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29/09/16

2. Política Monetária

2.1 Operacionalidade da Política


Monetária

Instrumentos de Política Monetária

Bibliografia
Carvalho, F. (2015), cap. 12 e 13
BCB (PMF – 6, 11 e 12) 1
Política Monetária
29/09/16

Objetivos finais de Metas Metas Instrumentos de


política monetária Intermediárias Operacionais Política Monetária

• Inflação • Taxa de juros de • Taxa de juros • Recolhimentos


• Nível de atividade longo prazo de curto prazo compulsórios
econômica • Redesconto de
• Taxa de desemprego • Agregados • Reservas liquidez
• Estabilidade do monetários Bancárias • Operações de
sistema financeiro mercado aberto

Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.1.1. a 12.1.3. 2


Política Monetária
29/09/16

• Política Monetária

A política monetária pode ser definida como o uso de instrumentos por


parte do Banco Central para o controle da oferta de moeda, das taxas de
juros e das condições de crédito de forma a atingir objetivos de política
econômica.

Controvérsia sobre a definição e a compatibilidade dos objetivos finais que


podem ser influenciados pela política monetária (ex. elevado nível de
atividade x estabilidade de preços) no âmbito da discussão teórica sobre a
capacidade da política monetária de afetar variáveis reais (produto e
emprego) a longo prazo ou apenas variáveis nominais (inflação).

Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.1.1. 3


Metas de Política Monetária
• Política Monetária 29/09/16

Os instrumentos clássicos utilizados pelo banco central (recolhimento compulsório,


redesconto e operações de mercado aberto), não têm impacto direto, mas apenas
indireto e defasado sobre os objetivos finais.
Estes instrumentos impactam diretamente as reservas bancárias e as taxa de juros
de curto prazo, para as quais o banco central estabelece as chamadas metas
operacionais.
Estas variáveis operacionais têm relação estimada com as taxa de juros de longo
prazo e agregados monetários, para as quais o banco central estabelece as
chamadas metas intermediárias.

As variáveis intermediárias, por sua vez, por meio dos mecanismos de transmissão,
influenciam os objetivos finais da política monetária.
Assim, tendo em vista a influência indireta e defasada da política monetária sobre
os objetivos finais, como forma de gerenciar os resultados das políticas adotadas, o
banco central estabelece metas operacionais, influenciadas diretamente por seus
instrumentos, e metas intermediárias, relacionadas tanto às metas operacionais
quanto aos objetivos finais. Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.1.2. a 12.1.3. 4
Metas de Política Monetária
29/09/16

• Metas de Política Monetária

Incompatibilidade entre as metas de taxa de juros e de agregados


monetários

Meta de taxa de juros Meta de agregados monetários


r r
Ms0 Ms1 Ms0

Excesso inicial de
r1 demanda de
moeda
r1 Excesso inicial de
demanda de
moeda

r0 r0
d Md1
M 1
Md0 Md0
M M

Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.1.3. 5


Instrumentos de Política Monetária
29/09/16

• Mercado de reservas bancárias

Os bancos com carteira comercial mantêm recursos junto ao Banco Central


em uma espécie de conta corrente denominada conta Reservas Bancárias. É
por meios destas contas que são realizadas as transações entre os bancos e
entres estes e o Banco Central.

Demanda por reservas: “os bancos são obrigados a manter no Banco Central
um percentual sobre os depósitos à vista, o chamado depósito compulsório;
segundo, eles precisam de reservas para realizar transações rotineiras.”

Oferta de reservas: “(a)penas o Banco Central pode afetar a liquidez do


sistema como um todo, dado que operações entre bancos apenas
representam troca de titularidade de reservas bancárias e não criação ou
destruição das mesmas”.

Fonte: BCB, Reltório de Inflação, jun.1999, p.87-8 e Carvalho, F.C., 2015, cap.13, s.13.1 6
Instrumentos de Política Monetária
29/09/16

• Mercado de reservas bancárias

“No gerenciamento diário de liquidez, geralmente, alguns bancos


encontram-se em situação superavitária enquanto outros em situação
deficitária. Desse modo, durante o dia eles trocam reservas entre si de forma
a suprir necessidades opostas. Contudo, raramente o valor desse saldo é
zero, ou seja, o sistema está sempre com sobras ou falta de reservas”. (BCB,
Relatório de Inflação, jun.1999, p.88)

“Quando as estimativas da autoridade apontam para uma deficiência


(excesso) generalizada no mercado de reservas, diz-se que o Banco Central
está oversold (undersold), isto é sobrevendido (subvendido). Neste caso, ele
deverá atuar no mercado comprando (vendendo) títulos, a fim de evitar
maior flutuação na taxa de juros.” Carvalho, F.C., 2015, cap.13, s.13.2

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Instrumentos de Política Monetária
29/09/16

• Mercado de reservas bancárias

Para ajustar suas necessidades de reservas, em geral, os bancos realizam


operações compromissadas, que são operações de compra ou venda de
htulos com compromisso de revenda ou recompra dos mesmos htulos em
data futura, anterior ou igual à do vencimento dos títulos.

A diferença entre o preço de compra ou venda e o preço de revenda ou


recompra representa a taxa de juros da operação. As operações
compromissadas com prazo de um dia útil são conhecidas como operações
overnight. BCB, PMF 6, p.17

As trocas de reservas entre os bancos por meio de operações


compromissadas podem ser feitas com ou sem lastro em títulos públicos ou
privados de alta liquidez, enquanto as negociações de reservas entre os
bancos e o banco central são realizadas com lastro em títulos públicos.

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Instrumentos de Política Monetária
29/09/16
• Mercado de reservas bancárias

“Reservas Bancárias é a conta mantida no BCB para receber as


disponibilidades em moeda nacional de participantes do SFN, utilizadas na
liquidação financeira das operações realizadas com a autoridade monetária
ou com outras insktuições do SFN.

A titularidade da conta Reservas Bancárias é obrigatória para os bancos


comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e caixas econômicas, e
facultativas para os bancos de investimento, os bancos de câmbio, os bancos
de desenvolvimento e os bancos múltiplos sem carteira comercial”.
BCB, PMF 11, p.7

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Instrumentos de Política Monetária
29/09/16

• Mercado de reservas bancárias

“O Sistema de Transferência de Reservas (STR) constitui-se no coração do


Sistema Financeiro Nacional, pois é por seu intermédio que ocorrem as
liquidações das operações realizadas nos mercados monetário, cambial e de
capitais, entre as instituições financeiras titulares de contas no BCB, com
destaque para as operações de política monetária e cambial do Banco
Central, a arrecadação de tributos e as colocações primárias, resgates e
pagamentos de juros dos títulos da dívida pública federal pelo Tesouro
Nacional”.

Fonte: http://www.bcb.gov.br/?STRGERAL 10
Instrumentos de Política Monetária
29/09/16
• Mercado de reservas bancárias

Se as trocas de reservas não envolverem lastro em títulos públicos, deverão


ser efetuadas e registradas na CETIP (“Central de Custódia e de Liquidação
Financeira de Títulos Privados”, atualmente “Mercados Organizados”), sendo
então remuneradas por uma taxa DI-Cetip (Depósito Interfinanceiro).

A taxa DI é a média das taxas de juros praticadas nos depósitos


interfinanceiros com prazo de um dia útil e que não envolvam instituições
financeiras do mesmo grupo.

Essas operações de troca de reservas entre instituições financeiras, em geral,


não envolvem lastro ou garantias em títulos públicos ou privados de alta
liquidez.

BCB, PMF 6, p.18 e Carvalho, F.C., 2015, cap.13, box 13.5 11


Instrumentos de Política Monetária
29/09/16
• Mercado de reservas bancárias
Se as trocas forem feitas com lastro em títulos públicos*, as mesmas serão
negociadas e registradas na Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia),
sendo remunerado por uma taxa Selic.
“O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do BCB, é o depositário
central dos htulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BCB, sendo responsável
pelo processamento de emissão, resgate, pagamento de juros e custódia desses
htulos. (...) A administração do Selic e de seus módulos complementares é de
competência exclusiva do Departamento de Operações do Mercado Aberto
(Demab).
No escopo do novo SPB, o Selic encontra-se interligado ao STR, observando o
modelo de entrega contra pagamento. Por ser um sistema de liquidação bruta em
tempo real, a liquidação de operações está condicionada à disponibilidade do
título negociado na conta de custódia do vendedor, registrada no Selic, e à
disponibilidade de recursos pelo comprador na conta Reservas Bancárias no STR”.
BCB, PMF 11, p.14
* Alguns títulos públicos também são transacionados na Cetip, como títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas
de responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os relacionados com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação
de Variação Salarial - FCVS, com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro e com a dívida agrária (TDA) 12
Instrumentos de Política Monetária
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• Mercado de reservas bancárias

A taxa Selic é a média das taxas de juros praticadas nas operações


compromissadas de prazo de um dia útil com títulos públicos federais
registrados no Selic. BCB, PMF 6, p.18

Fonte: CIRCULAR No 3.671, DE 18 DE OUTUBRO DE 2013 13


Instrumentos de Política Monetária
29/09/16

• Mercado de reservas bancárias

“Atualmente, o Selic possui aproximadamente 500 participantes e 12.000


clientes individualizados e, se considerados os diversos vencimentos
registrados, é depositário de cerca de 370 tipos de título, que equivalem a
99% da carteira de títulos federais.

A média diária de operações de compra e venda de títulos entre instituições


do mercado ultrapassa R$780 bilhões, sendo de mais de R$19 bilhões em
operações definitivas e de R$761 bilhões em operações com compromisso
de revenda e recompra.

Quando computados todos os tipos de operações cursadas no Selic —


inclusive o retorno das compromissadas, as operações de redesconto, as
emissões primárias de títulos, as vinculações/desvinculações e os
pagamentos referentes a resgate, juros e amortizações — as médias diárias
oscilam em torno de R$2,0 trilhões e de 16 mil operações”.
Fonte: http://www.bcb.gov.br/?SELICINTRO 14
Instrumentos de Política Monetária
29/09/16
• Mercado de reservas bancárias

Sistema de Transferência de Reservas

Fonte: http://www.bcb.gov.br/?STRGERAL 15
Instrumentos de Política Monetária
29/09/16
• Mercado de reservas bancárias

BCB, PMF 6, p.18


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Política Monetária
29/09/16

• Relação entre os instrumentos de política monetária e as metas


operacionais

Objetivos finais de Metas Metas Instrumentos de


política monetária Intermediárias Operacionais Política Monetária

• Inflação • Taxa de juros de • Taxa de juros • Recolhimentos


• Nível de atividade longo prazo de curto prazo compulsórios
econômica • Redesconto de
• Taxa de desemprego • Agregados • Reservas liquidez
• Estabilidade do monetários Bancárias • Operações de
sistema financeiro mercado aberto

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Instrumentos de Política Monetária
29/09/16

• Instrumentos de Política Monetária

Instrumentos clássicos
ü Depósito Compulsório
ü Redesconto ou assistência financeira de liquidez
ü Operações de Mercado Aberto

Outros instrumentos
ü Controle e seleção do crédito

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Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
29/09/16
• Depósito compulsório
Os depósitos compulsórios são recolhimentos obrigatórios de recursos
mantidos junto ao banco central, sob a forma de reserva bancária, e
calculados como percentual dos depósitos recebidos pelas instituições
financeiras.
Os depósitos compulsórios têm sido usados com as seguintes funções:
ü influenciar o multiplicador monetário, determinando o volume de
recursos que os bancos podem transformar em crédito, e, portanto, a
expansão dos agregados monetários;
ü criar uma demanda previsível por reservas bancárias, facilitando a gestão
da liquidez pelos bancos e assegurando margem para atuação do banco
central no mercado de reservas.
ü assegurar liquidez mínima para evitar corridas bancárias, garantindo,
portanto, a preservação da estabilidade financeira do sistema;
Os banco centrais, em geral, concedem um prazo de ajuste aos bancos frente
a alterações nas exigências do recolhimento compulsório. BCB, PMF 6, p.9-10 19
Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
• Depósito compulsório 29/09/16

O banco central apura a quantidade a ser recolhida a partir do saldo da base de


incidência do recolhimento compulsório ao longo do período de cálculo e apura
o cumprimento da obrigação de depósito do recolhimento compulsório no banco
central ao longo do período de movimentação.

No recolhimento contemporâneo, há sobreposição entre o período de cálculo e


de movimentação, enquanto no recolhimento defasado o período de
movimentação inicia-se após o término do período de cálculo.

As obrigações de recolhimento compulsório podem ser cumpridas de dois


modos, alternativamente:

No primeiro modo, o banco deve encerrar seu movimento diariamente, durante


todo o período de movimentação, com saldo positivo na conta de reservas
bancárias no mínimo igual ao exigível, sob risco de sofrer penalidades.

No segundo modo, o banco cumpre o recolhimento compulsório pela média das


posições diárias de depósitos durante o período de movimentação, respeitando
um percentual mínimo diário do exigível.
Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.3.1. 20
Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
29/09/16
• Depósito compulsório - Brasil

“O BCB está autorizado pela Lei 4.595, com a redação dada pela Lei 7.730,
de 31/1/1989, a instituir recolhimento compulsório de até 100% sobre os
depósitos à vista e até 60% de outros títulos contábeis das instituições
financeiras.

Dentro desses limites, o BCB pode adotar percentagens diferenciadas em


função das regiões geoeconômicas, das prioridades que atribuir às
aplicações e da natureza das instituições financeiras.” BCB, PMF 6, p.21

Estão sujeitos a recolhimento compulsório sobre recursos à vista os bancos


múltiplos e de investimento titulares de conta Reservas Bancárias, bancos
comerciais e caixas econômicas. (Circular BCB no 3.632/13)

“Desde de abril de 2010, os compulsórios são cumpridos exclusivamente em


espécie, não havendo mais a possibilidade de vincular títulos públicos
federais registrados no Selic”. BCB, PMF 12, p.11
21
Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
• Depósito compulsório – Brasil 29/09/16

O valor do depósito compulsório é determinado com base em uma


alíquota aplicada sobre uma base de cálculo definida a partir da média
aritmética dos saldos de valores sujeitos a recolhimento (VSR),
subtraídas as deduções autorizadas:
Base de Cálculo = (∑ VSR diário ÷ Período de Cálculo) – Deduções
Exigibilidade = Base de Cálculo X Alíquota

O período de cálculo, que é o conjunto de dias úteis no qual se dá a


formação da exigibilidade, tem início numa segunda-feira e término na
sexta-feira da semana seguinte.

A verificação do cumprimento da exigibilidade é feita com base nas


posições apuradas em cada dia útil do período de movimentação, que
tem início na quarta-feira da primeira semana seguinte ao fim do
período de cálculo e término na terça-feira da segunda semana
subsequente (recolhimento defasado). (Circular BCB no 3.632/13 e PMF 12, p.7) 22
Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
29/09/16

• Depósito compulsório – Brasil

As instituições financeiras são divididas em dois grupos, “A” e “B”, que têm
defasagem de uma semana entre os respectivos períodos de cálculo e
movimentação.

Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter

Período de Cálculo Período de Cálculo


A
Período de Movimentação Período de Movimentação

Período de Cálculo Período de Cálculo


B
Período de Movimentação Período de Movimentação

Fonte: Circular BCB no 3.632/13

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Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
29/09/16
• Depósito compulsório – Brasil

“Admite-se o cumprimento de, no mínimo, 80% da exigibilidade em um ou


mais dias, desde que a média final do período de movimentação
corresponda a 100% da exigibilidade.

Essa prerrogativa reduz, na prática, a ocorrência de grandes oscilações na


liquidez bancária diária, provocadas pela necessidade de manutenção em
reservas bancárias, diariamente, dos valores integrais das exigibilidades.”

A divisão das instituições em dois grupos, “A” e “B”, com períodos de


movimentação defasados em uma semana também contribui para facilitar
soluções de mercado para eventuais necessidades de reservas para
cumprimento das exigibilidades.

O descumprimento desses condicionantes implica em custos financeiros


para os bancos, equivalentes à Taxa Selic mais 4% a.a., calculados sobre a
insuficiência.
BCB, PMF 12, p.7-8 24
Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
• Depósito compulsório – Brasil 29/09/16

Exemplo de compulsório sobre recursos à vista:


Supondo saldo diário de 150 ao longo do período de cálculo:
Base de cálculo: 10x150/10 – 44 = 106
Exigibilidade: 106 x 0,45 = 47,7
Mínimo Diário (80%): 47,7 x 0,8 = 38,16
Supondo que o banco mantenha apenas o mínimo diário ao longo dos 9
primeiros dias do período de movimentação, no 10º dia o banco terá que
ajustar suas reservas para assegurar a média no período de 100% do exigível:
Média Período de Movimento (100%): (38,16.9 + X)/10=47,7
X (reserva no 10º dia) = 133,56
Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter

150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 Período de Cálculo
A
Período de Movimentação 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16 133,56

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Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
29/09/16
• Depósito compulsório – Brasil

BCB, PMF 12, p.8 26


Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
29/09/16
• Depósito compulsório – Brasil

Compulsório Alíquota Deduções Remuneração


Há dedução inicial de R$70
Recursos à Vista 45% milhões que beneficia todas Não há.
as insktuições igualmente.
Há dedução inicial de R$30
milhões que beneficia todas
Recursos a Prazo 25% as insktuições igualmente. Taxa Selic.
(Além de reduções em
função do PR)
Poup.Vinculada: TR + 3%a.a.
IFs com PR inferior a R$5 Se a meta da taxa Selic for maior
Depósitos de 15,5% (rural) bilhões, deduzem R$200 que 8,5% a.a.: TR + 6,17% a.a.
Poupança 24,5% (demais) milhões até 2016 e R$100 Se a meta da taxa Selic for menor
milhões até 2017 ou igual a 8,5% a.a.: TR + 70% da
meta Selic a.a.
Exigibilidade Rec. Prazo – 11%
Em função do PR Taxa Selic.
Adicional Poupança – 5,5%
R$ 2 milhões, deduzidos da
Garantias
45% média dos valores sujeitos a Não há.
Realizadas
recolhimento.

Fonte: http://www.bcb.gov.br/htms/novaPaginaSPB/Resumo_das_normas_dos_compulsórios.pdf 27
Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
29/09/16

Fonte: http://www.bcb.gov.br/htms/infecon/seriehistreccomp_p.asp 28
Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
29/09/16

Fonte: http://www.bcb.gov.br/htms/infecon/seriehistreccomp_p.asp 29
Instrumentos de Política Monetária - Compulsório
29/09/16
• Depósito compulsório – Brasil

BCB, PMF 12, p.10 30


Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
• Redesconto 29/09/16

“As operações de redesconto ou de assistência financeira de liquidez são


empréstimos, na forma de crédito em reservas bancárias concedidos pelo
Banco Central aos bancos, voltado normalmente para atender necessidades
episódicas de reservas por parte das instituições bancárias”.

As operações de Redesconto do Banco Central são concedidas, a exclusivo


critério do Banco Central do Brasil, por solicitação da instituição financeira
interessada.

Duas formas de assistência financeira de liquidez:


i. Empréstimos com garantias: Banco Central concede crédito rotativo
contra garantias até o limite de saque do tomador fixado pelo Banco
Central (função do passivo do Banco)
ii. Redesconto de títulos elegíveis: Banco Central desconta títulos elegíveis
à taxa de juros previamente definida para essas operações

Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.3.2. 31


Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
29/09/16

• Redesconto

O Banco Central influencia a demanda por operações de assistência à


liquidez alterando a taxa de redesconto dos títulos, os limites quantitativos
das operações, prazos ou criando restrições quanto aos títulos elegíveis.

As taxas de juros das operações de assistência à liquidez podem ser fixas,


tornando-se mais ou menos favoráveis em função do comportamento da
taxa de juros do mercado de reservas, ou podem ser variáveis, ancoradas na
taxa de juros do próprio mercado de reservas bancárias (ex. Brasil - taxa
Selic), com a adição de uma taxa de juros fixa, que mantém o diferencial
constante.

Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.3.2. 32


Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
29/09/16
• Redesconto

O redesconto tem sido utilizado pelos bancos centrais com as seguintes


funções:

ü “válvula de segurança” à disposição das instituições financeiras para


evitar a quebra de bancos com problemas transitórios de liquidez e a
contaminação do sistema por problemas de instituições individuais (ex.
ao final do dia ou do período de movimentação), assegurando,
portanto, a preservação da estabilidade financeira do sistema. Neste
caso, o banco central cumpre sua função de emprestador de última
instância.

ü “colchão de reservas” à disposição das instituições financeiras associado


a operações de curtíssimo prazo (ex. intradia) em condições não
restritivas, para evitar, por exemplo, volatilidade da taxa de juros do
mercado de reservas, funcionando como instrumento de apoio ao
controle da liquidez do sistema pelo banco central.
Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.3.2. 33
Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
29/09/16
• Redesconto

ü sinalização da política monetária, uma vez que as operações de


redesconto realizadas sob condições “punitivas” reduz a demanda dos
bancos a esta fonte de recursos, diminuindo a liquidez do mercado de
reservas e aumentando a taxa de juros. Para evitar a necessidade de
recorrer ao redesconto, os bancos tenderão a manter níveis de reservas
maiores, o que reduz o multiplicador monetário.

Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.3.2. 34


Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
29/09/16

• Redesconto - Brasil

O acesso ao redesconto é restrito às instituições financeiras titulares de


conta Reservas Bancárias ou de Conta de Liquidação, sendo concedido a
exclusivo critério do BCB, por solicitação da instituição financeira
interessada.

A assistência de liquidez pode ser realizado na modalidade de compra com


compromisso de revenda, mais comum nas operações intradia e de um dia, e
na modalidade chamada propriamente de redesconto, geralmente associada
às operações de prazo mais longo.

No Brasil, as operações de redesconto intradia não têm custo para as


instituições financeiras, podendo ser acessadas para regular a necessidade
de reservas ao longo do dia, enquanto as demais operações têm aspecto
punitivo em função da cobrança da taxa Selic acrescida de uma taxa
determinada pelo banco central.
BCB, PMF 11, p.10-12 35
Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
29/09/16

• Redesconto - Brasil
“De acordo com a finalidade e os prazos, as operações podem ser:

a) Intradia (Standing Facility):


São operações compromissadas com títulos públicos federais destinadas a
atender necessidades de liquidez ao longo do dia. Trata-se de operação sem
custo financeiro para a instituição contratante, de curso automático.
Qualquer instituição detentora de conta Reservas Bancárias pode utilizar o
redesconto intradia, desde que tenha títulos suficientes em sua conta de
custódia, não havendo outro limite para esse tipo de operação que não o
total de títulos disponíveis na carteira da instituição contratante. (...)
O regulamento do redesconto permite que as operações intradia pendentes
de liquidação ao término do horário de funcionamento do STR sejam
convertidas automaticamente em operações de um dia útil à taxa punitiva
(taxa Selic + 1% a.a.), tendo por objeto os mesmos títulos da concessão
intradia;” BCB, PMF 11, p.10-12 36
Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
• Redesconto - Brasil 29/09/16

“b) de um dia útil (Standing Facility):


Operações compromissadas com títulos públicos federais e custo de taxa
Selic + 1% a.a., para satisfazer necessidades de liquidez decorrentes de
descasamento de curtíssimo prazo no fluxo de caixa da instituição
financeira.
c) de até quinze dias úteis (redesconto situações normais):
podendo ser recontratadas até 45 dias úteis, na hipótese de descasamento
de curto prazo no fluxo de caixa, não caracterizado como problema de
desequilíbrio estrutural.
Essas operações são discricionárias no sentido de que dependem de prévia
anuência do BCB – autorizadas a contratação e a recontratação no âmbito
de competência do titular da diretoria de Política Monetária – e da
apresentação, pela instituição interessada, de projeção detalhada de seu
fluxo de caixa diário, demonstrando as necessidades de fundos previstas
para o período da operação. Tem custo de Selic + 2%a.a. e dependem
também de assinatura prévia de contrato; e” BCB, PMF 11, p.10-12
37
Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
29/09/16
• Redesconto - Brasil

“d) de até noventa dias corridos (redesconto situações normais):

podendo ser recontratadas desde que o prazo total não superior a 180 dias
corridos, para viabilizar ajuste patrimonial de instituição financeira com
desequilíbrio estrutural.

Essas operações dependem de assinatura prévia de contrato e de aprovação


pela Diretoria Colegiada do BCB tanto da contratação quanto da
recontratação. A instituição financeira deve apresentar pleito fundamentado
ao Deban, acompanhado de demonstrativo das necessidades de caixa
projetadas para o período da operação e programa de reestruturação
visando a sua capitalização ou venda do controle acionário, firmado pelo
acionista controlador, a ser implementado no período da operação. O custo
desse tipo de operação também é de Selic + 2% a.a..” BCB, PMF 11, p.10-12

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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
29/09/16
• Redesconto - Brasil

“e) redesconto para situações especiais:

É importante esclarecer que, com o advento da Crise de 2008, previu-se


excepcionalmente um terceiro mecanismo de assistência financeira de
liquidez, o Redesconto para Situações Especiais, destinado a situações com o
propósito específico de preservar a liquidez geral do SFN.

Em função de seu viés sistêmico, esse arcabouço permite que o BCB utilize
critérios e condições especiais de avaliação e aceitação de ativos, além de
afastar, temporariamente, algumas exigências de regularidade fiscal
necessárias para contratação com o poder público.

Em termos de prazos para operações enquadráveis nesse novo tipo de


redesconto, previa-se prazo máximo de até 359 dias corridos.”

BCB, PMF 11, p.12 Resolução no 3.622, de 6 de outubro de 2008


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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
29/09/16
• Redesconto
“Existe distinção entre a atuação do BCB como executor da política
monetária e a função de prestamista de última instância.
Quando faz política monetária, o foco de sua atuação é o controle da
liquidez do sistema bancário (agregados monetários) com o objetivo de
atuar sobre a taxa de juros.

Quando atua na função de prestamista de última instância, seu foco é


resolver problemas de liquidez de instituições específicas. Nesse último
caso, o mercado pode estar líquido e a instituição estar ilíquida ou
insolvente, não conseguindo financiamento no interbancário e recorrendo
ao redesconto do BCB que, nesse caso, atua como prestamista de última
instância.
Modernamente a regulação da liquidez do sistema bancário não se faz com
redesconto e sim com operações de mercado aberto, que permitem maior
flexibilidade na execução da política monetária”. BCB, PMF 11, p.13
40
Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
• Redesconto – Brasil 29/09/16

Condições I – Compra com compromisso de revenda


Lastro - Títulos públicos federais registrados no SELIC, que integrem a posição de
custódia própria da instituição bancária;
- Outros títulos e valores mobiliários, crédito e direitos creditórios,
preferencialmente com garantia real, e outros ativos, a critério exclusivo do
BACEN
Prazos - intradia; Obs: as operações intradia e de um dia útil contemplam
- 1 dia útil; exclusivamente os títulos públicos federais
- até 15 dias;
- até 90 dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total
não ultrapasse 180 dias.
Valor Limitado ao valor de avaliação, pelo BACEN, dos ativos objeto de compra.
Preço de compra Preço unitário divulgado diariamente pelo BACEN.
Preço de - operação intradia: igual ao respectivo preço de compra
revenda - operação de um dia útil ou mais: preço de compra adicionado de valor
correspondente à aplicação, sobre o preço de compra e prazo da operação,
da taxa obtida pela composição da Taxa Selic, apurada para cada dia útil de
operação, com taxa fixada pela Diretoria Colegiada do BACEN válida na
data da realização da operação.

Fonte: Circular no 3.105, de 5 de abril de 2002 41


Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
• Redesconto – Brasil 29/09/16

Condições II – Modalidade Redesconto


Envolve Títulos e valores mobiliários e direitos creditórios descontados integrantes
do Ativo da instituição bancária.
Prazos - até 15 dias úteis
- até 90 dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total
não ultrapasse 180 dias corridos
Taxa de Variável em função dos ativos e estabelecida, segundo critérios definidos
Redesconto pelo BACEN, levando-se em conta o valor presente, o valor de mercado, o
risco de crédito, o prazo de vencimento, a liquidez e a volatilidade do
preço de cada ativo.
Preço de venda Preço do redesconto adicionado de valor correspondente à aplicação,
de Ativos sobre o preço do redesconto e pelo prazo da operação, da taxa obtida pela
Redescontados composição da Taxa Selic, apurada para cada dia útil do período da
operação, com a taxa fixada pela Diretoria Colegiada do BACEN e válida na
data da realização da operação.
Fonte: Circular no 3.105, de 5 de abril de 2002
Percentuais de acréscimo à Taxa Selic, para as operações de Redesconto
I - 1% (um por cento) ao ano, para as operações de um dia útil;
II - 2% (dois por cento) ao ano, para as operações de até quinze dias úteis; e
III - 2% (dois por cento) ao ano, para as operações de até noventa dias corridos.
Fonte: CIRCULAR No 3.631, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2013 42
Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
• Redesconto – Brasil 29/09/16

Condições III – Modalidade Redesconto Especial


Envolve Créditos identificados no Sistema Central de Risco (SCR) com classificação
nas categorias de risco AA, A e B e operações de empréstimo em moeda
estrangeira, como garantia.
Prazos - até 360 dias corridos
Taxa de Variável em função do risco segundo critério estabelecido pelo BCB.
Redesconto
Preço de venda O preço de revenda dos ativos que constituem objeto da operação de
de Ativos redesconto em moeda nacional será correspondente ao preço de compra
Redescontados adicionado de valor equivalente à Taxa Selic acrescida de percentual fixado
pelo Banco Central do Brasil, em função das condições do mercado,
considerados eventuais fluxos.
Fonte: Resolução nº 3622, de 9 de outubro de 2008

43
Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
29/09/16
• Redesconto – Brasil

Estatísticas de Operações Diárias

1024 – operação de redesconto


1025 – Liquidação antecipada ou parcial de redesconto
1026 liquidação de redesconto
Fonte: http://www4.bcb.gov.br/pom/Demab/estatistica/download.asp?idpai=SELICESTATOP 44
Instrumentos de Política Monetária - Redesconto
• Redesconto – Brasil 29/09/16

Fatores condicionantes da base monetária - Redesconto do Banco Central (saldo em final de período) - u.m.c. (mil)
jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08
0 -117 805 18.064 -19.463 -13 -5 -9 28.064 -28.327 -65 -7
jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09
-95 -72 -47 695 -758 22.106 -22.533 76.078 -76.170 435.772 -436.126 -31
jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10
-122 -2 -4 -85 -38 0 0 0 0 20.197 113.829 -134.314
jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11
0 -2 -5 -18 -34 -1 -54 -338 -11 0 -96 -1
jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12
0 0 0 -348 -7 -247 0 0 53.370 -1.401 0 -5.424
jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13
-426 195.859 -195.923 800.002 -800.260 -925 0 0 0 0 0 -2
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14
0 0 -1 -6 -3 -16 -1 0 0 19.991 -20.009 0
jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15
0 -29 1.103 126 -1.400 20.366 -19.724 1.176 -1.979 2.440 -713 -1.959

Fonte: http://www4.bcb.gov.br/pom/Demab/estatistica/download.asp?idpai=SELICESTATOP 45
Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
29/09/16
• Operações de mercado aberto

Os bancos centrais realizam compra e venda de títulos públicos e privados de


baixo risco e alta liquidez, em geral, prefixados (exceção do Brasil), com o
objetivo de ajustar/alterar a disponibilidade de reservas bancárias e, portanto, a
oferta de moeda e a taxa de juros.

As operações de mercado aberto conferem elevada flexibilidade e agilidade ao


banco central para modificar diariamente a liquidez do mercado de reservas
bancárias, comparativamente aos instrumentos de compulsório e redesconto.

A previsão diária da necessidade de liquidez do mercado interbancário é feita


em função das variações autônomas de reservas (que independem da atuação
do Banco Central), decorrentes, principalmente, de variações nos ativos
externos líquidos e dos empréstimos ao governo, do papel-moeda em circulação
(preferência do público em reter papel-moeda) e dos depósitos do Tesouro
Nacional no Banco Central, que afetam o total de reservas das instituições
financeiras. Carvalho, F.C., 2015, cap.13, s.13.2.

46
Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
• Operações de mercado aberto 29/09/16

“(A)s decisões quanto à oferta de fundos vão estar sempre sujeitas aos propósitos de
política por parte da autoridade, que pode se decidir por um determinado ajuste na
liquidez a fim de atender suas metas de mais médio prazo com relação à evolução
dos agregados monetários e/ou da taxa de juros”.

Se o banco central estiver usando metas intermediárias de agregados monetários,


realizará a compra e a venda de títulos de acordo com sua meta operacional para as
reservas bancárias, enquanto a taxa de juros básica funcionará como variável de
ajuste para igualar a demanda à oferta de reservas.

Se o banco central estiver usando metas de taxa de juros para guiar a política
monetária, se valerá de sua posição monopolista sobre a emissão/destruição de
reservas por meio da compra e venda de títulos para evitar pressões indesejadas na
taxa de juros básica da economia.

Se a previsão for de excesso (escassez) de liquidez em relação às suas metas


operacionais, o banco central negocia a venda (compra) de títulos no mercado
aberto, com objetivo de reduzir (ampliar) as reservas bancárias ou elevar (abaixar) a
taxa de juros básica. Carvalho, F.C., 2015, cap.13, s.13.2. 47
Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
• Operações de mercado aberto 29/09/16

ü Operações compromissadas e definitivas


Operações compromissadas: “são operações de compra ou venda de títulos
com compromisso de revenda ou recompra dos mesmos títulos em data
futura, anterior ou igual à data de vencimento dos títulos. Quando o BCB
realiza essas operações, afeta temporariamente a liquidez bancária, vale dizer,
do período compreendido desde a data da operação até a data de revenda ou
recompra”.

“O objetivo para a realização das operações compromissadas é o de


administrar a liquidez do mercado de reserva bancária de forma a manter a
taxa Selic efetiva próxima da meta estabelecida pelo Comitê de Política
Monetária do BCB (Copom).”

BCB, PMF 6, p.16


48
Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
29/09/16
• Operações de mercado aberto

ü Operações compromissadas e definitivas


“Atualmente, o BCB realiza operações compromissadas tomadoras de
recursos com prazos que variam de 1 a 180 dias”.
“As operações compromissadas podem ter qualquer prazo de vencimento,
porém mais de 95% do volume negociado diariamente no mercado
interbancário tem prazo de um dia útil”.

A principal diferença entre as operações compromissadas realizadas no âmbito


do redesconto e as operações de mercado aberto se deve ao fato de que, no
primeiro caso, a iniciativa é tomada por parte da instituição financeira,
enquanto, no segundo caso, são decisões do banco central.

Adicionalmente, no caso do redesconto, a taxa utilizada nas operações


compromissadas inclui algum grau de penalidade (exceto para operações
intradia).
BCB, PMF 6, p.16-7 49
Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
• Operações de mercado aberto 29/09/16

ü Operações compromissadas e definitivas


Operações definitivas: “são operações de compra ou venda final de htulos,
i.e., sem que as partes assumam qualquer compromisso de revenda ou
recompra dos htulos em data futura.

Quando realiza uma operação de compra ou venda definitiva de htulos, o


BCB afeta permanentemente a liquidez bancária, uma vez que não há
compromisso de reversão da operação ”.
Assim, quando o banco central decide alterar a orientação da política
monetária de mais longo prazo, tornando-a mais expansionista ou mais
restritiva, realiza operações definitivas de compra ou venda no mercado
aberto, por meio de leilões formais ou informais, alterando a disponibilidade
de reservas e a taxa de juros básica da economia.

BCB, PMF 6, p.16 50


Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
29/09/16

• Operações de mercado aberto


ü Leilões formais e informais de compra e venda de títulos

Leilões formais: divulgados por meio de comunicado formal e abertos à


participação de todas as instituições financeiras.

Leilões informais (go around): divulgado por meio de aviso eletrônico e


realizados apenas com os dealers (instituições financeiras credenciadas a
atuar no mercado em nome do banco central), que, posteriormente,
negociam com as demais instituições financeiras.

BCB, PMF 11, p.22 51


Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
• Operações de mercado aberto 29/09/16

ü Critérios para apuração da proposta vencedora das ofertas públicas de


títulos
“Preços múltiplos (preços discricionários) – são aceitas todas as propostas
com preço igual ou superior (inferior) ao preço mínimo (máximo) aceito na
oferta de venda (compra), denominado de “preço de corte”. Os títulos são
vendidos (comprados) ao próprio preço constante das propostas vencedoras
em função da quantidade ofertada de títulos (moeda);

Preço único (preço uniforme) - são aceitas todas as propostas com preço
igual ou superior (inferior) ao preço mínimo (máximo) aceito na oferta
pública (“preço de corte”), o qual será aplicado a todas as propostas
vencedoras; ou seja, os títulos são vendidos (comprados) ao “preço de
corte” para todas as propostas vencedoras.”
Atualmente, os leilões de LTN, NTN-F e LFT seguem o critério de preço
múltiplo. Já os leilões de NTN-B seguem o critério de preço único.
BCB, PMF 6, p.7-8 52
Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
29/09/16
• Operações de mercado aberto

ü Critérios para apuração da proposta nas intervenções realizadas pelo BCB


para administrar a liquidez bancária

“Nos leilões restritos aos dealers, por meio dos quais realiza operações
compromissadas de curto prazo (até 45 dias), a comunicação do evento se
dá por meio de ‘aviso eletrônico’ da mesa de operações de mercado aberto
do BCB diretamente aos dealers.

O leilão tem duração de 15 minutos e o resultado é apurado com base nas


projeções de liquidez do BCB e divulgado para todo o mercado, inclusive
pela Internet.”

BCB, PMF 6, p.17 53


Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
29/09/16

• Operações de mercado aberto

ü Critérios para apuração da proposta nas intervenções realizadas pelo BCB


para administrar a liquidez bancária

“Já nos leilões do BCB aberto à parkcipação de todas as insktuições


financeiras, por meio dos quais são realizadas operações compromissadas
de prazo de 3 meses (diariamente) e de 6 meses (semanalmente, às sextas-
feiras), a divulgação do leilão se dá mediante publicação de comunicado
formal do BCB (via Sisbacen e Internet) um dia antes do evento.

O leilão tem duração de 30 minutos e o resultado é apurado como base nas


taxas negociadas no mercado de juros futuro, nos preços praticados no
mercado secundário de htulos públicos e, também, no consenso informado
pelas insktuições à mesa de operação do BCB.”

BCB, PMF 6, p.17


54
Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
29/09/16

• Operações de mercado aberto – Brasil

55
Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
• Operações de mercado aberto – Brasil 29/09/16

Valores financeiros expressos em milhões de reais.

Fonte dados: http://www4.bcb.gov.br/pom/Demab/estatistica/opermes.asp?idpai=SELICESTATOP


Descrição das operações disponível em: http://www3.bcb.gov.br/selic/doc/MusSpb.pdf 56
Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto
29/09/16

57
Fonte: http://www4.bcb.gov.br/pom/Demab/estatistica/observacao.asp?idpai=SELICESTATOP
Instrumentos de Política Monetária
• Instrumentos Clássicos de Política Monetária 29/09/16

ü Recolhimento compulsório: nível seguro de reservas, demanda previsível de


reservas, disponibilidade e custo do crédito (multiplicador monetário e spread
bancário)
ü Redesconto: “válvula de segurança” para instituições individuais, “colchão de
reservas” para gestão da liquidez do sistema e sinalização da política monetária
(taxa de juros e multiplicador monetário)
ü Operações de mercado aberto: alterações transitórias ou permanentes na
disponibilidade de reservas bancárias e taxa de juros
Balancete Estilizado do Banco Central Balancete Estilizado do Sistema Monetário

Ativo Passivo Ativo Passivo


Reservas Internacionais Passivo Monetário Empréstimos Meios de Pagamento
Títulos Púbicos Base Monetária Títulos Públicos e PMPP
Redescontos e PMPP Privados Depósitos à vista
Empréstimos Encaixe Total Reservas Internacionais Passivo Não Monetário
Outras aplicações Passivo Não Monetário Imobilizado Depósitos a prazo
Depósitos TN Outras aplicações Empréstimos do internos e
Empréstimos do Exterior do exterior
Outras fontes Depósitos TN
Outras fontes
Patrimônio Líquido

Total do Ativo Total do Passivo Total do Ativo Total do Passivo 58


Instrumentos de Política Monetária – Controle Crédito
29/09/16
• Controle e seleção do Crédito

O controle e seleção de crédito envolve o uso de medidas direcionadas


para influenciar o volume, a taxa de juros, os prazos e a destinação dos
empréstimos bancários.

Uma política monetária restritiva, por exemplo, poderia se utilizar do


encurtamento dos prazos máximos de crédito ao consumidor e do limite
máximo de empréstimos pelos bancos.

Ao mesmo tempo, por exemplo, este instrumento pode ser usado para
direcionar o crédito para setores e regiões prioritárias para o governo, em
função de regras de destinação dos empréstimos.

Este instrumento é criticado por gerar distorções sobre o livre


funcionamento das forças de mercado para decidir sobre a alocação dos
recursos disponíveis.

Carvalho, F.C., 2015, cap.12, s.12.3.4 59


Instrumentos de Política Monetária – Controle Crédito
29/09/16

• Controle e seleção do Crédito – Brasil


No Brasil, uma das formas de
controle do crédito é feita por
meio do direcionamento
obrigatório de parte dos recursos
captados pelos bancos para
destinações específicas. No caso
dos depósitos à vista, seu
direcionamento está representado
no gráfico ao lado:

Também podem ser usados como exemplos de crédito direcionado as


operações de crédito para investimento de empresas do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os financiamentos
habitacionais, com destaque para a Caixa Econômica Federal (CEF), e o
crédito rural, com destaque para o Banco do Brasil (BB) como principal
agente financiador.
Fonte do Gráfico: https://fernandonogueiracosta.files.wordpress.com/2010/10/aula-8-mercado-de-reservas-bancc3a1rias-e-cartc3b5es-de-pagamentos.pdf
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Instrumentos de Política Monetária – Controle Crédito
29/09/16

• Controle e seleção do Crédito – Brasil

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