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PROCEDIMENTO OPERACIONAL POP LAB HEM - 014

PADRÃO

TÍTULO: REALIZAR EXAME DE LÍQUOR

I - CONTROLE HISTÓRICO

Nº HISTÓRICO
REVISÃO DATA ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
PÁGINAS ALTERAÇÃO
Emissão Clébia Caires Ana Marina Campas
00 25/01/2018 1 de 17 Ricardo Lacerda
inicial Giovanna Angeli de Faria

1. Introdução
O líquor ou líquido cefalorraquidiano (LCR) é o terceiro principal fluido do organismo,
constituindo um sistema fisiológico de suprimento de nutrientes para o tecido nervoso, de
remoção dos resíduos metabólicos, e de produção de uma barreira mecânica de
amortecimento dos traumas ao cérebro e a medula espinhal. A análise do LCR permite o
estadiamento e o seguimento de processos vasculares, infecciosos, inflamatórios e
neoplásicos que acometem, direta ou indiretamente, o Sistema Nervoso Central (SNC).

2. Objetivo
 Este procedimento operacional padrão (POP) foi elaborado pela seção de Hematologia e
tem como produto final a realização de exames de líquor.

3. Campos de aplicação
 Setor de Hematologia.

4. Referências normativas
 Resolução n° 302, de 13 de outubro de 2005: dispõe sobre regulamento técnico para
funcionamento de laboratórios clínicos.

5. Responsabilidade / competência
 Médico patologista: análise citológica, avaliação e verificação do resultado do exame.
 Biomédico: análise citológica, avaliação e verificação do resultado do exame.
 Bioquímico: análise citológica, avaliação e verificação do resultado do exame.
 Técnico de patologia clínica: realização do exame.

6. Definições
 Não se aplica.

ASSINATURA E CARIMBO 1
PROCEDIMENTO OPERACIONAL POP LAB HEM - 014
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TÍTULO: REALIZAR EXAME DE LÍQUOR

I - CONTROLE HISTÓRICO

Nº HISTÓRICO
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PÁGINAS ALTERAÇÃO
Emissão Clébia Caires Ana Marina Campas
00 25/01/2018 2 de 17 Ricardo Lacerda
inicial Giovanna Angeli de Faria

7. Conteúdo do padrão
7.1 Recursos necessários
 Mão de obra especializada
 Reagente
 Amostra

7.2 Principais passos


A. Mnemônico:
LIQU

B. Sinonímia:
Líquido cefalorraquidiano.

C. Aplicação clínica:
As indicações para a punção liquórica e análise do líquor são:
1. Infecções do Sistema Nervoso Central e Periférico: meningites e abscessos;
2. Hemorragias: hemorragia subaracnóide;
3. Neoplasias (câncer do SNC);
4. Processos imunoalérgicos;
5. Doenças desmielinizantes (ex: esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla, etc).

D. Fase Pré-Analítica:
1. Preparo do paciente: Não há preparo específico para o exame. O paciente pode
alimentar-se normalmente e não deve estar fazendo uso de medicação
anticoagulante ou de drogas que interfiram na coagulação sanguínea. A sedação
está indicada naqueles pacientes extremamente agitados, mas pode ser realizada
em todos aqueles que o desejarem. A coleta de LCR é uma técnica invasiva e este é
ASSINATURA E CARIMBO 2
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colhido por punção realizada por procedimento médico, principalmente entre a


terceira, quarta ou quinta vértebra lombar. Poderá também ser colhido por punção
alta, em cisterna, ventrículo cerebral (intratecal), ou através de válvulas de derivação
ventrículo - peritoneal. A punção liquórica está formalmente contra-indicada para
indivíduos com hipertensão intracraniana ou quando houver processo infeccioso no
trajeto da agulha.
2. Material e amostra:
i. As amostras idealmente são colhidas em três frascos estéreis, marcados 1, 2 e 3
na ordem em que são obtidas. O frasco 1 será usado para análises bioquímicas
e sorológicas, o frasco 2 para procedimentos microbiológicos, e o frasco 3 para
citologia e citometria (por apresentar menor chance de conter células
introduzidas acidentalmente durante punção);
ii. Caso seja recebido somente um frasco da amostra, esta deverá ser fracionada
de maneira asséptica na seção de bacteriologia, quando forem solicitados
exames microbiológicos, e o restante material será encaminhado para os demais
exames.
3. Armazenamento e estabilidade da amostra:
i. A rigor, o material deverá ser enviado para o laboratório o mais rapidamente
possível, de preferência em até 30 minutos após a coleta, já que mudanças
importantes tais como desintegração ou alterações morfológicas celulares,
diminuição da glicose, aumento na concentração das proteínas e de bactérias
podem ser detectadas depois de transcorridas aproximadamente 2 horas. Caso
não seja possível iniciar a análise do LCR no período de tempo recomendado (30
a 60 minutos), a amostra deve ser refrigerada entre 2 e 8ºC. As amostras para
análise microbiológica devem ser conservadas a temperatura ambiente por até 4
horas antes da realização;

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ii. Armazenamento: após realização guardar o restante da amostra por um período


máximo de 48 horas, refrigerada. Após esse período congelar a amostra por até
30 dias.
4. Critérios para rejeição de amostras:
i. Volume mínimo: 1,0 mL;
ii. Volume máximo: Não se aplica;
iii. Todas as amostras de LCR deverão ser processadas, não havendo, exceto
volume mínimo, limitações que impeçam a realização dos exames solicitados.
Caso haja ocorrências, por exemplo, hemorragias severas, formação de grandes
coágulos ou empiema (coleção purulenta), que dificultam interpretação, deverá
constar do resultado de exames (anexo 1), no campo.
Obs.: Comunicar ao médico patologista clínico, ou ao bioquímico responsável,
caso haja dúvida, nos procedimentos a serem adotados, se houver ocorrências.

E. Fase Analítica:
1. Materiais:
i. Albumina humana;
ii. Líquido de Turk: líquido diluidor de leucócitos.
a. H2O destilada: 100 mL
b. Ácido Acético Glacial: 2 mL
c. Azul de Metileno 1%: 100 mL -- 01 gr de Azul de Metileno diluído em 100 mL
de álcool etílico 95% PA e 09 mL de água destilada
iii. Corantes hematológicos (May Grünwald-Giemsa ou corante de coloração
rápida).
Obs.: Vide POP LAB HEM 003 – “FAZER COLORAÇÃO DE LÂMINAS
MANUAL”.
2. Equipamentos e instrumentos:
i. Citocentrífuga;

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Emissão Clébia Caires Ana Marina Campas
00 25/01/2018 5 de 17 Ricardo Lacerda
inicial Giovanna Angeli de Faria

ii. Centrífuga;
iii. Câmara de Neubauer;
iv. Tubos de ensaios: 7.5 X 1.0 cm;
v. Pipeta automática 100 µL;
vi. Lâminas para confecção de esfregaços;
vii. Papel de filtro para citocentrífuga;
viii. Corador automático SPS/EVOLUTION - HORIBA e corantes fornecidos pelo
fabricante. No caso de coloração manual, utilizar estante de coloração.
3. Procedimento passo a passo:
i. A amostra é analisada em três âmbitos: físico, químico e citológico.
ii. Primeiramente, identificar a folha de trabalho (anexo 1) com o nome do paciente,
número da amostra, data e horário da coleta e número da matrícula.
iii. Para o processamento da amostra, é necessário identificar quatro tubos de
ensaios com o número de registro do paciente;
iv. Transferir parte da amostra (depende da quantidade inicial de amostra) de LCR
homogeneizada para o 1º tubo de ensaio, e a partir deste pipetar 100 µL da mesma
para o 2º e 3º tubos de ensaios;
v. Centrifugar a 2000 rpm por 10 minutos o 1º tubo de ensaio (amostra
homogeneizada), e transferir o sobrenadante para o 4º tubo de ensaio.
vi. Após feito esse processo, proceder com as análises seguintes.

Exame Físico:
i. Homogeneizar a amostra;
ii. Observar sua aparência (cor e aspecto) antes da centrifugação e anotar os
resultados na folha de trabalho (anexo 1);
iii. Cor: o líquido cefalorraquidiano, dependendo do quadro clínico, assume
diferentes tipos de coloração. Utilize para definir a cor da amostra os termos:
Incolor – material transparente.

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00 25/01/2018 6 de 17 Ricardo Lacerda
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Leitoso – amostra com tonalidade esbranquiçada.


Xantocrômico – qualquer vestígio da tonalidade amarela ou laranja devido a
presença de hemoglobina (hemólise) e concentrações elevadas de proteínas ou
bilirrubina. Considerar também a possibilidade da existência de outras
substâncias, tais como: mertiolate e iodo.
Hemorrágico – tonalidade francamente vermelha, causada por níveis muito
aumentados de hemoglobina ou presença de grande quantidade de hemácias.
iv. Aspecto: observar a aparência do material e descrever conforme os critérios
abaixo:
Límpido – material sem nenhuma substância/conteúdo celular.
Levemente Turvo – a turvação pode ser observada devido à presença de células
sanguíneas, microrganismos (bactérias, fungos) e taxas elevadas de proteínas
ou lipídios.
Turvo – material apresenta-se intensamente turvo em virtude da presença de
numerosas substâncias ou elementos sólidos contidos na amostra.
Presença de Coágulo – visualização de grumos na amostra
v. Anotar também o aspecto físico da amostra após centrifugação (1º tubo depois
de centrifugado), utilizando os mesmos critérios citados anteriormente e anotar
se houve formação de botão hemático ou leitoso (depósito celular) após a
centrifugação.

Exame Químico:
O sobrenadante da amostra pós-centrifugação (4º tubo) é separado e
encaminhado para o Setor de Bioquímica onde serão feitas as dosagens dos
seguintes analitos conforme protocolo do próprio setor:
 Glicose
 Proteínas
 LDH (apenas com pedido médico)

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 Cloretos (apenas com pedido médico)

Exame Citológico:
Citometria:
i. A contagem celular deve ser feita imediatamente, já que os leucócitos e as
hemácias começam a lisar-se em uma hora após a coleta e 40% dos
leucócitos desintegram-se depois de 2 horas. A amostra que não puder ser
analisada imediatamente deverá ser refrigerada;
ii. Para facilitar esta contagem, e ao mesmo tempo fazer a contagem de
hemácias, usamos a câmara de Neubauer;
iii. Utilizam-se os 2° e 3° tubos de ensaios (cada um com 100 µL da amostra já
pipetada) para a contagem de células (citometria);
iv. Pipetar do 2º tubo cerca de 20 µL da amostra (pura) no reticulo de cima da
câmara de Neubauer, de forma que a câmara seja preenchida em sua
totalidade com a amostra a ser analisada;
v. Pipetar no 3º tubo 100 µL do líquido de Turk, resultando assim em uma
diluição 1:2. O líquido de Turk tem a função de lisar as hemácias e preservar
os leucócitos e células epiteliais, permitindo assim a contagem de leucócitos.
Homogeneíze bem e transfira a alíquota da amostra para o reticulo de baixo
da câmara de Neubauer;
Obs.: Em nenhuma circunstância deixe o conteúdo da amostra biológica
extravasar o reticulo da câmara de Neubauer. Utilize papel de filtro ou toalha
de papel para retirar o excesso. Deixe a câmara em repouso por alguns
minutos antes de iniciar a contagem, assegurando assim melhor
sedimentação das células e visualização das mesmas.
vi. No reticulo de cima (amostra pura) faz-se a contagem de todas as células
(hemácias, leucócitos e outras células). A contagem é feita nos quadrantes
laterais da câmara, conforme exemplificado na figura 1. No reticulo de baixo

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(diluído) as hemácias estarão lisas, faz-se a contagem dos leucócitos. A


fórmula padrão para calcular a contagem final é a seguinte:

Número de células contadas X diluição = nº de células


Número de quadrantes contados X 0,1

Esta fórmula pode ser usada para amostras diluídas ou não, oferecendo a
vantagem de flexibilidade no número de quadrantes contados.

Figura 1 – Contagem de células em câmara de Neubauer.

Exemplo: Contagem realizada no material diluído (1:2) nos 4 quadrantes.


Foram encontradas 30 células:

30 X 2 = 60 = 150 células
4 x 0,1 0,4

vii. Após a contagem dos dois retículos (puro e diluído), o resultado deverá ser
anotado na folha de trabalho (anexo 1). O resultado dos leucócitos será a

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00 25/01/2018 9 de 17 Ricardo Lacerda
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contagem final obtida do segundo retículo (diluído). Já para o resultado das


hemácias, faz-se a subtração da contagem do primeiro retículo (puro) e do
segundo retículo (diluído). Exemplo:

200 – 150 células = 50 células.


Citologia:
i. Identificar corretamente as lâminas (novas) de vidro para esfregaço, antes de
colocá-las nas peças de acrílico;
ii. Inserir o papel de filtro entre a lâmina e a cubeta observando se os orifícios dos
mesmos coincidem. Atente para o fato de que o local do inoculo deverá ser na
extremidade oposta e do lado contrário da etiqueta de identificação da lâmina;
iii. Colocar a lâmina e o papel de filtro identificada com a peça de acrílico (cubeta)
da citocentrífuga;
iv. Verificar se a cruzeta da citocentrífuga está corretamente balanceada com a
cubeta do lado oposto. Não se esquecer de contrabalancear o lado oposto com
o papel de filtro também.
v. Pipetar 100 µL do depósito do 1º tubo no orifício do citobloco, e após ter
depositado a amostra, colocar uma gota de albumina bovina no mesmo
orifício. Processar a citocentrifugação conforme descrito no POP LAB HEM
013 – “UTILIZAÇÃO DA CITOCENTRÍFUGA”.
OBS.: Para melhorar a adesão das células à lâmina e reduzir sua distorção, é
necessário adicionar ao sedimento 50 µL de albumina bovina a 22% ou
mesmo de plasma de uma amostra normal.
vi. Após a citocentrifugação retirar cuidadosamente a lâmina já identificada e
marcar, no verso da mesma, com caneta ou lápis apropriados, o local do
inoculo. Deixá-lo secar a temperatura ambiente;
vii. A seguir corar a lâmina conforme explicado no POP LAB HEM 003 – “FAZER
COLORAÇÃO DE LÂMINAS”.

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viii. Fazer a contagem específica (em percentual) das células, classificando-as


basicamente em polimorfonucleares (neutrófilos), mononucleares (linfócitos e
monócitos). A soma dos percentuais destas células deve ser sempre 100 %.
Se forem observados, por exemplo, percentuais consideráveis de eosinófilos
ou monócitos relatá-los separadamente, no campo observação, da folha de
resultados (anexo 1). A presença de outras células distintas das anteriores
deve ser relatada também no campo observação, tentando, se possível,
identificá-las ou, quando não , descrevê-las;
ix. A pesquisa de células neoplásicas nos líquidos deverá ser realizada somente
pelo patologista clinico ou bioquímico, que poderá sugerir o envio da amostra
para a anatomia patológica;
x. Quaisquer dúvidas na citologia deverão ser encaminhadas ao patologista,
biomédico ou bioquímico.

4. Limitações de Procedimento:
i. Este item aplica-se também para os líquidos ascítico, pleural, pericárdico,
peritoneal e sinovial.
ii. Vide item 4 da fase Pré - analítica: critérios para rejeição de amostras.

F. Fase Pós-Analítica:
1. Anotar na folha de resultados de exames (anexo 1) os resultados obtidos, inclusive
dosagens bioquímicas.
2. As lâminas que suscitam dúvidas deverão ser encaminhadas para revisão pelos
profissionais de nível superior. Os resultados serão liberados utilizando-se o campo
de observações no formulário constante do anexo 1: “Exame será revisto por
hematologista”.
3. Valores de Referência:

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VALORES DE REFERÊNCIAS - LÍQUOR


Cor Incolor
Aspecto Límpido
Coágulo Ausente
Adultos: 0a5
Leucometria (/mm3)
Neonatos: 0 a 30
Diferencial Acima de 90% de mononucleares
Glicorraquia 50 a 80 mg/dl
Adultos: 15 a 45
Proteínas (mg/dl) RN: 15 a 60
> 60 anos: 15 a 60
Globulinas Ausentes
Pré-albumina: 3.7 a 6.1
Albumina: 56.2 a 66.8
Alfa 1 : 3.1 a 5.9
Eletroforese de proteínas:
Alfa 2 : 4.9 a 8.5
Beta: 10.1 a 17.3
Gama : 6.2 a 11.4
Cloretos 115 a 130 mEq/l ou 690 a 770 mg/dl
ADA 4.5 a 18 U/L (30° C)
Àcido láctico 9 a 26 mg/dl ou 1.13 a 3.3 nmol/l
Uréia 10 a 40 mg/dl
LDH até 25 UI/L (30 °C)
CPK até 10 UI/L (30° C)

4. Valores Críticos:
Todos os exames realizados nos líquidos são de urgência, devendo ser liberados
imediatamente.

G. Controle de Qualidade:
1. Controle interno:
O Controle Interno da Qualidade é realizado mensalmente por avaliação entre
examinadores com análise crítica dos resultados. Uma amostra da rotina é analisada
por dois observadores em regime de inter-observador e os resultados são anotados
em planilha própria anexa na pasta de controle de qualidade de exames manuais

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(anexo 2 do POP LAB UGQ 0010 – “CONTROLE ALTERNATIVO DA QUALIDADE”).


Após, os resultados são validados por profissional de nível superior (bioquímicos,
médicos, biomédicos).
2. Controle externo:
O Controle Externo da Qualidade (CEQ) para o exame de líquor é realizado por
meio do programa Proficiência em Ensaios Laboratoriais (PELM) através da
comparação dos resultados obtidos em amostras de valor conhecido, fornecidas
pela empresa Controllab, entre os laboratórios participantes. A citometria é realizada
pelo técnico de patologia clínica do setor e seus resultados são avaliados e
reportados a Controllab por profissionais de nível superior. Já a citologia, por
lâminas online, é realizada pelos profissionais de nível superior do setor e reportada
à Controllab pelos mesmos. Anualmente são realizadas quatro rodadas de CEQ
para o exame de líquor.

H. Notas Adicionais:
1. Significado clínico:
i. A aparência do líquor, normalmente cristalina, pode fornecer informações
diagnósticas importantes. A ocorrência de amostra opaca, turva ou leitosa pode
ser resultado de concentração elevada de proteínas ou lipídios, mas é
principalmente devido a infecções, sendo a opacidade causada pela presença de
leucócitos;
ii. Existem vários fatores que podem provocar a xantocromia, sendo o mais comum à
presença de produtos de degradação dos eritrócitos. Outras causas incluem níveis
elevados de bilirrubina, presença de caroteno e grande concentração de proteínas
e pigmentos de melanina;
iii. As células encontradas no líquor normal são principalmente linfócitos e monócitos.
Os adultos têm mais linfócitos que monócitos enquanto os monócitos predominam
nas crianças (70 x 30%). Com a melhora dos métodos de concentração, estão

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sendo observados alguns neutrófilos no líquor normal. A presença de número


elevado destas células é considerada anormal, assim como o achado de
leucócitos imaturos e degenerados (granulações tóxicas e vacuolização
citoplasmática), eosinófilos, plasmócitos, macrófagos, aumento de células
teciduais (células do plexo coróide, encontradas normalmente em pequeno
número) e células neoplásicas.

2. Anormalidades citológicas do líquor:


i. Pleocitose* com neutrofilia: processos inflamatórios agudos, principalmente
meningite bacteriana ou virótica, tuberculose, parasitária e fúngica iniciais;
esclerose múltipla;
ii. Pleocitose com linfocitose: Meningite virótica, tuberculosa ou fúngica; esclerose
múltipla;
iii. Presença de plasmócitos: Presença de inflamações subagudas ou crônicas, tais
como esclerose múltipla e reação linfocitária;
iv. Presença de eosinófilos: Infecções parasitárias (neurocisticercose, mielite
esquistossomótica), reações alérgicas (por ex. rejeição a válvulas de derivações
ventriculoperitoniais), hidrocefalias;
v. Presença de macrófagos: Meningites virais e tuberculosas. Hemácias no líquor
(macrófago eritrófago ou pigmentado revela hemorragia cerebral);
vi. Presença de células blásticas: Infiltrações neoplásicas do Sistema Nervoso
(leucemias, tumores primários e metástases cerebrais);
vii. Presença de hemácias nucleadas: Punção liquórica traumática;
viii. Células epêndimas e do plexo coróide: em número bastante aumentado: trauma
no SNC.
* Pleocitose: Aumento do número de células.

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7.3 Cuidados especiais


 Os cuidados habituais de segurança devem ser aplicados na manipulação da amostra e
dos reagentes conforme o Manual de Biossegurança do Laboratório.
 Os reagentes utilizados em condições técnicas adequadas e armazenados nas condições
especificadas são estáveis até a data de validade expressa na etiqueta.
 Para mais informações sobre o teste vide bula “Instruções de Uso” (STA-STACLOT DRVV
SCREEN e DRVV CONFIRM) em anexo na pasta de bula do setor.

8. Siglas
 LCR: Líquido Cefalorraquidiano
 CEQ: Controle Externo da Qualidade
 SNA: solicitação de nova amostra
 SNC: Sistema Nervoso Central

9. Indicadores
 Desempenho no controle externo da qualidade (CEQ)
 Recoleta (geral, por material impróprio, para confirmação, por acidente e diversas)
 TAT (Turnaround Time) para testes imediatos e de emergência - HEMATOLOGIA

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10. Gerenciamento de riscos


Falhas
Categoria de potenciais Ações de Ações frente ao
Evento
risco geradoras de prevenção evento
riscos
Assistencial Acidente com o Desatenção Atenção ao
tubo/frasco manusear a SNA
amostra

Assistencial Identificação Troca de Atenção ao Refazer exame


manual do resultado do realizar a
paciente/analito paciente/não identificação da
incorreta realização do amostra
exame solicitado

Assistencial Identificação Liberação de Atenção ao Refazer o exame


errada de lâminas exame incorreto realizar a
identificação da
amostra

Assistencial Erro de diluição Liberação de Treinamento, Refazer o exame


exame incorreto atenção ao
realizar a diluição,
manter a
calibração das
pipetas
atualizadas

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Assistencial Reagente Liberação de Verificação do Refazer o exame


inadequado: Troca exame incorreto reagente antes de
de iniciar a rotina
reagente/reagente
vencido

Assistencial Leitura da reação Liberação de Atenção ao tempo Refazer o exame


fora do tempo exame incorreto de leitura

Assistencial Não comunicação Atraso na Treinamento para Uma vez


de resultado crítico assistência ao que seja detectada a não
paciente grave comunicado o comunicação do
resultado crítico. resultado crítico,
corrigir a falha.

11. Referências
 Body Fluids: C. Kjeldaberg., J. Knight. ASCP Press - 2º Ed. 1993.

ASSINATURA E CARIMBO 16
PROCEDIMENTO OPERACIONAL POP LAB HEM - 014
PADRÃO

TÍTULO: REALIZAR EXAME DE LÍQUOR

I - CONTROLE HISTÓRICO

Nº HISTÓRICO
REVISÃO DATA ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
PÁGINAS ALTERAÇÃO
Emissão Clébia Caires Ana Marina Campas
00 25/01/2018 17 de 17 Ricardo Lacerda
inicial Giovanna Angeli de Faria

12. Anexos
 Anexo 01: Modelo de laudo de líquidos corporais

HGIP - SERVIÇO DE PATOLOGIA CLÍNICA E MEDICINA LABORATORIAL


(SPCML) - SETOR HEMATOLOGIA

LÍQUIDOS CORPORAIS

Nome:___________________________________Reg.:______________________________
Material: _________________________________ Data:__________ Nº Amostra:_________
Exame Físico:
Antes centrifugação: Cor:________________________
Aspecto:_______________________
Após centrifugação: Cor:________________________
Aspecto:_______________________
Coágulo: __________________________________
pH : Não realizado
Exame Químico:
Glicose: _______________________
Proteínas: _______________________
LDH: _______________________
Exame Citológico:
Leucócitos: _______________________ /mm³
Hemácias: _______________________/mm³
Citologia: Polimorfonucleares: _______ %
Mononucleares: _______ %
Obs: ______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
 Não se esquecer de anotar os resultados neste formulário e caderno de resultados.
 “Lavar citocentrífuga” após o uso. Deixar lâmina, pedido médico e resultado , quando houver dúvidas ,
para revisão.
 LDH: Fazer somente quando solicitado pelo médico.
 Guardar a amostra restante na geladeira.
 Guardar lâminas para posterior arquivo.

ASSINATURA E CARIMBO 17

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