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O que não é medido não é gerenciado!

Gerhard Erich Boehme


gerhard@boehme.com.br
gerhardboehme@hotmail.de
iso14000@web.de

“O que não é medido não é gerenciado”. (Robert Kaplan e David Norton, autores
da metodologia BSC Balanced Scorecard)

Este texto para o debate é dirigido a economistas, e se pensarmos bem,


a todos os economistas e políticos do Brasil, dada a importância do tema.
E se pensarmos melhor, a todos os brasileiros.

Temos os indicadores que nos auxiliam na avaliação das organizações,


tanto as privadas, as estatais, como as públicas. São os recomendados,
os indicadores de desempenho da Fundação Nacional da Qualidade e de
igual modo para as organizações púbicas, o Guia Referencial para
Medição de Desempenho e Manual para Construção de Indicadores.

E o cidadão como fica? Neste sentido está sendo realizado um bom


trabalho por parte do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
que é uma fundação pública federal vinculada à Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República.

Recomendo a todos que façam uso de uma excelente publicação do IPEA.


Na realidade uma série delas.

Muito embora a publicação tenha sido editada ainda na gestão do


Professor Marcio Pochmann, que no IPEA procurou instrumentaliza-la
para fins políticos e ideológicos, seguramente com o propósito de
atender aos mais afetos a sua linha de pensamento, longe portanto do
que necessitamos, em especial frente aos problemas que a sociedade
brasileira enfrenta, entre as quais destaco:

A. baixa qualidade da educação fundamental;


B. crescente escalada da violência³;
C. discriminação espacial e entraves ao direito à propriedade;
D. perda da liberdade, em especial a econômica.
O primeiro está relacionado a destruição do potencial dos
brasileirinhos. E isso é cruel. Fazemos isso de gerações em gerações,
pois perdemos o referencial que o Engenheiro André Pinto Rebouças
nos deu e pelo qual tanto lutou no Brasil.

A escalada da violência retira vidas, impõem gastos, tira a liberdade de


ir, ficar e vir. A discriminação espacial é de longe a pior forma de
discriminação que temos no Brasil e é a principal causa da violência no
Brasil. Causa fundamental, causa raiz, não apenas a causa que concorre.

E a falta de liberdade, principalmente econômica, pois retira todas as


possibilidades do Brasil, das empresas aqui instaladas e principalmente
a possibilidade do brasileiro colher os frutos de seu trabalho, mérito,
criatividade, estudo, dedicação, esforço, empreendedorismo, etc. e assim
sabermos como podemos gerar emprego, riqueza e renda.
E para tal nos faltam instrumentos para que possamos avaliar a os
serviços públicos, pois de longe os impostos, inclusive o imposto
inflacionário e os recursos advindos da venda do Brasil deveriam ser
destinados para que estes serviços públicos sejam disponíveis a todos
os brasileiros e de qualidade, pois inclusive são os que mais
comprometem a nossa renda. Sejamos nós ricos, pobres ou miseráveis.

Temos que ter bons indicadores, e neste sentido recomendo um livro,


porque traz a análise de alguns dos principais resultados obtidos pelo
Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS). É uma publicação
que está acessível e pode ser adquirida com facilidade por qualquer
brasileiro realmente interessado em entender a realidade brasileira e
se dispor, de fato, a modifica-la. Concebido pelo IPEA, o projeto SIPS tem
como objetivo principal implementar um sistema de indicadores sociais
que se mostrem de grande utilidade para o Estado e a sociedade,
possibilitando verificar, por exemplo, como a população avalia os
serviços de utilidade pública disponíveis e seu grau de importância.
Com isso, o SIPS pretende fornecer ao Estado subsídios para atuar de
maneira mais efetiva no atendimento das demandas dos cidadãos. Ou
seria na prestação de serviços públicos.

Leia mais: http://www.ipea.gov.br/digital/


http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/livr
o_sistemaindicadores_sips_01.pdf
SIPS 2ª edição (2011/2012)
O SIPS é uma pesquisa domiciliar e presencial que visa captar a
percepção das famílias acerca das políticas públicas implementadas pelo
Estado, independente destas serem usuárias ou não dos seus
programas e ações. A partir desta 2ª edição, a pesquisa passa a ser
realizada em 3775 domicílios, em 212 municípios, abrangendo todas as
unidades da federação. Passa também a ser utilizado o método de
amostragem probabilística de modo a garantir uma margem de erro de
5% a um nível de significância de 95% para o Brasil e para as cinco
grandes regiões.

http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=ar
ticle&id=12661

“Não temo nem sanduba e muinto meno bauru de gratiz, tem sempri um que paga
o pato” (Mirto Folgado)

Mas aqui faço uma pausa para a reflexão sobre uma frase que tenho
sistematicamente utilizada, mas que está longe do entendimento do
brasileiro, mais afeto a uma infinidade de demandas sociais por parte
do estado, mais afeto a desresponsabilização e transferência de
responsabilidades a outros, e mais afeto a não buscar entender a
importância e o entendimento da liberdade econômica e do uso do
princípio da subsidiariedade para construirmos uma verdadeira nação.
Isso sem contar que qualquer demanda social é custeada pelo próprio
cidadão, que no Brasil sabemos estar escravizado.

“Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de


limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o
acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção eticamente
aceitável: o privilégio ou benefício dado aos portadores de deficiência física ou
mental, incluindo as advindas com a idade ou aquelas resultantes de sequelas de
acidentes ou fruto da violência³.” (Gerhard Erich Boehme)

A metodologia utilizada pelo SIPS permite acompanhar no tempo e no


espaço a percepção da população em relação aos serviços de utilidade
pública; criar indicadores que reflitam a percepção da população em
relação aos serviços públicos; produzir, periodicamente, relatórios e
análises que ajudem o governo em suas decisões; disponibilizar à
sociedade dados e análises sobre sua percepção em relação aos serviços
públicos; e tornar acessível metodologias inovadoras de avaliação de
políticas públicas.
Seguramente é uma proposta ambiciosa. Mas com o Professor Marcio
Pochmann o que se via era servir de apoio para justificar a atuação do
Estado, através de ações que não eram e não são de sua
responsabilidade. é quando o 1º Setor invade as atribuições do 2º e do
3º Setores.

Para o IPEA, o SIPS representa o acesso a novas fontes de dados


primários, metodologias e ferramentas que contribuem para o
aprimoramento de seus estudos e de suas pesquisas voltados para
formulação e avaliação de políticas públicas. Além do mais, permite a
observação da diversidade existente entre as diferentes áreas
geográficas do Brasil, facilitando a análise e a avaliação de políticas
públicas regionais e a identificação de diferenças de comportamento e
percepção entre os cidadãos por critério de domicílio, gênero, idade,
escolaridade, renda, entre outros.

A publicação em foco trata das pesquisas de percepção realizadas ao


longo de 2010, feitas a partir da realização de entrevistas em todas as
unidades da Federação, e abordou os seguintes temas: justiça,
segurança pública, serviços para mulheres e de cuidado de crianças,
saúde, educação, cultura, mobilidade urbana, bancos e trabalho e renda.
Ela é parte de um projeto de execução continuada, com novas
publicações, incluindo novos temas e novas abordagens.

O trabalho do SIPS envolve equipes de técnicos de Planejamento e


Pesquisa do IPEA das diversas diretorias da instituição, além de contar
com a participação de gestores de outros órgãos governamentais,
ligados aos vários temas integrantes das pesquisas. Desse modo, o IPEA
cumpre mais uma vez sua missão de produzir, disseminar e articular
conhecimento, fornecendo elementos para proposição, acompanhamento
e avaliação das políticas públicas brasileiras.

Bem, citei quatro questões fundamentais, pois entendo que a grande


maioria de nossos problemas decorre dessas quatro questões, em
especial por não entendermos as causas que levam a elas.

A. baixa qualidade da educação fundamental;


B. crescente escalada da violência³;
C. discriminação espacial³ e entraves ao direito à propriedade;
D. perda da liberdade, em especial a econômica.
1º Tema - A baixa qualidade da educação fundamental

Falar sobre educação fundamental e apontar as causas para os nossos


problemas, seguramente exige muito tempo e espaço para o debate. E
temos para tal indicadores internacionais. Felizmente o Governo Federal
escolheu um especialista no assunto. O Professor Marcelo Côrtes Neri,
ao contrário do Professor Marcio Pochmann, o Professor da FGV
sempre soube abordar o tema com muita propriedade. É o que chamo de
uma pessoa competente¹. O governo federal poderia ainda contar em
outros postos chaves também com excelentes especialistas, em especial
três curitibanos, que se destacam entre os melhores do Brasil, são eles:

Júlio Clebsch que é o editor da Revista e do Site Profissão Mestre.


Oriovisto Guimarães, presidente do Grupo Positivo.
O Reitor da Universidade Positivo, o economista José Pio Martins,
também colunista da Rádio CBN .
O Professor Sílvio Iung foi Diretor-executivo na Rede Sinodal.

Citar o nome do Professor Sílvio Iung nos leva a entender a questão do


compromisso com a educação fundamental e a formação e o
desenvolvimento de muitas nações, com destaque a países como
Alemanha, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Suécia, os quais foram
formados e se consolidaram dentro de uma premissa fundamental:

"Em cada comunidade uma igreja, e ao lado de cada uma delas uma escola" (Dr.
Martin Luther)

Portanto abordar este complexo e delicado tema nos obriga a ler e ouvir
o que eles têm a dizer, isso se quisermos de fato assumir compromissos.

Com eles a palavra sobre indicadores:

 José Pio Martins


 Júlio Clebsch
 Marcelo Côrtes Neri
 Oriovisto Guimarães
 Sílvio Iung
2º Tema - A crescente escalada da violência³ no Brasil

O segundo tema é o que trata da crescente escalada da violência³. Mas a


abordagem feita até então pelo IPEA peca e muito ao abordar esta
questão, em especial porque a violência está a comprometer a qualidade
de vida dos brasileiros. E esta lacuna é imperdoável, pois o próprio IPEA
já havia produzido um estudo sobre o custo da violência no Brasil, hoje
seguramente desatualizado face o estrago produzido no Brasil por
conta do Foro San Pablo.

Ocorre porém, este custo cresceu e cresce exponencialmente. No capítulo


2 temos uma abordagem exageradamente superficial, aborda o tema da
segurança pública e nele são analisadas percepções da população sobre
as polícias. Tendo como referência as respostas obtidas na pesquisa
SIPS, são apontados fatores que influenciam as percepções e a
confiança da população nas instituições policiais. Mas isso é feito sem
que a população de fato conheça a realidade policial, assim como os
nossos políticos, alguns inclusive responsáveis por ela.

O Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) – Segurança


Pública
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/SIPS/120705_si
ps_segurancapublica.pdf

Ocorre que a questão policial é um dos graves problemas que nossos


políticos procrastinam, primeiro começa pelo não entendimento de que
temos duas importantes áreas de atuação, a prevenção , em que o
Estado, e por conseguinte as políticas públicas devem ser subsidiárias
às ações que cabem a o cidadão, e a justiça.

Temos atualmente, por conta da PEC 37, um importante debate sobre a


questão policial, ocorre que retirar o poder investigatório do Ministério
Público não apenas esta ameaça que ronda os brasileiros, muito se fala
também em misturar as polícias, a que atua no campo da prevenção, que
atua de forma ostensiva e fardada, que atua de forma subsidiaria à
sociedade, pois embora a prevenção ao crime deva ser de
responsabilidade do cidadão, é ele, o cidadão, que coloca a tranca em
casa, que assume comportamento de risco na rua, e nem todos podem
ter uma arma e usá-la com competência¹ e segurança ou contratar
serviços de vigilância, segurança patrimonial, escolta, proteção de
autoridades, etc.
Com o fim da competência do Ministério Público de se investigar e com a
integração das polícias deixaríamos de ter a pluralidade dos órgãos
púbicos voltados à justiça e a segurança, pois a pluralidade retira sua
força de pressão interna, já que, como temos, separadas se estabelece
um sistema de vasos comunicantes que permite um melhor sigilo das
investigações e uma barreira eficaz à corrupção, sempre possível e
temível com os políticos que temos e também no serviço policial. Sem
contar que corre-se o risco dos brasileiros perderem uma de suas
principais conquistas, é que no campo da justiça, onde temos a função
do delegado, temos antes de tudo a figura de um operador do direito.

Evita-se a subjugação ao político de plantão e a sobreposição de


processos voltados à justiça - os realizados pela polícia judiciária - com
os processos de ordem pública e de prevenção, que são subsidiários ao
cidadão e à iniciativa privada.

Mas debater a questão de indicadores e abordar o tema percepção da


segurança nos obriga refletir sobre uma das, senão a mais importante,
abordagem sobre a questão da polícia judiciária já realizada nos últimos
tempos, a que dá os primeiros passos da justiça no campo criminal.

É fundamental assistirmos:
http://www.youtube.com/watch?v=nxYBDljmB2U

Atentem sobre o que o representante da ADEPOL denuncia aos


Senadores por ocasião da fala sobre segurança pública na Comissão de
Direitos Humanos no Senado Federal. Este vídeo deve ser obrigatório a
todos que venham a trabalhar com indicadores sobre violência³ no
Brasil. Em especial quando se for fazer qualquer proposta sobre a
questão da violência³ ou no campo da atuação policial no Brasil.

Ele cita a sensação da violência³ no Brasil, pois bem, como a vejo:

Justiça não se pode fazer com as próprias mãos, é pública, é função do


Estado. É um dos papéis do poder coercitivo do Estado. Não de políticos,
como ocorre no Brasil, sempre vinculados aos políticos de plantão.
A prevenção ao crime ao contrário começa pelo cidadão, começa dentro
de casa educando seus filhos de forma exemplar, adquirindo sua arma,
sem restrições indevidas e ideológicas, e habilitando-se e capacitando-
se a utilizá-la com competência e segurança, etc. e a prevenção tem sua
atuação mais forte no campo privado, como junto às famílias e empresas,
onde temos a atuação das entidades de segurança patrimonial,
vigilância predial ou comunitária, escolta, proteção a executivos, etc..

O Estado, e ai sim deve atuar o governo, somente deve atuar onde o


cidadão não pode atuar, pois não possui capacidade, inclusive a
financeira, ou não é desejável que o faça, como no caso da ordem
pública.

"O Estado não deve, de forma alguma, fazer aquilo que os cidadãos
também não possam fazer. Isso é autoritarismo puro. Ao contrário, só se
pode atribuir ao Estado tarefas que os próprios cidadãos possam
cumprir, mas que não é desejável que as cumpram sozinhos (seja porque
isso sairia muito caro [como a prevenção ao crime, como escolta,
vigilância patrimonial, vigias comunitários, proteção de autoridades etc.
– assim temos a Polícia Militar e as Polícias Rodoviárias, que atuam
subsidiariamente], seja porque não teriam forças para executá-las
[como a tributação, defesa nacional ou justiça, incluindo os primeiros
passos na esfera criminal dado pelas Polícia Civil, Federal e Técnico-
científica que desempenham funções privativas do Estado]). O Estado
nada mais é do que o resultado da transferência de poder dos
indivíduos para uma entidade que os represente em suas próprias
ações. E ninguém pode transferir o que não tem." (Marli Nogueira)

Infelizmente poucos conhecem a realidade da situação da polícia


judiciária no Brasil, e volto a recomendar:
www.youtube.com/watch?v=nxYBDljmB2U

Este é um vídeo que deve ser visto por todos os brasileiros, em especial
se formos debater sobre a percepção da segurança no Brasil, ou formos
debater com profundidade e seriedade a questão dos direitos humanos
e não dos “direitos dus manus”.
Quem sabe assim poderiam entender melhor porque não temos justiça
no Brasil e assistimos a escalada da violência³, a que colocou o Brasil na
liderança da violência. Mas isso não é dito e não é escrito.

A realidade é triste, ou não? Podemos conviver com esta realidade? A


questão da PEC 37 é apenas uma gota no oceano da desorganização
pela qual passa o Estado brasileiro e está inerte frente a escalada da
violência³.
Muito, mas muito mesmo, se deve a cultura que enaltecemos, a cultura da
lombada, não atuamos nas causas de nossos problemas, mas nos
efeitos.

Em 2012 tivemos mais de 200 mil vítimas fatais devido a violência³,


homicídios, acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, descaso com as
crianças (Veja http://criancasegura.org.br/), etc., onde a impunidade se
faz presente, como no caso do elevado IHA.

No Brasil se produz mais mortes e torturados em apenas um único dia


que em todo o período do regime militar, embora este seja um tema que
tanto mobiliza hoje a sociedade brasileira, o nosso governo em especial,
mas nos falta a responsabilidade em saber definir prioridades e não
nos desresponsabilizarmos.

14 das 50 cidades mais violentas do mundo estão no Brasil e Curitiba é


uma delas, uma cidade que no início deste século era tida como uma das
mais seguras e com a melhor qualidade de vida, e das mais integradas,
onde a segregação urbana não se fazia notar. É onde se concentrava a
maioria dos descendentes de alemães. Mas nela podemos ver como se
promoveu a segregação urbana que é hoje uma das principais, senão a
principal causa da escalada da violência³ junto com as drogas que hoje
invadem todos os municípios brasileiros, a começar com a craconha,
também chamada de zirrê, desireé, bazuco, mesclado ou criptonita, que é
a forma com que se iniciam jovens no consumo de drogas mais pesadas
que hoje estão vindo da Bolívia.

Muito se deve ao ex-Prefeito e ex-governador Roberto Requião, por


certo. Requião promoveu e intensificou a segregação urbana,
destruindo o pouco de planejamento urbano que se tinha e apoiou
indiscriminadamente Lugo com seus carperos e seu EPP. E esta questão
não se restringe somente a Capital, mas é mais grave na Costa Oeste,
hoje a mais violenta do Brasil, com o maior IHA.
E a questão do crack e da craconha é séria, mas não tem sido enfrentada
na sua causa raiz, na sua causa fundamental e esta é uma atribuição
também do Ministério Público Federal, pois o envolvimento de políticos
com a questão é assustadora, basta ver o apoio dado ao índio e
sindicalista cocalero e como se elegeu. Ou a questão paraguaia, onde os
carperos se aliaram ao EPP para produzir este tipo de coisa que hoje
infesta o Brasil.

http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/2011/12/dilma-
lanca-plano-de-acoes-de-enfrentamento-ao-crack

Brasil é o maior mercado consumidor de crack do mundo, aponta estudo


http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=16036

Antes recomendo que leia “O perigo dos narcovizinhos”:


http://veja.abril.com.br/acervodigital/

No campo busca digite Edição nº 2285 de 05/09/2012 ou digite o nome


Douglas Farah, que foi o entrevistado nas páginas amarelas. Ou
acessem: http://www.defesanet.com.br/al/noticia/7650/Douglas-
Farah---O-perigo-dos-narcovizinhos .

Ocorre que em passado recente, conforme ainda consta no Site do


governo federal (http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/a-
droga/como-surgiu), ainda desatualizado, era apenas mencionado que
para popularizar o crack e “aquecer as vendas”, os traficantes
esgotavam as reservas de outras drogas nos pontos de distribuição,
disponibilizando apenas as pedras. Com isso, diante da falta de
alternativas, os usuários optavam por aderir ao consumo do crack. Mas
a ameaça é ainda pior, pois temos hoje a maconha, mais especificamente
a maconha de origem paraguaia, com baixos teores de crack, desta
mistura temos o consumo, muitas vezes sem o conhecimento do usuário,
de uma droga que leva ao consumo mais constante da chamada zirrê
também chamado de desireé, craconha, criptonita, bazuco ou mesclado,
quando não para o consumo do crack ou da cocaína.

E esta mistura vem sendo denunciada já há bastante tempo e muito


pouco tem sido feito, até mesmo por jornalistas “chapa-branca”:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-crack-misturado-a-
maconha
Parece até que o brasileiro está anestesiado, não se dá conta que
tivemos nos últimos 30 anos mais de 1 milhão de homicídios e o
crescimento é exponencial.

E a percepção da sociedade é falha, apontam os efeitos das drogas, mas


não se pergunta de onde estão vido e o que o governo atual está
fazendo para evitar o tráfego de drogas.

De onde vem tanta droga?

Incompetentes mencionam o efeito, não a causa.


3º Tema – A discriminação espacial e entraves ao direto a propriedade

“Quanto mais altos os muros, mais pessoas estarão esperando vocês do lado de
fora” (Jaime Lerner – Um dos mais conceituados urbanistas com soluções que
visam o combate à discriminação espcacial³ em todo o mundo).

E temos a segregação urbana, ou chamada de discriminação espacial³,


como causa raiz da violência³. Famílias são segregadas ou discriminadas
e as crianças são expulsas para as ruas, apropriadas por traficantes e
iniciadas precocemente na atividade sexual.

Pior é que este é um processo que tem a chancela do atual governo, com
seus programas “Minha casa, minha vida, minha cidade de deus”. Acaso
não foi assim com a legislação trabalhista com o homem no campo, que
acabou produzindo milhões de boias-frias sem residência fixa em todo o
Brasil?

A legislação trabalhista no campo no primeiro momento foi a festa de


sindicalistas e políticos, e a alegria dos esquerdistas que a todo
momento criam entraves ao direito de propriedade, mas que no médio e
longo prazo jogou para a estrada milhões de brasileiros que antes
viviam nos sítios e nas fazendas, principalmente nas chamadas vilas
rurais. Pois é.

Acaso não foi assim com a Lei do Inquilinato que no primeiro momento
agradou e foi festa dos políticos e dos inquilinos, a alegria de uma
esquerda enrustida, mas que no médio e longo prazo deslocou
investimentos para outros setores e passou a comprometer a renda de
pessoas mais idosas que antes viviam do aluguel, e o que foi pior, criou
um apagão no fim dos anos 90 na oferta de imóveis de qualidade?

Assim teremos agora uma nova desconstrução de nossa sociedade,


agora com a nova lei das empregadas domésticas. No primeiro momento
agrada sindicalistas e os empregados que não pensam no dia de
amanhã, já que no médio e longo prazo retirará esta possibilidade de
trabalho, principalmente quando o doméstico conta com uma moradia
digna, seja no quarto de empregada, ou nas casas de caseiros nos sítios,
praias, ou na montanha, agravando ainda mais a principal causa do
aumento da criminalidade, que é a segregação urbana, também
denominada de discriminação espacial³.
Pior que agora o contencioso trabalhista antes restrito às empresas e
um dos mais significativos entraves ao nosso crescimento, foi trazido
irresponsavelmente para dentro de casa. Por conta da demagogia, de
um ambiente em harmonia será convertido em um ambiente de
desconfiança.

Temos um gritante entrave ao nosso crescimento, ele diz respeito à


legislação trabalhista e à forma de solução dos conflitos trabalhistas. O
ônus imposto aos empregadores do mercado de trabalho formal
desestimula novas contratações. A evolução tecnológica e das relações
interpessoais tornou obsoleta a legislação fascista brasileira, imposta
ainda durante a ditadura Vargas. Nem ela, nem a Justiça do Trabalho,
criada na mesma ocasião, atendem às necessidades de arranjos mais
flexíveis entre patrões e empregados, em que todas as partes sairiam
ganhando. Os milhões de processos trabalhistas que se arrastam por
anos também representam um custo injustificável, tanto para a União,
que tem a obrigação de manter essa onerosa estrutura, como para os
empregadores. O resultado é que mais da metade da população
brasileira trabalha hoje na informalidade, sem contar os excessos como
o trabalho escravo, que é ainda verificado no Brasil, até mesmo na
cidade de São Paulo, com o trabalho ilegal de imigrantes bolivianos e
asiáticos e o pior deles, a pressão para a prostituição, inclusive a
infantil. Sem perspectivas de emprego centenas de milhares de jovens
são empurrados para a criminalidade e prostituição, inclusive em outros
países.
Minha casa, Minha vida reforça a cultura da lombada e as cidades de
deus:

"Cidade de Deus, o berço da criminalidade institucionalizada no Brasil


foi construída, sob o mesmo modelo das atuais “minha casa, Minha vida”,
pela COHAB e financiada pelo BNH, a Cidade de Deus foi construída
pelos governadores do Estado da Guanabara de 1965 até 1970,
idealizado pelo populista Carlos Lacerda, cassado na contrarrevolução
de 1964, e concluído pelo então governador Negrão de Lima entre os
anos 1968 e 1970.

Manteve-se a discriminação espacial³, que antes os confinavam em


favellas como Praia do Pinto, Parque da Gávea, Ilha das Dragas, Parque
do Leblon, Catacumba e Rocinha. Atravessada pelo Rio Grande e seu
afluente Estiva, a Cidade de Deus passou a ter um crescimento interno
desordenado, observando-se um processo de favelização ao longo
desses canais.

Junto ao conjunto surgiram as comunidades do Muquiço, Santa Efigênia,


travessa Efraim, Rocinha II e Jardim do Amanhã II, além de mais
discriminação espacial³ institucionalizada, com os novos conjuntos
habitacionais como o Vila Nova Cruzada e o Jardim do Amanhã. Em 1997,
com a inauguração da "Linha Amarela", a Cidade de Deus seria
seccionada: de um lado os Conjuntos Margarida, Gabinal etc. e, do outro,
o restante das antigas glebas, as duas partes interligadas por
passarelas. A vida no bairro inspirou o filme brasileiro "Cidade de
Deus", baseado no romance homônimo de Paulo Lins, com roteiro de
Bráulio Mantovani, dirigido por Fernando Meirelles. Lançado em 2002
no Brasil e, posteriormente, no exterior, o filme teve enorme sucesso,
recebendo inúmeros prêmios e indicações.
A segregação urbana, ou discriminação espacial³, com seus conjuntos de
casas populares, no melhor estilo da segregação promovida pelo
Programa “Minha casa, Minha vida, Minha cidade de deus” ou com as
favellas, é mais grave, pois gera a violência³ por uma série de razões,
dentre as quais destaco:

1) não permitem que as crianças tenham espaço para brincar


sob os olhos dos pais ou responsáveis, já que em tenra idade
são “expulsas” para as ruas ou guetos, com todo tipo de
influência negativa; fazendo com que a educação não venha
de pessoas responsáveis, mas de oportunistas que se
apropriam de nossas crianças para iniciá-las na criminalidade
ou em atividades sexuais;
2) as famílias não possuem condições, em seu espaço físico, de
exercer uma atividade econômica, como uma oficina, um
atelier, etc., nem hoje e muito menos no futuro, assim
destruindo qualquer iniciativa de voltada ao empreendorismo;
3) as famílias, impossibilitadas pela área disponibilizada, não
podem ampliar as suas construções de forma que tenham uma
vida mais digna e que acompanhe o seu crescimento natural,
com a chegada dos filhos ou mesmo a vinda de pais ou
parentes em idade mais avançada;
4) as famílias ficam impossibilitadas de terem uma
complementação da alimentação, através de árvores
frutíferas, hortas ou criação de pequenos animais (galinhas,
codornas, etc);
5) as famílias, devido a irracional ocupação dos espaços, ficam
privadas de sua intimidade;
6) as famílias ficam impossibilitadas de ampliarem as suas
residências, conferindo a elas mais conforto, qualidade de
vida e praticidade;
7) as famílias ficam impossibilitadas de investirem suas
poupanças, tempo e recursos em suas residências,
possibilitando o aumento natural do valor de seu patrimônio;
8) as famílias passam a ocupar o espaço sem preocupações com
o ambiente que as cercam, criando e agravando os impactos
ambientais e deteriorando o espaço urbano.

É deprimente, em especial quando olhamos para imensidão que é o


Brasil.
Se o Brasil fosse bem administrado, então teríamos políticos que
aceitariam o desafio de por fim a insegurança jurídica nas propriedades
da grande maioria dos brasileiros, em especial dos que vivem nas
favellas. Em especial nelas, pois o pobre tem a propriedade, necessita se
apegar a ela, pois não possui proteção legal e muito menos valor
comercial, o que o torna refém de um espaço muitas vezes deteriorado. A
questão da titulação é fundamental, é urgente. Mas isso nos obriga a ler
e entender o Professor Dr. Denis Lerrer Rosenfield, talvez um dos
maiores especialistas hoje no Brasil quando se trata do direito de
propriedade.

Reflexões Sobre o Direito à Propriedade - Condição de Liberdade


http://livraria.jus.com.br/?sub=produtos&grupo=358531&tipo=lista
http://www.institutoliberal.org.br/conteudo/download.asp?cdc=2075

E quando falamos de segregação urbana não podemos desconsiderar


que as nossas crianças estão sendo propositadamente expulsas de casa
para a rua, onde são apropriadas por traficantes ou iniciadas
precocemente no sexo.

O resultado disso é o custo da violência³, supera 5% de nosso PIB, isso


segundo estudos desatualizados realizados pelo próprio IPEA, eu
estimo em mais de 10% e apresento as razões.

E esta questão é preocupante, pois termos dois grandes mega eventos


programadas, mas se considerarmos o potencial da indústria do
turismo, vemos que a violência³ é de longe um dos principais motivos que
afastam torcedores e investidores no Brasil, sendo o Estado do Rio de
Janeiro emblemático, não apenas pelas suas mais de 1.200 favellas, e
que assusta os turistas, muito embora poderia ser o turismo uma das
principais indústrias no campo de geração de emprego, riqueza e renda.

O medo é hoje uma constante dos brasileiros, o custo do medo levou os


brasileiros a realizarem um gasto com sistemas eletrônicos de
segurança superior a US$ 2 bilhões, mais que R$ 4 bilhões em 2012.
Isso segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas
Eletrônicos de Segurança. Mas este valor é subestimado, pois a maior
parte do investimento é feito através de equipamentos adquiridos
“legalmente” e ilegalmente no exterior.
O Brasil é hoje o país onde circulam o maior número de veículos
blindados no mundo, isso de acordo com as informações divulgadas pela
Associação Brasileira de Blindagens (Abrablin), isso mesmo, já existe até
uma associação do setor. De acordo com especialistas em segurança, o
total de veículos com esse tipo de proteção é tão grande que se tornou
um indicador para aferir o grau de criminalidade nacional. Quanto maior
ele for, pior estará o Brasil nesse campo – até porque seu crescimento
tem acompanhado o de alguns dos mais perversos crimes praticados no
país. E vale lembrar que o custo com a blindagem é hoje superior a R$ 50
mil.

Com a baixa qualidade da educação, com a violência e com a


discriminação espacial temos também a escalada da violência contra a
mulher.

No capítulo 3 do livro é abordada uma questão por demais importante,


são discutidos os serviços de combate e prevenção da violência³ contra a
mulher, mas no meu entender, seguramente com uma lacuna importante,
por demais importante ainda mais num trabalho com este. O capítulo 3
aborda também os serviços de transporte de crianças relacionados à
atividade escolar. O desempenho do Estado, por meio das políticas
públicas implementadas voltadas à questão da violência³ contra a
mulher, é avaliado de acordo com a percepção da população sobre seus
efeitos. Outro ponto analisado diz respeito à oferta de transporte
público escolar, que tem impacto importante, ao menos nas regiões
urbanas, sobre o cuidado das crianças cujo papel está majoritariamente
associado às mães, mas que exige segurança, portanto acesse:
http://criancasegura.org.br/

Aponto a grande falha ou omissão no texto, principalmente quando


analisamos este importante tema, já que a cada 5 minutos uma mulher é
violentada no Brasil, muitas são mortas.

Temos uma secretaria de Estado voltada a questão, mas que não tem
conseguido alterar a triste realidade, temos uma CPMI em andamento no
Congresso, o que não é divulgado e que mesmo com ela tivemos pouca
evolução. E o pouco que é feito de efetivo muito se deve a pressões
internacionais, como foi o caso da Lei Maria da Penha, que sabemos
necessita ser aperfeiçoada, como tantas é bonita no papel, mas
inexequível na prática. Mas nos falta ainda a Lei João da Lapa, a que
trata das responsabilidades do homem.
E somos um dos campeões de estupro. O Brasil é uma nação estuprada.
Os números oficiais de estupros cometidos no Brasil são um mistério. Em
uma pesquisa você vai encontrar que "a cada 12 minutos uma mulher é
estuprada no Brasil". Portanto, seria um número consideravelmente
alto. Talvez os números não sejam divulgados para que as vítimas não
sejam rotuladas como estatísticas ou para não espalhar pânico, haja
vista que nenhuma medida definitiva é tomada para ao menos inibir os
estupradores.

Ocorre que todo brasileiro, a brasileira em especial, a que


potencialmente pode ser alvo de violência³ doméstica, deve saber a
importância de como devem agir e principalmente cobrar de nossas
autoridades, pois o que temos é a impunidade.Acaso podemos aceitar,
nos casos de violência³ contra a mulher em especial, a impunidade por
falta de provas?

O tema violência³ doméstica e/ou violência³ contra a mulher é por


demais importante, pois, repito:

1) A cada 5 minutos uma mulher é violentada no Brasil , muitas


são mortas . Temos uma secretaria de Estado voltada a
questão, mas que não tem conseguido alterar a triste
realidade, temos uma CPMI em andamento no Congresso, o
que não é divulgado, e mesmo com ela tivemos pouca evolução.
Segundo os números retrocedemos. A violência³ contra a
mulher engrossa as estatísticas de violência³ no Brasil.
2) E somos um dos campeões de estupro. O Brasil é uma nação
estuprada. Os números oficiais de estupros cometidos no
Brasil são um mistério. Em uma pesquisa você vai encontrar
que "a cada 12 minutos uma mulher é estuprada no Brasil".
Portanto, seria um número consideravelmente alto. Talvez os
números não sejam divulgados para que as vítimas não sejam
rotuladas como estatísticas ou para não espalhar pânico, haja
vista que nenhuma medida definitiva é tomada para ao menos
inibir os estupradores.

Recomendo que venham a debater com profundidade duas questões


fundamentais, ambas relacionadas com o que ocorre na sequência,
depois que a mulher foi violentada.
1. a primeira trata sobre o que ocorre com a mulher depois dela
ter sido agredida, quando ela é encaminhada ao pronto-socorro. Caso
isso seja feito, pois na quase totalidade dos casos há tão somente a
resignação, a dor extrema e o choro incontido. Mas há que se ter uma
relação entre entidades, entre as entidades de saúde e a justiça, neste
caso a melhor prática a nível nacional é adotada em Curitiba, mas que
deve ser multiplicada em todo o Brasil. Fica a pergunta: O que falta para
isso ocorrer?
http://www.saude.curitiba.pr.gov.br/images/programas/arquivos/cent
ro_educacao/saude_da_mulher/mulher_005.pdf

2. a segunda trata do que ocorre no local onde ela, a mulher, foi


violentada, trata das provas materiais para que a justiça possa ser feita.
Sem provas materiais temos a impunidade. Pois bem, neste caso é
fundamental que seja debatido o Código Penal e a Lei Maria da Penha e
que a partir deles e do Código de Processo Penal que o Ministério
Público exija que os delegados requisitem exemplarmente a pericia e
para tal não fiquem limitados a quesitos genéricos ou que estes sejam
deixados a cargo dos próprios peritos. O objetivo é que os peritos
criminais venham a realizar os exames dos locais onde a mulher foi
agredida ou mesmo morta com a certeza de que não deixarão escapar
nada. Assim todas as provas contra o agressor sejam anexadas ao
inquérito policial, aos autos. E que possam então ser analisados pelo
Juíz.
Todos os brasileiros, as mulheres em especial, devem entender o que
cabe à Polícia Civil, à Polícia Técnica e ao Ministério Público realizarem
para que não tenhamos a impunidade no Brasil. Isso cabe a justiça, é
para isso que pagamos impostos, para que o Estado atue no campo da
justiça a partir de seus primeiros passos, estes dados pelas Polícias
Civis e pelas Polícias Técnica ou Técncio-científicas ou como é chamada
no Rio Grande do Sul, o IGP – Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande
do Sul ou na esfera Federal, pela Polícia Federal, a qual conta com a
Diretoria Técnico-Científica do Departamento de Polícia Federal (DITEC),
que a grosso modo era para ser um órgão central criado para gerir e
dinamizar a área técnica e científica da Polícia Federal e atuar na
coordenação nacional. A realidade é que não temos uma coordenação
nacional e o Programa Nacional de Normalização e Metrologia Forense
(PNNMF) foi praticamente deixado de lado, embora essencial, já que
hoje nenhum laboratório forense atenderia a requisitos de qualidade
normalmente exigidos de laboratórios, a acreditação segundo a
NBR ISO/IEC 17025:2005, aplicável a laboratórios de ensaios.
Ainda atuando no efeito, na determinação dos culpados, temos o
judiciário e o Ministério Público, tanto o Estadual quanto o Federal, que
entre suas principais atribuições encontramos o Ministério Público
(MP), que é um órgão de Estado que atua na defesa da ordem jurídica e
fiscaliza o cumprimento da lei no Brasil, o que inclui o controle externo
da atividade policial.
Na Constituição de 1988, o MP está incluído nas funções essenciais à
justiça e não possui vinculação funcional a qualquer dos poderes do
Estado.

Se temos uma lei, ela deve ser cumprida. Cabe ao Ministério Público
assegurar que isso seja feito. No caso da violência³ contra a mulher que
o delegado requisite a perícia e que para tal formule os requisitos
apropriados. Um laudo pericial não deve ter destino certo, o lixo, mas ser
elemento fundamental para se fazer justiça.

Ou as mulheres não querem a justiça?

Temos, portanto, alguns indicadores importantes. Quantos casos temos


de violência³ doméstica no Brasil? Quantos foram de conhecimento de
nossas autoridade? Qual o percentual de mulheres que buscou o serviço
público para se socorrer de seus ferimentos? E destes quantos foram
denunciados à autoridade policial, ao operador de direito? E destes,
quando houveram danos associados à violência ou a mulher ainda foi
vítima de cárcere privado, quantos foram alvo de perícia?

Independente e autônomo, o MP tem orçamento, carreira e


administração próprios. Considerado o fiscal das leis, o órgão atua como
defensor do povo. É papel do MP defender o patrimônio nacional, o
patrimônio público e social. O que inclui o patrimônio cultural, o meio
ambiente, os direitos e interesses da coletividade, especialmente das
comunidades indígenas, a família, a criança, o adolescente e o idoso.
O MP atua também na defesa dos interesses sociais e individuais
indisponíveis e no controle externo da atividade policial. Desta forma, o
órgão trata da investigação de crimes, da requisição de instauração de
inquéritos policiais, da promoção pela responsabilização dos culpados,
do combate à tortura e aos meios ilícitos de provas, entre outras
possibilidades de atuação. Os membros do MP têm liberdade de ação
tanto para pedir a absolvição do réu quanto para acusá-lo.
Em resumo, o Ministério Público (MP) é uma entidade que terá
importante papel para subsidiar os juízes. Isso se olharmos para os
efeitos do caso de Santa Maria. Mas cabe aqui encontrarmos os
verdadeiros culpados pela tragédia, pois eles passarão impunes. E não
podemos esquecer de nós mesmos. E a partir de nossa
responsabilidade, de nossos representantes eleitos.

Neste sentido, não necessitamos tanto de indicadors, mas de exemplos,


recomendo que acompanhem passo a passo o que ocorre quando uma
mulher é agredida e o caso é registrado em uma delegacia da Polícia
Civil, muitas vezes nas delegacias do bairro ou nas pequenas cidades,
onde não se tem uma delegacia especializada como uma DDM –
Delegacia de Defesa da Mulher.

Veja como o local é mantido preservado para que as provas não sejam
destruídas ou alteradas, veja como o delegado requisita o trabalho
pericial, atente para os quesitos que o delegado formula aos peritos
para que estes possam e venham a realizar um bom trabalho.

Dos requisitos aplicáveis à violência³ doméstica

Sugestão de quesitos a serem formulados pelo juíz ou delegado aos


peritos criminais para que produzam seus exames e elaborem os seus
laudos quando há a violência³ contra a mulher.

1) Qual a natureza do local examinado?


2) Trata-se de ambiente doméstico onde reside a vitima e seu
agressor? Ou: O local examinado era espaço de convívio
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar,
incluindo as esporadicamente agregadas?
3) Existiam danos? Estes foram produzidos com uso de
violência³?
4) O local examinado apresentava evidências de que por ação ou
omissão houve violência³ doméstica e familiar contra a
mulher, que esta ação ou omissão tenha concorrido ou dado
causa à morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial?
5) No local havia evidências destruição parcial ou total de
objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais,
bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades? Quais foram os
danos evidenciados e seus valores?
6) Havia pichação ou outra forma ostensiva de termos ou
imagens que viessem a configurar calúnia, difamação ou
injúria?
7) Há vestígios ou a configuração do local indica ter havido
emprego de qualquer meio para reduzir a vítima à
impossibilidade de resistência ou defesa?
8) Houve o emprego de instrumentos? Quais?
9) Houve emprego de substância ou instrumento que não se
integre ao ambiente ou local examinado?
10) Em que época se presume tenha ocorrido o fato?
11) Existiam vestígios, marcas, objetos, documentos ou outros que
venham a permitir a futura identificação do autor ou dos
autores?

É o perito criminal o primeiro policial que deve ir ao local e ter acesso ao


local onde se teve uma das cenas mais deprimentes, que não se pode
aceitar dos brasileiros. Se outras pessoas o fizerem, inclusive outros
policiais, pode ocorrer que as provas venham a perder validade jurídica.
temos assim impunidade.

Portanto, devemos ter indicadores importantes, e devemos ter


mecanismos apropriados para que se levante dados importantes, veja
quantas mulheres são agredidas, quantas dessas tem seus agressores
denunciados, e quando há a denúncia, qual o percentual de casos onde
foi realizado o trabalho pericial. E ainda fica a pergunta: O trabalho
pericial produziu as provas necessárias para que não se tenha a
impunidade?

“Violência³ contra a Mulher é qualquer ato ou conduta baseada no


gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
psicológico à Mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.
(Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência³
Contra a Mulher, 1994)
Temos a má gestão no Brasil.

Contamos na estrutura do governo Federal com a Secretaria de Políticas


para as Mulheres, que é a principal gestora da Política Nacional de
Enfrentamento à Violência³ contra as Mulheres, a qual inclui o Pacto
Nacional pelo Enfrentamento à Violência³ contra as Mulheres, mas
considerando os resultados, a eficácia², podemos afirmar sem medo de
errar que as ações e políticas desenvolvidas estão sendo produzidas por
incompetentes¹. Estão mais a luz dos holofotes que na produção de um
trabalho sério, quando não mais voltadas a legalização do homicidio
intrauterino.

Mas é uma questão que pode ser trabalhada. Neste sentido apresento
algumas propostas, as quais gostaria que viessem a conhecer e assim,
quem sabe, poder também influir.

Entre as propostas destaco a importância de termos no Brasil uma


espécie de Programa 5S ou 8S aplicados de forma que venhamos a criar
um sistema básico de gestão para o atendimento às mulheres. Uma
prática de gestão que possa ser não apenas facilmente implantada,
implementada, mantida e principalmente avaliada, mas também
disseminada a todos as instituições públicas no Brasil, com destaque às
delegacias e juizados, permitindo assim a gestão de fatores básicos
para o melhor atendimento das mulheres. De igual modo permitindo a
premiação, divulgação e dissiminação das melhores práticas.

Cumpre citar que a Secretaria de Políticas para as Mulheres atualmente


avalia e premia melhores práticas.

Ver:
http://www.sepm.gov.br/publicacoes-
teste/publicacoes/2010/PUBLICACAO%20-
%20PremioMariadaPenha.pdf

Mas estas não são simples e não encontram, como proposto, uma forma
padronizada e garantia de disseminação e sua aplicação de forma
generalizada.

Entre elas destaco a que foi implantado, implementado e é mantido pela


Prefeitura Municipal de Curitiba, na oportunidade pelo então Secretário
da Saúde, ex-Prefeito Municipal Luciano Ducci.
Trata-se do Programa Mulher de Verdade – Atenção à Mulher em
Situação de Violência³, que oferece ao profissional de saúde métodos
para detectar os sinais e sintomas da agressão, formas de abordagem e
acolhimento, avaliação do grau de desorganização da vida pessoal,
informações para orientar as mulheres que procuram ajuda nas
Unidades de Saúde, realização da notificação dos atendimentos
realizados, além do atendimento clínico e, quando necessário, a
referência hospitalar.

Veja:
http://www.saude.curitiba.pr.gov.br/images/programas/arquivos/cent
ro_educacao/saude_da_mulher/mulher_005.pdf

Note que estas propostas visam concorrer a um dos nossos principais


desafios da atualidade, a violência³ crescente no Brasil, pois se nada for
feito logo seremos, e com razão, a sociedade mais violenta do mundo,
onde já ocupamos as primeiras posições. E no meu entender o que nos
falta é gestão.

Entendemos a importância de uma ampla mobilização nacional em


defesa dos direitos das mulheres, bem como a articulação com setores
da sociedade civil e órgãos públicos e privados, incorporando a
transversalidade de gênero nas políticas públicas e a importância de se
promover o acompanhamento da implementação de legislação de ação
afirmativa e definição de ações públicas que visem ao cumprimento da
legislação, com destaque ao cumprimento da legislação contra a
violência³ doméstica.

Vivemos uma triste realidade no Brasil, que muito nos envergonha, o


que nos leva ao fato de termos em andamento até mesmo uma a
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instalada para
investigar a situação da violência³ contra mulheres no Brasil e apurar
denúncias de omissão por parte do poder público com relação à
aplicação de instrumentos legais para proteger as mulheres em situação
de violência³.

Neste texto repasso uma proposta que tenho reiteradas vezes


encaminhada ao governo do Estado do Paraná e ao Governo Federal, em
especial a esta Secretaria.
A ela somo as seguintes propostas que solicito sejam analisadas, tendo
em vista o fato de que temos uma estrutura pública e a legislação
necessária que poderia produzir resultados, ser eficaz. Mas nos falta
gestão. E neste ponto vale a reflexão sobre as palavras de dois dos
maiores especialistas em gestão na área da qualidade:

"O sucesso de uma organização não é alcançado por meio de uma


brilhante estratégia. É alcançado por meio de uma brilhante execução da
estratégia. Na verdade, a execução da estratégia é mais importante do
que a estratégia em si." (Robert Kaplan & David Norton)

Com estas palavras, onde a estratégia é a a gestão existente e


relacionada à Lei Maria da Penha, proponho:

1ª Proposta – Certificação ISO 9000 de uma DDM – Delegacia de Defesa


da Mulher

Que seja escolhida uma Delegacia de Defesa dos Direitos da Mulher


(DDM) para que nela seja implantada um sistema de gestão da
qualidade em conformidade com os requisitos Norma Internacional
ABNT NBR ISO 9001:2008, a exemplo de algumas delegacias de Polícia
Civil já certificadas no Brasil, como foi o caso da 5ª Delegacia Legal do
Rio de Janeiro, que foi a primeira Delegacia no mundo certificada, que
no caso teve o escopo dos processos de Atendimento; Investigação
Policial; Apoio Operacional e Inteligência Policial, assim como a
certificação da Delegacia Seccional de Avaré/SP sob uma excelente
gestão, do Departamento de Inteligência da Polícia Civil de São Paulo
(DIPOL) e do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 1
– São José dos Campos DEINTER 1. Mas nada foi feito ainda em termos
das DDM – Delegacias de Defesa da Mulher. Com a certificação de uma
DDM – Delegacia de Defesa da Mulher podemos ter um referencial as
demais do Brasil, e um importante instrumento de troca de experiências
e uma maior visibilidade quanto ao trabalho realizado. Sem contar o
principal: a melhoria da gestão.

Resultado esperado: Uma Delegacia que sirva de referência nacional às


demais delegacias no Brasil.
2ª Proposta – Determinação da quesitação mínima a ser encaminhada
aos peritos criminais quando do exame do local de violência³ doméstica

A incorporação obrigatória de quesitos mínimos aos peritos criminais,


como apresentei anteriormente e retransmito abaixo.

Resultado esperado: Celeridade e adequação das perícias realizadas


nos casos relacionados à violência³ doméstica.

3ª Proposta – Visita a Delegacias

A visita por parte de representantes públicos, acompanhados de


representantes da Secretaria de Gestão Pública (Segep), do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão e que administram o PQGF, a uma
DDM – Delegacia de Defesa da Mulher e a uma Delegacia de Polícia Civil
onde na região não exista uma DDM – Delegacia de Defesa da Mulher.
Esta visita teria a finalidade de se ter uma visão da realidade atual,
mesmo que limitada.

Resultado esperado: Uma visão da realidade atual, com a visão de


especialistas em gestão pública.
4ª Proposta – Criação de um sistema básico de gestão para o
atendimento às mulheres.

A criação de um programa básico de gestão que contemple a adoção de


práticas simples de gestão que podem revolucionar o atendimento às
mulheres em todas instituições públicas no Brasil, em especial nas
delegacias e nos juizados. Algo inspirado nos 5S ou 8S ou ainda com
práticas normalmente adotadas por uma das normas de
responsabilidade social, como a ABNT NBR 16001, SA 8000 e AA 1000 as
mais aplicáveis para fins de certificação, assim como a ISO 26000 -
Diretrizes e Orientações subjacentes à Responsabilidade Social para
auxiliar na gestão, esta não utilizada para fins de certificação.

Um programa básico de gestão que contemple três ou quatro estágios


de premiação, com requisitos simples, passíveis de auditoria ou inspeção
interna e externa, inclusive ser feita por parte desta Secretaria Estado
ou a por parte da

A título de exemplo cito a questão de sanitários adequados à mulher,


salas que permitam segurança e o atendimento sem constrangimentos,
seja quanto a confidencialidade das conversas ou entrada e saída de
pessoas durante as audiências, exame médico pelos médicos legistas
etc..

Resultados esperados: Uma prática de gestão que possa ser facilmente


implantada e implementada e principalmente avaliada, permitindo assim
a gestão de fatores básicos que permitam o melhor atendimento das
mulheres em entidades públicas no Brasil. Premiação e divulgação das
melhores práticas.

Se faz urgente melhores práticas de gestão, pois a realidade que


observamos neste últimos 30 anos é de que a violência³ tem crescido
exponencialmente no Brasil, com destaque a violência³ relacionada às
mulheres, que não apenas estão a sofre maior violência³, como estão
também, dada a realidade de sua inserção na sociedade, a delinquir,
sendo notório o fato de que passam a comandar o crime organizado, o
tráfico de drogas em especial, quando seus companheiros estão sob
prisão. A realidade é que nos últimos 30 anos, a violência³ contra
mulheres aumentou e piorou muito.
Entre 87 países estudados, o Brasil é o 7º país que mais mata mulheres
no mundo, e se formos usar estatística mais atualizadas, já dá para
afirmar que estamos acima da 5ª colocação. O problema é que
competimos com a Venezuela.

http://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/v/entre-87-paises-
brasil-e-o-7o-que-mais-mata-mulheres/1935326/

Conforme o Mapa da Violência³ (Instituto Sangari, 2012), nos últimos 30


anos foram assassinadas 91 mil mulheres, sendo 43 mil só na última
década. Conforme o Mapa, as mulheres estão morrendo
predominantemente no espaço doméstico. O "lar, doce lar" não é mais
seguro: 68,8% dos homicídios ocorrem dentro de casa e são praticados
pelos cônjuges.
4º Tema - A perda da liberdade, em especial a econômica.

Temos a quarta questão, a perda da liberdade, em especial a econômica.

É uma questão na qual temos uma componente ideológica importante, o


problema é que os atuais governantes são mais afetos a olharem o
Estado como solução para todos os problemas, e isso é falso, primeiro
que é justamente o contrário do que deve ser feito. O cidadão brasileiro
deve ser tratado, o que começa por ser educado, para que assuma
responsabilidades. Vivemos a cultura da lombada no Brasil, as políticas
públcas na sua mairoria tratam o cidadão brasileiro como vítima,
perpetuamos a vitimização. O paternalismo salta ao olhos. Mas isso
decorre da falta de entendimento e do uso do princípio da
subsidiariedade, fundamental para se construir uma nação onde impera
a justiça. E ela deslocaria o Brasil do que temos, uma oclocracia, para
uma verdadeira democracia.

Poderia lhes encaminhar um texto quilométrico sobre o tema liberdade,


a começar que somos 2/5 de escravos, isso para um povo que já viveu os
"quintos dos infernos", mas vou me restringir ao uso dos indicadores
econômicos de liberdade. Ocorre que estes não são ensinados nas nossa
universidades, a começar nos cursos de economia e principalmente nas
universidades públicas. E considerando o legado do do Professor
Marcio Pochmann no IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada,
cabe a recomendação ao Govenador Geraldo José Rodrigues Alckmin
Filho ou ao Professor José Tadeu Jorge que iniciem pela Unicamp e que
façam o mesmo que o povo campineiro fez nas última eleições: ponham
para correr um embusteiro, peta por certo.

Fazer uso dos indicadores de liberdade nos abre um enorme leque de


possibilidades para que se possa implementar um sistema de
indicadores sociais que se mostrem de grande utilidade para o Estado e
a sociedade, possibilitando verificar, por exemplo, como a população
avalia os serviços de utilidade pública disponíveis e seu grau de
importância. Com isso, se o SIPS pretende fornecer ao Estado subsídios
para atuar de maneira mais efetiva no atendimento das demandas dos
cidadãos, isso não pode ser feito desconsiderando a liberdade
econômica, pois esta é garantia de desenvolvimento de uma nação. Sem
estes indicadores não termos como solucionar os nossos problemas,
pois seria infantilidade querer atender as necessidades da população
sem conferir a ela o mais importante: a liberdade.
A prova do que escrevi pode ser confrontada relacionando-se os
indicadores de liberdade com quaisquer outros indicadores sociais,
ambientais e econômicos que desejarmos:

1. "Index of Economic Freedom World Rankings" The Heritage


Foundation.
2. "Economic Freedom of the World: Annual Report" do The Cato
Institute.
3. "Economic Freedom of the World: Annual Report" do Fraser
Institute.

Veja também: http://www.youtube.com/watch?v=Qe9Lw_nlFQU

Concluindo, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da


República, que conta na sua estrutura com o IPEA - Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada, a quem compete assessorar, direta e
imediatamente, a presidenta da República, no planejamento nacional e
na formulação de políticas públicas de longo prazo voltadas ao
desenvolvimento nacional deve, e aqui ficam as propostas, fazer uso
destes imporantes indicadores e temas que abordei. E a eles somo os
indicadores utilizados tanto para a avaliação dos critérios de excelencia
das organizações brasileiras, estes utilizados e recomendados pela
Fundação Nacional da Qualidade, os indicadores de desempenho:
http://www.fnq.org.br/informe-se/publicacoes/publicacoes-tematicas

E de igual modo para as organizações púbicas, em especial a


Presidência da República, o Guia Referencial para Medição de
Desempenho e Manual para Construção de Indicadores:
http://www.gespublica.gov.br/Tecnologias/pasta.2010-05-
24.1806203210

E é imporante citarmos que a primeira parte deste material traz o Guia


Referencial para Medição de Desempenho na Administração Pública.
Trata-se de um referencial metodológico que permitire a governos
(federal, estaduais e municipais), áreas ou domínios de políticas
públicas, conjuntos de organizações, organizações públicas e suas
unidades definirem e mensurarem seu desempenho – assumindo‐se que
este é um primeiro e decisivo passo para a gestão do desempenho,
possibilitando sua pactuação, avaliação e divulgação em momentos
posteriores.
Mas fica a pergunta, talves a mais importante, considerando-se a
questão da educação, da violência³, da discriminação espacial e
principalmente da liberdade do cidadão. Qual o percentual de
propriedades tituladas no Brasil? E quantos brasileiros são
discriminados espacialmente, ou sofrem segregação urbana? Sem saber
responder a estas perguntas dificialmente um presidente ou uma
presenta, governador ou governadora, ou ainda prefeito ou prefeita
poderá realizar um bom governo.

“Quanto mais altos os muros, mais pessoas estarão esperando vocês do lado de
fora” (Jaime Lerner – Um dos mais conceituados urbanistas com soluções que
visam o combate à discriminação espacial em todo o mundo).

Discriminação espacial³ é causa raiz, é causa fundamental da violência³.


E trabalhar esta questão exige que venhamos a consultar a principal
autoridade sobre o tema no Brasil, sem isso nunca iremos solucionar
este problema, pois somente iremos criar mais e mais contenciosos
jurídicos ou iremos procrastinar soluções. O nome de referência é:
Professor Doutor Denis Lerrer Rosenfield.

Denis Rosenfield deve ser leitura obrigatória de todo brasileiro. Quem


sabe assim venhamos a entender as razões pelas quais não devemos
aceitar que o direito à propriedade privada venha a ser contestado em
nosso país. Infelizmente somos herdeiros de uma cultura mercantilista e
patrimonialista que necessita ter seu fim, uma cultura cuja principal
característica é a falta de distinção entre propriedade pública e
propriedade privada e não entendimento do que são serviços públicos.

Abraços,

Gerhard Erich Boehme


gerhard@boehme.com.br
+55 (13) 4042-2333
+55 (41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba PR
¹ Competência - conforme temos na própria ISO 9000, requer educação,
formação, habilidade e experiência. E note que competência está
baseada na educação (1º, 2º e 3º Grau - reconhecidos e fiscalizados pelas
secretarias municipais e estaduais e pelo Ministério da Educação),
formação (treinamentos, estágios, visitas técnicas, on-the-job training,
congressos, seminários, encontros, painéis, etc.), habilidade (saber-
fazer e saber-ser) e experiência. E note que utilizo o termo formação e
não treinamento como o fez a ABNT, mas sim como é de fato utilizado na
Espanha, Portugal, Alemanha, etc. e apresentado nas normas similares
nestes países. No meu entende é um erro que necessita ser corrigido no
Brasil pela ABNT.

² Eficiência e eficácia - Eficiência, entendo que refere-se à capacidade de


executar corretamente uma determinada tarefa com o melhor
aproveitamento (otimização) dos recursos disponíveis. "É fazer certo a
coisa". Isso não quer dizer que a coisa é certa. Eficiência): Relação entre
o resultado alcançado e os recursos usados, segundo a ABNT NBR ISO
9001:2005 Sistemas de gestão da qualidade - Fundamentos e
vocabulário, norma que não deve ser confundida com a ISO 9001, que
apresenta requisitos. Já a eficácia, entendo que refere-se à capacidade
de executar uma determinada tarefa de maneira a atingir os objetivos
estabelecidos. "É fazer a coisa certa". Eficácia: Extensão na qual as
atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados
alcançados (ABNT NBR ISO 9001:2005).

³ Discriminação espacial - discriminação espacial se caracteriza pela


construção de conjuntos habitacionais que segregam parcelas mais
pobres, com destaque ao Programa “Minha casa, Minha vida”, um
programa irresponsável populista e que fomenta a corrupção. E a
discriminação espacial se faz presente também junto às populações mais
ricas com seus condomínios fechados. O conjunto habitacional, nesta
linha do Programa “Minha casa, minha vida” mais conhecido, com direito
a livros, artigos e filmes, é a Cidade de Deus. Mas o seu início foi com as
favellas e aqui devemos fazer uso do termo correto "favella". A
discriminação espacial é a principal causa de violência no Brasil.

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