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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº. : 0016193-49.2011.8.05.0274


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : A FUMACA COMERCIO DE ARTIGOS PARA
PRESENTES LTDA
Recorrido(s) : CLARO S A
Origem : 1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS- VIT. DA CONQUISTA
Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

EMENTA

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. TELEFONIA.


ALEGAÇÃO DE NEGATIVAÇÃO INDEVIDA , FACE À
TRAMITAÇÃO DE AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
JULGAMENTO RELATIVA AO DÉBITO QUE FORA
APONTADO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO PELO AUTOR
DE QUE A AÇÃO CONSIGNATÓRIA TINHA COMO OBJETO
A DÍVIDA QUE ORIGINOU A NEGATIVAÇÃO. PARTE RÉ
QUE COMPROVA A REGULARIDADE DA CONTRATAÇÃO E
A EXISTÊNCIA DA DÍVIDA. . LEEGITIMIDADE DA
INSCRIÇÃO DO NOME DA AUTORA NOS CADASTROS DE
PROTEÇÃO AO CRÉDITO. EXERCÍCIO REGULAR DO
DIREITO DE COBRAR A DÍVIDA CONSTITUÍDA. SENTENÇA
MANTIDA.

ACÓRDÃO
Acordam os Senhores Juízes da 2ª Turma Recursal dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, MARIA
AUXILIADORA SOBRAL LEITE - Relatora, CÉLIA MARIA CARDOZO DOS
REIS QUEIROZ - Presidente, LEÔNIDES BISPO DOS SANTOS SILVA, em
proferir a seguinte decisão: RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
UNÂNIME, de acordo com a ata do julgamento. Sem custas e honorários
advocatícios, por ser a parte beneficiária da justiça gratuita

Salvador, Sala das Sessões, 24 de SETEMBRO de 2015.


BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA. CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº. : 0016193-49.2011.8.05.0274


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : A FUMACA COMERCIO DE ARTIGOS PARA
PRESENTES LTDA
Recorrido(s) : CLARO S A
Origem : 1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS- VIT. DA CONQUISTA
Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

EMENTA

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. TELEFONIA.


ALEGAÇÃO DE NEGATIVAÇÃO INDEVIDA , FACE À
TRAMITAÇÃO DE AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
JULGAMENTO RELATIVA AO DÉBITO QUE FORA
APONTADO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO PELO AUTOR
DE QUE A AÇÃO CONSIGNATÓRIA TINHA COMO OBJETO
A DÍVIDA QUE ORIGINOU A NEGATIVAÇÃO. PARTE RÉ
QUE COMPROVA A REGULARIDADE DA CONTRATAÇÃO E
A EXISTÊNCIA DA DÍVIDA. . LEEGITIMIDADE DA
INSCRIÇÃO DO NOME DA AUTORA NOS CADASTROS DE
PROTEÇÃO AO CRÉDITO. EXERCÍCIO REGULAR DO
DIREITO DE COBRAR A DÍVIDA CONSTITUÍDA. SENTENÇA
MANTIDA.

RELATÓRIO
Dispensado o relatório nos termos da Lei n.º 9.099/95.

Circunscrevendo a lide e a discussão recursal para efeito de registro,


saliento que o Recorrente A FUMAÇA COMÉRCIO DE ARTIGOS PARA
PRESENTES LTDA , por meio de seu patrono devidamente constituído,
pretende a reforma da sentença lançada nos autos que julgou improcedente os
pedidos constantes na inicial, por entender que : “Com efeito, consta da

fatura acostada no evento processual 39 um total de 07 (sete) linhas de


telefonia móvel, e utilização dos serviços discriminados para cada uma
delas, não adimplida pela parte autora. O valor total engloba a cobrança de multa
rescisória por descumprimento do período mínimo de permanência no plano de serviço contratado,
imputado de forma pro-rata até a data do cancelamento. A discussão do pagamento da multa é objeto de
ação de consignação em pagamento tombada sob nº 1592096-9/2007 em tramitação na 5ª Vara Cível de
Vitória da Conquista, com depósito judicial no valor de R$ 294,53 (-). Por derradeiro, estando
consumidor em situação de inadimplência, legítima fora a restrição creditícia.”

A recorrente busca a reforma da sentença, por entender ter sido indevida a


negativação do nome da autora, em virtude do fato de que o débito que
originou o apontamento estaria sendo discutido judicialmente, em ação de
consignatória. Requer a condenação da demandada em danos morais.
Em contrarrazões, a recorrida pugna pela manutenção do
decisium.
Presentes as condições de admissibilidade do recurso, conheço-
o, apresentando voto com a fundamentação aqui expressa, o qual submeto
aos demais membros desta Egrégia Turma.

VOTO

O exame dos autos revela que se insurgiu a autora em razão de


ter seu nome inscrito em cadastro de devedores, por divida contraída junto à
empresa ré, que teria procedido ao referido apontamento, cujo montante do
débito alcanca o valor de R$ 2.782,53 ( dois mil, setecentos e oitenta e dois
reais e cinquenta e três centavos) pelo período de uso da linha entre
03/05/2007 e 02/06/2007., mesmo estado a dívida sendo discutida
judicialmente em açãode consignação em pagamento.

Com efeito, em que pese vigorar na seara das relações de


consumo a possibilidade da inversão do ônus da prova, prevista no art.6º,VIII
do CDC, tal inversão não se dá de forma automática, devendo existir
verossimilhança nas alegações do consumidor, bem como notória
hipossuficiência técnica na produção probatória ante o fato alegado. Nestes
termos, não fora demonstrado pela parte autora que a ação de consignação
em pagamento tem como objeto a dívida que fora inscrita pela empresa
demandada, e nem junta qualquer comprovante de pagamento relativo à
dívida. A parte ré, por outro lado, junta as faturas relativas ao período em que
o serviço fora disponibilizado pela autora, no evento 39, relativa ao período de
03/05/2007 a 02/06/2007, no valor de R$ 2.782, 53 ( dois mil setecentos e
oitenta e dois reais e cinquenta cfentavos) e que foram objeto da inscrição, o
que torna a cobrança, por seu turno, regular, bem como correta a inscrição a
que procedeu, em manifesto exercício regular do direito. Restara comprovada
, portando a inadimplência da parte autora. O ônus de comprovar a
ilegalidade da cobrança, sob a alegação da existência de ação de
consignação em pagamento que versara especificamente sobre a dívida em
comento, recaiu sobre a parte autora, o que não fora feito. As folhas dos autos
juntadas pela autora, de persi, não delimitam o objeto da lide versada naquela
consignatória, o que impede a cognição deste juízo acerca do ponto
controverso em questão.
Provada a regularidade da relação jurídica, não há que se falar
em cobrança indevida, e a conseqüente negativação do nome da autora nos
cadastros de proteção ao crédito configuram exercício regular de um direito.
Nesta senda, inexistindo ato ilícito comprovado nos autos que possa ser
imputada á demandada, descabe a alegação de danos morais, nos termos da
jurisprudência que segue:

APELAÇÃO - INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C DANOS


MORAIS - INSCRIÇÃO DO NOME NOS CADASTROS
DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - INSCRIÇÃO DEVIDA -
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO. Se comprovada a
realização do negócio jurídico, e o credor, diante da
inadimplência do devedor, inscreve o seu nome nos órgão
de proteção ao crédito, não há que se falar em danos
morais tendo em vista que a Instituição Financeira agiu no
exercício regular do direito. (TJ-MG - AC:
10024112857909001 MG , Relator: Estevão Lucchesi,
Data de Julgamento: 10/04/2014, Câmaras Cíveis / 14ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 25/04/2014)

APELAÇÃO - DANO MORAL - TELEFONIA - INSCRIÇÃO


DO NOME NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO
CRÉDITO - INSCRIÇÃO DEVIDA - EXERCÍCIO
REGULAR DO DIREITO. Não comprovando a apelante a
quitação das faturas, não há que se falar em inclusão
indevida do seu nome nos órgão de proteção ao crédito,
já que, estando inadimplente, o credor age no exercício
regular do seu direito em inscrever o seu nome nos
órgãos responsáveis. Recurso não provido.(TJ-MG - AC:
10145110262444001 MG , Relator: Estevão Lucchesi,
Data de Julgamento: 04/04/2013, Câmaras Cíveis / 14ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 12/04/2013)
Nesse sentido, reitero a fundamentação exposta na sentença
objurgada, como o permite o art.46 da lei 9099/95, e reconheço não ter havido
no caso concreto ato ilícito, donde se conclui inexistir dano moral a ser
ressarcido.

Assim sendo, ante ao exposto, voto no sentido de CONHECER e


NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto pela Recorrente Marinalva de
Castro, para manter, na íntegra, a sentença objurgada pelos seus próprios
fundamentos. Sem custas e honorários advocatícios, por ser a parte
beneficiária da justiça gratuita.

Salvador, Sala das Sessões, 24 de Setembro de 2015.

BEL. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE


Juíza Relatora

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