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Instituto Federal do Sul de Minas Poços de Caldas

Licenciatura Geografia 5º período


Disciplina: GEOGRAFIA REGIONAL
Professor: Dr. Sérgio Henrique de Oliveira Teixeira
Aluno: Marcelo Silva Vieira
Nº. de matrícula: 14171000205

Fichamento 4: Documentário: Milton Santos. A globalização vista do lado de cá.(Silvio Tendler).

Produzido por Silvio Tendler o documentário em questão trata-se de uma reflexão acerca da
globalização com tendências neoliberais e suas consequências no mundo contemporâneo.
Pautado pelas considerações do geógrafo Milton Santos que se apresenta como intelectual
independente, o roteiro inicia-se pela apresentação de dois processos de globalização, o primeiro sendo
o globalismo na polarização da expansão colonialista mundializada do século XVI e, o segundo sendo
a globalização como um processo atual de fragmentação dos territórios. Ambos convergem para o
mesmo impasse: um mundo injusto na atualidade.
A condução do raciocínio segue um fluxo em que se apresenta o confronto entre hegemonia e o
conflito, causados por uma globalização que se configura perversa e apoiada em um pensamento único
o de consumo indiscriminado dos símbolos da globalização.
Apresentando lutas e reivindicações em diversas partes do mundo (Quito, La Paz, Rio de Janeiro,
Buenos Aires, Pequim e Paris) faz-se comprovar os contrastes e polarizações revelando assim a
globalização face as reais incorporações dos espaços e tempos pelos povos da América Latina, Ásia e
África, povos cujas culturas são embutidas de valores distintos ao mundo do Norte. Por sua vez esses
contrastes e polarizações se dão diante a uma nova divisão do trabalho na esfera da globalização do
território em que é promovida constantemente a precariedade da força de trabalho e disfarçada sob a
falácia de uma nova ordem mundial que promove o estreitamento de territórios.
Milton Santos faz o apontamento sistêmico teórico em que identifica três mundos:

1. O mundo da perversidade configurado pela globalização neoliberal


2. O mundo da fábula criado artificialmente pela mídia
3. Um outro mundo possível justo e equilibrado.

Em sua genialidade Milton Santos nos faz uma proposta libertária, um chamamento à luta
intelectual, em que se enfrentam o mundo detentor do capital hegemônico e o mundo à margem, propõe
esse enfrentamento social pela criticidade contra o modelo hegemônico de produção intelectual,
econômica e cultural. A premissa dessa luta é humanista e tem o objetivo de confrontar aportes de
consumo do mundo contemporâneo. Então a inevitável pergunta, como?
Propõe Milton Santos que através da própria dinâmica da globalização em que prevalece a
informação reverberante de consciência universal, os excluídos promovam uma luta intelectual que se
desdobre na construção de um outro mundo possível, justo e equilibrado. Salienta o geógrafo, que se
trata de um confronto necessário, que passa por conflitos diversos em um mundo em desajuste pelas
garras do consenso e pensamento único, utilizando-se do mesmo instrumento, um novo mundo, uma
outra globalização é possível de ser construídos, pela consciência universal que considere como certo
o justo e o equilibrado, trabalhada pela força demográfica e intelectual dos excluídos.
Aqui, vale pautar a opção de Milton Santos no início do documentário por evitar o uso do termo
força popular por entender que o consciente coletivo já estava imbricado de um conceito errôneo acerca
de suas qualidades, portanto utilizar-se do termo antes de apresentar sua proposta libertária poderia
desconstruí-la antes mesmo de ser considerada pela extraordinária força demográfica dos excluídos
que, nessa proposta serão protagonistas na luta entre humanidade versus consumo perverso de
símbolos da globalização neoliberal.

Marcelo Silva Vieira – Geografia IFSULDEMINAS 1

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