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ANÁLISE DE VIBRAÇÕES
EM MÁQUINAS ROTATIVAS
UTILIZANDO O SISTEMA
MÓDULO BÁSICO
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Apresentação
Muito Obrigado!
Julio Bittencourt
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 4
2. O QUE É MANUTENÇÃO PREDITIVA? ............................................................................................... 5
3. ANÁLISE DE VIBRAÇÕES .................................................................................................................. 7
3.1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................7
3.2 - FUNDAMENTOS DE VIBRAÇÕES .......................................................................................................8
3.3 - MOVIMENTOS BÁSICOS...................................................................................................................9
3.4 - ELEMENTOS BÁSICOS DE VIBRAÇÃO .............................................................................................. 10
3.5 - PARÂMETROS DE VIBRAÇÃO ......................................................................................................... 14
3.6 - TRANSFORMAÇÃO TEMPO/FREQUÊNCIA - ESPECTRO..................................................................... 18
3.7 - A TRANSFORMAÇÃO DE SINAIS PARTICULARES .............................................................................. 20
3.8 - SENSORES DE VIBRAÇÃO ............................................................................................................... 21
3.9 - MEDIDAS DE VIBRAÇÕES ............................................................................................................... 25
3.10 - PONTOS DE MEDIÇÃO ................................................................................................................. 25
3.11 - CONFIGURAÇÕES BASICAS DE MEDIÇÃO ...................................................................................... 26
4.0 - ANALISADORES DE VIBRAÇÔES - INSTRUMENTOS .......................................................................... 30
5 INTERPRETAÇÃO DE SINAIS ........................................................................................................... 31
5.1 DESBALANCEAMENTO .................................................................................................................. 32
5.2 DESALINHAMENTOS ..................................................................................................................... 32
5.3 FOLGAS ........................................................................................................................................ 34
5.4 RESSONANCIAS ............................................................................................................................ 35
5.5 ROLAMENTOS .............................................................................................................................. 36
5.6 ENGRENAGENS ............................................................................................................................. 37
6. TABELA RESUMO .......................................................................................................................... 38
7. LIMITES E NORMAS....................................................................................................................... 39
8. PLANO DE TRABALHO ................................................................................................................... 41
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1. INTRODUÇÃO
Tudo no universo vibra, portanto a pergunta é: Afinal, quanto podem as coisas vibrar? Se
olharmos ao nosso redor, perceberemos que, mesmo parecendo, nada é estático, nada está parado, e
visto que há movimento, há vibração.
Nesta apostila procuraremos entender um pouco da teoria das vibrações utilizando conceitos e
linguagem simples, visto que é nosso objetivo a utilização diária destes conhecimentos para a
aplicação em nossas máquinas e equipamentos.
Em um passado não muito distante, no início da era da industrialização, o homem já sabia que a
manutenção de suas máquinas e equipamentos se tornava cada vez mais necessária à medida que o
tempo passava e que defeitos e quebras se multiplicavam em sua função. Não havia nenhum controle
das falhas e apenas se contava com a hipótese de que se corrigiria a quebra quando esta
acontecesse, sendo assim, utilizavam apenas a Manutenção Corretiva.
Atualmente as indústrias tem grande necessidade de ter controle das condições operacionais
dos seus equipamentos, de modo a tornar-se mais competitivos e atingindo maiores produtividade e
consequentemente superando a concorrência.
Um dos meios de alcançar este objetivo é através da gestão de ativos e manutenção centrada
em confiabilidade e Manutenção Preditiva.
Para uma compreensão macro dos assuntos, será abordada no MÓDULO I, os tópicos:
Conceitos de manutenção
Conceitos de vibrações
Configurações das medidas de vibrações
Instrumentação e configurações
Relação dos sinais com os defeitos
Diagnósticos e recomendações
A cada abordagem será realizado uma avaliação de modo a avaliar a absorção dos assuntos
bem como dirimir duvidas remanescentes.
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2. O QUE É MANUTENÇÃO PREDITIVA?
Manutenção preditiva é aquela que indica as condições reais de funcionamento das máquinas
com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de degradação. Trata-se da
manutenção que prediz o tempo de vida útil dos componentes das máquinas e equipamentos e as
condições para que esse tempo de vida seja bem aproveitado.
Por meio desses objetivos, pode-se deduzir que eles estão direcionados a uma finalidade maior
e importante: redução de custos de manutenção e aumento da produtividade.
Para ser executada, a manutenção preditiva exige a utilização de aparelhos adequados, capazes
de registrar vários fenômenos. Existem diversas ferramentas da Manutenção Preditiva, mas podemos
destacar como as principais:
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Vibrações das máquinas;
Temperatura;
Termografia;
Analise de óleo;
Isolação;
Pressão;
°C
Ruído;
200
190
191°C 180
Desempenho; 170
160
150
Aceleração. 140
130
120
110
100
90
80
70
60
50
Com base no conhecimento e análise dos fenômenos, torna-se possível indicar, com
antecedência, eventuais defeitos ou falhas nas máquinas e equipamentos.
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3. ANÁLISE DE VIBRAÇÕES
3.1 - INTRODUÇÃO
Sempre que a frequência natural de vibração de uma máquina ou estrutura coincide com a
frequência da força externa atuante, ocorre um fenômeno conhecido como ressonância, que leva a
grandes deformações e falhas mecânicas. A literatura é rica de exemplos de falhas em sistemas
causados por vibrações excessivas em virtude de ressonância. Um destes exemplos é o da ponte de
Tacoma Narrows (Fig. 1.1), nos Estados Unidos, inaugurada em julho de 1940, colapsou em 7 de
novembro do mesmo ano quando entrou em ressonância induzida pelo vento.
Em muitos sistemas de engenharia, o ser humano atua como parte integrante do mesmo. A
transmissão de vibração para o ser humano resulta em desconforto e perda de eficiência.
Vibrações de painéis de instrumentos podem produzir mau funcionamento ou dificuldade de leitura
de medidores. Portanto um dos propósitos importantes do estudo de vibração é a redução dos
níveis vibratórios através de projeto e montagem adequados de máquinas.
Nesta interface, o engenheiro mecânico tenta projetar a máquina para que a mesma
apresente níveis vibratórios pequenos enquanto o engenheiro estrutural tenta projetar a base da
máquina de forma a assegurar que o efeito da vibração não se transmita.
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A vibração pode ser utilizada com proveito em várias aplicações industriais, testes de
materiais, processos de usinagem e soldagem. Nas aplicações industriais destacam-se as esteiras
transportadoras, as peneiras, os compactadores, os misturadores, as máquinas de lavar, que
utilizam a vibração em seu princípio de funcionamento.
Na prática, é muito difícil evitar a vibração. Geralmente ela ocorre devido aos efeitos dinâmicos
de fabricação, folgas, contatos, atrito entre peças de uma máquina e ainda, devido a forças
desequilibradas de componentes rotativos e de movimentos alternados. É comum que vibrações
insignificantes para determinados elementos, excitem as frequências de outras peças da estrutura,
provocando defeitos que levam a quebra do equipamento.
Com a evolução da eletrônica, foi possível desenvolver equipamentos para coleta e análise de
dados, visto que a conversão da vibração mecânica para um sinal eletrônico é o melhor caminho para
conseguirmos medi-la. O meio de conversão dos sinais mecânicos para sinais eletrônicos são os
chamados transdutores, o sinal de saída de um transdutor é proporcional o quão rápido (frequência),
quão grande (amplitude) é o movimento oscilatório. A frequência fornece qual é a fonte de vibração
do equipamento e a amplitude qual a severidade, além destes parâmetros temos também o período
que indica os intervalos de tempo em que ocorre a repetição do movimento vibratório, conforme
figura abaixo.
Quando falamos de movimento vibratório temos que identificar as diferenças entre os diversos
tipos. Os movimentos vibratórios podem ser harmônicos, periódicos e/ou randômicos. Todo
movimento harmônico é periódico, porém nem todo movimento periódico é harmônico. O movimento
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randômico acontece quando não podemos predizer a maneira com que a máquina se comporta, sendo
o mais comum de observarmos em casos práticos.
SISTEMA VIBRATÓRIO:
No universo, basicamente todos os corpos e até mesmo partículas estão influenciados por
sistema similar, baseado na massa, mola e amortecedor.
Movimento periódico:
O movimento oscilatório pode repetir-se regularmente, como no pêndulo de um relógio, ou
apresentar irregularidade considerável, como em eventos da natureza (terremotos, por exemplo).
Quando o movimento se repete em intervalos regulares de tempo (T) é denominado movimento
periódico.
Movimento harmônico:
A forma mais simples de movimento periódico é o movimento harmônico: Uma massa suspensa
por uma mola é deslocada de sua posição de equilíbrio, passando a oscilar em torno de um ponto de
equilíbrio. Se representarmos graficamente a variação do deslocamento da massa em função do
tempo, observaremos então um movimento de forma senoidal que chamaremos de movimento
harmônico simples. O movimento registrado pode ser expresso pela equação:
Onde:
T é o período e ƒ a frequência.
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Podemos reescrever a equação do movimento harmônico usando a frequência angular definida
acima:
X= A sen ( ϖ t )
Como foi mostrado na equação acima, a frequência angular é expressa em radiano por segundo,
uma vez em que um período, ou ciclo, a partícula em oscilação percorre uma circunferência completa,
ou 2∏ radianos, e o período expresso em segundos.
Movimento randômico:
Movimento randômico ocorre de uma maneira aleatória e contém todas as frequências em uma
banda especifica de frequência, podendo ser também chamado de ruído. Movimento randômico é
cada movimento não é repetitivo. (Ex:O estourar de pipocas dentro de uma panela).
CICLO:
Movimento de um corpo entre dois extremos em relação a sua posição de equilíbrio
PERÍODO:
É o tempo que o pêndulo leva para oscilar de uma determinada posição máxima à outra e
retornar à posição inicial, ou o tempo de um ciclo completo.
Em máquinas rotativas, período é o tempo que um eixo leva para dar uma volta completa.
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T
Usualmente se exprime
em segundos (s).
1
T=
f
FREQUÊNCIA:
É o número de vezes que o pêndulo executa o percurso completo e retorna ao ponto de partida
dividido por segundo. Isto é, é o número de eventos por segundo.
No caso de máquinas rotativas, a frequência de rotação é a quantidade de giros que o eixo
realiza em um determinado tempo.
Assim a rotação de um equipamento em RPM é uma frequência de rotação e pode ser expressa
em Hz (ciclos / segundo).
HZ = RPM / 60
AMPLITUDE:
É a variável que quantifica o deslocamento efetuado pelo pêndulo em relação a uma referência.
Em analise de vibrações, amplitude é a representação da magnitude das vibrações.
A amplitude de um sinal pode ser representada de diferentes maneiras.
A amplitude de pico - A0-p)
A amplitude de pico-a-pico - Ap-p
A amplitude eficaz - Arms
A0-p Ap-p Arms
Para um sinal senoidal, onde :
X = A0-p.sin (.t
Ap-p = 2.A0-p e
A0-p = 2.Arms
A mais utilizada no cotidiano é a rms
Pico a Pico: O Valor Pico a Pico indica o percurso máximo da onda, e pode ser útil onde o
deslocamento vibratório da parte da máquina é crítico para a tensão máxima ou folga mecânica é
limitante.
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Pico: O Valor de Pico é particularmente válido para indicação de choques de curta duração,
porém indicam somente a ocorrência do pico, não levando em consideração o histórico no tempo da
onda.
RMS: É a medida de nível mais relevante, porque leva em consideração o histórico no tempo da
onda e dá um valor de nível o qual é diretamente relacionado à energia contida, e portanto, à
capacidade destrutiva da vibração.
Matematicamente, no sinal no tempo, RMS (Root – Mean – Square) é calculado pela raiz
quadrada da média do somatório dos quadrados de pontos da curva:
1 T 2
T 0
X RMS X ( t )dt
Relação entre os tipos de medição:
Pico-a-pico = 2 * Pico
Pico = 1.414 * RMS
RMS = 0.707 * Pico
FONTES DE FREQUÊNCIA:
Frequências geradas:
Também chamadas de frequência forçadas, são aquelas causadas pelos os esforços girantes a
máquina, quando em funcionamento. Podemos citar como exemplo o desbalanceamento, a frequência
de engrenamento, a de passagem de palhetas, as frequências geradas por atrito de rolamento, etc.
Essa frequência estará sempre presente nas medições da máquina, porém podem estar em
níveis aceitáveis sem indicar problemas vibratórios;
Frequências excitadas:
Também chamadas de frequências naturais, representam uma propriedade do sistema. Uma
amplificação da vibração, chamada ressonância, ocorre quando a frequência gerada é idêntica à
frequência natural. Em alguns casos a fonte de excitação pode ser removida, antes do fenômeno da
ressonância ocorrer. Ex. Excitação das frequências naturais de um rolamento, devido à quebra de um
filme de óleo. Adicionando lubrificante ou alterando a viscosidade, podemos retornar a frequência
original.
OBS: Deve-se conhecer bastante de máquinas para entender o que está acontecendo com as
mesmas, não se deixando levar por coletas tomadas erroneamente.
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COMPORTAMENTO DINÂMICO DE ESTRUTURAS
Sistema com comportamento linear: é aquele para o qual vale a regra da adição ou
superposição, ou seja, se para uma entrada (excitação), o sistema fornece uma saída (resposta) e, se
para entrada (excitação) o sistema fornece uma saída (resposta), diz-se que o sistema apresenta um
comportamento linear se para uma nova entrada.
VELOCIDADE CRÍTICA
Definida como sendo a velocidade em eixos rotativos onde as deflexões, ocasionadas pelo
desbalanceamento, tornam-se muito severas. A velocidade crítica ocorre quando a frequência ou
velocidade de rotação do eixo Ω se iguala a sua frequência natural ωn, podendo ocasionar danos
graves ao equipamento.
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FASE
Informa-nos sobre a interação cinética entre os esforços atuantes e a reação física da máquina
ou componentes.
Em um ponto de referência da máquina temos a atuação da força num determinado instante “t”
e, para toda AÇÃO existe uma REAÇÃO igual e contrária.
Contudo, em função da IMPEDÂNCIA MECÂNICA dos sistemas, estamos diante de um
amortecimento da força de ação, o que torna a força de REAÇÃO menor do que a de AÇÃO.
A força de AÇÃO é rotacional e, quando ocorrer a REAÇÃO, o ponto forçante não mais estará no
ponto de referência.
Dizemos que estas vibrações estão EM FASE, caso os ciclos se iniciem no mesmo angulo, num
instante “t”.
Como Visto anteriormente, a detecção do sinal pode ser em PICO, RMS OU PICO-A-PICO
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DESLOCAMENTO:
O deslocamento representa a medida da oscilação do movimento vibratório, usualmente é
utilizado o valor pico-a-pico (p-p). Quando um peso oscila com movimento harmônico simples
(vibração senoidal), amplitude total 2A e frequência f (Hz), a função X(t) do deslocamento de
vibração é dada pela expressão:
X(t) = A.Sen(2πft)
VELOCIDADE:
A velocidade é representada pela quantidade de deslocamento na unidade de tempo,
usualmente é utilizado o valor rms. A velocidade de vibração pode ser obtida pela expressão:
V(t) = A.2.π.f.Cos(2πft)
ACELERAÇÃO:
A aceleração é representada pela variação da velocidade em determinado período de tempo,
usualmente é utilizado o valor de RMS. A aceleração pode ser obtida pela expressão:
a(t) = A.(2.π.f)2Sen(2.π.f.t)
Através das equações acima, para uma amplitude de deslocamento constante A, a amplitude da
velocidade será 2πfA e de aceleração (2πf)2A.
Portanto, as amplitudes da velocidade e da aceleração aumentam com o acréscimo da
frequência.
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Por esta razão a medida da aceleração é melhor para frequências altas e o deslocamento é
preferido para baixas frequências.
Aceleração, indicado para detectar choques ou atritos, que geralmente estão relacionados a
defeitos em rolamentos, lubrificação, engrenagens, parafusos de compressores, etc.
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AVALIAÇÕES DE VIBRAÇÕES
As medições realizadas em nível global nos fornecem a energia vibracional total do sinal
coletado. Nos indicam possíveis problemas no equipamento medido, porém são indicadores
quantitativos e não qualitativos. Mesmo indicando níveis de alarme, não nos fornecem a localização
nem o tipo de problema encontrado. São utilizados como “termômetros” para a análise espectral.
Geralmente as normas se referenciam ao nível global, que podem ser avaliadas nos próximos
capítulos.
SINAL NO TEMPO
ESPECTRO - FFT
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3.6 - TRANSFORMAÇÃO TEMPO/FREQUÊNCIA - ESPECTRO
No final do século passado, o barão Jean Baptiste Fourier mostrou que qualquer sinal
ondulatório pode ser descrito como uma combinação de sinais senoidais. Demonstrou ainda que, para
cada sinal, a combinação de sinais senoidais que o descreve é única. Assim, um sinal qualquer pode
ser descrito matematicamente como:
Levando-se em conta essas idéias, e considerando que uma máquina real se comporta como
várias massas vibrando, se torna natural descrever o fenômeno vibratório de um equipamento
indicando os valores das amplitudes máximas Xi relativas a cada uma das frequências de vibração ωi
presentes na composição do sinal vibratório.
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No caso de um sistema mecânico real que tem um sinal vibratório complexo, como, por
exemplo, um sistema motor-redutor, o espectro de vibração é composto por um número muito
grande de sinais senoidais combinados, resultando em um gráfico complexo.
Para a separação das componentes harmônicas, determinar seu espectro de frequências, hoje
temos os recursos fantásticos em modernos coletores dedados, os quais aplicam o algoritmo
matemático de decomposição harmônico chamado FFT (Fast Fourier Transformer).
Sinal no Tempo
Complexo
Espectro
Fácil visualização
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3.7 - A TRANSFORMAÇÃO DE SINAIS PARTICULARES
A modulação em amplitude – AM
O sinal de vibração de maior frequência (onda portadora) tem sua amplitude variando conforme
o sinal de outra vibração de menor frequência (onda moduladora). O exemplo abaixo procura facilitar
a visualização do fenômeno.
Na prática, muitas vezes é difícil distinguir um espectro com FM de um outro com AM. Veja
abaixo comparação entre eles
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3.8 - SENSORES DE VIBRAÇÃO
Sensores de deslocamento:
Sensores de deslocamento são utilizados para medir deslocamento a baixa frequência e
pequenas amplitudes. No passado, os monitores de deslocamento utilizavam sensores de
proximidade, sem contato, tais como Eddy Probes. Atualmente, transdutores de deslocamento
piezelétrico (acelerômetro com dupla integração) têm sido desenvolvidos para superar alguns dos
problemas associados aos transdutores do tipo Eddy Probe. Ele produz uma saída proporcional ao
movimento absoluto da estrutura melhor do que o movimento relativo entre o ponto de proximidade
do sensor e a superfície e o alvo, tal como um eixo.
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Sensores de velocidade:
Sensores de velocidade são usados para medidas de baixa à média frequência. Eles são úteis
para monitoramento de vibração em máquinas rotativas. Quando são comparados aos acelerômetros,
os sensores de velocidade têm sensibilidade menor para vibrações de alta frequência. Desta forma,
eles são menos suscetíveis a sobrecargas do amplificador. As sobrecargas podem comprometer a
fidelidade da amplitude baixa, e sinais de baixa frequência. Os sensores de velocidade tradicionais
utilizam um sistema eletromagnético (bobina e imã) para gerar o sinal proporcional de
velocidade.Agora, os sensores de velocidade tradicional e do moderno sensor piezelétrico de
velocidade são mostrados na figura abaixo.
Acelerômetros:
Acelerômetros são os sensores de movimento preferido para aplicações de monitoramento de
vibração. Eles são úteis para medir de baixa à alta frequência, e são disponíveis numa variedade
ampla de fins gerais e desenhos para aplicações específicas.
Sensores piezelétricos:
Os sensores piezelétricos podem operar normalmente nas mais severas condições, sem
afetar a sua performance. A maioria dos sensores usados em monitoramento de vibração possuem
amplificadores internos.O elemento piezelétrico de um sensor produz um sinal proporcional de
aceleração. Este pequeno sinal de aceleração é amplificado para medições de aceleração e / ou
convertido (integrado proporcionalmente) quando se deseja medir velocidade ou
deslocamento.Material piezelétrico: Os dois materiais piezelétricos básicos usados nos medidores de
vibração são: cristal de quartzo e cerâmica piezelétrica, enquanto ambos são adequados para design
de sensores, a diferença em suas propriedades permite uma maior flexibilidade na sua escolha. Por
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exemplo, o quartzo natural tem sensibilidade menor à carga e exibe um ruído de fundo maior, quando
comparados a materiais piezo cerâmicos. A maioria dos fabricantes de sensores de vibração utiliza
materiais piezo cerâmicos desenvolvidos especialmente para aplicação de sensor.Formulações
especiais otimizaram as características para obter informação confiável em meios de operações
extremas. A sensibilidade excepcionalmente alta desse material piezo cerâmico permite o design do
sensor com resposta de frequência aumentada quando comparas ao quartzo.
Acelerômetros Piezelétricos
Vantagens:
Range (intervalo) muito grande de frequências;
Range grande de amplitudes;
Suporta variações de temperatura;
Disponível para saídas de velocidades e deslocamento;
Design robusto.
Desvantagens:
Não dá resposta DC;
É limitado em temperatura, devido ao amplificador interno;
Sensível a configuração de montagem
Quando selecionamos um sensor para monitoramento, alguns fatores devem ser considerados
até que o melhor sensor seja escolhido para aplicação, o usuário deve-se questionar para se
familiarizar com o sensor.As questões típicas são:
• Qual o nível de vibração?
• Qual o range da medição que interessa?
• Qual a temperatura exigida?
• Existem corrosivos químicos presentes?
• O ambiente corre riscos de explosão?
• Existe transiente acústico e ou eletromagnético intenso?
• Existe descarga eletrostática na área?
• A maquina é aterrada?
Outras questões também deve ser levantadas quanto aos conectores, cabos etc.:
• Qual tamanho de cabo é necessário?
• O cabo deve possuir proteção externa?
• A qual temperatura o cabo ficará exposto?
• É necessário conector a prova d’água?
• Será necessário utilizar outro tipo de instrumentação?
• É necessária uma fonte externa de alimentação?
Montagem de sensores:
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são considerados para montagem ou não de sensores, tais como acessibilidade, proibições,
temperatura, etc. Em geral existem quatro configurações para montagem de sensores de vibrações:
stud (prisioneiro), adesivo, magneto e ponteira.
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3.9 - MEDIDAS DE VIBRAÇÕES
As vibrações de uma máquina rotativa são a imagem das forças internas inerentes a ela. Essas
forças, representativas do comportamento mecânico da máquina, se transmitem do rotor a estrutura
através dos mancais. As vibrações então serão medidas com os níveis dos mancais.
A figura abaixo apresenta as recomendações da Norma ISO 3945 para as posições de medição.
Uma determinada direção de medida pode identificar com melhores condições alguns tipos de
problemas. Na direção radial pode-se monitorar com melhores condições o desbalanceamento e na
direção axial o desalinhamento. Entretanto, a medição nas duas direções radiais (vertical e horizontal)
e na direção axial normalmente é recomendada.
No caso de rolamentos é ideal efetuar a medida na direção radial e na zona de carga do mancal,
caso não seja possível, é admissível a medida fora da zona de carga ou na direção axial. Em todos os
casos é necessário fixar o transdutor de forma rígida e o mais próximo possível do rolamento.
Campo 1:
Caracteres para identificação do número do inventário da máquina / tag.
Campo 2:
Caracteres para identificação do ponto e tipo de medição.
A codificação dos mancais monitorados é formada por três caracteres. Esses possuem todas as
informações dos pontos, como: localização do mancal, tipo de medição e direção. Essa padronização
otimiza a medição, além de facilitar a análise que geralmente é feita fora do local onde se fez a
coleta. Permitindo ao analista a visualização correta dos pontos medidos. Os caracteres são
classificados de acordo com a ordem a qual estão escritos:
1º Caracter:
Identifica o número do mancal medido, que é contado da máquina acionadora para a acionada
(1,2,3,4...). No caso de redutores, ou máquinas complexas, deve seguir o “caminho das forças de
torque”.
2º Caracter:
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H – Horizontal, em relação ao nível do piso;
V – Vertical, em relação ao nível do piso;
A – Axial, em relação ao eixo da máquina.
Quando a máquina for de eixo vertical, a direção H pode ser tomada em relação à alguma
parte da máquina; por exemplo: a posição da caixa de ligação do motor, os pés do motor (se for o
caso), a tubulação...
3º Caracter:
O Nível Global pode ser representado em RMS, Pico-Pico, 0-pico, Kurtosys, HFD, etc.
Aquisições espectrais:
As medições realizadas nos fornecem a assinatura vibracional do equipamento em forma de um
espectro de frequência. Nos permitem localizar, identificar e quantificar o problema de forma a
diagnosticar de forma precisa o tipo e gravidade do mesmo. É a forma mais usual de análise.
CONFIGURAÇÃO ESPECTRAL:
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Linhas de resolução:
A resolução espectral é definida pelo quociente entre o range máximo definido para o sinal
(passa-baixa – passa-alta) e o número de linhas nele contidos. É utilizada para a separação de duas
frequências muito próximas :
Ex. Em um sinal definido como sendo 0 à 1.000Hz com 3.200 linhas, a resolução espectral
será :
Resolução = 1.000Hz / 3.200 linhas = 0,311875Hz/linha
Ex. Em um sinal definido como sendo 0 à 400KHz com 400 linhas, a resolução espectral
será conforme abaixo descrito:
Resolução = 400Hz / 400 linhas = 1Hz/linha
1 Hz
Resolução espectral
0 400Hz
Média:
A maior parte dos sistemas de análise vibratória possuem as funções de média conforme segue
:
Média no domínio do tempo (pré tratamento FFT)
Média no domínio da frequência (pós tratamento FFT)
Média linear
Média exponencial
Média de crista
Objetivo : Melhorar a resposta do sinal quanto ao ruído do sinal aquisitado, ou seja, extrair o
sinal do ruído parasita.
Objetivo : Aumentar a precisão das medições de amplitude por estimativa estatística. A média
frequêncial não aumenta o ruído na resposta do sinal.
Princípio : Média de blocos de amostras frequênciais sucessivas.
Restrições : Reservado a fenomenos em que as componentes não variam ou variam pouco
durante as aquisições (variações de velocidade de uma máquina rotativa por exemplo). A figura
abaixo ilustra uma média de blocos com 5 amostras e 4 médias :
Restrições : Os blocos de amostras temporais devem ser adquiridos com uma referência de
1ª amostra 2ª amostra
3ª amostra
1ª média
2ª média 4ª amostra
3ª média 5ª amostra
4ª média 27 de 42
fase. As aquisições sucessivas devem imperativamente ser trigadas por um gatilho externo
reproduzível (por exemplo um foto-sensor).
Quanto mais o nº de amostras temporais intervindo na média é elevado, mais o nível de ruído
resultante é pequeno.
1 média
8 médias
4 médias
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ESCALAS
A Visualização dos espectros nos computadores ou na tela de coletores de dados podem serem
realizadas com escalas lineares ou logarítmicas, de acordo com preferência do usuário.
A escala Logarítmica, permite visualizar amplitudes de frequência que na escala linear podem
ficar não visíveis, no entanto dificulta destacar as amplitude altas das baixas.
URMS
A
A0 A/2
FFT
A0
F1
JANELAS
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Mas na prática nada nos garante que, quando medimos uma vibração, o período de amostragem
escolhido coincida com um número inteiro de ciclos. Além disso, a vibração real das máquinas é
normalmente composta por variadas contribuições a diferentes freqüências e fases.
A não existência de um número inteiro de ciclos no sinal erroneo no espectro que pode levar a
interpretações equivocadas, e até o aparecimento de falsas componentes de freqüência assim como a
amplitude à freqüência verdadeira surge menor. Este efeito chama-se windowing, ou efeito de janela
ou enjanelamento.
Para evitar este tipo de erro é necessário configurar o tipo de janela.
Uma das janelas mais usadas na medição de vibrações periódicas em Manutenção é a janela
Hanning. O objetivo desta janela é conseguir que as amplitudes do espectro sejam mais próximas
dos seus valores verdadeiros e reduzir o número de componentes falsos do espectro. Se aplicarmos
ao sinal a janela hanning o resultado será o seguinte.
Outras janelas também costumam ser usadas, como é o caso da Kaiser-Bessel, Flat-Top ou da
exponencial.
Sempre que uma máquina exibir vibração excessiva ou um aumento significativo em sua
vibração durante as medições periódicas, o próximo passo é realizar uma análise completa da
vibração de forma a determinar suas causas.O elemento chave de qualquer análise de vibração é
determinar quais frequências estão presentes e suas amplitudes, e separar dentre essas, aquelas que
são indicadoras de problemas. Para fazer isso necessitamos do Analisador de Frequências de
Vibração. Esses instrumentos estão disponíveis em uma grande variedade de formatos, tamanhos e
capacidades. Porém, o escopo desse curso não detalhará cada um desses instrumentos. Entretanto,
todos esses instrumentos têm características comuns mínimas sem as quais nada poderia ser feito. É
muito importante aos técnicos que irão trabalhar nessa área, entender esses conceitos básicos desses
instrumentos, pois muitos problemas de vibração tem sido erroneamente identificados ou perdidos,
simplesmente porque o analista não entende como funciona um analisador de vibração
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PROCESSAMENTO DIGITAL
5 – INTERPRETAÇÃO DE SINAIS
A análise de vibração, como a medicina, não é uma ciência exata. Entretanto, com a informação
fornecida neste capítulo, associada ao bom senso, tornarão vocês aptos a indicar a maioria dos
problemas de máquinas com confiança.
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5.1 - DESBALANCEAMENTO
O estado do desbalanceamento também pode ser afetado por condições de operação, tais como
carga ou temperatura. Por exemplo, máquinas operando em altas temperaturas podem se distorcer
fisicamente e deformar em função da dilatação, resultando em mudanças no balanceamento do rotor.
Grandes ventiladores de tiragem de fornos de rotor soldado devem ser balanceados à temperatura de
operação, de forma a compensar distorções térmicas. Quando balanceados à temperatura ambiente,
podem rodar bem suaves a frio, mas, começam a vibrar violentamente quando em operação normal à
quente.
Complementando, devido a pequenas variações de posição e diâmetro médio nas pás de
grandes ventiladores de rotor montado, podem apresentar variações significativas de balanceamento
com a variação do fluxo. Em outras palavras, uma variação no ajuste das válvulas pode resultar em
uma variação significativa na amplitude de desbalanceamento e características da fase. Esses efeitos
são referenciados como desbalanceamento aerodinâmico e indicam a importância de balancear o rotor
sob as condições normais de operação.
1X rpm do rotor
mm/s
RADIAL
5.2 – DESALINHAMENTOS
Verificações têm demonstrado que nos estágios iniciais da maioria dos Programas de
Manutenção Preditiva, o desalinhamento de máquinas diretamente acopladas é de longe o problema
mais comum que causa a vibração nas máquinas.
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A respeito de mancais auto-compensadores e acoplamentos flexíveis, é difícil alinhar dois eixos
e seus mancais de forma a não existirem forças que irão produzir vibração. Mesmo com as máquinas
bem alinhadas inicialmente, vários fatores podem afetar esse estado, incluindo:
1) Temperatura (máquinas alinhadas a frio ou na oficina, podem apresentar grandes
desalinhamentos quando aquecidas - por fatores de operação ou pelo sol) devido à dilatação térmica
dos metais;
2) Assentamentos de fundação;
3) Deterioração de ancoragens.
1X rpm
RADIAL
3X rpm
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problemas de desalinhamento irão normalmente revelar uma significativa defasagem axial de até
180º. Mas defasagens da ordem de 60º na axial é suficiente para sugerir o desalinhamento;
5) Um desalinhamento paralelo pode não mostrar altas amplitudes axiais, especialmente
em máquinas cujos eixos acoplados são muito curtos.Entretanto, é fato de que o desalinhamento é
um problema fácil de ser reconhecido porque:
• A vibração é distribuída entre a máquina motora e a movida;
• A vibração radial à altamente direcional;
• Vai existir diferença de fase (até 180º) entre motor/movida na radial
5.3 – FOLGAS
A primeira coisa importante para entender a respeito de vibração ocasionada por folgas é que
“Folga não é uma força de excitação”.
De outro modo, a vibração excessiva pode existir por causa de uma folga, mas, a folga não é a
verdadeira causa da vibração. Alguma outra força como um desbalanceamento ou um
desalinhamento estará presente excitando a vibração.
A folga é simplesmente a perda ou redução da rigidez normal da máquina ou sistema, por causa
de parafusos soltos, rachaduras, deterioração da ancoragem, soldas quebradas ou rotores soltos
sobre o eixo. Condições de folgas simplesmente ajudam a qualquer força de excitação que possa
existir na máquina a exibir ou gerar altas amplitudes de vibração que aqueles que existiriam se não
houvesse nenhuma folga.
2X
RADIAL
3X 4X
5X
O termo "folga" é muito genérico porque cobre uma larga faixa de possibilidades.Para os nossos
propósitos, dois tipos gerais de folgas e suas características identificáveis serão discutidas:
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5.4 – RESSONANCIAS
Como já foi mencionado várias vezes, cada objeto, e nisso se inclui cada elemento ou parte de
uma máquina, tem uma "Frequência Natural" ou uma frequência na qual ele "gosta" de vibrar. Tocar
um sino ou tanger a corda de um violão faz com que eles vibrem em sua frequência natural. A
frequência natural de cada objeto é determinada por sua massa e rigidez.Aumentar a massa (ou
peso) de um objeto reduz ou abaixa a sua frequência natural.Aumentar a rigidez do objeto, como por
exemplo aumentar a tração de uma corda do violão, aumenta ou sobe sua frequência natural.O fato
de que cada objeto tem pelo menos uma frequência natural não implica em um problema.
Sempre que o problema de ressonância é uma suspeita, existem várias maneiras simples de
verificar e provar se esse é realmente o problema. Essas verificações incluem:
1) Mude a força de excitação. A amplitude relacionada com uma ressonância depende da
frequência de excitação estar ou não próxima à frequência natural do componente. Por isso,
pequenas variações na frequência da força de excitação produzem enormes variações de amplitude.
Logo, se for possível mudar a rotação de uma máquina, verifique o efeito na amplitude da vibração.
Se ela varia muito, o problema com certeza será uma ressonância;
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3) Executar um teste de impactos no componente suspeito. Esse é o método mais rápido, fácil
e barato de verificar um problema de ressonância.Qualquer objeto que é golpeado certamente irá
vibrar em sua(s) frequência(s) natural(ais). Basta lembrar o princípio de funcionamento do sino, de
um piano, de uma guitarra ou de um violão. É claro que a frequência natural excitada pelo impacto
decai com o tempo devido ao amortecimento. Repetidos impactos, porém, podem sustentar as
frequências naturais por um tempo necessário para se efetuar a análise de FFT, a fim de identificar as
mais significativas frequências naturais.
Para executar um teste de impacto, apenas desligue a máquina a ser analisada, aplique o
sensor no local e direção suspeitas, pegue um martelo de borracha ou de plástico, e mãos a obra.
Martele a estrutura com força suficiente para excitar uma vibração alta o bastante para superar o
ruído de fundo. Pancadas com o peso do martelo (300 a 400 g) serão suficientes para a maioria das
máquinas. Não utilize martelos metálicos porque eles tendem a excitar frequências naturais
localizadas e não as estruturais, além de poderem danificar a máquina. Para melhores resultados, é
recomendado que a máquina seja excitada regularmente a uma taxa de um ou dois impactos por
segundo para sustentar as frequências ressonantes em uma amplitude razoável.
5.5 – ROLAMENTOS
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5.6 – ENGRENAGENS
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6. TABELA RESUMO
Segue abaixo uma tabela resumo das características dos sinais para os defeitos básicos.
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7. LIMITES E NORMAS
Os limites de alarme para análise de vibrações utilizados nas primeiras medições são baseados
na Norma ISO 10816-3, como segue tabela resumida abaixo:
Para falha de rolamentos e outros que geram alta frequência são utilizadas as referências
abaixo:
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Existem internacionalmente outras normas utilizadas, tais como:
Para um controle preditivo confiável, é de suma importância a adequação dos limites de alarme,
assim deixando a referencia da norma, e utilizando os alarmes estatísticos.
Onde:
C1 e C2 são constantes obtidas a partir da curva de distribuição normal dos níveis de vibração do
equipamento. Para uma confiabilidade de 95%, os valores são: C 1 = 2,0 e C2 = 3,0.
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8. PLANO DE TRABALHO
No Diagrama abaixo temos uma metodologia que pode ser adotada para definir a classificação
dos equipamentos e por conseqüências a necessidade ou não de implementar as técnicas.
Técnicas aplicadas:
Para cada configuração de máquina, deverá ser considerada a melhor técnica para o
monitoramento, de acordo com a rotação, cinemática, respostas e outros.
Ex.: Para uma bomba a 3600 rpm, não necessita de espectros co grandes resoluções, pois a
frequência (60 Hz) é alta e suas harmônicas serão fáceis de se distinguir em um espectro com
resolução média.
Rotas de execução:
Após definido o plano, deve elaborar as rotas de coletas de modo a otimizar os tempos.
Periodicidade (cadência):
Deve ser observado a cadencia adequada para cada tipo de máquina, levando em conta a
criticidade, o MTFB, e outros aspectos como paradas e preventivas programadas.
Referências consagradas como EFEI (Universidade federal) e outros órgãos, propõem o
seguinte:
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“A definição da periodicidade ideal para a análise de vibrações deve ter como base o intervalo
entre duas manutenções preventivas. Tomamos esse intervalo e dividimos em 6 ou 8 partes, sendo
esse valor tomado como ponto de partida para a periodicidade das tomadas dos dados. O motivo a se
fazer deste modo é que teremos uma boa quantidade de leituras para traçarmos uma curva de
tendência confiável. Sempre pode-se fazer ajustes na periodicidade das medições de acordo com
peculiaridades do equipamento e da planta industrial.”
Deve se também considerar o MTFB (tempo médio entre falhas), e caso seja menor que o
intervalo ideal (referencia acima), deve realizar ao menos 3 medidas no MTFB.”
E mesmo assim a margem de erro não é 100%, pois se fosse os aviões não cairiam (estima-se
99,73%).
Se possível informe a atual situação do MTFB e dos intervalos de preventiva recomendado pelo
fabricante dos equipamentos para que possamos definir um plano com o melhor custo / benefício.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
EHRICK, F. E., Handbook of Rotor Dynamics, New York: Mc. Graw Hill, 1993.
INMAN, D. J., Engineering Vibration, 3th ed., New Jersey: Pearson Education, Inc., Upper
RAO, S. S., Mechanical Vibrations, 4th ed., New Jersey: Pearson Education, Inc., Upper
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