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INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO TEOSÓFICO

Este texto foi elaborado pensando em você, prezado simpatizante da Teosofia, que
quer conhecer melhor a Sociedade Teosófica. Vamos procurar responder as
seguintes questões:

● O que é Teosofia ?
● O que é a Sociedade Teosófica ?
● Quais são os objetivos da Sociedade Teosófica?
● Questão central: a​ ​Fraternidade Universal
● Quem são os fundadores da Sociedade Teosófica ?
● Quem são os Mahatmas ?
● Por que foi fundada a Sociedade Teosófica ?
● Qual é a história da Sociedade Teosófica ?

​ para a Teosofia, de Helena Petrovna


A fonte utilizada foi principalmente ​A Chave
Blavatsky (H.P.B.), escrita em 1889, após quatorze anos de liderança da autora
junto ao movimento teosófico moderno. Abaixo de cada texto resposta
encontram-se as citações da obra.

Essa fonte é complementada por outras obras e suas citações também estão entre
aspas.
INTRODUÇÃO

"O carma não envolveu suas determinações em


escuridão propositadamente para deixar perplexo o
homem, nem punirá aquele que ousar desvendar seus
mistérios. Ao contrário, aquele que conhecer, através
do estudo e da meditação, e jogar luz sobre seus
intrincados caminhos, em cujas tortuosidades tantos
homens pereceram devido à ignorância dos labirintos
da vida, estará trabalhando pelo bem de seus
A Chave para a Teosofia semelhantes.”​ ​

Serão apresentados aqui alguns conceitos mais amplos, de forma a permitir ao


estudante, em seus primeiros passos na Filosofia Esotérica, uma inserção no
contexto geral.

Importante frisar que não se tem a pretensão de substituir com este resumo o
estudo teosófico – que é uma das atividades essenciais na Sociedade Teosófica,
ao lado da meditação e do altruísmo – mas sim informar você acerca dos temas que
são a causa da existência da S.T..

Helena Blavatsky recomenda que a Teosofia seja apresentada numa gradação


crescente aos simpatizantes pelos temas teosóficos. Esperamos que esse ensaio
desperte sua atenção e que você, por si mesmo, avance para o segundo momento
descrito por Blavatsky, com novas informações que o mantenham intrigado. E
depois, convencido de que a Sociedade Teosófica é um lugar que vale a pena ser
frequentado, e a Teosofia um conjunto de conhecimentos que merece ser estudado.

O QUE É TEOSOFIA?

O termo TEOSOFIA deriva do grego e significa Sabedoria Divina. Esse termo data
do terceiro século da nossa era e foi introduzido por Amônio Saccas e seus
​discípulos.​ “Tão antiga quanto o mundo, em seus ensinamentos e ética”, diz H.P.B..
O adjetivo “divina” não se refere à religião, mas ao Conhecimento da Natureza, que
é divino. Era a Religião-Sabedoria dos tempos antigos.

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O objetivo de Amônio Saccas era ​“inculcar certas grandes verdades morais em seus
discípulos”, e em todos aqueles que ​“amam a verdade”. A ideia era ​“reconciliar
todos os sistemas religiosos, demonstrando sua origem idêntica. Ele ensinava que a
religião da multidão estava lado a lado com a filosofia, desde que se retirasse dela
os vários erros inseridos. A religião, trazida à pureza original, deveria ser explicada
sob princípios filosóficos.“

“... aqueles que imaginaram a Teosofia como uma nova religião procuraram
em vão por seu credo e seu ritual. Seu credo é ‘Lealdade para com a
Verdade’, e seu ritual ‘Honrar cada verdade através dos atos’.”

“A Religião-Sabedoria sempre foi uma só, e sendo a última palavra do


conhecimento humano possível, foi, portanto, cuidadosamente preservada...
(pelos) iniciados de todas as nações...”, diz H.P.B..

"A Sociedade Teosófica não tem nenhuma sabedoria PRÓPRIA para


sustentar ou ensinar. Ela é simplesmente o repositório de todas as verdades
proferidas pelos grandes sábios, iniciados e profetas de todos os tempos
históricos e mesmo pré-históricos; pelo menos tanto quanto pôde conseguir.
Portanto é meramente o canal através do qual maior ou menor porção da
verdade, como encontrada nos ensinamentos acumulados dos grandes
mestres da humanidade, é derramada sobre o mundo."

Se a S.T. não tem sabedoria própria, onde se encontra esse repositório das
verdades antigas? Responde Blavatsky: “... pode ser encontrado... em ​A Doutrina
Secreta. É baseado na mais antiga filosofia do mundo, chamada a
Religião-Sabedoria ou a Doutrina Arcaica.”

A Religião-Sabedoria foi preservada por Iniciados, aqueles que foram admitidos nos
Mistérios. As massas - de compreensão mais limitada - não tinham acesso aos
verdadeiros segredos filosóficos. Jesus, para a multidão, falou através de parábolas,
narrativas figuradas que ensinavam conteúdos morais. Mas a seus discípulos
ensinou conforme se lê em Mateus 13:

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Segundo Blavatsky, não se pode alcançar a “Sabedoria Secreta” apenas por estudo,
e ninguém é capaz de explicar, seja para si mesmo ou para os outros, como o
conhecimento superior ao do reino humano pode ser alcançado por processos
físicos ou químicos.... o infinito não pode ser conhecido pelo finito – ou seja,
percebido pelo eu finito – mas ... a essência divina pode ser comunicada ao Eu
superior espiritual em um estado de êxtase.

Em outras palavras, o “eu finito” (ou a personalidade) pode estudar e meditar.


Assim, um dia o Eu Superior, em estado de êxtase, conhecerá a essência divina ou
“Sabedoria Secreta”.

Na obra ​As Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett, Carta 15, o Mahatma K.H.*
explica que o homem ocidental, tendo em vista as limitações de sua mente, só
poderá ter uma leve percepção da Ciência Oculta pelo ​“estudo do Conhecimento
. Não só estudar, mas também
deve meditar e fazer o bem (altruísmo).

Ou seja, para se ter leve percepção da Ciência Oculta, a equação básica é:

1 - Pela MEDITAÇÃO, nos autorrealizamos​, alçando voo para além da mente e


assim mergulhando na profundidade do Eu - o Espírito ou Ser - que é nossa
verdadeira natureza (Vida Una, Felicidade, Amor).

“Silêncio durante certos períodos de tempo para permitir que a própria


natureza fale a quem se aproxima dela em busca de informação.”​ (Carta 20)

2 - Pelo ESTUDO, alcançamos o conhecimento gradativo da natureza física,


psíquica, mental e espiritual. Tomamos contato com algumas das leis essenciais,
tais como a Lei da Causa e Efeito, Lei da Evolução, Lei dos Ciclos, entre outras,

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3 - Pelo ALTRUÍSMO, “​Cada homem capaz de um impulso altruísta tem o dever de
fazer alguma coisa, mesmo que pouco, pelo bem-estar da humanidade.” O
Mahatma K.H. se refere à compaixão por todos os seres vivos.

* Mais adiante, nesta apostila, está uma explicação sobre quem são os Mahatmas.

Mas os três - estudo, meditação e altruísmo - devem servir ao ​autoconhecimento.


Sem ele, não é possível a transformação pessoal. Não somos somente o corpo
físico, ou emocional, ou ainda o mental, Não somos a personalidade (ou ego).
Esses aspectos são ilusórios e se alimentam da separatividade.

TEOSOFIA É UMA DOUTRINA?

Tanto os Mestres de Sabedoria (Mahatmas, Adeptos ou Arhats), quanto Blavatsky,


se referem a uma ​doutrina ​teosófica e usam o termo ​filosofia como seu sinônimo.
Tanto que a maior obra da Teosofia, escrita por Helena Blavatsky, chama-se ​A
Doutrina Secreta.

Quase todos os teosofistas se acautelam ante a palavra “doutrina”, com os sentidos


alertas para evitar o peso e a armadilha do dogmatismo.

Em ​As Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett, os Mestres utilizam o substantivo


proposição ​como sinônimo de doutrina, deixando entrever a importância de se
entender o conteúdo dos textos, ao invés de aceitá-lo cegamente.

Portanto, se você, simpatizante, quiser usar o termo “doutrina”, fique à vontade.


Mas, tenha em mente os sinônimos: filosofia e proposição.

Outro aspecto é que “doutrina” normalmente está reunida em um livro específico.


Embora tenhamos obras básicas, escritas por Helena Blavatsky e pelos Mahatmas,
o estudante é livre para escolher outras obras. E já falaremos sobre essa liberdade.

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QUAL É A DEFINIÇÃO DE TEOSOFIA?

Vamos continuar utilizando ​A Chave para a Teosofia para responder essa questão.

“Teosofia (não é uma revelação)... de maneira alguma, mas apenas… um


“desvendamento” de verdades muito antigas para mentes que até então
as ignoravam, assim como ignoravam até mesmo a existência e preservação
de qualquer conhecimento arcaico.” (pág. 42)

“...Teosofia, ou ciência dos fundamentos e mistérios de todas as coisas...”


(pág. 26)

“Indivíduos de todas as épocas têm compreendido mais ou menos


claramente as doutrinas teosóficas e as entremeado na estrutura de suas
vidas. Essas doutrinas não pertencem exclusivamente a qualquer religião,
nem estão restritas a qualquer sociedade ou época específica. Elas são
direito inato de toda e qualquer alma humana. “ (pág. 27)

“... aqueles que imaginaram a ​Teosofia como uma nova religião procuraram
em vão por seu credo e seu ritual. Seu credo é “Lealdade para com a
Verdade”, e seu ritual “Honrar cada verdade através dos atos.” (pág. 27)

Em ​A Doutrina Secreta, Volume I, página 304, encontramos esse importante trecho:

“Durante muitos séculos, os ​"Homens Sábios" da Quinta Raça (a atual),


pertencentes ao grupo sobrevivente que escapou do último cataclismo e das
convulsões dos continentes, ​passaram a vida aprendendo​, e não
ensinando.”

Como o faziam? Examinando, submetendo a provas e verificando, em cada um dos


departamentos da Natureza, as tradições antigas, por meio das visões
independentes dos grandes Adeptos, isto é, dos homens que desenvolveram e
aperfeiçoaram, no mais alto grau possível, seus organismos físico, mental, psíquico
e espiritual. O que um Adepto via só era aceito depois de confrontado e comprovado

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com as visões de outros Adeptos, obtidas em condições tais que lhes conferissem
uma evidência independente — e por séculos de experiências.

“Tudo aquilo que não foi corroborado pela experiência UNÂNIME e coletiva
foi rejeitado, e somente foi registrado e estabelecido como verdade aquilo
que, em várias épocas, sob diferentes climas e através de uma incontável
série de observações incessantes, foi reconhecido como concordante e pôde
receber confirmações posteriores constantes.” Assim, “os métodos utilizados
por nossos estudiosos e discípulos das ciências psicoespirituais não diferem
dos métodos dos estudantes das ciências naturais e físicas.” (A Chave para a
Teosofia, pág.84)

Dessa sequência de passagens podemos destacar a importância de se investigar.


Os verbos usados foram examinar, submeter a provas, verificar, confrontar,
comprovar. Utilizando esses verbos, na página 46, H.P.B. apresenta uma fórmula
metodológica, quando diz que se deve demonstrar sobre bases lógicas:
“...demonstrando sobre bases lógicas, filosóficas, metafísicas e mesmo científicas...”

A verdade não é para ser evitada, mas compreendida, examinada, verificada,


confrontada e, finalmente, comprovada. Sem a investigação, corre-se o risco de ver
esse conjunto de proposições transformado em um amontoado de conceitos cada
vez menos compreendidos pela falta de confrontação com a lógica e com a
realidade. O resultado final seria sua transformação em dogmas.

Daí a ênfase ​na ​liberdade de pensamento​. Sem liberdade não é possível


examinar, confrontar, verificar a coerência entre os diversos pontos da “filosofia dos
Arhats”. E sem investigar não é possível demonstrar.

Mas a liberdade de pensamento - que significa, em essência, a liberdade de pensar


e expressar o pensamento - não é um fim em si mesma, e sim um princípio, sem o
qual não é possível investigar. Como o homem foi distinguido com o livre-arbítrio,
base de sua capacidade de fazer escolhas e, portanto, de evoluir, é possível fazer
uma correlação da liberdade de pensamento, base da ação investigativa, com o
livre-arbítrio. Afinal, como escolher livremente sem que possamos, livremente,
investigar e, portanto, escolher e evoluir?

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Fica mais clara essa disposição da Sociedade Teosófica nesse trecho de ​A Chave
da Teosofia, na página 32:

“Todo membro leigo tem direito a receber instrução geral, desde que o
deseje; mas poucos estão dispostos a tornarem-se o que chamamos de
“membros trabalhadores”, e a maioria prefere permanecer como “zangões”
da Teosofia. Que fique bem entendido que a pesquisa particular é
incentivada na Sociedade Teosófica, contanto que ela não ultrapasse o limite
que separa o exotérico do esotérico, a magia cega da magia consciente.”

Muitos autores apareceram nos anos seguintes à morte de H.P.B., que ocorreu em
1891. E muitos temas considerados importantes sob a luz da Teosofia foram
publicados. Deixamos claro que cada aspirante à Teosofia tem total liberdade para
navegar sobre essa literatura. Se o teosofista encontrar incoerências ou distorções
na comparação com as obras mencionadas por Blavatsky, faz parte de sua
liberdade de pensamento tirar suas próprias conclusões e fazer suas opções.

Afinal, como diz H.P.B., na página 31,

“Uma árvore se conhece por seus frutos, um sistema por seus resultados....
Os teósofos preferem guiar-se pela comprovada lei natural das Ciências
Sagradas.” .

Chegar às Ciências Sagradas passa pelo discernimento do que é incidental e do


que é essencial. Ou, nas palavras da própria Blavatsky, na pág. 27,

“... a doutrina essencial tem sido a mesma, e tudo o mais incidental, apesar
disso não evitar o fato de que muitas pessoas são atraídas pelo incidental,
passando por alto ou mesmo ignorando o essencial.”

Discernir é tarefa individual. Ninguém deve dizer ao outro, muito menos impor, o que
entende por essencial.

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O QUE É A SOCIEDADE TEOSÓFICA?

Ainda em A Chave para a Teosofia, na página 25, Blavatsky cita um teosofista de


sua época que, segundo ela, deu a melhor definição de Sociedade Teosófica:

“Nenhum teósofo vivo expressou e compreendeu melhor a verdadeira


essência da Teosofia do que o nosso nobre amigo Dr. Buck, que disse: ​A
Sociedade Teosófica foi organizada com o propósito de promulgar as
doutrinas teosóficas e para promover a vida teosófica.” ​(grifo nosso)

Os objetivos da Sociedade Teosófica são vários, mas

“... os mais importantes de todos são aqueles que tenham a possibilidade de


levar alívio ao sofrimento humano em toda e qualquer forma, tanto moral
quanto física. E acreditamos ser a primeira muito mais importante do que a
segunda. A Teosofia tem de inculcar ética; tem de purificar a alma se
pretende aliviar o corpo físico, cujos males, salvo casos de acidente, são
todos hereditários..... a verdadeira meta é ajudar a humanidade sofredora.”
(pág. 32)

A S.T. funciona com uma base que são suas Lojas Teosóficas. Cada loja escolhe os
temas de seu estudo e pode funcionar concomitantemente com outras lojas na
mesma cidade. São necessárias sete pessoas para constituir uma loja. Três
pessoas constituem um GET – Grupo de Estudos Teosóficos. Em lugares onde não
existam no mínimo três interessados para constituir um GET, é possível filiar-se à
S.T. como um membro livre.

Também é possível frequentar uma loja sem ser membro da S.T.. Algumas lojas,
entretanto, têm reuniões específicas para o simpatizante​.

QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA?

Os objetivos da S.T. são três, conforme descrição da própria H.P.B., na página 45,
de ​A Chave para a Teosofia:

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1 – Formar o núcleo de uma Fraternidade Universal da
Humanidade sem distinção de raça, cor, sexo ou credo.

2 – Promover o estudo de escrituras arianas e outras, das


religiões e ciências do mundo, e reivindicar a importância da
literatura asiática antiga, a saber, das filosofias bramânica,
buddhista e zoroastriana.

3 – Investigar os mistérios ocultos da natureza sob todos os


aspectos possíveis, e os poderes psíquicos e espirituais
latentes, especialmente no homem.

Esses três objetivos sofreram alterações posteriores, constando atualmente a


seguinte redação:

1 – Formar um núcleo da Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de


raça, casta, cor, sexo ou credo.
2 – Encorajar o estudo da Religião Comparada, Filosofia e Ciência.
3 – Investigar as leis não explicadas da Natureza e os poderes latentes no homem.

QUESTÃO CENTRAL: A FRATERNIDADE UNIVERSAL

O primeiro objetivo da S.T. - abordando a Fraternidade Universal - é considerado o


mais importante de todos.

A palavra fraternidade vem do latim ​frater, que significa “irmão” e nos remete ao
entendimento de que todos os seres humanos devem ser considerados iguais e
com os mesmos direitos. Para isso, é necessário respeito pela dignidade de todos.

A revolução francesa ligou fraternidade ao conceito de liberdade e igualdade. Como


conceito filosófico, não há como separar essas ideias. A vida consciente em
sociedade implica necessariamente uma “forma de relacionamento”. Essa,
proclamada pela revolução francesa e pela Declaração Universal dos Direitos do
Homem[1], estabelece que todos são iguais e, se cada um manifestar esse direito à

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igualdade, essa manifestação decorre da liberdade. Esse respeito à igualdade e à
liberdade é a base da fraternidade.

Fraternidade tem significado diferente de caridade e de solidariedade. A fraternidade


expressa a dignidade entre os homens, os quais, apesar de suas diferenças de
credo, cor, sexo e religião, são considerados iguais em direitos (sociais, políticos e
individuais).

Com isso em mente, vamos à página 27, onde H.P.B. escreve:

“Quão pouco esse princípio da Fraternidade Universal é compreendido pelas


massas da espécie humana, e quão raramente sua importância
transcendente é reconhecida, pode ser constatado pela diversidade de
opiniões e interpretações fictícias referentes à Sociedade Teosófica. Esta
Sociedade foi organizada com base neste único princípio, a Fraternidade
Essencial da Humanidade...”

Já o Mestre K.H., em ​As Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett, Volume I, Carta
10, página 71, dá o seguinte conceito de Fraternidade Universal:

“Fraternidade Universal … (é uma) associação de afinidades de forças e


polaridades fortemente magnéticas, embora diferentes, centradas em torno
de uma ideia dominante. O que um não consegue fazer, muitos juntos
podem alcançar.”

Se todos se consideram iguais e livres, a união e força entre si resulta em uma


‘afinidade de forças’ que, centradas em torno de uma ideia dominante, permitirá que
se alcancem objetivos até então impossíveis para um só. H.P.B. complementa essa
ideia na página 29, em ​A Chave para a Teosofia:

“União é força e harmonia, e esforços simultâneos bem regulados produzem


maravilhas. Esse tem sido o segredo de todas as associações e comunidades
desde que a humanidade existe.”

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A fraternidade tem dois grandes inimigos: o individualismo e o egoísmo humanos.
Imbuído de egoísmo e de individualismo, o homem se distancia daquilo que H.P.B.
chamou de “uma das verdades eternas”: a fraternidade. Em suas palavras, na
página 50:

“O princípio da fraternidade da humanidade é uma das verdades eternas


que governam o progresso do mundo por caminhos que distinguem a
natureza humana da natureza bruta.”

“A expressão Fraternidade Universal’ não é vazia de significado.... É a única


base segura para uma moralidade universal…” As Cartas dos Mahatmas para
A.P. Sinnett, vol. 1, pág. 60, carta 5

Portanto, como primeiro princípio e o mais importante, é necessário enfatizar que o


egoísmo e o individualismo devam ser superados, para que a fraternidade reine. Só
assim é possível praticar a Teosofia como organização social.

A esta altura pode ser oportuno acrescentar que, na perspectiva do Budismo, a


questão que estamos analisando se amplia para um olhar ainda mais profundo, ao
propor uma Fraternidade Universal que abrange não somente a humanidade, mas
todos os seres vivos. Incluindo, desse modo, o reino animal e outras formas de vida,
o conceito de Fraternidade assume de fato uma perspectiva ​universal e leva,
automaticamente, também ao sentido último da palavra Compaixão, que é uma
característica essencial do Cristo, dos Budas, dos Mestres de Sabedoria.

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FUNDADORES DA SOCIEDADE TEOSÓFICA

- Helena Petrovna Blavatsky

Helena Petrovna Blavatsky, ou simplesmente H.P.B., nascida Helena Petrovna


Hahn à meia-noite de 30 para 31 de julho de 1831 (12 de agosto pelo calendário
russo da época), em Ekaterisnoslav, hoje Ucrânia. O pai era militar e a mãe foi uma
renomada romancista que morreu ainda jovem. Sua avó, uma princesa,
supervisionou sua educação.

Desde a infância era dotada de poderes psíquicos. Sua vida, desde cedo, foi repleta
de viagens. Antes mesmo de completar 20 anos, estava em Londres, quando
esbarrou com seu mestre, que ela sempre via em sonhos: Mahatma Morya. Não foi
um encontro fortuito, como se depreende de relato da Carta 22:

“...após um século de buscas infrutíferas, nossos chefes tiveram


de aproveitar a única oportunidade de enviar um corpo
europeu ao solo europeu, a fim de servir de laço de união entre
aquela terra e a nossa.”

Nessa ocasião, conforme Sylvia Cranston, ​biógrafa de H.P.B., o Mahatma Morya lhe
perguntou se aceitava uma missão, a de deixar para nós o legado da Teosofia,
através da Sociedade Teosófica, convite que ela não recusou.

Afinal, H.P.B. atendia ​a​os requisitos de que os Mahatmas necessitavam para


cumprir a orientação de “esclarecer o mundo”, deixada por Tsong-Kha-Pa,
reformador do Budismo, no século XIV. Ela possuía poderes psíquicos
desenvolvidos e apresentava credenciais morais. Essa combinação permitiu aos
Mahatmas dar continuidade ao plano de fundar a Sociedade Teosófica.

Blavatsky encontrou o Cel. Henry S. Olcott em 1874, fundando com ele a S.T., em
1875. Nesse ínterim de 24 anos - de 1849 a 1874 - H.P.B. foi capacitada pelos
Mestres, no Tibete e em viagens por todos os continentes. É o que se pode deduzir
de episódios descritos pelos próprios Mestres, em ​As Cartas dos Mahatmas para A.
P. Sinnett. O Mahatma K.H., na Carta 22, confirma o treinamento no Tibete, no

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mesmo trecho em que explica o papel de Blavastky em relação à sua missão - servir
de conexão ou fio de transmissão:

“Bem, homem ou mulher algum, a não ser que seja um iniciado


do “quinto círculo”, pode deixar os limites de Bod-Lhas
(governantes divinos) e retornar ao mundo em seu todo
integral – se é possível usar essa expressão. Um de seus
satélites, pelo menos, deve ficar para trás, por duas razões: a
primeira, para formar o laço de conexão necessário, o fio de
transmissão; a segunda, como a mais completa garantia de que
certas coisas jamais serão divulgadas.”

O fato de ser um “fio de conexão” é de tal importância que se ela viesse a morrer, os
Mestres não mais poderiam se comunicar como vinham fazendo. É o que diz o
Mestre K.H., na Carta 15:

“Se ela viesse a morrer hoje – e ela está realmente doente –


você não receberia mais do que duas, no máximo três cartas de
mim (através de Damodar ou Olcott, ou através de
intermediários de emergência já estabelecidos) e então, aquele
reservatório de força estando exaurido, a nossa despedida será
FINAL.”

O encontro com Olcott, que daria suporte administrativo ​à S.T.​, ​como organização,
não foi por acaso. É o que consta na Carta 45:

“NÓS a enviamos para a América; fizemos com que se


encontrassem – e o experimento começou. Desde o início foi
dado a entender, tanto a ele quanto a ela, claramente, que a
questão dependia inteiramente deles mesmos. Ambos se
ofereceram para a tentativa… soldados voluntários para uma
Causa Desesperada. Seu êxito não correspondeu às
expectativas de seus inspiradores originais, embora tenha sido
extraordinário em certos aspectos.”

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- Henry Steel Olcott

Nasceu em 1832, no leste dos Estados Unidos, em uma família protestante.

Passou a infância na fazenda do pai e ali estão suas raízes para a vocação em
agricultura. Criou uma fazenda-modelo de Agricultura Científica e foi um dos
fundadores da primeira Escola Científica de Agricultura dos EUA.

Casou-se em 1860 e, no ano seguinte, quando começou a Guerra Civil nos EUA,
alistou-se no exército dos estados do Norte, contrários à escravidão, onde mostrou
grande bravura.

Nessa época, foi incumbido de fazer um inquérito sobre fraudes no Órgão de


Alistamento, evento que conduziu corajosamente durante 4 anos, imune às
ameaças e tentativas de suborno. Por isso, recebeu elogios e foi promovido a
Coronel, ocupando outros altos cargos no Exército e na Marinha.

Em 1868 saiu do Exército e se tornou advogado, profissão que lhe garantiu bons
dividendos, com os quais, mais tarde, ajudaria a Sociedade Teosófica.

Interessado no Espiritismo, principalmente pelos fenômenos espíritas, em 1874 –


ano em que sua esposa se separou dele – Olcott foi ​à Fazenda dos irmãos Eddy,
onde se dizia que ocorriam tais fenômenos. Foi lá que encontrou Helena Petrovna
Blavatsky pela primeira vez.

Na Carta 45 há um relato do Mahatma Morya sobre o encontro dos dois: Olcott e


H.P.B.. ​

Os dois, juntamente com outras 15 pessoas, fundaram a Sociedade Teosófica em


17/11/1875, em Nova York. Olcott foi eleito presidente – e ficou na presidência até
sua morte em 1907. Ainda na Carta 45, o Mestre Morya fala sobre ​Olcott e sua
natural liderança:

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No final de 1878, o coronel viajou com H.P.B. para a Índia (via Londres). Devido aos
serviços prestados ao seu país, Olcott recebeu do Presidente dos EUA uma carta
de recomendação a ser apresentada a embaixadas e consulados americanos na
Ásia. Do Ministério das Relações Exteriores recebeu um passaporte especial, e
também a missão de fazer relatórios sobre a viabilidade de ampliar as relações
comerciais naquele continente.

Em Bombaim (hoje Mumbai), H.P.B. e Olcott estabeleceram o “Quartel General” da


S.T.. Olcott deu palestras sobre Teosofia em várias cidades e organizou a primeira
Feira Swadeshi, onde se vendiam somente produtos indianos (sendo que os
colonizadores britânicos permitiam a venda apenas de produtos comercializados por
eles).

Em 1880, Olcott foi ao Sri Lanka (na época: Ceilão), onde se lançou na defesa e no
revigoramento do budismo. Ele viajava em carro de boi, visitando centenas de
vilarejos e sendo ouvido por milhares de pessoas. Escreveu o livro ​Catecismo
Budista, publicado em 1881 em cingalês e inglês. O livro teve um enorme sucesso,
editado várias vezes e traduzido para cerca de 20 línguas. Olcott conseguiu a
liberdade religiosa para os budistas e a instituição do festival budista de Wesak
como feriado nacional, e promoveu a união de vários ramos budistas; por exemplo,
fez representantes do Budismo do Norte e do Sul assinarem em conjunto as
“Quatorze Proposições do Budismo”, escritas por ele mesmo.

Em 1882, H.P.B. e Olcott compraram uma grande área em Adyar, perto de Madras
(hoje Chennai), no sudeste da Índia, e transferiram a sede mundial da S.T. para lá.
No mesmo ano, Olcott descobriu que tinha o poder de “cura natural” (através do
mesmerismo ou “magnetismo animal”). Começou a viajar pelo Ceilão e pela Índia
curando milhares de pessoas. No ano seguinte, os Mestres solicitaram que ele
parasse essa atividade e se dedicasse a administrar a S.T. e a difundir a Teosofia.
A partir de 1883, Olcott incentivou a criação de escolas “religiosas”, de associações
e bibliotecas para jovens hindus, e também criou escolas para os párias.

Entre os anos de 1885 e 1887, publicou os livros ​Theosophy, Religion, and Occult
Science [Teosofia, Religião e Ciência Oculta], ​The Hindu Dwaita Catechism [O

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Catecismo Hindu Dvaita] e The Golden Rules of Buddhism [As Regras de Ouro do
Budismo].

Em 1886, criou a importante Biblioteca de Adyar, na qual estão reunidos inúmeros


escritos sobre Teosofia e as grandes religiões, inclusive documentos raros.

Em 1892, começou a escrever seu diário “Folhas de um Velho Diário” (​Old Diary
Leaves), muito importante para se conhecer a história da S.T. até 1898.

Divulgou a S.T. e fundou lojas teosóficas, trabalhando também em prol do budismo.


Com esse propósito, fez inúmeras viagens pela Índia e por outros países asiáticos.
Como Presidente da S.T. viajou ainda para outros continentes, principalmente a
Europa.

H.P.B. disse que Olcott foi colocado “na liderança executiva de um dos mais difíceis
movimentos na história do pensamento humano”, a Sociedade Teosófica. O
Mahatma K.H. afirmou na Carta 5:

QUEM SÃO OS MAHATMAS?

Segundo H.P.B., em artigo publicado na revista ​The Theosophist, em julho de 1884,


Mahatma (ou Mestre de Sabedoria ou Arhat ou Adepto)

“é um personagem que, por meio de educação e treinamento especiais,


desenvolveu suas faculdades superiores e atingiu aquele conhecimento
espiritual que a humanidade comum adquirirá depois de passar por séries
inumeráveis de encarnações durante o processo de evolução cósmica, desde
que, naturalmente, neste meio tempo, ela não vá contra os propósitos da
Natureza...”

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Na Carta 2, ​em ​As Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett, o próprio Mahatma
Koot Hoomi [K.H.] descreve quem é o Adepto.

“O Adepto é a rara eflorescência de uma geração de buscadores; e para


converter-se num deles é preciso obedecer ao impulso interno da alma sem
levar em conta as cautelosas considerações da ciência ou da inteligência
mundanas.”

São homens vivos, mortais, e não espíritos em contato com humanos. O corpo que
usam dura muitíssimo mais do que o ser humano comum, pois eles seguem
rigorosamente a lei da natureza e não desperdiçam suas forças vitais. Quando
precisam “trocar” de corpo, conservam a autoconsciência, diferentemente do
homem comum, para quem a morte é esquecimento.

Nesse trecho da Carta 17, ​em ​As Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett, o Mestre
K.H. explica como um adepto adquire conhecimento:

"Acredite, há um momento na vida de um adepto em que todas as


adversidades pelas quais passou são recompensadas mil vezes. Para
adquirir conhecimento adicional, ele já não tem que recorrer a processos
minuciosos e lentos de investigação e comparação de várias questões, mas
alcança uma visão instantânea e implícita de cada verdade básica. ... O
adepto vê, sente e vive na própria fonte de todas as verdades
fundamentais..."

Ainda segundo Blavatsky,

“Eles são membros de uma Fraternidade oculta [mas] de nenhuma escola


indiana em particular. Esta Fraternidade não se originou no Tibete, mas a
maioria dos seus membros e alguns dos mais elevados entre eles estão e
vivem constantemente no Tibete.”

17
A.P. Sinnett trocou correspondências com os Mahatmas, que foram compiladas na
obra ​As Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett. Como descreve Sinnett, na pág.
98 de seu livro ​O Mundo Oculto, essa troca das correspondências começou assim:

"Um dia perguntei à Sra. Blavatsky se ela poderia entregar uma carta a um
dos Irmãos, caso eu resolvesse escrever uma, explicando meus pontos de
vista. ...como ela disse que tentaria, escrevi uma carta, endereçando-a "ao
Irmão Desconhecido", e a entreguei a ela para ver se haveria algum
retorno."

Mas por que os Mestres aceitaram corresponder-se com dois leigos como Sinnett e
seu amigo Hume? O próprio Mestre K.H. explica, na Carta 68, que:

"De todos os nossos semichelas [aprendizes] vocês dois são os que mais
provavelmente usarão para o bem geral os fatos que lhes foram
transmitidos. Vocês devem vê-los como algo que lhes foi dado em confiança
para o benefício de toda a sociedade; para ser passado adiante, e
empregado e reempregado de muitas maneiras e de todas as maneiras que
forem boas."

Em julho de 1875, poucos meses antes da fundação da Sociedade Teosófica em


Nova Iorque, Blavatsky explica em seu diário, citado na obra ​Collected Writings, vol.
1, pág. 124, que o estabelecimento da S.T. foi o resultado da vontade dos
Mahatmas:

“M. deu ordens para formar a Sociedade...“; “Ordens recebidas da Índia


mandam estabelecer uma Sociedade filosófico-religiosa e escolher um nome
para ela, e também escolher Olcott.”

18
POR QUE A SOCIEDADE TEOSÓFICA FOI FUNDADA?

Como veremos na cronologia logo abaixo, em 1380 o reformador do Budismo,


Tsong-Kha-Pa, que viveu entre 1357 e 1419, ordenou que os Arhats (ou Mahatmas)
fizessem um esforço periódico, a cada século, para ESCLARECER O MUNDO.

E o que seria esclarecer o mundo? Por que o mundo precisava ou precisa ser
esclarecido?

Não precisamos olhar muito longe na história para termos uma visão de guerras e
dominação, desinformação e superstições.

As diversas religiões que continham parcelas suficientes de verdade e


esclarecimento foram vagarosamente sendo mutiladas, como resultado da violência
e da subjugação. Exceto, talvez parcialmente, nas religiões orientais.

Por isso, era e é preciso esse esforço periódico dos Arhats para esclarecer o
mundo. Registre-se que, até aparecer H.P.B., os Arhats fracassaram em todos os
séculos precede. Daí a necessidade de se fundar a SociedadeTeosófica.

UM POUCO DA HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA SOCIEDADE TEOSÓFICA

- Cronologia

• ​1380​: “Entre os mandamentos de Tsong-Kha-Pa (​1357​—​1419​) (reformador do


Budismo, no séc. XIV) há um que ordena os Arhats a fazerem, de século em século,
em determinado período do ciclo, um esforço para esclarecer o mundo... Até hoje
nenhuma dessas tentativas foi coroada de bom êxito.” (​“A Doutrina Secreta”, H.P.B.,
vol. 6, pág. 58)
• ​1740​: Os Mahatmas iniciam buscas por um ocidental que pudesse participar do
projeto. “Após quase um século de buscas infrutíferas, nossos chefes tiveram de
aproveitar a única oportunidade de enviar um ​corpo europeu ao solo europeu”...
(​“Cartas dos Mahatmas para A.P.Sinnett”, Carta 22, vol. 1, pág 144)
• ​1831​: Em 12 de agosto, ​nasce Helena Petrovna von Hahn (nome de solteira de
Helena Petrovna Blavatsky – H.P.B.) na Ucrânia, Rússia.

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• ​1851​: Em 12 de agosto de 1851, no dia de seu aniversário de 20 anos, H.P.B.
encontra o seu Mestre, Morya, em Londres, no Hyde Park​, sendo convidada por ele
para participar do futuro projeto da Sociedade Teosófica. “​"Eu o vi duas vezes",
escreveu ela, anos depois, para Sinnett. ​"Numa delas, Ele saiu da multidão e
mandou que o encontrasse no Hyde Park." “...o seu Mestre contou-lhe que tinha
vindo a Londres com os príncipes indianos numa missão importante, e estava
desejoso de conhecê-la pessoalmente, pois queria a sua cooperação num trabalho
que Ele estava prestes a começar...”
• ​1851 a 1873​: Viagens de capacitação e iniciação de H.P.B. pelo mundo. (Ver filme
“Mapa Viajes H.P.B.”, 1”20’ a 9”25). “Primeiro périplo: Canadá, Estados Unidos da
América, México, Honduras, Peru, Bolívia, Chile e Índia. Segundo périplo: Inglaterra,
Estados Unidos da América, Japão e Índia. Terceiro périplo: França, Alemanha,
Rússia, Espanha, Grécia, Egito, Itália e Tibete. Quarto périplo: Canal de Suez,
Chipre, Grécia, Egito, Síria, Palestina, Constantinopla, Rússia, Romênia e França."
• ​1868 a 1870​: H.P.B. passa 3 anos, 3 meses e 3 dias sendo capacitada e iniciada no
Tibete, com os Mestres Morya e Koot Hoomi.
• ​1873​: Em 7 de julho de 1873, H.P.B. desembarca em Nova Iorque (EUA), por ordem
do Mestre Morya.
• ​1874​: Em 14 de outubro de 1874, H.P.B. conhece o Cel. Henry Steel Olcott, na
fazenda dos irmãos Eddy, em Vermont (EUA).
• ​1875: Em julho de 1875, “Ordens recebidas da Índia mandam estabelecer uma
sociedade filosófico-religiosa, e escolher um nome para ela – e também escolher
Olcott.” - H.P.B.
• ​1875: Em 17 de novembro de 1875, Olcott faz o discurso inaugural de fundação da
Sociedade Teosófica, em Nova Iorque (EUA).
• ​1877​: No outono, é publicada a primeira grande obra de H.P.B., “​ Ísis sem Véu”.
• ​1880 a 1885​: Os Mahatmas Koot Humi (K.H.) e Morya (M.) trocam 145
correspondências com um teosofista britânico, A.P.Sinnett. Algumas cartas são
destinadas a outro teosofista, A.O.Hume. As correspondências foram compiladas
posteriormente no livro ​“Cartas dos Mahatmas para A.P.Sinnett”.
• ​1882​: Em 19 de dezembro, a sede da Sociedade Teosófica é transferida de Nova
Iorque (EUA) para Adyar, Madras (Chennai), na Índia.
• ​1888:​ Publicação da obra magna de H.P.B., “​ A Doutrina Secreta”.
• ​1890​: Em julho, é estabelecida a sede europeia da Sociedade Teosófica em
Londres, Inglaterra.
• ​1891​: Em 8 de maio, morre Helena Blavatsky em Londres, Inglaterra.

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• ​1900:​ Annie Besant recebe a última carta do Mahatma K.H., nove anos após a
morte de H.P.B.. Ela seria presidente da Sociedade Teosófica entre 1907 e 1933,
após a morte de Olcott.
_______________________________

Abaixo, alguns textos inspiradores:

"Não há nada mais valioso para um indivíduo do que possuir um ideal elevado ao qual ele
aspire continuamente, modelando por ele seus pensamentos e sentimentos, e construindo,
assim, da melhor forma que possa, a sua vida." Helena Petrovna Blavatsky

“A iluminação não é um lugar fixo. Não existe lugar fixo. Tudo o que precisamos é
compreender o caos, a desordem em que vivemos. Ao compreendermos isso, a ordem se
estabelece naturalmente, e com ela vem a clareza e a certeza. Quando a mente conseguir
enxergar com clareza, a porta se abrirá. O que acontecerá depois é indescritível.”
Krishnamurti.

“Há coisas maiores do que essas, coisas reais e duradouras; quando as tiveres visto uma
vez, não mais desejarás as outras”. Aos Pés do Mestre - Krishnamurti.

"Como distinguireis o real do irreal, o verdadeiro do falso? Só pelo autodesenvolvimento.


Como alcançá-lo? Em primeiro lugar precavendo-vos contra as causas de autodecepção.
Isso podereis fazer consagrando certa hora ou horas fixas, de cada dia, completamente
isolado, à autocontemplação, a escrever, a ler, à purificação de vossas motivações, ao
estudo e à correção de vossas falhas, ao planejamento do vosso trabalho na vida externa
(...). Pouco a pouco vossa visão clareará e vereis dissiparem-se os nevoeiros,
fortificarem-se vossas faculdades interiores, ganhar força a vossa atração em direção a nós
e a certeza tomar o lugar das dúvidas." [K. H.] "Um Irmão Mais Velho". Helena Petrovna
Blavatsky, A Doutrina Teosófica.

"Nenhum Ego difere de outro Ego, tanto em sua essência primordial ou original como em
sua natureza. O que faz de um mortal um grande homem e de outro um indivíduo vulgar e
imbecil é a qualidade e constituição de sua concha ou invólucro físico e a adequação ou
inadequação de seu cérebro e corpo para transmitir e dar expressão à luz do homem
interno, real; e esta aptidão ou inaptidão é, por sua vez, o resultado do Karma." HPB,
novembro de 1889

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“Você tem que se tornar mais interessado no fundo silencioso do que naquilo que está em
primeiro plano, os fenômenos: pensamentos, emoções, sons, cheiros, etc. A maioria das
pessoas estão focadas no primeiro plano e no que os seus cinco sentidos lhes trazem, mas
o Ser é descoberto no fundo. O Ser é a fonte de onde os fenômenos nascem e o solo em
que essa demonstração de fenômenos está acontecendo, dos sentimentos e experiências
mais sutis á matéria mais grosseira. Quando você descansa neste fundo, você pode
saborear o seu Ser. Você apenas dá-se a ele.” – Adyashanti

[1]​ ​“....todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e
de consciência e devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.” (Declaração
Universal dos Direitos do Homem)

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