Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
FACULDADE IBGEN
DIRETORIA DE GRADUAÇÃO
CADERNO DE
REDAÇÃO E
EXPRESSÃO ORAL
Organizadoras:
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
Profa. Me. Márcia Rodrigues Gonçalves
APRESENTAÇÃO
Este Caderno reúne alguns dos textos e das atividades que serão desenvolvidos em
sala de aula, por isso é importante que você o traga consigo durante as aulas de
Redação e Expressão Oral.
Bom trabalho.
As organizadoras.
SUMÁRIO
A FALA ........................................................................................................................4
Exercícios de Apoio ..................................................................................................... 5
EXERCÍCIO DE DICÇÃO ............................................................................................ 6
EXERCÍCIO EM (SS) .................................................................................................. 7
EXERCÍCIO DE RITMO .............................................................................................. 8
EXERCÍCIO COM DITONGOS, TRITONGOS E HIATOS ........................................ 10
TÉCNICAS DE LEITURA ORAL ............................................................................... 11
EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO ......................................................................... 12
Texto: Escrever bem ................................................................................................. 13
PONTUAÇÃO NÃO É IMPORTANTE? ..................................................................... 14
PONTUAÇÃO: PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE O USO DA VÍRGULA ................... 15
AVISO ....................................................................................................................... 17
Texto: Os meninos da capa preta ............................................................................. 18
VERBOS GENÉRICOS ............................................................................................. 19
TREINO DE RACIOCÍNIO LÓGICO-CAUSAL .......................................................... 21
Modificando o texto: resumo, resenha e paráfrase ................................................... 22
PARÁFRASE............................................................................................................. 26
Texto: Quem não lê não escreve .............................................................................. 27
Atividade de Língua Portuguesa ............................................................................... 28
Não compliquem o nosso idioma .............................................................................. 30
ATA ...........................................................................................................................32
COESÃO E COERÊNCIA – NÓS LINGÜÍSTICOS ................................................... 33
OS NÍVEIS DE LEITURA DO TEXTO ....................................................................... 35
30 Dicas para escrever bem...................................................................................... 37
O classificado através da história .............................................................................. 38
EXERCÍCIOS DE REESCRITA ................................................................................. 39
LINGUAGEM DISSERTATIVA – Características básicas ......................................... 40
AMPLIAÇÃO DE VOCABULÁRIO............................................................................. 42
ARGUMENTAÇÃO .................................................................................................... 43
O peso do preconceito .............................................................................................. 44
Liberdade. Um raro prazer ........................................................................................ 46
ATIVIDADES PARA ARGUMENTAÇÃO ................................................................... 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 52
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
A FALA
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias da vida pública. Porto Alegre: L&PM, 1995.
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
Exercícios de Apoio
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava
Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os
Estados Unidos Tereza foi para o convento Raimundo morreu de
desastre Maria ficou para tia Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com J.
Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. (Quadrilha, Carlos
Drummond de Andrade)
VIEIRA, Lila. Curso de expressão vocal. Porto Alegre: Teatro Escola de Porto Alegre, 2005. Apostila.
5
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
EXERCÍCIO DE DICÇÃO
VIEIRA, Lila. Curso de expressão vocal. Porto Alegre: Teatro Escola de Porto Alegre, 2005. Apostila.
6
EXERCÍCIO EM (SS)
VIEIRA, Lila. Curso de expressão vocal. Porto Alegre: Teatro Escola de Porto Alegre, 2005. Apostila.
7
EXERCÍCIO DE RITMO
8
MESCLA MECHA MECHA MESCLA
MECHA MESCLA MESCLA MECHA
MESCLA MECHA FLECHA FRESTA
FRESTA MESCLA FLECHA MESCLA
VIEIRA, Lila. Curso de expressão vocal. Porto Alegre: Teatro Escola de Porto Alegre, 2005. Apostila.
9
EXERCÍCIO COM DITONGOS, TRITONGOS E HIATOS
VIEIRA, Lila. Curso de expressão vocal. Porto Alegre: Teatro Escola de Porto Alegre, 2005. Apostila.
10
TÉCNICAS DE LEITURA ORAL
O que era aquilo, meu Deus? Quero ver! Deixa de ser chato! Ah, é assim? Não
interessa! Vem cá! Ah, bom! Eu me saí bem, não? Ei! Que negócio é esse? Puxa,
que transformação! Está quase perfeito... Você é tão inteligente! A senhora me dá
licença? Então, aceita? É mesmo? Mas isto é maravilhoso! Ele fala francês? Não
vejo necessidade... Que é que você acha? Não importa que lhe faça algumas
perguntas? Não pode ser outra coisa! Fica bem assim? Se eu tivesse o dinheiro...
Como agir, então? Pra criar problemas? Isso ele disse... E a verdade? Mas por que
iria ele fazer tal coisa? Meu amigo, do que se trata? Fez boa viagem? Jóias? Para
que eu quero jóias? Segui-los para onde? Isso é pura idiotice! O que você faria em
meu lugar? Saia, já disse! Tem alguém em casa? Então!... Você nunca se importou
comigo! Espere...quem é você? Que lugar tenebroso! Você está bem mesmo? Outra
vez? Oh, meu Deus! O quê? Puxa, desculpe! Afinal, que espécie de pai é o senhor?
Entre! Você está bêbado? Minha nossa! Oh, não! Que é que ele tem?
Coitadinho....Isso não se faz! Que boas notícias! Vamos almoçar? Sabe o que eu
disse? Há quanto tempo! Que foi? Acordei você? Não seja infantil! E então? Você
vai aceitar? Acho bom! Bobagem! Você?? Como? É um louco! E se eu não
conseguir? É a vida! Qual é? Estás a fim de quê? Você não pode falar assim! Quem
vem para jantar? Não admito ofensas! Você vai demorar muito? Incrível...! Como
dorme... Parece uma eternidade! É grave? Nunca pensei que ele fosse tão
grosseiro! Posso dizer uma coisa? Eu te amo...Logo depois...Eles quem? Qual é a
idéia? Já escreveu alguma coisa inteligível? Pronto! Vai começar tudo de novo...
Será que ela não se cansa de ficar nessa apatia? Quero ver isso! Sim, senhor!....
Estou com uma fome!... Posso espiar? Acho que já sei do que se trata! Eu não lhe
disse? O que foi que ele disse? Eu não ouvi. Não vou ouvir mais nada, vou é sair!
Você vai me ouvir até o fim... Volte já aqui! Vou para fora, fora, fora! Pare com esses
gritos! Será que você ficou louco de repente? Fiquei sim. O que é que você tem,
seu... idiota? Eu não tenho nada, está ouvindo? Fale mais baixo! Meu Deus, que frio
medonho...! Então? Fale de uma vez! Isto por acaso lhe pertence? Sim, é meu. Não
diga! Que novidade é essa? É seu por quê? Como “por quê”? Acho que você não
compreendeu bem... Desde quando isso lhe pertence? Como “desde quando”?
Desde sempre! Ah! Isso é que não... Pare com isso! E não grite! O que foi que
houve? Por que estão gritando? Você é um intrigante! O quê? Eu, um intrigante??
Cale-se! In-tri-gan-te! Puxa, que alívio... Quem lhe botou esta idéia na cabeça? Você
conhece aquela rua? Heim?... O quê? ... Desculpe, estava falando comigo? Bem...
eu... acho que sim... Deixa eu ver... Ah, conheço sim! Que coisa! Que coisa...O que?
É revoltante! É... horrível! O que é que você acha? Eu... não sei... não sei mesmo!
Por que você não me contou tudo isso? Eu não entendi nada. Mentira!! Não, não é
mentira! Não quero ouvir mais nada, pronto!
VIEIRA, Lila. Curso de expressão vocal. Porto Alegre: Teatro Escola de Porto Alegre, 2005. Apostila.
11
EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO
VIEIRA, Lila. Curso de expressão vocal. Porto Alegre: Teatro Escola de Porto Alegre, 2005. Apostila.
12
Texto: Escrever bem
13
PONTUAÇÃO NÃO É Eram quatro os
IMPORTANTE? A escolhida é Íria concorrentes:
a
Três belas que belas são! Chegou o sobrinho
Observe o poema que Querem que por minha fé e fez a seguinte
fala de três atraentes irmãs. Eu diga qual delas é
pontuação em uma cópia
Dependendo da pontuação Que adora o meu coração.
Se consultar a razão, do bilhete: Deixo meus
empregada, o poeta declara bens à minha irmã? Não!
seu amor por Soledade, por Digo que amo Soledade?
Não. Lia cuja bondade A meu sobrinho. Jamais
Lia ou por Íria ou, ainda,
Ser humano não teria? será paga a conta do
confessa estar indeciso.
Não. Aspiro à mão de Íria alfaiate. Nada aos
Que não tem pouca pobres.
Três belas que belas são beldade.
Querem que por minha fé
Eu diga qual delas é A irmã do morto
Que adora o meu coração Nenhuma delas é chegou e, em seguida,
Se consultar a razão escolhida outra cópia do escrito e
Digo que amo Soledade Três belas que belas são! pontuou deste modo:
Não Lia cuja bondade Querem que por minha fé Deixo os meus bens à
Ser humano não teria Eu diga qual delas é
minha irmã, não ao meu
Não aspiro à mão de Íria Que adora o meu coração.
Se consultar a razão, sobrinho. Jamais será
Que não tem pouca paga a conta do alfaiate.
beldade. Digo que amo Soledade?
Não. Lia cuja bondade Nada aos pobres.
Ser humano não teria?
A escolhida é Soledade
Não aspiro à mão de Íria, Surgiu o alfaiate
Três belas que belas são!
Que não tem pouca que, pedindo a cópia do
Querem que por minha fé
beldade. original, fez estas
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração. pontuações: Deixo os
Se consultar a razão, ____________________ meus bens à minha irmã?
Digo que amo Soledade. PARA QUEM FICARÁ A Não! A meu sobrinho?
Não Lia, cuja bondade HERANÇA? Jamais! Será paga a
Ser humano não teria. Um homem rico, conta do alfaiate. Nada
Não aspiro à mão de Íria, sentindo-se morrer, pediu aos pobres.
Que não tem pouca um papel e pena e
beldade. escreveu assim: Deixo O juiz estudava o
meus bens à minha irmã caso quando chegaram
A escolhida é Lia não a meu sobrinho os pobres da cidade e,
Três belas que belas são! jamais será paga a conta
Querem que por minha fé um deles, o mais sabido,
do alfaiate nada aos tomando outra cópia,
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração. pobres. pontuou-a assim: Deixo
Se consultar a razão, meus bens à minha irmã?
Digo que amo Soledade? Não teve tempo de Não! A meu sobrinho?
Não. Lia, cuja bondade pontuar e morreu. A Jamais! Será paga a
Ser humano não teria. quem deixava ele a sua conta do alfaiate? Nada!
Não aspiro à mão de Íria, riqueza? Aos pobres!
Que não tem pouca
beldade.
14
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
15
Observe, por exemplo, como as manifestações da platéia têm sido fortes.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
2 Se dois vizinhos brigavam por terra Seu Ribeiro chamava-os estudava o caso traçava
fronteira e impedia que os contendores se grudassem. (Graciliano Ramos). ( ) ( )
4 Com muita paciência ele conversou com o velho ouviu-lhe as queixas e de acordo com as
possibilidades atendeu-o em alguma coisa. ( ) ( ) ( )
7 Aquela criança se lhe permitíssemos fazer tudo o que quisesse nos deixaria loucos. ( )
8 Devido à sua profissão viajou muito e com o passar do tempo foi-se habituando a conhecer
os povos e a discernir seus costumes mas nunca esqueceu suas origens. ( ) ( )
16
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
AVISO
De: Gerente
Para: Supervisor
Por ordem do Diretor Presidente, na sexta-feira, às 17 horas, o Cometa Halley vai
aparecer sobre a fábrica. Se chover, não haverá filme. Por favor, reúnam os funcionários, todos
de capacete de segurança, e os encaminhem ao refeitório, onde o raro fenômeno terá o lugar,
o que acontece a cada 78 anos a olho nu.
De: Supervisor
Para: Chefe de Produção
A convite do nosso querido Diretor, o cientista Halley, 78 anos, vai aparecer às 17
horas, nu, no refeitório da fábrica, usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o
problema da chuva na segurança. O Diretor levará a demonstração até o pátio da fábrica.
De: Mestre
Para: Funcionários
Todo mundo nu, sem exceção, deve estar com os seguranças no pátio da fábrica
na próxima sexta-feira, às 17 horas, pois o manda-chuva (o diretor) e o Sr. Halley, guitarrista
famoso, estarão lá para mostrar o raro filme Dançando na chuva. Caso comece a chover
mesmo, é para ir para o refeitório de capacete na mesma hora. O show será lá, o que ocorre a
cada 78 anos.
17
Texto: Os meninos da capa preta
18
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
VERBOS GENÉRICOS1
DAR
# O turismo naquela cidade deu bons frutos. (produziu)
# Era necessário dar uma solução. (apresentar)
# Eles deram atenção ao menor abandonado. (dedicaram)
# Os jornais deram a notícia. (publicaram)
# Os investimentos em educação nunca deram bons resultados. (produziram,
causaram)
# O inquérito policial deu quase 500 páginas. (chegou a, rendeu, perfez)
# Governo deu uma nova visão à economia. (criou, estabeleceu, imprimiu)
# A imprensa deu a culpa do incidente aos sem-terra. (atribuiu, imputou)
# A mulher, hoje em dia, dá razões à sociedade das qualidades intrínsecas desse
trabalho. (expõe, mostra)
FAZER
# O sistema capitalista faz suas vítimas. (produz, cria)
# Um sistema educacional forte faz uma nação. (constrói, forma)
# A pobreza faz o desemprego. (ocasiona, produz, origina)
# Enquanto não fizermos a nossa parte, a violência continuará a existir. (realizarmos)
SER
# Tirar o menor da rua é imprescindível. (torna-se)
# O governo é incompetente. (resume-se em)
# O problema fundiário é a distribuição das propriedades. (consiste na)
# A reforma agrária não é apenas um problema do governo. (pertence)
TER
# O governo não tem alternativas. (possui)
# Todo cidadão tem direito a ter suas horas de lazer. (possui, merece); (obter, gozar).
# Qualquer cidade tem seus ídolos. (consagra, tributa)
# Tinha de encontrar uma solução. (deveria, necessitaria, precisaria)
# A violência tem estreita relação com o desemprego. (mostra, traz)
# Tinha dito que a natalidade deveria baixar. (disse, afirmou)
# Apesar disso, tinha um problema. (existia, havia)
19
2. Contudo, tem uma grande parcela da população que não tem contato com a riqueza.
_____________________________________________________________________
3. A sociedade da parte desenvolvida do Brasil detém a tecnologia e tem grande poder
aquisitivo. Porém, a parte pobre e arcaica do Brasil tem vida primitiva, não tendo
nenhum grau de instrução.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. Sabe-se que o lazer é necessário, assim como o trabalho é uma necessidade. É nos
momentos de descontração que se pode conviver com as pessoas das quais se gosta.
_____________________________________________________________________
5. O problema dos sem-terra tem-se agravado.
_____________________________________________________________________
6. As pessoas têm preconceito.
_____________________________________________________________________
7. É necessário frisar que todos têm perdas. Enquanto a sociedade se fragiliza ao ter
de conviver com profissionais irritadiços e menos produtivos, encontramos profissionais
que não têm um ritmo de vida equilibrado capaz de dar-lhes uma vida saudável. A
incansável busca de sucesso faz do homem sua própria vida.
_____________________________________________________________________
A DOENÇA DO QUEÍSMO
Uma das pragas do texto é a repetição do quê. A substituição pelo qual nem sempre
funciona bem, logo precisamos encontrar recursos mais simples.
20
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
Dados os temas abaixo, siga o mesmo modelo de raciocínio (no mínimo três para cada
item):
1. Violência no Brasil.
2. Aquecimento global.
2
AMARAL, Emília et al. Novas palavras: literatura, gramática, redação e leitura. São Paulo: FTD, 1997. (Coleção
Novas Palavras).
21
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
1 Resumo
Resumo, segundo Aurélio, é 1. exposição abreviada de uma sucessão de
acontecimentos, das características gerais de algo, etc.; síntese, sinopse, sumário. 2.
apresentação concisa do conteúdo de artigo, livro, etc., entretanto não devemos
confundir essa modalidade com o que é prescrito na NBR 6028:1990 – Resumos –
procedimento no qual se presta exclusivamente de como elaborar as idéias principais
de um trabalho acadêmico. Embora com a mesma nomenclatura, e basicamente a
mesma definição, o resumo de que se tratará aqui é o que permite delimitar as idéias
de um texto qualquer (um filme, um capítulo de novela, capítulo de livro, artigo, livro na
íntegra, etc.) sem definição quanto ao número de palavras e/ou de linhas.
Não se pode, igualmente, confundir resumo com resenha, paráfrase,
esquema ou mapa mental. Essa modalidade de condensação do texto se presta a
elencar as idéias principais que o autor quis mostrar, mas redigida em forma de texto,
sem enumerações.
Não existe técnica específica para se resumir um texto, deve-se, entretanto,
primeiramente, observar alguns fatores a fim de elaborar uma apresentação concisa o
mais fiel possível. Um cuidado primeiro ao elaborar a condensação do texto é não
alterar a idéia que o autor quis passar, por mais que se discorde dela. Deve-se,
sempre, respeitar a autoria e opinião do escritor tanto que, caso haja modificação no
3
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: ARTMED, 1998. p. 36
4
GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. 9. ed. São Paulo: Ática, 2004. (Série Princípios). p. 17.
22
conteúdo, o texto não será mais classificado como resumo e sim como resenha ou
paráfrase, dependendo das alterações feitas pelo elaborador do texto.
2 Resenha
Embora muito semelhante ao resumo, pois contempla as idéias principais do
texto lido, a resenha diferencia-se por apresentar uma análise crítica e exige que o
resenhista tenha conhecimentos prévios acerca do tema tratado pelo autor. Pode e
deve trazer, também, a intertextualidade – outros textos que servem como suporte para
apoiar suas argumentações. A resenha, portanto, é um texto de informação e de
opinião, também denominado de recensão crítica.
Embora a resenha seja largamente empregada em periódicos a fim de
divulgar objetos de consumo cultural – livros, filmes peças de teatro, etc. –, é também
utilizada nos meios acadêmicos como avaliação da capacidade do aluno de emitir
juízos de valor acerca de determinado autor ou conteúdo ministrado. É comum os
discentes serem convidados a resenharem um texto à luz de determinada teoria e/ou
autor.
5
Manual de redação – PUCRS. Disponível em: <http://www.pucrs.br/manualred/resumos.php>. Acesso
em: 26 maio 2006.
6
Guia de produção textual – PUCRS. Disponível em: <http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php>. Acesso
em: 26 maio 2006.
23
(d) Data da publicação;
(e) Lugar da publicação;
(f) Número de páginas;
(g) Preço – Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas
e/ou o preço;
Comédia clássica do inglês Charles Chaplin que se tornou uma das produções mais respeitadas em
Hollywood e um dos maiores clássicos do cinema. Tempos Modernos é apenas uma deliciosa sátira à vida em uma
sociedade industrial em plena depressão americana.
Roteirizado, produzido e dirigido por Chaplin, Tempos Modernos é o último filme sem diálogos de
Chaplin, marcando também a última aparição do personagem Carlitos, além de ser seu primeiro filme a utilizar
efeitos sonoros em cinema mudo. Como sempre, há sincronização entre a trilha sonora e os movimentos dos
atores.
Em uma simples história mostra a vida do operário Trump (Chaplin) confrontando-se com todas as
invenções desumanas de uma grande indústria, que o levam à loucura durante a depressão dos anos 30. A crítica
não é só à mecanização, mas também a outras questões sociais da época: Trump é preso a toda hora; por acaso é
confundido com um líder grevista; seu romance com uma jovem órfã é impedido pelas autoridades; para todo
esforço parece haver um empecilho por parte do governo ou da sociedade. Na verdade, Trump é um idealista em
busca do próprio destino.
Desde o trabalho, a prisão e o romance com uma simples moça, o roteiro é bem narrado e construído
tendo ao fundo uma boa fotografia em preto e branco retratando bem a época em que a história é passada. A trama
vai sendo levada de modo leve e sutil mantendo sempre o bom humor graças ao carisma de Chaplin, que é um dos
mais influentes artistas na história do cinema, além de tudo, aquele que mais fez pela comédia, elevando esse
gênero à categoria de Arte
Um bom elenco, apesar de dar mais ênfase para Charlie Chaplin, é composto por Paulette Goddard
(interpreta a órfã na história, que na vida real é a esposa de Chaplin), Henry Bergman, Chester Conklin, Hank Mann,
Louis Natheaux e Allan Garcia.
Há algumas cenas antológicas que valem a pena serem lembradas: Carlitos trabalhando em uma
linha de montagem, o que o faz enlouquecer; em um cabaré, dançando e cantando Titina (uma velha canção cuja a
letra é um amontoado de palavras desconexas); confundido com um líder grevista ao carregar uma bandeira
vermelha que cai de um caminhão; andando de patins na loja de departamentos, além da clássica e memorável
cena onde seu personagem é engolido pela máquina mostrando uma sátira à produção industrial em série
É triste e simbólica a imagem final, o vagabundo e a órfã andando pela estrada solitária cheios de
esperança. A música é a famosa Smile, que diz que se deve sorrir mesmo que o coração esteja doente. Depois
deste filme, o personagem Carlitos nunca mais retornaria, mostrando que o vagabundo não estaria sozinho
O filme foi um grande sucesso, mas, na época de seu lançamento deu prejuízo. Foi proibido na Itália e
na Alemanha, onde Hitler e Mussolini o consideravam “socialista”.
Apesar da fraquíssima edição do DVD que só fornece biografia e filmografia, vale a pena assistir a
essa obra-prima de Chaplin em que, em um contexto social, vemos uma crítica violenta ao sistema capitalista,
sendo satirizado por uma pessoa que é, no mínimo, memorável. O mais interessante disso tudo é que a sátira sobre
a industrialização selvagem tem mais relevância hoje do que quando foi feita.
7
Disponível em:
<http://www.filmeemcasa.com.br/loca2/conteudo/detalhecritica.cfm?cod=44490&chave=35>. Acesso em:
21 jan. 2007.
24
2.3 Comentários sobre a resenha
Observa-se que a resenha do filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin,
não se ocupa em reduzir a história, aliás, não se sabe realmente o resumo do filme.
Evora Chamberlaim extrapolou o texto, ou seja, buscou dados que perpassam o filme
para compor seu comentário: trouxe elementos do elenco, como foi feito (último filme
mudo do produtor), situou-o no tempo cronológico (anos 30) e contextualizou-o para
que se entendam as mensagens implícitas que uma mera e inocente comédia quis
passar. O resenhista não poupa adjetivos para compor seu texto, palavras que
comprometem e enfatizam a opinião individual (obra-prima, pessoa memorável,
deliciosa sátira e muitos outros), posição oposta à feitura do resumo, que deve limitar-
se a elencar as idéias mais importantes, sem qualificações.
Esse tipo de produção textual, diferentemente do resumo, exige do autor
informações adicionais – intertextualidade – a fim de que se cumpra a finalidade da
resenha: um comentário crítico baseado no texto em questão.
3 Paráfrase
A paráfrase é uma técnica amplamente utilizada, pois é uma reescritura de
texto sem alterar o seu conteúdo. Diferencia-se do resumo por não suprimir
informações e manter o tamanho original – não há preocupação com a diminuição do
texto; da resenha, por não trazer consigo comentários adicionais que emitam juízo de
valor acerca do que foi dito.
Exemplo:
O filme foi um grande sucesso, mas, na época de seu lançamento, deu prejuízo. Foi
proibido na Itália e na Alemanha, onde Hitler e Mussolini o consideravam “socialista”.
Paráfrase:
Tempos Modernos obteve grande aceitação, quando de seu lançamento, entretanto não
obteve lucro. Foi vetado nos países europeus dominados pelo fascismo e nazismo, cujos líderes o
consideravam portador de idéias comunistas.
25
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
PARÁFRASE
Há várias maneiras de enriquecer o vocabulário e uma das mais eficazes é a
paráfrase. Parafrasear permite incorporar novas estruturas lingüísticas (diversificar
construções) e também dominar o sentido das palavras.
Parafrasear é reescrever um texto sem alterar-lhe o sentido.
Não é preciso reduzir o tamanho, apenas dar outra forma, usar outras
construções, a fim de preservar o significado original.
O SEGREDO DO CASAMENTO
Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado
trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não
perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como
ela consegue ficar casada comigo. [...]
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver
com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro
casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa,
se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do
que eu. [...]
O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-
rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo, no
fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados
e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso
renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a
se vender, seduzir e ser seduzido. [...]
Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de
sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os
respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como
crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por
isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o
mesmo par. Stephen Kanitz
26
Texto: Quem não lê não escreve
Quem não lê não escreve Wander Soares | 17.3.2003 | 16h55min
É alarmante o fato de que apenas 1% dos alunos brasileiros da 3ª série do ensino
médio (ou seja, os que se preparam para ingressar na universidade) tenha domínio
adequado do idioma português. O resultado, expresso em pesquisa do Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), deve servir de alerta para os
responsáveis pela gestão do ensino, professores e pais de alunos. Não é sem razão
que os estudantes brasileiros tenham reagido de forma tão contundente ao “Provão”
instituído pelo Ministério da Educação, que expõe o despreparo com que nossos
alunos saem das universidades.
O problema apontado pela pesquisa, que inclui outras áreas do conhecimento, como
a matemática, poderia ser simplesmente atribuído, numa análise mais simplista e superficial, à má
qualidade do ensino público. O estudo, entretanto, também abrange os alunos das escolas particulares,
nas quais, em tese, pratica-se ensino de melhor nível. Fica claro que a questão é mais abrangente e
grave, merecendo a atenção de toda a sociedade e das autoridades neste final de século. Seria
ingenuidade, para não falar em omissão histórica, imaginar que possamos conquistar o desenvolvimento
sem preparar adequadamente nossos jovens para um mundo em que a informação, em todas as áreas
do conhecimento humano, será um diferencial decisivo para delimitar o grau de independência e
competitividade dos países, empresas, instituições e, sobretudo, do indivíduo. Não basta tecnologia de
ponta, redução de custos, programas de qualidade e produtividade. Para participar da globalização com
vantagens competitivas, o Brasil precisa de valores humanos, cujo talento, cultura, criatividade e preparo
são requisitos fundamentais ao desenvolvimento.
Observa-se no País, contudo, uma perigosa desvalorização da cultura básica, da erudição e do
conhecimento. A informação científica e humanística é “pelletizada” em apostilas, na “indústria” do
vestibular ou na realidade virtual da multimídia eletrônica. A grande maioria dos cursos de ensino médio
e os “cursinhos” preparatórios aos vestibulares preparam o aluno apenas para realizar a prova, mas não
desenvolvem nele o raciocínio, o senso crítico e o conhecimento de base.
Obras literárias importantes são resumidas de forma pobre e descaracterizada, em poucos parágrafos.
As apostilas são confeccionadas sem estudos prévios, ao contrário do que ocorre com os livros, que
demandam anos de pesquisa por profissionais, especialistas, intelectuais, escritores e cientistas,
contendo ilustrações detalhadas e informações completas. Já sem cultura básica, nossos jovens
também não são estimulados à leitura dos jornais e revistas, que também se constituem em fonte
imprescindível de informação e formação.
Os estudantes sabem manipular com habilidade os microcomputadores, em casa, e, de forma
crescente, também nas escolas, públicas ou privadas. “Navegam” com fluidez na Internet, mas são
incapazes de interpretar um texto de Machado de Assis; são verdadeiros ases das artes marciais dos
jogos eletrônicos virtuais, mas não conseguem redigir um texto com princípio, meio e fim, estilo, forma e
linguagem; “conversam” com colegas de outros continentes, via modem, mas atentam contra o idioma,
com seu pobre vocabulário. Nossos jovens têm acesso a todos os canais da era da informação, mas
não têm informação. Por isso, no ano decisivo de disputar uma vaga na universidade, recorrem a cursos
especializados em vestibulares, que treinam, mas não ensinam.
As escolas brasileiras não possuem bibliotecas. As raras existentes são incompletas e, o que é pior,
pouco freqüentadas. Em casa, a leitura de livros, igualmente, não é estimulada. Nada contra a
informática, a multimídia e a realidade virtual. É inadmissível, porém, a ausência de formação intelectual
e a alienação diante da realidade tangível. Para reverter esse quadro - uma responsabilidade inalienável
das autoridades, educadores, professores e pais - não basta oferecer aos alunos os imprescindíveis
livros didáticos. É preciso oferecer-lhes incentivos e meios de lerem os principais autores nacionais e
estrangeiros, da literatura de ficção e não-ficção, jornais, revistas e obras científicas humanísticas. Essa
é a forma de construirmos uma sociedade inteligente, culta e capaz de conduzir o Brasil a um destino
melhor. Como reflexão, fica o alerta de Bill Gates, o multimilionário gênio da informática, que, sem
nenhum constrangimento, afirmou: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros”. Sem
livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive, a sua própria História!
Artigo publicado no Jornal Gazeta Mercantil em 17/dez/1996. ABRELIVROS: Associação Brasileira de
Editores de Livros. Fonte: http://www.abrelivros.org.br/abrelivros/texto.asp?id=276. Data de Acesso: 19 de julho
de 2007.
27
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. Haverão paralizações.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
10. Aonde estava o professor?
_____________________________________________________________________
28
11. Onde vamos agora?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
29
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
EXAME
Na bolsa, só cheque e cartão de crédito. Cadê dinheiro para pagar o
estacionamento? Recorri ao personal banking. No drive thru, a primeira máquina
estava out of order. Fui à segunda. Nada feito: sistema off line. Liguei para o hot line.
Expliquei meu aperto à operadora. "Vamos estar providenciando o conserto do caixa. A
senhora pode acessar sua conta em outro terminal. O mais próximo fica no shopping."
Fui lá. O sistema estava on line. Embolsei R$ 100 cash.
O inglês invadiu as instituições bancárias. Antes, timidamente. Restringia-se ao
traveller s check, ao Credicard e a aplicações inacessíveis aos comuns dos mortais.
Depois, ficou atrevido. Foi deixando o português pra trás. Para chegar lá, trilhou dois
caminhos. Um cuidadosamente traçado pelo marketing. Os bancos passaram a
oferecer produtos na linguagem do cliente. Ou melhor: na linguagem que impressiona
o cliente. Embalar o serviço na língua do Tio Sam valoriza a oferta. Dá-lhe status.
Telemarketing, personal manager, phone banking & cia. são filhotes dessa estratégia.
Deu a mão? A gringa avançou pro braço. Sem convite, foi além das meras
palavras. Chegou à estrutura da língua. Fincou pé nos verbos. Exemplos não faltam.
Um deles: substituir o futuro "providenciarei" pelo "vamos estar providenciando". Outro:
trocar o pretérito "foi desligado" pelo "tem sido desligado".
De onde vêm os monstrengos? Das traduções malfeitas. O inglês tem muitas
formas verbais compostas. É o caso do "I ll be sending". Três verbos para dizer nosso
simples "enviarei", traduzido por "vou estar enviando". Há também o past perfect. "The
telephone has been desconected" quer dizer, simplesmente, "o telefone foi desligado".
Não tem nada a ver com "tem sido desligado", que indica uma ação que começou no
passado e continua no presente. Com o avanço da informática e do marketing a coisa
piorou. A literatura dessas novidades é praticamente em língua inglesa. Nós
consumimos as traduções.
Invasão de língua estrangeira tem várias razões. Uma é o prestígio. O inglês
avançou nas nossas fronteiras porque é falado pela maior potência do planeta, que
vende como ninguém sua música, seu cinema, sua televisão, sua literatura, sua
tecnologia e o american way of life. Outra é a receptividade. Nós, já dizia Glauber
Rocha, temos complexo de vira-lata. O que vem de fora é melhor.
O inglês deita e rola. O disque virou disk. Do disk-pizza. ao disk-entulho,
passando pelo disk-sushi e disk-bombeiro. Liquidação é sale. Moda, fashion. Camiseta,
t-shirts. Relatório, paper. Acampar, camping. Revisão médica, check-up. Por que os
bancos ficariam pra trás? Fundo se naturalizou fund. Taxa de risco, spread. Loan,
empréstimo.
30
O inglês na vida tupiniquim não é novidade. Vem de longe. Mas se firmou
graças a Hollywood, à Segunda Guerra Mundial e ao avanço tecnológico. Ava Garner,
Greta Garbo, Clark Gable, Rodolfo Valentino, James Dean, Elvis Presley e cia. deram
asas à imaginação deste país colonizado. Bom ser bonito e famoso como eles. Mascar
chicletes, tomar Coca-Cola, fumar Camel e usar óculos Rayban viraram obsessão.
A guerra trouxe os gringos até aqui. Vivíamos a política da boa vizinhança com
os Estados Unidos. Natal, Recife, São Luís, Belém foram invadidas pelo povo do norte
em nome da sagrada aliança contra Hitler, Mussolini e todas as forças do mal
encarnadas no Eixo.
Inventaram que aí nasceu a palavra forró. Os gringos promoviam festas para si. Eram
privacy. Volta e meia, abriam. Aí era for all, para todos. Nossos caboclos, analfabetos
em português e duplamente em inglês, simplificaram a pronúncia. For all virou o
nordestíssimo forró. Puro folclore. Forró é redução de forrobodó. Mas a versão tem
sido tão insistentemente repetida que virou verdade.
A familiaridade com o inglês deixou-nos ousados. Hoje aportuguesamos termos
que nem sonhavam figurar no Aurélio. Muito menos no Vocabulário Ortográfico. A
informática serve de exemplo. Com ela, nossa criatividade alça vôos. E ultrapassa os
limites da máquina. Deletar tomou a vez do velho apagar. Printar expulsou o imprimir.
Startar cassou o começar.
É isso. Quem não aderiu se tornou out. Que corra atrás do prejuízo. Peça help.
E vire in.
31
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
ATA
É um documento que registra resumidamente e com clareza as ocorrências, deliberações,
resoluções e decisões de reuniões ou assembléias. Deve ser redigida de maneira que não
seja possível qualquer modificação posterior. Para isso, deve ser escrita:
(a) sem parágrafos ou alíneas (ocupando todo o espaço da página);
(b) sem abreviaturas de palavras ou expressões;
(c) números por extenso;
(d) sem emendas ou rasuras;
(e) sem uso de corretivo líquido;
(f) com emprego do verbo no Pretérito Perfeito do Indicativo: falou, falaram; discutiu,
discutiram; comentou, comentaram.
(g) com verbo de elocução para registrar as diferentes opiniões. Quem redige a Ata não põe os
participantes da reunião a falar diretamente, mas faz-se intérprete delas, transmitindo ao leitor
o que disseram. Exemplo: Em vez de Inicialmente, eu Manuel de Araújo, presidente do Centro,
determino a Senhora vice-presidente, que apresente o calendário que fizemos para que os
presentes o conheçam. Deve ser redigida assim: Inicialmente o Sr. Manuel de Araújo solicitou
à vice-presidente, Sra. Maria de Souza, que apresentasse o calendário elaborado para que os
presentes tivessem seu conhecimento.
(h) Se o relator (secretário) cometer um erro, deve empregar a partícula retificativa digo entre
vírgulas, como neste exemplo: "Aos dez dias do mês de dezembro, digo, de janeiro, de dois mil
e quatro...".
(i) Quando se constatar erro ou omissão depois de lavrada a ata, usa-se em tempo. Exemplo:
"Em tempo: Onde se lê janeiro, leia-se fevereiro".
MODELO DE ATA
Aos vinte e três dias do mês de janeiro de dois mil e quatro, com início às vinte horas, na sala
de reuniões do Centro Amigos da Criança, sito na Rua Euclides de Oliveira, número trezentos
e vinte e cinco, Canoas, realizou-se uma reunião administrativa da diretoria do Centro, com o
objetivo de preparar o calendário de atividades para o ano de dois mil e quatro. A reunião foi
presidida pelo presidente do Centro, Sr. Manuel de Araújo, tendo como secretária a Sra.
Joaquina da Silva. Contou com a participação de doze diretores e três conselheiros.
Inicialmente, o Sr. Manuel de Araújo solicitou à vice-presidente, Sra. Maria de Souza, que
apresentasse o calendário elaborado para que os presentes tivessem seu conhecimento. Foi
esclarecido que a meta, do ano em curso, é divulgar por todos os meios as atividades
voluntárias, tanto em atividades internas como externas. Depois de ouvidas variadas
sugestões, o presidente da reunião solicitou que fosse votado o calendário apresentado,
submetido às sugestões oferecidas, para que se chegasse a um consenso, o qual seria,
posteriormente, divulgado no próprio Centro, bem como no Jornal Verdade e Luz, mantido pelo
órgão de unificação dos trabalhadores voluntários da cidade e região de Canoas. Depois de
debatidas as sugestões apresentadas, obteve-se, democraticamente, uma conclusão
considerada excelente. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente ata, assinada por
mim, Joaquina da Silva, secretária, pelo presidente da reunião e pelos demais presentes.
ATIVIDADE
Elabore uma ata oriunda de uma reunião da qual você foi o relator. Para tanto, baseie-se
no modelo acima. Escolha uma das propostas abaixo para compor seu texto:
a) Reunião realizada no Céu, com a participação de anjos e santos a fim de debater o
problema da falta de solidariedade dos homens na Terra.
b) Reunião realizada na Floresta com a participação dos animais para discutirem o final trágico
que se prenuncia se o Homem não alterar suas atitudes em relação a eles e à natureza.
c) Reunião realizada na comunidade dos telespectadores a fim de serem levantadas sugestões
aos donos de emissoras televisivas para melhorarem a programação dominical.
32
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
ESPIÕES DE CRISTO
O mineiro Serafim Lanna tem três diplomas universitários e fala quatro idiomas, mas
trabalha vendendo queijo em uma feira e mora em uma favela da Grande São Paulo. Um de
seus colegas é o filósofo e teólogo, Remy Felisaz, que sobrevive de bicos de marcenaria. Eles
se encontram nessas condições não por falta de oportunidades profissionais. Ao contrário,
atingiram o auge da carreira. Os dois fazem parte das Fraternidades de Foucalt, uma ordem
católica pouco conhecida que surgiu na Argélia em 1933. Existem atualmente 1.800 membros
da congregação espalhados pelo mundo – trinta deles estão no Brasil. Como os demais
integrantes da comunidade, Serafim e Remy são uma espécie de agente secreto de Cristo.
Esses religiosos acreditam que a maneira mais eficiente de pregar a palavra de Deus é agindo
no anonimato, por isso aboliram o uso da batina e costumam infiltrar-se nas favelas e nas
empresas. Veja, 23 de maio de 2001.
A COERÊNCIA textual está relacionada ao conteúdo, aos significados, ao encadeamento das idéias,
situações ou acontecimentos que são veiculados ao texto. Tem a ver, basicamente, com as condições para o
estabelecimento de um sentido em um contexto determinado.
8ABAURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela Nogueira; FADEL, Tatiana. Português: língua, literatura e produção
de texto. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
33
c) Juan e Peter não se entendem, mas um fala inglês e o outro espanhol.
_____________________________________________________________________
d) O livro é muito interessante porque tem 570 páginas.
_____________________________________________________________________
e) Carmem mora no Rio de Janeiro há cinco anos, portanto não conhece ainda o
Corcovado.
_____________________________________________________________________
f) O livro indicado pela professora já está esgotado, já que foi publicado há menos de
três semanas.
_____________________________________________________________________
g) João, o pintor, foi despedido, mesmo que tenha se negado a pintar a casa, apesar
de estar chovendo.
_____________________________________________________________________
34
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
pressuposto. Ao afirmar-se explicitamente que (1) Pedro voltou de Coesão: a palavra coeso significa
ligado. Coesão textual são as
Brasília, afirmamos implicitamente que ele foi a Brasília. Ao afirmar- articulações gramaticais existentes
entre palavras, orações, frases,
se que (2) Maria foi à festa de José, informamos implicitamente que parágrafos de um texto que
garantem sua conexão seqüencial.
José deu uma festa.
Relações semânticas internas:
2 – Sob a perspectiva vertical, a leitura está centrada na conexão dos significados das
palavras na frase ou entre as
intersecção entre o texto e as condições de sua produção. Isto frases.
significa que a leitura pode ser simultaneamente parafrásica e Coerência: coerência textual é o
resultado da articulação das idéias
polissêmica, já que, sendo resultante de um processo de interação de um texto; é a estruturação
lógico-semântica das frases do
entre produto e condições de produção, remete, em primeiro lugar, a texto e a adequação ao contexto
extraverbal, ou seja, àquilo o que o
textos anteriores que contribuem para solidificar a compreensão do texto faz referência.
leitor acerca do tema analisado. Em segundo lugar, possibilita a Paráfrase: nova apresentação de
um texto.
decodificação de múltiplos sentidos, os quais são determináveis
Polissemia: multiplicidade de
pelos contextos diferentes extralingüísticos em que os mesmos sentidos de uma palavra ou
locução.
foram produzidos.
35
Na leitura vertical, o leitor apropria-se, em primeiro lugar, dos
contextos situacionais em que os textos foram produzidos, e, logo a
seguir, dos significados explícitos e implícitos dos enunciados. A
partir disso, o sentido passa a ser resultado de uma acidentalidade
que resulta das relações estabelecidas entre o lingüístico e o social.
Acrescenta-se, ainda, que o processo de decifração
semântica vertical resulta de um estabelecimento de relações entre
dois conjuntos de conhecimento distintos: a) um componente
lingüístico; b) um componente retórico. Enquanto o componente Enunciado: frase ou parte de um
discurso.
lingüístico ocupa-se com o tratamento de questões semânticas
intralingüísticas, o componente retórico atua como um conjunto de
conhecimentos extralingüísticos acrescentados ao componente Processo de decifração semântica:
maneira de interpretar o significado
lingüístico, interferindo dessa forma nos limites da significação. das palavras.
36
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
9
Professor João Pedro, UNICAMP
37
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
_______________________________________________________
Respostas: 1. Deus/ 2. Noé/ 3. Dr. Frankenstein/ 4. Nero/ 5. A. G. Bell/ 6. Robson Crusoé/ 7. Cristóvão Colombo.
1
VERISSIMO, Luís Fernando. O classificado através da história. In: VERISSIMO, Luís Fernando. A mulher do
Silva. Porto Alegre: LP&M Editores Ltda., 1984. (p. 21 e 22)
38
Redação e Expressão Oral
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
EXERCÍCIOS DE REESCRITA
39
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
1. ADEQUAÇÃO
A redação deve ser redigida de acordo com a norma culta escrita, evitando
repetições inexpressivas, gírias, vocabulário impreciso. Exemplo de impropriedade a ser
evitada: Tem um negócio ruim que a gente sente que é uma coisa tipo quando você sente dor
no peito.
Reescreva as frases seguintes, adequando-as à norma escrita:
a) O homem tem um troço que é o que o separa dos animais, a liberdade.
b) Com tantos problemas que tem, a televisão fica aí, como uma vaca no meio da
sala.
2. CLAREZA
O texto deve ser inteligível, evitando ambigüidades e obscuridades. Exemplo de
ambigüidade a ser evitada: Família muda vende tudo.
Reescreva as frases seguintes, resolvendo as ambigüidades:
a) Moradores reivindicam centro de saúde com criatividade.
b) Museu reúne quadros com mulher de Picasso.
c) A sociedade não percebe o mal que a televisão faz a si própria.
d) Proibido entrar na loja de patins.
3. CONCISÃO
A linguagem deve ser precisa; palavras e frases podem ser utilizadas com
economia, evitando-se as redundâncias inexpressivas. É preciso cuidar também com a
prolixidade, o excesso de palavras desnecessárias. Exemplo de redundância e prolixidade a
evitar: Os dois fizeram o trabalho. Seu amigo tinha convidado para fazerem um trabalho. Os
dois fariam o trabalho e dividiriam o dinheiro ganho com o trabalho.
Reescreva as frases seguintes, dando concisão à linguagem:
a) Tenho o sentimento do mundo, quero fazer um mundo só para mim, mas ao
mesmo tempo vivo num mundo que é de todo mundo.
b) Novidade inédita na área de informática agita o mercado.
c) Compre uma calça e ganhe grátis um brinde.
d) Um córtex grande não determina necessariamente inteligência. Mas um córtex
pequeno também não determina a falta de inteligência.
4. COESÃO
O texto deve ser organizado por nexos lógicos adequados, com a seqüência de
idéias encadeadas logicamente, evitando frases e períodos desconexos. Exemplo de confusão
a ser evitada: Deve existir uma forma de avaliar os candidatos; e isso não é possível apenas
fazendo uma prova, onde os candidatos poderiam talvez ter ido melhor no dia seguinte ou
anterior por questões psicológicas, mentais ou o que for.
Reescreva as frases seguintes, com linguagem organizada e coesa:
40
a) Sabemos que o ministério gasta demais com o tratamento que nós podemos
evitar as doenças, as moléstias contagiosas exatamente pela ausência de tratamento.
b) Às vezes as idéias aparecem de repente, mas aquelas boas idéias são as
planejadas antes de se concluir algum ato ou podem surgir horas exatas a utilizá-las.
5. EXPRESSIVIDADE
Quem redige deve buscar uma elaboração própria e expressiva da linguagem,
evitando os clichês, as frases feitas e os lugares-comuns. Exemplo de chavão ou clichê: O
homem de hoje não vive, ele vegeta na selva de pedra da cidade grande.
Reescreva as frases abaixo, utilizando uma linguagem sem clichês:
a) As crianças são a esperança, o futuro do Brasil.
b) As pessoas viraram máquinas frias e insensíveis, viraram peças de engrenagem,
robôs que não sabem que só o amor constrói.
c) O dinheiro não traz felicidade, pois dessa vida nada se leva.
TREINO DE REESCRITA
Reescreva as frases, resolvendo os problemas que elas apresentam:
1. Essa dor é muito dolorosa, mas vamos superar isso, porque a nossa força não é
fraca, a nossa força é forte.
2. Ele quer que eu veja o filme, porque insiste que se eu ver o filme vou gostar.
3. Os alunos reclamaram que a Universidade exige a leitura de um livro que entrará
no exame inexistente no Brasil.
4. Só achei lamentável a diretoria da empresa jogar a culpa da decisão de retirar
com o patrocínio das jogadoras.
5. O homem deve ser a natureza o único, ou o animal que mais sonha. E a maior
diferença entre ele e os outros animais é que ele sempre sonha com mais e nunca com menos.
6. Piloto deixa o circuito irritado.
7. AIDS mata. Então, não esqueça: seringa descartável e camisinha na relação
sexual.
8. Vende-se casa aqui.
9. Muita gente vive pregada na frente da televisão. A televisão forma burros, não
informa os desinformados e deforma ainda mais os já deformados.
10. Coreano passa trinta anos só no quarto.
11. Por favor, aproximem-se um pouco para lá: separem-se juntos em um grupo. E
não se juntem muito em grupos pequenos.
12. Podemos abordar um tema que, creio eu, todos pensam e dissertam sobre o
próprio. A juventude e a velhice. A meu ver, entre essas duas faixas etárias cria-se uma certa
antagonização de desejos e interesses, que são idéias e sentimentos muito duvidosos para
corrigi-los e determina-los ou não.
13. O sonho é essencial para as vidas. Sem o sonho é impossível conseguir as
coisas, é o mesmo que não comer, não respirar. O sonho é tão necessário como qualquer
outra atividade humana.
14. O jogador nunca passou por outra cirurgia do joelho em nenhuma outra parte do
corpo.
41
de campo de olho
de cão de osso
de cavalo de ouro
de chumbo de pai
de chuva de paixão
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL de cidade de pele
PROFA. ME. VIVIANE VIEBRANTZ de cobra de Platão
HERCHMANN de coração de porco
de criança de prata
AMPLIAÇÃO DE VOCABULÁRIO de dedo de professor
LOCUÇÕES ADJETIVAS de diamante de rim
de estômago de rio
1. Dê o adjetivo correspondente à locução de estrela de sal
adjetiva. Siga o exemplo: de farinha de selos
de abdômen – abdominal de fera de sentido
com pus de fezes de sonho
da alma de fígado de tarde
da fábrica de filho de tórax
da Idade Média de fogo de umbigo
da Lua de garganta de veias
da maioria de gato de verão
da minoria de gelo de vidro
da moeda de guerra de visão
da Páscoa de homem de voz
da terra de intestino do lado
da Terra de inverno do mestre
de abelha de irmão do pâncreas
de aluno de lago do som
de amor de leão do Sul
de anjo de leite dos astros
de aquisição de lobo dos patrões
de asas de macaco sem pavor
de asno de mãe sem sal
de audição de manhã
de bispo de monge
de boca de morte
de cabelo de nádegas
de cabra de nariz
42
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
ARGUMENTAÇÃO10
10
ABAURRE, M. L.; PONTARA, M. N.; FADEL, T. Português. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
43
apontados exigem, todos, fundamentação para poderem ser utilizados. Se você contar com as
informações pertinentes, com a citação perfeita, ou souber elaborar um raciocínio analítico
sustentado, faça-o: o poder de convencimento do seu texto depende disso.
45
Liberdade. Um raro prazer
ATIVIDADES
1. Com base na leitura dos textos acima, faça o que se pede, nos dois itens abaixo,
como tarefas argumentativas:
a) Redija um texto dissertativo-argumentativo defendendo o ponto de vista de um
empresário que não aceita que pessoas obesas sejam contratadas em sua empresa.
b) Redija um texto dissertativo-argumentativo defendendo o ponto de vista de que a
propaganda de um produto legalmente comercializado é um direito que deve ser garantido.
2. Partindo da seguinte proposição Se o seu amigo usa drogas e você não fala
nada, que droga de amigo é você?, escreva um texto argumentativo que tenha poder de
persuasão forte o bastante para fazer que um amigo, colega ou familiar, que esteja
experimentando algum tipo de droga, desista da idéia. Lembre-se de que somente argumentos
adequados darão sustentação ao seu texto.
47
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
1) Você chega em casa tarde, suado. Seu "Bem" está muito bravo com você. Argumente por
que você não buscou os filhos na escola e está chegando àquela hora em casa.
2) Você, depois de muitos anos no funcionalismo público, resolve mudar de vida radicalmente.
Teve uma grande idéia, tornar-se artista circense. Argumente que função você pode
desempenhar e por que merece ser contratado pelo dono do circo.
3) Você é estagiário em uma empresa. Exerce a mesma função que outros três funcionários.
Após um ano, você reclama por sua efetivação. Argumente por que você deve ser contratado.
5) Você tem 10 anos de empresa e nunca foi promovido. O estagiário é efetivado e, após 1
ano, ganha promoção. Argumente por que o procedimento do gerente foi inadequado e por
que você deveria ser promovido primeiro.
7) Você troca de operadora celular e faz um plano de R$ 70,00; no entanto, por motivos de
trabalho, sua conta excedeu 80% o valor ajustado. Em uma de suas viagens de trabalho,
percebe que o celular está impossibilitado de completar chamadas. Em contato com a
operadora, você descobre que apenas na cidade natal da compra do celular você pode
desbloqueá-lo. Argumente por que seu celular deve voltar a funcionar antes mesmo de sua
viagem chegar ao fim.
8) Você vai a uma loja comprar chocolates para seus filhos para a Páscoa. Quando abre a
embalagem, percebe que estão mofados. Volta à loja para efetivar a troca, mas a loja
argumenta que os chocolates estão no prazo da validade e com as embalagens lacradas.
Argumente por que você deve trocar os chocolates na loja.
48
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
O orador... Geral-
Sempre Frequen- mente Rara- Nunca
(Sim) temente (Às mente (Não)
vezes)
... pronunciou as palavras de forma
adequada?
... imprimiu uma velocidade de fala que
contribuiu de forma positiva para a
compreensão da mensagem?
... apresentou uma postura adequada e
gestos condizentes com seu discurso?
...manteve a voz em uma altura adequada, de
forma que sua fala foi compreensível e não
irritou?
... manteve o contato visual com a platéia?
... expôs o assunto de forma a torná-lo
interessante?
... não apresentou vício de linguagem que
desviou a atenção do ouvinte?
... apresentou material de apoio sem
problemas gramaticais e de modo a contribuir
com sua apresentação.
... respeitou o tempo máximo e mínimo
estabelecido?
... expôs e detalhou o conteúdo específico
indicado na proposta do trabalho e de forma
clara e objetiva, alcançando o objetivo de sua
comunicação: ser compreendido pelos
ouvintes?
Pontuação
Ponto(s) positivo(s):
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Recomendação(ões):
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
49
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
O orador... Geral-
Sempre Frequen- mente Rara- Nunca
(Sim) temente (Às mente (Não)
vezes)
... pronunciou as palavras de forma
adequada?
... imprimiu uma velocidade de fala que
contribuiu de forma positiva para a
compreensão da mensagem?
... apresentou uma postura adequada e
gestos condizentes com seu discurso?
...manteve a voz em uma altura adequada, de
forma que sua fala foi compreensível e não
irritou?
... manteve o contato visual com a platéia?
... não apresentou vício de linguagem que
desviou a atenção do ouvinte?
... apresentou material de apoio sem
problemas gramaticais e de modo a contribuir
com sua apresentação.
... expôs o assunto de forma a torná-lo
interessante?
... respeitou o tempo máximo e mínimo
estabelecido?
... expôs e detalhou o conteúdo específico
indicado na proposta do trabalho e de forma
clara e objetiva, alcançando o objetivo de sua
comunicação: ser compreendido pelos
ouvintes?
Pontuação
50
REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
Profa. Me. Viviane Viebrantz Herchmann
O orador... Geral-
Sempre Frequen- mente Rara- Nunca
(Sim) temente (Às mente (Não)
vezes)
... pronunciou as palavras de forma
adequada?
... imprimiu uma velocidade de fala que
contribuiu de forma positiva para a
compreensão da mensagem?
... apresentou uma postura adequada e
gestos condizentes com seu discurso?
...manteve a voz em uma altura adequada, de
forma que sua fala foi compreensível e não
irritou?
... manteve o contato visual com a platéia?
... não apresentou vício de linguagem que
desviou a atenção do ouvinte?
... apresentou material de apoio sem
problemas gramaticais e de modo a contribuir
com sua apresentação.
... expôs o assunto de forma a torná-lo
interessante?
... respeitou o tempo máximo e mínimo
estabelecido?
... expôs e detalhou o conteúdo específico
indicado na proposta do trabalho e de forma
clara e objetiva, alcançando o objetivo de sua
comunicação: ser compreendido pelos
ouvintes?
Pontuação
51
REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L.; PONTARA, M. N.; FADEL, T. Português. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
AMARAL, Emília et al. Novas palavras: literatura, gramática, redação e leitura. São Paulo: FTD,
1997. (Coleção Novas Palavras).
GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. 9. ed. São Paulo: Ática, 2004. (Série Princípios). p.
17.
KANITZ, Stephen. Qual é o problema? Veja. São Paulo. s.n., p. 18, mar. 2005.
RUSSO, Ricardo. Segredos da redação no vestibular. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1977.
SABINO, Fernando et al. Para gostar de ler, V.13. 11. ed. São Paulo: Ática, 2003. 124 pág.
VIEIRA, Lila. Curso de expressão vocal. Porto Alegre: Teatro Escola de Porto Alegre, 2005.
Apostila.