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Termo de audiéncia de instrugao e julgamento Data: 07 de outubro de 2015 — as 16h30min Local: Sala de audiéncia da Vara da Competéncia Delegada da Comarca de Nova Fatima — PR 1. Alberto Moreira Cortes Neto ‘Autos n. 0001245-68.2014.8.16.0120 - Previdencidria - Aposentadoria por Tempo de Contribuigao Autor: Nelson Jose da Silva ‘Adv. do autor: Dr. Arielton Tadeu Abia de Oliveira Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social ‘Aberta a audiéncia, constatou-se a presenga do MM. Juiz, da parte autora acompanhada de seu advogado, bem como de trés testemunhas arroladas. Constatou-se ainda, a auséncia da parte ré. Em seguida foi tomado © depoimento pessoal da parte autora bem como das testemunhas arroladas, conforme termos gravados em midia retro. A parte autora manifestou-se de forma remissiva @ inicial. Ato continuo, pelo MM. Juiz foi proferido a seguinte sentenga: “Vistos para sentenga. Nelson José da Silva ajuizou demanda em face do Instituto Nacional do Seguro Social, alegando que: a) requereu administrativamente, em 03/04/2014, aposentadoria por tempo de contribuigé0, a qual foi indeferida sob 0 argumento de falta de tempo de contribuigéo; b) efetivamente laborou na rea rural nos periodos de 20/08/1978 até 20/05/1981, 13/03/1990 até 30/12/1990 e 12/11/1995 a 30/10/2000; ¢) ainda requer a conversa do periodo anotado em CTPS como trabalhador rural em atividade especial, frente a exposicao a agente nocivo, compreendido entre 20/08/1978 a 15/11/2013. Sustentou ter atingido os parametros de tempo exigido de servigo para a concesso da aposentadoria especial ou sucessivamente por tempo de contribuig&o. Ao final, requereu a condenagao do INSS em reconhecer, homologar e averbar 0 tempo de servigo tural, bem como a atividade especial e, consequentemente, conceder o beneficio da aposentadoria especial ou sucessivamente por tempo de contribuigo, na base dos valores apontados mediante cdlculo na forma legalmente prevista, devendo pagar os atrasados desde a DER, corrigidos e com juros de mora. Juntou procuragéo e documentos. O réu apresentou contestagéo (seq. 11.3) e alegou, em sintese, a inexisténcia de comprovacao do exercicio de atividade rural e a auséncia de comprovagéo do exercicio de atividade especial. Pugnou ao final pela improcedéncia do pedido. Juntou documentos. Houve réplica (seq. 14.1). Saneado 0 feito foi determinada a realizagéo de prova oral (seq. 24.1). Realizada audiéncia, foi colhido o depoimento pessoal do autor e ouvidas as testemunhas Natalina L. Domingues, José de Paula Reis e Aparecido Ferreira dos Santos. E o relatério. Fundamento e decido. Trata-se de demanda com escopo de obtengéo do beneficio da aposentadoria especial ou por tempo de servigo/contribuigo com reconhecimento e conversdo de tempo de atividade ‘especial e averbagao de periodo rural, encontrando-se assim ordenado o feito 7, @ presentes os pressupostos de validade e existéncia processual, bem como as condigdes da ago, autorizada entéo a analise do mérito. Averbacao do Periodo Rural . Na apreciacao de questées previdencidrias, deve-se observar rigorosamente as exigéncias legais. Ha de ser concedido o beneficio apenas quando realmente estiverem preenchidos os requisitos legais, pois no regime previdencidrio nao ha intuito de liberalidade ou caridade. Da mesma forma no se deve procurar restringir injustificadamente 0 acesso ao beneficio, pois se trata de um direito subjetivo tutelado constitucionalmente. Relativamente a0 periodo rural em que o autor afirma ter trabalhado, trouxe aos autos, como meio de prova, os seguintes documentos: cépia de sua CTPS, contendo anotagées de vinculos empregaticios na érea rural (seq. 1.4/1.5), cépia da certid&o de casamento de seus pais, sua certidao de nascimento, assim como as respectivas certidées de dbitos, que comprovam ter sido ambos lavradores (seq. 1.5/1.6); cépia da certidao de nascimento de sua filha, constando como sua profiss4o “lavrador’, datada de 24/11/1989; cépia da sua certidéo de casamento, onde consta como sua profissdo “lavrador”, datada de 1988 (seq. 4.6). E bem verdade que o documento juntado pela parte ndo basta a comprovagao plena da veracidade dos fatos alegados, servindo apenas como indicios, pois contém informagées que relacionam os genitores do autor & atividade rural no mencionado periodo, sem falar que néo hé qualquer informagao de que o autor tenha trabalhado em outra atividade, que nao a rural nesta época. Assim, 0 autor langou mao da prova testemunhal tenho nesta a principal base de suas alegag6es. Pode-se dizer que nos autos, est& presente, 0 inicio de prova documental, considerando a data da sua certidéo de casamento (1988) e a certidéo de casamento de seus pais (1950), porém, como ja dito, os documentos apresentados néo sdo habeis a provar a veracidade dos fatos, mas so indicios que ndo merecem desprezo. O inicio de prova material exigido pela Lei ndo significa prova absoluta e irrefutavel, mas sim qualquer indicio razoavel, assim sendo ndo ha nos autos qualquer contrariedade ao entendimento expresso pela Stimula 149 do STJ. Frise-se ainda que o art. 55, § 3°, da Lei 8.219/91 contraria as normas previstas na Constituigdo Federal de 1988 que estabelecem direitos e garantias fundamentais do individuo, previstas no art. 5°, XXXV e LV, referentes as garantias de acesso a Justiga e de produgdo de provas. A Unica restrig&o existente é a relativa as provas obtidas por meios ilicitos. Fora disto, todas as provas devem ser admitidas, vigorando 0 principio da livre apreciagéo. O mais grave 6 que a restrigo dos meios de prova prevista pela Lei 8.213/91 causa prejuizo justamente aqueles que tém mais dificuldade de produzi-las. E Notério o problema relativo a comprovagdo da atividade rural, pois infelizmente tal atividade tem como caracteristica a informalidade (mais acentuada no passado), de forma que resta praticamente impossivel a apresentagdo de documentos, pois esses na maioria das vezes inexistem, assim, a unica alternativa que existe é recorrer @ citiva de testemunhas. Proibindo a comprovagdo do trabalho rural através de testemunha, o legislador pretendeu retirar a real eficdcia do beneficio previsto no art. 143 da Lei 8.213/91. Concedeu o beneficio e, no entanto, buscou inviabilizar seu acesso a grande maioria dos beneficiérios. Por todo 0 exposto, entende-se inaplicavel aqui o art. 55, § 3°, da Lei 8.213/91, bem como a Simula 149 do STJ. Apreciando os documentos acima mencionados e 0 depoimento pessoal prestado, corroborados pelas testemunhas Natalina L. Domingues, José de Paula Reis e Aparecido Ferreira dos Santos nos faz concluir que realmente o autor exerceu atividade rural nos periodos de 20/08/1978 até 20/05/1981, 13/03/1990 até 30/12/1990. E assim de se considerar aquele periodo de atividade rural como tempo de servigo do autor, néo havendo se falar na necessidade de contribuigéo ou mesmo na composi¢ao do referido periodo em relagdo a caréncia quanto ao periodo até 24/07/1991 (data em quer entrou em vigo a Lei n° 8.213/1991). Portanto, possivel o reconhecimento e averbagao do periodo de atividade rural 20/08/1978 até 20/05/1981, 13/03/1990 até 30/12/1990, 0 qual totaliza 3 anos, 6 meses e 19 dias. No tocante ao periodo compreendido entre 12/11/1995 a 30/10/2000, nao podera ‘ser considerado como tempo de servigo do autor, tendo em vista que o tempo de servigo rural posterior a vigéncia da Lei n° 8.213/91, sem as respectivas contribuigdes previdenciarias, pode ser computado somente para os fins do artigo 39, inciso |, desse diploma. Assim, para 0 aproveitamento do periodo de servigo rural anterior & competéncia de novembro de 1991, ndo ha exigéncia do recolhimento de contribuigdes previdencidrias, a teor da ressalva contida no art. 55, § 2°, da Lei n° 8.213/91, salvo para efeito de caréncia. Contudo, para a utilizagéo do periodo posterior a essa competéncia, para todos os fins do RGPS (v. g. aposentadoria por tempo de servigo), 6 imprescindivel 0 recolhimento das contribuigdes correspondentes, na qualidade de facultativo, de acordo com o art. 39, inciso Il, da Lein.°8.213/91, e Sumula n.° 272 do STJ, nao sendo bastante a contribuigdo sobre a produgao rural comercializada. N&o € outro o entendimento jurisprudencial: PREVIDENCIARIO. ATIVIDADE RURAL. TEMPO DE SERVIGO RURAL. AVERBAGAO. 1. Comprovado 0 exercicio de atividade rural, na qualidade de segurado especial, mediante inicio de prova material, complementada por prova testemunhal idénea. 2. No caso dos autos, 0 periodo reconhecido como tural deve ser averbado para futura concesséo de beneficio previdenciario. 3. A Lei n. 8.213/91 resguardou, em seu art. 55, § 2.°, 0 direito ao cémputo do tempo de servigo rural, anterior & data de inicio de sua vigéncia, para fins de aposentadoria por tempo de servigo au contribuigdo, independentemente do recolhimento das contribuigdes a ele correspondentes, exceto para efeito de caréncia. 4. A Lei de Beneficios da Previdéncia Social garante aos segurados especiais, independentemente de contribuico outra que nao a devida por todo produtor rural sobre a comercializagao da produgdo (art. 25 da Lei n. 8.212/91), o cmputo do tempo de servigo posterior a 31-10-1991 apenas para 08 beneficios dispostos no art. 39, inc. | e pardgrafo unico, da Lei n. 8.213/91; a obtengdo dos demais beneficios especificados neste Diploma, inclusive ad

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