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Módulo 1 – Revisão dos conceitos básicos de estática

Escalares e vetores

Um escalar é um número positivo ou negativo. As grandezas físicas


escalares são totalmente descritas apenas pelo valor da intensidade (módulo),
por exemplo temperatura e massa.
Um vetor requer além de uma intensidade, uma direção e um sentido para
descrever totalmente a grandeza física. Exemplos: velocidade e força.

A multiplicação ou divisão de um vetor por um escalar mudará apenas a


intensidade do vetor. Se o escalar for negativo, o sentido do vetor mudará par
que ele atue no sentido oposto. Se os vetores forem colineares, a resultante é
simplesmente a adição algébrica ou escalar.

Lei do paralelogramo

Dois vetores são somados de acordo com a lei do paralelogramo. As


componentes formam os lados do paralelogramo e a resultante é a diagonal.
Para encontrarmos as componentes de uma força ao longo de quaisquer dois
eixos, estenda linhas da extremidade da força, paralelas aos eixos, para formar
as componentes, conforme Figura 1.

Figura 1 – Lei do paralelogramo.


Para obter as componentes ou a resultante, mostre como as forças se
comam indo da “origem para a extremidade” usando a regra do triângulo e, em
seguida, use a lei dos cossenos de dos senos para calcular seus valores.

 Lei dos cossenos: 𝐹𝑅 = √𝐹12 + 𝐹22 − 2𝐹1 𝐹2 𝑐𝑜𝑠(𝜃𝑅 )


𝐹 𝐹 𝐹
 Lei dos Senos: 𝑠𝑒𝑛1𝜃 = 𝑠𝑒𝑛2𝜃 = 𝑠𝑒𝑛𝑅𝜃
1 2 𝑅

Componentes retangulares em duas dimensões

Os vetores Fx e Fy são componentes retangulares de F, conforme


mostrado na Figura 2. A força resultante é determinada pela soma algébrica de
suas componentes.

Figura 2 – Componentes retangulares

Vetores cartesianos

O vetor unitário u tem comprimento de um, sem unidades, e a aponta na


direção do vetor F.

𝐹
𝑢
⃗ =
|𝐹|

Uma força pode ser decomposta em suas componentes cartesianos ao


longo dos eixos x, y e z de modo que: 𝐹 = 𝐹𝑥 𝑖 + 𝐹𝑦 𝑗 + 𝐹𝑧 𝑘.
A intensidade de F é determinada pela raiz quadrada positiva da soma
dos quadrados de suas componentes.
|𝐹 | = √𝐹𝑥2 + 𝐹𝑦2 + 𝐹𝑧2

Equilíbrio de uma partícula

Quando uma partícula está em repouso, ou se move com velocidade


constante, encontra-se em equilíbrio. Essa situação requer que todos as forças
que atuam sobre a partícula tenham uma força resultante igual a zero.
Para de considerarem todas as forças que atuam em uma partícula, é
necessário traçar um diagrama de corpo livre. Esse diagrama é um esboço da
forma da partícula que mostra todas as forças relacionadas com as intensidades
e direções conhecidas ou desconhecidas.

𝐹𝑅 = ∑ 𝐹 = ⃗0
⃗⃗⃗⃗

Em duas dimensões, temos que o equilíbrio de uma partícula é dado por:

∑ 𝐹𝑥 = 0

∑ 𝐹𝑦 = 0

Momento de uma força – definição escalar

Uma força produz um efeito de rotação ou momento em relação a um


ponto O que não se situe sobre sua linha de ação. Na forma escalar, a
intensidade do momento é o produto da força pelo braço de momento ou
distância perpendicular do ponto O à linha de ação da força.

𝑀𝑜 = 𝐹𝑑

A direção do momento é definida usando a regra da mão direita, Figura 3.


O momento Mo sempre age ao longo de um eixo perpendicular ao plano contendo
F e d, e passa pelo ponto.
Figura 3 – Regra da mão direita.

Momento de uma força – definição vetorial

O momento de uma força pode ser definido vetorialmente por:

⃗⃗ 𝑜 = 𝑟 x 𝐹
𝑀

onde r é um vetor posição que se estende do ponto O a qualquer ponto sobre a


linha de ação da força F.
Se o vetor posição e a força F estão expressos como vetores cartesianos,
então, o produto vetorial resulta da expansão de um determinante.

𝑖 𝑗 𝑘
⃗⃗ 𝑜 = 𝑟 x 𝐹 = | 𝑟𝑥
𝑀 𝑟𝑦 𝑟𝑧 |
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧

Referência de Estudo

Capítulo 2.

Capítulo 3.

Capítulo 4.

HIBBELER, R. C. “Estática - Mecânica para Engenharia”, São Paulo, Prentice Hall, 12ª edição,
2011.
Módulo 2 – Estruturas

Equilíbrio de corpos rígidos

Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio estático, além de não se


transladar, este corpo não pode girar. Assim, são necessárias duas condições
para satisfazer o equilíbrio de um corpo rígido:

1. A resultante das forças aplicadas sobre seu centro de massa deve ser
nula.
2. O resultante dos Momentos das Forças aplicadas ao corpo deve ser nulo.

Portanto, para a condição de equilíbrio, tem-se:

∑ 𝐹⃗ = ⃗0⃗ ⃗⃗⃗ = ⃗0⃗


∑𝑀

Decompondo a força e o momento em suas componentes cartesianas,


encontram-se as condições necessárias e suficientes para o equilíbrio de um
corpo rígido no espaço:

∑ 𝐹𝑥 = 0 ∑ 𝐹𝑦 = 0 ∑ 𝐹𝑧 = 0

∑ 𝑀𝑥 = 0 ∑ 𝑀𝑦 = 0 ∑ 𝑀𝑧 = 0

As condições de equilíbrio de um corpo rígido simplificam-se no caso de


uma estrutura bidimensional. Escolhendo os eixos x e y no plano da estrutura,
tem-se:

∑ 𝐹𝑥 = 0 ∑ 𝐹𝑦 = 0 ∑ 𝑀𝑜 = 0

onde O é um ponto qualquer no plano da estrutura. Essas três equações podem


ser resolvidas para um máximo de três incógnitas.

Apoios

Apoios ou vínculos são elementos que restringem os movimentos das


estruturas e recebem a seguinte segundo a Tabela 1.
Tabela 1 – Tipos de apoiois

Tipos de Estruturas

As estruturas são classificadas em função do número de reações de apoio


ou vínculos que possuem. Cada reação constitui uma incógnita a ser
determinada.

Para uma estrutura plana, o equilíbrio de um corpo rígido fornece três


equações:

∑ 𝐹𝑥 = 0 ∑ 𝐹𝑦 = 0 ∑ 𝑀𝑜 = 0

Estruturas hipostáticas

Estruturas hipostáticas são aquelas cujo número de reações de apoio ou


vínculos é inferior ao número de equações fornecidas pelas condições de
equilíbrio estático. A Figura 1 ilustra um tipo de estrutura hipostática. As
incógnitas são duas: RA e RB. Esta estrutura não possui restrição a movimentos
horizontais.
Figura 1 – Estrutura hipostática

Estruturas isostáticas

Estruturas isostáticas são aquelas cujo número de reações de apoio ou


vínculos é igual ao número de equações fornecidas pelas condições de equilíbrio
da Estática. No exemplo da estrutura da Figura 2 as incógnitas são três: RA, RB
e HA. Esta estrutura está fixa; suas incógnitas podem ser resolvidas somente
pelas equações fundamentais da Estática.

Figura 2 – Estrutura isostática

Estruturas hiperestáticas

Estruturas hiperestáticas são aquelas cujo número de reações de apoio


ou vínculos é superior ao número de equações fornecidas pelas condições de
equilíbrio estático. Um tipo de estrutura hiperestática está ilustrado na Figura 3.
As incógnitas são quatro: RA, RB, HA e MA. As equações fundamentais da
Estática não são suficientes para resolver as equações de equilíbrio. São
necessárias outras condições relativas ao comportamento da estrutura, como, p.
ex., a sua deformação para determinar todas as incógnitas.
Figura 3 – Estrutura hiperestática.

Referência de Estudo

Capítulo 4. Seções 4.9.

Capítulo 5. Seções 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4.

HIBBELER, R. C. “Estática - Mecânica para Engenharia”, São Paulo, Prentice Hall, 12ª edição,
2011.
Módulo 3 – Forças Internas

Cargas Internas

Se um sistema de forças coplanares atua sobre um membro, então em


geral uma resultante interna da força normal N, da força cortante V e do momento
fletor M atuarão em qualquer seção transversal ao longo do membro. As direções
positivas dessas cargas estão mostradas na Figura 1.

Figura 1 – Convenção de sinais para os esforços internos.

A resultante interna da força normal, da força cortante e do momento fletor


são determinadas usando-se o método das seções. Para encontrá-las, o
membro é seccionado no ponto C onde as cargas internas devem ser
determinadas. Um diagrama de corpo livre de uma das partes seccionada é
então desenhado e as cargas internas são mostradas em suas direções
positivas, conforme mostrado na Figura 2.

Figura 2 – Método das seções.


A resultante da força normal é determinada somando as forças normais
na seção transversal. A resultante da força cortante é encontrada somando-se
as forças tangentes à seção transversal, e a resultante do momento fletor é
encontrado somando-se os momentos em relação a um ponto qualquer da
estrutura.

Diagramas de esforços cortante e de momento fletor

Para construir os diagramas de esforço cortante e de momento fletor para


um membro, é necessário seccionar o membro em um ponto qualquer, localizado
a uma distância x da extremidade esquerda.
Se a carga externa consiste em variações na carga distribuída, ou uma
série de forças e momentos de binários concentrados atuando sobre o membro,
então diferentes expressões para V e M devem ser determinadas dentro das
regiões entre quaisquer descontinuidades de carga, conforme ilustrado na Figura
3.

Figura 3 – Método das seções.

O esforço cortante e o momento incógnitos são indicados na seção


transversal na direção positiva, de acordo com a convenção de sinais
estabelecida, e depois o esforço cortante e momento fletor internos são
determinados com funções de x.
Cada uma das funções de esforço cortante de do momento fletor é então
expressa graficamente para criar os diagramas de esforço cortante e momento
fletor.
Relação entre esforço cortante e momento fletor

É possível construir diagramas de esforço cortante e de momento fletor


usando relações diferenciais que existem entre a carga distribuída w, V e M.
A inclinação do diagrama de esforço cortante é igual a carga distribuída
em qualquer ponto. A inclinação é positiva se a carga distribuída atuar para cima,
e vice-versa. Portanto:
𝑑𝑉
=𝑤
𝑑𝑥

A inclinação do diagrama do momento fletor é igual ao esforço cortante


em qualquer ponto da estrutura. A inclinação é positiva se o esforço cortante for
positivo. Assim:
𝑑𝑀
=𝑉
𝑑𝑥

Referência de Estudo

Capítulo 7. Seções 7.1, 7.2, 7.3

HIBBELER, R. C. “Estática - Mecânica para Engenharia”, São Paulo, Prentice Hall, 12ª edição,
2011.
Módulo 4 – Treliças

Treliça é toda estrutura constituída de barras ligadas entre si nas


extremidades. O ponto de encontro das barras é chamado nó da treliça. Os
esforços externos são aplicados unicamente nos nós.

Denomina-se treliça plana, quando todas as barras de uma treliça estão


em um mesmo plano. Já as treliças tridimensionais são aquelas onde as barras
estão em planos diferentes.

As seguintes hipóteses são consideradas para a análise de treliças:

 As barras da treliça são ligadas entre si por intermédio de articulações


sem atrito.
 As cargas e reações aplicam-se somente nos nós da estrutura.
 O eixo de cada barra coincide com a reta que une os centros das
articulações (como nas estruturas lineares).

Satisfeitas todas as hipóteses mencionadas, as barras da treliça só serão


solicitadas por forças normais. As forças normais podem ser de tração ou
compressão.
N N

A A

 Tração

Forças Normais  Compressão B


B
N
N

Na prática não se consegue obter uma articulação perfeita, sem atrito. As


articulações são formadas por chapas rebitadas ou soldadas, que podem ser
consideradas praticamente rígidas.
Devido ao fato de não termos uma articulação perfeita aparecerá
momento fletor e força cortante. Também o peso próprio da barra provoca flexão
na mesma, só que é desprezível por ser muito pequeno. O peso da barra vai
aplicado nos nós.

P/2

B
P/2

As treliças podem ser classificadas em Isostáticas, Hiperestáticas e


Hipostática. Dados os valores das forças P1, P2, P3 e P4, se conseguirmos
determinar, pelas equações da estática, os valores de R1 e R2 e os esforços nas
barras, ela é isostática.

P1 P2
P4

R1 R2
P3

Se determinarmos somente as reações de apoio ela é dita internamente


hiperestática (as incógnitas são as forças normais).

Quando nem as reações se determinam ela é dita externamente


hiperestática.
P2

HA A B

VA VB
As incógnitas a se determinarem são:

1) As reações de apoio HA, VA e VB, chamadas de vínculos representados


pela letra V.
2) Esforços normais nas barras representados pela letra b.

Logo o número de incógnitas é (b + V).

P Portanto, para cada nó da


N1 N x  Px  0 estrutura nós temos duas

N3
N y  Py  0 equações, logo se a estrutura
N2
possuir N nós, teremos 2N
equações.

Portanto:

 Treliça ser isostática V + b = 2N


 Treliça hipostática b + V < 2N
 Treliça hiperestática b + V > 2N.

O grau de hiperestaticidade de uma treliça é dado pela equação:

g = (b + V) – 2N

Exemplos:

v = 3, b = 11, N = 7 v = 3, b = 9

b + v = 14 2N = 14 N=6 b + v = 12 2N = 12

Isostática Isostática
v = 4, b = 13, N = 8 v = 3, b = 14, N = 8

b + v = 17 2N = 16 b + v = 17, 2N = 16

Hiperestática (g = 1) Hiperestática (g = 1)

Incógnita: uma das reações de Incógnita: esforço de uma das

apoio – externamente barras- internamente

hiperestática. hiperestática.

Referência de Estudo

Capítulo 6. Seções 6.1, 6.2, 6.3 e 6.4.

HIBBELER, R. C. “Estática - Mecânica para Engenharia”, São Paulo, Prentice Hall, 12ª edição,
2011.
Módulo 5 – Estudo de figuras planas simples e
compostas

Centro de gravidade e centroide

O centro de gravidade G representa um ponto onde o peso do corpo pode


ser considerado concentrado. A distância de um eixo até esse ponto pode ser
determinada a partir de um equilíbrio de momentos, o que requer que o momento
requer que o momento do peso de todas as partículas do corpo em relação a
esse eixo seja igual ao momento do peso inteiro do corpo em relação ao eixo. O
centro de massa coincidirá com o centro de gravidade desde que a aceleração
da gravidade seja constante.
O centroide é a localização do centro geométrico para o corpo. Ele é
determinado de maneira similar, usando um equilíbrio de momentos dos
elementos geométricos, como os segmentos de linha, área ou volume. Para
corpos planos que possuem uma forma contínua, os momentos são integrados
usando elementos diferenciais. Assim, o centroide de uma um corpo plano 𝑥̅ e 𝑦̅
é calculado por:

∫ 𝑥̃ 𝑑𝐴
𝑥̅ =
∫ 𝑑𝐴

∫ 𝑦̃ 𝑑𝐴
𝑦̅ =
∫ 𝑑𝐴

onde 𝑥̃ e 𝑦̃ são o centroide do elemento de área dA.

O centro de massa coincidirá com o centroide, desde que o material seja


homogêneo, ou seja, a densidade do material seja a mesma em toda a parte.

Corpo composto
Se o corpo for uma combinação de várias formas, cada uma com uma
localização conhecida para seu centro de gravidade ou centroide, então a
localização do centro de gravidade ou centroide do corpo pode ser determinada
a partir do somatório discreto usando suas partes. Assim:
∑ 𝑥̃𝑖 𝐴𝑖
𝑥̅ =
∑ 𝐴𝑖

∑ 𝑦̃𝑖 𝐴𝑖
𝑦̅ =
∑ 𝐴𝑖

onde 𝑥̃𝑖 e 𝑦̃𝑖 são o centroide da área 𝐴𝑖 .

Momento de inércia de área

O momento de inércia de área apresenta o segundo momento de área em


relação a um eixo. Normalmente, ele é usado em fórmulas relacionadas à força
e estabilidade de membros estruturais ou elementos mecânicos.
Se a forma da área for irregular, Figura 1, mas puder ser descrita
matematicamente, então um elemento diferencial precisa ser relacionado e a
integração sobre a área total deve ser realizada para determinar o momento de
inércia.

Figura 1 – Momento de inércia

O momento de inércia em relação aos eixos x e y, são:

𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2 𝑑𝐴

𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝐴
Teorema dos eixos paralelos

Se o momento de inércia para uma área for conhecido em relação a um


eixo centroidal, então seu momento de inércia em relação a um eixo paralelo
pode ser determinado pelo teorema dos eixos paralelos, conforme mostrado na
Figura 2.

Figura 2 – Teorema dos eixos paralelos.

O teorema dos eixos paralelos é definido por:

𝐼 = 𝐼 ̅ + 𝐴𝑑 2

onde A é a área do corpo e d é a distância do eixo centroidal ao eixo paralelo.

Área composta

Se uma área é uma composição de formas simples, seu momento de


inércia é igual à soma algébrica dos momentos de inercia de cada uma das
partes, conforme ilustrado na Figura 3.

Figura 3 – Momento de inércia de área composta.


Referência de Estudo

Capítulo 9. Seções 9.1 e 9.2.

Capítulo 10. Seções 10.1, 10.2 e 10.4

HIBBELER, R. C. “Estática - Mecânica para Engenharia”, São Paulo, Prentice Hall, 12ª edição,
2011.
Módulo 6 – Tensão e Deformação
Tensão

Considerando que a área secionada da Figura 1 (a) está subdividida em


pequenas áreas, como ∆A. À medida que essa área é reduzida a um tamanho
menor, adotam-se duas premissas em relação às propriedades do material.
Considera-se que esse material deve ser contínuo e coeso.

Figura 1(a) - Distribuição de forças que agem sobre área secionada.

Na Figura 1(a) é apresentada uma força típica finita ∆F, pequena, agindo
sobre a área ∆A a ela associada. Essa força, assim como todas as outras terá
uma direção única, mas que pode ser substituída por suas três componentes
(∆Fx, ∆Fy, ∆Fz). Essas componentes são tangentes e normais à área. À medida
que a área ∆A tende a zero, o mesmo ocorre com a força ∆F e suas componente,
porém, em geral o quociente entre a força e a área tenderá a um limite finito.
Esse quociente é denominado tensão.
A tensão descreve a intensidade da força interna sobre um plano
específico (área) que passa por um ponto.

Tensão normal

A intensidade da força, ou força por unidade de área, que age


perpendicularmente à ∆A, é definida como tensão normal, σ. Visto que ∆Fz é
normal a área, então:
∆𝐹𝑧
𝜎𝑧 = lim
∆𝐴→0 ∆𝐴

Se a força normal ou tensão tracionar o elemento de área ∆A, como


mostra a Figura 1(a), ela será denominada de tensão de tração, ao passo que,
se comprimir o elemento ∆A, ela será denominada tensão de compressão.

Tensão de cisalhamento

A intensidade da força, ou força por unidade de área, que age tangente a


∆A, é denominada tensão de cisalhamento, τ. A seguir é apresentada as
componentes da tensão de cisalhamento:

∆𝐹𝑥
𝜏𝑧𝑥 = lim
∆𝐴→0 ∆𝐴

∆𝐹𝑥𝑦
𝜏𝑧𝑦 = lim
∆𝐴→0 ∆𝐴

Nas componentes de cisalhamento, o eixo z especifica a orientação da


área e x e y referem-se às retas que indicam a direção das tensões de
cisalhamento.

Estado geral de tensão

Se o corpo for mais secionado por planos paralelos ao plano x-y e pelo
plano y-z então pode-se “cortar” um elemento cúbico de volume de material que
representa o estado de tensão que age em torno do ponto escolhido no corpo
(Figura 3).

Figura 3- Estado de tensão que age em torno do ponto escolhido.


O estado de tensão é caracterizado por três componentes que agem em
cada face do elemento. Essas componentes da tensão descrevem o estado da
tensão no ponto somente para o elemento orientado ao longo dos eixos x, y e z.

Tensão normal média em uma barra com carga axial

Elementos estruturais ou mecânicos podem ser comprimidos, delgados


ou ainda sujeitos a cargas axiais que normalmente são aplicadas nas
extremidades do elemento.
A figura 4(a) apresenta um exemplo da distribuição de tensão média que
age na seção transversal de uma barra com carga axial. Quando uma barra
possui todas as seções transversais iguais, a barra é denominada prismática. Se
o peso da barra e da seção for desprezado, então, para o equilíbrio do segmento
inferior (Figura 4 (b)), a força resultante interna que age na área da seção
transversal deve ter valor igual, direção oposta e ser colinear à força externa que
age na parte inferior da barra.
Para determinar a distribuição da tensão média que age sobre a área da
seção transversal da barra, é necessário adotar duas premissas simplificadoras
em relação à descrição do material e à aplicação específica da carga.

1- A barra tem que permanecer reta, antes e depois da aplicação da carga,


e a seção transversal deve permanecer achatada ou plana durante a
deformação. A barra quando submetida a carga deve se deformar
uniformemente (Figura 4 (c)). Não deve ser considerar regiões próximas
as extremidades da barra.
2- Para que a deformação da barra seja uniforme é necessário que P seja
aplicada o longo do eixo centroide da seção transversal e que o material
seja homogêneo e isotrópico.
Figura 4 - Tensão normal média em uma barra com carga axial.

Distribuição da tensão normal média

Se a barra estiver submetida a uma deformação uniforme e constante, a


deformação é resultado de uma tensão normal constante σ, Figura 4 (d).

Figura 4 - Tensão normal média em uma barra com carga axial.

O resultado é que cada área ∆A, na seção transversal está submetida a


uma força ∆F=σ ∆A, e a soma dessas forças que agem em toda área da seção
transversal deve ser equivalente a força resultante interna P na seção.

Se fizermos ∆A→dA e, portanto, ∆F→dF, então reconhecendo que o σ é


constante, tem –se:

∫ 𝑑𝐹 = ∫ 𝜎𝑑𝐴
𝐴
𝑃
𝜎=
𝐴

onde:

σ = tensão normal média em qualquer ponto na área da seção transversal;


P = força normal interna resultante, que é aplicada no centroide da área da seção
transversal. P é determinada pelo método das seções e pelas equações de
equilíbrio;
A= área da seção transversal da barra.

Equilíbrio

Existe somente uma tensão normal em qualquer elemento de volume de


material localizado em cada ponto na seção transversal de uma barra com carga
axial. Se for considerado o equilíbrio vertical do elemento, como apresentado na
Figura 5, então aplicando o equilíbrio de forças têm-se:

𝜎(∆𝐴) − 𝜎´(∆𝐴) = 0

σ = σ´

Figura 5 - Equilíbrio Vertical do elemento

Ou seja, as duas componentes da tensão normal no elemento devem ter


valores iguais, e direções opostas, caracterizando a tensão uniaxial. Segundo a
Figura 6, a amplitude da força resultante interna P é equivalente ao volume sob
o diagrama de tensão; isto é, P =σ.A.
Figura 6- Elementos sujeitos a compressão e tensão.

Tensão normal média máxima

Até agora a força interna P e a área da seção transversal A eram


constantes ao longo do eixo longitudinal da barra e, como resultado, a tensão
normal σ =P/A também é constante em todo o comprimento da barra. Porém, se
a barra estiver sujeita a várias cargas externas ao longo do eixo ou mudança da
área da seção transversal, a tensão normal pode ser diferente de uma seção
para outra. Portanto, se quisermos determinar a tensão normal média máxima,
deve-se determinar o lugar onde a razão P/A é um máximo. Para isso, podemos
mostrar a variação da força P ao longo do comprimento da barra por meio de um
diagrama de força axial ou normal. Se a força P for positiva ela estará causando
tração no elemento e se for negativa causará a compressão do elemento.
Conhecendo a força P ao longo da barra pode-se então identificar a razão
máxima P/A.

Tensão de cisalhamento média

Tensão de cisalhamento é a componente da tensão que age no plano da


área secionada. Se considerarmos apoios rígidos e uma força F suficientemente
grande, na Figura 7 o material irá se deformar ao longo dos planos AB e CD.
Figura 7-Tensão de cisalhamento média.

A força de cisalhamento V=F/2 deve ser aplicada a cada seção para


manter o seguimento em equilíbrio. A tensão de cisalhamento média distribuída
sobre a área secionada que desenvolve essa força de cisalhamento é definida
por:

𝑽
𝝉𝒎é𝒅 =
𝑨

onde:

τméd = tensão de cisalhamento média na seção, que consideramos ser a mesma


em cada ponto localizado na seção.

V = força de cisalhamento interna resultante na seção determinada pelas


equações de equilíbrio.

A = área na seção.

Cisalhamento simples

Quando o cisalhamento é causado pela ação direta da carga aplicada F o


cisalhamento é definido como simples ou direto. Exemplos desse tipo de
cisalhamento podem ser vistos em acoplamentos simples que utilizam
parafusos, pinos, material de solda etc.

Se duas peças finas ou pequenas forem interconectadas, as cargas


aplicadas podem provocar o cisalhamento do material com flexão desprezível
(Figura 8). Caso isso ocorra, é adequado, em geral, que a análise do projeto
considere que uma tensão de cisalhamento média age sobre a área da seção
transversal. As superfícies de fixação entre os elementos estão sujeitas somente
a uma única força de cisalhamento simples V=F. Essa força é usada na equação
anterior para determinar a tensão de cisalhamento média.

Figura 8- Cisalhamento simples.

Cisalhamento duplo

Quando a junta é construída como a Figura 9 apresenta, duas superfícies


de cisalhamento devem ser consideradas. Esses tipos de acoplamento são
normalmente denominados juntas de dupla superposição e temos uma condição
de cisalhamento duplo. Sendo assim, V= F/2 age sobre cada área secionada, e
isso deve ser considerado ao aplicar a equação τméd =V/A.

Figura 9- Cisalhamento duplo.


Equilíbrio

O equilíbrio de forças e momentos exige que a tensão de cisalhamento


que age sobre a face superior do elemento seja acompanhado por tensões de
cisalhamento que agem sobre as outras três faces. Neste caso, todas as quatro
tensões de cisalhamento devem ter valores iguais e serem direcionadas no
mesmo sentido ou em sentido oposto um das outras nas bordas opostas do
elemento. Isso é denominado propriedade complementar do cisalhamento e
como apresentada na situação da Figura 10, cisalhamento puro.

Figura 10- Cisalhamento Puro.

Deformação

Cargas provocarão deformações em todos os corpos materiais e, como


resultado, os pontos no corpo sofrerão deslocamentos ou mudanças de posição.
Também pode ocorrer deformação em um corpo quando há mudança de
temperatura.

De maneira geral, a deformação de um corpo não será uniforme em todo


o seu volume e, portanto, a mudança na geometria de cada segmento de reta no
interior do corpo pode variar ao longo de seu comprimento.

Deformação é a quantidade geométrica medida por técnicas


experimentais. Uma vez obtida, pode-se determinar a tensão no corpo pelas
relações entre as propriedades do material.
Deformação normal

Deformação normal é uma medida do alongamento ou contração de um


pequeno segmento de reta no corpo, ao passo que deformação por cisalhamento
é uma medida da mudança que ocorre no ângulo entre dois segmentos de reta
pequenos originalmente perpendiculares um ao outro.

Considerando a reta AB, contida no interior de um corpo não deformado,


como mostrado na Figura 11. Essa reta encontra ao longo do eixo n e tem um
comprimento original ∆s. Após a deformação, os pontos A e B são deslocados
para A’ e B’, e a reta torna-se uma curva de comprimento ∆s´. Portanto, podemos
definir a deformação normal média usando o símbolo ϵméd:

∆𝒔´ − ∆𝒔
𝝐𝒎é𝒅 =
∆𝒔

À medida que escolhemos o ponto B cada vez mais próximo do ponto A,


o comprimento de reta fica menor. Por consequência, no limite, a deformação
normal no ponto A e na direção n é:

∆𝒔´ − ∆𝒔
𝝐= 𝐥𝐢𝐦
𝑩→𝑨 𝒂𝒐 𝒍𝒐𝒏𝒈𝒐 𝒅𝒆 𝒏 ∆𝒔

Figura 11 -
Se a deformação normal for conhecida, podemos usar essa equação para
obter o comprimento final aproximado de um segmento curto de reta na direção
de n após a deformação. Temos:

∆𝒔´ ≈ (𝟏 + 𝝐)∆𝒔

Se o valor de ϵ positivo, a reta inicial se alongará, mas se o valor de ϵ for


negativo a reta se contrairá.

Deformação por cisalhamento

A mudança que ocorre no ângulo entre dois segmentos de reta que


originalmente eram perpendiculares um ao outro é denominada deformação por
cisalhamento. Esse ângulo é representado por Ƴ (gama) e medido em radianos
(rad). Considerando a Figura 12, quando o corpo é deformado, a extremidades
das retas são deslocadas, e as próprias retas transformam-se em curvas de
modo tal que o Ângulo entre elas em A é θ´. Por consequência, definimos a
deformação por cisalhamento no ponto A associada aos eixos n e t como:

𝝅
𝜸𝒏𝒕 = − 𝐥𝐢𝐦 𝜽´
𝟐 𝑩→𝑨 𝒂𝒐 𝒍𝒐𝒏𝒈𝒐 𝒅𝒆 𝒏
𝑪→𝑨 𝒂𝒐 𝒍𝒐𝒏𝒈𝒐 𝒅𝒆 𝒕

Figura 12

Componentes cartesianas da deformação

O estado de deformação em um ponto é caracterizado por seis


componentes da deformação: três deformações normais, ϵx, ϵy, ϵz, e três
deformações por cisalhamento, Ƴxy, Ƴyz, Ƴxz. Essas componentes dependem da
orientação dos segmentos de reta e de sua localização no corpo.

Essas deformações descrevem completamente a deformação de um


elemento de volume retangular do material localizado no ponto e orientado de
modo que seus lados são originalmente paralelos aos eixos x, y, z. Uma vez
definidas essas deformações em todos os pontos no corpo, a forma deformada
do corpo poderá ser descrita.

Componentes cartesianas da deformação

A maioria dos materiais de engenharia sofre pequenas deformações e,


portanto, uma deformação normal ϵ << 1. Essa premissa da “análise de
pequenas deformações” permite a simplificação dos cálculos da deformação
normal, já que é possível fazer aproximações de primeira ordem em relação ao
seu tamanho.

Referência de Estudo

Capítulo 1. Seções 1.1 à 1.7

Capítulo 2 Seções 2.1 e 2.1

HIBBELER, R. C. “Resistência dos materiais”, São Paulo, Prentice Hall, 7ª edição, 2010.
Módulo 7 - Propriedade mecânica dos materiais

Ensaio de tração e compressão

A resistência de um material depende de sua capacidade ele suportar uma


carga sem deformação excessiva ou ruptura. Essa propriedade é inerente ao
próprio material e eleve ser determinada por métodos experimentais. Um dos
testes mais importantes nesses casos é o ensaio ele tração ou compressão.
Para executar o ensaio ele tração ou compressão, prepara-se um corpo
de prova do material com forma e tamanho "padronizados". A máquina de teste
(Figura 1) é utilizada para alongar o corpo de prova a uma taxa muito lenta e
constante, até ele atingir o ponto de ruptura. A máquina é projetada para ler a
carga exigida para manter o alongamento do corpo de prova uniforme. Serão
obtidos: dados da carga aplicada P em intervalos frequentes e o alongamento
δ= L- L0. Esse valor δ é usado para calcular a deformação normal média no corpo
de prova.

Figura 1 - Máquina de teste

Diagrama tensão-deformação

Com os dados obtidos em um ensaio de tração ou compressão é possível


calcular vários valores da tensão e da deformação correspondentes no corpo de
prova e, então, construir um gráfico com esses resultados, denominado
diagrama tensão-deformação. Esses gráficos podem ser descritos de duas
formas apresentados a seguir:
Diagrama tensão-deformação convencional

Um diagrama tensão-deformação convencional é importante na


engenharia porque proporciona um meio para obtenção de dados sobre a
resistência à tração ou à compressão de um material sem considerar o tamanho
ou a forma física do material. Tensão e deformação de engenharia são
calculadas pela área da seção transversal e comprimento de referência originais
do corpo de prova.
A tensão nominal ou tensão de engenharia é obtida dividindo a carga
aplicada P pela área original da seção transversal do corpo de prova, A 0.

𝑷
𝝈=
𝑨𝟎

A deformação nominal ou de engenharia é obtida dividindo a variação, δ,


no comprimento de referência do corpo de prova pelo comprimento de referência
original do corpo de prova, L0.

𝜹
𝝐=
𝑳𝟎

Um material dúctil tem quatro comportamentos distintos quando é


carregado: comportamento elástico, escoamento, endurecimento por
deformação e estricção.

Comportamento elástico: Ocorre o comportamento elástico do material quando


as deformações no corpo de prova estão dentro da primeira região mostrada na
Figura 2.

Escoamento: é o comportamento apresentado quando um pequeno aumento na


tensão acima do limite de elasticidade resulta no colapso do material e fará com
que ele se deforme permanentemente. Na figura 2 é indicado pela segunda
região da curva.

Endurecimento por deformação: Quando o escoamento tiver terminado, pode-


se aplicar uma carga adicional ao corpo de prova, o que resulta em uma curva
que cresce continuamente, mas torna-se mais achatada até atingir uma tensão
máxima denominada limite de resistência. O crescimento da curva dessa
maneira é denominado endurecimento por deformação e é representado na
terceira região da Figura 2.

Estricção: no limite da resistência, a área da seção transversal começa a diminuir


em uma região da seção transversal começa a diminuir em uma região localizada
do corpo de prova, em vez de em todo o seu comprimento. As deformações são
causadas por tensão de cisalhamento e como resultado tende a formar uma
estricção gradativa na região. O diagrama de tensão-de- deformação tem de a
curvar-se para baixo até o corpo de prova quebrar, quando atinge a tensão de
ruptura. Essa é a quarta região indicada na Figura 2.

Figura 2- Diagrama de tensão-deformação convencional e real para um


material dúctil (sem/escala).

Pontos importantes no diagrama tensão-deformação são o limite de


proporcionalidade, o limite de elasticidade, a tensão de escoamento, o limite de
resistência e a tensão de ruptura.

Diagrama tensão-deformação real

Em vez de sempre usar a área da seção transversal e o comprimento


originais do corpo de prova para calcular a tensão e a deformação (de
engenharia), poderíamos utilizar a área da seção transversal e o comprimento
reais do corpo de prova no instante em que a carga é medida. Os valores da
tensão e da deformação calculados por essas medições são denominados
tensão real e deformação real, e a representação gráfica de seus valores é
denominada diagrama tensão-deformação real. O gráfico desse diagrama tem a
forma mostrada pela curva superior na Figura 2.

Comportamento tensão-deformação de materiais dúcteis e frágeis

Os materiais podem ser classificados como dúcteis ou frágeis,


dependendo de suas características de tensão-deformação.

Materiais dúcteis

Qualquer material que possa ser submetido a grandes deformações antes


de sofrer ruptura é denominado material dúctil.
Um modo de especificar a ductilidade de um material é calcular o
percentual de alongamento ou a redução percentual da área no instante da
ruptura. A porcentagem de alongamento é a deformação de ruptura do corpo de
prova expressa como porcentagem. Assim, se o comprimento de referência
original do corpo de prova for L0 e seu comprimento na ruptura for Lrup, temos:

𝑳𝒓𝒖𝒑 −𝑳𝟎
𝑷𝒐𝒓𝒄𝒆𝒏𝒕𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒅𝒆 𝒂𝒍𝒐𝒏𝒈𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = (100%)
𝑳𝟎

A porcentagem de redução da área é definida por:

𝑨𝟎 − 𝑨𝒇
𝑷𝒐𝒓𝒄𝒆𝒏𝒕𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒅𝒖çã𝒐 𝒅𝒂 á𝒓𝒆𝒂 = (𝟏𝟎𝟎%)
𝑨𝟎

Onde:

A0 = área de seção transversal original do corpo de prova

Af = área de ruptura

Materiais frágeis

Materiais que exibem pouco ou nenhum escoamento antes da falha são


denominados materiais frágeis. A tensão de ruptura sob tração para materiais
frágeis não é bem definida, visto que o surgimento de trincas iniciais em um
corpo de prova é bastante aleatório. Por essa razão, em vez da tensão de ruptura
propriamente dita, registra-se a tensão de ruptura média observada em um
conjunto de ensaios de tração.
Lei de Hooke

Um material é linear elástico se a tensão for proporcional à deformação


dentro da região elástica. Essa propriedade é denominada lei de Hooke, e a
inclinação da curva é denominada módulo de elasticidade ou módulo de Young,
E.

𝝈 = 𝑬𝝐

Endurecimento por deformação

Endurecimento por deformação é usado para estabelecer um ponto de


escoamento mais alto para um material. O material é submetido à deformação
além do limite elástico e, então a carga é retirada. O módulo de elasticidade
permanece o mesmo, porém a ductilidade do material diminui (Figura 3).

O ponto de escoamento de um material pode ser elevado por


endurecimento por deformação, o que se consegue pela aplicação de uma carga
grande o suficiente para provocar um aumento na tensão de modo a causar
escoamento e, em seguida, liberando a carga. A maior tensão produzida torna-
se o novo ponto de escoamento para o material.

Figura 3- Diagrama de deformação permanente e elástica.


Energia de deformação

Energia de deformação é a energia armazenada no material por conta de


sua deformação. Essa energia por unidade de volume é denominada densidade
de energia de deformação. A densidade da energia de deformação pode ser
expressa por:

∆𝑼 𝟏
𝒖= = 𝝈𝝐
∆𝑽 𝟐

Se o comportamento do material for linear elástico então a Lei de Hooke


se aplica, σ=Eϵ e pode-se expressar a densidade de energia de deformação em
termos da tensão uniaxial como:

𝟏 𝝈𝟐
𝒖=
𝟐𝑬

Se a densidade de energia de deformação for medida até o limite de


proporcionalidade, é denominada módulo de resiliência (Figura 4); se for medida
até o ponto de ruptura, é denominada módulo de tenacidade (Figura 5). O
módulo de resiliência é dado por:

𝟏 𝟏 𝝈𝟐𝒑𝒍
𝒖 = 𝝈𝒍𝒑 𝝐𝒍𝒑 =
𝟐 𝟐 𝑬

Figura 4 - Módulo de resiliência.


Figura 5- Módulo de tenacidade.

Coeficiente de Poisson

Quando a carga P é aplicada à barra, provoca uma mudança δ no


comprimento e δ' no raio da barra (Figura 6). As deformações na direção
longitudinal ou axial e na direção lateral ou radial são, respectivamente,

𝜹 𝜹`
𝝐𝒍𝒐𝒏𝒈 = 𝑳 e 𝝐𝒍𝒂𝒕 = 𝒓

Figura 6 - Tensão e compressão da barra.

Coeficiente de Poisson, v, é uma medida da deformação lateral de um


material homogêneo e isotrópico em relação à sua deformação longitudinal. De
modo geral, essas deformações têm sinais opostos, isto é, se uma delas for um
alongamento, a outra será uma contração.

𝝐𝒍𝒂𝒕
𝒗=
𝝐𝒍𝒐𝒏𝒈
O diagrama tensão-deformação de cisalhamento

O diagrama tensão-deformação de cisalhamento é um gráfico da tensão


de cisalhamento em relação à deformação por cisalhamento. Se o material for
homogêneo e isotrópico e também linear elástico, a inclinação da curva dentro
da região elástica é denominada módulo de rigidez ou módulo de cisalhamento,
G.

Um material dúctil quando submetido a cisalhamento, exibe


comportamento linear elástico e terá um limite de proporcionalidade definido τlp.
Também ocorrerá endurecimento por deformação até que a tensão de
cisalhamento máxima τm seja atingida. Por fim, o material começará a perder sua
resistência ao cisalhamento até atingir um ponto no qual sofrerá ruptura, τrup
(Figura7).

Figura 7- Diagrama tensão-deformação de cisalhamento.

A maioria dos materiais de engenharia, como o que acabamos de


descrever, apresentará comportamento elástico linear e, portanto, a lei de Hooke
para cisalhamento pode ser expressa por:

𝝉 = 𝑮𝜸
O valor do módulo de elasticidade, G, pode ser medido como a inclinação
da reta no diagrama τ-Ƴ, isto é, G=τlp / Ƴlp (Figura 8).

Figura 8- Diagrama tensão-deformação de cisalhamento

As três constantes do material E, v, G podem ser relacionadas pela equação:

𝑬
𝑮=
𝟐(𝟏 + 𝒗)

Referência de Estudo

Capítulo 3

HIBBELER, R. C. “Resistência dos materiais”, São Paulo, Prentice Hall, 7ª edição, 2010.
Módulo 7 – Cargas axiais

Quando um carregamento é aplicado em um ponto sobre um corpo, tende


a criar uma distribuição de tensão no interior do corpo que se torna mais
uniformemente distribuída em regiões afastadas do ponto de aplicação, Figura
1. Isso é denominado princípio de Saint-Venant.

Figura 1 - Princípio de Saint-Venant.

O deslocamento relativo na extremidade de um elemento carregado


axialmente em relação à outra extremidade, conforme ilustrado na Figura 2, é
determinado por:

𝐿
𝑃(𝑥) 𝑑𝑥
𝛿=∫
0 𝐴𝐸

onde A é a área transversal a aplicação da carga e E o módulo de elasticidade.

Figura 2 – Deslocamento relativo.

Se uma série de forças axiais externas constantes for aplicada a um


elemento (Figura 3) e A.E também for constante para o elemento, então:
Figura 2 – Combinação de forças externas.

𝑃𝐿
𝛿=∑
𝐴𝐸

Para a aplicação, é necessário usar a convenção de sinais para a carga


interna P e ter certeza que o material não escoará, mas permanecerá
linearmente elástico.

A superposição de cargas e deslocamentos é possível desde que o


material permaneça linearmente elástico e não ocorra nenhuma mudança
significativa na geometria.

Referência de Estudo

Capítulo 4. Seções 4.1, 4.2, 4.3 e 4.5.

HIBBELER, R. C. “Resistência dos materiais”, São Paulo, Prentice Hall, 7ª edição, 2010.

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