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Memória Educativa como Dispositivo de Pesquisa

Inês Maria Marques Zanforlin Pires de Almeida


Pesquisadora Colaboradora do PPGE/FE/UnB
Universidade de Brasília
Campus Universitário Darcy Ribeiro
Asa Norte Brasília (DF)
(55) (061) 99951-0331
E-mail almeida@unb.br

Cleonice Pereira do Nascimento Bittencourt


Doctoral student of the Program of Post-graduation in Education
Universidade de Brasília
Campus Universitário Darcy Ribeiro
Asa Norte Brasília (DF)
(+55) (061) 98520-4425
E-mail cleonascimentoead@gmail.com

Resumo

Este trabalho tem por objetivo apresentar a escrita da Memória Educativa como singular
dispositivo de pesquisa e utilizado há mais de quinze anos na produção de Dissertações
de Mestrado, Teses de Doutorado. Essas pesquisas fundamentam-se no aporte teórico da
psicanálise em sua conexão com a educação. Muitos trabalhos e/ou publicações
acadêmicas nesta área de estudos indicam que na prática docente estão inscritas “marcas
mnêmicas” que permeiam a subjetividade e identidade docente em todos os âmbitos de
ensino, com possíveis repercussões em sala de aula. Os estudos possibilitaram aos sujeitos
pesquisados um espaço de reflexividade e de retorno ao passado, especialmente as
experiências escolares, na relação com seus professores de tal modo que ao “atualizarem”
as vivências do passado, se depararam com o presente e as vicissitudes enfrentadas diante
do saber que não se sabe. Assim, foi possível inferir nos estudos que as relações em sala
de aula estão permeadas pelo conceito freudiano de transferência, logo compreendida
pelos docentes como um conceito que encerra a chave da operação educativa tanto quanto
o processo de identificação. Ainda mais, colocam-se como prováveis causas do mal-estar
docente, atravessadas pelo “quantum” de afeto atinge o sujeito pessoa/profissional.
Marcas simbólicas e inconscientes, advindas de inscrições que o constituem são
compreendidas como vestígios, signos que continuam produzindo efeitos também na ação
educativa, reconhecendo a importância do inconsciente no processo de sua formação,
quando ao ascender ao lugar de mestres reeditam encontros significativos. Enfim é
possível pensar a escrita da Memória Educativa como a palavra contida na enunciação
mínima do professor, com poder de construir uma verdade histórica e produzir uma nova
relação a partir de suas vivências, reconstruindo sua identidade de educador, com
repercussões no ensinar e aprender, e ressignificando sua prática independente do cenário
pedagógico em que atua.

Palavras chave: Memória Educativa, Psicanálise, Subjetividade, Formação de Professores.


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Introdução
Em um contexto de significativas mudanças nas pesquisas em ciências humanas
e sociais para abordagens qualitativas, em especial na área da educação, a escrita da
Memória Educativa emergiu como possibilidade de expressão da constituição subjetiva e
identidade do professor através das vivências na instituição escolar, pensada como um
conjunto de práticas ou relações sociais “marcadas” por significativas experiências, desde
o período inicial da escolarização até sua prática na sala de aula.
No movimento em busca de uma nova perspectiva que, preserve de modo
indissociável a importância da vida infantil e da educação sobre o devir das crianças que
estão sob a responsabilidade de adultos, lembra-nos Freud, ao se referir às pesquisas de
Charcot:
Charcot costumava olhar repetidamente as coisas que não compreendia,
para aprofundar sua impressão delas dia a dia, até que subitamente a
compreensão raiava nele ...Podia-se ouvi-lo dizer que a maior satisfação
humana era ver alguma coisa nova – isto é, reconhecê-la como nova; e
insistia sobre a dificuldade e importância dessa espécie de “visão” ...Ele se
indagava por que as pessoas enxergavam apenas o que tinham aprendido a
ver...” (Freud, 1892-1899 / 1996, p. 22).

Assim pensamos também que uma nova “visão” foi sendo construída ao longo das
últimas décadas nos estudos envolvendo professores como sujeitos em trabalhos de
pesquisa acadêmica, a partir da publicação, segundo Nóvoa (1992), do livro de Ada
Abraham (1984) O professor é uma pessoa. Desde então, apareceram muitas produções
e estudos sobre a vida dos professores, as carreiras e os percursos profissionais, biografias
e autobiografias uma produção heterogênea, mas com um mérito indiscutível: recolocar
os professores no centro dos debates educativos e das problemáticas da investigação”
(p.15). O olhar sobre a vida do professor e ele enquanto pessoa passaram a ser um
imperativo, ou seja, da ordem do impossível separar o eu profissional do eu pessoal.
Com esta perspectiva, durante os anos de estudos e pesquisa para elaboração da
Tese de Doutorado Re-significação do papel da Psicologia da Educação na Formação
Continuada de professores de Ciências e Matemática (Almeida, 2001), a proposta inicial
para a escrita da memória educativa dos professores foi reconfigurada por meio das
contribuições da teoria psicanalítica, permitindo “ver” para além do que se esperava na
pesquisa sobre formação docente. Com a aproximação educação e psicanálise, amplia-
se a compreensão do significado da constituição subjetiva pessoal/profissional e sobre
possíveis repercussões na sala de aula, pois ao escrever suas memórias o sujeito professor
se inscreve como pessoa, pensado como lugar de expressão da subjetividade na formação
da identidade do educador, remete-nos àquilo que nos constituiu, à nossa realidade
psíquica uma vez que nela se encontra a nossa verdade.
Dialogando com Kupfer (2000), compreendemos que um professor ao entrar em
contato com a psicanálise, ouve falar do sujeito mas não sabe como atingi-lo, manipulá-
lo ou enfiar em sua cabeça o que a racionalidade adulta ou pedagógica supõe que ele
deveria aprender e continua sem métodos, o sujeito do qual ouviu falar torna-se mais
misterioso do que nunca. Mas esse professor aprende levá-lo em conta o que é, realmente,
o mais importante, aprende que visa um alvo e acerta em outro, enfim reaprende que visa
à consciência de seu aluno, mas atinge o Sujeito quando ele efetivamente aprende.
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Este trabalho tem por objetivo apresentar a escrita da Memória Educativa como
significativo dispositivo de pesquisa utilizado há mais de quinze anos na produção de
Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado sob orientação desta pesquisadora. As
pesquisas referenciadas no aporte teórico da Psicanálise em conexão com a Educação
integram a linha de pesquisa Escola, Aprendizagem, Ação Pedagógica e Subjetividade na
Educação.

Revisão da Literatura
Em uma revisão de literatura sobre o tema Memória, retornamos às “origens”, ao
berço do pensamento ocidental: a Grécia dos deuses e dos heróis.
Um dos grandes responsáveis pela “eternização” dos deuses gregos, ao lado de
Homero, foi Hesíodo, um sábio e poeta que viveu por volta do século VIII a.C. Em
Teogonia (2003, p. 113) ele informa que, no princípio dos tempos, a memória era
representada por uma divindade, Mnemósine, filha de Urano (Céu) e Gaia (Terra), tão
importante que suas filhas se tornaram as Musas das Artes. Dentre elas destaca-se
Calíope, musa da epopeia que estimulava a memória dos aedos para que esses se
lembrassem dos grandes feitos dos heróis arquetípicos de um tempo muito distante,
associada à sabedoria e ao pensamento contrapondo-se à Lethe, deusa que personificava
o esquecimento.
Segundo Meneses, "a sacralização da memória revela, por si só, o alto valor
que lhe é atribuído numa civilização de tradição oral, como foi, entre os séculos XII e
VII, e antes da difusão da escrita, a da Grécia”. De acordo com a autora, Mnemosyne
revela as ligações obscuras entre o "rememorar e o inventar", esse topos fecundo que
se tornará uma das mais arrojadas afirmações da Psicanálise vinte e quatro séculos
mais tarde (1993, p.15).
A memória tem sido objeto de estudo em muitas áreas do conhecimento humano
desde as lifes stories (anos 50-60) em ciências sociais e na psicologia, neurociência,
psicologia cognitiva, mas na psicanálise ocupa lugar princeps. Desde seu início, Freud
em A Interpretação dos Sonhos (1900/1996), escreveu as associações que lhe ocorriam
em sua autoanálise e consolidou a compreensão sobre o lugar da infância na constituição
do psiquismo.
Garcia-Roza (1998) destaca a importância concedida por Freud à memória,
retomando dos escritos freudianos as abordagens mais significativas iniciando pela
Comunicação Preliminar ([1893-1895] 1996), segundo a qual os “histéricos sofrem
principalmente de reminiscências” (p.43), passando pela declaração no Projeto para uma
Psicologia Científica ([1893-1895]1996) de que “toda teoria psicológica que se pretenda
digna de consideração tem que fornecer uma explicação para a memória” e atribui às
experiências infantis valor determinante e fundante do psiquismo, estabelecendo o
desamparo infantil e a busca de satisfação como elementos constituintes da subjetividade.
Na Carta 52 ([1886-1899] 1996) da correspondência à Wilhelm Fliess, Freud afirma que
o reordenamento de traços mnêmicos responde pela própria formação do aparelho
psíquico (p.281). Nessa carta, discute o processo de transcrição das inscrições deixadas
no psiquismo, não especificamente ao que foi vivido, mas às marcas deixadas pelas
experiências que a criança vivenciou, ou seja, Freud nada mais fez do que assinalar o
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lugar central que a memória ocupa em sua construção teórica, atravessando-a de ponta a
ponta, dando um novo status ao lugar das experiências que deixam traços.
Garcia-Roza (1998) ainda ressalta as primeiras considerações teóricas e clínicas
de Freud sobre a memória:
• não é a experiência vivida pela criança que é considerada traumática, mas a sua
lembrança. São as representações reinvestidas num après coup que vão produzir
um efeito traumático e não o acontecimento na sua forma original (p.50) e
utilizando-se da metáfora do fragmento de cerâmica descoberto pelo arqueólogo
diz que os pequenos signos de nossa história oculta valem pelo seu caráter
indicial, pelo que apontam para um passado arcaico e não pelo que são em si
mesmos (p.10).
• as lembranças encobridoras são recordações de acontecimentos infantis que se
caracterizam pela insignificância dos seus conteúdos que, apesar disso, não apenas
não foram esquecidos como permaneceram na memória com nitidez
surpreendente e contudo essa lembrança encobre outros fatos de maior
importância, textualmente Freud diz que “[...] os elementos essenciais de uma
experiência são representados na memória pelos elementos não essenciais da
mesma experiência” (1889, p.291)
• um terceiro fato que atesta a importância da memória na teoria psicanalítica, é a
amnésia infantil, responsável pelo esquecimento de quase todos os
acontecimentos dos primeiros anos de vida de um indivíduo (pp.50-51). Para
Freud (1913): somente alguém que possa sondar as mentes das crianças será
capaz de educá-las e nós, pessoas adultas, não podemos entender as crianças
porque não mais entendemos a nossa própria infância. Nossa amnésia infantil
prova que nos tornamos estranhos à nossa infância. A Psicanálise trouxe à luz os
desejos, as estruturas de pensamento e os processos de desenvolvimento da
infância (p.190). Portanto, jamais abandona a questão das origens, é como
argamassa da construção teórica da psicanálise.

Em “Notas sobre o Bloco Mágico” Freud (1925[1924]/1996) esclarece, através de


uma analogia que o aparelho mental tem uma superfície receptiva, utilizável repetidas
vezes como uma lousa, mas também traços permanentes do que foi escrito como um
bloco comum de papel, solucionando assim o problema de combinar as duas funções
dividindo-as em duas partes ou sistemas componentes separados mas inter-relacionados
(p.258).
Esses aspectos seriam suficientes para caracterizar a originalidade da concepção
de Freud sobre a memória, memória do inconsciente. Se ocorrem semelhanças com as
teorias psicológicas e até mesmo filosóficas, são apenas superficiais. A noção fundante
da relação psíquico e memória é a de que não é o aparato psíquico pré-condição para a
memória, mas esta é pré-condição para que se forme o aparato psíquico, ou seja, não há
psíquico sem memória.
Lajonquière (1996) reafirma, precisamos saber do passado para não morrer
subjetivamente, ou seja, é preciso sustentar-se numa história. Este é o terreno que,
teoricamente, sustenta a escrita da memória educativa articulada à concepção de “não
precisarmos da história para compreender o passado, mas, para suportar o presente e
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projetar um futuro possível” conforme Tanis (1998), pois “o tempo e memória são
elementos constitutivos da experiência subjetiva com os quais nos defrontamos em nossa
existência. O modo pelo qual o psíquico registra ao mesmo tempo em que se constitui
pelas Erlebnisse infantis” (p 32-33).
Refazendo o longo percurso de Freud em sua criação, caminho feito de avanços e
recuos, por vezes até de descaminhos na prática clínica, depara-se dentre outras com
noções como de transferência, que não se restringe à exclusividade da clínica. É possível
identificar trabalhos sobre o fenômeno da transferência produzidos não apenas por
autores e pesquisadores vinculados à prática clínica, como também por aqueles que têm
se dedicado a investigá-la em outros contextos favorecedores de relações transferenciais,
como é o caso da instituição escolar, especificamente na sala de aula, setting por
excelência do encontro e/ou (des)encontro professor-aluno.
A relação intersubjetiva professor-aluno pode (re)produzir, segundo as leis do
funcionamento do inconsciente, uma relação transferencial imaginária. Freud,
(1914/1996) em “Algumas Reflexões sobre a Psicologia Escolar”, escrito em
comemoração ao sexagésimo aniversário da escola onde estudou enquanto jovem,
tomado pela emoção ao se deparar com seu velho mestre-escola, lembra de sua idade e a
de seus professores com um certo estranhamento que o leva a pensar se será possível que
“os homens que costumavam representar para nós protótipos de adultos, fossem
realmente tão pouco mais velhos que nós?” Estabelece relação entre o afeto dirigido ao
pai com os relacionamentos posteriores, obrigados a arcar com uma espécie de herança
emocional, como primeiros protótipos (p.249) e diz textualmente que
[...] estes homens, nem todos pais na realidade, tornaram-se nossos pais
substitutos. Foi por isso que, embora ainda bastante jovens, impressionaram-
nos como tão maduros e tão inatingivelmente adultos. Transferimos para eles
o respeito e as expectativas ligadas ao pai onisciente de nossa infância e depois
começamos a tratá-los como tratávamos nossos pais em casa. (p. 249)

A psicanálise mostrou, de acordo com Freud, que as atitudes emocionais dos


indivíduos para com outras pessoas não apenas são de extrema importância para seu
comportamento posterior, mas são estabelecidas numa idade muito precoce.
Neste sentido, lembramos que o ato de ensinar não é apenas um gesto técnico que
à priori pode garantir o controle de tudo o que ocorre em sala de aula, muito menos que
preocupações didático-metodológicas devem ser prescritas, pois para além dessas
inscreve-se a noção de transferência sustentada pela suposição de saber, que requer a
dimensão do amor, da presença e da palavra. Amor transferencial, ensina-se por dever,
aprende-se por amor como nos lembra Lajonquière (1999) todo ato educativo veicula
sempre algo da ordem dos conhecimentos, mas também um punhado de saberes
existenciais.
Peter Taubman em “The beautiful soul of teaching” (2007) aborda a questão de
como as contribuições da teoria psicanalítica podem levar a um entendimento das práticas
educacionais por meio de uma mudança de perspectiva que “tem um enorme valor para
nos ajudar a entender o que significa engajar-se no trabalho intelectualmente e
emocionalmente complicado de ensinar” (p.2). Taubman considera que um entendimento
psicanalítico da experiência docente proporciona “uma estrutura analítico que nos permite
ver como o passado vive no presente.” (p.4)
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Memórias Educativas – Método e Dispositivo


O conceito de Methodology, do grego methodos na investigação científica está
implicado com o modo de perguntar, originalmente, o ato de ir atrás meta mais hodos,
caminho, acrescida do sufixo grego logos referente à palavra, ao estudo. Portanto, oferece
em si mesmo a condição de abertura, de possibilidades na construção de caminhos sempre
abertos a depender do “logos” que se propõe.
A escrita da memória educativa é também logos, objeto com foco em si mesmo,
que para além de ser instrumento ou técnica, se constitui dispositivo, conceito que a
Psicanálise utiliza indicando o sujeito da enunciação como sujeito do inconsciente, ou
seja, o ato de enunciar implica sempre uma intenção inconsciente. Concepção que
repercute no método de leitura e interpretação das memórias educativas, ao escrever o
sujeito da enunciação comparece (inconsciente) e no plano do dizer coloca-se para além
do texto manifesto, do enunciado (consciente).
De acordo com Plastino (2001), com a descoberta do funcionamento do
inconsciente, a Psicanálise contesta as concepções do real e a simplificação dos
fenômenos da vida e faz emergir uma nova forma de saber, a experiência singular do
conhecimento e indissociabilidade do psiquismo e do homem. Passaram a ser
reconhecidas na pesquisa a relação intersubjetiva entre sujeito e objeto caracterizada por
relações de afeto e a inferência, como método de conhecimento em contraponto ao
cientificismo positivista da modernidade, para o qual a consciência era o único meio
válido de acesso ao conhecimento.
Em seu texto “Da psicanálise à metapsicologia: uma reflexão metodológica”
Celes, (2000) busca responder como o trabalho da psicanálise se faz lugar da pesquisa
para a construção do conhecimento psicanalítico e leva à afirmação de que, o que se
objetiva é o próprio trabalho que se realiza. A psicanálise é um método de tratamento das
neuroses, uma teoria sobre os processos anímicos e um procedimento de investigação
desses mesmos processos.
Desse modo, se a psicanálise é reconhecida como um trabalho e não apenas teoria,
nós a compreendemos no intercurso teoria e prática, também podemos utilizar para
questões mais amplas, pois tanto o setting analítico, quanto o cenário pedagógico, trazem
a força do passado que a memória tem capacidade de resgatar. Para Calligaris (2010)
numa psicanálise, descobre-se que a vida adulta é sempre menos adulta do que parece:
ela é pilotada por restos e rastros da infância.
Importante observar que A Interpretação dos Sonhos (1900), elaborada como
autoanálise de Freud, foi uma análise escrita em ele escrevia as associações que lhe
ocorriam, ou seja, a escrita das suas próprias associações torna-se um meio de falar e
ouvir o que ocorre e também fazer uma certa "objetivação", os escritos possibilitam "ver"
o trabalho de associação, no sentido de Heidegger permitem uma "supervisão".

A Escrita de Memórias Educativas


Metodologicamente a escrita da memória educativa propõe um re-olhar sobre a
trajetória do professor, as inscrições que constituíram sua subjetividade/identidade e
marcaram sua forma de ser e estar no mundo. Nas orientações iniciais aos sujeitos de
pesquisa, propõe-se que a produção do memorial o conduza, num primeiro momento, a
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uma viagem ao passado através da trajetória como estudante, de tal forma que resgate, na
memória do tempo, episódios, situações, pessoas e processos dessa experiência vivida.
Em um segundo momento, regressando dessa“ viagem” será possível sistematizar,
criticamente, as representações e sentimentos acerca de sua experiência como aluno,
compreender/mapear as relações educativas vivenciadas na história pessoal/escolar,
identificando algumas questões psicopedagógicas que, se por um lado permearam o seu
passado como aluno, produzindo resultados na qualidade de sujeito-aprendiz, por outro,
possivelmente, permeiam/integram também sua prática docente atual, compreendendo
que a arqueologia dos processos pedagógicos, insere-se em uma proposta de formação
que leva em conta a dimensão histórica do sujeito professor. (p.12)
A escrita da memória educativa como dispositivo de pesquisa possibilita uma
investigação ancorada no aporte psicanalítico acerca da forma como se estrutura o sujeito
professor, que começa a se constituir a partir dos primeiros contatos da criança com esse
lugar simbólico do ensinar. Abaixo figura espiral da memória educativa que reflete uma
dimensão integrativa em níveis crescentes de complexidade.

Figura 1 – Memórias Educativas representadas como uma espiral de níveis crescentes de


complexidade.

Fonte: Módulo Comum. Imersão no Processo Educativo das Ciências e da Matemática.


Programa de Aperfeiçoamento de Professores de Ensino Médio (Pró-Ciências 1997- 1998),
Universidade Aberta do Distrito Federal, Brasília, Brasil.
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Roteiro
Apresenta-se aos sujeitos da pesquisa, um roteiro elaborado sugerindo alguns
aspectos importantes para registros do percurso desde as primeiras experiências infantis
na instituição escolar até a universidade ( etapas representadas na figura em espiral),
passando pelas relações com os professores, colegas e disciplinas, conteúdos ou
atividades mais prazerosos e/ou dolorosos, metodologias utilizadas, processo de
avaliação, ambiente escolar e relações interpessoais, inclusive quanto à
família/escola/sociedade incluindo-se ao final escritos sobre as razões da sua escolha
profissional a partir do lugar de aluno e professor. Não há limites para a escrita, podendo
incluir imagens (desenho, fotos, filmes) que auxiliem o processo da elaboração.

Entrevista aberta
Após a escrita da memória educativa, entrevistas abertas tem também sido
utilizadas à semelhança da “escuta sensível e atenção flutuante” de inspiração
psicanalítica, recurso concebido por Freud para guiar suas investigações durante a escuta
de seus pacientes, buscando evitar a seleção do material à priori ou fixação em algum
elemento seguindo nossas esperanças ou tendências, correndo o risco de não
descobrirmos jamais senão o que sabemos. Todos os discursos dos sujeitos pesquisados,
ditos e não-ditos, considera-se com o mesmo valor, sem pré-conceitos, não havendo
hipóteses a priori ou generalizações, elementos que estão presentes na clínica
psicanalítica, mas podem ser estendidos a outros lugares onde a psicanálise como parte
da cultura se faz presente, por exemplo, no ensino e pesquisa em universidades.

Sociopsicodrama
Recentemente também foi utilizada para produção de dissertação (2017)
ampliando as possibilidades que a pesquisa acadêmica oferece para articulação de saberes
e aportes epistemológicos-metodológicos singulares, como da psicanálise e do sócio
psicodrama que, cuidadosamente, tecidos e articulados atribuem sentido e significado às
vivências por meio de cenas representadas, por isso mesmo nomeadas memória educativa
em escrita e ação.

Nesta perspectiva, Bomfim (2015), lembra que os conhecimentos psicanalíticos


podem ser aplicados a quaisquer áreas do conhecimento, sem que estejamos aplicando
seu método, conforme vertente sustentada por Celes (2000) ao escrever que “é na prática
analítica onde ocorre a observação primeira e sua riqueza”. É a prática que se dá à
observação, constitui-se na seta, na indicação do caminho da observação, mesmo quando
esta extrapola, stricto sensu, a prática analítica, como acontece, por exemplo, nas
psicanálises de obras de artes e cultura, práticas estas outras que Freud mesmo deu início
e que fizeram romper os limites inicialmente previsíveis da psicanálise (p. 15-16).
Segundo Voltolini (2010) a articulação da psicanálise com a educação é observada
por seu laço de implicação, o paradigma pode ser afirmado pelo princípio “eu firo e sou
ferido pelo outro campo”.
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Memória Educativa na Prática - Resultados entre 2002 – 2017


Ao longo dos últimos dez anos foram produzidos 18 trabalhos, culminando em 3
teses e 15 dissertações, nas quais os pesquisadores fizeram uso do dispositivo da Memória
Educativa, totalizando 264 dispositivos de analisados. (Quadro 1)

Quadro 1 – Perfil das produções realizadas com o dispositivo da memória educativa


2007-2016.

Ano Autores Título Tipo

2007 Mota, J. A presença do afeto no cenário pedagógico Tese

2007 Oliveira, R. R. de A transferência na ação pedagógica: ruído ou música? Dissertação

2008 Prazeres, S. M. G. Constituição da subjetividade docente: as implicações na Dissertação


prática educativa.

2008 Barroso, B. O. Para além do sofrimento: uma possibilidade de re- Dissertação


significação do mal-estar docente.

2008 Bomfim, A. P. A escuta na escola inclusiva: saberes e sabores do mal- Dissertação


estar docente.

2009 Silva Neto, N. L. Inconsciente e educação: implicações da psicanalise na Dissertação


formação do pedagogo.

2009 Maldaner, J. J. O inconsciente na prática pedagógica. Dissertação

2011 Souza, F. L. Vicissitudes na constituição da identidade de gestão em Dissertação


gestores da educação profissional e tecnológica: um
estudo exploratório.

2011 Costa, S. G. Subjetividade e complexidade na gestão escolar: um Dissertação


estudo de caso com participantes da Escola de Gestores

2011 Oliveira, J. G. M. de Trajetórias de constituição do ser docente. Dissertação

2011 Segunda, K.M.M. de L. Memorial: uma escrita de si. Dissertação

2012 Vila Verde, R. L. Memória educativa: marcas da subjetividade discente. Dissertação

2013 Bittencourt, C. P. do N. Identidade e subjetividade docente no ambiente virtual de Dissertação


aprendizagem ressignificando a prática pedagógica.

2015 Bomfim, A. P. Profissão docente: laços de pertencimento e identidade. Tese

2015 Ferreira, B. M. de M. Educação para o transito e o papel dos instrutores: uma Dissertação
leitura psicanalítica.

2015 Santos, D. A. dos Afeto e transferência na constituição do sujeito. Dissertação

2016 Squarisi, K. M. V. O infantil na constituição da subjetividade: o memorial Dissertação


educativo de professores em escrita e ação.

2016 Vasconcellos, D. K. Marcas de memória: implicações no estilo de ensinar. Dissertação

Destacamos como escopo principal dessas pesquisas, o foco no processo de


constituição da subjetividade e identidade dos sujeitos da pesquisa, especialmente, no que
tange ao processo de formação de professores e das relações que estabelecem quando
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crianças, adolescentes e adultos. Outro ponto discutido é a relação dos professores com
sua profissão, seu ofício e o núcleo do infantil que o constitui, com os saberes, ainda que
inconscientes, que os circundam e os posicionam em situação de Mestria.
A partir dessas investigações, ancoradas na conexão Educação e Psicanálise, os
estudantes pós-graduandos pesquisadores abordaram, nos 18 trabalhos analisados 03
eixos temáticos e de acordo com o objeto de investigação proposto focamos na
classificação, quantificação e agrupamento, conforme figurado e apresentado a seguir:

Figura 2 – Eixos Temáticos

Eixo 1: Implicações na formação do profissional docente.


Ao compilar os dados notamos que, das categorias conceituais apresentadas nos trabalhos
produzidos, aquelas pertencentes ao Eixo 1 (Implicações na Formação Do Profissional
Docente) concentram o maior número, e discorreram sobre as marcas advindas da tríade,
que compreende história pessoal, trajetória escolar e profissional do docente. Dos
resquícios de memórias impressas por meio da construção da memória educativa, os
sujeitos pesquisados regressaram e recordaram seu passado, ressaltando a importância de
seus primeiros mestres para a escolha da profissão. Marcas subjetivas, de estilo, desejo
de saber (Charlot, 2000), são fragmentos que comparecem na análise, os professores
reelaboraram e reviveram a experiência e transmissão (Palhares, 2006) de maneira que se
mostraram afetados pelas marcas e inscrições, deixadas por seus também professores.
Podemos assim entender que, enquanto professores transmitimos algo para além do
conhecimento, o sujeito da enunciação (inconsciente) comparece.
Ao discutir as marcas de memórias e seus possíveis efeitos na constituição do
docente, nos deparamos com marcas inscritas desde a infância na relação com suas
famílias, na constituição dos laços de pertencimento com seu ofício de tal modo que o
retorno aos resquícios mnêmicos, nos possibilitou reconhecer que a dimensão do infantil
é central na constituição da subjetividade do docente, convidando-nos a repensar o fazer
pedagógico.
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Trecho de uma memória educativa:


Nessa escola, aprendi tudo o que sei e o que sou. Tive os melhores
professores que se pode desejar para o processo de desenvolvimento e
aprendizagem de uma criança. Então, posso afirmar, categoricamente,
que fui felizarda em encontrar pelo caminho pessoas tão comprometidas
com a educação. (2015)

Eixo 2: Subjetividade e Identidade na Prática Pedagógica.


Percebemos que na prática pedagógica, a subjetividade está presente de tal forma
que afeta tanto o professor quanto o aluno por meio da identificação com professores e
colegas. O conceito subjetividade comparece como expressiva dimensão nas produções
realizadas, tanto em subtemas da própria subjetividade-identidade que se manifestam na
escolha profissional, quanto no desejo e sedução pedagógica que atravessam a sua ação
com inevitáveis repercussões no cenário da sala de aula.
Com outras palavras, ao tratar do inconsciente no processo de formação de
professores, o exercício de escrita da memória educativa possibilitou contribuir para os
instigantes aspectos relacionais da profissão, bem como a própria relação construída com
o saber. As lacunas, conflitos, imprecisões, ambiguidades da profissão docente, e o
conhecimento e importância de se reconhecer a subjetividade dos sujeitos na formação
do profissional docente, e as manifestações do sujeito do inconsciente foram tratadas,
possibilitando que os professores em seu percurso de formação repensem sua relação com
o saber e com o exercício de educar (Silva Néto.2008).
Fragmento de memória educativa:
Descobri outra paixão graças a uma professora de biologia e suas aulas
interativas. Como tínhamos muito verde e espaço, a maioria das aulas
eram dadas nos jardins da escola e sempre tínhamos alguma coisa para
ver, além da figura de um livro. Acabei gostando tanto da maneira de
ensinar da professora que decidi nessa época que queria ser uma
professora de biologia tão criativa quanto a minha (2011)

Eixo 3-Transferência, Afeto e Mal-estar no Cenário Pedagógico


As produções classificadas no Eixo 3 (Transferência, Afeto e Mal-estar no
Cenário Pedagógico) acionaram as categorias mal-estar, afeto e transferência, para
compreender os processos subjetivos de desconforto, medo, sofrimento psíquico, culpa,
tristeza, angústia taquicardia, choro, depressão associada, dentre outros.
Fragmento de memória educativa:
Em meio a tantas experiências, não posso deixar de mencionar a minha
turbulenta relação com a megera professora de português do sexto ano,
uma velha caduca...Ela era tão ruim que chamava os alunos pelo número
e não pelo nome. Foi com ela que tive minha primeira nota abaixo da
média na vida! Não vou falar mais nada dessa criatura, só de lembrar fico
com raiva. A maior herança que tive dela, foi meu trauma com gramática,
nunca mais aprendi nada dessa disciplina (professor 2016)

Discorreram ainda sobre o fenômeno da transferência, como responsável pelos


sucessos e insucessos na ação pedagógica (Oliveira, 2007) e as implicações do desejo do
saber, sendo possível a partir do conceito de transferência abarcar o “afetivo-relacional”,
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nos vínculos entre professor-aluno e seus efeitos que em alguns casos são recíprocos para
os sujeitos afetando-os de forma ambivalente.
Relato de memória educativa:
Para mim, a Memória Educativa tem a ver com afeto. Eu acho que tem
muito a ver com afeto. Eu acho que minha Memória Educativa foi muito
ligada a minha relação interpessoal mesmo, e como isso construiu a
minha relação com as matérias que eram dadas na escola. Acho que é um
autoconhecimento também. Foi um exercício de autoconhecimento.
(estudante 2012)

Poder-se-ia dizer que, para além da concepção do suposto saber psicanalítico,


contrapondo-se à exposição do saber acadêmico, inscreve-se a dimensão do lacunar e
incompleto, conforme refere Lacerda Segunda (2011): ao escrever sobre si, os “autores”
vão construindo uma rede de significantes objetivando a tessitura de uma narrativa
inteligível para si próprios e para o Outro a quem o texto é endereçado.
Fragmento escrita memória:
[...] visitar minha memória, que desafio! Uma tarefa de encontro e
reencontros com vontades e desejos, uns realizados outros frustrados,
corro o risco de me enganar, pois a memória é um lugar de complexidade
e ao visitá-la estará (...) em jogo a diferenciação entre o vivido e aquilo
que se inscreve no psiquismo. (professor 2014)

Interroga-se, então, e coloca-se em discussão: porventura, no ato educativo, além


da transmissão de conhecimentos, metodologicamente, propostos não ocorre uma
transmissão de uma outra ordem, que escapa ao controle e alcança professor e aluno, da
ordem do sujeito inconsciente?

Discussão
Assim, compreendemos que a memória educativa é um dispositivo que exprime a
dimensão histórica do sujeito-professor e das vicissitudes do seu processo de formação,
sendo importante para a compreensão da prática docente e de sua dimensão inconsciente.
Possibilita uma investigação acerca da forma como se estrutura o sujeito professor, tendo
em vista que esse sujeito começa a se constituir a partir dos primeiros contatos da criança
com esse lugar simbólico do ensinar, lembrando que a preocupação com a educação e as
possíveis contribuições da Psicanálise, foram registradas por Freud em alguns de seus
ensaios:
Apenas um tema eu não posso evitar assim facilmente, não porque entenda
bastante ou tenha contribuído muito para ele. Pelo contrário, quase não me
ocupei dele. Mas é tão importante, tão rico de esperanças para o futuro,
que talvez seja o trabalho mais relevante da psicanálise. Falo de sua
aplicação à educação da próxima geração (Freud, 1933/2009, p. 307).

Nenhuma das aplicações da psicanálise excitou tanto interesse e despertou


tantas esperanças, e nenhuma, por conseguinte, atraiu tantos colaboradores
capazes, quanto seu emprego na teoria e prática da educação. (Freud,
1925/1980, p. 341)
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Sendo objeto o dispositivo da memória educativa é o foco em si mesmo, ao tempo


que é o meio que promove o resgate das experiências vividas pelo sujeito, experiências
essas que são (e foram) significativas e deixaram marcas, positivas ou negativas. Ao trazer
essas memórias para o presente (consciente), o sujeito as (re)elabora e atribui sentidos,
(re)organizando essas experiências e relacionando-as com as experiências correlatas do
presente, incluindo aí os diversos atores e papéis desempenhados no passado e no
presente, de forma simbólica. Poderíamos dizer que isso seria o mapeamento das
memórias educativas do sujeito. O resultado será o mapa com suas redes simbólicas de
sentidos e significados (os eixos temáticos, as conexões e as interconexões).
Ao longo dos últimos anos nas pesquisas realizadas nesta linha ressaltamos que a
escrita da memória educativa possibilitou aos sujeitos elaborar, reelaborar e usufruir de
um espaço para poder escrever e se inscrever, de maneira que puderam ali depositar suas
angústias, conflitos, inseguranças. Lá foram depositadas marcas, traços de identificação
e que se faz singular a cada sujeito, de cada docente que na relação com seus alunos,
reeditam suas experiências, seus encontros, sua trajetória, seu estilo re-significando sua
prática para além do cenário pedagógico em que atue.
Como método, seria o processo, orientado por um roteiro, que facilitaria esse
resgate das experiências vividas durante a trajetória escolar/educativa do sujeito, podendo
utilizar-se também de entrevistas abertas e/ou buscando interface nas relações e inter-
relações, por exemplo com o psicodrama. Squarisi (2017) retoma dos escritos de Moreno
(1983) o entendimento que a psicanálise foi construída, para permitir palavras e suas
associações, em seguida, para analisá-las e indiretamente estimar o comportamento que
poderia encontrar-se atrás das mesmas. Assim também, é possível pensar que o
psicodrama foi construído para permitir ação e produção de tal modo que se possa estudar
o comportamento em sua forma concreta.
Na escrita da memória educativa na reunião do objeto e método, o sujeito estaria
empoderado e ao mesmo tempo, construiria uma autonomia nesse processo de “práxis”
(reflexão-ação-reflexão) que permitiria usá-la não só de forma sistemática com foco no
mesmo tema (trajetória educativa e suas inter-relações), como também aprofundar,
explorando subtópicos ou mesmo ampliá-lo e utilizá-lo com ênfase em outros temas de
pesquisa ou estudos.
Tem-se clareza que esse dispositivo de pesquisa, não pretende apresentar
prescrições ou assegurar à priori o que se deve fazer, tanto no processo investigativo
quanto, em especial, na formação docente, pois deverá ser antes pensada como um espaço
possível de historicizar o passado, para não morrer subjetivamente, segundo Lajonquière
(1996), um retorno que permitirá fazer as pazes com a “nossa” criança, libertando de
possíveis amarras ao longo do processo de constituição subjetiva e formação acadêmica,
afinal ser capaz de criar.
Importante lembrar que as conclusões finais inscrevem-se sempre na ordem da
incompletude e no caráter precário que caracterizam a condição humana de produção do
conhecimento. Um dos dogmas da ciência, por mais paradoxal que possa ser, é justamente
de que não estamos nunca de posse da verdade final, ou seja, as conclusões da ciência
são sempre provisórias, os resultados ainda que validados e reconhecidos não serão
jamais definitivos — é o que pensamos quanto a escrita da memória educativa como
dispositivo de pesquisa.
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