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1. Na resposta a cada um dos itens que se seguem, selecione a única opção correta.
1.1. Analise as afirmações que se seguem, sobre a explicação fenomenológica do ato de conhecer, e
indique a única opção que as descreve corretamente.
1. Acreditar pelas razões erradas num conhecimento verdadeiro, racionalmente justificado, pode
não constituir conhecimento.
2. Só pode haver conhecimento se houver coincidência entre a verdade e a realidade.
3. É possível que algumas crenças verdadeiras, apesar de não estarem plenamente justificadas,
constituam conhecimento.
4. Nenhuma crença pode ser alvo de conhecimento proposicional dado que não tem valor de
verdade.
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1.4. A definição tripartida de conhecimento designa:
(A) A relação entre o sujeito, o objeto e a proposição;
(B) A definição de conhecimento expressa pelo racionalismo;
(C) A definição de conhecimento como verdade justificada isenta de crença;
(D) A definição tradicional de conhecimento como crença verdadeira justificada.
A. Saber-fazer
B. Conhecimento por contacto
C. Conhecimento proposicional
GRUPO II
O ataque mais influente que foi feito à análise tripartida encontra-se no artigo de Edmund Gettier, “A
Crença Verdadeira Justificada é Conhecimento?” (1963). Este autor propôs certas situações
hipotéticas em que as pessoas têm crenças verdadeiras justificadas apesar de não terem
conhecimento. (…)
Os casos imaginados por Gettier são contraexemplos à análise tripartida. Gettier não questiona se a
justificação, a verdade e a crença são necessárias ao conhecimento; afirma que elas não são
conjuntamente suficientes: estas três condições podem ser todas satisfeitas sem que o sujeito tenha
conhecimento.
D. O’Brien, Introdução à Teoria do Conhecimento, Gradiva, 2013, p. 39.
1.1. Identifique as três condições para que haja conhecimento segundo a análise tripartida referida
no texto.
1.2. Porque defende Gettier que as condições da análise tripartida de conhecimento podem não ser
suficientes para que haja conhecimento?
1.3. Apresente outra objeção possível à análise tripartida de conhecimento além da que é
apresentada no texto.
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GRUPO III
A razão serve-nos para examinar os nossos supostos conhecimentos, tirar deles a parte que tenham
de verdade e a partir dessa base ir avançando até novas verdades. Passamos assim de algumas
crenças tradicionais semi-inadvertidas, para outras racionalmente verificadas. Mas, e a crença na
própria razão, que alguns consideraram «uma velha enganadora» (…)? E a crença na verdade? Não
poderiam ser também ilusões nada fiáveis e fontes de outras ilusões perigosas? Muitos filósofos se
questionaram sobre estas perguntas: longe de serem todos eles decididos racionalistas, isto é, crentes
na eficácia da razão, não faltam os que levantaram sérias dúvidas sobre ela e sobre a própria noção
de verdade que pretende atingir. Alguns são céticos, quer dizer, põem em questão ou negam
rotundamente a capacidade da razão para estabelecer verdades conclusivas. Outros, são relativistas,
ou seja, acham que não existem verdades absolutas mas apenas relativas conforme a etnia, o sexo, a
posição social ou os interesses de cada um e que por isso nenhuma forma universal da razão pode ser
válida para todos. Há também os que não gostam da razão pelo seu avanço laborioso, cheio de erros
e tentativas, para se declararem partidários de uma forma de conhecimento superior, muito mais
intuitiva ou direta, que não deduz ou conclui a verdade mas descobre-a por revelação ou visão
imediata.
F. Savater, As Perguntas da Vida, D. Quixote, 2010, pp. 55-56.
1.1. Identifique as três posições expressas no texto acerca da possibilidade do conhecimento humano.
1.3. Identifique e explique que critérios de avaliação de argumentos informais podem ser usados.
Tópicos de resposta
GRUPO I
1.1. (A); 1.2. (A); 1.3. (C); 1.4. (D)
2.1. C; 2.2. A; 2.3. B; 2.4. B; 2.5. B; 2.6. C; 2.7. A; 2.8. C.
3. A Filosofia ocupa-se prioritariamente do conhecimento proposicional, ou vulgarmente conhecido como saber que. Este tipo
de saber expressa o conhecimento de certas proposições ou pensamentos verdadeiros. O conhecimento proposicional interessa
mais à Filosofia porque tem valor de verdade e exige um elevado grau de empenhamento racional do que os outros tipos de
conhecimento.
GRUPO II
1.1 Segundo a definição tripartida o conhecimento depende de três condições: verdade, crença e justificação.
Assim é necessário que:
1 P seja verdadeiro;
2 S acredite em P;
3 S justifique racionalmente a crença em P.
1.2 Como é descrito no texto, segundo Gettier, a satisfação cumulativa das três condições (crença, verdade e justificação), não
é suficiente para que estejamos sempre na presença de um conhecimento. É possível que um sujeito acredite num
conhecimento verdadeiro e justificado, mas que o justifique pelas razões erradas. Neste caso não estaríamos na presença de
verdadeiro conhecimento.
1.3 Há pensadores que defendem que o conhecimento é possível, em alguns casos, satisfazendo-se apenas duas das
condições da análise tripartida de conhecimento. Um sujeito pode ter uma crença verdadeira, não totalmente justificada, que se
constitui como conhecimento. Por exemplo, é possível que quando se compra um novo jogo de tabuleiro, ainda que fechado na
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caixa e se desconheçam as regras do jogo, se acredite na proposição verdadeira “este jogo tem regras”. Apesar de
desconhecer a justificação da afirmação, o sujeito sabe e acredita que ela é verdadeira. Para os defensores desta objeção,
mesmo sem justificação, estaríamos neste caso na presença de conhecimento.
GRUPO III
1.1. O texto apresenta-nos três posições quando à possibilidade do conhecimento humano, o ceticismo, o relativismo e o
dogmatismo.
1.2 Há vários tipos de dogmatismo e de ceticismo. Geralmente os defensores do ceticismo acreditam que o conhecimento não
é possível, pelo contrário os defensores do dogmatismo defendem que o conhecimento humano é evidente.
1.3 São geralmente identificadas duas origens para o conhecimento humano, a que resulta dos nossos dados da sensibilidade
(a posteriori) e a que resulta da nossa racionalidade (a priori).
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