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04/07/2016

ELEVADORES E ESCADAS ROLANTES: SEM ATALHOS

Descubra como a manutenção periódica, aliada a boas


práticas de uso e tecnologia, pode evitar o mau
funcionamento de elevadores e escadas rolantes
Por Danilo Barba*

Quem passeia pelo shopping ou o visita com frequência,


dificilmente irá parar para pensar nos detalhes que fazem
aquele empreendimento funcionar. É difícil imaginar, por
exemplo, que um elevador chega completamente
desmontado ao canteiro de obras para ser instalado num
empreendimento. E o mesmo vale para as escadas
rolantes. Montado bloco por bloco, o equipamento instalado
deve ser testado por um técnico, e só então pode começar
a ser utilizado.

Mas quanto tempo um elevador é capaz de durar? E as


escadas rolantes? Afinal de contas, estamos falando de
dispositivos de funcionamento complexo, feitos para
enfrentar um fluxo praticamente constante de usuários.
Antes de responder a essas perguntas, entretanto, é
preciso ter em mente que a manutenção, seja corretiva ou
preventiva, é apenas parte do processo.

De acordo com Luciano Barros, gerente nacional de


serviços da ThyssenKrupp Elevadores, o funcionamento dos
elevadores e das escadas rolantes está diretamente
relacionado à manutenção preventiva e ao uso dos
equipamentos. “A manutenção é de responsabilidade da
empresa contratada para executar o serviço,
preferencialmente a fabricante dos equipamentos.”
Ele explica que a manutenção preventiva deve ser feita
uma vez ao mês e, quando necessário, o cliente pode
solicitar a visita de um técnico para efetuar reparos em
outros momentos. O critério está relacionado às
características técnicas do elevador ou da escada rolante.
“O importante é que ao final de um ano todos os
componentes do elevador tenham passado pela
manutenção preventiva, garantindo o seu funcionamento
de acordo com as normas técnicas vigentes. No caso de
shopping centers, onde o fluxo de pessoas é intenso, o
usuário também tem papel importante na conservação dos
equipamentos”, destaca Barros. “O uso inadequado pode
prejudicar a operação, como por exemplo, subir a escada
rolante no sentido contrário, ou segurar ou forçar a porta
do elevador.”
Segundo o executivo, “o processo de manutenção é
definido por cada fabricante, de acordo com o tipo do
equipamento e suas especificações técnicas, respeitando os
requisitos da norma ABNT NBR 16083, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas que especifica manutenção
de elevadores, escadas e esteiras rolantes – por isso é
importante uma análise muito criteriosa no momento da
escolha da empresa responsável pela manutenção”.
Dispositivos de segurança
Um dos principais itens de segurança do elevador é o
conjunto formado pelo regulador de velocidade e o freio de
segurança, que atua de forma integrada. O regulador
monitora a velocidade do elevador e, quando a cabina
ultrapassa o limite máximo permitido, ele desliga o
comando do equipamento, acionando o freio da própria
máquina. “Caso o elevador continue se movimentando, o
freio de segurança é acionado para evitar que a cabina
desça em queda livre. Ele age de forma progressiva, ou
seja, gradativamente diminuiu a velocidade da cabina,
garantindo a segurança do usuário e evitando danos ao
equipamento”, explica Barros, da ThyssenKrupp
Elevadores.
Hoje, elevadores e escadas rolantes estão preparados e
equipados com diversas tecnologias, principalmente em
termos de segurança e eficiência. “Um bom exemplo são os
feixes de luzes das portas de abertura simultânea, que
identificam a presença de um passageiro e bloqueiam o
fechamento das portas até a sua passagem. Durante o
decorrer dos anos, estes feixes foram sendo aperfeiçoados
garantindo mais segurança aos usuários”, conta Fabio
Mezzarano, diretor de instalações existentes e
modernização da Atlas Schindler.
“Segundo estatísticas norte-americanas, as escadas
rolantes registram 15 a 20 vezes mais acidentes do que
elevadores. Isso se deve ao fato da escada rolante deixar o
público exposto a partes móveis, como degraus e
corrimãos, ao passo que no elevador as partes móveis
estão todas fora da cabina. Nas escadas rolantes as
crianças conseguem correr, subir, pular e brincar, o que
não conseguem fazer com o elevador”, explica Jomar
Villarta, presidente da Villarta.
De acordo com o executivo, acidentes como o ocorrido na
China, em que uma pessoa caiu no poço da escada rolante,
não aconteceriam se o shopping center estivesse usando a
tecnologia mais recente. “Faz algum tempo que as chapas
contam com sensores e mecanismos de trava, que
paralisam a escada e impedem que as chapas caiam caso
algo não esteja funcionando adequadamente.”
Por sua vez, os elevadores já contam com a barreira de
proteção eletrônica tridimensional, que impede o
fechamento das portas caso haja algum objeto obstruindo o
caminho. “Suas duas barreiras que emitem um sinal
infravermelho entre um e outro e quando há algo
obstruindo o laser, ela detecta e abre. Hoje em dia há
barreiras tridimensionais que detectam movimentos que
estão chegando na porta”, explica Villarta.

Carona para o futuro


“A economia de energia é um aspecto importante não só
com as escadas rolantes, mas também com os elevadores.
Por isso, a ThyssenKrupp Elevadores vem desenvolvendo
tecnologias que reduzem o consumo de energia e que
geram menor impacto ao meio ambiente”, conta Barros.
De acordo com o executivo, é possível reduzir o consumo
de energia das escadas rolantes com a aplicação de duas
tecnologias. Uma delas é o sistema regenerativo, que
permite a utilização de parte da energia elétrica devolvida
pela escada rolante durante seu funcionamento para a rede
elétrica. “A utilização da energia devolvida tanto pode ser
para o sistema das escadas rolantes, ou para o shopping. A
economia de energia pode ser de até 35% com o uso do
regenerativo”, destaca o porta-voz da ThyssenKrupp.
Outra tecnologia que impacta no consumo de energia é a
variação da velocidade quando não há fluxo de pessoas no
equipamento, ou seja, na ausência de pessoas, a escada
entra em stand by. “Com a redução na velocidade tem-se o
benefício de reduzir o desgaste de todos os componentes
mecânicos, aumentando, assim, a vida útil do
equipamento”, afirma.
“No caso dos elevadores, além da busca de um transporte
mais rápido, novas tecnologias apontam para a
identificação dos passageiros. Mais do que meios de
transporte, eles serão um elemento ativo na segurança do
condomínio e identificarão de usuários, atendendo a
necessidades específicas”, defende Mezzarano, da Atlas
Schindler. “Outro destaque é a crescente tendência da
eletrônica embarcada. Ela faz com que hardwares e
softwares atuem cada vez na otimização do tráfego,
redução de filas e tempo de viagem, aprimorando
atividades de manutenção, gerando redução de custos, de
energia e aumento de produtividade.”
Por fim, Jomar Villarta lembra que hoje já temos elevadores
com chamada antecipada e sistema de tráfego inteligente,
capazes de calcular onde parar para que o usuário espere
pelo menor tempo possível. “Com o advento da Internet
das Coisas (IoT), o elevador do futuro tende a se comunicar
com sensores externos, que informam quantas pessoas há
em cada andar e onde há mais gente embarcando,
melhorando ainda mais o tráfego do elevador pelo
shopping”, prevê o executivo. Segundo ele, a integração
permitirá que o equipamento consiga detectar, por
exemplo, quando seu nível de óleo estiver baixo e já alertar
a empresa de manutenção; ou, quando houver um
problema na porta de algum andar, emitir um alerta direto
para o fornecedor. “Se os elevadores já conseguem
funcionar 95% do tempo hoje, o monitoramento remoto e
inteligente poderá fazê-lo render até 99%”, aponta.

Ampliando a vida útil dos equipamentos


Além da qualidade da manutenção, Barros, da
ThyssenKrupp, defende que a vida útil dos equipamentos
depende de sua utilização correta. “Por serem máquinas,
têm um desgaste natural de peças que precisam ser
trocadas ao longo do tempo. As ocorrências mais
frequentes nos elevadores e escadas rolantes estão
relacionadas à utilização incorreta, como por exemplo,
excesso de pessoas nas cabinas, carrinhos de compras
transitando de forma incorreta, onde há supermercado
integrado ao shopping, carrinho de bebê sendo
transportado em escada rolante, o que é proibido.”
Como todos os meios de transporte, elevadores e escadas
rolantes necessitam de atenção e cuidados durante seu
uso, garante Mezzarano. “Por exemplo, é importante
observar e cumprir os avisos colocados na cabina e
pavimentos. Nas escadas rolantes é primordial respeitar as
regras de segurança afixadas na entrada no equipamento.
Para os elevadores com mais de 20 anos é aconselhável
fazer uma modernização tecnológica ou estética”,
recomenda.
“Do lado da empresa mantenedora, a boa prática é a
manutenção preventiva extremamente criteriosa, e
realizada seguindo os check-lists de manutenção – há
normas que apontam o que deve ser verificado em cada
tempo, e isso tem de ser seguido”, afirma Villarta. “Na
parte corretiva é sempre importante utilizar equipamentos
originais, e fazer o serviço com mão de obra técnica
especializada, além de comprar equipamentos de
qualidade.”
Quanto às escadas rolantes, Villarta destaca uma prática
que vem dando resultados positivos para seus clientes:
conscientização e sinalização. “Uma solução que funciona
muito bem é o totem na entrada da escada rolante, que
chama mais a atenção do que um adesivo no rodapé, por
exemplo”, destaca.
A despeito da manutenção periódica, existem componentes
que têm uma vida útil predeterminada. “Os cabos de aço do
elevador em geral duram entre cinco e oito anos, enquanto
na escada rolante se espera que o corrimão dure entre sete
e oito anos e a esteira apresente durabilidade de 15 anos. A
troca de óleo da máquina de tração, tanto do elevador
quanto da escada, o ideal é realizar a cada dois anos. Os
dois equipamentos estima-se que durem entre 20 e 30
anos, dependendo da qualidade do material adquirido, bem
como da manutenção”, exemplifica o executivo.
Formação técnica
O presidente da Villarta afirma que no Brasil não há uma
legislação específica para técnico de elevador. “Isso existe
em outros países, como nos Estados Unidos, em que há um
curso muito forte para técnico de elevador e escada
rolante, que dura de dois a quatro anos. Por meio dele o
pessoal fica homologado e tem uma formação técnica bem
específica. Aqui no Brasil cada empresa tem a sua escola e
prepara seus técnicos, mas deve seguir exigências
obrigatórias de segurança, especificamente as normas
NR10, NR33 e NR35, previstas para trabalho em altura,
local confinado e com instalações elétricas”, esclarece o
executivo.
Villarta conta ainda que existem algumas unidades do
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) que
oferecem treinamentos específicos, além dos sindicatos de
São Paulo e do Rio de Janeiro. “Apesar de específicos, esses
treinamentos não estão regulamentados em lei, embora
sejam muito bem-vindos. Na Villarta, aplicamos todos os
treinamentos de segurança obrigatoriamente, e o
treinamento em formação técnica em eletrônica, mecânica
ou específica em elevadores é dado por um sindicato.”
Mezzarano, da Atlas Schindler, lembra que nas grandes
metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, a
periodicidade das manutenções preventivas é definida por
leis municipais, e devem ser realizadas mensalmente. “O
tempo de atendimento de um chamado pode variar de
acordo com a estrutura de atendimento da empresa
responsável pela manutenção”, observa.

Educação para as crianças


A ThyssenKrupp criou um programa educativo voltado para
alertar as crianças sobre o uso correto da escada rolante:
A criança não deve se apoiar e nem se debruçar sobre os
corrimãos.
O corrimão da escada rolante não deve ser usado
como escorregador.
Não apoiar os pés sobre o rodapé.
Não se deve correr, subir ou descer no sentido contrário
ao fluxo da escada rolante.
Nunca sentar nos degraus da escada rolante.
Respeitar a lotação máxima dos elevadores.
Havendo dois ou mais elevadores apertar o botão de
somente um deles.
Apertar apenas o botão do andar de destino do elevador.
Caso contrário, o elevador vai atender a chamadas
desnecessárias, prejudicando aqueles que estão realmente
precisando subir ou descer.
Qualquer que seja o motivo, não segure a porta do
elevador.
Se for descer por último fique no fundo do elevador.

*Matéria publicada na revista Shopping Centers, da Abrasce

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