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Filosofia

Professora Maria Helena Soares


Aula 6:
Ética e Política em Aristóteles (384 a.C. - 322ª.C.)

“Ética e Felicidade são dois temas que possuem grande relação e comparação ao
longo da história da filosofia. Esses termos se conectam pelo fato de que a felicidade é
a finalidade da ética.
Tendo em vista que ética é um conjunto de valores morais e princípios que
norteiam a conduta humana na sociedade e que tem como finalidade a presença do
equilíbrio e bom funcionamento social, é necessário descobrir de que forma ela se
relaciona com a felicidade, sendo este um conceito profundo em sua relatividade de
acordo com diferentes épocas e sociedades.
[...]a ética na filosofia é o estudo dos assuntos morais, do modo de ser e agir dos
seres humanos, além dos seus comportamentos e caráter. A ética na filosofia procura
descobrir o que motiva cada indivíduo de agir de um determinado jeito, diferencia
também o que significa o bom e o mau, e o mal e o bem. A ética na filosofia estuda os
valores que regem os relacionamentos interpessoais, como as pessoas se posicionam
na vida, e de que maneira elas convivem em harmonia com as demais. O termo
“ética” é oriundo do grego, e significa “aquilo que pertence ao caráter”.
A ética aristotélica
Segundo Aristóteles, elementos positivos como a riqueza e a saúde, não possuem
nenhum valor, se a alma do indivíduo em questão não for boa. Ele ressalta que a melhor
coisa a ser feita é promover o que há de melhor na melhor parte do sujeito, que
seria ser tão racional quanto possível, pois da mesma forma que a alma é superior
ao corpo, a parte racional da alma é superior a parte irracional. Este estado já seria
bom em si mesmo, uma verdadeira virtude, e traria consigo suas próprias recompensas.
De acordo com o filósofo, é natural e certo que os homens se tornem animais
racionais, e caso não o façam, podem até ser homens vivos, mas não estariam vivendo
como homens, não haveria prazer em viver.
Tomando como ponto o valor que Aristóteles atribui a razão, leva-se também em
conta, qual seria para ele a utilidade da filosofia. Segundo ele, algumas coisas são
boas pelo que são capazes de proporcionar, outras são boas em si mesmas, seria

1
esse o caso da filosofia. O fato de que ela é fundamental mesmo sem proporcionar
algo a mais, significa não que ela seja inútil, mas sim, um dos bens mais elevados.
Ética a Nicômaco
Ética a Nicômaco é a principal obra de ética de Aristóteles. Nela se expõe sua
concepção teleológica e eudaimonista de racionalidade prática, sua concepção da
virtude como mediania e suas considerações acerca do papel do hábito e da
prudência na Ética.
A Ética à Nicômaco é considerado um escrito de Aristóteles maduro, com o seu
sistema filosófico próprio e definitivo. O contexto em que foi escrita a Ética à
Nicômaco é a fundação do Liceu em 335 a.C. a 323 a.C.
A obra começa levantando a questão de que em suas várias ações, o homem tende
sempre a precisos fins, que se configuram como bens. Assim começa o assunto:
“Toda arte e toda pesquisa e, do mesmo modo, toda ação e todo projeto parecem
visar a algum bem: por isso, com razão, o bem foi definido como ‘aquilo a que tendem
todas as coisas’”
Segundo Aristóteles, não restam dúvidas, todos os homens, sem distinção,
consideram que o bem supremo é a eudaimonia, ou seja, a felicidade:
“Quanto ao seu nome, a maioria está praticamente de acordo: felicidade o chamam,
tanto o vulgo como as pessoas cultas, supondo que ser feliz consiste em viver bem e ter
sucesso.”
Segundo Aristóteles, sua posição está em harmonia com a concepção tipicamente
helênica de Arete (do grego ἀρετή aretê,ês, "adaptação perfeita, excelência, virtude").
O bem do homem só poderá consistir na obra que só ele pode realizar, assim como, em
geral, o bem de cada coisa consiste na obra que é peculiar a cada coisa.
A obra do olho é ver, do ouvido, ouvir, e assim por diante. E qual seria a obra do
homem? Não poderia ser o simples viver, pois o viver é próprio de todos os seres
vegetativos, e também não poderia ser o sentir, dado que este é comum também aos
animais. Resta então que a obra peculiar do homem seja a razão e a atividade da alma
segundo a razão. O verdadeiro bem do homem consiste nessa atividade de razão, e
mais precisamente, no perfeito desenvolvimento e atuação dessa atividade. Esta é a
virtude do homem e aqui deve ser buscada a felicidade.
Observamos um trecho da Ética Nicomaquéia: “Se, pois, é assim, então o bem
próprio do homem é a atividade da alma segundo a virtude, e se múltiplas são as
virtudes, segundo a melhor e a mais perfeita. E isso vale também para uma vida

2
realizada. Com efeito, uma única andorinha ou um único dia não fazem verão,
assim também um único dia ou breve tempo não proporcionam a beatitude ou a
felicidade.”
A felicidade consiste numa atividade da alma segundo a virtude.

A melhor maneira de viver, para um homem, é viver de acordo com sua natureza,
que é ser uma criatura guiada por uma alma racional. A verdadeira função das almas
humanas racionais é fazer os homens viverem bem, ou seja, de uma maneira racional.
Essa é a definição provisória que Aristóteles dá da felicidade: viver uma vida de
atividade inteiramente virtuosa, por todo o tempo de sua vida.
Texto de Yasmine Victoria B. Hamaoui, Ética e
felicidade acessado em: http://www.puc-
rio.br/pibic/relatorio_resumo2013/relatorios_pdf/
ctch/FIL/FIL-
Yasmine%20Victoria%20B.%20Hamaoui.pdf

ARISTÓTELES - Política
Livro I
Capítulo 1
“[1252a]Visto que toda cidade é um tipo de associação e que toda associação se forma
tendo em vista algum bem (porque todos os homens sempre agem tendo em vista algo
que lhes parece ser um bem), resulta claramente que, se todas as associações visam um
certo bem, aquela que é a mais alta de todas e engloba todas as demais é precisamente a
que visa ao bem mais alto de todos; ela é denominada cidade (pólis), ou comunidade
política.

3
Todos os que julgam que o governo político (politikón), real (basilikón), familiar
(oikonomikón) e senhorial (despotikón) são uma mesma coisa exprimem-se de maneira
inexata, e não vêem em cada um [desses diversos modos de autoridade] senão uma
diferença de mais e menos, não uma diferença de espécie; assim, se a autoridade é
exercida sobre um pequeno número, trata-se de um senhor; se esse número é maior, de
um chefe de família; se é ainda mais elevado, de um chefe político ou rei, como se não
houvesse a menor distinção entre uma grande família e uma pequena cidade. Quanto aos
governos político e real, [dizem que a diferença é que] se um homem governa sozinho, é
um rei; se, ao contrário, ele exerce o poder segundo os ensinamentos da ciência política,
sendo alternadamente governante e governado, trata-se propriamente de um poder
político.
Ora, nada disso é verdade, o que ficará claro ao examinarmos o assunto segundo
o método que até agora nos guiou. Assim como em outros domínios é necessário
proceder à divisão do composto (sýntheton) até chegar a seus elementos mais simples
(asýntheton), isto é, às menores partes do todo. Desse modo, ao considerar os elementos
dos quais a cidade se compõe, veremos melhor em que diferem as formas de autoridade
mencionadas, e se é possível obter delas um conhecimento exato.
Capítulo II
É, portanto, pela consideração das coisas a partir de sua origem e em seu
desenvolvimento que se pode, aqui como em outros domínios, chegar ao ponto de vista
mais elucidativo.
Em primeiro lugar, é necessário que se unam, aos pares, aqueles seres que são
incapazes de existir um sem o outro: esse é o caso do homem e da mulher, em vista da
reprodução (o que não é neles o efeito de uma escolha deliberada mas, como em todas
as outras espécies animais e as plantas, resulta de uma tendência natural (physikón) para
deixar atrás de si um outro ser a eles semelhante); esse também é o caso da união de um
homem cuja natureza é comandar com outro que por natureza obedece, visando a
conservação de ambos. Pois aquele ser que, graças à sua inteligência, tem a capacidade
de prever é, por natureza, um chefe (árchon) e um senhor (despózon), ao passo que o ser
que é capaz de executar as ordens do outro por meio de seu corpo, é um subordinado e
um escravo por natureza; daí vem que o escravo e o senhor têm o mesmo interesse.
[1252b]A distinção entre a mulher e o escravo foi, portanto, imposta pela natureza, pois
esta não procede jamais à maneira mesquinha dos cuteleiros de Delfos mas faz cada
objeto para um único uso; e, de fato, cada instrumento só pode cumprir perfeitamente
suas funções se servir não para muitos usos mas para um só. Entre os bárbaros, contudo,
a mulher e o escravo confundem-se na mesma classe; a razão disso é que não há entre
eles quem seja capaz, por natureza, de comandar, e sua associação é a de um escravo
com uma escrava. Daí a fala dos poetas:

“O Heleno tem o direito de comandar o Bárbaro”1


como se, por natureza, o bárbaro e o escravo fossem a mesma coisa.

1
Eurípedes. Ifigênia em Áulis, 1400.

4
Dessas duas associações [entre homem e mulher, senhor e escravo] surge
inicialmente a família (oikía); e é com razão que escreveu Hesíodo:

“Primeiro a casa, a mulher e o boi para o arado”2


pois o boi serve de escravo aos pobres. Assim, a associação estabelecida pela natureza
para a satisfação das necessidades cotidianas é a família, cujos membros Carondas
denomina homosipýous (que tiram o pão da mesma arca) e Epimênides de Creta,
homocápous (que comem na mesma manjedoura)3.
Por outro lado, a primeira associação formada por diversas famílias para suprir
necessidades que não se limitam à vida cotidiana é a aldeia (kóme), cuja forma mais
natural parece ser a de uma colônia da família, e seus membros são chamados, por
alguns, de homogálactas (que sugaram o mesmo leite), e compreendem os filhos e os
filhos desses filhos; é justamente por isso que as cidades (póleis) foram originalmente
governadas por reis, como ainda o são em nossos dias as nações (éthne), pois elas se
formaram pela reunião de pessoas submetidas aos reis. Toda família, de fato, submete-
se ao reinado do patriarca, o mesmo ocorre com as extensões da família, em razão do
parentesco de seus membros. É o que diz Homero:

“Cada qual prescreve leis a suas mulheres e filhos”4


pois as famílias andavam dispersas, e era assim que se vivia antigamente. Quanto aos
deuses, a razão pela qual se admite unanimemente que eles são governados por um rei é
que os próprios homens são, ainda hoje, ou foram, no passado, governados dessa
maneira; os homens não apenas representam os deuses à sua imagem, mas também
atribuem-lhes um modo de vida semelhante ao seu.
Por fim, a comunidade formada por muitas aldeias é a cidade (pólis) no
pleno sentido da palavra; da qual se pode dizer que atinge desde então a completa
auto-suficiência (autarkéias). Surgindo para permitir viver (tôu zên), ela existe
para permitir viver bem (tôu êu zên). Portanto, se as primeiras comunidades são um
fato da natureza, também o é a cidade, porque ela é o fim daquelas comunidades, e a
natureza de uma coisa é o seu fim: aquilo que cada coisa se torna quanto atinge seu
completo desenvolvimento, nós chamamos de natureza daquela coisa, quer se trate de
um homem, de um cavalo ou de uma família. [1253a] Além disso, a causa final e o fim
(télos)de uma coisa é o que é o melhor para ela; ora, bastar-se a si mesma é, ao
mesmo tempo, um fim e um bem por excelência.
Essas considerações tornam evidente que a cidade é uma realidade natural e
que o homem é, por natureza, um animal político (politikón zôon). E aquele que, por
natureza e não por mero acidente, não faz parte de uma cidade é ou um ser degradado
ou um ser superior ao homem; ele é como aquele a quem Homero censura por ser

sem clã, sem lei e sem lar”5;

2
Trabalhos e Dias, 405.
3
Ou, em alguns manuscritos, homocápnous (que respiram a mesma fumaça).
4
Odisséia, ix, 114.

5
um tal homem é, por natureza, ávido de combates, e é como uma peça isolada no jogo
de damas. É evidente, assim, a razão pela qual o homem é um animal político em grau
maior que as abelhas ou todos os outros animais que vivem reunidos. Dizemos, de fato,
que a natureza nada faz em vão, e o homem é o único entre todos os animais a possuir o
dom da fala. Sem dúvida os sons da voz (phoné) exprimem a dor e o prazer e são
encontrados nos animais em geral, pois sua natureza lhes permite experimentar esses
sentimentos e comunicá-los uns aos outros. Mas quanto ao discurso (lógos), ele serve
para exprimir o útil e o nocivo e, em conseqüência, o justo e o injusto. De fato, essa é a
característica que distingue o homem de todos os outros animais: só ele sabe
discernir o bem e o mal, o justo e o injusto, e os outros sentimentos da mesma
ordem; ora, é precisamente a posse comum desses sentimentos que engendra a
família e a cidade.
A cidade, portanto, é por natureza anterior à família e a cada homem
tomado individualmente, pois o todo é necessariamente anterior à parte; assim, se o
corpo é destruído, não haverá mais nem pé nem mão, a não ser por simples analogia,
como quando se fala de uma mão de pedra, pois uma mão separada do corpo não será
melhor que esta. Todas as coisas se definem sempre pelas suas funções e
potencialidades; por conseguinte, quando elas não têm mais suas características
próprias, não se deve dizer mais que se trata das mesmas coisas, mas apenas que
elas têm o mesmo nome (homónima). É evidente, nessas condições, que a cidade
existe naturalmente e que é anterior aos indivíduos, pois cada um destes,
isoladamente, não é capaz de bastar-se a si mesmo e está [em relação à cidade] na
mesma situação que uma parte em relação ao todo; o homem que é incapaz de
viver em comunidade, ou que disso não tem necessidade porque basta-se a si
próprio, não faz parte de uma cidade e deve ser, portanto, um bruto ou um deus.
O impulso que leva todos os homens para uma comunidade desse tipo tem sua
origem na natureza; mas aquele que em primeiro lugar fundou essa comunidade é ainda
assim credor dos maiores benefícios. Pois se o homem, ao atingir sua máxima
realização, é o melhor dos animais, também é, quando está afastado da lei e da justiça, o
pior de todos eles. A injustiça que tem armas nas mãos é a mais perigosa e o homem
está provido, por natureza, de armas que devem servir à prudência e à virtude
(phronései kài aretêi) mas que ele pode empregar para fins exatamente opostos. Eis por
que o homem, sem a virtude, é a mais ímpia e feroz das criaturas, e a que mais
vergonhosamente se orienta para os prazeres do amor e da gula. E a virtude da
justiça é um valor político, pois a comunidade política tem como sua regra a
[administração da] justiça (ou seja, a discriminação do que é justo).”
Tradução de José Oscar de Almeida Marques
Departamento de Filosofia, IFCH-Unicamp

5
Ilíada, ix, 63.

6
UEM/CVU - Inverno 2015 - “[...] quanto à excelência moral, ela é o produto do hábito.
[...] É evidente, portanto, que nenhuma das várias formas de excelência moral se
constitui em nós por natureza, pois nada que existe por natureza pode ser alterado pelo
hábito. [...] Portanto, nem por natureza nem contrariamente à natureza a excelência
moral é engendrada em nós, mas a natureza nos dá a capacidade de recebê-la, e esta
capacidade se aperfeiçoa com o hábito”.
(ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco in MARCONDES, Danilo. Textos básicos de
filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 53).
A partir do texto citado, assinale o que for correto.
01) Segundo Aristóteles, alguém que nasce com falta de moralidade não poderá alterar
essa condição de sua personalidade.
02) Segundo Aristóteles, o hábito significa a repetição de ações morais, com vista a seu
aperfeiçoamento.
04) Segundo Aristóteles, as pessoas já nascem com excelências morais, isso é algo
inato.
08) Segundo Aristóteles, a excelência moral é algo que os indivíduos podem ou não
adquirir.
16) Segundo Aristóteles, todos os seres humanos possuem a capacidade de se
aperfeiçoar moralmente.

Questão 04 - UEM/CVU - Inverno 2008 - Aristóteles considera que só o homem é um


animal político, porque somente ele é dotado de linguagem na forma de palavra (lógos)
e com ela pode exprimir o bem e o mal, o justo e o injusto. O fato de os homens
poderem estabelecer em comum esses valores é o que torna possível a vida social e
política. Assinale o que for correto.
01) A retórica é a arte da eloqüência, de bem falar e argumentar. Foi utilizada na
Antiguidade Clássica como um dos principais recursos da política.
02) Os sofistas desenvolveram e ensinaram a retórica como instrumentalização da
linguagem cujo objetivo era torná-la uma estratégia para vencer adversários nos
embates políticos.
04) Para os gregos antigos, a palavra mito (mythos) significa narrativa, é a palavra que
narra a origem dos deuses, do mundo, dos homens, da comunidade humana e da vida do
grupo social.
08) A linguagem para os gregos antigos tem duas formas de expressão: o mythos e o
lógos. O mythos desenvolve a palavra mágica e encantatória; o lógos, a linguagem
como poder de conhecimento racional.
16) A obra filosófica de Platão é isenta de qualquer mito, é o que permite caracterizá-la
como sendo absolutamente racionalista.

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UEM/CVU - Inverno 2014 - “A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada
com a escolha e consistente numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é
determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. E
é um meio-termo entre dois vícios, um por excesso e outro por falta; pois que, enquanto
os vícios ou vão muito longe ou ficam aquém do que é conveniente no tocante às ações
e paixões, a virtude encontra e escolhe o meio-termo.”
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, Livro II, cap. 6. Coleção Os Pensadores. São
Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 73).
A partir do trecho citado, assinale o que for correto.
01) A virtude é uma disposição decorrente de um raciocínio que busca um agir
equilibrado ou moderado.
02) Os vícios são disposições que fogem à moderação, seja porque não atingem esse
equilíbrio, seja porque o ultrapassam.
04) O meio-termo da ação virtuosa não é uma regra única e absoluta, mas deve ser
considerada em relação ao indivíduo que age, por isso é uma mediania e não uma
média.
08) A coragem é uma ação virtuosa que está a meio termo entre os vícios da covardia e
do destemor.
16) O meio-termo da ação virtuosa implica a concessão de algo e impede que o agente
defenda, com contundência, seu ponto de vista.

ENEM 2013 - A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa
do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em
Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce
é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes
atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a
identifica como
a) busca por bens materiais e títulos de nobreza.
b) plenitude espiritual e ascese pessoal.
c) finalidade das ações e condutas humanas.
d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público.

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Questão 17 - ENEM 2016 / 2 - Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de
outro modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o
conhecimento científico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas
cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e
como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prática
não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de
ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de
coisa. Resta, pois, a alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de
agir com respeito às coisas que são boas ou más para o homem. ARISTÓTELES. Ética
a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse
sentido, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como
a) conduta definida pela capacidade racional de escolha.
b) capacidade de escolher de acordo com padrões científicos.
c) conhecimento das coisas importantes para a vida do homem.
d) técnica que tem como resultado a produção de boas ações.
e) política estabelecida de acordo com padrões democráticos de deliberação.

Questão 18 - ENEM 2017 - Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que
desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim;
evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento,
porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por
determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou
faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte
mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a
política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem
ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que
ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a
economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza as demais
ciências e, por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a
finalidade dessa ciência deve abranger as das outras, de modo que essa finalidade será o
bem humano.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova Gunman 1991

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(adaptado).
Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que
a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses.
b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade.
c) a política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade.
d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente.
e) a democracia protege as atividades políticas necessárias para o bem comum.

Questão 19 - UNISC INVERNO - 2012 - Na obra de Aristóteles, a Ética é uma ciência


prática, concepção distinta da de Platão, referida a um tipo de saber voltado à ação. Na
Ética a Nicômaco, Aristóteles destaca uma excelência moral determinante para a
constituição de uma vida virtuosa. Esta excelência moral tão importante é
a)a coragem.
b)a retórica.
c)a verdade.
d) a prudência ou moderação.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

UNISC INVERNO - 2010 - Aristóteles (384-322 a. C.), além de descrever as diversas


constituições, estabeleceu uma tipologia das formas de governo que se tornou clássica.
Para tanto, utilizou-se de dois critérios: quantidade (um, poucos, muitos a governar) e
valor (boas ou más). As boas formas de governo, no entendimento de Aristóteles, são
monarquia, aristocracia e democracia. Assinale, abaixo, a alternativa que, de modo
correto e respectivamente, considerando as formas boas apresentadas acima, indica as
formas corrompidas (más) de governo para Aristóteles.
a) demagogia, oligarquia, tirania.
b) tirania, demagogia, oligarquia.
c) tirania, oligarquia, demagogia.
d) demagogia, tirania, oligarquia.
e) nenhuma das alternativas anteriores.

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