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PREFEITURA MUNICIPAL DE PALESTINA

CENTRO DE SAÚDE III DE PALESTINA


UNIDADE MISTA DE SAÚDE “JOSEFA DE SOUZA GARCIA”
Rua Zinho Dutra, s/nº- Tel/Fax (17) 3293 1345 – Cep 15.470-000 Palestina - SP
e-mail: ubspalestina@yahoo.com.br

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
EM
HIPERTENSÃO E DIABETES

Julho 2015
1. INTRODUÇÃO

A Hipertensão Arterial ocorre quando a pressão arterial sistólica é igual ou maior


que 140 mmHg e a diastólica é igual ou maior que 90 mmHg (> 18 anos). Quando a
pressão sistólica e diastólica de um paciente situa-se em categorias diferentes, a maior
deve ser utilizada para classificação da pressão arterial.
A elevação da pressão arterial representa um fator de risco independente, linear
e contínuo para doença cardiovascular. A hipertensão arterial apresenta custos
médicos e socioeconômicos elevados, decorrentes principalmente das suas
complicações, tais como: doença cerebrovascular, doença arterial coronariana,
insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e doença vascular de extremidades.
A mortalidade por doença cardiovascular aumenta progressivamente com a
elevação da pressão arterial, a partir de 115/75 mmHg de forma linear, contínua e
independente.
Em nosso país as doenças cardiovasculares tem sido a principal causa de morte.
Em 2007 ocorreram 308.466 óbitos por doenças do sistema circulatório.
Tabela 1. Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório
(> 18 anos)

CLASSIFICAÇÃO SISTÓLICA DIASTÓLICA


(mmHg) (mmHg)
Ótima < 120 < 80
Normal < 130 < 85
Limítrofe 130- 139 85- 89
Hipertensão arterial estágio 1 140- 159 90- 99
Hipertensão arterial estágio 2 160- 179 100- 109
Hipertensão arterial estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Hipertensão Sistólica isolada ≥ 140 <90

VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial-2010


Quando as pressões sistólica e diastólica de um paciente situam-se em categorias
diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial.

Diabetes Mellitus
O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de
insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos.
Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos,
lipídeos e proteínas. Em longo prazo as complicações, principalmente nos casos mal controlados
e de longa duração, são cardiovasculares, neurológicas, renais e oftalmológicas.
Classificação etiológica do Diabetes Mellitus

Diabetes tipo 1
Resulta da destruição das células beta pancreáticas com consequente deficiência de
insulina.
Associado com tipos específicos de HLA (DR3 e DR4). Este tipo ocorre em 5 a 10% dos
diabéticos e ocorre predominantemente em crianças e jovens, mas também pode ser observado
menos frequentemente em adultos (início tardio do tipo 1 em adultos). Pacientes com este tipo
necessitam de serem tratados com insulina exógena diariamente. Inclui casos decorrentes de
doença autoimune (imunomediado) e aqueles nos quais a causa da destruição de célula beta não é
conhecida (idiopático).

Diabetes tipo 2
Na sua história natural, apresenta-se desde uma resistência insulínica importante
predominante associada a uma relativa deficiência insulínica até a um defeito secretório
predominante associado a uma resistência insulínica. Ocorre em qualquer idade, mais frequente
no adulto após os 40 anos. É de início insidioso, podendo permanecer assintomático por longos
períodos. Na maioria dos casos, os pacientes são obesos e a história familiar positiva é frequente.
Os pacientes não dependem de insulina exógena para sobreviver, porém podem necessitar de
tratamento com insulina para obter controle metabólico adequado.

Diabetes Gestacional
E a diminuição da tolerância à glicose, com início ou diagnostico durante a gestação,
podendo ou não persistir após o parto. O DM associa-se tanto à resistência a insulina quanto a
diminuição da função das células beta.
Fatores de risco para hipertensão e/ou diabetes
- Idade acima de 20 anos para hipertensão e 40 anos para diabetes
- História familiar positiva para diabetes e/ou hipertensão
- Obesidade (particularmente obesidade abdominal)
- Vida sedentária
- Tolerância diminuída à glicose ou glicemia de jejum alterada
- Presença de doença vascular aterosclerótica antes dos 50 anos ou de seus fatores risco
(hipertensão, dislipidemia, etc).
- Mulheres com antecedentes de abortos frequentes, partos prematuros,
mortalidade perinatal ou mães de recém-nascidos com mais de 4 kg
- Uso de medicamentos diabetogênicos (corticoides, anticoncepcionais, diuréticos
tiazídicos, betabloqueadores, etc) ou hipertensores (corticoides, anticoncepcionais, anti-
inflamatórios não hormonais, anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos, vasoconstrictores
nasais, cocaína, etc).
- Síndrome dos ovários policísticos
- Histórico de hiperglicemia ou glicosúria
- Consumo excessivo de álcool (mais que 30 ml de etanol/dia) **
- Consumo excessivo de sal **
*mais específicos para diabetes **mais específicos para hipertensão
Investigação Clínico-Laboratorial e Decisão Terapêutica

Os objetivos da investigação clínico-laboratorial são:

• Confirmar a elevação da pressão arterial e firmar o diagnóstico de hipertensão arterial


• Identificar fatores de risco para doenças cardiovasculares
• Avaliar lesões de órgãos-alvo e presença de doença cardiovascular
• Diagnosticar doenças associadas à hipertensão
• Estratificar o risco cardiovascular do paciente

Para atingir tais objetivos, são fundamentais:


•História clínica, considerando, em especial, o que consta no anexo 1
•Exame físico (Anexo 2)
•Avaliação laboratorial inicial do hipertenso (Anexo 3)
Anexo 1. Dados relevantes da história clínica

Identificação: sexo, idade, cor da pele, profissão e condição socioeconômica.


• História atual: duração conhecida de hipertensão arterial e níveis de pressão de consultório e
domiciliar, adesão e reações adversas aos tratamentos prévios.
• Sintomas de doença arterial coronária, sinais e sintomas sugestivos de insuficiência cardíaca,
doença vascular encefálica, insuficiência vascular de extremidades, doença renal, diabetes melito.
• Fatores de risco modificáveis: dislipidemia, tabagismo, sobrepeso e obesidade, sedentarismo,
etilismo e hábitos alimentares não saudáveis.
• Avaliação dietética, incluindo consumo de sal, bebidas alcoólicas, gordura saturada, cafeína e
ingestão de fibras, frutas e vegetais.
• Consumo pregresso ou atual de medicamentos ou drogas que podem elevar a pressão arterial
ou interferir em seu tratamento
• Grau de atividade física
• História atual ou pregressa de gota, doença arterial coronária, insuficiência cardíaca, pré-
eclâmpsia/eclâmpsia, doença renal, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, disfunção sexual e
apneia do sono.
• Perfil psicossocial: fatores ambientais e psicossociais, sintomas de depressão, ansiedade e
pânico, situação familiar, condições de trabalho e grau de escolaridade.
• História familiar de diabetes melito, dislipidemias, doença renal, acidente vascular cerebral,
doença arterial coronariana prematura ou morte prematura e súbita de familiares próximos
(homens < 55 anos e mulheres < 65 anos)
Anexo 2. Dados relevantes do exame físico

• Sinais vitais: medida da pressão arterial e frequência cardíaca


• Obtenção das medidas antropométricas:
a) circunferências da cintura (C = no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca lateral).
Limite de normalidade: mulheres: C = 88 cm; homens: C = 102 cm.
b) obtenção de peso e altura e cálculo do índice de massa corporal
[IMC = peso (kg)/altura2 (m)].
• Pescoço: palpação e ausculta das artérias carótidas, verificação da presença de estase venosa e
palpação de tireoide.
• Exame do precórdio: íctus sugestivo de hipertrofia ou dilatação do ventrículo esquerdo;
arritmias; 3ª bulha, que sinaliza disfunção sistólica do ventrículo esquerdo; ou 4ª bulha, que
sinaliza presença de disfunção diastólica do ventrículo esquerdo, hiperfonese de 2ª bulha em foco
aórtico, além de sopros nos focos mitral e aórtico.
• Exame do pulmão: ausculta de estertores, roncos e sibilos.
• Exame do abdome: massas abdominais indicativas de rins policísticos, hidronefrose, tumores e
aneurismas. Identificação de sopros abdominais na aorta e nas artérias renais.
• Extremidades: palpação de pulsos braquiais, radiais, femorais, tibiais posteriores e pediosos. A
diminuição da amplitude ou o retardo do pulso das artérias femorais sugerem doença obstrutiva
ou coartação da aorta Avaliação de eventual edema.
• Exame neurológico sumário
• Exame de fundo do olho: identificar estreitamento arteriolar, cruzamentos arteriovenosos
patológicos, hemorragias, exsudatos e papiledema.
Anexo 3. Avaliação inicial de rotina para o paciente hipertenso e diabético.

• Análise de urina
• Potássio plasmático
• Creatinina plasmática
• Glicemia de jejum
• Colesterol total, HDL, triglicérides plasmáticos
• Ácido úrico plasmático
• Eletrocardiograma convencional

ROTINA DE EXAMES LABORATORIAIS

ANUAL PARA DIABÉTICOS E/OU HIPERTENSOS


Uréia Colesterol Clearence Cleatinina 24 horas
Urina I Triglicérides Proteinúria 24 Horas*
Sódio HDL
Potássio ECG Fundo Olho
Ht/Hb Rx Tórax Glicemia

SEMESTRAL PARA DIABETICOS E/OU HIPERTENSOS:


Uréia Colesterol Urina Rotina
Creatinina Triglicérides CPK
Sódio HDL
Potássio ECG

TRIMESTRAL PARA PACIENTES DIABÉTICOS:


GLICEMIA

MENSALMENTE PARA PACIENTES INSULINOS DIABÉTICOS:


Perfil de dextro
Anexo 4. Estratificação do risco cardiovascular global: risco adicional atribuído à classificação
de hipertensão arterial de acordo com fatores de risco, lesões de órgãos-alvo e condições clínicas
associadas.

NORMOTENSÃO HIPERTENSÃO
Outros fatores de Ótimo Normal Limítrofe Hipertensão Hipertensão Hipertensão
risco ou doença estágio 1 estágio 2 estágio 3
Nenhum Fator de RISCO RISCO RISCO BAIXO MODERADO ALTO
Risco BASAL BASAL BASAL RISCO RISCO RISCO

1 a 2 fatores de risco BAIXO BAIXO BAIXO MODERADO MODERADO RISCO


RISCO RISCO RISCO RISCO RISCO MUITO
ALTO
_>3 fatores de risco, MODERADO MODERADO ALTO ALTO ALTO RISCO
LOA ou SM-DM RISCO RISCO RISCO RISCO RISCO MUITO
ALTO
Condições clínicas RISCO RISCO RISCO RISCO RISCO RISCO
associadas MUITO MUITO MUITO MUITO MUITO MUITO
ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO
VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial-2010
LOA – Lesão de órgãos alvos; SM – síndrome metabólica; DM – Diabetes Mélito.

 Identificação de fatores do risco cardiovascular

Fatores de risco maiores


• Tabagismo
• Dislipidemias
• Diabetes mellitos
• Idade (homem > 55 anos e mulheres > 65 anos
• História familiar de doença cardiovascular em:
- mulheres com menos de 65 anos
- homens com menos de 55 anos

 Identificação de lesões de órgãos-alvo e doenças cardiovasculares

• Hipertrofia do ventrículo esquerdo


• Angina do peito ou infarto agudo do miocárdio prévio
• Revascularização miocárdica prévia
• Insuficiência cardíaca
• Acidente vascular cerebral
• Isquemia cerebral transitória
• Alterações cognitivas ou demência vascular
• Nefropatia
• Doença vascular arterial de extremidades
• Retinopatia hipertensiva

Para pacientes com três ou mais fatores de risco cardiovascular considerar marcadores
mais precoces da lesão de órgãos-alvo, como:
• Microalbuminúria (índice albumina/creatinina em amostra isolada de urina)
• Parâmetros ecocardiográficos: remodelação ventricular, função sistólica e diastólica
• Espessura médio-intimal de carótida (ultrassom vascular)
• Rigidez arterial
• Função endotelial
DECISÃO TERAPÊUTICA HIPERTENSÃO ARTERIAL, SEGUNDO O RISCO
CARDIOVASCULAR.

Categoria de Risco Estratégia

Sem risco adicional Tratamento não medicamentoso isolado

Risco adicional baixo Tratamento não medicamentoso isolado por até 6 meses. Se
não atingir meta, tratamento medicamentoso.
Risco adicional médio, Tratamento não medicamentoso + medicamentoso
alto, muito alto

VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial-2010


CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DIABETES MELLITUS

- Presença de sinais e sintomas clínicos clássicos de diabetes: poliúria, polidpsia,


polifagia, fraqueza, letargia, astenia, boca seca, visão turva, emagrecimento rápido, sinais e
sintomas relacionados a complicações do diabetes (proteinúria, neuropatia periférica, retinopatia,
ulcerações crônicas nos pés, impotência sexual, infecções urinárias e vulvovaginite de repetição).
Glicemia aleatória indiscutivelmente elevada (≥ 200 mg/dl).
- Presença parcial ou ausência de sinais e sintomas, porém glicemia de jejum (plasma ou
soro) ≥ 126 mg/dl em pelo menos 2 ocasiões.
- Glicemia de jejum entre 110 e 126 mg/dl, solicitar teste de tolerância à glicose oral (GTT
oral) com 75 g de glicose anidra (ou 82,5g de dextrosol) (curva Glicêmica).

DIAGNÓSTICO Glicose de Jejum 2 horas após 75g Casual


glicose
Glicemia Normal < 100 < 140
Tolerância a glicose >100 a < 126 ≥ 140 e < 200
diminuída
Diabetes Mellitus ≥ 126 ≥ 200 ≥200 (sintomas)
ROTINA DE ATENDIMENTO MÉDICO AO HIPERTENSO E DIABÉTICO

PRIMEIRA CONSULTA MÉDICA

 História detalhada e exame físico;


 Peso;
 Cálculo do índice de massa corpórea;
 Circunferência abdominal (cm) ;
 Pressão arterial em ambos os membros superiores e em pé;
 Sensibilidade pés de diabéticos;
 Palpação de pulsos (pedioso e tibial posterior);
 Inspeção da pele e dos pés;
 Solicitação de exames anuais conforme protocolo;
 Avaliação dos exames solicitados;
 Acompanhamento com nutricionista, se necessário.

 RETORNO MÉDICO A CADA 4 MESES.


ROTINA DE ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM AO HIPERTENSO E
DIABÉTICO:

CONSULTA DO ENFERMEIRO

A consulta de enfermagem será realizada mensalmente e pode ser definida como: “a


atividade que é prestada ao paciente, onde são identificados problemas de saúde-doença, são
prescritas e implementadas medidas de enfermagem que contribuam à promoção, proteção,
recuperação ou reabilitação do paciente”.
Sendo composta pela entrevista (coleta de dados), exame físico, diagnósticos de
enfermagem, implementação dos cuidados (incluindo a orientação das ações dos problemas
encontrados) e a avaliação dos resultados obtidos. Pelos diagnósticos encontrados, são tomadas
condutas de resolutividade e encaminhamentos ao profissional ou serviço competente.
A consulta de enfermagem deve ter sempre como foco principal os fatores de risco que
influenciam o controle da hipertensão e diabetes, ou seja, as mudanças no estilo de vida do
paciente incentivo a atividade física, a redução do peso corporal e o abandono do tabagismo.
Deve também estar voltada para prevenção de complicações com a manutenção de níveis
pressóricos e glicêmicos normais e controle de fatores de risco.

Atitudes do enfermeiro na Consulta de Enfermagem:

 Ser observador, atencioso e cortês com o cliente;


 Estar receptivo: ouvir atentamente demonstrando interesse em relação às
necessidades do cliente, suas preocupações e problemas.
 Ser resolutivo considerando as necessidades em saúde possíveis de serem
atendidos na unidade;
 Traçar estratégias que contemplem a utilização das rotinas de acordo com
as necessidades do cliente;
 Ser criativo, encontrando soluções de acordo com cada situação.
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Fases da Consulta de Enfermagem para hipertensos e diabéticos:

1 – Coleta de dados

Coleta de informações referente ao cliente, família e comunidade, com o propósito de


identificar as necessidades, problemas, preocupações ou reações humanas do cliente.

• Identificação do cliente (sexo, idade, dados socioeconômicos, ocupação, moradia, lazer e


religião);
• Antecedentes familiares e pessoais (agravos à saúde);
• Medicações em uso e presença de efeitos colaterais;
• Hábitos de vida:
 Fatores de risco (tabagismo, alcoolismo, obesidade, dislipidemia, sedentarismo e
estresse);
 Alimentação;
 Sono e repouso;
 Higiene;
 Funções fisiológicas;
• Queixas atuais, principalmente as indicativas de lesão de órgão-alvo, tais como:
tontura, cefaleia, alterações visuais, dor precordial, dispneia, paresia, parestesias e edema
e lesões de MMII.
• Percepção do cliente frente à patologia, tratamento e autocuidado;
2 – Exame físico
Checar:
• Aparência pessoal;
• Altura, peso corporal, cintura e IMC;
• Pressão arterial sentado e deitado;
• Frequência cardíaca e respiratória;
• Pulso radial e carotídeo;
• Alterações de visão;
• Pele (integridade, turgor, coloração e manchas);
• Cavidade oral (dentes, prótese, queixas, dores, desconfortos, data do último exame
odontológico);
• Tórax (ausculta cardiopulmonar) e abdômen;
• MMSS e MMII (unhas, dor, edema, pulsos pediosos e lesões);
 Articulações (capacidade de flexão, extensão, limitações de mobilidade, edemas);
 Pés (bolhas, sensibilidade, ferimentos, calosidades e corte das unhas).

3 – Diagnóstico
Interpretação e conclusões quanto às necessidades, problemas e preocupações do cliente
para direcionar o plano assistencial.

4 – Planejamento da Assistência
São estratégias para prevenir, minimizar ou corrigir os problemas identificados nas etapas
anteriores, sempre estabelecendo metas com o paciente. Sempre lembrar que o ponto mais
importante no tratamento é a educação do paciente, em especial, o diabético devido as graves
complicações da doença.

Pontos importantes:

pois a adoção apenas de medidas de orientação não é suficiente para que esses pacientes mudem
seu comportamento. O envolvimento da família é importante neste processo.
Adesão) e o autocuidado em todos os encontros
com o cliente.
Implementação:
· Promover um ambiente tranquilo e confortável respeitando a privacidade do cliente;
· Orientações sobre:

tresse, bebida alcoólica e


sedentarismo);

· Encaminhar os diabéticos com alterações nos pés para outros profissionais


· Estimular a prática de atividades físicas de acordo com a limitação de cada cliente;
· Estimular a participação da família;
· Estimular a participação em grupos disponíveis dentro e fora da Unidade.

Cuidados adicionais para os diabéticos em uso de insulina:


pervisionar o automonitoramento da glicemia capilar;

aplicação).

5 – Avaliação

torno à consulta.
AVALIAÇÃO DOS PÉS

O “Pé Diabético” é uma das complicações mais devastadoras do DM, sendo responsável
por 50-70% das amputações não traumáticas. Geralmente a neuropatia diabética atua como fator
permissivo para úlceras, através da insensibilidade. As úlceras complicam-se quando associadas à
doença vascular periférica (DVP) e infecção, as quais colocam o paciente em risco.

Rastreamento

Efetuar de rotina a remoção dos calçados, em todos pacientes diabéticos. O teste do


monofilamento de 10 g (sensação protetora plantar) constitui um bom instrumento para verificar
indivíduos em risco de ulceração.

Orientações básicas

( ) Auto exame diário dos pés, se necessário com espelho ou com ajuda.
( ) Higiene e secagem diária dos pés, especialmente entre os dedos.
( ) Hidratação dos pés com creme hidratante. Não usar entre os dedos!
( ) Não andar descalço, mesmo em casa.
( ) Corte de unhas reto/ lixar.
( ) Exercícios com os pés.
( ) Calçados fechados confortáveis.
( ) Uso de meias limpas de algodão que não garroteiam.
( ) Usar somente pedra pomes ou lixa papel nos calos.
( ) Não deixar os pés submersos em água.
( ) Não usar calicidas e esparadrapo na pele.
OS DEZ PASSOS PARA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

1. Aumente e varie o consumo de verduras, legumes e frutas. Coma-os pelos menos 5


vezes ao dia.
2. Coma feijão 1 vez ao dia, pelo menos 4 vezes na semana.
3. Reduza o consumo de alimentos gordurosos como carnes com gordura aparente,
salsicha, mortadela, salgadinhos e frituras para no máximo 1 vez por semana.
4. Reduza o sal. Tire o saleiro da mesa.
5. Não pule refeições. Faça três refeições e um lanche por dia. No lanche escolha uma
fruta
6. Reduza o consumo de doces, bolos e biscoitos e outros alimentos ricos em açúcar para,
no máximo, 2 vezes na semana.
7. Reduza o consumo de álcool e refrigerantes. Evite o consumo diário. Pare de fumar.
8. Faça refeições com calma e não na frente da televisão. Aprecie sua refeição.
9. Mantenha seu peso dentro de limites saudáveis. Veja no serviço de saúde se o seu IMC
está entre 18,5 e 24,9 Kg/m2.
10. Seja ativo. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias. Suba
escadas. Não passe muitas horas assistindo TV.
EXERCÍCIO FÍSICO

- O exercício físico estimula a captação de glicose pelos tecidos periféricos e diminui as


ações do sistema nervoso simpático. Assim, representa ao lado da dieta a primeira forma de
abordagem no tratamento do paciente hipertenso e/ou diabético tipo 2.
- Deve ser praticado de forma regular e gradativa. Recomenda-se 30 minutos continuo ou
acumulado em 2 períodos de 15 minutos ou 3 períodos de 10 minutos, 5 vezes na semana.
Exercícios exagerados em pessoas mal preparadas podem ser deletérios.
- Uma avaliação cardiovascular adequada deve ser realizada em todo hipertensão e/ou
diabético que iniciará atividade física, particularmente acima dos 40 anos.
- O tipo de exercício recomendado deve considerar as possíveis complicações crônicas da
hipertensão e do diabetes (retinopatia, neuropatia, nefropatia e complicações macrovasculares) e
as preferências e facilidades individuais, com ênfase para os aeróbicos (caminhada, ciclismo,
natação, dança, corrida).
- O exercício físico pode piorar o controle metabólico e não deve ser recomendado a
pacientes DM tipo 1 descompensados pelo risco de desencadear episódio de cetoacidose.
- Cuidados com hipoglicemia e adaptar o esquema de insulina ao programa de atividade
física, reavaliando não só a dose, mas também seu local de aplicação, não utilizando a aplicação
de insulina no seguimento corporal que será exercitado (ex: na caminhada não aplicar insulina na
coxa).
Em complementação, segue lista com as leis que garantem a execução das atividades
do enfermeiro em programas de saúde:
LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986 (regulamentada pelo Decreto
94.406/87). Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras
providências.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
.......
l) consulta de enfermagem;
II - como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina
aprovada pela instituição de saúde;
.......
Resolução do COFEN 159/1993: A consulta de enfermagem deve ser
obrigatoriamente desenvolvida na assistência de enfermagem. É uma atividade privativa do
enfermeiro que utiliza componentes do método cientifico para identificar situações de
saúde/doença, prescrever e implementar medidas de Enfermagem que contribuam para
promoção, prevenção, proteção da saúde, recuperação e reabilitação do indivíduo, família e
comunidade.

Resolução COFEN 272/2002: A Sistematização da Assistência de Enfermagem


compõe-se de Histórico de Enfermagem (compreendendo a entrevista), exame físico, diagnóstico
de Enfermagem, prescrição e implementação da assistência e evolução de enfermagem.
OBJETIVO

A hipertensão arterial e o diabetes mellitus são doenças altamente prevalentes e


representam um sério problema de saúde pública, em decorrência das suas complicações
crônicas. Entre elas, as doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbidade e
mortalidade na população brasileira e também no município de Palestina.
A abordagem conjunta, neste protocolo, justifica-se pelos fatores comuns às duas doenças,
tais como: etiopatogenia, fatores de risco, cronicidade, necessidade de controle permanente e
intervenções no tratamento a estas comorbidades.
Investir na prevenção, detecção precoce e tratamento da hipertensão e do diabetes, garante
melhor qualidade de vida ao cliente, diminui possíveis sequelas e consequentemente, gastos com
hospitalização e medicina de alta tecnologia.
METODOLOGIA

 Primeiro passo é o cadastro dos pacientes hipertensos e diabéticos do nosso município,


 Após será feita a divisão dos grupos por patologia de acordo com as seguintes
classificações:
Pacientes diabéticos insulinos dependentes;
Pacientes insulinos dependentes e também hipertensos;
Paciente diabético/hipertensos.
Pacientes diabéticos;
Pacientes hipertensos;
 Serão realizados encontros a cada 4 meses com o médico da nossa unidade e encontros
mensais com a enfermeira da unidade.
 A frequência dos retornos poderá ser em intervalos menores na presença de
descompensação do diabetes mellitus/hipertensão arterial, presença de complicações
agudas/crônicas, presença de feridas/amputações, necessidade inerente de cuidados com
os pés e unhas, na identificação de estados depressivos e na necessidade de viabilizar o
encaminhamento para consulta médica.
 Realização de palestras educativas;
 Atividades físicas desenvolvidas com Fisioterapeuta e professor de educação física;
 Avaliação com a Nutricionista conforme indicação da enfermeira ou médico;
 Encaminhamentos para outros profissionais médicos de acordo com a necessidade e
indicação do médico responsável pelo grupo;
 Encaminhamentos para psicólogas, Fisioterapeuta e ou assistentes sociais de acordo com
a necessidade do paciente e com indicação da enfermeira ou médico responsável.
 Dias, horário de atendimento e nº de pacientes por grupo.

DIAS HORÁRIO Nº PACIENTES


3ª, 5ª, 6ª - Feira 10h00min 20 por grupo

 As medicações prescritas para os pacientes serão de acordo com a necessidade de todos os


pacientes em nome genérico e conforme a padronização dos medicamentos da nossa
unidade de saúde.
 Os grupos serão aumentados de acordo com a demanda espontânea ou solicitação de
outros profissionais médicos que atendem na unidade ou se encaminhados de outras
unidades de referências.
Anexo 5

CADASTRO DE HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Dados de Identificação:

Nome: Idade: Data de Nasc: __/__/____


Endereço: Fone: ( )
Estado civil: Naturalidade: Raça/cor: Religião:
Escolaridade: Profissão: N. de filhos:
Prontuário: CNS:

Perfil de Saúde:

Hipertensão arterial ( ) Diabetes Tipo 1 ( ) Diabetes Tipo 2 ( )


Fatores de risco: ( )tabagismo ( )etilismo ( )obesidade ( )sedentarismo ( )antecedentes
familiares cardiovasculares
Doenças crônicas:
Histórico familiar de doenças:
Queixas: Alergias:
Presença de Complicações: ( )IAM ( )outras coronariopatias ( )AVC ( )Pé diabético
( )Amputação por Diabetes ( )Doença Renal
Há quanto tempo fuma e/ou bebe: Qtde de cigarro e/ou bebida/dia:
Vacinas:
PSA em dia:
Papanicolau em dia: Mamografia em dia:
Exame odontológico em dia:
Medicamentos em uso:
Medicamento Dosagem Doses/dia

Domicilio/Ambiente:
Moradia: ( ) própria ( ) alugada ( ) zona rural ( ) zona urbana
Numero de cômodos: Numero de pessoas:

Hábitos de vida:
Sono e repouso:
Exercícios físicos: Frequência:
Relacionamento com a família:
Recreação e laser:
Trabalha? ( ) sim ( ) não Horas/dia_________
Numero de refeições diárias:
Eliminações urinarias: ( ) normal ( ) disuria ( ) anuria Outros: ___________
Eliminações intestinais: ( ) normal ( ) diarreia ( ) constipação Outros:_________
Ciclo menstrual:
Atividade sexual:
Observações:

Exame físico:

PA: _____x_____mmHg P: _____bpm - caract.: _________


T : ___ºC FC : __bpm FR : ___mrpm
Peso : ________Kg Altura : ________cm
IMC:____ ( ) normal ( ) obeso ( ) desnutrido
Entre 19 e 25 Acima de 27 Menor que 19
Nível de consciência: ( )orientado ( )desorientado ( )confuso
Movimentação: ( )Deambula sem auxilio ( )Deambula com auxílio
Higienização: ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
Pele: ( )Hidratada ( )Normocorada ( )Desidratada ( )Ressecada ( )Cianótica ( )Ictérica
Crânio: ( )Normocefálico ( )Macrocefalia ( )Microcefalia
Pescoço: ( )normal ( )traqueost. ( )tireoide aumentada ( )estase venosa jugular
( )linfonodos palpáveis - Especificar local:_____________________________
Olhos: ( ) Visão Normal ( ) Acuidade visual diminuída
( ) uso de lentes de contato ou óculos
Esclerótica: ( ) Ictérica ( ) Anictérica
Pupilas: ( ) Isocóricas ( )Anisocóricas ( )Fotorreagentes ( )Hiporreagentes ( )Arreativas.
Forma:______________________

Ouvido: ( )Audição Normal ( )Acuidade diminuída ( )Zumbido ( )Prótese


Nariz: ( )normal ( )coriza ( )alergias ( )epistaxe ( )outros:_______________

Respiratório: ( )Eupneico ( )Dispnéico ( )Bradipnéia ( )Taquipnéia


Dispneia: ( )aos pequenos esforços ( )aos médios esforços ( )aos grandes esforços
Especificar:_____________________________________________________
Inspeção (Torax posterior e anterior) : ( )Simétrico ( )Assimétrico ( )Uso de músculos
acessórios ( ) abaulamento ( ) retrações ( )outros:_____________________
Palpação: ( )massas palpáveis ( )áreas com hipersensibilidade ( )fremito palpável
Percussão Pulmonar: ( ) claro pulmonar ( ) timpânico ( ) maciço ( ) submaciço
Ausculta a direita:( )murmúrios vesiculares ( )roncos ( )sibilos ( )creptações
( )diminuida
Ausculta a esquerda: ( ) Murmúrios Vesiculares ( )roncos ( )sibilos ( )creptações
( )diminuída
Secreções de VAS: ( ) espessa ( ) fluida ( ) esbranquiçada ( )amarelada ( )esverdeada
( )sanguinolenta
Tosse:( ) Seca ( ) Produtiva
OBS:

Cardiocirculatório:
FC: ( ) normocardico ( )bradicardico ( )taquicardico ( ) ritmico ( ) arrítmico
Ausculta B1: ( ) normofonetica ( ) hipofonetica ( ) hiperfonetica
B2: ( ) normofonetica ( ) hipofonetica ( ) hiperfonetica
Pulso: ( ) cheio ( ) filiforme ( ) ritmo regular ( ) ritmo irregular
Perfusão tecidual alterada em extremidades: ( ) sim ( ) não ( ) enchimento capilar > 3 seg

Edema: ( ) sim ( ) não Local: Intensidade: _____(+/++/+++/++++)

Abdome: ( ) plano ( ) flacido ( ) distendido ( ) rígido ( ) doloroso à palpação


( ) timpânico ( ) globoso ( ) ascitico
RHA: ( ) aumentado ( ) diminuído ( ) presente ( ) ausente
MMSS E MMII: ( ) presentes ( ) ausentes ( )edema Qual: _________
( ) movimentação normal ( ) movimentação anormal

Perfusão Periferica: ( ) < 2 seg ( ) > 2 seg


OBSERVAÇÕES:

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

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PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

PRESCRIÇÃO HORARIO
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) BARROS, A.L.B.L. Anamnese e Exame Físico: Avaliação Diagnóstica de Enfermagem no


Adulto, 2ª edição.

2) BRASIL. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, Rio de Janeiro, 2014.

3) BRASIL. VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão, Rio de Janeiro, 2010.

4) NANDA. Diagnósticos de Enfermagem, Porto Alegre: Artmed, 2002.

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