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A RETER – TESTE 4 – 2ª parte

O senso comum e o conhecimento científico (saber 5 caraterísticas de cada)

Senso comum
- superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases como "porque o vi",
"porque o senti", "porque o disseram", "porque toda a gente o diz" ;
- sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;
- subjectivo, pois é o próprio sujeito que organiza as suas experiências e conhecimentos,
tanto os que adquire por vivência própria quanto os "por ouvir dizer" ;
- assistemático e desorganizado, pois não constitui um corpo organizado de conhecimento.
- acrítico, pois verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não
se manifesta sempre de uma forma crítica;
- imetódico e indisciplinar, pois o senso comum não possui meios para fazer a distinção
entre o antecedente casual e o antecedente causal. As suas pretensas explicações ou se
confinam a aparências, ou se fundam em coincidências.
- directo; espontâneo; imediato; diverso e heterogéneo;
- reconhecimento, isto é, as coisas não são como gostaríamos que fossem, ou como nos
ensinaram a ver;
- utilitário ou pragmático, pois serve essencialmente para resolver os problemas do
quotidiano.
- retórico e metafórico, pois não ensina, persuade

Conhecimento científico
- fáctico: parte dos factos, respeita-os até certo ponto e sempre retorna a eles.
. especializado: uma consequência da focagem científica dos problemas é a especialização.
Esta não impediu a formação de campos interdisciplinares como a biofísica, a bioquímica, a
psicofisiologia, a psicologia social, a teoria da informação, a cibernética ou a investigação
operacional. Contudo, a especialização tende a estreitar a visão do cientista individual.
- claro e preciso: os seus problemas são distintos, os seus resultados são claros. A ciência
torna preciso o que o senso comum conhece de maneira nebulosa.
- comunicável: a linguagem científica comunica informações a quem quer que tenha sido
preparado para a entender.
- verificável: deve passar pelo exame da experiência. Para explicar um conjunto de
fenómenos, o cientista inventa conjeturas fundadas de algum modo no saber adquirido. O
teste das hipóteses fácticas é empírico, isto é, observacional ou experimental.
- metódico: não é errático, mas planeado. Os investigadores sabem o que buscam e como o
encontrar.
- sistemático: uma ciência não é um agregado de informações desconexas, mas um sistema
de ideias ligadas logicamente entre si.
- geral: situa os factos singulares em hipóteses gerais, os enunciados particulares em
esquemas amplos.
- legislador: busca leis (da natureza e da cultura) e aplica-as.
- explicativo: tenta explicar os factos em termos de leis e as leis em termos de princípios.
- preditivo: transcende a massa dos factos de experiência, imaginando como pode ter sido o
passado e como poderá ser o futuro.
- aberto: não reconhece barreiras a priori que limitem o conhecimento. A ciência é aberta
como sistema, porque é falível, por conseguinte, capaz de progredir.
- racional: constituído por conceitos, juízos e raciocínios. Tanto o ponto de partida como o
ponto final do seu trabalho são ideias, e estas organizam-se em conjuntos ordenados de
proposições (teorias).

- objectivo: procura alcançar a verdade fáctica e verifica a adaptação das ideias aos factos.
- autónomo: a ciência tem o seu próprio campo de estudo, o seu método próprio de pesquisa,
uma fonte independente de informações que é a natureza: daí a sua autonomia em relação
à filosofia e à fé.
- revisível, pois encontra-se sujeito a correções.

Verificabilidade, confirmabilidade e falsificabilidade

Uma proposição ou uma teoria é verificável se, e apenas se, for possível comprová-la recorrendo
à experiência.
A comprovação empírica de uma proposição ou de uma teoria consiste em deduzir a sua verdade
a partir da experiência.

Uma proposição ou uma teoria é confirmável se, e apenas se, for possível confirmá-la (isto é,
verifica-la parcialmente) recorrendo à experiência.
A confirmação empírica de uma proposição ou de uma teoria consiste em mostrar a partir da
experiência, por indução, que provavelmente ela é verdadeira.

Uma proposição ou teoria é falsificável se, e apenas se, é possível descobrir que ela é falsa (isto
é, refutá-la) através da experiência.
Os métodos em ciência: indutivo, hipotético dedutivo e falsificacionista

Críticas de Popper ao indutivismo

1. A indução não tem valor científico


2. A observação não é meio de prova: não se pode provar a verdade de um enunciado porque
enunciados deste género referem-se a um número de casos que não podem ser controlados
empiricamente.
3. As hipóteses não são extraídas dos factos: são conjeturas criadas pelo cientista para tentar
responder a um problema.
4. O que deve ser testado não é a possibilidade de verificação, mas sim a de refutação de
uma hipótese.
5. O facto de uma hipótese ser bem-sucedida num teste empírico não a verifica ou torna
verdadeira: unicamente mostra que não é (ainda) falsa.
6. O indutivismo é uma forma de verificacionismo.
Contra o indutivismo, Popper diz que não podemos saber se uma teoria é verdadeira. Só podemos
saber se as teorias foram refutadas ou não.
O falsificacionismo de Popper
É uma perspetiva sobre a ciência e o método científico que:
a) Constitui um critério de demarcação entre a ciência e a não ciência.
b) Considera que a cientificidade de uma teoria depende da sua falsificabilidade.
c) Rejeita que a indução desempenhe algum papel na investigação científica porque esta não parte
de observações puras nem pode garantir a verdade dos seus enunciados.
d) Rejeita o verificacionismo porque não se pode provar a verdade – verificar – de um enunciado
universal, dado que enunciados deste género se referem a um número de casos que não podem
ser controlados empiricamente.

O princípio positivista da verificabilidade das hipóteses e princípio da


falsificabilidade ou refutabilidade de Popper

Contra o princípio positivista da verificabilidade das hipóteses, Popper defende o princípio


da falsificabilidade ou refutabilidade. As teorias devem ser postas à prova através de testes
exaustivos e se as hipóteses forem bem sucedidas não há motivos para os considerarmos inválidas
e por isso devem ser provisoriamente aceitáveis. Tudo o que podemos esperar do teste de
uma hipótese é que esse teste não a refute ou falsifique. Assim no domínio científico não
há certezas mas apenas aproximação á verdade. A falsificabilidade ou refutabilidade das
hipóteses substitui, em Popper, a verificabilidade. Não sendo um critério de verdade não é usada
para dizer se uma teoria é verdadeira mas sim para dizer se é cientifica ou não: serão
não cientificas ou pseudo-cientificas as hipóteses ou teorias que não se submeteram ao exame
de falsificação ou refutação.
Isto vem mostrar que a repetição de hipóteses bem sucedidas aumenta a probabilidade de a
hipótese ser verdadeira e hipóteses verdadeiras são imprescindíveis para o trabalho científico.

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