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Batatais
Claretiano
2013
© Ação Educacional Claretiana, 2011 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
190 B76h
ISBN: 978-85-67425-70-2
CDD 190
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Dandara Louise Vieira Matavelli Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Sônia Galindo Melo
Josiane Marchiori Martins
Talita Cristina Bartolomeu
Lidiane Maria Magalini
Vanessa Vergani Machado
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza Projeto gráfico, diagramação e capa
Patrícia Alves Veronez Montera Eduardo de Oliveira Azevedo
Rita Cristina Bartolomeu Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Ementa––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Contexto Histórico do surgimento da Filosofia Moderna. Novas concepções reli-
giosas no Renascimento. A nova visão política no Renascimento. Cosmologia e
ciência dos séculos 16 e 17.
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1. INTRODUÇÃO
Seja bem vindo(a) ao estudo do Caderno de Referência de
Conteúdo História da Filosofia Moderna I, disponibilizada para
você em ambiente virtual.
Abordagem Geral
Prof. Dr. Stefan Vassilev Krastanov
Doutor em filosofia pela UFSCAR com a tese "Nietzsche:
pathos artístico versus consciência ética".
Glossário de Conceitos
O Glossário permite a você uma consulta rápida e precisa
das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio
dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento
dos temas tratados no CRC História da Filosofia Moderna I. Veja a
seguir a definição dos principais conceitos:
1) Absoluto: aquilo que possui em si mesmo sua própria ra-
zão de ser, não comportando nenhum limite, sendo con-
siderado independente de toda relação com o outro.
2) Abstrato: aquilo que é considerado como separado, in-
dependente de suas determinações concretas ou aci-
dentais.
3) Acidente: aquilo que não pertence à essência ou à natu-
reza de uma coisa; aquilo que pode ou não acontecer.
4) Afasia: condição ou atividade de não reagir diante de
adversidades; não fazer nada.
5) Agnosticismo: doutrina segundo a qual é impossível
todo conhecimento que ultrapassa o campo da explica-
ção da ciência ou que vai além da explicação sensível.
6) Agnóstico: aquele que não acredita no sobrenatural, em
Deus ou em algo divino.
7) Alegoria: representação de uma ideia por meio de ima-
gens.
8) Alma: primeiro princípio imaterial da vida.
© Caderno de Referência de Conteúdo 25
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados. Estas questões
podem ser: de múltipla escolha, abertas com respostas objetivas
ou dissertativas. Responder, discutir e comentar estas questões e
relacioná-las com a prática do ensino de Filosofia, pode ser uma
forma de você medir o seu conhecimento, ter contato com ques-
tões pertinentes ao assunto tratado pode ajudá-lo na preparação
para a prova final, que será dissertativa. Mais ainda: é uma ma-
neira privilegiada de você adquirir uma formação sólida para a sua
prática profissional.
No final de cada unidade você encontrará um gabarito para
conferir suas respostas sobre as questões propostas (de múltipla
escolha e abertas objetivas).
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a bibliografia básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
O estudo deste CRC convida você a olhar, de forma
mais apurada, a Educação como processo de emancipação do
ser humano. É importante que você se atente às explicações
teóricas, práticas e científicas que estão presentes nos meios de
comunicação, bem como partilhe suas descobertas com seus
colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aquilo que você
observa, permite-se descobrir algo que ainda não se conhece,
aprendendo a ver e a notar o que não havia sido percebido
antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele à
maturidade.
Você, como aluno do curso de Graduação na modalidade
EaD e futuro profissional da educação, necessita de uma forma-
ção conceitual sólida e consistente. Para isso, você contará com
© Caderno de Referência de Conteúdo 37
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CLARK, Kenneth. Civilisation. Harmondsworth, GB: Penguin, 1982 (ed. orig. 1969).
1. OBJETIVOS
• C onhecer o ambiente histórico que deu origem à filosofia
moderna.
• Diferenciar a mentalidade medieval da mentalidade mo-
derna.
• Discutir o humanismo renascentista e as novas represen-
tações que propôs com relação ao homem, aos valores, à
mentalidade e à ciência.
• Analisar as características e os principais autores das cha-
madas filosofias renascentistas, a saber: o neoplatonismo
renascentista, o aristotelismo renascentista e o ceticismo
renascentista.
40 © História da Filosofia Moderna I
2. CONTEÚDOS
• A mbiente histórico para o aparecimento da filosofia mo-
derna.
• Ciência renascentista.
• Filosofia renascentista: o neoplatonismo renascentista; o
aristotelismo renascentista; o ceticismo renascentista.
Paracelso
Batizado com o nome alemão Theophrast Bombast Von Hohenheim, filho de
médico e também ele um médico, Paracelso muda seu nome para Philippus
Aureolus Theophrastus Bombastus Paracelsus, por se considerar maior que o
médico romano Celso. Ele se destaca pela ruptura com a tradição médica fun-
damentada nas obras de Galeno e Avicena (disponível em: <www.sin-italy.org>.
Acesso em: 12 dez. 2005).
4. INTRODUÇÃO
"Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem
nunca os haver tentado abrir" (DESCARTES).
ESFERA ACONTECIMENTOS
Há um declínio lento e gradual do feudalismo, enquanto ocorre a as-
censão do capitalismo mercantil, que ganha força com as grandes nave-
Econômica
gações, fazendo que o comércio e a vida urbana reapareçam por quase
toda a Europa.
A descentralização do poder, fundamentada na relação de suserania e
Política vassalagem, dá lugar à formação das monarquias nacionais, com o po-
der centralizado nas mãos de um soberano que exerce o poder baseado
em sua autoridade.
A nobreza perde espaço para uma burguesia comercial ávida por pro-
vocar mudanças na fechada sociedade estamentária medieval (a socie-
Social
dade medieval era formada por três estamentos ou estados: o clero, os
nobres e o povo, sem nenhuma mobilidade social).
Até o início do século 16 predomina o catolicismo romano, e, com a
modernidade, há uma ruptura provocada pelas Reformas Protestantes
Religiosa
(falamos reformas porque cada estado estava interessado em criar uma
"igreja nacional" para romper com o universalismo católico).
A mentalidade teocêntrica medieval dá lugar à mentalidade moderna
Cultural baseada no humanismo antropocêntrico, o que provocou o aparecimen-
to do Renascimento cultural.
ANTIGO HARMONIA
6. CIÊNCIA RENASCENTISTA
Nos séculos 15 e 16, não se pode falar ainda de uma "ciência
moderna" no sentido que a conhecemos hoje. Antes de ela sur-
gir e se desenvolver há uma passagem gradual de uma explicação
mística e organicista para uma explicação mecanicista da natureza.
O primeiro tipo de produção é o que se chama de ciência renas-
centista.
A mudança na explicação mecânica da natureza ocorreu por
causa da inovação tecnológica que atingiu a Europa do século 14
em diante como, por exemplo, os avanços nos meios de trans-
porte, tanto o terrestre, com a melhoria dos veículos de tração
animal, quanto o marítimo, com a construção das caravelas pelos
portugueses.
Essa melhoria nos transportes possibilitou que os europeus
entrassem em contato com instrumentos que não conheciam. Ins-
trumentos que tanto serviriam para a invenção de outros como
para melhora dos já conhecidos (dentre os quais podemos citar: a
luneta, o astrolábio, o termômetro, o relógio, a imprensa, a tinta,
o papel e a pólvora).
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7. FILOSOFIA RENASCENTISTA
Nesse período que estamos estudando, não houve uma pro-
dução filosófica do porte de Platão, Aristóteles ou de Santo Tomás
de Aquino. A grande inovação só aparecerá com o racionalismo
cartesiano. Nesses dois séculos em questão, 15 e 16, do ponto de
vista filosófico, acontece a retomada das principais correntes filo-
Neoplatonismo Renascentista
8. ARISTOTELISMO RENASCENTISTA
Não foi só o neoplatonismo que se renovou nos séculos 15
e 16. Também o Aristotelismo é retomado, mas com característi-
cas e interpretações próprias. Se o neoplatonismo renascentista
desenvolveu-se ligado à Academia Platônica de Florença, centro
cultural dedicado à educação e à discussão da obra de Platão, o
aristotelismo desenvolveu-se ligado à Universidade de Pádua.
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9. CETICISMO RENASCENTISTA
Como vimos anteriormente, em termos filosóficos, no sécu-
lo 15 e 16 predominou a retomada de Platão, pelos neoplatônicos
de Florença, e de Aristóteles, na Universidade de Pádua.
Michel de Montaigne
Montaigne –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Autor de um só livro: Ensaios. Mas nesse livro único, escrito sem estrutura pre-
estabelecida, sem método, ao acaso dos acontecimentos e das leituras, procu-
ra entregar-se por inteiro aos seus leitores. Publica quatro edições sucessivas
dos Ensaios. Ia dizer quatro moagens: a primeira, com 47 anos, em 1580. Volta
ao texto, corrige-o, remata-o e, ao morrer (em 1592), deixa um exemplar da obra
sobrecarregado de variantes e de acréscimos, que as edições posteriores têm
que tomar em consideração. Entrementes Montaigne viaja pela Alemanha do Sul
e pela Itália (1580-81) e desempenha de 1581 a 1585 as importantes funções
de Maire de Bordéus. Essa experiência da vida pública, nesses tempos assaz
perturbados pelas guerras religiosas, essas observações colhidas nos países
estrangeiros, Montaigne as comunicará a seus leitores para que delas se be-
neficiem (Disponível em: <http://www.consciencia.org/montaigne-gide.shtml>.
Acesso em: 18 maio 2010).
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Mas antes desse eminente pensador francês, outros autores
publicaram obras de cunho cético, são eles:
• João Franscisco Pico Della Mirandola (1469-1533): publi-
cou Exame das fatuidades das teorias dos pagãos e da
verdade da doutrina cristã (1520).
© U1 - Contexto Histórico do Surgimento da Filosofia Moderna 65
7) Pode-se falar que o aparecimento das ciências modernas tem a ver com as
novidades tecnológicas que surgiram ao longo dos séculos 14 e 15, possibi-
litando uma nova interpretação da natureza. Cite essas novidades e aponte
como elas contribuíram para a nova visão de natureza.
9) Por que podemos falar de uma filosofia renascentista, produzida entre a se-
gunda metade do século 15 e a primeira metade do século 16?
14) Como Montaigne vê o homem moderno e a sua relação com a vida e o mun-
do? Poderíamos falar de uma essência comum para o homem, caso seguís-
semos a orientação de Montaigne?
11. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, entramos em contato com os principais
acontecimentos históricos que proporcionaram o surgimento de
uma nova mentalidade na Europa durante os séculos 15 e 16. Vi-
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12. E-REFERÊNCIAS
Lista de Figuras
Figura 1 Leonardo Da Vinci. Disponível em: <http://www.apav.it/mat/arte/pittura/img/
leonardo_da_vinci.jpg>. Acesso em: 18 maio 2010.
Figura 2 Francisco Petrarca. Disponível em:<http://images.zeno.org/Literatur/I/big/
petrarca.jpg>. Acesso em: 18 maio 2010.
Figura 3 Nicolau de Cusa. Disponível em: <http://www.adeportugal.org/jornal/images/
stories/38/nicolau-de-cusa.jpg>. Acesso em: 12 dez. 2005.
Figura 4 Marsílio Ficino. Disponível em: <http://symploke.trujaman.org/index.
php?title=Imagen:Ficino_Vinci.jpg>. Acesso em: 12 dez. 2005.
Figura 5 Giovanni Pico Della Mirandola. Disponível em: <http://www.apeuropeanlahs.
org/images/pico.jpg>. Acesso em: 12 dez. 2005.
Figura 6 Michel de Montaigne. Disponível em: <http://www.historiadigital.
org/2010/05/10-mentes-influentes-renascimento.html>. Acesso em: 18 maio 2010.