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POLÍTICAS PÚBLICAS E PROCESSOS DE GESTÃO

A gestão de políticas públicas pode ser elaborada através de esquemas de visualização e interpretação também
conhecido como ciclo de políticas públicas (policy cycle). Esses esquemas são organizados em fases sequenciais e
interdependentes que vão desde a fase inicial de identificação do problema, até a formulação de alternativas para o
mesmo e implementação da política pública: “para que o programa/política saia do papel, é preciso interpretar o
ambiente para planejar/organizar as ações, decidir sobre os benefícios/serviços que se pretende implementar, e de
onde serão extraídos os recursos para sua implementação” (RODRIGUES, 2011, p. 50). Identificar um problema público
não é uma tarefa difícil. Desde catástrofes naturais que afetem a vida das pessoas de determinada região aos
congestionamentos das grandes cidades, violência (infantil, contra mulher), são problemas públicos. De modo geral,
toda situação pública que afeta a vida das pessoas e se torna insatisfatória para elas pode ser percebido como um
problema.
1. Depois de identificado o problema público
segue-se a formação de uma agenda: aqui o
problema adquire status de “problema público”
dos quais devem resultar ações e políticas públicas
direcionadas para a solução do mesmo. Essas
ações devem ser previstas através de uma agenda
que pode ser: um programa de governo, um
planejamento orçamentário ou uma simples lista
de ações ou assuntos de alguma entidade.
2. A formulação de alternativas constitui a
formulação de políticas públicas propriamente
dita: constitui a fase de planejamento das ações
previstas na agenda, onde devem ser definidos
seus objetivos, marco jurídico, administrativo e
financeiro. É necessário também um diagnóstico
(levantamento, análise, informação sobre o
problema) para se poder desenvolver alternativas de ação. “O estabelecimento de objetivos é importante para
nortear a construção de alternativas e as posteriores fases de tomada de decisão, implementação e avaliação da
eficácia das políticas públicas” (SECCHI, 2012, p. 37).
3. O estudo do problema e das alternativas deve conduzir à tomada de decisão: é o enfrentamento do problema.
Depois de admitida a existência de um problema público, pode-se formular questões como: O governo deve se
envolver com ele? De que maneira? Existe capital social, político e econômico para incluir o problema na agenda
do governo?
4. A implementação constitui a aplicação da política pela máquina burocrática de governo: transformar intenções
políticas em ações concretas. Neste momento da implementação as funções administrativas como liderança e
coordenação de ações são colocadas à prova. Além disso, é preciso avaliar se existe tempo e recurso (material e
humano) para colocar as ações em prática.
5. Depois de colocar em prática uma determinada política pública torna-se necessário avaliar os efeitos e em que
medida as metas foram atingidas (ou não); consiste em uma análise a posteriori dos efeitos produzidos pelas
políticas públicas: seu sucesso ou suas falhas. É possível também fazer uma avaliação anterior à implementação,
no sentido de avaliar a efetividade da ação. Uma outra forma de avaliar a política pública é ao longo de sua
implementação, no sentido de monitorar o processo de implementação para fins de ajustes imediatos. Neste
último caso a avaliação da política pública pode levar à: a) continuação da política pública da forma como está; b)
modificação de aspectos práticos quando se torna necessário modificar as ações de uma política pública e quando
é possível modifica-la; c) extinção da política pública quando o problema público foi resolvido ou quando a
implementação é ineficaz ou inútil para superar o problema.
6. Extinção: “usando como metáfora o ciclo de vida dos organismos, o ciclo de políticas públicas também tem um fim”
(SECCHI, 2012, p. 53). Basicamente podemos falar de três causas que podem levar ao fim de uma politica pública:
a) quando o problema público é percebido como resolvido; b) quando a política pública é percebida como ineficaz
para resolver o problema público; c) o problema público, mesmo não tendo sido resolvido, perde sua importância
e sai da agenda política e do programa de governo.

Processos de Gestão Democrática


Vários estudiosos e pesquisadores da área de políticas públicas chamam a atenção para o fato de como tais
políticas devem ser construídas hoje com participação social, o que podemos chamar de Processos de Gestão
Democrática. Em um modelo de gestão democrática a sociedade civil organizada deve ser estimulada a participar do
monitoramento e implementação de políticas públicas, incluindo aí o monitoramento e implementação da política
orçamentária com base no planejamento do governo que inclui o PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual). É o que podemos chamar de uma política de participação e controle
social do processo orçamentário que deve ocorrer nas três esferas de governo: municipal, estadual e federal.
O PPA é essencial ao planejamento das políticas públicas pois, define, em linhas gerais, as concepções, os programas,
os objetivos e as metas para os próximos quatro
anos. A LDO define os programas prioritários, as
metas físicas e as linhas gerais de como deverá
ser elaborado o orçamento do próximo ano. A
LOA é como e onde os recursos públicos serão
aplicados, isto é, o orçamento público (MORONI,
2009, p. 129).
Além disso, a imagem acima destaca a
importância para o planejamento de políticas
públicas no âmbito municipal o Plano Diretor,
que deve servir de base para a execução dos
programas de governo devendo ser revisto
periodicamente, pois, como afirma Norma Lacerda et. al.:
O Plano Diretor visa orientar as ações dos agentes públicos e privados no processo de desenvolvimento municipal,
podendo se tornar um importante instrumento de planejamento se for capaz de aglutinar diversos atores sociais. O
seu maior desafio é a combinação das dimensões técnica e política: dimensão técnica, à medida que tem de ser
respaldado em análises fundamentadas em um conjunto informacional; dimensão política, uma vez que a sua
elaboração constitui um espaço privilegiado de negociação entre os atores sociais, confrontando e articulando seus
interesses (LACERDA et al., 2005, p. 56). Em nível federal, considerando o PPA 2004-2007, as ações que puderam ser
desenvolvidas foram as seguintes (MORONI, 2009, p. 131):
a. Formação de GT entre governo e sociedade civil para monitoramento do PPA;
b. Construção, com a sociedade civil, dos mecanismos e da metodologia de participação nos processos orçamentários;
c. Acesso às informações sobre a execução física e financeira do PPA através do Siafi (Sistema Integrado de
Administração Financeira) e Sigplan (Sistema de Informações Gerais e de Planejamento);
d. Elaboração de indicadores para o acompanhamento do impacto das políticas públicas por parte da sociedade civil.

Referências Bibliográficas
LACERDA, Norma [et al.]. Planos Diretores Municipais: aspectos legais e conceituais. R. B. de Estudos Urbanos e
Regionais, v. 7, n. 1, maio/2005, pp. 55-72. Acessado em 23/11/2015
MORONI, José Antônio. O direito à participação no governo Lula. In: AVRITZER, Leonardo [org.]. Experiências
nacionais de participação social. São Paulo: Cortez, 2009. (Coleção Democracia Participativa).
RODRIGUES, Marta M. Assumpção. Políticas Públicas. São Paulo: Publifolha, 2011. (Coleção Folha Explica).
SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análises, casos práticos. São Paulo: CENGAGE Learning,
2012.

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