da prestadora de serviços contratada. E, a partir
dessa conclusão, o cliente tomou a decisão de autuar a prestadora de serviços,
conforme citado.
Obviamente, o valor da autuação fez com que a questão ganhasse uma forte
conotação financeira, o que demandou uma análise da falha e uma defesa
técnica muito mais aprofundada e embasada.
Figura V – Ferramenta 5G
A partir das informações verificadas com a ferramenta 5G, foi possível criar a
linha do tempo (figura VI) dos eventos que geraram ou influenciaram na falha.
Figura IX – Rolamento traseiro com graxa ressecada (a) e cabos da sonda PT-
100 desconectados do painel (b)
Segundo o fabricante do rolamento, SKF, a vida útil estimada para esta aplicação
é de 40.000 a 50.000 horas operacionais (figura XII). Paralelamente, foi
calculada a vida útil estimada considerando as diversas variáveis, e obteve-se o
resultado de 32.639 horas (figura XIII). No painel do equipamento, o horímetro
acusava 72.828 horas em operação (figura XIV), sem histórico de trocas
anteriores.
Figura XII – Vida útil do rolamento estimada em tabela
4. Conclusão
5. Referências bibliográficas
DOYLE, Arthur Conan. Sherlock Holmes – O signo dos quatro. Editora Zahar,
2015
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 15243:
2004(E): Rolling bearings - Damage and failures - Terms, characteristics and
causes. Genebra, 2004
SKF, Rolamento de esferas (PUB BU/P1 10000/2 PT.BR). Grupo SKF, 2015. p.
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