(RE)INVENÇÃO DE UMA TRADIÇÃO EM FLUXOS DANÇANTES POR MULHERES NO CARIRI – CE (1979- 2012)
Camila Mota Farias
Camila Mota Farias Graduada em História pela UECE (2013). Título da monografia, O COCO VEM DE DENTRO DA GENTE?: Ressignificações culturais da dança do Coco em Balbino - CE (1997-2012). Mestrado em História pela UECE. Cujo o título é "O Coco tá no sangue": A (re)invenção de uma tradição em fluxos dançantes por mulheres no Cariri - CE (1979-2012). Doutorado em Sociologia, em andamento na UECE. Quanto a origem do Coco
Não se tem um dado certo;
Tem referências afro-indígenas e portuguesa;
Pode ter surgido no Quilombo dos Palmares no
ato de quebrar o Coco cantavam. Coco no Nordeste e Ceará
É possível encontrar o Coco em todos os
Estados da região Nordeste;
No Ceará, é facilmente encontrado no litoral e
sertão;
No litoral a presença masculina é
predominante, no sertão a presença feminina é maior, podendo até ser majoritária. A brincadeira do Coco
Antes era dançado para tapar o chão das casas
de taipa, na plantação de arroz e na farinhada, neste momento só existia homens solistas;
As mulheres do Cariri se apropriaram do Coco em
ambientes diferentes estabelecendo modificações nos seus fazeres;
Atualmente realizam apresentações culturais.
O que o Coco representa para elas
É tudo, deu um novo sentido na vida;
Proporcionou a cura do corpo e da
alma;
Sentem-se importantes como guardiãs
da tradição e produtoras da história. Fluxos dançantes do Coco
Significado sobre o corpo;
Sobre a história;
E visibilidade de quem produz o
Coco. Conclusões A experimentação dos Cocos como mecanismo produtor de conhecimento e veículo que permite as mulheres ocuparem outros espaços além dos privados, refaz lugares de gênero;
A presença das mulheres no Coco manifesta a
dinamicidade de uma tradição popular que entre repetições e diferenças, permanências e mudanças;
(Re)inventa-se em produções de fluxos sígnicos
que revelam a arte/vida de sujeitos femininos em processos criativos específicos.