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IMPLANTAÇÃO DA ANÁLISE PREDITIVA DE FALHAS NA NOVA FROTA DE

TRENS DO METRO RIO, UTILIZANDO SISTEMA DE GERENCIAMENTO


EMBARCADO

Andréia de Souza Miguel (I)


Gilberto de Paula Bezerra (II)

RESUMO
O presente trabalho visa apresentar o uso de ferramentas de software para
análise de eventos ocorridos nos sistemas embarcados e a tendência de
ocorrência de falha para que, de maneira preditiva, sejam definidas as
correções necessárias e o material rodante continue com a confiabilidade
necessária para manter a disponibilidade do ativo a operação.
Foi desenvolvida uma plataforma web como facilitadora da leitura dos dados de
eventos armazenados no trem e extraído para banco de dados da empresa e
enumerados os diversos tipos de eventos ou falhas, classificados por
criticidade e sistemas.
Uma segunda etapa do trabalho, propõe a coleta automática destes dados para
leitura em tempo real e a criação de algoritmo como forma de tomada rápida de
decisão em manutenção preditiva e eliminação de repercussões na operação
do ativo.

(I) Andréia de Souza Miguel – Coordenadora de Ativos Operacionais


(II) Gilberto de Paula Bezerra – Técnico Especialista
Concessão Metroviária do Rio de Janeiro - MetroRio

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1. INTRODUÇÃO

1.1. MOTIVAÇÃO
A Gestão de Ativos do Metrô Rio segue um planejamento estruturado para
alcançar o último patamar da pirâmide descrita abaixo, com as mudanças
de conceito de:
• Manutenção baseada em tempo ou quilometragem para condição;
• Decisão baseada em impactos para decisão baseada em Riscos X
Custo
• Análise póstuma das falhas para análise preditiva das falhas.

Gestão
de Ativos

Ciclo de Vida Fase 5


dos Ativos Ciclo de Vida dos Ativos

Confiab. Padroniz. Fase 4


Fornecedo Equip./Sist. Integração da Manutenção
r
Integração
TPM Funcional RAM

Estratégia de Manutenção Fase 3


Ativos - Política por
condição Confiabilidade

Gerenc. de Integridade dos


Contratos RCM Ativos

Gerenc. Histórico de Sistema de Fase 2


paradas Equipamento Gestão SAP Sistematização

Fase 1
Priorização da Manutenção Manutenção Preventiva
Manut. Proativa

Análise de Falhas Programação e Execução/Revisão do


RAF Planejamento (PCM) Trabalho - RVT

Figura 1.1 – Pirâmide Gestão de Ativos

A implementação da manutenção Preditiva, pode-se obter através:


• Aumento da segurança e da disponibilidade dos equipamentos, com
redução dos riscos de acidentes e interrupções inesperadas;
• Eliminação da troca prematura de componentes, que possuam vida útil
remanescente ainda significativa;
• Redução dos prazos e custos das intervenções pelo conhecimento
antecipado das falhas a serem corrigidas;

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• Aumento da vida útil dos equipamentos e componentes pela melhoria
das condições de instalação e operação.
E as análises estatísticas dos dados coletados permitem:
• Identificar falhas crônicas e orientar a sua correção;
• Avaliar a eficácia e a qualidade dos serviços corretivos e propor
programas de treinamento e a adoção de novas tecnologias, visando o
seu aprimoramento.

1.2. INTENSIFICAÇÃO DO USO DO TMS (train management system –


sistema de gerenciamento do trem)
Uma parte da frota de trens do Metrô do Rio de Janeiro possui sistema SCADA
(Supervisory control and data aquisition), o TMS, que registra sinais sobre o
desempenho de sistemas do material rodante durante a operação comercial
em tempo real, sendo os mesmos gravados em um registrador de eventos
embarcado nas composições. Com isso, é possível realizar análises sobre o
desempenho dos principais sistemas do material rodante (exemplo: ar
condicionado, sistema de tração, sistema de inversores de alimentação e
sistema de controle de portas).
Contudo, este sistema apenas era utilizado para investigações e análises
técnica relacionadas a repercussões operacionais, de forma reativa.
Não havia treinamentos instituídos quanto sua utilização e conhecimento
difundido entre as equipes. É possível afirmar não haver efetividade na
utilização das ferramentas.
Passando ao patamar de Gestão de ativos e não mais somente Engenharia de
Manutenção, foi iniciado um trabalho que otimiza o uso dos recursos
disponíveis no ativo, garantindo maior confiabilidade e reduzindo os custos
operacionais, dentro de um conceito forte de segurança.
Analisar os dados do TMS como rotina permite que a manutenção implementar
ações para reduzir falhas e tempo de reparação, quando necessário, minimizar
repercussões e reduzir custos de HH e substituição de componentes indevidos.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. INTERFACE WEB TMS


Para viabilizar o trabalho, foi implementado um processo no qual o
desenvolvimento de uma interface web, realizado internamente pela equipe de
Tecnologia da Informação, foi o facilitador para executar as rotinas da equipe
da manutenção preventiva e as eventuais necessidade da equipe de
manutenção corretiva.
A interface web tem uma tela amigável, de fácil navegação e compreensão.
Contem todos os dados dos códigos de eventos / falhas registradas no TMS e
transferidos para o banco de dados interno.
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Desta interface, extrai-se um gráfico de Pareto com os eventos registrados em
maior número e repetibilidade. Também são extraídos os códigos ditos como
“críticos” (criticidade e origem os diversos dados coletados pelo hardware
embarcado do sistema TMS no modulo de exibição de eventos), os que podem
causar repercussão se não tratados e os “muito críticos”, os que exigem
retirada imediata do trem de operação para reparação.
No módulo de administração, o usuário com esse privilégio poderá realizar a
configuração do sistema e seus módulos. O usuário pode filtrar diversos
parâmetros como dados do trem, do carro, dados por sistemas, subsistemas e
período determinado, além de permitir transferência para um programa de
dados para aprofundamento das análises.
Para que os usuários possam cadastrar as análises realizadas e assim verificar
e acompanhar as manutenções realizadas, o usuário anexa o arquivo com o
resultado da sua análise pessoal, poderá cadastrar comentários, registrar em
que passo a análise se encontra no workflow até a nota gerada pelo ERP
(SAP) e a manutenção efetiva, acompanhando o andamento das análises e
falhas críticas das diversas composições e gerando relatórios de
acompanhamento e histórico de eventos.
A figura 1.1 abaixo, mostra a tela inicial para escolha das opções para análise.
Figuras 1.2 e 1.3, a sequência de informações de eventos:

Figura 2.1 – tela inicial da interface web

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Figura 2.2 – Gráfico Pareto de Falhas por sistema

Figura 2.3 – Gráfico Pareto de Falhas por subsistema

2.2. IMPLEMANTAÇÃO NA ROTINA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

A implementação da rotina de análise foi pautada por um forte treinamento


técnico nos sistemas do trem, como base para qualquer análise eficiente dos
dados de eventos, também treinamento na interface Web, coleta e
transferência de dados para o banco de dados corporativo e análise para
suportar e tomada de decisão. As equipes de manutenção preventiva são
divididas em sistemas de acordo com a lista dos principais a seguir:
ACD – sistema de ar condicionado
PRT – sistema de portas
PRP – sistema de propulsão (tração)
FRE – sistema de freio
ELE - sistema elétrico
AUT – sistema de automação e comunicação visual e sonora
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Os dados são coletados dos trens na noite anterior a preventiva programada,
são carregados na base de dados ficam disponíveis três horas após coleta. As
equipes diurnas fazem as análises, por sistema, e abrem as notas de
verificação ou atuação no sistema para execução durante a manutenção
preventiva a noite, garantindo que a falha potencial seja atuada antes de ser
uma falha real ou algo que gere uma repercussão.

2.3. IMPLEMENTAÇÃO NA MANUTENÇÃO CORRETIVA

A atuação da manutenção corretiva está relacionada diretamente a falha. Para


este tipo de manutenção, é utilizado os softwares de falhas de cada sistema.
Eles permitem que a falha seja analisada em menos tempo que os métodos
tradicionais de análise e de forma mais diretas. A manutenção ganha eficiência,
reduzindo o tempo de reparação e evitando a substituição desnecessária de
componentes.
As equipes de manutenção corretiva têm uma visão geral de todos os sistemas
do trem e suas correlações. O uso do software traz a possibilidade de uma
análise mais profunda no sistema em questão, tornando suas ações e decisões
assertivas.

Uso do Software
de falhas

Utilizar o software de
Corretiva Identificação da
PRT para diagnosticar
(Pós-falha) falha e correção
a causa - DIAG

Análise dos dados


do sistema de PRT
(portas)

Interface web para Correção por


Preventiva
análise das falhas de antecipação da
(antes da falha)
TMS falha potencial

Desenvolvimento da
interface web

Figura 2.4 – Esquema do Fluxo de manutenção, utilizando os dados do TMS

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3. RESULTADOS

3.1. MANUTENÇÃO PREVENTIVA


Em 2017, foram realizados estudos de falhas que geraram repercussão
operacional no sistema de Portas – PRT – na frota de trens CRC (34 trens de
seis carros). Foram contabilizadas quatro evacuações por falhas neste sistema,
sendo que duas destas poderiam ter sido evitadas com a análise dos eventos
que antecederam a falha.

3.1.1. Análises realizadas:

3.1.1.1. Repercussão de ION em 23/10/2017 – quebra do acoplamento do


motor de portas. Conforme análise do TMS do carro 5004, foi percebido que o
TMS alertou a falha 8606 - aviso de corrente excessiva - (durante alguns
minutos) na porta 6 nos dias 14 e 29/08 e em novembro houve a falha 8627. A
falha 8606 é uma falha de nível 3 – Crítica, o que tiraria o trem de operação
para correção imediata (Maintenance Event).
3.1.1.2. Repercussão de ION em 15/09/2017 – falha FMOPD. Conforme
análise do TMS do carro 4064, foi percebido que o TMS alertou a falha E003 a
partir do dia 03/09 e em 15/09, ocorreu a perda do comando de portas em
operação, devido a uma falha no FMOPD.

3.2. MANUTENÇÃO CORRETIVA


Foram realizadas análises no sistema de Portas – PRT – em 20% da frota de
trens CRC em 2017, suas falhas e repetibilidade.
Em média, 51% das vezes em que houve uma intervenção do trem, a
manutenção teve dificuldades para análise e o trem foi liberado para operação
após falha não constatada.
Ocorreram alguns casos mais críticos que o trem retorna 21 vezes com o
mesmo sintoma ao longo do ano e foram substituídos 7 componentes nestas
intervenções, sem confirmação de que estes eram a causa da falha.
Utilizando os softwares de diagnóstico de falhas, além de aumentar a
efetividade na identificação da falha, reduzimos o tempo usado na logística no
caso de repetibilidade, obtendo otimização de custos e reduzindo a
indisponibilidade do ativo.
4. SEGUNDA FASE

4.1. AUTOMATIZAÇÃO DA COLETA DE DADOS

Algumas melhorias no processo podem ser feitas, levando em consideração o


tempo elevado de extração dos dados do TMS no trem (cerca de 40 minutos) e
de forma manual, o que mobiliza um técnico.

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As análises ainda devem ser interpretadas por um técnico, que tem à
disposição um gráfico pareto, com a maior incidência de eventos e o software
com dados das falhas apenas serve de busca de informação.
Dessa forma, foi definido como requisitos para o projeto nesta segunda fase
que a captura dos dados do TMS, bem como a transmissão para nosso banco
de dados fosse realizada de forma automática, sem a necessidade de
intervenção da manutenção, com a utilização de bancos de dados associado
ao sistema de gerenciamento do trem.

4.2. TRANSMISSÃO DE DADOS

O desenvolvimento de software visa a adequação do sistema TMS (Train


Management System) da frota de trens CRC, de forma a especificar soluções
para melhorar a captura e transmissão de dados gerados pelos sensores
presentes nos trens, assim como, desenvolver uma solução computacional
para receber, tratar e visualizar as informações, provenientes do TMS e do
Event Recorder (ER), necessárias para as equipes de manutenção dos
equipamentos rodantes.
O diagrama abaixo apresenta de forma simplificada a ideia da solução
proposta, onde os dados do TMS e ER serão capturados dos trens CRC,
transmitidos das estações terminais para a central de manutenção,
processados e disponibilizados para as equipes de planejamento e operação
da manutenção.

Central de
Manutenção

Estação
Terminal

TMS Event
Trem CRC
(CU / LU) Recorder (ER)

Figura 4.1 – Diagrama simplificado da transmissão automática

4.3. ALGORITMO PARA TOMADA DE DECISÃO

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Em continuação aos estudos da manutenção preditiva, serão realizadas
atividades para construir um fluxo de melhoria contínua dos processos
intrínsecos à manutenção dos trens CRC, focando em estudos estatísticos, tais
como, correlação entre variáveis ou módulos de falhas, desenvolvendo uma
especificação do sistema de métricas e indicadores.
Será desenvolvido um sistema, responsável por armazenar e interpretar os
dados provenientes do TMS e ER e assim levantar e catalogar as ocorrências
de eventos e mostrá-los em sua interface, através de gráficos e relatórios, para
auxiliar na predição de falhas e manutenção dos trens.
Será realizada Pesquisa & Desenvolvimento de métodos matemáticos de apoio
multicritério à decisão para ordem de importância dos critérios e seleção ou
classificação ordenada dos módulos de falhas e de modelos preditivos com
probabilidade de falhas.

5. CONCLUSÃO

A desenvolvimento do uso de uma ferramenta que possibilite à antecipação as


falhas, diagnósticos claros e objetivos das falhas e otimização dos custos
trouxe para manutenção uma quebra de paradigma no conceito de eficiência,
confiabilidade e disponibilidade, contribuindo para otimização do ativo no seu
ciclo de vida e auxiliando para tomada de decisão quanto sua substituição.
Este trabalho está contribuindo para elevar o patamar da engenharia de
manutenção a gestão de ativos, com aumento da confiabilidade do trem e sua
disponibilidade com possibilidade de redução de custos em material e tempo
de reparação e uso de técnicas de manutenção preditiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS
Kardec, A., Esmeraldo, J., Lafraia, J. e Nascif, J., 2014. Gestão de Ativos,
Brasil

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