Вы находитесь на странице: 1из 319

>rt>v

F I HiOSO

PQ4582

A3818

ORLANDO FURIOSO
TOMO PRIMERO
ORLANDO
m u M ;

DE LUDOVICO ARIOSTO

TRADUCIDO EN VERSO CASTELLANO

POR

D. A. AUGUSTO. DE BURGOS
CON 90 LÁMINAS.

-oo^oo-

TOMO PRIMERO

librerìa de rosa, bouret


CALLE nE L'ABBAYE, 13.

1850
INTRODUCCION.

Vv Los libros d e Caballerías, los cantos d e l o s trova-


d o r e s , las Crónicas del arzobispo Turpin. y m a s q u e
todo las tradiciones orales extendidas por toda Italia

'vi ^ á m e d i a d o s del siglo XIII, habían infundido e n casi


t o d o s los escritores d e aquella época el espíritu c a -
balleresco , al cual tres siglos m a s tarde debia venir
el ilustre Cervántes á dar el g o l p e mortal.
Las proezas d e Carlomagno y d e sus d o c e P a r e s ,
cantadas y e x a g e r a d a s .con toda la pompa del l e n -
guaje y toda la exaltación del carácter m e r i d i o n a l ,
excitaban t o d o s l o s á n i m o s ; y el espacio d e 500 a ñ o s ,
trascurrido d e s d e la época que presenció aquellos
f a m o s o s h e c h o s hasta el dia e n q u e sus r e c u e r d o s
e m p e z a r o n á entusiasmar la imaginación de los escri-
tores italianos, contribuyó poderosamente á aumentar
la oscuridad en q u e ya s e hallaban e n v u e l t o s y á
autorizar todo g é n e r o d e fábulas é invenciones s o b r e
l o s p e r s o n a j e s , poco conocidos ó m e r a m e n t e imagi-
n a r i o s , á q u i e n e s s e atribuían.
En e f e c t o , de todos los héroes celebrados en tantos
p o e m a s d e g é n e r o s distintos, Carlomagno es el ú n i c o
d e c u y a existencia n o n o s es permitido dudar. Orlando
ó R o l d a n , R e i n a l d o , O l i v e r o s , D u d o n , entre l o s Cris-
t i a n o s ; A g r a m a n t e , R o d o m o n t e , R o g e r , Sacripante
y otros mil e n t r e l o s S a r r a c e n o s , s o n personajes d e
la m a y o r parte d e l o s cuales e s fabulosa, o c u a n d o
m é n o s p r o b l e m á t i c a , la e x i s t e n c i a ; p e r o sea d e esto
lo q u e f u e r e , e s t o s n o m b r e s h a n l l e g a d o hasta n o s -
o t r o s , y están destinados á pasar á la mas r e m o t a
p o s t e r i d a d . P u l c i , el c i e g o d e Ferrara, Mateo .Boyardo
y sobre t o d o A r i o s t o , su c o n t i n u a d o r , han dado a
s u s p e r s o n a j e s , v e r d a d e r o s ó n o , n o s o l o v i d a , sino
u n carácter tan s o s t e n i d o y tan extraordinariamente
peculiar á cada u n o , q u e l o s n o m b r e s de Agramante,

FONDO EMETEWO
VALVERDEYTELLEZ
INTRODUCCION. T „
INTRODUCCION.
t r a d u c t o r del Orlando furioso, cita l o s m o t i v o s q u e
d e Orlando v d e R o d o m o n t e s o n h o y , d i g á m o s l o a s i , i n d u j e r o n al a u t o r d e e s t e i n m o r t a l p o e m a á h a c e r s e
t a n d e l d o m i n i o d e la h i s t o r i a c o m o el d e A l e j a n d r o el c o n t i n u a d o r de a q u e l , o b r a d e t r e s i n g e n i o s , t o d o s
ó el del Cid. . x ., . i n f e r i o r e s al s u y o . S u o b j e t o , d i c e Mr. d e T r e s s a n .
Ya h e d i c h o , y p o r v o l v e r á m i a s u n t o r e p i t o a q u í , f u é , ya m o s t r a r c u a n atras d e sí p o d i a dejar á s u s
q u e el p o e m a d e A r i o s t o p a r e c e s e r , y e s e n r e a l i d a d , predecesores, ya complacer á sus contemporáneos
u n a c o n t i n u a c i ó n del d e B o y a r d o . S e d u c i d o p o r l a s d a n d o un n u e v o p r e s t i g i o al g é n e r o d e p o e s í a á q u e
b e l l e z a s del Orlando innamorato, se propuso en e f e c t o l o s h a b í a n a c o s t u m b r a d o l o s e s c r i t o s d e Pulci y d e
Vriosto c o n t i n u a r e s t e p o e m a d e s d e el p u n t o d o n d e B o y a r d o , ya e n fin h a c e r s e g r a t o á l o s p r í n c i p e s s u s
lo h a b i a d e j a d o B o y a r d o ; p e r o b i e n p r o n t o , e l e v á n - s e ñ o r e s ; p u e s , b i e n q u e e l n o m b r e d e la c a s a d e E s t e
d o s e á u n a altura a d o n d e j a m a s había l l e g a d e.le l u e s e p o r sí b a s t a n t e i l u s t r e , c r e y ó A r i o s t o a u m e n t a r
s u e l t a el a u t o r d e l Furioso las r i e n d a s a s u f e c u n d a s u g l o r i a m e z c l a n d o la fábula á la v e r d a d y h a c i e n d o
y b r i l l a n t e i m a g i n a c i ó n , y deja atras al m i s m o a q u i e n d e s c e n d e r á esta familia d e R o g e r y d e B r ' a d a m a n l e ,
se habia propuesto seguir. e s d e c i r , d e Héctor y d e l o s a n t i g u o s r e y e s d e Frigia'
M a l e o María B o y a r d o , c o n d e de S c a n d . a n o y g o b e r - Yo 110 s a b r é d e c i d i r cual f u é d e e s t o s tres o b j e t o s
nador de R e g i o , reunía á una instrucción p o c o c o m ú n el q u e A r i o s t o s e p r o p u s o ; p e r o sí d i r é q u e c o n s i g u i ó
e n su s i g l o , u n ingenio culto y una afición decidida c o m p l e t a m e n t e l o s tres.
p o r la p o e s í a y l o s l i b r o s d e C a b a l l e r í a s , q u e tan e n El Orlando furioso, como obra de imaginación, es
v o g a e s t a b a n e n t o n c e s e n s u pais. A n i m a d o por el i n d u d a b l e m e n t e Ja m a s e x t r a o r d i n a r i a q u e s e ha e s -
e j e m p l o d e P u l c i y d e l c i e g o p o e t a de F e r r a r a , e m - crito jamas e n lengua alguna. Evidentemente inspi-
p r e n d i ó s u Orlando innamorato, q u e la m u e r t e le r a d o p o r el p o e m a d e B o y a r d o , el d e A r i o s t o s e l e e
i m p i d i ó c o n c l u i r . Un v e n e c i a n o , N i c o l á s Agostini, c o n placer y c o n f r u t o , aun por los que no han leido
d e s e o s o d e l l e v a r á c a b o la o b r a q u e B o y a r d o h a b í a el d e a q u e l ; p u e s t o m a d e s d e el p r i n c i p i o u n a g r a n
d e j a d o i n c o m p l e t a , l e a ñ a d i ó tres c a n t o s , m u y i n t e - p a r l e d e l o s e p i s o d i o s q u e q u e d a n s u s p e n s o s e n el
riores á los de e s t e , y publicó una primera edición de Innamorato, y e x p o n e , bien que casi siempre en
Orlando innamorato, así r e f u n d i d o y a u m e n t a d o p o r el. p o c a s p a l a b r a s , las a v e n t u r a s á q u e a l u d e , y q u e
P o c o s a t i s f e c h o d e l trabajo d e A g o s t i n i , y e s p e r a n d o c o n t i n ú a c o n un e s t i l o brillante y á v e c e s c o n u n
sacar m e j o r p a r t i d o d e la o b r a de B o y a r d o , e m p r e n d i ó colorido peculiar que las realza y las rejuvenece.
F r a n c i s c o B e r n i la r e v i s i ó n del Orlando innamorato,
Muchos sabios y literatos italianos han analizado
embelleciéndolo ademas con invenciones suyas y con el a d m i r a b l e m e c a n i s m o d e l o s v e r s o s d e A r i o s t o ,
versos mucho mas elegantes y sonoros que los de la e l e g a n c i a d e s u d i c c i ó n y la r o t u n d i d a d d e s u frase
Agostini ^ b i e n q u e , e n m a s d e u n p a s a j e , l e h i z o p o é t i c a . Inútil seria p u e s e x t e n d e r m e s o b r e e s t e p u n t o ,
p e r d e r a l g o d e l t o n o e l e v a d o y m a j e s t u o s o d e s u pri- t a n t o m a s c u a n t o q u e , c o m o d i c e Mr. Mazuy
mer autor con chocarrerías que ofenden alguna vez
á la d e c e n c i a y casi s i e m p r e al b u e n g u s t o . (*) Mr. Mazuy ha publicado en 1839 una excelente traducción
francesa del Oñando furioso, enriquecida con notas sobre los
E s t a e s , p u e s . la o b r a q u e A r i o s t o s e p r o p u s o c o n -
romances caballerescos, las tradiciones oriental®, los cantos
tinuar El p a p e l d e r e f u n d i d o r n o p o d í a c o n v e n i r a de los trovadores y las crónicas de Turpin.
u n i n g e n i o c o m o el d e A r i o s t o , y el c o n d e d e T r e s s a n ,
v m INTRODUCCION.
INTRODUCCION. IX
P o r otra p a r t e d i c h o s e p i s o d i o s , a u n c u a n d o e n sí
c o n t e n g a n un f o n d o d e d e s h o n e s t i d a d , c o m o d i c e n
l o s c r í t i c o s , e s t á n e s c r i t o s e n un l e n g u a j e p o r l o
regular decoroso, y siempre festivo, elegante y s e -
ductor.
D i c e n las h i s t o r i a s , ó p o r l o m é n o s la t r a d i c i ó n , q u e
c u a n d o Ariosto p r e s e n t ó s u o b r a c o n c l u i d a al c a r d e -
nal H i p ó l i t o , e s t e l e p r e g u n t ó d e d o n d e habia s a c a d o
tanta e s t r a m b ó t i c a ' f i c c i ó n . N o s e s a b e la r e s p u e s t a
q u e d i o A r i o s t o al c a r d e n a l , y e s p r o b a b l e q u e n o l e
d i e s e n i n g u n a , q u e r i e n d o sin d u d a g u a r d a r s u s e c r e -
to s o b r e e s t e p u n t o ; p e r o , g r a c i a s á las i n v e s t i g a -
c i o n e s h e c h a s d e s d e a q u e l l a é p o c a p o r e s c r i t o r e s de
« t e s s s J Ä . - ; d i f e r e n t e s p a i s e s , a p é n a s s e halla e n el Orlando fu-
rioso u n a sola a v e n t u r a ó u n s o l o e p i s o d i o d e a q u e -
l l o s q u e calificó el c a r d e n a l c o n u n n o m b r e q u e n o s
a b s t e n e m o s d e r e p e t i r , c u y o o r i g e n n o n o s sea c o n o -
cido.
H a n s e p u e s d e s c u b i e r t o las f u e n t e s , ó m a s b i e n
d i r é , l o s p o z o s d e d o n d e s a c ó A r i o s t o tantas y tan
extraordinarias i n v e n c i o n e s , y de cuya a g u a , las
m a s v e c e s turbia y c e n a g o s a , h i z o la l o z a n a i m a g i n a -
c i ó n d e l p o e t a un raudal i n a g o t a b l e , l í m p i d o y h a s t a
aromático.
El p o e m a de A r i o s t o p r e s e n t a e n s u c o n j u n t o una
m e z c l a singular d e v e r d a d y d e ficción, d e s u b l i m i d a d
y d e l l a n e z a , d e fe cristiana y d e i n c r e d u l i d a d , d e
rigidez y d e d e s e n v o l t u r a e n el e s t i l o . Su i m a g i n a c i ó n
arrastra s i e m p r e al p o e t a , y s u p o e m a e s la e x p r e -
sión perenne de sus impresiones y de sus afectos.
Así l e v e m o s á m e n u d o i n t e r r u m p i r u n a narración

gsass&m
patética ó una d e s c r i p c i ó n i n t e r e s a n t e , para r e c o r d a r
alguna aventura propia ó alguna idea inconexa que
se le ocurre.
S e i de G o n z a g a y o t r a s altas p r m c e s a s dama P r e c i s o e s p u e s c o n f e s a r q u e el p o e m a d e A r i o s t o

S S Ü S S S B s
e s , m a s bien q u e otra c o s a , el parto f a n t á s t i c o d e
una brillante i m a g i n a c i ó n . Esta obra llena d e b e l l e z a s
INTRODUCCfON. Xf
X INTRODUCCION.
t o c o n p r o d i g i o s a habilidad c u a n t a s c o y u n t u r a s s e l e
d e primer orden n o está e x e n t a d e algunos lunares p r e s e n t a n para intercalar e n s u n a r r a c i ó n el e l o g i o
q u e . s e m e j a n t e s á l o s q u e á v e c e s s e n o t a n e n el d e casi t o d o s l o s p e r s o n a j e s c é l e b r e s d e t o d a s l a s
r o s t r o d e a l g u n a s m u j e r e s , c o n t r i b u y e n a c a s o á dar n a c i o n e s y d e t o d a s las é p o c a s , y e n particular d e la
m a s gracia á s u s e m b l a n t e , m a s a n i m a c i ó n á s u fiso- s u y a , tan f e c u n d a e n h o m b r e s i l u s t r e s y e n m e m o r a -
n o m í a y m a s Í n t e r e s al c o n j u n t o . b l e s a c o n t e c i m i e n t o s . ¿ C ó m o era p o s i b l e q u e , al h a -
Las i n t r o d u c c i o n e s d e casi t o d o s l o s c a n t o s d e l blar d e C a r l o m a g n o y d e s u s p a l a d i n e s , d e j a s e d e
Orlando furioso s o n o t r o s t a n t o s t r o z o s de e l e v a d a citar A r i o s t o á Cárlos V , c u y a s altas p r e n d a s i n m o r -
poesía lírica, acompañados de excelentes preceptos talizaban s u n o m b r e e n un m u n d o , m i é n t r a s q u e u n
d e d i d á c t i c a ó d e m o r a l . El c o r a z o n h u m a n o , y s o b r e Cristóbal C o l o n y u n Hernán C o r l e s l e d e s c u b r í a n y
l o d o el d e l a s m u j e r e s ( q u e A r i o s t o c o n o c í a todavía l e c o n q u i s t a b a n el o t r o ? T o d o s l o s c a p i t a n e s c é l e b r e s ,
m e j o r q u e el d e l o s h o m b r e s ) , e s t á p e r f e c t a m e n t e t o d o s l o s artistas e m i n e n t e s , t o d o s l o s d e s c u b r i m i e n -
caracterizado en su p o e m a con todas sus perfeccio- t o s i m p o r t a n t e s d e la s u y a y d e l a s a n t e r i o r e s é p o c a s ,
n e s y c o n t o d a s s u s flaquezas. ¿ Q u é v i r t u d ó q u é v i - h a l l a r o n e n fin e n A r i o s t o u n s u b l i m e p a n e g i r i s t a .
c i o h a y e n la n a t u r a l e z a q u e n o s e halle v i g o r o s a y
¿Qué lectura p u e d e h a b e r m a s a m e u a y m a s i u s -
c a r a c t e r í s t i c a m e n t e p e r s o n i f i c a d o e n el Orlando?
tructiva á la v e z q u e la d e u n p o e m a d e e s t e g é n e r o ?
¿Quién p i n t ó j a m a s c o n m a s v i v o s c o l o r e s q u e A r i o s -
En a p o y o y c o m o c o m p l e m e n t o d e e s t a s lijeras
t o la f u e r z a c o r p o r a l , la g r a n d e z a d e á n i m o , la
observaciones, inserto á continuación una ñola d e
c o n s t a n c i a , el a m o r , la h o n e s t i d a d , la a r r o g a n c i a , la
Mr. Mazuy y u n a carta d e Galileo. El t e s t i m o n i o d e d o s
p u s i l a n i m i d a d y la l a s c i v i a ? C a r l o m a g n o , O r l a n d o , h o m b r e s tan c o m p e t e n t e s , u n o casi c o n t e m p o r á n e o
Reinaldo, Rodomonte, Roger, Ferragut, Sobrino, d e A r i o s t o y o t r o c o n t e m p o r á n e o n u e s t r o , p r u e b a el
A n g é l i c a , B r a d a m a n t e , Olimpia é I s a b e l , s o n t i p o s m é r i t o i n t r í n s e c o é i n c o n t e s t a b l e del p o e m a á q u e s e
tan ¡geniosamente imaginados c o m o hábilmente des- refieren.
e n v u e l t o s y b r i l l a n t e m e n t e s o s t e n i d o s . Y al citar e s -
t o s , q u e son los principales, o m i t o , por no cansar « Muchas v e c e s , d i c e Mr. M a z u y , s e ha c r i t i c a d o á
c o n la e n u m e r a c i ó n d e t a n t o s n o m b r e s , l o s d e o t r o s « A r i o s t o d e q u e s u p o e m a n o tenia ni principio ni
« fin. V e a m o s h a s t a q u e p u n t o e s f u n d a d a e s t a o b -
m i l p e r s o n a j e s q u e figuran n o b l e m e n t e e n a q u e l i n -
«. j e c i o n .
menso y sublime cuadro, y cuyos caracteres, admi-
rablemente trazados , n o se desmienten jamas. « La e p o p e y a r o m á n t i c a p u e d e c o n s i d e r a r s e e n
« Italia c o m o un m i s m o y ú n i c o m o n u m e n t o literario
E s t e , d e s p u e s d e la e l e g a n c i a d e e s t i l o y d e la l o -
« l e v a n t a d o por d i f e r e n t e s p o e t a s d e m a s ó m é n o s ha-
z a n í a d e i m a g i n a c i ó n , e s el m é r i t o m a s a p a r e n t e d e l
« bilidad, q u e o f r e c i e r o n para^su c o n s t r u c c i ó n el tri-
Orlando furioso-, y fácil e s c o n o c e r q u e c o n tales
« b u t o d e s u t a l e n t o , d e s u i m a g i n a c i ó n y d e s u tra-
elementos no p u e d e m é n o s de agradar, de intere-
te bajo. P u l c i , el c i e g o d e F e r r a r a , B o y a r d o , Ariosto
sar, d e entusiasmar este p o e m a destinado por otra
« D o l c e , A l a m a n n i , Bautista v T o r c u a t o T a s s o , y Nicolo
p a r t e á cantar h a z a ñ a s s o r p r e n d e n t e s y a v e n t u r a s
« Forliguerri, escritores todos de mérito, vinieron á
maravillosas. Añádase á esto q u e , no contento c o n
« p o r f í a cada u n o c o n u n a o b r a m a e s t r a á e m b e l l e c e r
d e s c r i b r i r l o s f a m o s o s h e c h o s y las altas p r e n d a s d e
« e s t e edificio.
los h é r o e s del siglo de Carlomagno, aprovecha Arios-
x n INTRODUCCION. INTRODUCCION. XIII

« c o r t e s p l e n a r i a s , y así se e x p l i c a p o r q u e , d e s p u e s
« de la publicación del Orlando, s e lanzó el Tasso e n
« una nueva ^ i a , m a s c o n f o r m e á la naturaleza d e su
« i n g e n i o , así c o m o á s u s d e s e o s , á las ideas y á l o s
« p r o y e c t o s d e sus c o n t e m p o r á n e o s . La literatura
« italiana debe gloriarse d e esta r e s o l u c i ó n . Tratando
« a s u n t o s d i f e r e n t e s , han c o n s e r v a d o el Ariosto y el
. que haya quien ^ f ^ ^ l Z ^ r .
« T a s s o su r e n o m b r e d e g r a n d e s p o e t a s ; la fama
« del u n o habría i n d u d a b l e m e n t e perjudicado á la del
« respondería sin duda Anosto y . i e hoy lo « otro.
« q u e c o n t e s t ó á Fulgos.o ( c a n t o L l l , o c t a v a s XX y « El estudio del Orlando furioso será e t e r n a m e n t e
« s i g u i e n t e s ) , y á fe q u e lo aprobaran l o s q u e « precioso para la historia d e la poesía. Este p o e m a
« sublime, modelo de gusto y de elegancia, no e s
" ^ O r l a n d o furioso debe ser ^ ^ ^ « m e r a m e n t e u n r e s ú m e n d e brillantes e x t r a v a g a n -
« magnífico f r a g m e n t o d e la e p o p e y a c a ^ l e r e . c a « cías, d e p o é t i c o s caprichos, d e s e d u c t o r e s e n s u e ñ o s .
« f r a g m e n t o q u e reclamaba el c o n c u r s o d e otros « La obra d e A r i o s t o , bajo u n exterior l i j e r o , frivolo
I destinados ^ c o m p l e t a r el edificio •, p e r o s u s autores « e n apariencia, encierra las m a s sérias i d e a s , las
« s e han q u e d a d o á gran distancia d e A n o s t o . U n o o l o , « m á x i m a s m a s p r o f u n d a s y l o s m a s instructivos e p i -
« T o r c u a t o T a s s o , habría p o d i d o concurrir digna- « s o d i o s . El Ariosto reviste d e n u e v a forma las viejas
n t e á e l l o ; m a s d e s p u e s d e haberse e n s a y a d o « tradiciones y las antiguas l e y e n d a s ; y sabido e s
« e n s u Reinaldo, c o n o c i ó , j o v e n todavía, cuan iatal « q u e e s t a forma e s t o d o e n las obras d e imaginación.
L i a serle la lucha c o n Ariosto sobre u n asunto « Ella c o n s t i t u y e la originalidad, revela el g e n i o p o é -
< semejante al q u e e s t e habia e s c o g i d o Por otra parte « tico, y acaba por ser el titulo d e gloria mas p o s i t i v o
as divertidas l e y e n d a s d e Caballerías, atribuida « d e t o d o g r a n d e artista y d e t o d o distinguido escri-
« al reinado d e C a r l o m a g n o , ocupaban p o c o ya l o s « tor. Las m i s m a s ideas y l o s m i s m o s h e c h o s s u e l e n
á n i m o s á fines del siglo X V I ; p u e s , tal f u e e^ n u m e r o « reproducirse á la vuelta d e un cierto n ú m e r o de-
« de i n g e n i o s a d o c e n a d o s q u e s e p r e s e n t a r o n a la « a ñ o s , miéntras q u e la forma q u e l e s da el poeta
k p a l e s t r a , q u e el p ú b l i c o , f a t i g a d o . acabe. por p r e - « n o s e r e p r o d u c e jamas.
« ferir á los terribles g o l p e s d e las espadas d e l o s « Las g r a n d e s p r o d u c c i o n e s del i n g e n i o h u m a n o
« paladines las hazañas d e l a época m a s r e c e n t e d e x tienen siempre una tendencia e n q u e n o suele hacer
« l o s cruzados-, y esto c o n tanta m a s r a z ó n , c u a n t o « alto el v u l g o , p e r o q u e los e n t e n d i m i e n t o s c o n -
« q u e , tratándose e n t o n c e s d e hacer la guerra a l o s « templativos no tardan en penetrar. Tales trabajos,
« infieles q u e amenazaban á E u r o p a , cada cual q u e n a « n o b l e s por la i d e a , i n m e n s o s por los resultados,
« conocer las p r o e z a s d e G o d o f r e d o y d e sus g u e r r e - « s o n una mina f e c u n d a , u n manantial inagotable d e
« r o s , tantas v e c e s v e n c e d o r e s d e aquellos m i s m o s « d e s c u b r i m i e n t o s para el h o m b r e v e r d a d e r a m e n t e
« infieles. C a r l o m a g n o , s u sobrino R o l d a n , s u s pares « observador. Su importancia c r e c e á m e d i d a q u e los
« y sus paladines s e v i e r o n p u e s r e l e g a d o s e n s u s
« s i g l o s se a m o n t o n a n sobre los a c o n t e c i m i e n t o s , . « son las circunstancias q u e e n n o b l e c e n este a m o r !
. sobre l o s n s o s y sobre las c r e e n c i a s , conservando « ¡qué heroicas las empresas á q u e esta pasión e x -
« d e estos a c o n t e c i m i e n t o s , de estos usos y de estas « cita! ¡qué interesante la agitación en que pone á
« l o s personajes! Allí sí q u e se v e n pintados c o n
« c r e e n c i a s , un r e c u e r d o q u e e s s u misión perpetuar
« exactitud t o d o s los arrebatos de los zelos ,.Ios re-
« e n la memoria d e los p u e b l o s . »
c u e r d o s del bien p e r d i d o , las q u e j a s , la d e s e s p e -
« ración de un alma destrozada por las infidelidades
« d e que acusa á un a m a n t e ; pero ; oh amor s u b l i m e !
« una m i r a d a , un s u s p i r o , una sola palabra de R o -
CARTA D E GAIILEO « ger, basta para calmar el tierno corazon de su ado-
« rada. ¿Y quién hay q u e no eche de ver la frialdad
AL SEÑOR FRANCISCO R1MUCCINI.
« y la falta d e originalidad del retrato de Armida y
« de los medios á q u e apela esta poderosa maga para
« No sé e n q u e caso seré mas reprensible , si guar-
« r e t e n e r á Beinaldo? ¿ P u e d e por ventura fijar la
« dando el silencio con V. S. ó si escribiéndote siu
« atención esta débil copia comparada con el cuadro
« e x p o n é r t e l a s razones q u e determinan m i p r e f e r e n -
« l l e n o de gracia y de energía que hace al corazon y
« cia entre n u e s t r o s dos g r a n d e s poetas heroicos. Mi
« al entendimiento partícipes de l o s encantos que á
« d e s e o seria o b e d e c e r y contentar al m i s m o tiempo
« Roger detienen en los jardines d e Alcina?
« á V S., lo q u e me hubiera sido m a s fácil a no h a -
« b é r s e m e extraviado por una desgraciada casualidad « Imposible es asimismo negar, c o m o ya se ha d í -
« un ejemplar del Tasso, al m a r g e n del cual había yo, te c h o , que los m o t i v o s de la discordia q u e s e levanta
« hecho varias apuntaciones. Durante un ano me h e « entre los caudillos d e Godofredo son hasta p u e n -
« entretenido en cotejar l o s mas b e l l o s pasajes de e s - te l e s , comparados con los que siembran l a c o n f u s i o n
« tos dos p o e m a s , y sobre todo l o s q u e entre si P u e - « y la muerte entre l o s sarracenos. Ningún suceso
« den c o m p a r a r s e , y confieso que el A n o s t o lleva , « i m p o r t a n t e nace d e la primera; miéntras que el
« en mi c o n c e p t o , ventaja al Tasso en el n u m e r o y « d e s p e c h o y la partida de B o d o m o n t e , la muerte d e
« e n la gracia de e s t o s diferentes pasajes. La tugí « Mandricardo, las heridas y la inacción forzada d e
, de Angélica, por e j e m p l o , m e parece mejor p i n « Boger, la desaparición d e Marfisa y de Sacripante.
« tada q u e la de Herminia. R o d o m o n t e , e n medie « son c o n s e c u e n c i a s del furor q u e ha provocado la
« de P a r í s , m e causa m a s impresión q u e Reinaluc « discordia y la causa que prepara la llegada de Bei-
« cuando entra en Jerusalen. No se p u e d e m é n o s d i « naldo y la ruina entera del ejército de Agramante.
« c o n f e s a r q u e entre la horrenda discordia nacida
« ¿ Quién hay que p u e d a dejar d e admirar el ca-
« en el c a m p o de Agramante y las insignificantes
« rácter indómito de Marfisa, q u e , s i e m p r e pronta á
« discusiones q u e se levantan en el campo d e Godo-
« rehusar toda e s p e c i e de a u x i l i o , n o cuenta con otro
f e lo - hay la diferencia que existe entre lo sublime
« apoyo q u e el de su brazo y de su valor? ¿Quién r.o
« v l o m e d i a n o . Los amores de Tancredo por Hermi-
« verá con asombro el esfuerzo y la generosidad de
« ñia m e p a r e c e n insustanciales y f r i o s , c o m p a r a -
«Mandricardo, c u a n d o deja á Zerbino espirando
« dos c o n los d e Roger y Bradamante. ¡Cuan g r a n d e s
« entre los brazos de Isabel? Pero ¿qué mas alta
XVI INTRODUCCION.

« i d e a s e p u e d e c o n c e b i r d e u n h é r o e , q u e la q u e
« d a n de R o g e r l a s v i r t u d e s y l a s p r o e z a s q u e el p o e t a VIDA DE ARIOSTO.
« l e a t r i b u v e , y h a s t a las f a c c i o n e s c o n q u e n o s p i n t a
« s u s e m b l a n t e ? ¿ Q u é n o p o d r é d e c i r del c o n t r a s t e
« q u e c o n la v i r t u o s a firmeza d e O l i m p i a , d e Isabel
« y d e D r u s i l a , f o r m a n la p e r f i d i a d e G a b r i n a , l a s Nació Ludovico Ariosto en Regio de Módena, á 8 de s e -
« t o r p e s i n f i d e l i d a d e s d e Origile y la i n c o n s t a n t e v e r - tiembre de 1W4, de Nicolás Ariosto, gobernador de dicha
« satilidad d e D o r a l i c e ? ciudad, y de la bella y noble Daría Malaguzzi. Mas de un
« Cuanto m a s m e e x t i e n d o s o b r e e s t e a s u n t o , m a s siglo hacia que estaba avecindada en Ferrara esta familia,
« convencido q u e d o de que habria m u c h o que decir oriunda de Bolonia, cuando vino al mundo el hombre e x -
« s o b r e é l : e s t o n o o b s t a n t e , p o r n o fatigar v u e s t r a traordinario q u e , desde su infancia ( i ) , dió evidentes seña-
« a t e n c i ó n , p o n g o fin á e s t a c a r t a , e n la c u a l c r e o n o les del ingenio que debia hacer su fama tan duradera como
« haber dicho cosa que no sea suficientemente c o n o - sus escritos.
cí c i d a d e c u a n t o s h a n l e i d o l o s d o s a u t o r e s . » Cargado de familia, y no poseyendo una fortuna propor-
Al c o n c l u i r e s t a s o b s e r v a c i o n e s , n o p u e d o m e n o s cionada á su alto nacimiento, y á los importantes destinos
d e h a c e r u n a i m p o r t a n t e s o b r e la carta d e q u e a c a b o que siempre ocupó (2), quiso su padre hacer seguir «i n u e s -
d e dar la t r a d u c c i ó n . G a l i l e o , á m i m o d o d e v e r , s e tro poeta la carrera de la magistratura: pero é l , que tenia
una invencible repugnancia por los Códigos y las Pandectas,
m u e s t r a e n ella d e m a s i a d o s e v e r o c o n r e s p e c t o al
al paso que una afición extraordinaria por las bellas artes y
Tasso, y emite una opinión que n i n g ú n escritor antes
la poesía, abandonó aquellos estudios por entregarse a u n a
ni d e s p u e s d e él s e ha a t r e v i d o á f o r m u l a r d e u n a
vocacion que á tan altos destinos le llamaba; y , bajo la di-
m a n e r a tan c a t e g ó r i c a . Yo n o c r e o q u e , para h a c e r rección del célebre humanista Gregorio Espoleto, hizo en
del A r i o s t o el e l o g i o q u e m e r e c e , s e a n e c e s a r i o a t a - poco tiempo sorprendentes adelantos en las lenguas anti-
car la j u s t a c e l e b r i d a d del a u t o r d e la Jerusalen liber- g u a s , y compuso en jatiu varias oraciones y poesías, que
tada. E n t r e e s t e p o e m a y el Orlando furioso, la b a - merecieron la aceptación de las personas á cuyo juicio las
l a n z a e s t á t o d a v í a e n el a i r e , y e s t e e s el m a y o r
e l o g i o q u e d e a m b o s s e p u e d e h a c e r . Las s i m é t r i c a s (1) Cuenta Jerónimo Garofalo que, apenas entrado en la
p r o p o r c i o n e s del p r i m e r o j u s t i f i c a n su n o m b r e d e adolescencia, compuso Ariosto y pronunció en público, con mola o
é p i c o , m i é n t r a s q u e la g r a c i a , la originalidad y la de la apertura de los cursos de Ferrara, una oracion latina
cuyos altos conceptos y elegante estilo excitaron la admiración
riqueza de i m á g e n e s y d e episodios hacen del se-
del público inteligente de aquella ciudad. Fornari añade que fue
ííu n d o , é p i c o ó n o , el p o e m a m a s a d m i r a b l e , y s o b r e
tanta la fama que valió al joven Ariosto esta oracion, que todos
l o d o mas entretenido, que se ha publicado jamas. los padres le citaban á sus hijos como el modelo que debían se-
guir.
(2) Nicolás Ariosto, padre de Ludovico, reunía al cargo de
capitan ó gobernador de Módena y de Regio los de mayordomo
mayor de los duques Borso y Hércules I , padre de Hipólito y de
Alfonso, y de juez del tribunal supremo de Ferrara. Sin per-
juicio de estos destinos, desempeñó varias misiones importantes
cerca del papa, de Francisco i y del emperador Carlos V.
XVI INTRODUCCION.

« i d e a s e p u e d e c o n c e b i r d e u n h é r o e , q u e la q u e
« d a n de R o g e r l a s v i r t u d e s y l a s p r o e z a s q u e el p o e t a VIDA DE ARIOSTO.
« l e a t r i b u v e , y h a s t a las f a c c i o n e s c o n q u e n o s p i n t a
« s u s e m b l a n t e ? ¿ Q u é n o p o d r é d e c i r del c o n t r a s t e
« q u e c o n la v i r t u o s a firmeza d e O l i m p i a , d e Isabel
« y d e D r u s i l a , f o r m a n la p e r f i d i a d e G a b r i n a , l a s Nació Ludovico Ariosto en Regio de Módena, á 8 de s e -
« t o r p e s i n f i d e l i d a d e s d e Origile y la i n c o n s t a n t e v e r - tiembre de 1W4, de Nicolás Ariosto, gobernador de dicha
« satilidad d e D o r a l i c e ? ciudad, y de la bella y noble Daría Malaguzzi. Mas de un
« Cuanto m a s m e e x t i e n d o s o b r e e s t e a s u n t o , m a s siglo hacia que estaba avecindada en Ferrara esta familia,
« convencido q u e d o de que habria m u c h o que decir oriunda de Bolonia, cuando vino al mundo el hombre e x -
« s o b r e é l : e s t o n o o b s t a n t e , p o r n o fatigar v u e s t r a traordinario q u e , desde su infancia ( i ) , dio evidentes seña-
« a t e n c i ó n , p o n g o fin á e s t a c a r t a , e n la c u a l c r e o n o les del ingenio que debia hacer su fama tan duradera como
« haber dicho cosa que no sea suficientemente c o n o - sus escritos.
cí c i d a d e c u a n t o s h a n l e i d o l o s d o s a u t o r e s . » Cargado de familia, y no poseyendo una fortuna propor-
Al c o n c l u i r e s t a s o b s e r v a c i o n e s , n o p u e d o m e n o s cionada á su alto nacimiento, y á los importantes destinos
d e h a c e r u n a i m p o r t a n t e s o b r e la carta d e q u e a c a b o que siempre ocupó (2), quiso su padre hacer seguir «i n u e s -
d e dar la t r a d u c c i ó n . G a l i l e o , á m i m o d o d e v e r , s e tro poeta la carrera de la magistratura: pero é l , que tenia
una invencible repugnancia por los Códigos y las Pandectas,
m u e s t r a e n ella d e m a s i a d o s e v e r o c o n r e s p e c t o al
al paso que una afición extraordinaria por las bellas artes y
Tasso, y emite una opinión que n i n g ú n escritor antes
la poesía, abandonó aquellos estudios por entregarse a u n a
ni d e s p u e s d e él s e ha a t r e v i d o á f o r m u l a r d e u n a
vocacion que á tan altos destinos le llamaba; y , bajo la di-
m a n e r a tan c a t e g ó r i c a . Yo n o c r e o q u e , para h a c e r rección del célebre humanista Gregorio Espoleto, hizo en
del A r i o s t o el e l o g i o q u e m e r e c e , s e a n e c e s a r i o a t a - poco tiempo sorprendentes adelantos en las lenguas anti-
car la j u s t a c e l e b r i d a d del a u t o r d e la Jerusalen liber- g u a s , y compuso en jatiii varias oraciones y poesías, que
tada. E n t r e e s t e p o e m a y el Orlando furioso, la b a - merecieron la aceptación de las personas á cuyo juicio las
l a n z a e s t á t o d a v í a e n el a i r e , y e s t e e s el m a y o r
e l o g i o q u e d e a m b o s s e p u e d e h a c e r . Las s i m é t r i c a s (1) Cuenta Jerónimo Garofalo que, apenas entrado en la
p r o p o r c i o n e s del p r i m e r o j u s t i f i c a n su n o m b r e d e adolescencia, compuso Ariosto y pronunció en público, con mola o
é p i c o , m i é n t r a s q u e la g r a c i a , la originalidad y la de la apertura de los cursos de Ferrara, una oracion latina
cuyos altos conceptos y elegante estilo excitaron la admiración
riqueza de i m á g e n e s y d e episodios hacen del se-
del público inteligente de aquella ciudad. Fornari añade que fue
ííu n d o , é p i c o ó n o , el p o e m a m a s a d m i r a b l e , y s o b r e
tanta la fama que valió al joven Ariosto esta oracion, que todos
l o d o mas entretenido, que se ha publicado jamas. los padres le citaban á sus hijos como el modelo que debían se-
guir.
(2) Nicolás Ariosto, padre de Ludovico, reunía al cargo de
capitan ó gobernador de Módena y de Regio los de mayordomo
mayor de los duques Borso y Hércules I , padre de Hipólito y de
Alfonso, y de juez del tribunal supremo de Ferrara. Sin per-
juicio de estos destinos, desempeñó varias misiones importantes
cerca del papa, de Francisco I y del emperador Carlos V.
XVni VIDA DE ARIOSTO.
sometió. Privado á poco de la compañía y de las lecciones de varios importantes encargos, que este desempeñó siempre
su docto y apreciable preceptor (1), y profundamente afligi- con acierto y casi siempre con felicidad.
do de esta separación, dejó Ariosto de ser discípulo para ser Esta y casi todas las particularidades de su vida se hallan
maestro; y, entregado á sus propias inspiraciones, compuso consignadas en s u s Sáliras, e n s u s Cupiloli, e n sus Carmi-
algunas comedias ó farsas, como él mismo las llamaba (2), na \ aun en su Orlando furioso. En estos diferentes escri-
que se entretenía en representar con sus hermanos. Mas tos relata lo que hasta aquí llevamos dicho, describe la
tarde dió sucesivamente á luz varias sátiras, sonetos , batalla naval dada poco despues por el cardenal Hipólito,
madrigales y otras composiciones, ya italianas,,ya latinas, que mandaba la escuadra dirigida contra Venecia, y refiere
de que la mayor parte se conservan todavía, y que son como el resultado de los dos viajes que á Roma hizo con el objeto
otras tantas piedras preciosas, engarzadas en la brillante co- de entablar negociaciones con el papa Julio II, y su partida
rona que orna las sienes del ilustre Cantor de Angélica y de definitiva de aquella ciudad despues de haber estado á pun-
to de verse arrojar al Tíber por orden del belicoso pontífice,
Roldan. , altamente irritado de la fidelidad que mostraba el duque
Joven todavía, perdió Ariosto en poco tiempo a su padre (o) Alfonso, hermano de Hipólito , á la liga de Cauibray.

Il
y á su tioy protector Pandolfo. Viéndose sin patrimonio (a),
De vuelta de este viaje se retiró Ariosto á Ferrara, su
y único apoyo de su madre y de sus nueve hermanos,
patria, y allí, deseoso de pagar á su protector un debido
todos menores que é l , entró al servicio del cardenal Hipólito
tributo de elogios, se dedicó casi exclusivamente á la com-
de Este, con quien le unian, aunque de lejos , relaciones de
posicion del célebre poema en que se proponía inmortalizar,
parentesco (h). como lo hizo, el nombre de la casa de Este. Este poema,
Era Hipólito hombre de demasiado talento para descono- empezado en tercetos, fué luego puesto en octavas; y , con-
cer el del joven Poeta, que tantos títulos tenia á su aprecio tinuado con perseverancia durante diez años, pudo v e r l a
y á su protección; y , deseoso de estimular y de utilizar al luz pública en abril de 1515.
mismo tiempo las bellas disposiciones de Ariosto, le confió
Cuéntase (pie, cuando terminado este poema, compuesto
entonces de íiO cantos, se presentó Ariosto para ofrecerlo al
(1) Nombrado por Isabel, duquesa de Milán, ayo de su hijo
cardenal Hipólito, e s t e l e interrumpió , diciendo: « Messer
Francisco Sforza, partió Gregorio de Espolelo con esta princesa
Ludovico , ¿ dove avele preso tante ?» expresión q u e
y su hijo , y permaneció en Francia durante todo el tiempo del
cautiverio de estos en la corle de Luis X I I . no debe interpretarse en el sentido que muchos le dan, sino,
( 2 ) De estas comedias ó farsas era la mas notable la que com- como dice Mr. Artaud, en el de «invenciones estrambóticas,
puso arreglando pararla escena la fábula de Tisbe. del otro mundo, ideas que á nadie se ocurren, chistosas lo-
(3) Ariosto perdió á su padre en febrero de 1800, es decir á la curas y entretenidas extravagancias. »
edad de 2 5 años y medio, y no de 2 ' i , ni de 2 7 , como pretenden Tanta fué la reputación que valió este poema á su autor ,
algunos autores. que Juan de Médicis , que con el nombre de León X suce-
(k) No es enteramente exacto decir sin patrimonio, pues al- dió á Julio II en la silla de san Pedro, y que, como todos lo-
guno le habia dejado su padre; pero la repartición entre tantos
príncipes de la casa de Médicis , dispensaba su inteligente
hermanos y las reclamaciones de algunos parientes y extraños
protección á las letras y á las artes , hizo mas de una tenla-
le suscitaron tantos y tan desagradables litigios, que no solo le
' iva para atraerle á s í ; pero Ariosto , fiel siempre á la amis-
impidieron llegar nunca á disfrutar de este patrimonio, sino
que le hicieron gastar, por tratar de conservarlo, mucho mas tad que le dispensaba Hipólito, se negó á escuchar toda
de lo que él valia. pro posicion sobre este punto.
(5) Obiro I I I , marques de Ferrara y principe de la ilustre No falta, á pesar de e s t o , quien afirme que el Autor del
familia de Este, habia casado con la bella Lipa Ariosto, muerta Orlando desmereció mas tarde de esta amistad; y él mismo
en 13*17.
x x VIDA DE ARIOSTO.
de su madre, y la necesidad de cuidar de ella y de sus her-
n i r e c e convenir en e l i o , formulando mas de una vez quejas manos. En la primera de sus sátiras están consignadas estas
amargas j liasta ofensivas contra su protector ( l ) ; pero estas y las demás razones que le impedían alejarse de Ferrara ; y
quejas, lejos de parecer serias y fundadas, presentan el ca- , si bien esta sátira contiene, como hemos dicho, algunas ex-
rácter de las que hace un niño mal c r i a d o al padre que le presiones poco respetuosas hácia su protector, fácil es co-
mima, el dia que este trata de recobrar sobre él la superio- nocer que fueron dictadas por él carácter descontentadizo
ridad que le i»a quitando el exceso mismo de s u canno de un mozuelo mimado, y quizá también por el deseo de
Otros alegan, para sostener aquella aserción q u e cuando a mostrar al cardenal que , al ofrecerle sus servicios y al con-
principios del año 1518 manifestó el cardenal H>P°hto a t - sagrarle su pluma, no habia entendido en manera alguna
iesto su deseo de que le acompañase a abdicar su libertad. Por otra parte , sabido es que Ariosto
n c ó à seguirle ; pero no lo lúzo sin dar excelentes razone,, cifraba su felicidad en las dulzuras de la vida sedentaria ( t ) ,
á saber : el precario estado de s u salud (2), la edad avanzada y que sentía por los viajes una aversión decidida, circunstan-
cia notable, como dice Mr. Mazuy, en un escritor que tanto
(1) En su sátira primera, dirigida « su pariente Alejandro hacia viajar á sus personajes. De cualquier modo que s e a ,
Ariosto y à Ludovico de Bagno, dice Ariosto : Ariosto , que tenia razones plausibles para no alejarse de
Ferrara, destruye en la misma sátira, con expresiones de
Ma se a volger di nuovo avessi al subbio
admiración y de gratitud(2), la acrimonia de las quejas que
Li quindici anni che in servirlo ho spesi,
Pasar la Tana ancor non starei in dubbio.
le hace exhalar un momento de mal humor, y claro e s -
Se avermi dato onde ogni quattro mesi tá que este mal humor es pasajero, pues solo en alguna que
Ho venticinque scudi, ne si fermi otra de sus sátiras y de sus cartas se ven expresiones que lo
Che molte volte non mi siati contesi, revelan, mientras en el Orlando, que fué el trabajo de toda
Mi debbe incatenar, schiavo tenermi,
Obligarmi eh' io sudi e tremi senza
(1) En la sátira tercera, dirigida á Aníbal Malaguzzo, dice
Rispetto alcun, ch'io moja, o ch'io m'infermi,
Ariosto :
\on gli lasciate aver questa credenza;
Ditegli che più tosto di esser servo A me piace abitar la mia contrada.
Visto ho Toscana, Lombardia, Romagna,
Torrò la povertadc in pazienza.
Quel monte che divide e quel che serra
Or, conchiudendo, dico che se l'sacro Italia, e un mare e l'altro che la bagna.
Cardinal comperato aver me stima Questo mi basta ; il resto de la terra
Con li suoi doni, non mi è acerbo ed acro Senza mai pagar l' oste andrò cercando
Renderli e lor la libertà mia prima. Con Tolomeo, sia il mondo in pace o in guerra.
E lutto il mar, senza far voti quando
(2) En la misma sàtira dice Ariosto para explicar su dene- Lc.mpeggi il del, sicuro in su le carte
Vedrò più che su i legni volteggiando.
gación « acompañar á Hipólito en su viaje a Hungría :

L'età di nostra madre mi percuote


(2) En la primera sàtira que arriba se mencionó dice en efeci •
Di pietà il core, che da lutti a un tratto
Ariosto hablando del cardenal Hipólito :
Senza infamia lasciata esser non puole.
Io son di dieci il primo , e vecchio fallo Io, stando qui, farò con chiara tromba
Di quaranta quattro anni, il capo calvo Il suo nome sonar forse toni' alto
Da un tempo in qua sollo la cuffia appiatto. Che tanto mai non si levò colomba
La vita, che mi avanza, me la salvo,
etc., ele , ele.
X X U VIDA DE ARIOSTO.
comisario suyo en la Garfañana, pequeña provincia situada
su Vida f no hay una sola p a l a d a q u e ^ — t .
al pié del Apenino y entregada á todos los horrores de la
Esta obra e s , por el contrario, que ani-
guerra civil ( i ) .
timonio perenne de la adm.rac.ony d e l ^
Tres escasos años bastaron á Ariosto para pacificar esta
maba á Ariosto por el
Pero la prueba mas ..-recusable de^que est; P ^ provincia, y alejado durante este tiempo de sus amigos y de
sus parientes, se lamentaba sobre todo de la ausencia de la
dio nunca del todo el aprec.o y a ri*** P ^
dama d e s ú s pensamientos, á quien amaba con toda la ter-
,a benévola acogida que durante a ausen a ^
nura de un alma generosa y con todo el entusiasmo de una
le dio en Ferrara s u Z L » la unión que férvida imaginación.
30. de su Orlando (1) pinta el mismo a inverü. Esta última circunstancia fué sin duda la que quitó á los
reinaba entre estos dos h e r m a n o s y « de todo P ^ amores del Ariosto aquella constancia, aquella tenacidad,
símil que diese A l t a » » « « » digámoslo así, que caracterizó los de Petrarca. Si la privación
I.-actor, naturalmente .ngrato, leí he.nw h ,a es la causa principal del apetito, no es de extrañar que
saba en efecto no solo cariño Ariosto, harto mas feliz en esta parte que el platónico aman-
te de Laura, siguiese alguna vez el ejemplo de los jóvenes
cortede Alfonso fué dondepubl.co corregida, de que habla en las primeras octavas del canto X de su
Orlando; pero, si bien e s cierto que bogó mas de una vez
no contenia, lo mismo que la puniera, mas 1
con viento próspero en el borrascoso piélago del amor, 110
dejó por eso de experimentar algunos vaivenes; p u e s , como
dice él mismo en la introducción al canto XVI del citado
niarias, que tuvo él ápoco que r e c u r r n a l a gener
poema, pudo mejor que nadie hablar por propia experien-
Alfonso, como se puede ver en su - t . r a V (3V
cia de las dulzuras y de los tormentos que origina aquella in-
Surtió su efecto la amenaza que en ellaJ.ac a te aba
constante pasión. La versatilidad de la suya se manifiesta,
narla corte del duque; pues este P ™ « ^ r ó aun mas que en estos pasajes, en su Carmina á Lidia, Luí ¡a,
y se complacía en tener a Anosto a su servicio, Verónica y no sé cuantas mas damas que sucesivamente
(1) Los 4 QU£ aqui se alude, traducidos, dice, así : caut ivaron el corazon de nuestro Cristiano poeta, como dice
Cervantes , no sé porqué.
La inalterable unión, el amor puro
Que existir debe entre uno y otro hermano,
( I ) Cubilase de varios modos una singular aventura ocurrida
Conservará su reino mas seguro
durante esta guerra y que caracteriza á Ariosto, si no como
Que si por doble muro
militar, á lo menos como poeta. lié aquí como la refiere Mr. de
Lo ciñera el ingenio de Fulcano.
Artaud:
Yendo en una de sus expediciones á la cabeza de un destaca-

mmsm
mento de caballería, dio Ariosto con un célebre cabecilla llamado
Pacchione, el cual, seguido de pocos y no riendo medio olijitno
de salvarse, reetnrió á un ardid que debia surtir mejor efecto
que una desesperada é inútil resistencia. Preguntando por el
seis reales cada uno, imponiéndole la obligación av
gobernador,se adelanta Pacchione hacia ¿I; y con el gorro en la
á mas de ocho. mano empieza á recitarle con la mayor sangre fria dos ó tres
(3) Ile a qui corno se explica Ariosto :
de las mas graciosas octavas del Orlando. Ariosto desarmado y
. . 0 voi, signor, levarmi satisfecho, perdona y pone en libertad á Pacchione, que evita
Dovete di bisogno, 0 non v' incresca con este ardid la muerte que merecía.
Ch' io v a d a altra pastura a procacci irmi.
VIDA DE ARIOSTO. VIDA DE ARIOSTO x x v
XXIV
De todas estas damas es la mas digna de mención la que le la aversión que hemos dicho que tenia á los viajes, fué sin
dio dos hijos. llamados Juan Bautista y Virginio. El primero duda la que le determinó poco despues á rehusar el car.ro
de ellos ( l ì siguió la carrera de las armas, y el segundo, en- que le ofreció el duque de Ferrara de embajador suyo cerca
f r a n j o con glandes protecciones en la de lalglesia,y est,mu- del papa Clemente VII.
do por el ejemplo y los preceptos de su padre, c u l t , o 1 Semejante en esto á todos los hombres que reúnen á un
lado de este y con gran fruto las bellas letras y aun ljj poes.a. corazon sensible un ingenio culto y una imaginación apasio-
nada, sintió Ariosto, durante la mayor parte de su vida,
inextinguible sed de amor. Sabemos que fué inconstante •
pero también sabemos, ó al ménos nos es permitido infe-
rirlo , que mas de una vez le dió graves motivos de queja el
someterse durante sns verdes años al j u g o del m a t n m o n o al bello sexo, cuyas virtudes se complacía en preconizar. Su
cual se plegó sin embargo mas tarde, casando e » s e c r e t o instinto natural le impelía á hacerlo, como lo prueban un sin-
c o í A l e a r a Bennuci , viuda de Tito, lujo del.eone.do número de pasajes de su Orlando furioso; pero, ya fuese
impelido por un resentimiento pasajero, ya por una convic-
Strozzi, noble ferrarés. nr„
ción mas ó ménos profunda de la inconstancia ó de la perfi-
Asi se explica la obstinación con que en d f e r e n t e oca
dia de algunas mujeres , le vemos prorumpir de cuando en
siones se negó á acceder á las instancias del duque de Fer-
cuando en invectivas, ó presentar en cuadros, por lo gene-
:ra d d sumo pontífice Leon X, ^ e le exhortaban a en rar
ral graciosos, escenas en q u e , casi á su pesar, se escapa la
en las órdenes á fin de poder colmarle de beneficu» ?
biel de su apasionado corazon. Esto no obstante, fácil es ver
varíe á los mas altos honores de aquel, en aquella epoca
que Ariosto se inclina siempre á hacer el elogio del bello
tan honroso y lucrativo estado (5). La misma causa, unida a
sexo. Díganlo Bradamanle, Marfisa, Isabel, Olimpia, Ginebra
f(1 Nirnuna otra particularidad se conoce de la vida de este y tantas otras hembras que creó su elegante pluma y de quie-
primer h[o l Ariosto. Pomari y Garofalo afirman que fue nes hizo tipos de todas las virtudes, realzadas por el amor.
educado por los parientes de su madre.
Aunque no muy avanzado en años todavía, sintió Ariosto
X ) A Í resulta de un instrumento auténtico de
en los últimos de su vida apagarse algún tanto el fuego que
hecho por el cardenal Lorenzo Lampeggi, en el cual se d,ce
TnrgZo Ariosto, de edad de veinte y un años, Mi» *
hasta entonces le había consumido, v , cual Horacio en su
¡olí" o, y de Ursula.... también soltera; cuyo apelhdo y demás casita de Tíbur, retirado en una que hizo construir en Fer-
rara (1), se dió á una ocupacion cuyos atractivos no sospe-
circunstancias se callan, honestatis causa.
r ) Ariosto se negó constantemente á abrazar el estado ecle- (1) Ariosto empezó á fabricar esta casita en el sitio donde se
siáftico, pero sin del nunca el impedimento ^enteqiiepara hallaba la de Hércules Pistoya, á quien se la compró el dia 50
hacerlo tenia ; y ocultándolo y engañando, digámoslo as,, al de junio de 1S26. El 2 de enero de 1328 compró del mismo Pis-
lmblico y quizá á sí mismo , decía : toya otros terrenos contiguos, de los cuales hizo un huerto,
Se a perder s' ha la liberta, non stimo donde pasaba, cultivando /lores, todo el tiempo que no daba á
Il più bello cappcl che in Roma sia. sus ocupaciones literarias. La afición que tomó al estudio ó mas
bien á sus experiencias de botánica, le sugirieron la- idea de fijar
Esta declaración refuta la aserción de algunos autores que
allí su residencia, y entonces fué finalmente cuando se decidió d
J e de i que Ariosto tuvo siempre secreto su matrimonio poi hacer concluir dicha casa, que existe todavía y sobre la cual se
lo v e Z beneficios eclesiásticos de que disfrutaba. Lejos de se lee el siguiente dístico :
lsi Ariosto rehusó, como hemos dicho y como lo p r u e b a n e o,
lersoi las ofertas de Leon X y de Clemente VII y el muco favo Parva, sed apta mihi, sed nulli obnoxia, sed non
jwe del primero de es,os pontífices aceptó, fue la exención del Sórdida, parta meo sed tamen cere, domus.
pago de la mitad de una bula que de el obtuvo. que, habiendo estado borrado durante mucho tiempo, fué resta-
b
VIDA DE ARIOSTO. VIDA DE ARIOSTO.
XXVI XXVII
ché hasta'aqael ftia. Entregado á la botánica cotíi el mismo sienes de Petrarca, sucumbió Ariosto en Ferrara el diafi d.»
ardor con q u e habla vivido h a r t a entonces cn eg d a a , jamo de 1553, de edad de 58 años, á una irritación de estó-
musas nasaha las h o r a s y los dias enteros en su h u e r t o , mago (t) producida por el exceso del trabajo á que en los
p l a n t a ñ d o ^ a m n c a n d o y v L i e n d o á plantar floresf « os anos anteriores le condenara el deseo de terminar su poe-
había pasado toda s u vida haciendo, borrando y v o l u e m h ma de cua puede con verdad decirse que, conduciéndolo
diez veces á hacer s u s t e r s o s , q « e c o m p o m a con suma dih al sepulcro, le condujo á la inmortalidad.
cuitad y de q u e rara vez se mostraba satisfecho ( l ) . A su memoria elevaron sus conciudadanos un monumento
En este tiempo, es decir en los postreros anos de « v a, en a lg esia de los monjes benedictinos, donde fué enterra-
dio Ariosto la última mano á su Orlando urwso ^ e
m, do >m * n i é I l o p o s l e n l a c i o n . y ] a s M u s a s d e ( o d a s i a § n a c ¡ o _
quecido con varios nuevos episodios, salió a t u r e n 46 canto nes cultas coronaron de flores aquel modesto y retirado
en octubre de 1852 (2). Esta publicación vaho á su ai (o, o mausoleo. Su hermano Gabriel formó el proyecto de erigirle
mavores elogios de parte del emperador Carlos V, de los d "no mas proporcionado á su mérito y al cariño que le "pro-
ques de Milán y de Ferrara, d é l a república de V e n c c ^ dd feso; pero sus fuerzas no correspondieron á sus deseos Vir-
papa Clemente VM, del marques de Guast de toda la noblee gin,o también trató de trasladar los restos de su ilustre pa-
ilustrada corte de ürbino, de los cardenales^Gonzag _ dre a una capilla que con este objeto construyó á la entrada
nesio Salviati. Bibiena y Campeggi, d e B e m b o delicia de su propia casa bácia la parte del jardin; pero los monjes
n o , dé lodos ¿ h o m b r e s en fin de ingenio , r T j f c j t a t o d s e negaron á desprenderse de su sagrado y precioso depósi-
aquella época, d é l a mayor parte de los c u a l e s h a b í a l a r e o (2). Cerca de medio siglo hacia que descansaban en aque-
cibido antes de aquel dia testimonios irrecusables de bene lla humilde sepultura las cenizas del hombre á quien, des-

volencia y amistad. , (1) Ltidovico Bonaccíoli, Juan Menardo y Antonio María


Pocos meses d e s p u é s de haber r e c i b i d o e n ^ a u m a d e n m
nos del emperador Cárlos V la corona de laurel q u e o, nó l a s enfc) niedad, que lodos juzgaron incurre desde el principio-
U e a nfcrmrdad una
Mecido en 1811 mcimi de la puerta principal de dfhacasa, Z ° c u e Z l t ^ " T ° ** Qtelruccion
lTJ r
T c l l l inscripción compuesta por Virg.no que d>ce m . t i ; Z ' '" ' H l a c u a l Poner remedio los
médicos con aguas aperitivas. De este modo le estragaron et estó-
Sic domas ha'C Areosla mago, y aplicando nuevos remedios á esta nueva dolencia, aca-
propilios habeat Déos, oUm ut Pmdarica. baron por convertirla en una tisis, contra la cual fueron impo-
m 4si lo dice el mismo Virginio m sus memorias; yasilo tentes todos los recursos de la medicina.
J r j ! ' 0 ) Znjél$e n
T T Ó estalmslacíon
fundándose en que
Ano to había manifestado deseo de ser enterrado allí, Jmo

T f T k , a S de Ferrara existentes pn
<°s archivos de
aquella ciudad. De las mismas se infiere ser erróneo et aserto
de Guazo y Giovo, que pretenden que Ariosto dejó mandado por
"ZZVnc^eccion tipográfica de esta tercer« su testamento que se inscribiese en su sepulcro un epitafio latino
y aun afligió sobre manera d Ariosto. Esta fue sin emhvgo que compuso muchos años antes, y que por todos eslilL habría
sido indigno de figurar en él.
bien Jcon algunas enmiendas del autor, la que sirvo de b e
El único testamento otorgado por Ariosto en su vida fué el
T Z a s edJones qu, después se
que a partir para su expedición de la Garfguana otorgó en
en el espacio de un siglo salieron sucesm o s u « ^ T 0 ^
Fwrara ante el escribano Andrés Furri, á 22 rfe febrero de
hasta setenta. Desde entonces hasta
l , ' Estamento que no contiene ni una palabra que haga di-
de fatigar las prensas esta obra, que de (odas ¿ ™
dudablemente, con la de nuestro inmortal CeMníeS, ta qu
arílacmZCUXmente &l
° q W a f i r m a n ,os d o i mtores
mas veces ha obtenido los honores de la impresión.
x x v m VIDA DE ARIOSTO,
mies de su m u e r t e , venían à visitar los que no l e habían
conocido en vida, cuando Agustín Molti, caba lerò ferrares compañía y la amistad del hombre en quien á manos llenas
que en su juventud había recibido de Ariosto algunas l e c c o - derramó sus dones la naturaleza.
ne c e arte poética. se decidió á erigir á su costa un monu- Las obras que dejó este célebre escritor, ademas de su
m e i mas di^no de tan e m i n e n t e escritor, y as. l o l n z o en Orlando furioso en cuarenta y seis cantos y de los cinco
m de 1 3 7 5 . en la n u e v a iglesia de los s u s o d ^ o s postumos ( i ) que solo se hallan en algunas ediciones, son
monjes y en la capilla situada á la derecha de s u alia! varias composiciones latinas llamadas Carmina, siete sátiras,
un número considerable de elegías, estancias, sonetos , ma-
m
Mas tercie en 1612, otro Ludovico Ariosto, descendiente drigales y mas de veinte Capitoli, modelos de fácil, elegante
y graciosa versificación.
del Orlando, l e hizo en fia
Con el objeto de amaestrarse en el arte de la comedia ,
s o t e o q u e , por la calidad de s u s marmo l e s y j o i U j g j n ™
tradujo del latin y adecuó á la escena varias piezas de Planto
de su arquitectura, dejaba atrás al anterior. A e le nucNO
y de Terencio (2). Asimismo escribió en italiano varias c o -
monumento, situado en la otra capilla a lai«jmci to d é l a a
medias originales, en que se esmeró en observar todas las
mayor, fueron trasladados, con gran pompa este vez lq^ í e s
reglas fijadas y seguidas por los griegos en sus composiciones
tos'de Yriosto , que desde e n t o n c e s se conservan al i.
dramáticas. De las comedias originales de Ariosto son las
El retrato q ^ d e este poeta nos mas conocidas la Cassaria é I suppositi, que puso en verso
l 0 pinta como un hombre de alta estatura y de despues de haberlas escrito y hecho representar en prosa,
macion, pero un tanto cargado de espaldas por efecto del la Lena, el Nigromante y la Scolàstica, que dejó sin con-
ontinuo trabajo que se i m p u s o loda su vida Su fisonon a cluir y que fué terminada poco despues por su hermano Ga-
era expresiva y agraciada, y s u s ojos, llenos de fuego, rev cia- briel.
ban el que brillaba en su i n g e n i o y consumía su corazon.
Sin carecer Ariosto de a l g u n o s defectos, peculiares cas (1) Dice Giraldi , contemporáneo de Ariosto, que mas de una
todos a la época en que v i v i ó , reunia las mas bellas y mas vez o'jo decir a este poeta que su objeto, al componer estos cinco
apveeiables cualidades ; la afabilidad , la rechtud acodes- cantos, era intercalarlos en la primera edición que volviese á
tía Vla lealtad (-2). Estas prendas , unidas á su delicado nge- hacer de su poema, como en efecto sabemos que intercalò seis
0 -, á su profunda erudición y á s u s distinguidos moda es nuevos en su anterior edición.
0 ¡olo le valieron el acceso c e r c a de diferentes principes ) Barufaldi opina de otro modo, y supone que estos cinco cantos
de casi lodos los grandes personajes existentes a la sazón en ni tratan la materia del furioso, ni son mas que retazos de otro
Italia, sino que indujeron à l o s mas de ellos (5) a solicitar la poema distinto que Ariosto traia entre manos y que tenia por
Ululo Reinaldo Ardito. La frecuencia con que en ellos se halla
(i) Encima de este sepulcro adornado de figuras y de relieves repetido el nombre de este paladín fué sin duda el motivo que
se v ia, dice Gazofalo, la estatua de Ariosto de cuerpo ent ro tuvo Barufaldi para emitir esta opinion evidentemente errónea.
lamente parecida al modelo y de tamaño algo mas que el (2) Gazofalo cita los Meneemos de Plauto, que por insinua-
ción del duque tradujo Ariosto en italiano. De esta traducción
Véase la composición latina en que, hablando de la muerte h,zo otra en su idioma un caballero francés deseoso de hacer
de Ludovico, escribía Gabriel Ariosto : representar esta comedia en presencia de la princesa Renata de
Francia, nuera del duque y poco familiarizada con el idioma
Ornabal pietas et grata modestia va lem, italiano.
Sánela fules, dictique mrmor, munitaque recto Añade Cintio Giraldi en una carta dirigida ü Hércules I I ,
Justitia et nullo patientia vicia labore. duque de Ferrara, que por orden del duque Alfonso tradujo el
(3) En la misma inscripción se lee entre otras cosas: Anodo en prosa italiana, la Audria y el Eunuco de Terencio,
Optavere suis laribus le asciscere Reges con el objeto de hacerlas representar en el lindo teatro dispuesto
Regalisque swb fecunda ad poculu mensa. para la representación de la Cassaria.

; '' .
XXX n u BE w i o s i o -
f q » iadeciMe placer asistía el tepe W W <*'» « *

PROLOGO.
del 50 de t 7 «presión en el ánimo
-Oí

La le
X Z T ^ t X ^ debió sin « — á ° t u r a de los primeros cantos de una
agravarlas dolencias y los achaques de « traducción castellana del célebre poema de
¿ L e r a causa d e s u m u e r t e fué, como a v ^ ^ a dvcbo e l e *
ceso del trabajo á que durante treinta « c o ^ -
Anosto, hecha por su contemporáneo el capitan
condenó su deseo de llevar á cabo una Q ^ c o l o ^ l e u u « ^ D. Jerónimo de Urrea, me excitó, hace algunos
table, de que, no sin gran desconfia.ua, ofrezco al publico anos, á i r á buscar en el original aclaraciones
esta, ya que no elegante, al ménos fiel traducción.
indispensables para la inteligencia de un gran
número de pasajes, vertidos por el traductor
en octavas de que no es mi ánimo discutir el
m e n t ó , pero que dudo que entiendan suficien-
/iv vi de diciembre de 1852, á las nueve de la noche se temente, para hallar gusto en ellas y para juzgar
al autor, la mayor parte de las personas que las
lean.
A fuerza de ir á beber á la fuente, acabé
por confirmarme en que la traducción de que
suyos, envidiosos de su talento y de su celebridad, hablo, ménos inteligible para mí que el mismo
texto, estaba á cien leguas del original, y, de-
cidido á llevar á cabo su lectura, emprendí
seriamente el estudio de la lengua toscana, y á
poco el de la obra incomparable, cuyas bellezas
no tardaron en cautivar, en arrastrar inven-
XXX n u BE w i o s i o -
f q » iadeciMe placer asistía el tepe W W <*'» « *

PROLOGO.
del 50 de t 7 «presión en el ánimo
-Oí

La le
X Z T ^ t X ^ debió sin « — á ° t u r a de los primeros cantos de una
agravarlas dolencias y los achaques de « traducción castellana del célebre poema de
¿ L e r a causa d e s u m u e r t e fué, como a v ^ ^ a dvcbo e l e *
ceso del trabajo á que durante treinta « c o ^ -
Anosto, hecha por su contemporáneo el capitan
condenó su deseo de llevar á cabo una Q ^ colo®al e u u « ^ D. Jerónimo de Urrea, me excitó, hace algunos
table, de que, no sin gran desconfia.ua, ofrezco al publico anos, á i r á buscar en el original aclaraciones
esta, ya que no elegante, al ménos fiel traducción.
indispensables para la inteligencia de un gran
número de pasajes, vertidos por el traductor
en octavas de que no es mi ánimo discutir el
m e n t ó , pero que dudo que entiendan suficien-
/ i v vi de diciembre de 1 8 5 2 , á las nueve de la noche se temente, para hallar gusto en ellas y para juzgar
al autor, la mayor parte de las personas que las
lean.
A fuerza de ir á beber á la fuente, acabé
por confirmarme en que la traducción de que
suyos, envidiosos de su talento y de su celebridad, hablo, ménos inteligible para mí que el mismo
texto, estaba á cien leguas del original, y, de-
cidido á llevar á cabo su lectura, emprendí
seriamente el estudio de la lengua toscana, y á
poco el de la obra incomparable, cuyas bellezas
no tardaron en cautivar, en arrastrar inven-
PRÓLOGO. XXXIII

PRÓLOGO. me habría yo decidido á adoptar para todo el


poema el metro empleado en el original y que
oíblemente mi imaginación de diez y nueve
yo mismo he empleado en varios trozos de la
traducción, á no haberme parecido esta em-
s r a s S B S S s
obra que la de U r r e a ; y mas ae
presa muy superior á mis fuerzas y sobre todo
á mi perseverancia.
que el anatema puesto por el autor del inge- Yo creo por otra parte (y espero que esto
me sirva cuando ménos de excusa) que la obra
de que ofrezco hoy al público una traducción
fiel, por no decir literal, exige por su misma
naturaleza un metro mas fácil y ménos uniforme
vine luego en cuenta de que otros , mas pode
que la octava, que se adecúa al género p u r a -
so que ese, debieron ser los motivos que
mente heroico mucho mejor que al indefinible
C a hoy han privado á nuestra de un
l e n g u a
del sublime poema de Ariosto.
poema de que en casi todas las de Europa
abundan las traducciones. De estos — Muchas personas, y entre ellas algunas que
son seguramente los principales la extensión han honrado ya á nuestra literatura con publi-
caciones importantes, me han aconsejado hacer
de la obra original y las diiicuHades que p r e -
uso de diferentes metros, adoptándolos al tono
senta ya sea la inteligencia de su t e x t o , J»
tan frecuentemente variado por el A u t o r ; pero
u ersion en castellano. Estos inconvenientes
no he creído deber seguir este sistema, que ,
aparecen mucho mayores todavía al que piensa,
á mas de ofrecer muchas dificultades, presen-
como lo pretenden muchos, y como lo e r e , .
taría quizá hasta el inconveniente de llegar á
t C a . que la traducción de un poema de este
ser fastidioso por efecto de la misma frecuencia
«•¿ñero debe necesariamente hacerse en octavas,
con que acostumbra Ariosto á variar de tono
para conservar el carácter del original.
y de asunto, circunstancia que constituye uno
Por lo que i mi toca , ni apoyo ni combato
de los mayores atractivos de esta inimitable
esta opinion, bien que la mía sea que se nece- epopeya. El metro adoptado en esta traducción
sita t i l a la gallardía, toda l a o n g i n a ^ reúne en mi concepto todas las ventajas que
ingenio y toda la lozanía de estilo de Anosto en favor de la diversidad de metros pudieran
para hacer soportable la lectura seguida de alegarse. ¿ Qué es en efecto la silva mas que una
cinco mil octavas. A pesar de ser esta ini op '
nion, quizá, por conformarme a la de o h « ,
XXXIV PRÓLOGO.
he intercalado algunas quintillas, en que exhala
serie de estrofas de diferente Orlando su sentimiento y su f u r o r ; en el can-
de once ó de siete sílabas, ^ ^ T Z to X X V I I I , en fin, he traducido en décimas
como por casualidad, consonantados como por la aventura de Jocundo, que no es otra cosa
capricho, y no sujetos, en fin, á las trabas que
que una fábula ó un cuento, que puede y debe
tan á menudo obligan á violentar la exactitud
mirarse como independiente del poema.
^el pensamiento ó la claridad déla enunciación?
La silva es, pues, indudablemente el metro No me extenderé, pues, mas en este asunto,
sobre todo despues de haber confesado que
que mas i n v i e n e á esta clase de composiciones;
acaso habría acometido las cinco mil octavas á
pue la bien entendida combinación de versos
no estorbármelo el miedo de quedarme en el
endecasílabos y septisílabos permite
camino, ó de tener que hacer un esfuerzo sobre-
toda la flexibilidad necesaria para descender,
natural para llegar al término de la jornada.
n ^ L i c i o n desagradable, desde las mas altas
Otro mas audaz que yo emprenderá quizá
regiones de lo sublime hasta las mas insustan-
este trabajo; entretanto yo me limito á ofrecer
ciales vulgaridades de l a común, desde la
v i d a
al público esta traducción, que espero no le
pompa de la poesía lírica hasta la llaneza
desagrade por estar en silva. ¡ Pluguiese á Dios
Pr que fuera este el único de sus defectos!
La a 'regla principal de la silva es, digámoslo
De su elegancia y de su exactitud el público
así la irregularidad en cuanto á la colocacion
juzgará. Tal cual es, yo se la ofrezco gustoso,
de la rima , la contextura de los versos y a
y digo como Ariosto al cardenal Hipólito en la
combinación de las estancias. Esta irregula-
tercera octava del primer canto :
ridad destruye la monotonía, y se hermana pei-
feay agradablemente conla forma heterogénea El don, por ser pequeño, no os ofenda :
y las insólitas dimensiones del Orlando. _ Cuanto puedo dar doy; tal es mi ofrenda.
He dicho y repito aquí que, á pesar del sis-
tema adoptado, conservo en algunos pasajes
la octava del original. Tales son el sueno de
Orlando en el Canto I X ; la narración de los
amores de Ricardeto y Flordespina en elXX VI,
la historia de la roca de Tristan en el X X M ,
y otros de ménos importancia. En el canto X X m
CANTO I .
Dedicatoria. - Batalla del Pirineo. - Fuga de Angélica • «n
FerragUt y COn R e i n a í ] 0
— r , ' deMonfalban. -
£ £ 1 guerreros. - Quejas de Sacripante. -
Queda este rey venado por una doncella. - Sobrecene
D e S C r P C Í O n d e 135 d £ f u e n t e s
y dd Amo" ' ° d 7 ¿ Z

Armas, a m o r e s , d a m a s , c a b a l l e r o s ,
Galanterías y p r o e z a s c a n t o ,
Del siglo triste e n q u e africanos fieros
Sembraron en las Galias el e s p a n t o
Agramante su rey los c o n d u c í a ,
Q u e , lleno d e coraje y bizarría,
En C a r l o m a g n o , e m p e r a d o r r o m a n o ,
Juro v e n g a r la m u e r t e d e Trovano

También m a s d e u n a cosa
a h ] Ó nadie e n verso ó
n l F r ^ P™sa,
Diré d e Orlando, á quien privó d e s e s o
De su pasión frenética el e x c e s o
D i r e l o , s i , con tal q u e n o m e e s t o r b e
De cumplir mi propósito la h e r m o s a
Que m , alma ofusca y mi razón absorbe.
De H e r c u l e s d i g n o h i j o ,
De n u e s t r o siglo o r n a t o ,
Oh H i p ó l i t o , a c e p t a d , a c e p t a d g r a t o .
El h u m i l d e h o m e n a j e q u e os d i r i j o . '
bolo con v e r s o s á pagar m e a t r e v o ,
P r i n c i p e , lo q u e o s d e b o ;
El d o n , por ser p e r q u e ñ o , n o o s o f e n d a ,
Cuanto p u e d o dar d o y ; tal es mi o f r e n d a .
Veréis entre los ínclitos v a r o n e s
Que a citar c o n e l o g i o m e preparo
A Roger, tronco ilustre, origen claro
De vuestra n o b l e estirpe. Sus blasones
I s u , s l ¡ m b r e á o i r é i s s i , entre afan t a n t o ,
haáta
™ s llegar mi humilde canto. J
ORLANDO FURIOSO.
D e s u A n g é l i c a Orlando e n a m o r a d o ,
La i n d i a y la Media r e c o r r i d o h a b í a ,
Y allí y e n la Tartaria l e v a n t a d o ,
E n SU h o n r a y p r e z , t r o f e o s d e valia.
C o n ella l u e g o v i n o h a c i a el O e s t e ,
Y del P i r e n e v i o l a cumbre cana
En ocasion en q u e , con grande hueste
Francesa y alemana,
A c a m p a d o á s u pié Carlos e s t a h a .
Castigar i n t e n t a b a
A A g r a m a n t e y Marsilio, '
Que , de españoles y árabes formando
Terribles l e v a s , c o n feroz jactancia
A n u n c i a b a n la ruina d e la F r a n c i a .
De s u e s p a d a e l a u x i l i o
U f a n o Orlando por p r e s t a r v e n i a .
¡Infeliz! no pensaba q u e , e n llegando,
Su l l e g a d a fatal l a m e n t a r í a .
• Oh j u i c i o d e l o s h o m b r e s , c ó m o f a l l á s .
E n s u p r o p i o p a i s , p o r triste a c a s o
El h é r o e p i e r d e á la q u e , e n m i l h a t a d a s ,
D e l Oriente l l e v ó salva al Ocaso.
Suscitase m u y luego una querella
E n t r e Orlando y R e i n a l d o s u p a r i e n t e ,
C u v o s p e c h o s inflama e n f u e g o a r d i e n t e
Igual a m o r p o r la g e n t i l d o n c e l l a .
De tal rivalidad p r e v i e n d o m a l e s 0
La aleja el c a u t o r e y d e s u s r e a l e s ,
E n c o m i é n d a l a al d u q u e d e B a v i e r a ,
Y q u e h a d e darla e n p r e m i o r e c o n o c e
Al q u e , e n la lid p r i m e r a ,
Mayor c o p i a d e s t r o c e
Paso de
De d e f e n s o r e s d e la m e d i a l u n a .
Mas contraria m o s t r ó s e la fortuna-,
Q u e d e r r o t a d o s l o s d e Cristo f u e r o n
E n la fatal c o n t i e n d a ,
Y e n p o d e r del alárabe c a y e r o n
Con el d u q u e , s u s g e n l e s y su t i e n d a .
Poco a n t e s , del desastre r e c e l o s a ,
De allí s a l i ó , s o b r e u n corcel p u j a n t e ,
Del vencedor la prometida e s p o s a .
Por un b o s q u e adelante
Entróse acaso, y , en angosta v i a ,
Un g u e r r e r o e n c o n t r ó q u e á pié venia.
Armado de c o r a z a , y e l m o , e s p a d a
Y d e robusto e s c u d o ,
S e le via correr por la q u e b r a d a ,
Cual, tras s a y o g a l a » , corre u n d e s n u d o .
No h u y e m a s presto d e voraz s e r p i e n t e
Zagaleja inocente
Que la brida, á la vista del g u e r r e r o ,
Tuerce la dama á s u corcel lijero.
Hijo d e A m o n , e n Montalban n a c i d o ,
Era e s t e j o v e n , paladín gallardo ,
Q u e , por a c a s o singular, p e r d i d o ,
Ha p o c o , había s u corcel Bayardo.
Apénas vió á la d a m a , a u n q u e de l e j o s ,
Deslumhrado q u e d ó c o n sus r e f l e j o s
Y prendido en la red d e su h e r m o s u r a .
Ella por la e s p e s u r a ,
Sin senda fija, h u y e t e m b l a n d o . Sueltas
Las riendas por su c r i n , libre albedrío
Dejan al palafrén , q u e , tras mil v u e l t a s ,
Con !a fatiga d o m e ñ a d o el b r í o ,
Va á pararse á las m á r g e n e s d e u n rio.
Empolvado, sediento y pesaroso
Del c a m p o d e batalla allí llegara
El m o r o F e r r a g u t , b u s c a n d o a n s i o s o
Refrigerio y d e s c a n s o en la o n d a clara.
El y e l m o , «n q u e s u s e d á c a l m a r iba,
Le arrancó la c o r r i e n t e d e la m a n o ,
Y por c o g e r l o s e esforzaba en v a n o .
De la h e r m o s a d o n c e l l a fugitiva
O y e n d o en tanto el lastimero a c e n t o ,
Viene á tierra, la mira y , al m o m e n t o ,
Bien q u e la v e d e e s p a u t o m u d a y f r í a ,
I M

ORLANDO FURIOSO.

De A n g é l i c a la bella
R e c o r d a n d o la antigua n o m b r a d l a ,
R e c o n o c e q u e Angélica e s aquella.
Y, f o g o s o y c o r t e s c u a l c a b a l l e r o ,
El a p o y o l e o f r e c e
De s u b r a z o y su a c e r o :
Y, en busca de Reinaldo, que aparece
P o r e n t r e la m a l e z a ,
Presto y audaz sus pasos endereza.
Ni e r a e s t e el p r i m e r dia
Que u n o c o n t r a o t r o s u v a l o r m e d i a .
Ambos á p i é , con sus pujantes brazos
V i b r a n el h i e r r o ; y c o t a s , y b r o q u e l e s ,
Rotos ó hendidos, vuelan en pedazos.
Mientras g o l p e s c r u e l e s
S e d a n l o s d o s g u e r r e r o s p o r la d a m a ,
C o n el f é r r e o a c i c a t e
Ella el a r d o r d e s u c a b a l l o i n f l a m a
Y h u y e l o s c o m b a t i e n t e s y el c o m b a t e .
Largo rato ya hacia
Q u e , con pujanza i g u a l , con igual s u e r t e ,
Uno v otro guerrero combatía,
C u a n d o la f u g a d e la d a m a a d v i e r t e
El p a l a d í n d e M o n t a l b a n , q u e , l l e n o
D e a m o r y d e i r a , d i c e al S a r r a c e n o :
u Si t ú d e la h e r m o s u r a
« Que yo adoro también estás prendado,
« Nada habremos logrado
« Con proseguir nuestra contienda dura.
« ¿ Q u é g a n a r á s si tu f u r o r m e m a t a ?
« ¿ S e r á s p o r e s o d u e ñ o d e la i n g r a t a
« Cuya fuga uno y otro deploramos?
a No-, m e j o r e s q u e el b o s q u e r e c o r r a m o s - , Angélica huye el combate. (T. I, p. 4.
« Que sigamos su huella,
« Y, antes que mas se aleje, detenella.
« D e t e n i d a , el a c e r o e n n o b l e e m p e ñ o
« D e c i d i r á q u i e n ha d e ser s u d u e ñ o .
« D e o t r o m o d o , á l o s d o s , si n o m e e n g a ñ o ,
.i Tras d e la lucha n o s aguarda daño. »
Acepta el m o r o y cesa la c o n t i e n d a .
Su o d i o al instante o l v i d a ;
A R e i n a l d o , q u e estaba á p i é , c o n v i d a
A montar en su g r u p a , y p o r la s e n d a
Éntranse q u e t o m ó su cara prenda.
¡ Gran nobleza d e a n t i g u o s c a b a l l e r o s !
En f e c o n t r a r i o s , e n a m o r r i v a l e s ,
De esgrimir acababan sus a c e r o s
Y aun d e la lid llevaban las s e ñ a l e s ;
Y por m a l e z a s , por v e r e d a e s t r e c h a .
Iban l u e g o sin m i e d o ni s o s p e c h a .
Por s u s cuatro acicates á porfía
El f o g o s o bridón e s t i m u l a d o ,
A los héroes bien pronto hubo llevado
A d o la s e n d a e n d o s s e dividía.
N o o s a n d o decidirse p o r n i n g u n a ,
P u e s m o s t r a b a n las d o s r e c i e n t e s h u e l l a s ,
Se e n t r e g a c a d a cual á su fortuna
Y s e p o n e á correr por una dellas.
Mil v u e l t a s d a n d o por el b o s q u e u m b r í o ,
V u e l v e el m o r o á e n c o n t r a r s e j u n t o al rio.
De topar c o n la dam a la e s p e r a n z a
Viendo al fin q u e e s f o r z o s o q u e a b a n d o n e ,
A recrobar el y e l m o se d i s p o n e .
Por las o n d a s a v a n z a ,
Llega á t o c a r l o ; p e r o v e c o n pena
Que arrancarlo no p u e d e d e la arena,
Y d e u n roble v e t u s t o
Tronchando l u e g o u n v a s t a g o r o b u s t o
Con é l , ora c o n f u e r z a , ora c o n a r t e ,
La arena m u e v e d e una y otra parte.
Del f o n d o e n e s t o sale un caballero
Armado todo d e f u l g e n t e a c e r o
En su d e r e c h a m a n o
El y e l m o o s t e n t a , que buscara e n v a n o
El feroz m u s u l m á n ; y, e n v o z s e v e r a .
Es fama q u e le habló de e s t a m a n e r a :
6 ORLANDO FURIOSO-
« H o m b r e s i n f e y sin h o n r a , ¿ p o r q u é i n s i s t e Q u e lo b u s c a t a m b i é n , a n t e la v i s t a
Pasa e n e s t o B a y a r d o
« Tu t e m e r a r i o e m p e ñ o
C r u z a n d o el b o s q u e c o n carrera b r u s c a .
« En r e c o b r a r la prenda d e q u e d u e ñ o
« P a r a , » grita el g u e r r e r o ,
« V o l v e r m e á h a c e r ha t i e m p o p r o m e t i s t e ?
« P a r a , o h mi fiel y a n t i g u o c o m p a ñ e r o . »
« Argalia s o y , á q u i e n , al dar la m u e r t e ,
M a s . s o r d o el a n i m a l , s u c u r s o s i g u e
« S u s a r m a s o f r e c i s t e e c h a r al rio.
Y alcanzarlo Reinaldo no c o n s i g u e .
« No t e t u r b e s , i n f i e l , p o r q u e la s u e r t e
Llena la d a m a d e m o r t a l c o n g o j a .
« Hoy m e h a c e recobrar lo q u e f u e m í o .
Por d e s i e r t o s y s e l v a s c o r r e e n t a n t o j
« Turbarte solo debes
Al r u i d o d e u n a h o j a
c< De q u e á t u s p a c t o s á faltar te a t r e v e s .
P o r el v i e n t o m e c i d a
« Si aspiras á t e n e r un y e l m o fino,
V u e l v e , llena d e e s p a n t o ,
« Ganarlo p u e d e s c o n h o n o r . D i s p o n t e
Hacia o t r o lado á s u c o r c e l la brida.
« a q u i t a r á Reinaldo el d e Mambr.no-,
D o q u i e r q u e m i r a , e n fin, del q u e a b o r r e c e
« \ Orlando arranca el q u e g a n o d e Almonte-,
Ver la terrible- i m a g e n le p a r e c e .
« Cualquiera d e e s t o s tu valor c o n q u i s t e ,
Cual c o r z a , q u e á s u m a d r e e s p i r a r viera
« Y deja el q u e d e j a r m e m e o f r e c i s t e . »
E n t r e las garras d e feroz p a n t e r a ,
A la s ú b i t a vista d e la s o m b r a De selva en selva c o r r e ,
Q u e alza del a g u a la c e r v i z s a ñ u d a , Y, sin q u e nada a q u e l r e c u e r d o b o r r e ,
El m u s u l m á n s e a s o m b r a ; Ai m e n o r r u i d o q u e á s u l a d o s i e n t e ,
Se l e e r i z a el c a b e l l o ; el c o l o r m u d a ; Piensa e s c u c h a r el r e c h i n a n t e d i e n t e ;
En sus fauces se anuda T a l , la d o n c e l l a h e r m o s a ,
La v o z q u e va a salir-, y , c u a n d o a d v i e r t e ' T o d a la n o c h e y t o d o el sol s i g u i e n t o
Que es Argalia, y su acento r e c o n o c e , H u y e n d o va la i m a g e n q u e la a c o s a .
La ira d e l p e c h o por l o s o j o s v i e r t e . Así v a g a n d o , l l e g a
Q u i e r e hablar y e x c u s a r s e , a u n q u e c o n o c e A frondoso verjel, por c u y o suelo
Q u e á tan j u s t o r e p r o c h e n o h a y e x c u s a ; Su corriente despliega
Mas la v e r g ü e n z a s u c o r a j e a n i m a , Y entre guijas deslizase y murmura
Y j u r a p o r Lanfusa Un l í m p i d o a r r o y u e l o
Que de sus sienes otro y e l m o encima Q u e e t e r n a allí m a n t i e n e la v e r d u r a .
Jamas pondrá que aquel q u e , en A s p r o m o n t e , Creyéndose segura,
A r r a n c ó Orlando al v a l e r o s o A l m o n t e . Y lejos d e Reinaldo y a cien m i l l a s ,
Y d e este juramento La fatigada A n g é l i c a r e p o s o
F u é c o n e f e c t o m a s q u e del p a s a d o Va á buscar e n s u s p l á c i d a s orillas.
P u n t u a l y r e l i g i o s o el c u m p l i m i e n t o . S u e l t o , el c o r c e l la y e r b a r u m i a a n s i o s o ,
Asi, inquie'.o, angustiado, Y la s e d q u e l e a f l i g e
M u c h o s dias la pista Hacia el a r r o y o e n b r e v e l e d i r i g e .
Del g u e r r e r o d e A m o n b u s c a y r e b u s c a . De a q u e l sitio n o lejos
De e s t e joven gallardo,
8 ORLANDO FmiOSO.

Entre jazmín y rosas hay u n p o y o ,


Al cual sirven de espejos « Radiante con las perlas que derrama
Los límpidos cristales del arroyo. « En su cáliz la a u r o r a ,
Sobre s u fresca y matizada a l f o m b r a , « Los aires e m b a l s a m a ,
Hojosos r a m o s , esparciendo s o m b r a , « Y en las alas del céfiro se m e c e •
Aquel recinto ocultan « E l g a n a d o , el pastor, el a g u a , el trueno

Y en soledad perpetua l o sepultan. « R e s p e t a n su b e l d a d , y c o n s u s galas


« Ceñir su sien ó decorar su s e n o
Un fresco lecho de mullida grama
« Ambicionan zagales y zagalas.
Dentro se \ e que á decansar convida.
« Mas del vástago v e r d e ,
En él la bella d a m a ,
« Que la vido nacer, no bien cortada
R e c l i n á n d o s e , quédase dormida-,
« Su pompa toda pierde
Mas un rumor en breve la desvela-,
« Y al suelo viene mustia y deshojada.
Álzase c o n c a u t e l a ,
« Asi la dama que la flor que debe
Y ve sobre la orilla
« Tener en mas aprecio que la v i d a .
Un caballero en quien la c o t a brilla.
« A un hombre d a , por los d e m á s e n breve
Si e s enemigo ó si e s a m i g o ignora-,
« D e s p r e c i a d a se v e y escarnecida
Esperanza y temor á un t i e m p o t i e n e :
« Si ; desprécianla t o d o s ; á esa infame
A s í , tranquila mora
« Solo quien goza s u s favores a m e
Y en su garganta el hálito c o n t i e n e .
A la r i b e r a , q u e aumentar p r e t e n d e « ¡ O h fortuna cruel, cuál, a h , me aquejas!
Sin d u d a con las lágrimas q u e llora, « ¿Así m o r i r e n s o l e d a d m e d e j a s ,
El afligido paladín d e s c i e n d e . « Mientras otro mi dicha m e arrebata?
« Su perfidia m e mata
Inmóbil mas d e una hora
« Y olvidarla no puede el alma mia
Se queda e n ademan c o n t e m p l a t i v o ,
« ; vo olvidarla! Primero
Y alzando en fin el rostro p e n s a t i v o ,
« Que tal s u c e d a , de la luz del dia
En voz que hasta las p e ñ a s ablandara,
« V e r m e privado para siempre q u i e r o . »
Y piedad inspirara
¿ Quien e s el caballero,
De Hircania ó Libia á la m a s cruda fiera,
Se m e dirá, que d e este m o d o Hora ?
E m p i e z a á razonar d e e s t a manera :
Es el rey de Circasia, Sacripante,
« ¿A qué tanto a f l i g i r t e , ¡ ó alma mía!
Que e n India o y e n d o que al señor de A n d a n t e
« De que otro mas feliz e l fruto c o g e Siguió a Francia la dama á quien a d o r a .
« Por el cual suspirabas n o c h e y día? En pos della v o l ó lleno d e fuego
« No tanto este r e c u e r d o t e a c o n g o j e ; A ocaso desde el reino de la aurora
« P u e s no vale esa i n f a m e En Francia sabe l u e g o
« El llanto que en su o b s e q u i o se derrame.
« La virgen á la rosa se p a r e c e í l l f n ' r l °S' P o° r t e m o r d e u n a e n t i e n d a ,
Al duque de Baviera la e n c o m i e n d a , '
« Q u e , al lado de la e s p i n a p r o t e c t o r a ,
En premio prometiéndola al que mate
« E n seguro verjel tranquila crece :
Mas mora g e n t e en el primer combate
ORLANDO FURIOSO.

Y al c a m p o v a d o á Carlos v e d e s h e c h o ,
Y er\ v a n o d e s u b e l l a
Con s o l i c i t o afan b u s c a la h u e l l a .
Esta, señor, de todos sus enojos
E s la c a u s a f a t a l : l a q u e a s u s ojos
Arranca tantas l á g r i m a s , y al p e d i o
El d o l o r i d o a c e n t o q u e p u d i e r a
Parar al sol e n m e d i o á s u carrera.
Mas ; o h f o r t u n a ! En t a n t o
Q u e triste así s u s m a l e s l a m e n t a b a ,
Sus quejas escuchaba
L a b e l l a c a u s a d e su a m a r g o llanto.

La q u e , á n t e s d e a q u e l d í a ,
En el C a t a y , al príncipe c i r c a s o
Se m o s t r ó s i e m p r e d e s d e ñ o s a v t r i a ,
Al p o d e r o s o influjo
Del l l a n t o y l a s palabras c e d e a g o r a
De a q u e l á q u i e n a m o r , h a s t a el o c a s o ,
D e s d e el c o n f í n a s i á t i c o c o n d u j o .
La a l t a n e r a d o n c e l l a
One á t o d o h o m b r e c o n t e m p l a i n d i g n o d e l l a ,
S o l a a l v e r s e e n la s e l v a , r e f l e x i o n a
Q u e , p r o p i c i a la s u e r t e , e n e s t e i n s t a n t e ,
U n a e s c o l t a t a n fiel l e p r o p o r c i o n a :
P u e s , d e c u a n t o s la a d o r a n , S a c n p a n t e
E s el m a s e x p r e s i v o y m a s c o n s t a n t e .
Bien pues que á dispensóle
Ei b i e n s u p r e m o p o r el cual s u s p i r a
T o d o a m a d o r d i s p u e s t a 110 s e h a l l e ,
Con arte v c o n m e n t i r a
A alentar su esperanza le provoca.
Su amparo n e c e s i t a ,
Y sabe cuanto es loca
La o b s t i n a c i ó n d e a q u e l q u e , h a s t a la b o c a
En l a s o n d a s m i r á n d o s e l o grita.
B e l l a cual d e s u s b o s q u e s sale D i a n a ,
O c u a l la a m a b l e r e i n a de Citeres
Al d e j a r la m a n s i ó n de l o s p l a c e r e s ,
CANTO I.
La d a m a al m u s u l m á n s e m u e s t r a u f a n a ,
Y le dice : « Protéjante los cielos,
« Y protejan t a m b i é n de la q u e te a m a
« El h o n o r y la f a m a ,
« Q u e asi m a n c i l l a n t u s i n j u s t o s z e l o s . »
No de angustiada madre que á ver torna
Al hijo c a r o , á q u i e n l l o r ó p o r m u e r t o ,
E s el j ú b i l o i g u a l al q u e trastorna
El a l m a del f o g o s o S a c r i p a n t e
Cuando ve descubierto
De A n g é l i c a el a n g é l i c o s e m b l a n t e .
C i e g o d e a m o r , arrójase e n s u s brazos.
Ella c o n t i e r n o s l a z o s
Cariñosa l e e s t r e c h a . Hacia el oriente
S u vista al p u n t o v u é l v e s e y s u m e n t e ,
Y d e tornar á la r e g i ó n n a t i v a
S u a n s i a , al m i r a r al m u s u l m á n , se a v i v a .
Extensamente le refiere l u e g o
S u historia d e s d e el dia
En q u e , accediendo á s u ferviente r u e g o ,
A Sericania él dirigió s u v i a ,
Y c o m o , e n e s t e t i e m p o , h o n o r y vida
Le p r o t e g i e r a O r l a n d o ,
S u flor v i r g í n e a intacta c o n s e r v a n d o .
Y era a c a s o v e r d a d : m a s y o c o n f i e s o
Q u e v e r d a d tal c r e i d a
J a m a s s e r á p o r q u i e n c o n s e r v e el s e s o .
T u r b a d o d e s u a m o r p o r el e x c e s o ,
C r e y ó l o , e m p e r o , el c i e g o S a c r i p a n t e ;
Que a q u e l l o q u e d e l a n t e
De n u e s t r a vista e s t á , s ú b i t a m e n t e
S a b e e s c o n d e r a m o r al a l m a n u e s t r a 5
Clara y p a l p a b l e m e n t e
Tal v e z l a s c o s a s m a s o c u l t a s m u e s t r a ,
Moviéndola á que crea
Aquello solamente que desea.
« Si d e tan alto bien p u d o el d e Auglante
« D e s c o n o c e r el e l e v a d o p r e c i o ,
ORLANDO FLRIOSO.

« No seré y o tan necio ,


o

? A U e m % c o g e r é la rosa bel .a
« Que m a s tarde quizá n o c o g e r í a ,
„ Flor que toda doncella
,, S e d e j a arrebatar con a l e s n a ^
„ o n e en vano muestra e n o j o , t u
I Ora suplique ó se enfurezca agora ,
:SSilsLmpre, fingida.re—
„ o p o n d r á d e s u a m a n t e a l a violencia.
D i c e ; y para esta lucha
Gallardo se p r e p a r a ,
Cuando á su lado escucha
R u m o r c o n f u s o q u e s u i n t e n t o pw a.

P r e v i e n e , el flanco á su caballo o p w n e
Y el asta f u e r t e c o n su d i e s t r a e s g r i m e

Aparece montado un caballero.


Su v e s t i d o e s d e n i e v e e n
Blanco p e n a c h o a d o r n a s u c i m e r a
Su t r a z a e s n o b l e , s u ^
Al m i r a r l e l l e g a r , cerrarle el p a s o
p r e t e n d e el rey c i r c a s o ;
Mas é l , q u e n o l e cede e n b i z a m a ,
F u alta v o z l e insulta y desafia
s u valor m u l u a m e n t e a m b o s provocan
Y V o n la lanza e n ristre ambos se chocan.
A e m b a t e s tan crueles
¡So resisten s u s sólidos b r o q u e l e s :
Al e s t r u e n d o de golpes y amenazas
Agítase la tierra e s t r e m e c i d a ,
Y al f o r n i d o metal de s u s corazas
D e b e n l o s d o s el conservar la vida.
De ardor y enojo l l e n o ,
Su caballo d e frente
Empuja el u n o y o t r o c o m b a t i e n t e .
El á r a b e , q u e b u e n o
Entre los b u e n o s f u é , t e n d i d o q u e d a
Sin vida j u n t o al fiero s a r r a c e n o ,
A quien alzarse c o n su p e s o veda.
El caballero i n c ó g n i t o , q u e al s u e l o
Vino también e n el terrible d u e l o ,
Sentir al s u y o l a s e s p u e l a s hace.
Levántase con é l , y , c o n t e m p l a n d o
A su adversario q u e e n e l s u e l o y a c e ,
Y oportuno juzgando
Evitar q u e el c o m b a t e s e r e n u e v e ,
Por la selva al corcel a g u i j a e n b r e v e ,
Y de aquel sitio s e halla ya distante
Antes q u e e n pié se p o n g a Sacripante.
Cual labrador q u e , c i e g o , á tierra vino
Viendo á sus pies p r e c i p i t a r s e el r a y o
Que á s u s b u e y e s h i r i ó ,
Y al alto p i n o ,
Volviendo en sí d e s u m o r t a l d e s m a y o ,
Privado considera
De su erguida y p o b l a d a cabellera,- ,
A s í , c o n f u s o , el rey c i r c a s o nota
Que p r e s e n c i ó la dama s u derrota.
C i m e , d u é l e s e , agítase y s u s p i r a ,
Mas d e v e r g ü e n z a y d e ira
Que d e dolor. I n m ó b i l , sin aliento
Q u e d a , y por siempre a c a s o e n m u d e c i e r a
Si n o llegara Angélica al m o m e n t o ,
Y, a y u d á n d o l e á alzarse , n o dijera :
« No o s aflijáis, s e ñ o r , d e e s a m a n e r a ,
« Culpa vuestra n o f u é el haber caido ;
« Del bridón lo f u é s o l o , á q u i e n r e p o s o
Sacripante aterrado en presencia de Angélica. ( T . I . p . l » 0 « Mas q u e c o m b a t e h u b i e r a c o n v e n i d o .
« Ni t a m p o c o penseis q u e v i c t o r i o s o
« Salió d e la c o n t i e n d a e s e g u e r r e r o .
« P u e s , á haber a l c a n z a d o la victoria,

WlYfRSU« WlfO«
1
Affitta *
OBLANDO FURIOSO. c a n t o i.
15
« No fuera él quien primero , « Es el que paso va con tal e s t r u e n d o
« Por la espesura de la selva abriendo.
« Si, s í , él e s , su noble inteligencia
« Del potro que perdiste en la pendencia
A su c o r c e l , q u e v u e l a ,
Un mensajero triste y agitado « Viene sin duda á reparar la falta. »
Veloz del suyo el agareno salta
Por ir á asir el freno de Bayardo,,
Q u e , en volverse no t a r d o ,
Con la acerada planta le r e s p o n d e ;
Mas no llegara adonde
Estaba el musulmán , q u e , si l l e g a r a .
Un m o n t e de metal despedazara.

l(Elcaballo tetante; Manso l u e g o , cual can que á su a m o nota


Tras larga a u s e n c i a , y salta, y trisca y juega
« y de aquí se ha P ' ^ ^ ^ e r r e r o
En torno d e l , á Angélica se l l e g a ,
Baja la f r e n t e , el animal lozano

\&b£is¡ss-
Que la época recuerda , aun no r e m o t a .
En que en Albraca , con su linda m a n o ,
Lo cuidaba ella misma y lo nutria ,
Cuando en amor su pecho se abrasaba
« B r a d a m a n t e se llama „ Por el señor de Montalban, q u e , hoy dia
«< La ilustre virgen q u e eclip o « » Implora á la q u e e n t o n c e era su esclava.'
D i c e , v se aleja : el musulmán a u n o Con su siniestra en breve
I g l a W q u e hacer ó dec.r debe Coge la dama el e s p u m a n t e freno .
Y á desplegar sus labios no se atieve. Mientra el cuello acaricia con su diestra
T r i s t e i r r i t a d o , inquieto y pensativo, Del f o g o s o bridón , que no se m u e v e ,
M o n t a n d o en el bridón de la doncella, Y, cual c o r d e r o , tímido se muestra : '
j u n t o a s i la coloca deseoso La ocasion aprovecha el agareno
De l l e g a r á paraje d o , con e l l a , Y monta en él. Angélica la grupa
P u e d a gozar un poco de reposo;, Del suyo deja y el arzón ocupa.
te d o s millas apénas han c o r r i d o , M a s , volviendo los o j o s , un guerrero
C u a n d o insólito r u i d o
Ambos o y e n d o , vuelven la c a b e z a , De resonante acero
Cubierto ven llegar. Gime la d a m a
Y u n corcel ricamente enjaezado
Viendo al de A m o n , q u e , hasta ora indiferente.
Amor por ella siente
Hoy que ella en odio convirtió su llama.

^ t t S a S g R . Vecinas hay dos fuentes en Ardena


Que aguas producen de contrario e f e c t o ;
Dice la hermosa Angélica, « Bayardo
ORLANDO FURIOSO.
¿ P o r q u é del h o m b r e el c o r a z o n i n f l a m a
U n a d e a m o r l o s c o r a z o n e s llena-, Siempre pasión por desdeñosa dama?
Otra d e s t r u y e t o d o a m a n t e a f e c t o . 0 ¿ P o r q u é m i é n t r a s q u e bella
Amor bebió en aquella Juzga Reinaldo á aquella
El b u e n R e i n a l d o •, e n e s t a la d o n c e u a De q u i e n ha p o c o d e s d e ñ ó la c u i t a ,
P r o b ó el licor q u e , c o n v e n e n o mato, Ella a v e r s i ó n m a s f u e r t e
S i e n t e a g o r a por é l , q u e p o r la m u e r t e ?
« B a j a , l a d r ó n , d e e s e c a b a l l o , » grita
No b i e n la d a m a al p a l a d í n h a v i s t o , Al c i r c a s o el s e ñ o r d e C l a r o m o n t e :
D e r a b i a y d e d o l o r s u faz a r r u g a , « Baja y d a m e á mi A n g é l i c a , ó d i s p o n t e
Y seguirla en su fuga replica, « A p a g a r tu a r r o g a n t e a t r e v i m i e n t o ;
e s t e
« Baja; que no consiento
O r d e n a al ^ue^tra custodia acepto, « Q u e ni c a b a l l o , ni b e l d a d c u a l esa
« C u a n d o y o asi v u e s t r a s u p l i c a
« De u n v i l l a n o l a d r ó n p u e d a n s e r p r e s a .
« Sois v o s , s e ñ o r a v o s qm< q
« One a b a n d o n e l a l i d ? ¿ 1 a n \ n t u . v
« Tu s e r á s el l a d r ó n , l e n g u a a t r e v i d a ,
« De m f v a l o r t e n e i s ? E s t e r e p r o c h e « ( T a l al m e n o s p u b l í c a l o la f a m a ) »
« Al e s c u c h a r , n o ^ d o h e L l e n o d e furia el m u s u l m á n e x c l a m a .
« Q u e el c o m b a t e o l v i d a s t e i s > « Que la p r u e b a d e c i d a
« En q u e . c o n t r a u n e j e r c i t o , d e e s c u a o , « Cual d e l o s d o s m a s d i g n o e s d e e s a b e l l a
iLV'osWvi^inarmasydesnudo., " Si e s q u e mortal e x i s t a d i g n o d e ella. »
Nada r e s p o n d e A n g é l i c a , n i s a b e Cual, d e s p u e s de lanzar hasta los cielos
Penetrantes ladridos,
Los d i e n t e s r e c h i n a n d o c o n l o s z e l o s
m
^ v C — r ^ u ^ a n r e c l a m a Y los ojos en cólera encendidos,
Terribles s e a c o m e t e n d o s m a s t i n e s ;
Mas mfhistor^ su^endo hasta otro canto. A s í , d e las injurias y l a s v o c e s
A las a r m a s f e r o c e s
Vienen los dos valientes paladines;
M o n t a d o , Sacripante
Gran v e n t a j a al d e á pié l l e v a r p a r e c e ;
Combate de S a c a n t e ¡ c o n ^ ^ ^ 2 B a y a r d o e m p e r o , fiel c u a n t o p u j a n t e ,
Angélica. - Parte R e , n a k l ° T e a J a T - Encuéntrase Bra- De s u s e ñ o r e n d a ñ o 110 o b e d e c e ,

ttgffZ - ^de13
nornbre de Cariomagno - Tempestaü. ^ ^ ^
Y e n v a n o , c o n la e s p u e l a y c o n el f r e n o
P o r r e g i r l o s e e s f u e r z a el s a r r a c e n o .
De R e i n a l d o á la v i s t a s e c o n t i e n e
historia de Bradamante y de Roger. C u a n d o atacar el á r a b e d e s e a ;
injusto amor, q u e e n oponer te places Y brinca y c o r c o v e a
D e s d e n tirano á f é r v i d o d e s e o ,
Cuando le manda que su ardor refrene.
¿ porqué consistir haces
Tu gloria t o d a e n tan i n i c u o e m p l e o ?
ORLANDO FURIOSO.
¿ P o r q u é del h o m b r e el c o r a z o n i n f l a m a
Una d e a m o r l o s c o r a z o n e s llena-, Siempre pasión por desdeñosa dama?
Otra d e s t r u y e t o d o a m a n t e a f e c t o . 0 ¿ P o r q u é m i é n t r a s q u e bella
Amor bebió en aquella Juzga Reinaldo á aquella
El b u e n R e i n a l d o e n e s t a la d o n c e u a De q u i e n ha p o c o d e s d e ñ ó la c u i t a ,
P r o b ó el licor q u e , c o n v e n e n o mato, Ella a v e r s i ó n m a s f u e r t e
S i e n t e a g o r a por é l , q u e p o r la m u e r t e ?
« B a j a , l a d r ó n , d e e s e c a b a l l o , » grita
No b i e n la d a m a al p a l a d í n h a v i s t o , Al c i r c a s o el s e ñ o r d e C l a r o m o n t e :
De rabia y de dolor su faz a r r u g a , « Baja y d a m e á mi A n g é l i c a , ó d i s p o n t e
Y s e g u i r l a e n su fuga « A p a g a r tu a r r o g a n t e a t r e v i m i e n t o ;
« Baja; que no consiento
O r d e n a al ^ ^ t r a custodia acepto, « Q u e ni c a b a l l o , ni b e l d a d c u a l esa
« Cuando yo ^ vuestra suplica
« De u n v i l l a n o l a d r ó n p u e d a n s e r p r e s a .
« Sois v o s , s e ñ o r a v o s qm<
„ n . 1 P a b a n d o n e l a licl? ¿ 1 a n \ n t u . v
« Tu s e r á s el l a d r ó n , l e n g u a a t r e v i d a ,
« D e mivalor teneis? Este reproche « ( T a l al m e n o s p u b l í c a l o la f a m a ) »
« Al e s c u c h a r , n o ^ d o h e L l e n o d e furia el m u s u l m á n e x c l a m a .
« Q u e el c o m b a t e o l v i d a s t e i s y « Que la p r u e b a d e c i d a
« En q u e . c o n t r a u n e j e r c i t o , d e e s c a ñ o , « Cual d e l o s d o s m a s d i g n o e s d e e s a b e l l a
:LVqosWvi,sinarmasydesnado,> " Si e s q u e mortal e x i s t a d i g n o d e ella. »
Nada r e s p o n d e A n g é l i c a , n i s a b e Cual, d e s p u e s de lanzar hasta los cielos
Penetrantes ladridos,
Los d i e n t e s r e c h i n a n d o c o n l o s z e l o s
Y los ojos en cólera encendidos,
Terribles s e a c o m e t e n d o s m a s t i n e s ;
A s í , d e las injurias y l a s v o c e s
A las a r m a s f e r o c e s
Vienen los dos valientes paladines;
M o n t a d o , Sacripante
Gran v e n t a j a al d e á pié l l e v a r p a r e c e ;
Combate de S a c a n t e , c o n ^ ^ ^ 2 B a y a r d o e m p e r o , fiel c u a n t o p u j a n t e ,
Angélica. - Parte Reinaldo i j I n c u é n l r a a e Bra- De s u s e ñ o r e n d a ñ o 110 o b e d e c e ,

ttgffZ - ^de13
nornbre de Cariomagno - Tempestaü. ^ ^ ^
Y e n v a n o , c o n la e s p u e l a y c o n el f r e n o
P o r r e g i r l o s e e s f u e r z a el s a r r a c e n o .
De R e i n a l d o á la v i s t a s e c o n t i e n e
historia de Bradamante y de Roger. C u a n d o atacar el á r a b e d e s e a ;
injusto amor, q u e e n oponer t e places Y brinca y c o r c o v e a
D e s d e n tirano á f é r v i d o d e s e o ,
Cuando le manda que su ardor refrene.
¿ porqué consistir haces
Tu gloría t o d a e n tan i n i c u o e m p l e o ?
ORLANDO FURIOSO.

V i e n d o p o r finque, p o r r e g i r l o e « v a n o t
n ™ la f n c ^ z j , ora la astucia e m p l e a ,
F u r i o s o el m o V o , c o n t u i z q u i e r d a m a n o ,
A s e d e l b r u l o a l t i v o la m e l e n a ,
Y s e l a n z a v e l o z s o b r e la a r e n a .
E n t o n c e e m p i e z a el m a s feroz c o m b a t e ,

^ ^ » a e soslayo,

Con espada iracunda


D e s p l i e g a n l o s d o s Ínclitos g u e r r e r o s .
O r a fingidos, ora g o l p e s fieros
M u e s t r a n s u i n g e n i o o s u p u j a n z a rara.
Si el u n o e m b i s t e el o t r o s e s e p a , a
Si el b r a z o el u n o por
C o n s u b r o q u e l el o t r o s e d e f i e n d e ,
V e l o z u n o del o t r o e n t o r n o g i r a ,
y u n o s e a v a n z a y otro s e retira
E n e s t o , d e Reinaldo el d u r o a c e r o
T r e m e n d o g o l p e al m u s u l m á n d e s c a r g a .
S a c a n t e "el b r o q u e l d e f u e r t e c u e r o ,
C o n t r i p l e c h a p a d e m e t a l , alarga^
La s e l v a , a g o l p e tan atroz etumM
Y el e s c u d o saltó e n m a s d e un p e d a z o
H i r i e n d o al m u s u l m á n e l f u e r t e b r a z o .

D e l c i r c a s o la t u m b a ,
A tal g o l p e , la tímida d o n c e l l a
A b i e r t a p i e n s a v e r . De s u
L a púrpura e n un p u n t o se convierte
^ ^ " ^ ü n d e e s f a c o n t i e n d a
P u e d e serle fatal, llena de espanto
T u e r c e al b r i d ó n la r i e n d a v-u.Mumc ue neinaido y Saeripanle. (T. I, p. ;
Y a n s i o s a c o r r e por la e s p e s a s e l v a
S i a q u e el r o s t r o , q u e e m p a n a am go llanto,
T e m i e n d o v e r al q u e a b o r r e c e v u e l v a .
r;'~Wí'&. < -Jk
E n u n v a l l e , al salir d e la e s p e s u r a ,

« U8 i r r ^ m i e »
l í n e r m i t a ñ o e n c u e n t r a . A s u cintura
L u e n g a y n e v a d a barba d e s c e n d í a ;
D e v o c i o n inspiraba su p r e s e n c i a ,
Y, e n su g e s t o y su traje, parecía
Un m o n j e d e etrechisima conciencia.
Por la e d a d y el a y u n o e x t e n u a d o
I)e u n a s n o s i g u e las p a u s a d a s h u e l l a s ,
Cuando á Angélica ve. Su triste estado
Advirtiendo y su r i e s g o , hacia ella viene
Y s u corcel d e t i e n e .
Vuelve ella e n s i , y apénas entreabierto
Ha d e s u faz las fúlgidas e s t r e l l a s ,
Del c a m i n o s e inquiere
Que la c o n d u z c a al m a s vecino p u e r t o ,
P u e s para s i e m p r e abandonar la F r a n c i a ,
Por alejarse d e R e i n a l d o , quiere.
El a n c i a n o , q u e e n t i e n d e n i g r o m a n c i a ,
A la virgen a n i m a , la c o n f o r t a ,
Y á recobrar s u espíritu la e x h o r t a .
De s u bolsillo u n libro saca e n t a n t o ,
Y en él ¡ oh raro e n c a n t o !
No bien la p r i m e r página ha l e í d o ,
Cuando del s e n o sale d e la tierra
Un j o v e n q u e , instruido
De lo q u e d e b e hacer, hácia el paraje
Va d o , a r d i e n d o e n c o r a j e ,
S e hacen los d o s g u e r r e r o s cruda g u e r r a .
Y, e n t r e e l l o s c o l o c á n d o s e , les dice :
« ¿ A q u é aspirais lidiando d e esa suerte?
" ¿ Acaso la del u n o m a s felice
« Será por dar á su contrario m u e r t e ,
« Mientras q u e , c o n la b e l l a ,
« Única causa d e esa atroz q u e r e l l a ,
« T r a n q u i l o s e d i r i g e en este instante
« Hacia París el paladín d e Anglante ?

" A una milla d e aquí v í l o s , l.a p o c o ,


« Con risa hablar d e v u e s t r o e m p e ñ o loco.
« E n vez p u e s d e lidiar p e r la d o n c e l l a ,
CANTO II.
ORLANDO FURIOSO.
Vinieron Ferragut y el r e y circaso.
« S e g u i d , s e g u i d su h u e l l a , Por el d e m o n i o alucinado a g o r a ,
« M i f a d q u e la p e r d i s t e i s Se acerca el potro e n actitud sumisa.
uSi llega Orlando hasta París con ella.» Monta Reinaldo e n é l , y con tal prisa
Mudos á tal discurso Quiere ir e n pos d e aquella á q u i e n a d o r a ,
Q u e d a n l o s d o s . La colera l o s ciega Q u e , n o B a y a r d o , el viento
R e i n a l d o e n e s t o hacia e l corcel s e l l e g a , A s u impaciencia pareciera l e n t o .
Y ardientes cual la llama En busca del d e Anglante
E x h a l a n d o suspiros d e s u s lazos Toda la n o c h e d e correr n o c e s a ,
Jura arrancar á s u adorada J a m a , Que e n su alma lleva impresa
A Orlando h a c i e n d o el corazon p e d a z o . La falsa relación del n i g r o m a n t e ,
Y m o n t a n d o e n seguida Y asi llega á Paris, d o n d e e n c e r r a d o
Del árabe s e o l v i d a ; Carlos e s t á , d e s h e c h o y d e s t r o z a d o .
Solo y á pié lo deja e n la e s p e s u r a , Sabedor e s t e d e q u e el Moro a s e d i o
Y con la espuela apura A poner á s u corte s e p r e p a r a ,
Al caballo brioso , . Gente y v í v e r e s busca sin r e p o s o ;
Que, cual el viento, c o r r e , sin que foso, S u s baluartes r e p a r a :
P e ñ a s c o ni maleza Ceñirles hace de p r o f u n d o f o s o ,
D e t e n g a n d e s u curso la presteza. Y, por n o omitir m e d i o
Ni singular parezca Que pueda conducir á s u d e f e n s a ,
Que el b r i d ó n , antes p e r s e g u i d o e n v a n o , Pedir r e f u e r z o s al britano piensa.
Ora m a n s o o b e d e z c a Ansioso d e e m p e z a r esta campaña
De s u s e ñ o r á la iracunda m a n o . Y d e tentar la suerte d e la guerra
Del p a b e l l ó n del d u q u e vio Bayardo Al príncipe d e Amon manda á Brefaña.
A Angélica partir e n el m o m e n t o La nueva el héroe c o n pesar r e c i b e ;
En q u e su arzón habia No p o r q u e e n odio t e n g a aquella tierra,
D e s a m p a r a d o el paladin g a l l a r d o , S i n o porque e s t e viaje le prohibe
Por combatir con otro Tras la dama correr q u e la e n a m o r a .
De g r a n d e ardor y s u m a bizarría. A s u s e ñ o r , n o o b s t a n t e , sin d e m o r a
D o t a d o d e alta i n t e l i g e n c i a , el potro O b e d e c i e n d o , al viaje s e a p e r c i b e .
P a r t e , á Calés e n b r e v e s horas l l e g a .
A s u s e ñ o r aviso
De la f u g a d e Angélica dar quiso •, Y á la m e r c e d del piélago s e e n t r e g a .
Atento p u e s s i g u i e n d o s u carrera, Contra el sentir d e práctico p i l o t o ,
No permitió á Reinaldo que m o n t a s e , Por el afan q u e d e volver tenia,
T e m i e n d o q u e , m o n t a d o , le o b l . g a s e Surca el mar, q u e s u s limites ha roto
S u c a m i n o á torcer. De esta m a n e r a Y a m e n a z a r borrasca parecía;
D o s v e c e s á su bella P u e s , irritados Aquilón y N o t o ,
Ya le mostró•, m a s , por fatal a c a s o , Al mirar del guerrero la o s a d í a ,
A separarle della
2 G ORLANDO FURIOSO.

Soplan c o n tanta furia y tanta rabia


Oue s u m e r g e n al b u q u e basta la gabia.
Las g r a n d e s velas r e c o g i e n d o e n esto
El c a u t o m a r i n e r o , dar la v u e l t a
Quiere hacia el sitio d o , e n su ardor f u n e s t o ,
Dejó s o b r e la mar su nave suelta :
Mas d e la c o s t a e l v i e n t o l o s aleja
Y v o l v e r hacia Francia n o l e s deja.
Ya p o r la popa embiste-,
Ya p o r p r o a c o n í m p e t u a c o m e t e .
De l a s o l a s j u g u e t e ,
El m a r i n e r o triste
Q u i e r e , c o n cautos s e s g o s ,
De l o s e s c o l l o s evitar l o s r i e s g o s .
Mas á Reinaldo agora
Dejo e n m e d i o del piélago e s p u m a n t e
Para v o l v e r á hablar d e R r a d a m a n t e ,
Del r e y circaso insigne v e n c e d o r a .
Del d u q u e Amon y Beatriz n a c i d a ;
Del b u e n Reinaldo h e r m a n a ,
La gloria esclarecida
S o s t i e n e d e s u estirpe soberana.
Ilustre j o v e n á esta virgen ama.
De la hija d e Agolante
Nacido y de Roger, Roger s e l l a m a
Este j o v e n , caudillo d e Agramante.
A su pasión sincera
Rindió la bella dama
Un c o r a z o n q u e n o d e m a r m o l e r a ;
Pero v o l v e r l e á ver la s u e r t e impía
Jamas le c o n c e d i ó d e s d e aquel dia.
De encontrarlo impaciente
Incierta y sola vaga á la v e n t u r a ,
Y, cual e n m e d i o á n u m e r o s a g e n t e ,
Se contempla segura
De d e n s a selva entre la s o m b r a o s c u r a .
D e s p u e s que del circaso
H u m i l l ó c o n valor la altiva f r e n t e ,
Montes y v a l l e s , con lijero paso ,
Recorre y llega al borde d e u n a fuente.
Nace d e e l l a , y , c o n plácida c o r r i e n t e
Convidando á la calma y al d e s c a n s o ,
Por la pradera corre arroyo m a n á o .
Cubierto de hoja y d e m e n u d a g r a m a ,
Hácia el sinieslro l a d o ,
Un collado s e ve, y en él la d a m a
Un g u e r r e r o d e s c u b r e reclinado.
Del arroyo á la orilla
Y d e un b o s q u e t e á la fragante s o m b r a
Sobre la fresca a l f o m b r a ,
Ya v e r d e , ya e n c a r n a d a , ya a m a r i l l a ,
Solo, callado, pensativo y a c e ;
Un y e l m o al lado d e s u e s c u d o brilla,
Cerca del sitio d o el caballo p a c e ;
Graves al parecer s o n s u s e n o j o s ;
Sobre el p e c h o a p o y a n d o s u c a b e z a
En tierra clava s u s p r e c i a d o s o j o s .
Curioso a f e c t o , q u e e n el p e c h o s u e l e
Del mortal esculpir n a t u r a l e z a ,
A Brádamante hácia el g u e r r e r o impele
La causa por saber de su tristeza.
Prendado él d e la gracia y la d u l z u r a
De la insigne g u e r r e r a ,
En q u i e n mirar un j o v e n s e figura ,
Su historia c o m e n z ó d e e s t a manera :
« Al frente yo d e n u m e r o s a h u e s t e
« De á caballo y d e á p i é , m e e n c a m a r a b a
« Hacia el paraje ag e s t e
« Donde á Marsilio Cárlos a g u a r d a b a ,
« Y conmigo , señor, una doncella
« Llevaba a m a b l e , bella
« Y d e mi p e c h o e n c a n t o y m a r a v i l l a ,
« C u a n d o , al llegar del R ó d a n o á la o r i l l a ,
« Sobre un corcel alado
« Se m e aparece un caballero a r m a d o .
« No sé si era m o r t a l . ignoro si era
ORLANDO FURIOSO.

« Algún habitador del hondo averno; « El n i g r o m a n t e i n f a n d o


« M a s , cual c a e r s o b r e p o l l u e l o t i e r n o « Cautiva c u a n t a s b e l l a s
« Tal v e z s e d e j a el á g u i l a a l t a n e r a , « Puede encontrar, sin que jamas suavice
« S o b r e mi d a m a asi s e p r e c i p i t a , « S u s a ñ a , ya el furor, ya el e c o b l a n d o
« Y, sin d o l e r s e d e m i a m a r g a c u i t a , « Del a m a n t e i n f e l i c e
« S e a l z a v e l o z á la c e l e s t e e s f e r a . « Q u e e n v a n o l e suplica ó l e m a l d i c e .
« E n v a n o , e n v a n o m í s e r a m e grita « ¡ Misero o h ! n o m e q u e d a o t r o c o n s u e l o
« Q u e s o c o r r o l e d é . ¿ C ó m o al q u e v u e l a « Q u e el sitio v e r d o y a c e el a l m a m i a !
« S e g u i r á pié c u a n d o e n t r e r i s c o s m e h a l l o , « I n q u i e t o c u a l raposa q u e h á c i a el c i e l o ,
« Y c u a n d o , i n d i f e r e n t e ya á la e s p u e l a , « Entre las g a r r a s d e á g u i l a , á s u cria
« Alzarse v e , m e a g i t o , y , d e la roca
« ü n p a s o dar n o p u e d e mi c a b a l l o ?
« Por l l e g a r á l o s u m o ,
« De furor y pesar mi pecho l l e n o ,
« El valor q u e la c ó l e r a p r o v o c a
« Sin j e f e , á la v e n t u r a a b a n d o n a n d o
« En e s f u e r z o s e s t é r i l e s c o n s u m o .
« Las t r o p a s d e m i m a n d o ,
« En e s t o , p r e c e d i d o s de u n e n a n o ,
« Vago gran rato e n áspero t e r r e n o ,
« Llegan, llenos d e ardor y d e e s p e r a n z a ,
" Y , por i g n o t a y d e s u s a d a s e n d a ,
« Dos guerreros de aliento y de pujanza.
« E n b u s c a v o y 'de mi a d o r a d a p r e n d a .
« E s el u n o Gradaso el S e r i c a n o ;
« S e i s v e c e s v i ó m e , al d e s p u n t a r , el dia
« R o g e r el o t r o , paladín v a l i e n t e
« Selvas y c a m p o s c o n camino incierto
« De g r a n r e n o m b r e e n t r e la m o r a g e n t e .
« Recorrer, do sin g u i a ,
• I « Al v e r q u e v i e n e n d e s u e s f u e r z o p r u e b a
« En vano huella h u m a n a
« A h a c e r , c o n t r a el s e ñ o r d e e s e e d i f i c i o ,
« Mi i n q u i e t a v i s t a p o r hallar s e afana.
« Guerreros, dije, á compasion os mueva
« U n v a l l e e n fin a d v i e r t o ,
« De mi p e c h o el d o l o r , y si p r o p i c i o ,
« Triste, inculto, desierto,
« Cual p i e n s o , o s e s el c i e l o e n esta g u e r r a ,
« Cubierto d e p e ñ a s c o s y de abrojos.
« D a d m e la d a m a q u e el castillo e n c i e r r a .
« E n m e d i o d é l , c o n majestad se e n c u m b r a
« Mi d e p l o r a b l e h i s t o r i a
« Un s ó l i d o p a l a c i o q u e l o s o j o s
« Entonces entre lagrimas les narro;
« D e l q u e s e a c e r c a h a s t a s u pié d e s l u m h r a .
« Y en tanto q u e e l l o s , con ardor b zarro,
« De fúlgido cristal h e c h o s parecen « Del c o m b a t e s u s p i r a n por la g l o r i a ,
« Sus muros y s u s torres desde lejos, « Por r o g a r al S e ñ o r l e s d é victoria
c Y sus vivos reflejos, « Del sitio d e la lid y o m e r e t i r o ,
« Al a c o r t a r s e la d i s t a n c i a , c r e c e n « Y d e s d e Iéjos m i r o
« Allí s u p e d e s p u e s q u e e d i f i c a d a « La q u e s e traba e n el p e q u e ñ o e s p a c i o
« F u é por arte i n f e r n a l e s t a m o r a d a , « Do estriban l o s c i m i e n t o s del palacio.
« Y t e m p l a d o el m e t a l d e q u e c u b i e r t a s , « Quien el c o m b a t e r o m p a
« S i n jamas e m p a ñ a r s e , resplandecen « S o m e t e n al a c a s o ,
« Sus a l m e n a s , s u s torres y sus puertas. « Q u e el n o m b r e p r o c l a m ó del r e y Gradaso.
« Corriendo s i n cesar e n torno d e l l a s , T. I. 2
ORLANDO FURIOSO.
« Que Jos objetos t o d o s descolora.
« Los e c o s d e su trompa
« No e x a g e r o , señor -, cual os l o d i g o ,
« E s t r e m e c i e n d o el valle y el collado,
« Tuvo lugar la lucha aterradora
« Del alcázar e n breve
« De que yo fui el ú n i c o testigo.
« Al morador aleve
« De rica tela su broquel cubierto
« Hacen salir sobre el corcel alado.
« C u a l grulla que rastrea, « Al brazo lleva el m a g o , y yo no acierto
« P o r q u e difiere e u descubrirlo t a n t o ,
« Antes d e alzarse al a i r e , por el s u e l o , « Siendo así que al mas fuerte y a g u e r r i d o ,
« Y q u e las a l a s , por tomar su v u e l o , « De la vista privando y del s e n t i d o ,
« Una y mil v e c e s desplegar d e s e a , « Le arroja al suelo con mortal espanto.
« Cuando e n m e d i o á los aires ya se v e a ,
« Y o , bien que á largo trecho del castillo,
« Sus p l u m a s agitando,
« Vengo á tierra también al ver s u brillo;
« Ya á e s c o n d e r s e en el s e n o de alta n u b e
" Y, en mí v o l v i e n d o , en v a n o
« Asi las s u y a s m u e v e el m o n s t r u o m i a n d o ,
« Busco á los combatientes y al enano.
« A do n o llega un águila se s u b e ,
« Entonces persuadido de q u e el viejo
« Y, surcando otra vez el aire v a g o ,
« Los ha sumido e n su fatal m a z m o r r a ,
« Cual buitre sobre tímida paloma
« Y q u e , merced al portentoso e s p e j o ,
« Sobre el rey sericano se desploma.
« Hallar no puedo ya quien m e s o c o r r a ,
« En su l o r i g a , con crujido a c i a g o , « Con faz turbada y mustia
« S u lanza troncha el furibundo m a g o , « Huyo del sitio do mi vida q u e d a :
« Y d e n u e v o al espacio se levanta; « Ved, señor, si hay angustia
« Mas e s la furia tanta « Que á la de mi alma compararse pueda. »
« Con q u e , otra vez bajando, le a r r e m e t e , Tales palabras sin rubor pronuncia
« Que derriba al caballo y al jinete. Este cobarde caballero, e n tanto
« Al ver al rey de Sericania en tierra, Que s u s mejillas surca amargo llanto.
« Llega Roger-, m a s , con presteza altiva, Hijo del conde A n s e l m o de Maguncia,
« Sobre él feroz el nigromante cierra. Cual toda su p r o g e n i e , Pinabelo
« Impávido Roger, el golpe esquiva De cuantos vicios hay era modelo.
« Y á d e v o l v e r l o está su mano p r o n t a , De Bradamaute el amoroso f u e g o
« Cuando d e n u e v o el monstruo se remonta. Viene esta nueva á alimentar: mas l u e g o
« Torna á bajar-, y el yelmo y la coraza En dolor su entusiasmo se c o n v i e r t e ,
« A Roger v á Gradaso d e s p e d a z a , Al pensar en su a m a d o y en la suerte
« P u e s , sin que nunca la respuesta e s p e r e , Que en el alcazar le reserva el hado.
« Enfurecido hiere Con preguntas ansiosa
« Siempre léjos del punto que amenaza. Sobre Roger á Pinabelo a c o s a ,
« Los guerreros se ofuscan Y, su dolor un tanto m i t i g a d o ,
« Y e n v a n o un medio de alcanzarle buscan. « Marchemos, d i c e , á esa mansión horrenda
« Así dura el combate, hasta quo el suelo « Do presa g i m e mi adorada p r e n d a ,
« Viene á encubrir la noche con el velo
ORLANDO FURIOSO.

O á quedar con él presa


« Que vana no será nuestra fatiga
« Si la suerte n o s e s un t a n t o amiga. » Si no corona el é x i t o su empresa.
- « ¿ Q u i e r e s , la dice el c o n d e , q u e de nuevo Del mensajero e n l ó n c e s se d e s p i d e ,
Y miéntras é l , contento y satisfecho,
« E s o s m o n t e s yo c r u c e ,
«Y el camino te e n s e ñ e A Marsella se v u e l v e ,
Con el conde resuelve
« Que al castillo del m á g i c o c o n d u c e ?
« P u e s perdí la e s p e r a n z a , n a d a debo La insigne dama proseguir su viaje.
« Desde hoy t e m e r ; m a s , b i e n que yo desdeñe Mas conocer al maguntino han hecho
« T o d o p e l i g r o , si del m a g o l u e g o La llegada del nuncio y su m e n s a j e ,
« Ser víctima te t o c a , Que del noble linaje
Del duque Amon d e s c i e n d e la doncella.
« D e s d e ahora te r u e g o
« Que solo culpes á tu audacia loca. » Tan antigua querella
Existe, y odio tan profundo y tanto
D i c e , y las riendas t o m a . Ella le s i g u e
Entre la infame raza de Maguncia
Sin reparar el porvenir f u n e s t o
Y la de Montalban , q u e , con e s p a n t o ,
Que le aguarda si el triunfo no c o n s i g u e .
De los arroyos se tifió la juncia
«Deten, detente, » en esto
Mas de una v e z en liquido amaranto.
Grita d e lejos u n a v o z . El paso
Bradamante c o n t i e n e , T e m b l a n d o , p u e s , d e ser r e c o n o c i d o ,
Y al mensajero v e que al r e y circaso De dejar á la v i r g e n , c o n a n h e l o ,
Una ocasion aguarda el fementido.
Tendido halló d e s p u e s d e s u fracaso.
Y está tan agitada, entre el r e c e l o ,
De Montpeller y de N a r b o n a viene
La duda y el rencor, su fantasía,
Con la noticia cuanto i n f a u s t a cierta
Que del recto camino le desvía
D e q u e , unido al p e n d ó n d e esta c o m a r c a ,
Y á una selva dirige s u s pisadas.
Se alzó la costa toda d e A g u a m u e r t a .
En medio de esta selva se alza un m o n t e
E n justo premio de s u e s f u e r z o r a r o , Del cual ponen las peñas escarpadas
A Bradamante concedió e l monarca Fin , por aquella p a r t e , al horizonte.
C u a n t o , entre el Rin, el R ó d a n o y el Varo, Allí llegando, y su fatal proyecto
Comprende el territorio d e Marsella-, Queriendo el impostor llevar á e f e c t o ,
Mas esta ínsula b e l l a , Dice á la dama : « De esta oscura selva
De su señora el p o d e r o s o amparo " Salgamos ántes que en su sombra envuelva
Necesitando, un mensajero expide " La n o c h e al m u n d o ; q u e , hácia el otro lado
Que su consejo y p r o t e c c i ó n le pide. « De ese m o n t e e s c a r p a d o ,
Suspensa largo rato B r a d a m a n t e « En fértil v a l l e , hay un castillo h e r m o s o .
Q u e d a , del nuncio al e s c u c h a r la a r e n g a , « Aguárdame tú a q u í ; que allá primero
Sin saber hácia d o n d e , e n este i n s t a n t e , « Ir por mí propio á cerciorarme quiero. »
Volver su apoyo y su v a l o r convenga. Dice; y lanzando su corcel b r i o s o ,
Entre su amor y su Í n t e r e s fluctuante, Del m o n t e sube á la pelada cresta
A salvar á su amante s e d e c i d e ,
3 0 ORLANDO FURIOSO.
No se cumplió el afan de Pinabelo
D o n d e , U e n o del ansia que le a n i m a , De la i n o c e n t e j o v e n en la s u e r t e ;
Su odioso p l a n a ejecutar s e ^ p r e s U ^ Pues q u e el r a m o , al bajar, tocó en el
suelo
Corlada en tajo allí v e s e e n l a i o c a Y ella e n su brazo se sostuvo fuerte.
Treinta varas ó mas oscura s i m a , Favor sin duda fué del cielo s a n t o ,
v e n o r n a s hondo del l a , por su b o c a . El q u e así la libró de injusta muerte.
S e I s c l e una puerta', q u e da entrada T u r b a d a , e m p e r o , un tanto
A o t r a estancia mayor y que aparece Q u e d ó , c o m o yeréis e n otro canto.
Por fúlgido fanal iluminada.
Miéntras que de la cueva en
O b s e r v á n d o l a el conde estar p a r e c e , CANTO III.
A aquel sitio la v i r g e n se a d e l f a.
Viendo él asi frustrados sus afanes La maga Melisa descubre á Bradamante la genealogía de la casa
D e r u i n a y muerte meditando p l a n e s , de Este, y le indica los medios de libertar á Roger. — Marcha
la hija de Amon al socorro de su amante.
A B r a d a m a n t e dice
O u e , en lo hondo d e la c u e v a ,
Vió n o ha mucho una j o v e n infelice, ¿Quién la v o z m e dará, quién el acento
Cuva faz bella y cuyo rico traje Que de tan alto a s u n t o digno s e a ?
S o n de alto origen evidente prueba ¿Quién á mi verso habrá que infunda aliento
« Del llanto que á sus gracias hace ulti aje Proporcionado á tan sublime idea ?
« E n v a n o , a ñ a d e , c o n a n h e l o vivo N ú m e n mayor q u e aquel q u e el alma mía
« He i n d a g a d o el motivo-, Suele inflamar, inflámeme este d i a ,
« Que un monstruo con violencia En q u e á cantar v o y timbres y blasones
« La acaba de arrancar de mi presencia. » Del linaje mas noble y mas f e c u n d o
Que, e n larga serie de ínclitos v a r o n e s ,
F e la guerrera presta
Bajó del cielo á gobernar el m u n d o ,
Al discurso falaz de P i n a b e l o ,
Y á la caverna á descender se apresta Y q u e ( s i e n mí no yerra
p o r dar á la que gime algún consuelo. El profético genio que m e inspira)
De un olmo alli vecino Ha d e v e r s e jamas en paz ó e n guerra.
Su espada largo vástago divide ; ¡ Mas ah ! ¿ c ó m o mi lira ,
Con él el fondo de la cueva mide , D i g n a m e n t e este asunto celebrara,
Y el un extremo dando al m a g u n t i n o , Cuando apénas bastara
Le manda no lo s u e l t e , y sin tardanza La q u e cantó de Júpiter la ira
Cuando del Etna en la prisión ardiente
En el abismo impávida se lanza.
Precipitó del Encélado a la g e n t e ?
Al ver el conde el riesgo de la d a m a ,
Por t í , s o l o , inspirado ¡ oh almo F e b o !
Con sonrisa feroz suelta la rama
Diciendo así :«c ¡ P l u g i e s e al Dios del cielo Empresa tal á acometer m e atrevo -,
« Tu linaje enemigo Y si al c i n c e l con que en el mármol d u r o ,
« Concederme extinguir todo contigo. »
3 0 ORLANDO FURIOSO.
No se cumplió el afan de Pinabelo
D o n d e , U e n o del ansia que le a n i m a , De la i n o c e n t e j o v e n en la s u e r t e ;
Su odioso p l a n a ejecutar s e ^ p r e s U ^ Pues q u e el r a m o , al bajar, tocó en el
suelo
Corlada en tajo allí v e s e e n l a i o c a Y ella e n su brazo se sostuvo fuerte.
Treinta varas ó mas oscura s i m a , Favor sin duda fué del cielo s a n t o ,
v e n o m a s hondo d e l t a , por su boca . El q u e así la libró de injusta muerte.
S e I s c l e una puerta', q u e da entrada T u r b a d a , e m p e r o , un tanto
A otra estancia mayor y que aparece Q u e d ó , c o m o yeréis e n otro canto.
Por fúlgido fanal iluminada.
Miéntras que de la cueva en
O b s e r v á n d o l a el conde estar p a r e c e , CANTO III.
A aquel sitio la v i r g e n se a d e l f a.
Viendo él asi frustrados sus alanés La maga Melisa descubre á Bradamante la genealogía de la casa
D e r u i n a y muerte meditando p l a n e s , de Este, y le indica los medios de libertar á Roger. — Marcha
la hija de Amon al socorro de su amante.
A B r a d a m a n t e dice
O u e , en lo hondo d e la c u e v a ,
Vio no ha mucho una joven mfelice, ¿Quién la v o z m e dará, quién el acento
Cuya faz bella y cuyo rico traje Que de tan alto a s u n t o digno s e a ?
S o n de alto origen evidente P ™ e b a ; ¿Quién á mi verso habrá que infunda aliento
« Del llanto que á sus gracias h a c e ulti aje Proporcionado á tan sublime idea ?
N u m e n mayor q u e aquel q u e el alma mia
« E n v a n o , a ñ a d e , c o n a n h e l o vivo
Suele inflamar, inflámeme este d i a ,
« H e i n d a g a d o el m o t i v o ;
En q u e á cantar v o y timbres y blasones
« Oue un monstruo con violencia
Del linaje mas noble y mas f e c u n d o
« La acaba de arrancar de mi presencia. »
Que, e n larga serie de ínclitos v a r o n e s ,
F e la guerrera presta
Bajó del cielo á gobernar el m u n d o ,
Al discurso falaz de P i n a b e l o ,
Y á la caverna á descender se apresta Y q u e ( s i e n mí no yerra
p o r dar á la que gime algún consuelo. El profético genio que m e inspira)
De un olmo alli vecino Ha d e v e r s e jamas en paz ó e n guerra.
Su espada largo vástago divide ; ¡ Mas ah ! ¿ c ó m o mi lira ,
Con él el fondo de la cueva mide , D i g n a m e n t e este asunto celebrara,
Y el un extremo dando al m a g u n t i n o , Cuando apénas bastara
La q u e cantó de Júpiter la ira
Le manda no lo s u e l t e , y sin tardanza
Cuando del Etna en la prisión ardiente
En el abismo impávida se lanza.
Precipitó del Encélado a la g e n t e ?
Al ver el conde el riesgo de la d a m a ,
Por t í , s o l o , inspirado ¡ oh almo F e b o !
Con sonrisa feroz suelta la rama
Diciendo así :«c ¡ P l u g i e s e al Dios del cielo Empresa tal á acometer m e a t r e v o ;
« Tu linaje enemigo Y si al c i n c e l con que en el mármol d u r o ,
« Concederme extinguir todo contigo. »
32 ORLANDO FURIOSO.

Tras l a r g o atan y c o n e s t u d i o i n m e n s o ,
Grabar s u s n o m b r e s y s u s h e c h o s p i e n s o ,
Impulso d a s , e n t o n c e
De c o n s e g u i r m i o b j e t o e s t o y s e g u r o .
D u r o e s m a s q u e la r o c a , m a s q u e e l b r o n c e ,
El p e c h o del c o b a r d e Pinabelo ,
Q u e del t e m o r á g u a r e c e r n o alcanza
R o b u s t o e s c u d o , ni l o r i g a f u e r t e ,
Ni la i n i c u a e s p e r a n z a
De h a b e r ya d a d o á B r a d a m a n t e m u e r t e .
En e l l a , e m p e r o , h a l l a n d o a l g ú n c o n s u e l o
Se aleja d e la c u e v a ,
Y , á delitos d e l i t o s a g r e g a n d o ,
En s u b r i d ó n m o n t a n d o ,
C o n él el d e s u v i c t i m a s e l l e v a .
D e j é m o s l e m a r c h a r , y m i e n t r a él m i s m o
Va c a v a n d o el a b i s m o
Q u e lo ha d e s e p u l t a r , á la d o n c e l l a
Volvamos q u e s u muerte y sepultura
Hallar allí c r e y ó ; m a s n o bien ella ,
Del r u d o g o l p e u n tanto r e c o b r a d a ,
Los o j o s t o r n a á abrir, s e e n t r a al a c a s o
P o r puerta q u e a l l í ñ o l a y q u e da p a s o
A otra estancia m a s grande, por columnas
De r i q u í s i m o j a s p e s u s t e n t a d a .
D e esta s a l a , q u e á un t e m p l o e n l a figura
Se a s e m e j a e n e l g u s t o y el a d o r n o ,
En m e d i o s e l e v a n t a
U n a r a , a n t e l a c u a l d e n o c h e y dia
Arde fúlgida l á m p a r a que en torno
Esparce r e s p l a n d o r en ambas salas.
De pura d e v o c i o n , d e humildad santa
M o v i d a la d o n c e l l a , allí s e i n c l i n a ,
Y al Ser e t e r n o , e n alas
Del d e s e o , p l e g a r i a s e n c a m i n a .
Óyese en e s t o u n quicio que rechina.
S u e l t o el c a b e l l o , d e s c e ñ i d o el t r a j e ,
D e s c a l z o el p i é , p r e s é n t a s e u n a d a m a

m j m
Q u e , á la d e Amon llamando por s u n o m b r e ,
« Del c i e l o , n o del h o m b r e
« E s , le d i c e , el querer q u e aqui te guia.
« Esta e s la a n t i g u a , m e m o r a b l e gruta
« Que construyó Merlin , f a m o s o m a g o
« A quien , no obstante su saber, astuta
« Logró burlar la dama infiel del Lago.
« De aquella t u m b a , d o n d e v i v o entrara
« Para n o salir m a s , bajo la losa
« Su ceniza reposa.
« V i v o , e m p e r o , s u espíritu s e encierra
« Y ha d e encerrarse e n ella hasta el m o m e n t o
« En q u e , por darle gloria ó e s c a r m i e n t o ,
« Dejar s u tumba á l o s m o r t a l e s haga
« Del ángel del S e ñ o r la trompa aciaga.
« Clara su v o z , el m á r m o l traspasando
« Que sus r e s t o s o c u l t a ,
« Lo q u e e s , ha s i d o y ha d e ser revela
« Al q u e , aquí d e s c e n d i e n d o , le consulta.
« Dias ha ya q u e d e lejano clima
« Vine á e s t e c e m e n t e r i o ,
« P o r q u e d e la alta ciencia q u e m e anima
« Me aclarara Merlin algún misterio.
« Supe al llegar q u e , por e x t r a ñ a s v i a s ,
« Venir á visitar á e s t e paraje
« Las cenizas del m á g i c o debias.
« Un m e s por verte diferí mi v i a j e ,
« Y, llena d e placer, c u m p l i d o h o y v e o
« El o r á c u l o , al par q u e mi d e s e o . »
A la insigne doncella maravilla
Esta revelación. Confusa , incierta ,
Duda si s u e ñ a ó bien si está despierta.
Y d e rosas tiñiendo la mejilla,
Modesta e x c l a m a c o n turbado labio :
« ¿Qué valgo yo para q u e así mi suerte
Bratlamanle en la gruta de Merlin. (T. 1, p. 3 3 . ) « Interese á un espíritu tan s a b i o ? »
Alegre de la insólita a v e n t u r a .
Por las pisadas d e la dama amig;
ORLANDO FURIOSO. CANTO NI. 35
L l e g a á la s e p u l t u r a Del infierno s a l i d a s ,
Que l o s d e s p o j o s d e Merlin abriga. O no sé d e q u é p a r t e , r e u n i d a s
La l o s a ( o r a h a y a j a s p e s ó alabastros Allí m i l e s d e s o m b r a s s e e n c o n t r a b a n
Que las s o m b r a s d e s t i e r r e n , ora e f e c t o Q u e , c o n d i s t i n t o a s p e c t o y traje v a r i o ,
De t a l i s m a n e s , d e o b s e r v a d o s a s t r o s , P o r e n t r e aquellas b ó v e d a s v a g a b a n .
De s a h u m e r i o s ú otra causa s e a ) Seguida d e la c é l e b r e d o n c e l l a ,
De m o d o r e s p l a n d e c e , q u e distinto Hácia el t e m p l o la m a g a s e a d e l a n t a ,
A la vista p r e s e n t a cada c u a d r o , Y , un c í r c u l o t r a z a n d o e n t o r n o d e l l a ,
Cada estatua y r e l i e v e Cual un m u r o l e v a n t a ,
De las q u e o r n a n s u m á g i c o r e c i n t o . Que á l o s e s p e c t r o s traspasar p r o h i b e ,
La planta a p é n a s á m o v e r s e a t r e v e E n c a r g a n d o á la v i r g e n el silencio.
E n él la ilustre d a m a , Y a b r i e n d o un l i b r o , á los e s p e c t r o s h a b l a
C u a n d o , s a l i e n d o d e la h u e c a t u m b a . Q u e , en c o n f u s o t r o p e l , s a l i e n d o e n e s t o
En su á m b i t o r e t u m b a De la e s t a n c i a v e c i n a ,
Claro el a c e n t o d e Merlin, q u e e x c l a m a : El c e r c o q u e t r a z ó l e s la a d i v i n a
« Propicia s i e m p r e a tu q u e r e r f o r t u n a Se esfuerzan por r o m p e r ; m a s , detenidos
« Se m u e s t r a , ¡ o h virgen noble y denodada! Una v e z y otra v e z p o r u n a m a n o
« Por el d e d o s u p r e m o d e s i g n a d a Invisible y s e c r e t a ,
« A s e r ilustre c u n a T r e s v u e l t a s dan en v a n o
« De u n ínclito l i n a j e , c u y a g l o r i a Y tornan á la t u m b a del P r o f e t a .
« E t e r n a harán l o s fastos de la historia. « Bien q u e una n o c h e e n t e r a n o e s b a s t a n t e ,
« De la s a n g r e d e Troya antigua y n o b l e , Dice e n t o n c e s Melisa á B r a d a m a n t e ,
« Que por v e n e r o d o b l e « A e n u m e r a r los n o m b r e s , las h a z a ñ a s
« S e m e z c l a e n t í , s a l d r á n altos v a r o n e s , « De e s a s al p a r e c e r s o m b r a s e x t r a ñ a s ,
« Por c u y o brazo y cuya c i e n c i a , en b r e v e , « Y q u e tu e s t i r p e han d e animar u n d i a ;
« Sus antiguos blasones « Empezaré, y entre ellas eligiendo
« Italia v e r r e c u p e r a d o s d e b e . « Las q u e m a s tu a t e n c i ó n fijar m e r e z c a n ,
« De tí n a c e r á n r e y e s q u e d e N u m a « S u s títulos d e gloria r e f i r i e n d o
« Y d e A u g u s t o el felice « A m e d i d a te iré q u e c o m p a r e z c a n .
« Siglo r e c o r d a r á n ; m a s si d e l c i e l o , « ¿Yes e s e q u e d e t o d o s va d e l a n t e ,
« Que d e R o g e r á e s p o s a te d e s t i n a , « Y q u e á tí te a s e m e j a e n el s e m b l a n t e ?
« Anhelas que el designio se realice, « De tu p r o l e el p r i m e r o
« Tu plan s i g u i e n d o , impávida y c o n s t a n t e , « E s e será q u e ha d e dar gloria á Italia.
« Al l a d r ó n e x t e r m i n a « L o s c a m p o s d e Poitiers e n b r e v e e s p e r o
« Q u e o p r i m e e n dura cárcel á tu a m a n t e . » « Verle teñir e n s a n g r e d e l d e Galia;
Calló M e r l i n , d e j a n d o á la h e c h i c e r a « D e s p u e s q u e en u n traidor, c o n brazo fuerte,
Que e m p e z a s e á mostrar á Bradamante « De su p a d r e infeliz v e n g u e la m u e r t e .
Los h é r o e s d e s u e s t i r p e v e n i d e r a . « Del r e y d e los L o m b a r d o s , D e s i d e r i o ,
3(5 ORLANDO FURIOSO.

« D e s t r o z a r á la h u e s t e , „ . . « De la bella M a t i l d e , cuya m a n o
« y , e n p r e m i o d e e s t a h a z a ñ a , el b e l l o i m p e r i o « De casi m e d i a Italia
« Recibirá d e C a l a o n y d e E s t e . « P o n e e n la s u y a el cetro s o b e r a n o .
« U b e r l o v a tras él. Del s u e l o h e s p e r i o « Hijo s u y o e s a q u e l , aquel R e i n a l d o
« Y d e las armas g l o r i a , por s u espada « Q u e d e la I g l e s i a , q u e p r o f a n a , arroja
« Mas d e u n a v e z la Iglesia « Al i m p í o F e d e r i c o Barbaroja.
« Del f u r o r del i n f i e l s e r á salvada. « A c i o e s t a m b i é n aquel q u e , d e V e r o n a
« Alberto es e s e , capitan invicto, « O c u p a n d o el h e r m o s o territorio ,
«, Que c o n tanto trofeo « Titulado será m a r q u e s de A n c o n a
« A d o r n a r á l o s t e m p l o s . Con el v e o « Por Otón c u a r t o y el s e g u n d o H o n o r i o .
« A Hugo su h i j o , q u e en gloriosa guerra « Mas ¿ c ó m o p u e d o e n t é r m i n o tan c o r t o
« Las m i l a n e s a s s i e r p e s d e s e n t i e r r a . « Los n o m b r e s y l o s h e c h o s r e v e l a r t e
« Acio e s a q u e l , q u e d e s u h e r m a n o m u e r t o « De c u a n t o s ha d e v e r el m u n d o a b s o r t o
« La I n s u b r i a h e r e d a r á . De afan p r o l i j o « D e f e n d e r d e la Iglesia el e s t a n d a r t e ?
« L l e n o c a b e él á un A l b e r t a c i o a d v i e r t o « Obizo e s e s e ; a q u e l e s otro F o l c o ,
« Q u e á B e r e n g u e r y á s u hijo « Acios aquesos son ; Hugos a q u e l l o s ;
« De Italia e x p u l s a r á •, s e r v i c i o i n s i g n e « Junto á s u padre e s t á n los d o s E n r i q u e s •
« Q u e d e A l d a , s u h e r e d e r a , para e s p o s o « Dos G u e l f o s allá v e s ; el uno d e e l l o s '
« Al r e y O t ó n h a r á q u e l e d e s i g n e . « Vestirá d e E s p o l e t o el ducal m a n t o ,
« Aquel es otro H u g o , cuyo acero « Y á s u p o d e r s o m e t e r á la Umbría
« Del d e s u p a d r e d i g n o « Acio q u i n t o e s aquel q u e e n a l e g r í a
« H u m i l l a n d o al R o m a n o , á Otón t e r c e r o « Ha d e trocar de toda Italia el l l a n t o
« L i b e r t a r á , s a l v a n d o al V a t i c a n o . « P o r el s e r á v e n c i d o , y p r e s o y m u e r t o
« A Fosco aquende n o t o , « El tirano E z e l m o , c u y a furia
« Q u e , c e d i e n d o á su h e r m a n o « Le hará pasar por hijo del d e m o n i o .
« V la r u m a sefrá del s u e l o a u s o n i o '
« C u a n t o p o s e e e n la r e g i ó n a u s o n i a ,
« Al l a d o d é l , p a r e c e r á n b e n i g n o s
« Vasto ducado heredará remoto.
« De s u m a d r e la c a s a d e S a j o n i a , «Mario Sila N e r ó n , C a y o y A n t o n i o .
« Próxima ya á extinguirse, « Del f u r o r d e l s e g u n d o F e d e r i c o
« Heredará y á tan ilustre herencia « Libertara también á toda Italia
« Dará g r a n n o m b r e y clara d e s c e n d e n c i a . « Este A c i o q u i n t o ; y v e n c e d o r , el c e t r o
« Ese , s e g u n d o Acio, « L m p u n a r a d e l territorio rico
« Será cortes a u n m a s que belicoso. « D o n d e d e l hijo la desgracia i n m e n s a
« S u s h i j o s s o n B e r t o l d o y Albertacio : « Cantara A p o l o e n d o l o r i d o m e t r o •
« Vencedor este del s e g u n d o Enrique, « Que a g r a d e c i d o el gran pastor r o m a n o ,
« Con s a n g r e d e l g e r m a n o « D e su valor en justa r e c o m p e n s a ,
« Ha d e t e ñ i r el s u e l o p a r m e s a t i o , « Le hara d e e s t o s d o m i n i o s s o b e r a n o .
« Y d i g n o h a r á n al o t r o s u s v i r t u d e s « < D o n d e d e j o al v a l i e n t e Mdobrandino,
3G ORLANDO FURIOSO.

« Q u e , a n s i o s o d e v o l a r á la d e f e n s a « Adria q u e n o m b r e diera al mar i n s a n o


«Del trono de san Pedro amenazado « Y aquella q u e , c u a l m á g i c a e m i n e n c i a ,
« P o r Otón y el s o b e r b i o G A e l . n o , « Circunda el P o l a n z á n d o s e al O c e á n o .
« Y n o hablaré de A r g e n c i a ni d e L u g o
« Falto de medios viéndose y forzado
« Ni de o t r a s mil c i u d a d e s
« A acudir al e r a r i o florentino ,
« Q u e a s u p o d e r d o b l e g a r á n el y u g o .
« Aquel e s Nicolás. D e s d e s u infancia
« y , su bandera desplegando luego, « Por s u p u e b l o a c l a m a d o , va le v e o
« Reprimir la a r r o g a n c i a
« D e s t r o z a n d o al g e r m a n o ,
« l ) e la f a c c i ó n inicua de T i d e o .
« C a s t i g a n d o á l o s c o n d e s d e Ce a n o ,
« De s u n i ñ e z será t o d o el r e c r e o
« Y c o m b a t i e n d o p o r la S a n t a Silla
« S u d a r bajo el a r n é s y la l o r i g a .
« De la e d a d j u v e n i l e n m e d i o al f u e g o
« Y e n fingidos c o m b a t e s
« T e r m i n a r á s u v i d a sin m a n c i l l a
« S o p o r t a r d e la g u e r r a la fatiga.
« c o n las tierras d e A n c o n a y d i ^ ,
« De r e p o s o e n e m i g a
« C o n cuantos pueblos hay desdeJroento
« En v a n o intentará civil d i s c o r d i a
« Al m a r , y al A p e n m o y al b a u i o , « P o r s u s e s t a d o s atizar la l l a m a .
« A su hermano en herencia « D e s c u b i e r t a la t r a m a
« U n n o m b r e ilustre d e j a r a , ^ « Del tirano f e r o z d e P a r m a y R e g i o ,
« A p r e c i a b l e mil v e c e s m a s que d o r o . « N i c o l á s , c o n el c e t r o y c o n la v i d a
« Ese que ante tus ojos o í a t i e n e , « Le hará pagar s u a u d a c i a f e m e n t i d a .
« E s el bravo R e i n a l d o , e n cuyas s,enes
« De la justicia p o r la r e c t a s e n d a
« Glorioso lauro Ñ a p ó l e s a d v i e i t e . « C o n s t a n t e m a r c h a r á . De q u i e n lo o t e a d a
« S a b r á v e n g a r s u h o n o r y dar c Á t i « o
« De la paz d e s u r e i n o al e n e m i g o /
« De tanta r e c t i t u d , d e tal p r u d e n c i a
« El H a c e d o r del m u n d o s a t i s f e c h o .
« N o ha fijado á s u i l u s t r e d e s c e n d e n c i a
« Mas l i m i t e q u e a q u e l q u e fué p r e s c r i t o
« Le a m a r a n d e tal m o d o , q u e o t r o reyes « Por s u i n m u t a b l e diestra al infinito-
« D e s t r o n a r á n por observar s * ley».
« El o t r o e s L e o n e l o , y á s u lado
« E s e , u n o d e s u s h i j o s , Acto s e x t o « A B e r s o v e o de su siglo l u s t r e ,
« D e la cristiana c r u z a b a n d e r a d o , <• Q u e , d e t o d o s , el triunfo m a s ilustre
« Y e r n o s e r á d e Carlos d e S i c i l i a , « Alcanzará sin e m p u ñ a r s u a c e r o .
Y e n d o t e alcanzará d e A n d n a el d u c a d o - « Él e n c á r c e l o s c u r a
« Detras, reunidos en u n g r u p o , advierto « C o n t e n d r á d e la g u e r r a el g e n i o fiero,
« A Obizo, Aldobrandino , « Cifrando e n la del p u e b l o s u v e n t u r a .
„ Al cojo N i c o l á s y al b u e n Alberto « H é r c u l e s e s a q u e l ; bien q u e q u e m a d o
« Al reino hermoso agregaran Fayeacia,
ORLANDO FURIOSO.
« L o c i ñ e r a el i n g e n i o d e V u l c a n o .
« T e n g a el u n p i é , s o s d e s t r o z a d a s h u e s t e s
« Cual d e l o s h i j o s del T i n d a r e o c i s n e
« Uniendo denodado, ( i « Se refiere , que solo
« De u n pérfido vecino « P r i v á n d o s e u n o d e la luz del dia
« Q u e d e s u solio i n t e n t a r a l a n z a r l e , « Verla el o t r o p o d i a ,
« D o m a r á la s o b e r b i a y o b l i g a r l e « Tal d e e s t a e s t i r p e e s c l a r e c i d a y f u e r t e
« Sabrá á v o l v e r c o n p e r d . d a a s u tierra. « Siempre á morir estará p r o n t o e l u n o
« P o r libertar al o t r o d e la m u e r t e .
« Su reinado glorioso
« U n i d o s el s a b e r á la c o r d u r a
« S e r á tanto e n la paz c o m o e n la g u e r r a .
« De m o d o s e hallarán e n e s t e A l f o n s o ,
« D e s u s h e c h o s la Italia
« Que á c r e e r l l e g a r á la e d a d f u t u r a
« Guardará largo t i e m p o la m e m o r i a .
« Que de su e x c e l s o trono
« E n singular combate
« A a c o n s e j a r l e d e s c e n d i e r a Astrea.
« C u b r i r s e l e v e r á d e n o b l e gloria
« Mas n o por e s o del v a l o r h e r o i c o
« El catalan m o n a r c a . La victoria
« De s u p a d r e h e r e d a d o
« Eterno hará su n o m b r e ; y s u s virtudes
« Dejará d e h a c e r p r u e b a , c u a n d o v e a
« Le v a l d r á n una rica s e ñ o r í a « Las v e n e c i a n a s n a v e s por u n l a d o ,
« Q u e cuarenta años ántes merecía. « Y por otro las t r o p a s de la i n g r a t a ,
« El a f e c t o m a y o r q u e m o s t r a r p u e d a « Que, semejante á Progne ó á Medea,
« A. u n p r í n c i p e , s u p u e b l o m o s t r a r a l e ; « S u s p r o p i o s h i j o s sin p i e d a d maltrata.
« N o p o r q u e al s u e l o d e i n f e c u n d a g r e d a
« Por tierra y m a r , c u a n d o á la g u e r r a v a y a ,
« Obligue á que regale
« Sabrá p o n e r á s u e n e m i g o á r a y a ,
« Dulcísimos productos; n o , t a m p o c o ,
« De R o m a n i a u n e j é r c i t o sin g u i a
« Porque de muros y de fosos cma
« L e embestirá; m a s , con su sangre impía,
« La s o b e r b i a c i u d a d q u e , á l o s e s p a c i o s
« T i ñ e n d o el fértil s u e l o
« \ l z a r á , e n m e d i o d e feraz c a m p i ñ a ,
« Por do corren S a n t e r n o , Po y Zaííuelo,
« T o r r e s , teatros , t e m p l o s y p a l a c i o s ;
« Pagará s u i n s o l e n c i a t e m e r a r i a .
« N o p o r q u e d e la s a ñ a f o r m i d a b l e
« E n t r e t a n t o el h i s p a n o ,
« Del a l í g e r o m o n s t r u o la d e f i e n d a ;
« Que c o n su o r o el p o n t í f i c e a s a l á r i a ,
« No p o r q u e ansioso atienda
« De Bastia a p o d e r á n d o s e , i n h u m a n o ,
« A la p a z d e s u s s u b d i t o s , e n t a n t o
« Muerte injusta dará á s u c a s t e l l a n o .
« Q u e d e la g u e r r a e n c i e n d a « Veloz c o r r i e n d o A l f o n s o a l l í , del papa
« P o r la Italia el f r a n c é s la a n t o r c h a horrenda, « Da tal castigo el m e r c e n a r i o a l e v e ,
« Cuanto porque de s u linaje augusto « Q u e ni un s o l o e s p a ñ o l c o n v i d a escapa
« Han d e n a c e r u n dia « Para q u e á R o m a la noticia l l e v e .
« H i p ó l i t o el c l e m e n t e , A l f o n s o el j u s t o .
« S o l o d e A l f o n s o , p u e s , s e r á la gloria
« La inalterable u n i ó n , el a m o r p u r o
« De haber d a d o , en l o s c a m p o s d e R o m a n a ,
« Que reinar debe entre uno y otro hermano « Al francés la v i c t o r i a
« Conservará s u reino mas seguro
« Q u e si d e d o b l e m u r o «AISSAW K ESB» I S »
•ifLìCT&À mmiw
"mm m*?
U?- vrffSPi^
42 ORLANDO FURIOSO.
Diciendo a s í ; d e hablar la m a g a c e s a ,
« Contra el p o d e r d e Julio y el d e España. <
Y á sumirse las s o m b r a s
« En rojo h u m o r hundidos hasta el p e c h o
Van d e Merlin e n la callada huesa.
« Nadarán l o s caballos ,
Cuando libre d e hablar e n fin se v i d o
« Y la sangre d e Grecia y la alemana
P r e g u n t ó Bradamante : «¿ Quiénes eran
« Correrán c o n f u n d i d a s
« Dos q u e c o n rostro triste y dolorido
« c o n la f r a n c e s a , la ítala y la hispana. « Entre Alfonso é Hipólito marchaban,
« Aquel q u e allí la cabellera cana « Y q u e , privados casi d e s e n t i d o ,
« S o el capelo d e púrpura c o m p r i m e , « La vista d e l o s o t r o s esquivaban ?»
« De la Iglesia apostólica romana
A tal p r e g u n t a , la hechicera s i e n t e
« Gran c a r d e n a l s e r á , mortal sublime
S u s lágrimas correr, y e n v o z d o l i e n t e
« A cuyo n o m b r e , en prosa c o m o e n v e r s o , « : Oh m i s e r o s ! » e x c l a m a , « ¡ q u é d e m a l e s
« Pagará su tributo el u n i v e r s o ; « Les han d e acarrear culpas ajenas!
« S í , otorgando á su siglo u n n u e v o A u g u s t o , « Si f u e r o n criminales
Le c o n c e d e u n Virgilio el cielo j u s t o . « P i e d a d , ¡ o h Hercúlea p r o l e ! q u e e n sus v e n a s
« Con m u y p o c o s q u e siguen s u s b a n d e r a s , « Circulan d e tu s a n g r e l o s raudales. »
« A e s t e Hipólito advierto Y e n baja v o z a ñ a d e : « ¡ Oh ! n o p r e t e n d a s .
« Triste partir y retornar cubierto « D a m a , turbar c o n relación tan triste
« De gloria y d e l a u r e l e s , « El g o z o q u e e s c u c h á n d o m e tuviste.
« Despues d é cautivar q u i n c e g a l e r a s , « Mañana al primer r a y o matutino
« Q u e . con otros bajeles, « Háeia el castillo iremos
« Conducirá t r i u n f a n t e á s u s riberas. s Y á íu a m a d o R o g e r l i b e r t a r e m o s :
« E s o s s o n u n o y otro S i g i s m u n d o ; « Y o m i s m a , yo te m o s t r a r é el c a m i n o . »
« L o s cinco h i j o s d e Alfonso s o n a q u e l l o s , Largo r a t o , e n la c u e v a , Bradamante
« S u s n o m b r e s por el m u n d o Habla l u e g o á Merlin , q u e d e s u a m a n t e
« Ornados v o l a r á n d e lauro eterno. Le m a n d a sin d e m o r a
« Este, Hércules segundo, Al s o c o r r o volar. No b i e n l o s c i e l o s
« Del m o n a r c a d e Francia será y e r n o . Iba e m p e z a n d o á iluminar la a u r o r a ,
« El q u e v e s á su l a d o Con la h e c h i e r a , por oscura v i a ,
« Hipólito s e r á , q u e la m e m o r i a S u b e la dama á la escarpada roca
« Del n o b l e t i o s o s t e n d r á c o n gloria. En c u y a n e g r a b o c a ,
« Alfonsos s o n aquellos d o s : Francisco H o r r o r i z a d o , s e d e t i e n e el día.
« Aquel s e l l a m a r á : p e r o s u d i s c o S e l v a s , m o n t e s , barrancos atraviesan ,
Y, e n d i s c u r s o a n i m a d o ,
« Mas d e u n a v e z girar el sol baria
Que el t i e m p o y la distancia d i s m i n u y e ,
« Antes q u e á mí la c o m e n z a d a e m p r e s a
Del m o d o d e salvar á su adorado
« D a d o f u e r a acabar. T i e m p o e s , e m p e r o ,
A Bradamante la hechicera i n s t r u y e .
« De que e s a s s o m b r a s tornen á la tierra,
« Vano el valor d e Palas ó el de Marte
« De do s a l i e r o n á mi v o z . P e r m i t e
« Que las d e s p i d a pues. » El libro cierra
ORLANDO FURIOSO.

« F u e r a , oh v i r g e n , d e c i a , « A s e i s p a l m o s n o l l e g a su e s t a t u r a ;
« S u poblado e n t r e c e j o
« Para v e n c e r d e e s e m a l v a d o el arte.
« Oculta casi s u c e ñ u d a f r e n t e ;
« Vanos, aunque pudieras congregarlos,
« Es chata su n a r i z , c r e s p o el c a b e l l o ,
« El p o d e r d e A g r a m a n t e y el d e Carlos.
«Siniestro su mirar, su ojo e n c e n d i d o ,
« Q u e , á mas de ser de acero
« Y s u v e s t i d o , e n fin, al d e un c o r r e o ,
« L o s m u r o s d e s u estancia i n e x p u g n a b l e ,
« En lo e s t r e c h o y lo c o r t o , p a r e c i d o .
« A m a s q u e , al aire a l z á n d o s e l i j e r o ,
« C u a n d o á parar v u e s t r o d i s c u r s o v e n g a
« El e n e m i g o h i e r r o s i e m p r e e s q u i v a ,
« S o b r e el castillo y s u t i r a n o d u e ñ o ,
« L l e v a al b r a z o un broquel q u e á u n t i e m p o priva
« De p r e s e n t a r t e a n t e él á c o m b a t i l l o
« De la v i s t a y la m e n t e ,
« Has d e m o s t r a r un d e c i d i d o e m p e ñ o ,
« Y q u e á s u s plantas p o s t r a al m a s v a l i e n t e .
« Mas c u i d a n d o n o hablarle del a n i l l o .
« Y c o m o e n b a l d e resistir s u brillo
« A s e r v i r t e él s e o f r e c e r á d e g u i a ;
« I n t e n t a r a s , el m e d i o
« S u o f e r t a acepta tú : c u a n d o á la v i s t a
« A revelarte v o y de conseguillo :
« Del alcázar l l e g u e i s dale la m u e r t e ,
« A g r a m a n t e , r e y d e A f r i c a , un anillo
« S i n q u e tu p e c h o la p i e d a d a b l a n d e ;
« Q u e á u n a r e i n a d e la India f u é r o b a d o ,
« Sin q u e tu b r a z o á mi q u e r e r r e s i s t a .
« P o s e e , d e virtud tan p e r e g r i n a ,
« Tu á n i m o e m p e r o y tu p r e s t e z a g r a n d e
« Q u e , c o n s o l o l l e v a r l o p u e s t o al d e d o ,
« Ha d e s e r al m o m e n t o e n q u e l e e m b i s t a ;
« Es contra todo encanto medicina. « Q u e h u n d i ó s e para s i e m p r e tu e s p e r a n z a '
« Fué este anillo, poco h a c e , encomendado « Si él tu d e s i g n i o á d e s c u b r i r a l c a n z a . »
« P o r A g r a m a n t e al p é r f i d o B r ú ñ e l o , Hablando a s í , ya e s t á n e n l a s orillas
« Q u e s a l v a r al q u e a d o r a s ha j u r a d o . Del mar d o n d e el Garona s e d e r r a m a ;
« A l g u n a s millas e n s u viaje l l e v a T r i s t e s , al d e s p e d i r s e , s u s m e j i l l a s
« De d e l a n t e r a s o b r e t i ; n o o b s t a n t e , C o n llanto r i e g a n u n a y otra d a m a .
« Si q u i e r e s q u e á ti d e b a , D e r o m p e r las c a d e n a s d e s u a m a n t e
« Y n o al r e y A g r a m a n t e , P a r t e a n s i o s a la bella B r a d a m a n t e ,
« R o g e r su libertad, escucha atenta Y, c o n c l u i d a la t e r c e r j o r n a d a ,
« L o q u e á d e c i r t e v o y : c u a n d o tres días Se e n c u e n t r a c o n B r ú ñ e l o e n la p o s a d a .
« P o r la orilla del m a r , q u e s e p r e s e n t a
P o r s u s s e ñ a s c o n ó c e l o al i n s t a n t e ;
« C a s i ya á n u e s t r a v i s t a , h a y a s m a r c h a d o ,
Llégase á é l , y le habla, y le p r e g u n t a
«Hallarás una venta De d o v i e n e y a d o n d e
« D o al m i s m o t i e m p o l l e g a r á B r ú ñ e l o , S e d i s p o n e á m a r c h a r . El l e r e s p o n d e ;
« Q u e d e i n f a m i a s y a r d i d e s s a b e tanto Mas e l l a , c o n o c i e n d o q u e m e n t i r a
« C o m o sabe de encanto E s c u a n t o el vil d e a s e g u r a r l e t r a t a ,
« El n i g r o m a n t e á q u i e n v e n c e r i n t e n t a . A inducirle en error también aspira,
« Y á fin q u e p o r s u t r a z a y s u figura, Y s e x o y patria y r e l i g i ó n r e c a t a .
« Con solo verlo, conocerle puedas, Fijos l o s ojos tiene
« A darte voy sus señas en bosquejo.
ORLANDO FURIOSO.
De g e n t e q u e la vista al firmamento
La d a m a e n el a u t o r d e t a n t o e n g a ñ o ,
Tiende y contempla extática un portento.
Q u e hacia ella e n e s t o p a s o á p a s o v i e n e .
Alzala ella t a m b i é n , y u n c a b a l l e r o
A m e d i d a q u e él l l e g a e l l a s e a l e j a ,
Cubierto d e a r m a s r e f u l g e n t e s m i r a ,
C u a n d o un r u m o r e x t r a ñ o
Sobre u n bridón lijero
L l e n o s d e a d m i r a c i ó n á t o d o s deja ;
Q u e , s u s p i n t a d a s alas a g i t a n d o ,
Mas, antes d e decir c u a l fué su c a u s a ,
Hácia el o c a s o c o n p r e s t e z a gira.
Permitidme, señor, haga una pausa.
« E s e e s , » d i j o el p a t r ó n c u a n d o á s u yista
H u b o d e s p a r e c i d o e n las m o n t a ñ a s ,

CAITO Vi.
« Un v i e j o , á c u y a s m a ñ a s
« N o h a y p o d e r e n la tierra q u e resista.
« El a i r e , a g o r a e n e l e v a d o v u e l o ,
Anillo mágico. - Caballo a t a d o . - Escudo portentoso. - Palacio « Se le m i r a c r u z a r ; o r a , del c i e l o
encantado - Bradamante d a libertad á Roger, y prende a « V e l o z b a j a n d o á la t e r r e s t r e esfera
m a s o Atlante. - Roger m o n t a e n el Hipogrifo y desaparece
« De c u a n t a s b e l l a s halla s e a p o d e r a .
p o r los aires. - Congoja d e B r a d a m a n t e . - Llega Reinaldo
« Dama n o h a y p u e s a l g u n a q u e d e bella
á Escocia. - Principia la h i s t o r i a d e la bella G i n e b r a .
« Con r a z ó n ó sin e l l a ,
« P r e s u m a ( ¿ y cuál n o t i e n e e s t a j a c t a n c i a ? ) ,
B i e n q u e , d e u n a l m a falsa s i e n d o i n d i c i o ,
« Que o s e salir de la p a t e r n a e s t a n c i a .
S i e m p r e el fingir f u é r e p u t a d o v i c i o ,
« E n c i m a del P i r e n e c o n s t r u i d o
Mas d e una v e z s e v i d o
« F u é e s t e alcázar por magia y por e n c a n t o ,
Haber b i e n e s i n m e n s o s p r o d u c i d o .
« Y el m e t a l d e s u s m u r o s l u c e tanto
Odios, injurias, m u e r t e s ha e v i t a d o ;
« Que r e s p l a n d o r igual j a m a s s e v i d o .
Q u e , en este m u n d o d e ambición é intriga,
« A l l á , s e ñ o r , h a n ¡do
No nos es siempre dado
« Muchos guerreros y a ; no viendo empero
C o n a m i g o s hablar ; y si s u c e d e , « A ninguno volver, temblando infiero
D e s p u e s d e larga p r u e b a y g r a n f a t i g a , « Q u e , d e su audacia e n p a g o ,
Q u e a p é n a s u n o íiel h a l l a r s e p u e d e « Los h a y a m u e r t o ó c a u t i v a d o el m a g o . »
A q u i e n , sin r i e s g o y s i n t e m o r , s e d i g a La v i r g e n l e o y e a t e n t a ,
Del c o r a z o n el í n t i m o s e c r e t o , Y a n s i o s a d e s e r d u e ñ a del anillo
¿ P o r q u é n o h a d e s e r licito á la a m i g a C o n q u e lanzar i n t e n t a
Del b u e n R o g e r q u e la v e r d a d r e b o c e AI n i g r o m a n t e d e l fatal c a s t i l l o ,
Al i m p o s t o r c u y a m a l d a d c o n o c e ? I D i c e al p a t r ó n : « Si e n t r e t u s g e n t e s s e halla
« ; Oh V i r g e n s a n t a ! ¡ E t e r n o D i o s ! ¿ q u é e s esto?» « Q u i e n c o n o z c a el c a m i n o q u e allí g u i a ,
Estremecida e x c l a m a , « C o n m i g o v e n g a , q u e trabar batalla
O y e n d o un g r a n d e e s t r é p i t o , la d a m a . « Con e s e m o n s t r u o mi v a l o r a n s i a . »
Y hacia el p a r a j e , p r e s t o , — « Yo te a c o m p a ñ a r é , d i c e B r ú ñ e l o .
D o lo e s c u c h a a c u d i e n d o , v e c u b i e r t a s « A m o s t r a r t e la r u t a , q u e c o n m i g o
La c a l l e , l a s v e n t a n a s y las p u e r t a s
ORLANDO FURIOSO.
De g e n t e q u e la vista al f i r m a m e n t o
La d a m a e n el a u t o r d e t a n t o e n g a ñ o ,
Tiende y contempla extática un portento.
Q u e hacia ella e n e s t o p a s o á p a s o v i e n e .
Álzala ella t a m b i é n , y u n c a b a l l e r o
A m e d i d a q u e él l l e g a e l l a s e a l e j a ,
Cubierto d e a r m a s r e f u l g e n t e s m i r a ,
C u a n d o un r u m o r e x t r a ñ o
Sobre u n bridón lijero
L l e n o s d e a d m i r a c i ó n á t o d o s deja ;
Q u e , s u s p i n t a d a s alas a g i t a n d o ,
Mas, antes d e decir c u a l fué su c a u s a ,
Ilácia el o c a s o c o n p r e s t e z a gira.
Permitidme, señor, haga una pausa.
« E s e e s , » d i j o el p a t r ó n c u a n d o á s u yista
H u b o d e s p a r e c i d o e n las m o n t a ñ a s ,

CAITO Vi.
« Un v i e j o , á c u y a s m a ñ a s
« N o h a y p o d e r e n la tierra q u e resista.
« El a i r e , a g o r a e n e l e v a d o v u e l o ,
Anillo mágico. - Caballo a t a d o . - Escudo portentoso. - Palacio « Se le m i r a c r u z a r ; o r a , del c i e l o
encantado - Bradamante d a libertad á Roger, y prende a « V e l o z b a j a n d o á la t e r r e s t r e esfera
mago Atlante. - Roger m o n t a e n el Hipogrifo y desaparece
« De c u a n t a s b e l l a s halla s e a p o d e r a .
p o r los aires. - Congoja d e B r a d a m a n t e . - Llega Reinaldo
« Dama n o h a y p u e s a l g u n a q u e d e bella
á Escocia. - Principia la h i s t o r i a d e la bella G i n e b r a .
« Con r a z ó n ó sin e l l a ,
« P r e s u m a ( ¿ y cuál n o t i e n e e s t a j a c t a n c i a ? ) ,
B i e n q u e , d e u n a l m a falsa s i e n d o i n d i c i o ,
« Que o s e salir de la p a t e r n a e s t a n c i a .
S i e m p r e el fingir f u é r e p u t a d o v i c i o ,
« E n c i m a del P i r e n e c o n s t r u i d o
Mas d e una v e z s e v i d o
« F u é e s t e alcázar por magia y por e n c a n t o ,
Haber b i e n e s i n m e n s o s p r o d u c i d o .
« Y el m e t a l d e s u s m u r o s l u c e tanto
Odios, injurias, m u e r t e s ha e v i t a d o ;
« Que r e s p l a n d o r igual j a m a s s e v i d o .
Q u e , en este m u n d o d e ambición é intriga,
« A l l á , s e ñ o r , h a n ¡do
No nos es siempre dado
« Muchos guerreros y a ; no viendo empero
C o n a m i g o s hablar ; y si s u c e d e , « A ninguno volver, temblando infiero
D e s p u e s d e larga p r u e b a y g r a n f a t i g a , « Q u e , d e su audacia e n p a g o ,
Q u e a p é n a s u n o fiel h a l l a r s e p u e d e « Los h a y a m u e r t o ó c a u t i v a d o el m a g o . »
A q u i e n , sin r i e s g o y s i n t e m o r , s e d i g a La v i r g e n l e o y e a t e n t a ,
Del c o r a z o n el i n t i m o s e c r e t o , Y a n s i o s a d e s e r d u e ñ a del anillo
¿ P o r q u é n o h a d e s e r licito á la a m i g a C o n q u e lanzar i n t e n t a
Del b u e n R o g e r q u e la v e r d a d r e b o c e AI n i g r o m a n t e d e l fatal c a s t i l l o ,
Al i m p o s t o r c u y a m a l d a d c o n o c e ? I D i c e al p a t r ó n : « Si e n t r e t u s g e n t e s s e halla
« ; Oh V i r g e n s a n t a ! ¡ E t e r n o D i o s ! ¿ q u é e s esto?» « Q u i e n c o n o z c a el c a m i n o q u e allí g u i a ,
Estremecida e x c l a m a , « C o n m i g o v e n g a , q u e trabar batalla
O y e n d o un g r a n d e e s t r é p i t o , la d a m a . « Con e s e m o n s t r u o mi v a l o r a n s i a . »
Y hacia el p a r a j e , p r e s t o , — « Yo te a c o m p a ñ a r é , d i c e B r ú ñ e l o .
D o lo e s c u c h a a c u d i e n d o , v e c u b i e r t a s « A m o s t r a r t e la r u t a , q u e c o n m i g o
La c a l l e , l a s v e n t a n a s y las p u e r t a s
ORLANDO FURIOSO.

« T r a i g o trazada e n u n p a p e l , m e o b l i g o , Con tan fácil v i c t o r i a ,


« Y á h a b l a r t e , e n t r e mil c o s a s , de u n a c o s a Miéntras q u e p u e d e c o n s e g u i r s u o b j e t o
« Que nuestra marcha hará m e n o s penosa. » Sin d e r r a m a r la s a n g r e del m a l v a d o ,
D e l anillo á hablar v a ; m a s e n s u labio Llégase á é l , l e c o g e d e s c u i d a d o ,
S u i m p o r t a n t e s e c r e t o el m i e d o sella. Y, el anillo q u i t á n d o l e , á un a b e t o
S u o f r e c i m i e n t o acepta la d o n c e l l a , S u s m a n o s ata. S o r d a á s u s l a m e n t o s ,
Y, a t e n t a s u s palabras m e s u r a n d o , Del m o n t e l u e g o baja á p a s o s l e n t o s
L o q u e c o n v i e n e revelar r e v e l a , Hasta el pié d e la roca
Y o c u l t a c o n cautela Do estriban d e l c a s t i l l o l o s c i m i e n t o s .
L o q u e c u m p l e ocultar. U n b r u t o h e r m o s o , El c u e r n o e n t o n c e s t o c a
H e c h o al trabajo y d e la g u e r r a al a r t e , Que al n i g r o m a n t e á c o m b a t i r p r o v o c a ;
Al h u é s p e d c o m p r a y p a r t e , « Baja, le g r i t a , q u e t ú s a ñ a i m p í a ,
Del p é r f i d o Brúñelo e n c o m p a ñ í a , « M o n s t r u o f e r o z , mi e s p a d a desafia. »
Al p r i m e r rayo del s i g u i e n t e día. E s t o s s o n i d o s e s c u c h a n d o el m a g o ,
De selva en selva y de uno en otro m o n t e , De s u s g u a r i d a s e n salir n o t a r d a ,
L l e g a n á d o la altura d e l P i r e n e Y, e n s u c o r c e l s u r c a n d o el aire v a g o ,
M u e s t r a , á n o estar t u r b a d o el h o r i z o n t e , A la v i r g e n gallarda
D e E s p a ñ a y Francia á un t i e m p o las a r e n a s , A r r e m e t e . Ella i m p á v i d a le a g u a r d a ,
Cual á la v e z , d e s d e s u c u m b r e c a n a , Y, c o n p l a c e r y c o n s o r p r e s a , n o t a
Las p l a y a s d e T o s c a n a Que a r m a alguna n o trae c o n q u e p u e d a
M u e s t r a A p e n i n o y l a s del Adria e s c l a v o . P e n e t r a r el a c e r o d e s u c o l a .
P o r á s p e r a , t o r t u o s a y l a r g a vía C u b i e r t o trae d e e n c a r n a d a s e d a
A u n v a l l e d e s d e allí s e d e s c e n d í a . Él e n su i z q u i e r d a el p o r t e n t o s o e s c u d o ,
En m e d i o dél, sobre u n p e ñ ó n , descuella \ e n s u d e r e c h a el l i b r o , e n q u e l e v e n d o ,
T a n t o e n c a n t o o b r ó y a , tan e s t u p e n d o .
M a g n í f i c o palacio
Q u e e l e v a e n el espacio De u n a y e g u a y d e un grifo
F ú l g i d a s t o r r e s de e s t r u c t u r a b e l l a . Allá naciera e n l o s R í f e o s m o n t e s
« D e esa estancia en los ámbitos o s c u r o s , » El bruto e x t r a ñ o e n q u e m o n t a d o v i e n e .
D i c e B r ú ñ e l o , « e s d o n d e el m a g o i m p í o Su n o m b r e e s Hipogrifo;
c E n c i e r r a á la b e l d a d , o p r i m e al b r í o . » En las g a r r a s , la p l u m a y la c a b e z a
S o n c u a t r o tajos s u s l u c i e n t e s m u r o s . S e a s e m e j a á su p a d r e ;
S e n d e r o a l g u n o n o s e v e , ni e s c a l a s Lo r e s t a n t e del c u e r p o e s d e s u m a d r e .
Q u e c o n d u z c a n allí. S o l o c o n alas P o r f u e r z a y por e n c a n t o ,
D e l m o n s t r u o e n la alta p e ñ a Trájolo el m a g o de s u c l i m a f r i ó ,
E s d a d o penetrar, De h a c e r s e d u e ñ a Y puso en domeñarle esmero tanto,
Del c a s t i l l o , l l e g a d o ya el i n s t a n t e Que en un m e s consiguió q u e , á su albedrío
Estima Bradamante; Girase por la tierra y p o r el v i e n t o ;
P e r o , t e m i e n d o a m a n c i l l a r su g l o r i a S i e n d o a c a s o esta e n él la ú n i c a c o s a
T. i. 3
ORLANDO FURIOSO.

Que n o f u e s e ficción o e n c a n t a m i e n t o .
.••V-vV-,*
Pero s u c i e n c i a , q u e á la v i s t a h u m a n a
Trueca lo blanco e n rojo ó a m a r i l l o ,
Contra la bella v i r g e n h o y e s v a n a ,
Que el antidoto lleva e n el a n i l l o ,
Y q u e , el cauto c o n s e j o
De la sagaz Melisa r e c o r d a n d o ,
Se ensaya d e su lanza e n e l m a n e j o ,
Y , á s u ardiente corcel e j e r c i t a n d o ,
La espada e s g r i m e y l u c h a y f o r c e j e a .
Cual si s e hallara e n á s p e r a pelea.
L l e g a n d o en e s t o , el fiero n i g r o m a n t e
Saca el m á g i c o e s c u d o ,
No d u d a n d o ofuscar á B r a d a m a n t e ;
Hacer l o m i s m o d e s d e l u e g o p u d o
Con t o d o s sus c o n t r a r i o s ;
Mas s i e m p r e , ántes d e o b r a r e s t e p o r t e n t o ,
En ver su ardor g o z á b a s e u n m o m e n t o ,
C u á l , á n t e s d e ser v í c t i m a del g a t o ,
Suele el ratón ser s u j u g u e t e un rato.
De la v i r g e n , e m p e r o ,
Tal la s u e r t e n o f u é . C o n g r a n d e e s m e r o
Su plan oculta al v i e j o f e m e n t i d o ,
Y, al mirar el broquel s i n s u c u b i e r t a ,
En a d e m a n fingido,
Sobre el suelo s e arroja c o m o m u e r t a .
Surtió su ardid el d e s e a d o e f e c t o ;
P u e s , realizar c r e y e n d o s u p r o y e c t o ,
El m a g o e n su corcel l o s a i r e s h i e n d e ,
Al s u e l o s a l t a , y , al a r z ó n c o l g a n d o
El encubierto e s c u d o , e n tierra p o n e
El v o l u m e n i n f a n d o ,
Y á atacar á la virgen s e d i s p o n e .
Cual, tras un m a t o r r a l , o c u l t o l o b o
Suele acechar d e s c a r r i a d a o v e j a ,
Le acechaba la v i r g e n i m p a c i e n t e .
Al v e r l e c e r c a , s e a l z a , l o d e r r i b a ,
Y. sus m i e m b r o s a t a n d o f u e r t e m e n t e
-

Con la m i s m a c a d e n a c o n q u e el iba
Los d e ella á sujetar s e g ú n s u usanza
Con victoriosa m a n o
Se d i s p o n e á cortarle la c a b e z a ;
Mas, p i a d o s a , s u s p e n d e su v e n g a n z a ,
Al contemplar un venerable a n c i a n o ,
P á l i d o , d é b i l , triste y abatido
Q u e , e n su s e m b l a n t e y su cabello c a n o .
Setenta e n e r o s m u e s t r a haber cumplido.
« Dame, oh j o v e n , por Dios, la m u e r t e d a m e ,
El viejo grita c o n lenguaje a l t i v o ;
Mas ella tiene e n c o n s e r v a r l e v i v o
Cuanto e m p e ñ o e n morir t i e n e el infame.
Saber quién e s d e s e a y con q u é o b j e t o
Fundó su alcázar e n aquel paraje
Tan e s t é r i l , r e c ó n d i t o y salvaje.
« No maligna i n t e n c i ó n , » d i c e llorando
El viejo e n c a n t a d o r , « e s e edificio
« Me indujo á construir. Nada codicio
« Para m i : si h i c e m a l , h í c e l o s o l o
« Por la vida y la fama
« Del paladín m a s n o b l e y e s f o r z a d o
« Q u e , d e u n o al o í r o p o l o ,
« Y e e n su carrera el sol. R o g e r s e llama:
« Por mi d e s d e s u infancia f u é criado.
« Por su fiero d e s t i n o ,
« Por su d e n u e d o y su ambición g u i a d o ,
« Con el rey A g r a m a n t e á Francia v i n o ,
« D o n d e , s e g ú n el cielo m e p r e v i n o ,
« Convertirse á la fe d e Cristo d e b e
« Y á m a n o s d e u n traidor morir en breve.
« A t l a n t e s o y : mi a m o r por é l , mi anhelo
« De libertarle d e su adversa s u e r t e
Allante vencido par Bradamante. ( T . I, p . M .
« A fundar m e m o v i e r o n e s e alcázar,
« D o n d e preso e s p e r é c o n él h o y v e r t e
« Y c o n otros ilustres paladines
« Y damas q u e , d e t o d o s l o s c o n f i n e s
« Del o r b e , hacia e s t e atrajo
ORLANDO FURIOSO.

« P o r alegrar s u s o l e d a d . E x c e p t o
« La l i b e r t a d , linaje
« De gozo no hay, ventura no hay alguna
« Q u e e s a feliz m o r a d a n o r e ú n a .
« Y q u é , ¿ tan d u l c e vida
« P r e t e n d e r á s turbar c o n tu v e n i d a ?
« ¡ A h ! si n o e s m é n o s q u e tu r o s t r o b e l l o
« Tu c o r a z o n , n o d e R o g e r m e impida
« La d i c h a h a c e r e n q u e m i d i c h a s e l l o .
« Mi e s c u d o , m i b r i d ó n , si te a c o m o d a ,
« T o m a ; si a m i g o s e n m i alcázar t i e n e s ,
« Da l i b e r t a d á d o s , á t r e s , á t o d a
« La g e n t e q u e h a y e n é l ; m a s n o m e l l e n e s ,
<( L l e v á n d o t e á R o g e r , de e t e r n o d u e l o ,
o A n t e s , ántes tu brazo
« D e mi a l m a y d e mi c u e r p o c o r t e el l a z o .
— « R o m p e r l o s de R o g e r , d i c e la d a m a ,
« La sola c a u s a f u é d e mi v e n i d a ;
« En v a n o p u e s mi c o m p a s i o n i m p l o r a s .
« ¡ Q u é ! ¿por ventura ignoras
« Q u e e s e c a b a l l o , tu b r o q u e l , tu v i d a
« Están e n m i p o d e r ? ¿ C ó m o s u p o n e s
« Que aun cuando tuyos fueran todavía,
« En dejar y o p e n a r e n t u s p r i s i o n e s
« AI v a l i e n t e R o g e r c o n s e n t i r í a ?
« N o ; si l o s c i e l o s s u i n f e l i c e s u e r t e
« Ya te h a n p r e d i c h o , e n v a n o
« A su querer intentas oponerte.
« No m e supliques p u e s , mísero a n c i a n o ,
« Q u e la v i d a te q u i t e ; un a l m a f u e r t e
« A s u b r a z o e n c o m i e n d a tal e n c a r g o ,
« Y hacerlo p u e d e s t ú , l u e g o que abiertas
« D e t u p a l a c i o m e h a g a s v e r las p u e r t a s . »
D i c e , y h á c i a la roca
V i e n d o al a n c i a n o q u e s u s p a s o s g u i a ,
C e r c a dél s e c o l o c a ,
Q u e d e s u a b a t i m i e n t o n o s e fia.
J u n t o s l l e g a n e n b r e v e á d o e n la p e ñ a
Una hendidura el m á g i c o le e n s e ñ a ,
Y en ella e n t r a n d o , la escalera mira
Que hasta la puerta del palacio gira.
V e s e , cabe esta p u e r t a ,
Una losa d e i g n o t o s caracteres
Y d e extrañas i m á g e n e s cubierta.
Álzala el m a g o , y l u e g o ,
Unos vasos quebrando
Que debajo se hallaban y e n l o s cuales
Oculto ardia inextinguible f u e g o ,
Sus lazos r o m p e cual romper s u s r e d e s
Suele tal v e z pintado j i l g u e r i l l o .
Y con é l . d e l castillo
Desparecen las torres y paredes.
L i b r e , p u e s , e n el c a m p o , e n e s t e instante
Se v e cuanta b e l d a d , c u a n t o caudillo
Alií g e m í a , y m a s d e uno hay q u e pena
Siente al dejar esta morada a m e n a .
Allí Prasildo e s t a b a , n o b l e j o v e n
Que v i n o c o n Reinaldo del L e v a n t e ;
Su a m i g o Iroldo está con él. Gradaso
S e halla también a l l í , y el r e y circaso.
La bella B r a d a m a n t e
Ve e n fin á s u R o g e r , q u e , d e amor c i e g o ,
Viene á lanzarse e n t r e sus brazos l u e g o ,
Con toda la violencia c o n q u e late
Su corazon d e s d e q u e , e n un c o m b a t e ,
Por salvarle la v i d a ,
Fué e n la frente la virgen mal herida.
Largo d e contar fuera c o m o y c u a n d o ,
N o c h e y dia por hórrida e s p e s u r a
V a g a r o n , sin h a l l a r s e , á la ventura.
Hoy q u e j u n t o s s e v e n , y , n o ignorando
A quien d e b e el remedio d e s u s m a l e s ,
En j ú b i l o el g u e r r e r o r e b o s a n d o ,
S e j u z g a el m a s feliz d e l o s mortales.
Con ella l u e g o d e s c e n d i e n d o al v a l l e ,
Testigo d e su t r i u n f o , al Hipogrifo
Que arrebatado fuera Ganimédes
Vió q u e ai arzón c o l g a d o todavía
Del patrio i m p e r i o á las c e l e s t e s s e d e s ,
El e s c u d o del m á g i c o tenia.
Y tiembla por R o g e r , q u e e n gallardía
Por c o g e r l e del f r e n o
Con él y e n gracia c o m p e t i r podría.
La dama v a ; m a s , c u a n d o c e r c a l l e g a ,
Á v i d a , c o n los o j o s ,
Sus alas él d e s p l i e g a
S i g u e al h é r o e ; y , así q u e d e s p a r e c e ,
Y va á pararse e n m e d i o á la c o l m a .
Lo s i g u e el c o r a z o n lleno d e e n o j o s .
En seguirle s e o b s t i n a
Esta ilusión e n fin s e d e s v a n e c e ,
La h e r m o s a v i r g e n : m a s s e o b s t m a e n v a n o ;
Y, p r o r u m p i e n d o e n d o l o r o s o l l a n t o ,
Que a s í , c o n s u i n c e s a n t e m o v i m i e n t o , A Frontino s e a c e r c a , y e n él m o n t a ,
Frustra su v i v o afan el m o n s t r u o a l a d o , Bien decidida á conservarlo e n tanto
C u a l , g i r a n d o del u n o al o t r o l a d o , Que v o l v e r l o á s u d u e ñ o n o c o n s i g a :
Frustra el d e l can a t e n t o P u e s la d u l c e e s p e r a n z a
Corneja astuta. P o r d i s t i n t o r u m b o De v e r d e n u e v o á su R o g e r abriga.
Parten R o g e r , G r a d a s o , Sacripante
Mas d e Hipogrifo el ímpetu no alcanza
Y l o s d e m á s g u e r r e r o s , el paraje
A refrenar el h é r o e , q u e del llano
Cada cual á o c u p a r d o n d e s u p o n e n
El m a s e r g u i d o m o n t e
Mas p r e s u m i b l e q u e Hipogrifo baje. r
i n t e n t a ya diferenciar e n v a n o ;
L u e g o q u e d e s d e el m o n t e al valle umbrío
Y c u a n d o , e n fin, tan alto s e l e v a n t a ,
Hacer e s t e l e s h i z o m a s d e u n v i a j e ,
Que e n el e s p a c i o u n á t o m o p a r e c e ,
Ante Roger a p a c i g u ó s u b r í o .
T o m a el r u m b o q u e s u e l e
Tan g r a n d e e s el cariño q u e p r o f e s a T o m a r el sol c u a n d o á la mar s e l a n z a ,
Atlante al j o v e n , e n q u i e n m i r a u n l u j o ,
Y v o g a cual bajel á quien i m p e l e
Que d e p e n s a r 110 c e s a Brisa h a l a g ü e ñ a e n tiempo d e bonanza.
C o m o salvarle d e l a s u e r t e impía
A m e r c e d d e l o s v i e n t o s , entre t a n t o ,
Que s u fatal e s t r e l l a l e p r e d i j o . Surca R e i n a l d o el ponto e m b r a v e c i d o .
Con e s t e o b j e t o al Ilipogrifo e n v í a Que d e bramar n o c e s a ,
P o r q u e á climas r e m o t o s s e l o l l e v e .
Y á la c o s t a e s c o c e s a ,
S u freno c o g e el h é r o e ; m a s , e n b r e v e , Por l a s h i n c h a d a s olas i m p e l i d o ,
Viendo que en v a n o anhela Llega p o r fin. La selva
Conducirlo tras s í , d e l s u y o s a l t a , D e s c u b r e a l l í , c u y o recinto umbrío
Sobre Hipogrifo m o n t a y c o n la e s p u e l a , T e s t i g o f u é d e l a u t a y tanta hazaña.
A n i m a n d o s u a r d o r , su ijar e s m a l t a . Vagan e n t r e s u s sombras caballeros
Corre el m o n s t r u o al p r i n c i p i o ; m a s , s u v u e i o F a m o s o s por s u e s f u e r z o y p o d e r í o ,
L e v a n t a n d o d e s p u e s , rápido s u r c a Q u e , d e s d e el p o l o f r i ó ,
Las r e g i o n e s d e l aire y las del c i e l o .
De F r a n c i a , d e Germán ¡a y d e Bretaña,
La h e r m o s a d a m a , q u e e n p e l i g r o tanto A •ejercitar v i n i e r o n sus aceros.
Mira á Roger, s e t u r b a , s e e s t r e m e c e , Quien g r a n valor e n si n o s i e n t a , el paso
Recuerda c o n e s p a n t o
56 ORLANDO FURIOSO. CANTO IV

N o dirija á e s l a s s e l v a s , « Cual ni e n la e d a d a n t i g u a ni e n la n u e s t r a ,
H o n r a d a s por G a l a s o , « A paladín a l g u n o d e p a r a r a .
Tristan, A r t u s , Galbano, Lanzarote « Del a p o y o d e tu á n i m o v t u diestra
Y otros m u c h o s g u e r r e r o s , celebrados « La princesa Ginebra h o y ' n e c e s i t a
En r o m a n c e s a n t i g u o s y m o d e r n o s , « Contra u n g u e r r e r o , c u y a a l e v e l e n g u a
Cuyos nombres eternos « De tal v i r t u d n o t e m e hablar e n m e n g u a
En mil t r o f e o s v i v i r á n g r a b a d o s . « Al r e y e s t e g u e r r e r o la ha a c u s a d o
S u s b e l l a s a r m a s , s u c o r c e l lijero « 'Por o d i o , m a s q u e c o n r a z ó n , infiero)
R e i n a l d o v e ; p o r la a r e n o s a p l a y a « De h a b e r á m e d i a n o c h e p r e s e n c i a d o
S u c a m i n o e m p r e n d i e n d o , al m a r i n e r o « Entrar e n s u a p o s e n t o á u n c a b a l l e r o .
Manda q u e á W á r i c h á a g u a r d a r l e v a y a . «"V e s la ley e n E s c o c i a tan s e v e r a .
S o l o , sin e s c u d e r o , incierto flota « Q u e á m o r i r e n la h o g u e r a
P o r la s e l v a , a v e n t u r a s « C o n d e n a á toda d a m a q u e a c u s a d a
Solícito b u s c a n d o , cuando nota « E s d e un d e s l i z , n o s i e n d o d e s p o s a d a ,
En m e d i o á la e s p e s u r a u n a a b a d í a , « A m e n o s q u e un g u e r r e r o
« A d e s m e n t i r al a c u s a n t e v e n g a ,
Q u e d e s u h a b e r g r a n parte c o n s u m í a
« Y, c o n él c o m b a t i e n d o , el t r u n f o o b t e n g a
En o b s e q u i a r l a s d a m a s y g u e r r e r o s
Q u e , e n t o r n o d e l l a , erraban n o c h e y dia. « L l e n o el r e y d e d o l o r , la t r i s t e s u e r t e
« P r e v e y e n d o d e s u hija
Grata a c o g i d a , e n s u r e c i n t o s a n t o ,
Los r e l i g i o s o s á R e i n a l d o d i e r o n , « Si d e u n m e s e n el t é r m i n o 110 s e halla
Y una espléndida mesa apercibieron, « Un paladín tan f u e r t e
Adornada d e cuanto « Que en singular batalla
Satisfacer p u d i e r a s u a p e t i t o . « V e n z a al a c u s a d o r , e d i c t o s fija
Satisfízolo; y, l u e g o , « Por todas sus ciudades y castillos.
Al abad p r e g u n t ó d o n d e s e hallaban « Su m a n o prometiendo y u n estado
Los s i t i o s b i e n h a d a d o s , « Al q u e ( s i e n d o d e o r i g e n e l e v a d o ;
En q u e dar r i e n d a al b e l i c o s o f u e g o « A lidiar por Ginebra s e p r e s e n t e ,
Pudieron tantos héroes esforzados. « Y h a g a á Lurcanio c o n f e s a r q u e m i e n t e .

El a b a d l e a s e g u r a " Y ademas q u e esta e m p r e s a


Que mas de una aventura, « E s m a s d i g n a d e t u á n i m o y tu a c e r o
La s e l v a r e c o r r i e n d o , hallar p o d r i a ; « Q u e c u a n t a s h a l l e s p o r la s e l v a e s p e s a ;
Pero aventuras q u e , en su sombra densa, « A m a s q u e e s d e l d e b e r d e u n caballero
El v e l o del s i l e n c i o e n v o l v e r í a . « A m p a r a r la v i r t u d y la b e l l e z a ,
« P i e n s a , p r o s i g u e , piensa « La m a y o r q u e h a y d e l G á n g e s al i b e r o ,
Q u e alto v a l o r , e t e r n a fama d e b e n « Y estados y riqueza
« De t u s h a z a ñ a s ser la r e c o m p e n s a . « Y la a m i s t a d d e l r e y y e t e r n a gloria
(( Y si dar d e t u e s f u e r z o q u i e r e s m u e s t r a , « C o n s e g u i r á s , g a n a n d o e s t a victoria. »
« Una o c a s i o n el cielo h o y te d e p a r a , " ~ ¿Con que morir una doncella d e b e , »
3.
ORLANDO FURIOSO.
Q u e , e n l o m a s d e n s o d e la s e l v a , n o t a n
Interrumpe Reinaldo, , , ,
En grave apuro á una infeliz doncella.
« Porque d e a m o r el d u l c e n é c t a r b e b e .
A cada lado d e l l a ,
« Al q u e i m p u s o y t o l e r a tal c a s t i g o ,
Con el puñal a l z a d o ,
« Y o por siempre maldigo-,
Un a s e s i n o e s t á q u e , d e s p i a d a d o ,
« La q u e a m a m u e r e , ; y v i v i r á la i n g r a t a
A sepultarlo v a , c o n brazo a l e v e ,
« Q u e al q u e la a d o r a c o n d e s d e n e s m a t a .
En el s e n o m a s b l a n c o q u e la n i e v e .
« Que h a y a ó n o la p r i n c e s a c o m e t i d o
N o bien la h o r r i b l e c u i t a
« L a f a l t a q u e le i m p u t a n n o d e c i d o .
De la d o n c e l l a el p a l a d í n a d v i e r t e ,
« A l si o b r ó b i e n 6 m a l ; b i e n q u e y o e n t i e n d o
El h i e r r o c l a v a á s u c a b a l l o f u e r t e ,
« Que, escándalo no habiendo,
Y, a m e n a z a n d o , á l o s m a l v a d o s grita.
« Un mérito mas bien q u e un crimen sea
Confusos ellos huyen á su v i s t a ;
« A un a m a n t e o t o r g a r l o q u e d e s e a .
Mas d e s e g u i r s u pista
« Si el m i s m o a f e c t o , c o n i g u a l c a r i c i a ,
N o s e c u r a el g u e r r e r o . Otro c u i d a d o
« Ambos s e x o s impele á aquel suave
En e s t e i n s t a n t e a g í t a l e y l e o c u p a .
« F i n d e l a m o r , la c e l e s t i a l d e l i c i a ,
De B a y a r d o e n la g r u p a
« Q u e t i e n e el v u l g o p o r d e l i t o g r a v e ,
Subir h a c e á la d a m a , y á s u l a d o
« ¿ N o s e r á la m a s b à r b a r a injusticia
S i g u e l u e g o el c a m i n o c o m e n z a d o .
« Q u e s e p e r m i t a al h o m b r e q u e s e alabe
Bien q u e el t e m o r d e u n a c e r c a n a m u e r t e
« De a q u e l l o q u e á la d a m a
El r o s t r o d e la d a m a a u n d e s f i g u r a ,
« C o n la e x i s t e n c i a h a c e p e r d e r la l a m a
En a d m i r a r el paladín n o tarda
« ¡ o h ley funesta ! q u e á abolir m e obligo,
S u p r e s e n c i a gallarda
« Al vil a c u s a d o r d a n d o castigo, Y s u s m o d a l e s l l e n o s d e finura.
« Si el c i e l o s a n t o m i v a l o r i n f l a m a . » P r e n d a d o d e l l o s , d e la t r i s t e s u e r t e
Los m o n j e s c o n v i n i e r o n e n q u e poca Q u e la c o n d u c e allí la c a u s a i n q u i e r e ,
Del a u t o r d e e s t a l e y ' Y c o n v o z t r i s t e , q u e i n t e r r u m p e el l l a n t o ,
F u é la c o r d u r a , y q u e e s c u l p a b l e el r e y Ella e n t o n c e s r e f i e r e
O u e , p u d i é n d o l o h a c e r , n o la r e v o c a . Lo que á narrar y o v o y en otro canto.
" Del sol a p é n a s el f u l g o r primero,
Al n u e v o d i a , e n e l o r i e n t e asoma,
Sus a r m a s , su b r i d ó n Reinaldo t o m a ,
CANTO V.
Y c o n un escudero, Historia de Ginebra y Ariodante. — Reinaldo liberta de la muerte
Que l o s m o n j e s le d a n , parle lijero. á aquella princesa, hija del rey de Escocia; quita la vida al
duque de Albania, y obtiene los socorros que viene á pedir.
P o r m e d i o d e la s e l v a a n g o s t a vía,
Ansioso d e acortar, tomado habia,
¡Oh d e natura fuerza s e d u c t o r a ,
C u a n d o u n a triste v o z h i e r e s u o í d o .
Que, con vínculo e s t r e c h o , á su hembra unes
Hácia el paraje d e d o s a l e el r u i d o C u a n t o a n i m a l s o b r e la tierra m o r a !
Los dos bridones trotan . Por ti, tranquila, e n su salvaje c h o z a ,
Aguijados á un t i e m p o por sus dueños,
ORLANDO FURIOSO.
Q u e , e n lo m a s d e n s o d e la s e l v a , n o t a n
Interrumpe R e i n a l d o , , , ,
En grave apuro á una infeliz d o n c e l l a .
« P o r q u e d e a m o r el d u l c e néctar b e b e .
A cada l a d o d e l l a ,
« Al q u e i m p u s o y tolera tal c a s t i g o ,
Con el puñal a l z a d o ,
« Y o por s i e m p r e maldigo-,
Un a s e s i n o está q u e , d e s p i a d a d o ,
« La q u e ama m u e r e , ; y vivirá la ingrata
A sepultarlo v a , c o n brazo a l e v e ,
« Que al q u e la adora c o n d e s d e n e s m a t a .
En el s e n o m a s blanco q u e la n i e v e .
« Que haya ó n o la princesa c o m e t i d o
No bien la horrible cuita
« L a falta q u e le i m p u t a n n o d e c i d o .
De la doncella el paladín a d v i e r t e ,
« A l si obró bien ó m a l ; b i e n q u e y o e n t i e n d o
El hierro clava á su caballo f u e r t e ,
« Q u e , escándalo n o h a b i e n d o ,
Y, a m e n a z a n d o , á l o s m a l v a d o s grita.
« Un mérito m a s b i e n q u e u n c r i m e n s e a
C o n f u s o s e l l o s h u y e n á su v i s t a ;
« A un a m a n t e o t o r g a r lo q u e d e s e a .
Mas d e s e g u i r su pista
« Si el m i s m o a f e c t o , c o n igual c a r i c i a ,
No se cura el g u e r r e r o . Otro c u i d a d o
« A m b o s s e x o s i m p e l e á aquel s u a v e
En e s t e instante agítale y l e o c u p a .
« Fin del a m o r , la celestial d e l i c i a ,
De Bayardo e n la g r u p a
« Que t i e n e el v u l g o p o r d e l i t o g r a v e ,
Subir hace á la d a m a , y á s u l a d o
« ¿No será la m a s bàrbara injusticia
S i g u e l u e g o el c a m i n o c o m e n z a d o .
« Que s e permita al h o m b r e q u e s e alabe
Bien q u e el t e m o r d e una cercana m u e r t e
« De a q u e l l o q u e á ¡a d a m a
El rostro d e la dama aun d e s f i g u r a ,
« C o n la existencia h a c e p e r d e r la l a m a
En admirar el paladín n o tarda
« ¡ o h l e y funesta ! q u e á abolir m e o b l i g o ,
Su presencia gallarda
« Al vil acusador d a n d o c a s t i g o , Y sus m o d a l e s l l e n o s d e finura.
« Si el cielo santo m i valor inflama. » Prendado d e l l o s , d e la triste suerte
Los m o n j e s c o n v i n i e r o n e n q u e poca Que la c o n d u c e allí la c a u s a i n q u i e r e ,
Del autor d e e s t a l e y ' Y c o n v o z t r i s t e , q u e interrumpe el l l a n t o ,
F u é la c o r d u r a , y q u e e s c u l p a b l e el rey Ella e n t o n c e s refiere
O u e , p u d i é n d o l o h a c e r , n o la r e v o c a . Lo q u e á narrar y o v o y e n o t r o canto.
" Del sol apenas el f u l g o r p r i m e r o ,
Al n u e v o d i a , e n e l o r i e n t e a s o m a ,
S u s a r m a s , su b r i d ó n R e i n a l d o t o m a ,
CANTO V.
Y c o n un e s c u d e r o , Historia de Ginebra y Ariodante. — Reinaldo liberta de la muerte
Que l o s m o n j e s le d a n , p a r l e lijero. á aquella princesa, hija del rey de Escocia; quita la vida al
duque de Albania, y obtiene los socorros que viene á pedir.
P o r m e d i o d e la s e l v a a n g o s t a v í a ,
Ansioso d e acortar, t o m a d o h a b i a ,
¡Oh d e natura fuerza s e d u c t o r a ,
Cuando u n a triste v o z hiere s u o í d o .
Q u e , c o n v í n c u l o e s t r e c h o , á s u hembra u n e s
Hácia el paraje d e d o s a l e el ruido Cuanto animal s o b r e la tierra m o r a !
Los d o s bridones t r o t a n . Por t i , t r a n q u i l a , e n s u salvaje c h o z a ,
Aguijados á u n t i e m p o por sus d u e ñ o s ,
ORLANDO FURIOSO.

Cabe el lobo r a p a z , la loba yace-, « Q u e el h o m b r e hiciese á su e n e m i g o guerra-


La selva el o s o en recorrer se place « Mas por el bien hacer el mal delito '
Con su e s p o s a f e r o z ; d u l c e r e p o s o , « Es a t r o z , inaudito.
Cabe el l e ó n , s u compañera g o z a , « La causa p u e s e s c u c h a , c u y o influjo
Y. al lado del novillo .impetuoso, « A morir á e s t o s sitios m e c o n d u j o .
J o v e n novilla sin temor retoza. « S a b e , s e ñ o r , q u e , niña t o d a v í a ,
¿ Qué abominable m o n s t r u o , q u é M e g u e r a , « De la bella Ginebra entré al servicio.
A turbar baja del humano el pecho? « A la par d e s u edad creció la mia
¿ P o r q u é , m o v i d o s de fatal d e s p e c h o , « Y á su l a d o , b i e n p r e s t o ,
S e injurian, s e amenazan y aun s e hieren « Logré e n la corte distinguido p u e s t o ;
«Mas á turbar v i n o el a m o r mi c a l m a .
El esposa y la esposa?
« En mi p e c h o l a n z a n d o llama impía
¿ P o r q u é , p o r q u é , tal v e z , cólera ciega
« Por el d u q u e d e Albania, q u e d e su alma
El tálamo nupcial c o n sangre riega?
« Las ansias m e explicaba cada dia.
Al cielo g r a v e ofensa
« De s u acento y s u rostro e n a m o r a d a ,
Hace sin d u d a aquel q u e el rostro bello
« Sin estudiar s u c o r a z o n , m u y l u e g o
De mujer i n d e f e n s a
« A su querer m e e n t r e g o ;
Osa tocar c o n intención a l e v e ,
« Y d e c r é d u l o a m o r alucinada
O aquel q u e d e sus s i e n e s u n c a b e l l o ,
« Con él mi l e c h o dividí. ¡ Cuitada!
Contra su g r a d o , á arrebatar se a t r e v e ; « Víctima d e u n afecto c i e g o y v i v o .
Mas n o hay u n m o n s t r u o q u e e n fiereza iguale « N i n g ú n temor m e arredra ó ' a c o b a r d a ,
Al q u e , por despojarla de la v i d a , « V á mi amador recibo
De la cicuta ó del puñal s e vale. « De Ginebra e n la estancia favorita,
Y t a l e s d e b e n ser los d o s malvados « Do casi s i e m p r e habita
Q u e , por celar su c r i m e n , « V do sus j o y a s m a s preciosas guarda.
C r e y é n d o s e del m u n d o r e t i r a d o s ,
« En el m u r o exterior d e e s t e a p o s e n t o
En lóbrega selva el hierro e s g r i m e n
« Un balcón s e divisa
Contra la h e r m o s a dama
« Que da a c c e s o á una sala
Q u e , al v e r s e libre d e su suerte f i e r a ,
« Del alcázar, y vista á u n c a m p o inculto
Al paladín habló d e esta manera :
« Que humana planta á ninguna hora pisa.
« V a s á e s c u c h a r del h o m b r e m a s p e r v e r s o
« Yo m i s m a al caro a m a n t e , y o la e s c a l a ,
<( Una acción d e que apénas
« Util á nuestra e m p r e s a ,
« E j e m p l o v i e r o n Argos ni Micénas,
« Lanzaba del balcón siempre q u e . el frió
« Ni p u e b l o a l g u n o en t o d o el u n i v e r s o ; « H u y e n d o ó l o s a r d o r e s del e s t í o
« Q u e , si el sol con sus rayos m a s o b l i c u o s « De habitación cambiaba la princesa.
« Estas r e g i o n e s h i e r e ,
« Secreto m u c h o s dias
« Es q u e la v i s t a , horrorizado, quiere
« Y m u c h o s m e s e s e s t e amor, e n f u e g o
« Apartar d e mortales tan inicuos.
« Trueca la s a n g r e d e las v e n a s mia-.
« En t o d o s i g l o v i ó s e e n toda tierra
ORLANDO FURIOSO. CANTO V. 63
« Con un s u h e r m a n o , imberbe todavía,
« : Necia d e m i ! ¡ d e m i delirio loco o
« Era v e n i d o desde Italia á Escocia.
« s e r p u d e , oh Dios, así j u g u e t e c i e g o .
« Donde e c l i p s ó , con mas de una alta hazaña,
« ü e la j ó v e n princesa el d u q u e a p o c o 0
Las de todos los héroes de Bretaña.
« Osó mostrarse e n a m o r a d o : si era
« Prendado d e su audacia e n los c o m b a t e s ,
«Antigua e s t a p a s i ó n ó bien r e c i e n t e ,
« El rey á e s t e caudillo
« j a m a s p u d e saber-, m a s era tanto
« Le dió mas d e un estado y de un castillo,
« Sobre m í s u a s c e n d i e n t e ,
«Y grande le h i z o , al par de s u s magnates.
« Tan p o c o su r u b o r , q u e , n o c o n t e n t o
« A la bella princesa
« Con descubrirme s u t r a i c i ó n , mi amparo
« Aqueste j ó v e n tierno amor p r o f e s a ,
« I m p l o r ó para darle c u m p l i m i e n t o .
« Cuya llama e s mas viva
« Este amor n o c o m p a r o
« Que la q u e á Troya c o n s u m i ó , y que aquellas
« A l q u e siento por t i , bien
« Q u e , e n su cólera altiva,
«Mi solo objeto e s o b t e n e r del padre « Lanzan Etna y Vesubio á las estrellas.
« La m a n o d e Ginebra ;
« A m o r no m é n o s vivo q u e al guerrero
« Tanto en efecto y tanto s e celeb a
« A Ginebra abrasaba. Así e s que en vano
« s u alcurnia y su r i q u e z a , q u e e n
, x o h a y quien al rey m e j o r q u e al d u q u e cuaui « Grata respuesta en conseguir me afano,
« Y á Ginebra importuno y exaspero.
« por y e r n o . Y anadia
«Al d u q u e e n t a n t o , cuerda,
« Q u e s i , por obra m i a ,
« Yo e x h o r t o á q u e no pierda
« E s t e objeto l o g r a b a , e t e r n a m e n t e
« Mas tiempo en tan estéril tentativa.
« A tan alto favor a g r a d e c i d o , « Pues d e Ginebra, d í g o l e , e s tan viva
« Mas que al rey, q u e á Ginebra, que a su gente
« La pasión por el príncipe, q u e apenas
« Y á cuanto p o s e y e r a , me amana
« Della apagara una p e q u e ñ a chispa
« A complacerle a t e n t a , n o c o m b a t o « Cuanta agua encierra el mar en sus arenas.
« Ni p u e d o combatir e s t e p r o y e c t o
« Esto habiendo escuchado d e mi boca
« Mas, con celo i n s e n s a t o ,
« En ocasiones varias Políneso
MU m e d i o s b u s c o d e llevarlo a efecto.
« ( A s í se llama el d u q u e ) , y c o n v e n c i d o ,
« C o n la bella Ginebra h a b l a n d o un d í a ,
« P o r s u s propios e s f u e r z o s , de que loca
« Nuestra c o n v e r s a c i ó n s o b r e e s t e a s u n t o
« E inútil e s su o b s t i n a c i ó n , suspira
« Viene á parar. Al p u n t o
« De e n v i d i a , z e l o s é i r a ,
« L a ocasion a p r o v e c h o
« Y d e Ginebra y de su amante tierno
« Y al d u q u e le p r e s e n t o , cual trasmito
« Trocar piensa el amor en odio e t e r n o ,
« De belleza y v i r t u d . Dios m e e s t e s t i g o , « Cubriendo á la princesa
« T o d o fué e n vano-, e n v a n o m e f a t i g o , « De un baldón q u e l a siga hasta la huesa.
«insisto y r u e g o al fin. Mover el pecho
« Luego que su designio meditado
De la bella G i n e b r a n o c o n s i g o .
« Hubo c o n d e t e n c i ó n , á v e r m e v i n o ,
« u n j o v e n c a b a l l e r o , e n q u i e n , e asocia « Y, s i n hablar á nadie d é l , ladino
« El esfuerzo á la gracia y c o r t e s í a ,
« Me dijo a s i : — D a l i n d a , avergonzado « A creer tus palabras m e r e s i s t o -
« Estoy del resultado " P u e s á n t e s d e q u e tú la h u b i e s e s v i s t o ,
« De tantas tentativas i n f e l i c e s ; « Era y o ya d e la princesa a m a n t e . '
« Mas cuanto advierto y cuanto tú m e dices « Se q u e no i g n o r a s cuanto
« N u e v a s fuerzas m e da contra esa d a m a ; « E s este a m o r r e c i p r o c o y s i n c e r o ;
« Q u e , cortada una v e z y otra la r a m a ,
« L a a u e mi' q U e S a b G S q U e t u a f a n d e s d < * «
« Brota c o n m a s v i g o r d e s u s raices. 3 m
Tú s i ° r S , e m p r e aco^¡ó r'sueña.
« N o s i e n t o a m o r ; m a s m u é v e m e el d e s e o « i u s o l o , p u e s , Olvidas l o s d e b e r e s
« De v e n c e r d e e s a ingrata los d e s d e n e s ; « u e la amistad q u e r e c o r d a r m e quieres
« Y p u e s q u e tú m i s planes m e ofreciste « J. a faltar á la cual y o nunca osara '
« Favorecer, d e todo lo q u e tienes « Si amado fueras cual lo s o v . Ni esDeres
« Que hacer v o y t e á i n s t r u i r : Cuando d o r m i d a « Q u e darte s o b r e m í v e n t a j a " a l g u r ?
« C o n t e m p l e s , esta n o c h e , á esa altanera, « Tus títulos p o d r á n ni tu f o r t u n a :
« S u s ropas tomarás y s u s a d o r n o s , « Pues q u e c u e n t o del r e y con el ¡ m n a r o
« Y, c o n ellos v e s t i d a , « Y m a s q u e tú s o y á Ginebra c a r o T '
« Desde el balcón m e arrojarás la escala. - « i A h ! replícale el d u q u e ¡ e n cuan f u n e s t o
« De e s t e m o d o , q u i z á , c o n un e n g a ñ o , « Error esa pasión te precipita <
« Podré dar t r e g u a á mi furor extraño. — « Tu de Ginebra p i e n s a s ser a m a d o ;
« J y o a mostrarte q u e lo s o y m e apresto
« Asi dijo : y o , c i e g a
« Los h e c h o s hablen pues. Tú del e s t a d *
« Cómplice d e e s t e a m a ñ o ,
« De tu pasión r e v é l a m e el s e c r e ' o -
« Su perfidia n o advierto hasta q u e llega
« A s e r , ¡ o h D i o s ! irreparable el d a ñ o .
a ul eh ei
«« \J ° q T ' ] 0 a S Í t a m b i e n m e c o m£p r o m e t o ,'
« En busca d e Ariodante, á quien l e unia q u e p r u e b a s p r e s e n t a r
« Del t r i u n f o el f r u t o á s u a d v e r s a r i o S
« En otros t i e m p o s amistad e s t r e c h a ,
« P e r o , asi c u a l t e j u r o
« E s t u v o el d u q u e e n t a n t o , y de este m o d o
« Tu s e c r e t o guardar, así c o n f i o
« Con él s e p u s o á razonar u n dia :
« Que tu labio discreto
« — S o b r e m a n e r a e x t r a ñ o , oh Ariodante,
« Sabrá celar c u a n t o profiera el m í o -
« Q u e , s i e n d o así q u e pruebas
« Acaba el d u q u e , y Ariodante aprueba
« S i e m p r e te di d e mi a m i s t a d , te atrevas
« A pagarla tan mal. Sé q u e no ignoras « S o b r e l o s s a n t o s E v a n g e l i o s tiende
« La m a n o cada cual. Por dar la prueba
« Cuan g r a n d e e s el e x c e s o
« Del a m o r q u e á Ginebra y o profeso, : * H c u a n t 0 a c a b * d e afirmar, e m p r e n d e
a Sé q u e sabes q u e , h o y m i s m o , por esposa « S u discurso A r i o d a n t e , r e f i r i e n d o ,
« Dármela d e b e el rey. ¿ Cómo p u e s osa « C o m o é r a l a v e r d a d , cual d e palabra
« Tu a m o r turbar mi dicha al pié del ara? « Y por escrito e t e r n o a m o r mil v e c e s
« En caso s e m e j a n t e « Le j u r o la p r i n c e s a , decidida
« T u pasión ¡ v i v e D i o s ! y o respetara.— « A terminar s u vida
« — Con m o t i v o m a y o r , dice Ariodante, « E n soledad p e r p e t u a si otro e s p o s o
« Darle s u padre i n t e n t a r i g o r o s o . ' « Obtuviste j a m a s tales fave r e s :
« - D i g n o , a ñ a d i ó , d e e s t e alto h o n o r e s p e r o « Y, c e d i é n d o m e el t r i u n f o , da al olvido
« Me hará mi a m o r , á la d o n c e l l a c a r o , • « El e n g a ñ o fatal e n q u e has vivido. —
« Y el valor d e mi a c e r o , « — Tus falaces d i s c u r s o s bien q u e u l t r a j e n .
« Q u e , célebre p o r m a s d e u n a v i c t o r i a . « R e s p o n d e s u r i v a l , á la q u e a d o r o ,
« A hacer triunfar d e n u e v o m e preparo •« "De mi alma n u n c a borrarán su i m a g e n .
« En pro del r e i n o y del m o n a r c a e n gloria. « Si lo q u e has d i c h o s o s t e n e r te a g r a d a ,
« Tal e s d e mi p a s i ó n , tal el e s t a d o . « Pronto e s t o y á probarte q u e has m e n t i d o
« De t o d o s e n v i d i a d o , « C o m o u n vil i m p o s t o r . — N o , dice el d u q u e ,
« No p u e d o p r e t e n d e r m a y o r e s p r u e b a s « X© fuera bien d e s e n v a i n a r la e s p a d a ,
« Del amor d e G i n e b r a , q u e seria « Para probar lo q u e e n cualquier instante
« De s u virtud y do m i h o n o r e n m e n g u a « T u s ojos p u e d e n v e r . — A tal discurso
« Enmudece Ariodante;
« Aspirar á otro b i e n , á n t e s del dia
« Glacial s u d o r el c u r s o
« En q u e á c o l m a r n u e s t r o c o m ú n d e s e o
« De s u s a n g r e i n t e r r u m p e , y e n voz ronca
« Venga el s a g r a d o l a z o d e h i m e n e o . —
« — C u a n d o , p r o r u m p e , l o q u e así te a t r e v e s
« L u e g o q u e , sin ficción, estas palabras
« A asegurar, m e p r u e b e s ,
« H u b o dicho A r i o d a n t e , P o l i n e s o ,
« Desterrar d e mi p e c h o te p r o m e t o
« Q u e , abrasándose d e i r a , « A a q u e l l a , h o y d e mi a m o r único o b j e t o ;
« A indisponerle c o n Ginebra a s p i r a , « Mas por lograrlo v a n o tu d e s e o
« - Escúchame, le d i c e , y juzga luego « S e r á , si lo q u e afirmas
« De mi felicidad. F i c c i ó n y d o l o « Con m i s ojos v o m i s m o aquí n o v e o . —
« E s c u a n t o a m o r t e m u e s t r a la q u e , s o l o « — T u error te haré y o ver c u a n d o c o n v e n g a ,
« Por mí sintiendo v e r d a d e r o f u e g o , « R e s p o n d e el d u q u e , y parle. Al otro dia
« Tu mísera p a s i ó n r e p u t a u n j u e g o . « Aviso y o le di q u e á mi a p o s e n t o
« ¡Cuántas v e c e s ¡ o h D i o s ! s o l a c o n m i g o « Venir á v e r m e sin t e m o r podia.
« De s u a v e r s i ó n p o r tí m e h i z o t e s t i g o !
« ¡ C u á n t a s v e c e s , c o n cólera ó d e s p r e c i o , « A su infernal d e s i g n i o s i e m p r e atento
« Tu a m o r calificó d e a u d a z ó n e c i o ! « Vuela ante s u rival. — L l e g ó , l e d i c e ,
« L l e g ó , a m i g o , el m o m e n t o
« Por el contrario y o , n o d e palabras
« De q u e tu e n g a ñ o y o te patentice.
« C u a l t ú m e a l i m e n t é . Sabe ( y acaso
« Detras d e aquellas solitarias ruinas
« A mí t e n e r l o o c u l t o
« E s c o n d i d o e s t a n o c h e , s e r testigo
« Y á tí ignorarlo c o n v i n i e r a ) , sabe
« Podrás d e aquello q u e e n d u d a r te obstinas. -
« Que s u vuelta la l u n a
« A v e n i r Ariodante s e r e s u e l v e :
« No da j a m a s sin q u e u n a ,
« P e r o , á m a s q u e s u a m o r n o le permite
« Tres, seis, quizá diez v e c e s ,
« Dar crédito a tan pérfido l e n g u a j e ,
« De Ginebra e n l o s brazos m e s o r p r e n d a
« T e m i e n d o q u e d e n o c h e á aquel paraje
« Haciendo al Dios d e a m o r sabrosa ofrenda.
« Con s i n i e s t r o s d e s i g n i o s s e le c i t e ,
« Piensa p u e s s i , por m a s q u e t ú la a d o r e s .
« A defender s u vida s e prepara « P o r las nocturnas sombras p r o t e g i d o
« Contra toda traición. Con e s t e objeto « Llega, y tras u n a roca ,
« Llama á su h e r m a n o , cuya audacia rara « De \ r i o d a n t e á diez p a s o s , s e c o l o c a .
« Hay e n la corte apénas q u i e n i g u a l e , « Clara la luna iluminaba el valle
« Y c u v o auxilio vale « Cuando salí al b a l c ó n . El traje bello
« Mas q u e el d e diez g u e r r e r o s . De sus armas « Que ajustaba mi t a l l e ,
« La púrpura q u e ornaba mi c a b e l l o ,
« R e v e s t i r s e le o r d e n a ,
« Mi a d e m a n y aun mi r o s t r o , e n algún m o d o
« Y, sin c o m u n i c a r l e s u s a l a r m a s ,
« Al d e la ilustre d a m a s e m e j a n t e ,
,< De la n o c h e serena
« La distancia y la n o c h e sobre t o d o ,
« E n l a s s o m b r a s , por el a c o m p a ñ a d o ,
« Engañan á Lurcanio y á Ariodante.
« Camina y llega al sitio d e s i g n a d o .
« J u z g a d , s e ñ o r , cual d e u n o y o t r o h e r m a n o
« T r e c h o igual al q u e mide
« Debió ser el dolor, al v e r mi m a n o
« Piedra arrojada por robusta m a n o ,
« T e n d e r la escala al d u q u e , q u e , i m p a c i e n t e ,
« A l e j á n d o s e e n t o n c e s c o n su h e r m a n o ,
« Entre mis brazos v a á lanzarse u f a n o ;
— « A q u í , le d i c e , aguárdame. Si acaso
« Cual al v e r m e e n s u frente
« Oyes mi v o z , lijero
« Y sus mejillas e s t a m p a r mi labio.
« V e n hácia m í ; d e lo contrario quiero
« Ariodante, un agravio
« Y te r u e g o , por D i o s , n o d e s u n paso. ~
« Creyendo en e s t o v e r , siente tal p e n a ,
— « Así l o h a r é , Lurcanio le r e s p o n d e .
« Q u e , el hierro d e s n u d a n d o ,
« - Parte Ariodante e n t o n c e s , y , á distancia « Sobre su punta iba á a r r o j a r s e , c u a n d o
« Corta d e allí, se e s c o n d e « L u r c a n i o , q u e , t e s t i g o de esta e s c e n a ,
« En las ruinas e n frente de mi estancia. « S u desenlace a t ó n i t o a g u a r d a b a ,
« Bien p r o n t o llega por el lado o p u e s t o « A c e r c á n d o s e , evita
« El d u q u e á c o n s u m a r su plan funesto. « Que u n a s o s p e c h a aciaga
« E n v u e l t a d e la d a m a , « En propia sangre s u ira satisfaga.
« ¡ T r i s t e d e m í ! e n el cándído v e s t i d o ,
— « Ariodante , le g r i t a ,
« Que franja de oro e n rededor r e c a m a ,
« Mísero h e r m a n o , tu furor m o d e r a
« C o n el cabello e n una red c o g i d o ,
« ¿ O f u s c a r tu razón d e tal m a n e r a
« Y ( d e Ginebra acostumbrado a d o r n o )
« P u d o aleve m u j e r ? Muera e n buena hora
« C o n rojos lazos d e mi sien e n t o r n o ,
« La infame, seductora
(( Del p r o y e c t o del d u q u e y o i g n o r a n t e ,
« A quien amaste u n t i e m p o , y á quien d e b o :
« S a l g o al b a l c ó n , arrójole la e s c a l a ,
« Hoy detestar por s i e m p r e ; p u e s , ingrata,
« Y descubierta soy por Ariodante.
« Tus dulces ilusiones t e arrebata.
« Entretanto L u r c a n i o , q u e e n peligro « Guarda e s e hierro p u e s , guárdalo , h e r m a n o ,
« T e m e dejar á su querido h e r m a n o , « Y, mas bien q u e d e estéril sacrificio,
« Y m o v i d o también d e aquel afecto « Hazlo instrumento d e ejemplar suplicio.
« Que á observar d e l o s otros las acciones
« A la súbita vista d e Lurcanio,
« Arrastra siempre al corazon h u m a n o .
CANTO V. 71
„0 ORLANDO FURIOSO.
« P r e s t o , d e b o c a e n b o c a , la c o m a r c a
« Q u e á s u i n t e n t o s e o p o n e , el h i e r r o envaina
« La n u e v a r e c o r r i ó . N o h a y c a b a l l e r o .
« Mas n o p o r e s o a m a i n a
« N o h a y e n la c o r t e d a m a
« Su desesperación. De su alma mustia .
« Que n o s i e n t a d o l o r . H a s t a el m o n a r c a
« O c u l t a n d o la a n g u s t i a , <( L á g r i m a s , e s c u c h á n d o l o , d e r r a m a .
Ai v e r d e l n u e v o s o l l o s r a y o s v i v o s , « Mas q u e l o s o t r o s t r i s t e , e n s u d e s p e c h o ,
« S i n despedirse de su hermano parte. « En s u aflicción i n m e n s a ,
« De s u p r o f u n d a c u i t a l o s m o t i v o s « Contra s u p r o p i o p e c h o
cnin \ n r c a n i o v P o l i n e s o s a b e n ; « S u s a r m a s dirigir L u r c a n i o p i e n s a ,
: r e n la e o r t e ' y d e E s c o c i a e n el r e c i n t o , « Una y mil v e c e s r e p i t i e n d o al dia,
« Cada cual l e a t r i b u y e u n o d i s t i n t o . « Q u e d e la m u e r t e d e A r i o d a n t e c a u s a
' « O c h o dias d e s p u e s l l e g a á la c o r t e « F u é d e Ginebra la c o n d u c t a impía.
(( Y a l a p r i n c e s a a n u n c i a u n caminante « Y e s t a n t o s u d o l o r , d e tal m a n e r a
« Q u e v í c t i m a Ariodarite « A v e n g a r s e la c ó l e r a l e m u e v e ,
„ Pereció de frenético transporte. « Q u e , el r e s p e t o o l v i d a n d o q u e al rey d e b e ,
1 A la orilla del m a r , s o b r e u n a r o c a « Del p a l a c i o p e n e t r a e n la gran s a l a ,
« Q u e h a c i a Ibernia s e a v a n z a « Y, a n t e t o d a la c o r t e ,
« Y o le e n c o n t r é , d i j o el v i a j e r o , c u a n d o « Contra Ginebra así q u e j a s e x h a l a :
« P o r o b r a iba á p o n e r s u p l a n i n f ^ « De A r i o d a n t e , s e ñ o r , la triste historia
, Y _ ¡ oh tu, quien quier q u e p u e d a s ser! m e dice, « Sin d u d a te e s n o t o r i a ;
« De m i s u e r t e i n f e l i c e « P e r o q u i z á tu m a j e s t a d n o s a b e
« A ser testigo v e n ; v e n , y te ^ e g o « Q u e la c u l p a f u n e s t a
« O u e á a n u n c i a r á Ginebra p a r l a * l u e g o « Ginebra f u é d e s u q u e r e l l a g r a v e .
I Q u e ella e s el s o l o a u t o r d e m i s e n o j o s .
« Amabala é l ; mas su pasión honesta
« ¡Cegaran ¡ah! m i s ojos « No o s ó n u n c a e x c e d e r s e en s u s d e s e o s ,
« A n t e s d e dar ¡ o h c i e l o s . « Esperando que de esta
« \ m i a m o r el s u p l i c i o d e l o s z e l o s . % « Union digno le hiciesen s u s trofeos.
« Asi d i c i e n d o á la e s c a r p a d a c r e s t a « M a s , m i é n t r a s él del á r b o l r e s e r v a d o
« Del p e ñ a s c o s e s u b e , y c o n f u n e s t a « Osa a p e n a s o l e r la d é b i l h o j a ,
« Resolución se lanza e n t r e las olas. « Del t r o n c o o t r o la a r r a n c a , y , m a l s u g r a d o ,
« D i j o ; pálida y y e r t a , « De e s p e r a n z a p o r s i e m p r e l e d e s p o j a .
« La triste d a m a á r e p l i c a r n o a c i e r t a . « L u e g o , sigue narrando c o m o vido
« ; C o m o pintar s u a n g u s t i a c u a n d o a solas, « De Ginebra e n la e s t a n c i a e n t r a r á un h o m b r e ,
« E l i s u estancia s e vió? Del caro a m a n t e « De q u i e n i g n o r a el n o m b r e .
« Las q u e j a s r e p i t i e n d o á c a d a i n s t a n t e , « C u a l . á fin d e n o s e r r e c o n o c i d o ,
« Gime, grita, s o l l o z a , « S e disfraza e s t e a m a n t e , r e c o g i e n d o
« S u s á u r e a s t r e n z a s sin p i e d a d d e s l a z a , « Su c a b e l l o y c a m b i a n d o d e v e s t i d o .
« Sus ropas a p e d a z a « Cual la d o n c e l l a l e arrojó la e s c a l a ,
« Y el blanco s e n o virginal destroza.
ORLANDO FURIOSO.

« C u a n t o , e n fin, l u e g o sucedió-, ^ l a d e « P o r las n o c t u r n a s s o m b r a s p r o t e g i d a


« Q u e si un g u e r r e r o s e h a l l a a q u i e n a g r a d e « H u y o la c o r t e , h á c i a mi a m a n t e v u e l o ,
« Sostener lo contrario, se presente « Y mi i n q u i e t u d l e e x p l i c o y mi d e s v e l o .
« N o e s m e n o r la a f l i c c i ó n q u e l a s o r p r e s a « Traidor, d e m i v e n i d a
« Q u e e s t e d i s c u r s o c a u s a al r e y . La m u e r t e « F i n g i é n d o s e el d e Albania s a t i s f e c h o ,
« Y un e t e r n o b a l d ó n , tal e s la s u e r t e « Mándame que del pecho
« Q u e r e s e r v a el d e s t i n o á la P ^ f ; « Todo temor e x p u l s e , y, en s e g u i d a ,
« Tú no i g n o r a s , señor, c u a n t o es severa « Partir m e o r d e n a á un s u c a s t i l l o , d o n d e
« E n E s c o c i a la l e y . El p o d e r r e g i o « Seguridad y protección me ofrece
* C o n t r a ella e n v a n o i n v o c a p r i v i l e g i o . « Contra el f u r o r d e l r e y . J u z g a t ú m i s m o ,
« i n o c e n t e ó c u l p a b l e , e n el c a d a l s o « S e ñ o r , si c o r r e s p o n d e
« Morirá l a a c u s a d a « A tanto a m o r el b á r b a r o c a s t i g o
« Si d e m o s t r a r q u e e s falso « De q u e aquí t ú v i n i s t e á ser t e s t i g o .
« El c r i m e n q u e l e i m p u t a n , c o n s u e s p a d a « P u e s , d e mi a m o r el p é r f i d o d u d a n d o .
« N o l o g r a u n p a l a d í n e n la p e l e a . « Y t e m e r o s o d e q u e a c a s o un día
« A s í , bien que culpable no l a c r e a , « Publique yo sus c r í m e n e s , c o n m i g o ,
« P o r t o d a E s c o c i a el r e y e d i c t o s l i j a , « Bajo p r e t e x t o d e e s c o l t a r m e , e n v i a
« C o n la m a n o d e s u h i j a « Dos s a t é l i t e s s u y o s , c o n e n c a r g o
« U n g r a n d o t e o f r e c i e n d o al q u e s e s i e n t a « De d a r m e m u e r t e e n e s a s e l v a ; y e s t e
« F u e r z a s para v e n g a r t a m a ñ a afrenta. « Fuera mi fin s i , á c o m p a s i o n m o v i d a ,
« Es tan t e m i d o , e m p e r o , « P o r libertar mi v i d a ,
« Lurcanio en toda Escocia, que guerrero « N o te m a n d a r a la b o n d a d c e l e s t e . »
« N o s e halla q u e s e a t r e v a Así su historia t e r m i n ó la d a m a .
« De s u s a r m a s c o n él á h a c e r la p r u e b a . El b u e n R e i n a l d o , q u e e n d e s e o ardia
« : A h ! si á n o t i c i a del a u d a z Zerbino De c o m b a t i r por la p r i n c e s a , a u n c u a n d o
« L l e g a r p u d i e r a el r i e s g o d e s u h e r m a n a . S u p i e s e s e r la a c u s a c i ó n f u n d a d a ,
« ¡ C u á n presto dejaría, Su p e n a e n alegría
« P o r d a r l e a u x i l i o , la r e g i ó n l e j a n a Trueca e s c u c h a n d o la v e r d a d , p e n s a n d o
« Que ilustra c o n hazañas cada d í a . Q u e e n pro de la i n o c e n c i a c a l u m n i a d a
« E l r e y , q u e e n t a n t o de inquirir n o c e s a Iba s u brazo á m a n e j a r la es¡ ada.
« Si o t r o m e d i o n o h a b r á q u e d e las l l a m a s En la c i u d a d d e S a n A n d r é s , d o s e halla
« P u e d a arrancar á la infeliz p r i n c e s a , El r e y á la s a z ó n c o n s u f a m i l i a ,
« Ordena de sus damas Se d e b e t e r m i n a r e s t a batalla.
« Prender á cuantas piensa Por llegar d e la c o r t e á la p r e s e n c i a
« Q u e s a b e r p u e d e n la v e r d a d . I n m e n s a Marchaba el paladín c o n i m p a c i e n c i a ,
« Es mi inquietud. Del duque calculando C u a n d o halló un e s c u d e r o
Que le i n f o r m ó d e c u a n t o allí pasaba.
« El r i e s g o e n t o n c e s y la s u e r t e m í a ,
« Un c a m p e ó n , l e d i c e , q u e e x t r a n j e r o
« Si á s e r i n t e r r o g a d a m e e x p o n í a .
T. i . 4
Por m e d i o d e la e s p e s a m u c h e d u m b r e
« Parece ser, d e p r e s e n t a r s e acaba
El p a s o s e abre c o n su fiel Bayardo
« A combatir por la infeliz princesa.
El ínclito Reinaldo. Viva l u m b r e
« Raras s u s armas s o n , rara su e m p r e s a ,
Brilla e n s u s ojos. Su a d e m a n gallardo
« Y d e tal m o d o o c u l t o el r o s t r o l l e v a ,
De extraña admiración á t o d o s l l e n a ,
« Que su propio e s c u d e r o ha a s e g u r a d o
Y, al mirarle llegar al pié del t r o n o ,
« N o haberlo visto n u n c a d e s t a p a d o . »
Para e s c u c h a r l e cada cual s e ordena.
E s t o e s c u c h a n d o el h é r o e , con la e s p u e l a ,
« Magnánimo s e ñ o r , d i c e en v o z f u e r t e ,
De su caballo el í m p e t u despierta j
« Esa batalla h a c e d cesar bien p r e s t o ,
De la ciudad hacia l o s m u r o s v u e l a ,
« Si n o q u e r e i s d e i n m e r e c i d a m u e r t e
Cerrada v e su puerta ,
« Ser c ó m p l i c e ó autor. Error f u n e s t o
Y d e esta novedad la c a u s a i n q u i e r e .
« Cegó la vista y o f u s c ó la m e n t e
« Tal e s , señor, r e s p ó n d e l e el a l c a i d e ,
« Del g u e r r e r o valiente
K La v o l u n t a d d e n u e s t r o r e y , q u e quiere
« Que vibra hierro i n s a n o
« Que e s p e c t a d o r s u p u e b l o t o d o sea « Por v e n g a r la d e s h o n r a d e su h e r m a n o .
« De la dura p e l e a « El o t r o i g n o r a , o h rey, si e n favor s u y o
« Que d o s bravos g u e r r e r o s han trabado « O e n c o n t r a suya la justicia t i e n e .
« En el llano q u e l i n d a « Y á su á n i m o galan s o l o atribuyo
,, Con l a ciudad p o r el o p u e s t o lado. » « El n o b l e ardor c o n q u e la lid s o s t i e n e .
A su m a n d a t o , abiertas « A la i n o c e n c i a y la beldad p r o p i c i a ,
Mira e l s e ñ o r de Montalban las p u e r t a s , « A i m p e d i r s e e o u s u m e u n a úijustieia
Que e n cerrarse n o t a r d a n ; y á D a l m d a , « Va mi voz-, m a s ¡ olí r e y ! esa c o n t i e n d a
Que á seguirle hasta e l c a m p o n o s e a t r e v e , « Haced á n t e s , por D i o s , q u e s e suspenda. »
D e j a n d o en' la p o s a d a Movido el rey del porte y d e l cUsetir-»
Que e s t á del p u e b l o p r ó x i m a á la e n t r a d a , Del n o b l e p a l a d í n , d e la batalla
Volver por ella le p r o m e t e e n b r e v e . Manda q u e al p u n t o s e s u s p e n d a el cata®.
De la ciudad desierta atravesando A su v o z , l o s g u e r r e r o s s e separan
Veloz las calles, llega á la llanura, Y á e s c u c h a r s e preparan
Donde á Lurcanio v e y á su adversario A Reinaldo , q u e , al r e y y al p u e b l o todo
Esgrimir el acero sanguinario. De P o l i n e s o d e s c u b r i e n d o el c r i m e n ,
Seis g u e r r e r o s á p i é , d e férrea c o t a Con las a r m a s , q u e e s g r i m e n
Cubiertos t o d o s , g u a r d a n la estacada-, Sus f u e r t e s m a n o s * c o m p r o b a r l o ofrece.
Y montado en un potro formidable, Llámase al duque-, c o n la frente b«qa
En m e d i o d e e l l o s e l traidor s e n o t a , Y la c o l o r m u d a d a c o m p a r e c e .
Q u e , cual gran c o n d e s t a b l e , Turbado., al r e y s e l i e g a
Del c a m p o tiene y d e la plaza el c a r g o . Y c u a n t o aliraia el b u e n Rekualdo niega.
Su sonreír a m a r g o A m e n á z a t e e l h e e o * , Aa*b©f> armados
R e v e l a todo el j ú b i l o q u e s i e n t e E s t á n d e s d e l o s pies á la c a b e z a ;
Al v e r penar su v í c t i m a i n o c e n t e .
Los j u e c e s d e la plaza p r e p a r a d o s ,
Y así la lucha sin tardanza empieza.
i O h , cuánto el p u e b l o , cuánto el rey desea
Q u e , e n la nueva p e l e a ,
Obtenga la victoria
El q u e en favor d e la inocencia lidia .
Del d u q u e la perfidia
Siendo á t o d o s n o t o r i a ,
A nadie s e h a c e e x t r a ñ o
Que capaz fuera d e e s t e n u e v o engano.
Con pálido s e m b l a n t e ,
Con c o r a z o n turbado y palpitante,
La señal de embestir el d u q u e e s c u c h a ,
Y hacia Reinaldo se d i r i g e , cuando
Este, con mano ducha,
S u lanza e n a r b o l a n d o ,
Del pérfido sepúltala e n el p e c h o
Y del arzón lo arroja á largo trecho.
Del s u y o salta el v e n c e d o r á tierra
Y por el cuello aferra
Al m i s e r o , q u e , h u m i l d e y s u p l i c a n t e ,
Sus c r í m e n e s e n público revela.
Ni a c a b a , q u e e n s u labio
Súbita m u e r t e sus palabras hiela.
El r e y , q u e á u n t i e m p o del horrendo agravio
Hecho á s u fama y d e u n a m u e r t e injusta
Libre c o n t e m p l a á la d o n c e l l a a u g u s t a ,
Mayor c o n t e n t o s i e n t e
Que s i , habiendo p e r d i d o su c o r o n a ,
La volviese á poner s o b r e s u frente.
Su y e l m o l u e g o alza e l d e A m o n , y cuando
Descubre al r e y su f a z , l a s m a n o s este
Con fervor l e v a n t a n d o ,
Gracias tributa á la b o n d a d c e l e s t e .
El paladín i n c ó g n i t o , e n t r e t a n t o ,
Que á calmar v i n o d e Ginebra el l l a n t o ,
Cuanto s e p a s a , sin m o v e r s e , observa.
R u é g a l e el rey q u e diga
CANTO VI.
t Su nombre y patria, y de s u s s i e n e s quite
El y e l m o q u e , o c u l t a n d o s u s e m b l a n t e ,
De su noble intención no le permite
El p r e m i o recibir. A i n s t a n c i a tanta
Ya n o p u d i e n d o resistir, l e v a n t a
S u c a s c o el p a l a d í n , y m a n i f i e s t o
Al rey y á t o d o s h a c e
Lo q u e á n a r r a r o s , p r í n c i p e , m e a p r e s t o
E n o t r o c a n t o , si e s c u c h a r m e o s p l a c e .

CASTO TI.
El rey de Escocia otorga á Ariodante la mano de su hija y le da
en dote el ducado de Albania. — Yiaje aéreo de Roger y su
llegada á la isla de Alcina. — Descripción de esta hechicera
y de su encantadora morada. — Astolfo, transformado en
mirto, trata con sus consejos de preservar á Roger de las
seducciones de Alcina. — Lidia Roger contra una turba de

m monstruos. — Vienen á su socorro dos doncellas.

Mísero a q u e l q u e y e r r a
Ver e s p e r a n d o i m p u n e s u d e l i t o ,
Q u e , si n o hay q u i e n l e a c u s e , h a s t a la tierra,
Hasta el aire alzará c o n t r a él el g r i t o ;
Y el m i s m o D i o s , q u e al p e c a d o r c o n s i e n t e
Celar s u c r i m e n u n o y o t r o d i a ,
A d e s c u b r i r l o al fin s i e m p r e l e g u i a .
C o n la m u e r t e d e l ú n i c o t e s t i g o
De s u m a l d a d , p e n s a b a P o l i n e s o
En e t e r n o s i l e n c i o s e p u l t a r l a
Y conjurar así t o d o c a s t i g o .
Mas, e s t e n u e v o e x c e s o ,
Por celar otro e s c e s o , c o m e t i d o ,
El i n s t a n t e fatal a c e l e r a n d o
Que hubiera cuando m e n o s diferido,
C o n la v i d a p e r d e r l e h i z o e n u n dia
Amigos , patria, bienes
Y h o n o r , t e s o r o d e m a y o r valía.
ORLANDO FURIOSO. CANTO VI. 79

Ya dije c u a l , m o v i d o El m i s m o s e d i s p o n e el h i e r r o i n s a n o
Al ver q u e n a d i e a c u d e á d e f e n d e l l a .
Por l o s r u e g o s del r e y , l a s n o b l e s s i e n e s
En e f e c t o , o r a s e a
D e s c u b r e el p a l a d í n d e la p r i n c e s a - ,
Que h a s t a á l o s m a s i n t r é p i d o s a s u s t a
P e r o n o d i j e c u a l f u é la s o r p r e s a
El v a l o r d e L u r c a n i o , ora q u e j u s t a ,
De la c o r l e y d e l r e y , v i e n d o el s e m b l a n t e
De e s t e g u e r r e r o o y é n d o l a e n el l a b i o ,
Del m i s m o c u y o t r á g i c o d e s t i n o
La a c u s a c i ó n al p ú b l i c o p a r e z c a ,
Refiriera á Ginebra e l p e r e g r i n o .
A vindicar s u agravio
impelido Ariodante
Hallar el r e y n o p u e d e q u i e n s e o f r e z c a .
Por insana p a s i ó n , d e s d e una roca
« ¡ A h , m í s e r o d e m i ! ¿ C ó m o p o d r í a , >»
Al m a r s e l a n z a c o n a r d o r f u n e s t o ;
S e d e c i a A r i o d a n t e , « e n t r e las l l a m a s
Mas á t o c a r s u p e c h o v i e n e p r e s t o
« Verla e s p i r a r y p o r la c u l p a n u a ?
Aquel instinto natural q u e inspira
« De m i a l m a n o r t e , d e m i s o j o s f a r o ,
El t e m o r d e la m u e r t e al q u e d e l é j o s ,
« Dejarte y o n o d e b o sin a m p a r o ,
Tal v e z d e s e s p e r a d o , la p r o v o c a ,
« Y si s a l v a r t e mi v a l o r n o p u e d e
Cuando su torva faz de cerca mira.
« V e n c i d o c o n h o n o r al m é n o s q u e d e .
De i n s e n s a t a y d e l o c a
« Sé q u e r a z ó n n o t e n g o ;
Su audaz r e s o l u c i ó n c a l i f i c a n d o ,
« Sé q u e á l i d i a r p o r la injusticia v e n g o ;
Ariodante, con brazo vigoroso,
« N o m e a r r e d r a el m o r i r ; m a s m e a c o b a r d a
Las t u r b i a s a g u a s d e la m a r c o r t a n d o ,
« El p e n s a r e n la s u e r t e
T o r n a á la p l a y a , y , p o r s e n d e r o e x t r a ñ o ,
« Que tras mi m u e r t e á la p r i n c e s a a g u a r d a .
L l e g a á la h a b i t a c i ó n d e u n e r m i t a ñ o .
« Una, e m p e r o , una idea
Desconocido y s o l o , en esta cueva « V i e n e á t e m p l a r d e mi d o l o r el p e s o ,
Vivir s e p r o p o n í a , « Y e s q u e e n la lid c o m p a r e c e r n o v e a
Hasta saber q u é e f e c t o aquella n u e v a « La infiel á P o l i n e s o ,
E n la bella p r i n c e s a p r o d u c í a ; « Por c u y o a m o r e x p u s o asi s u s d i a s ,
E n e s c u c h a r n o t a r d a allí q u e , á p o n t o « En t a n t o q u e , d e s u h o n r a e n la d e f e n s a ,
De e s p i r a r , la d o n c e l l a , e n s u d e l i r i o « V e r á s o l o b r i l l a r las a r m a s m i a s .
El n o m b r e d e A r i o d a n t e r e p i t i e n d o , « S í ; d e mí p r o p i o h e r m a n o ,
Le a c h a c a b a el r i g o r d e s u m a r t i r i o . « Que á reparar mi afrenta s e d i s p o n e ,
Concordar no p o d i a « Recabaré v e n g a n z a , ó de su mano
El a m a n t e i n f e l i z l o q u e e s c u c h a b a « Recibiré la m u e r t e ,
C o n lo q u e , c l a r o c u a l la luz d e l d i a , « Que v e n g a r c o n s u s armas se propone. »
S e g u r o él m i s m o d e h a b e r v i s t o e s t a b a . Dice : y n u e v o b r i d ó n y n u e v a s a r m a s
O y e n d o e n fin q u e á s u a d o r a d a b e l l a
Y negra vestidura
Lurcanio a c u s a , en cólera se enciende
Y n e g r o e s c u d o , t a c h o n a d o á listas
Contra su p r o p i o h e r m a n o ,
De n e g r o y d e a m a r i l l o , s e p r o c u r a ,
Que su honra v e n g a y su razón d e f i e n d e ,
P a r t e ; y á p o c o e n c u e n t r a un e x t r a n j e r o
Y á m o v e r e n f a v o r d e la d o n c e l l a
80 ORLANDO FURIOSO.

Que se ofrece á servirle de escudero.


A la í n s u l a d o , h u y e n d o d e s u a m a n t e ,
Y en cuya compañía
Bajo la m a r a b r i é n d o s e c a m i n o
Al sitio d e la lid s u s p a s o s g u i a .
La v i r g e n A r e t u s a e n b a l d e v i n o .
Al m i r a r á Ginebra l i b e r t a d a ,
No vió R o g e r en toda su carrera,
Su inocencia probada
Ni e s verosímil q u e e n el o r b e e x i s t a .
Y c a s t i g a d o al d u q u e , e s i n d e c i b l e
Mas h e r m o s o pais q u e el q u e á s u vista
El j ú b i l o del r e y , q u i e n p e r s u a d i d o Se p r e s e n t ó , c u a n d o s u r a u d o v u e l o
Q u e d a , al v e r la c o n d u c t a d e A r i o d a n t e , Ilipogrifo d e t u v o s o b r e el s u e l o .
D e q u e e n la tierra hallar n o era p o s i b l e
Praderas y collados,
Un amor mas sincero y mas constante;
Q u e d e brillantes f l o r e s m a t i z a d o s
Y por lo tanto, y porque amóle s i e m p r e ,
Mantiene s i e m p r e u n l í m p í d o a r r o y u e l o .
Y á i n s t a n c i a s d e R e i n a l d o y d e la c o r l e Allí s e v e n . De p a l m a s , d e l a u r e l e s
D e la p r i n c e s a h a c i é n d o l e c o n s o r t e , Y cedros odoríficos v e r j e l e s ;
El d u c a d o d e A l b a n i a , q u e p o r m u e r t e Naranjos d e q u e , u n i d a s á l a s flores,
D e P o l i n e s o a d v i e n e á la c o r o n a , Brillan las frutas c o n o l o r d i s t i n t o ,
A los n u e v o s e s p o s o s abandona. Templan e n este encantador recinto
D a l i n d a , c u y a gracia De la e s t a c i ó n e s t i v a l o s a r d o r e s .
Obtiene el p a l a d í n , arrepentida Alegre, entre sus r a m o s ,
L o s y e r r o s de su vida El r u i s e ñ o r e n t o n a c a n t i l e n a s ,
D e s d e E s c o c i a á purgar s e m a r c h a á D a z a , Y, entre claveles, rosas y azucenas.
Y allí la v i d a r e l i g i o s a a b r a z a . Saltan l i b r e s c o n e j o s , c o r z o s , g a m o s .
Roger en tanto, en su veloz carrera, El c i e r v o d e c a b e z a c o r o n a d a
De Europa ya distante, Vaga p o r d o n d e q u i e r , y u f a n o m u e r d e
T r a s p a s a la barrera La fresca g r a m a e n t o d o t i e m p o v e r d e .
Q u e al a u d a z n a v e g a n t e A tierra baja el I l i p o g r i f o , y c u a n d o
H é r c u l e s p r e s c r i b i ó . La azul e s f e r a Cerca s e v e R o g e r al s u e l o s a l t a ,
S u r c a v e l o z cual el s u l f ú r e o r a y o Q u e tanta flor y tan v i s t o s a e s m a l t a ;
Q u e , e n su justa v e n g a n z a , Mas, t e m e r o s o de q u e el v u e l o a l z a n d o ,
O m n i p o t e n t e diestra al s u e l o l a n z a . Torne á emprender el bruto su camino,
B r a v o e s R o g e r ; m a s á afirmar m e a t r e v o E n t r e un laurel y u n p i n o
Q u e , de ese m u n d o nuevo A la orilla d e l m a r s u s r i e n d a s ata
Al v e r s e e n l a s r e g i o n e s e l e v a d a s , En t o r n o á u n a r r a y a n . D e allí n o l é j o s
Su corazon desmaya Bulle u n a f u e n t e d e p a r l e r a p l a t a ,
Y q u e e n s u s e n o t i e m b l a , c u a l del h a y a De c u y a o n d a e n l o s l í m p i d o s r e f l e j o s
La p o m p a d e s u orilla s e retrata.
Al h u r a c a n l a s h o j a s d e l i c a d a s .
C u a n d o , c o n rumbo rápido y d e r e c h o , D e j a n d o allí s u e s c u d o , e l c a p a c e t e
H u b o corrido su corcel gran t r e c h o , Alzando d e su s i e n , y e n t r a m b a s manos
S o b r e u n a isla s e p a r a , s e m e j a n t e D e s n u d a n d o del f é r r e o g u a n t e l e t e .
• •• • •:

Su faz v u e l t o el g u e r r e r o , agora al m o n t e ,
Agora al m a r , p o r respirar e l aura
Que s u c a n s a d o espíritu r e s t a u r a ; ,
Y , acosado de s e d y de fatiga,
En las o n d a s m i t i g a
El ardor d e s u p e c h o q u e , sin t r e g u a s ,
Cubierto d e l p a v é s y la l o r i g a ,
A n d u v o e n s u c o r c e l m a s d e mil l e g u a s .
La a r o m á t i c a y e r b a
P a c i e n d o , el b r u t o e n t o r n o al m i r t o gira,
C u a n d o , d e p r o n t o h u y e n d o , s e retira
De n o s é q u é q u e e n la e s p e s u r a observa.
N o c o n s i g u e soltarse-, m a s , c o n r o n c o
E s t r u e n d o , el arrayan s u c o p a a b a j a ,
Y , d e su g a l a d e s p o j a d o e l t r o n c o .
Cruje y r e c h i n a , y , r o t o , s e desgaja.
Cual l e ñ o q u e , arrojado
E n m e d i o d e la llama abrasadora
Que s u s p ú t r i d a s m é d u l a s d e v o r a ,
Ardientes chispas murmurando tanza,
Así s e agita e l m i r t o q u e b r a n t a d o ,
Y , c o n a c e n t o claro y l a s t i m e r o .
Dirige e s t a s palabras al g u e r r e r o :
« Si n o e s m é n o s c o r t e s y g e n e r o s o
« Tu corazon que bello tu s e m b l a n t e ,
« De mi t r o n c o al c o r c e l p o r Dios desata.
« La fortuna h a r t o ingrata
« Me e s ya sin q u e tú v e n g a s e s t e dia
« A a c r e c e n t a r mi bárbara a g o n í a . »
E s c u c h a n d o e s t a v o z , v u e l v e e n el acto
La faz y e s t u p e f a c t o
Nota R o g e r q u e s a l e del a r b u s t o .
Dispuesto á d a r l e g u s t o
Roger en la isla de Alcina. ( T . I, p. 82.
Suelta el c a b a l l o , y , b i e n q u e c o n v e r g ü e n z a .
En e s t a f o r m a á r a z o n a r c o m i e n z a -.
« ¡Oh s e l v á t i c a D i o s a ! ¡ o h tú q u i e n quiera
« Q u e , d e e s t a o p a c a s e l v a e n el r e c i n t o ,
« Bajo ruda c o r t e z a , h u m a n o instinto
« Y humana voz escondes'! s i , imprudente,
« Tus hojas o f e n d í q u e e t e r n a m e n t e
« Respetaron l o s v i e n t o s y e l g r a n i z o ,
« Fué q u e nunca p e n s é q u e s e escondiera
« Un alma viva e n forma tan g r o s e r a ;
« Mas si del mal q u e mi i g n o r a n c i a te tiizo
« Alguna parte resarcir m e e s d a d o ,
« Por aquella q u e h e c h i z o
« Es d e mi a m a n t e c o r a z o n , te j u r o
« Hacer tanto por t i , q u e e s t o y s e g u r o
« De c o n s e g u i r la gracia q u e reclamo. »
No bien d e hablar el h é r o e asi t e r m i n a ,
Trémulo el mirto c o n f r a g o r rechina
Semejante al d e u n r a m o
•Lanzado verde e n e n e m i g o f u e g o ;
Por s u ruda c o r t e z a ,
Sudor c o p i o s o á discurrir e m p i e z a ,
Y d e e s t e m o d o al h é r o e d i c e l u e g o :
« De tu alma la n o b l e z a
« Estimulando , o h p a l a d í n , la m i a ,
« A referirte v o y q u i é n fui u n dia,
« Y q u i é n , e n esta p l a y a ,
« En mirto estéril t r a s f o r m a d o m e haya.
« Astolfo fui. Bajo las l i s e s d e o r o
« Lidiando s i e m p r e , hice t e m b l a r al Moro.
« Del c o n d e Orlando y del d e A m o n fui p r i m o ;
« La Bretaña á mi padre o b e d e c í a ,
« Y la c o r o n a d e e s t e r e i n o o p i m o
« De la s u y a á mi s i e n p a s a r debia.
« Mi belleza, á m a s d e u n a e n a m o r a n d o ,
« La causa e s h o y d e mi d e s t i n o infando.

« Hácia el o c a s o por la m a r q u e azota


« El iracundo s e p t e n t r i ó n t o r n a b a
« Yo con Reinaldo y o t r o s c a m p e o n e s
« De la ínsula r e m o t a
« Que el mar d e la India p o r Oriente l a v a ,
« Y d e c u y a s prisiones
« Vino á arrancarnos, c o n p o t e n t e f l o t a ,
ORLANDO FURIOSO.

« El a d a l i d d e B r a v a ; « S o b r e s u l o m o a v á n z o m e bien p r e s t o
K C u a n d o , al p r i m e r a l b o r d e u n c l a r o d í a , « Reinaldo m e aconseja
K A n u e s t r a v i s t a a p a r e c i ó el p a l a c i o « Y D u d o n q u e mi a f a n n o s a t i s f a g a ;
« De Alcina, á q u i e n b i e n presto, á b r e v e espacio « Mas ya la a s t u t a m a g a
<( D e a l l í , s e n t a d a v i m o s p o r el s u e l o « Está á mi l a d o y á mi l a d o d e j a ,
« S o l a , sin r e d p e s c a n d o y sin a n z u e l o . « Y á mi p e s a r , la p l a y a c o n el m o n s t r u o .
« El d e l f í n á s u s p l a n t a s a c o r r í a , « Q u e d e R e i n a l d o y d e D u d o n m e aleja.
« A q u e l , por darme ayuda ,
« Y el g r u e s o a t ú n , a b i e r t a la a n c h a b o c a .
« Salta á la m a r , q u e a l z á n d o s e s a ñ u d a
« El b u e y d e m a r , l a f o c a ,
« Ruina a m e n a z a , destrucción y m u e r t e .
a De su sueño letárgico saliendo,
« Y , desde aquel instante,
« A su voz a c u d í a n . Gruesas bandas
« N o s é c u a l f u é del p a l a d í n la s u e r t e .
« Iban detras d e b a r b o s , tiburones,
« Bodavallos y sollos y salmones, « C o n s u é l a m e la m a g a , y á mi lado
« U n a e n o r m e b a l l e n a , la m a s g r a n d e « H a b i e n d o t o d o el dia
« Q u e v i ó la m a r s i n d u d a e n s u e s m e r a l d a , « Y la s i g u i e n t e n o c h e c a m i n a d o ,
« Aparece d e s p u e s ; s u negra espalda « A una ínsula m e guia
« De c u y a m a y o r p a r t e h i z o s e ñ o r a
« Once varas y m a s s o b r e las o n d a s
« A Alcina s u c o d i c i a u s u r p a d o r a .
« Descubre. Inmóbil esta m o l e inmensa
„ Viendo, un islote ver cada cual piensa. « De e s t e y t o d o s s u s b i e n e s h e r e d e r a
« Dejó su p a d r e á L o g i s t i l a , q u e era
« La s e d u c t o r a h e r m a n a
« La s o l a q u e , e n t r e t o d a s las h e r m a n a s ,
« De la c é l e b r e m á g i c a Mor g a n a
« De l e g í t i m o t á l a m o n a c i e r a ;
« T i e n d e la v i s t a s o b r e m i . Mí a s p e c t o
« Pues que (sabido es esto)
« Causa e n s u p e c h o u n s ú b i t o t r a s t o r n o •,
" Hijas eran d e i n c e s t o
« M a s , d e mí v i e n d o e n torno
« Las otras d o s . Al v e r l a , h u y e n d o el v i c i o .
« T a n t o s g u e r r e r o s , c o n a s t u c i a rara
« E n t r e g a r s e d e l b i e n al e j e r c i c i o ,
« A separarme d e l l o s se prepara. « Liga f o r m a r o n e s t a s c o n t r a a q u e l l a ,
« Caballeros, n o s d i c e , « Y , por l a n z a r l a d e í n s u l a tan b e l l a .
« Si e n mi m a n s i ó n f e l i c e « Numerosas l e g i o n e s han armado
« Entrar o s p l a c e á d e s c a n s a r , b i e n p r o n t o « Y m a s de c i e n c a s t i l l o s l e h a n q u i t a d o .
« Os h a r é v e r la c o p i a p e r e g r i n a « Y de todos sus bienes
« D e c u a n t o p e z d i s t i n t o n u t r e el p o n t o « La d e s p o j a r a la f r a t e r n a s a ñ a ,
« E n el s e n o d e s u o n d a c r i s t a l i n a . « Si la m a r , p o r u n l a d o ,
« C o n m i g o , e m p e r o , sobre aquella arena, « Y por el o t r o u n a á s p e r a m o n t a ñ a
« Donde siempre á estas horas aparece, « El p a s o n o c e r r a s e n , c o m o cierra
« Venid antes á v e r una sirena « El alto m o n t e y el p r o f u n d o rio
« A cuyo canto el piélago enmudece. « La e n t r a d a d e la E s c o c i a al d e Inglaterra.
« E n e s t o , á m í s e a c e r c a la b a l l e n a . « M a s , ¿ p o r q u é d e mi a s u n t o m e d e s v í o ?
« Ciega victima y o de ardor f u n e s t o ,
ORLANDO FURIOSO. CANTO N . 87
<c A n s i a s a b r a s a d o r a s 1
« A r r o y o ú f u e n t e , ó f i e r a , ó p e ñ a , ó rio.
« En l o h o n d o d e s u p e c h o Alcina s i e n t e , « Oh t ú , s e ñ o r , q a e p o r i g n o t a vía
« Y y o , á ta v i s t a d e e s t e a m o r , d e l m i ó • « A d e s t r u i r d e a l g u n o la a l e g r í a
« S i e n t o t a m b i é n c r e c e r el f u e g o a r d i e n t e . « Hacia e s t e s u e l o dirigiste el p a s o ,
« ¡ C u a n p o c o , o h D i o s , e n tan f e l i c e s h o r a s « De Alcina d u e ñ o , a c a s o ,
« D e mi p a t r i a m e a c u e r d o y d e mi g e n t e ! « S o b r e t o d o m o r t a l , p o r rara s u e r t e ,
« E n r e d a d o d e Alcina al b l a n c o c u e l l o « Venturoso s e r á s ; mas teme v e r t e ,
« J u z g ó m e e l h o m b r e m a s feliz d e l m u n d o , « Al d e s p e r t a r d e u n e n g a ñ o s o s u e ñ o ,
« Y , al v e r s u r o s t r o b e l l o , « T r o c a d o e n b r u t o , e n p e ñ a , e n flor ó e n leív .
« Mi d i c h a t o d a e n adorarla f u n d o . « Este a v i s o , g u s t o s o t e d o y o r a ,
« T a n t a , m a y o r a c a s o q u e la m i a , « Si bien tal v e z n o l l e g u e á a p r o v e c h a r t e :
« Era s u l l a m a , y n u e v a s « Mas c o n v i e n e q u e el a r t e
« De e l l a m e d a b a á c a d a i n s t a n t e p r u e b a s . « Conozcas de esa infame seductora.
« De s u perfidia a c a s o p r e s e r v a r t e
« P o r mi a m o r , o l v i d ó c u a n t o s a m a n t e s
« P o d r á s , b i e n q u e l o d u d o , y si c o n s i g u e s
« De s u s c a r i c i a s d i s f r u t a b a n aiites.
« Que s u b e l d a d t u e s p í r i t u n o a s o m b r e
« D e m i s e a c o n s e j a b a , y n o c h e y dia
« Harás l o q u e j a m a s p u d o h a c e r h o m b r e . »
« Vivíamos en dulce compañía.
«. ¡Mas a h ! ¿ p o r q u é la llaga R o g e r , á q u i e n la f a m a
K Q u e m i p e c h o d e s t r o z a , asi r e n u e v o ? I n s t r u y ó d e q u e A s t o l f o era p a r i e n t e
a ¿Porqué, miéntras buscar alivio d e b o , De la c é l e b r e d a m a
« E n ella m a s y m a s c l a v o la d a g a ? P o r q u i e n tan v i v o a m o r s u p e c h o s i e n t e ,
« D o s m e s e s n o g o c é tan d u l c e e s t a d o •, S e d u e l e al v e r l o e n m i r t o c o n v e r t i d o ;
« P u e s , miéntras mas amado M a s , d e aliviar s u c u i t a
« Y m a s feliz j u z g á b a m e q u e n u n c a , Otro m e d i o n o v i e n d o , s e l i m i t a
« S u a f e c t o r e t i r á n d o m e la i n g r a t a , A dar a l i e n t o á s u á n i m o a b a t i d o .
« Mis h a l a g ü e ñ a s e s p e r a n z a s t r u n c a •, E i n f o r m á n d o s e l u e g o d e la v i a
« Me aleja c o n d e s d e n , y m e m a l t r a t a , Q u e , sin pasar d e Alcina por el r e i n o ,
« Dando á o t r o el corazon que m e arrebata. A la m a n s i ó n d e L o g i s t i l a g u i a ;
« De i n g r a t i t u d y d e i n c o n s t a n c i a alarde « Otro c a m i n o e x i s t e , d i c e el m i r t o ,
« Hizo siempre la maga; « Mas d e p e ñ a s c o s á s p e r o s c u b i e r t o .
« Mas, por m i d a ñ o , conocí m u y tarde « T o m a n d o h á c i a tu d i e s t r a ,
« Q u e á t o d o s s i e m p r e asi la i n f a m e p a g a . . « A aquel monte desierto
« Y á f i n d e q u e n i n g u n o p o r el o r b e « Que v e s allí, d i r i g i r á s t u s h u e l l a s ;
« A propalar su escándalo se v a y a , « Mas n o p i e n s e s , s e ñ o r , q u e s i n q u e r e l l a s
« Y d e s e g u i r la e s t o r b e « P o d r á s e n tal c a m i n o a v e n t u r a r t e ,
« E n s u t o r p e e x i s t e n c i a , e n edta playa « Que de monstruos verás terribles huestes
« C o n v i e r t e , á su albedrío, « El p a s o p a l m o á p a l m o d i s p u t a r t e ,
« A c u a l e n c e d r o , á cual e n m i r t o ü tiaya, « C u a n d o á pasar s u s l i m i t e s t e a p r e s t e s . »
88 ORLANDO FURIOSO.

Al m i r t o el paladín l a s g r a c i a s d a n d o , Cual a s n o l e n t o ó b u e y p e s a d o r i g e ;
Para p a r t i r d i s p ó n e s e , j u r a n d o Cual d e un c e n t a u r o l a s e s p a l d a s b r u m a ;
E m p l e a r d e s u b r a z o t o d o el b r í o Cual d e u n a g r u l l a ó d e un h a l c ó n la p l u m a .
P o r r e s i s t i r d e Alcina al p o d e r í o . Un v a s o el u n o l l é v a s e á la b o c a ;
Su primer m o v i m i e n t o Un c u e r n o el o t r o t o c a ;
F u é d e m o n t a r e n el c o r c e l a l a d o ; C u a l , m a c h o ó h e m b r a , y cual h e r m a f r o d i t a ,
Mas d e t ú v o s e al v e r c u a n a r r i e s g a d o De u n garfio v i e n e a r m a d o ó d e u n a p a i a ;
Cual d e u n a l i m a s o r d a ó d e u n a e s c a l a .
Era l a n z a r s e á la r e g i ó n d e l v i e n t o
S o b r e u n c o r c e l q u e al f r e n o n o a t e n d í a . Sobre e n o r m e galápago marchaba ,
« Con la e s p a d a , d e c i a , E n el b á q u i c o s u e ñ o s e p u l t a d o ,
« El p a s o m e a b r i r é ; » m a s n o d o s m i l l a s El c a p i t a n d e e s t a c a t e r v a h e d i o n d a ,
Cuyo amplio vientre y c u y a faz redonda
C a m i n a d e la m a r p o r l a s o r i l l a s
De t o d o s l o s d e m á s l e d i s t i n g u í a n .
C u a n d o s u s ojos d e la m a g a a d v i e r t e n
En torno d é l , marchaban varios o t r o s
La s o b e r b i a c i u d a d . E n t o r n o d e l l a
Q u e el c u r s o d e l g a l á p a g o r e g i a n .
F u e r t e m u r a l l a , q u e s e e l e v a al c i e l o
Uno enjugaba d e su torva frente
Y que un hermoso término c o m p r e n d e ,
El c o p i o s o s u d o r q u e la i n u n d a b a ;
Mira R o g e r . N o falta q u i e n p r e t e n d e
Otro del sol a r d i e n t e
Q u e o b r a f u é d e la a l q u i m i a
Con u n l i e n z o l o s r a y o s m i t i g a b a ;
Este elevado muro
O t r o , q u e h u m a n o el p i é t i e n e , y e l v i e n t r e
Q u e el brillo t i e n e d e l m e t a l m a s p u r o .
Y cabeza de perro, c o n ladridos
Al l l e g a r c e r c a d é l , a b a n d o n a n d o
Al p a l a d í n q u i e r e o b l i g a r á q u e e n t r e
R o g e r la llana y a n c h a c a r r e t e r a
E n la c i u d a d q u e á s u s e s p a l d a s q u e d a .
Q u e v a d e Alcina h a s t a el p a l a c i o i n f a n d o ,
« J a m á s , » dice Roger, « miéntras que p u e d a
T o m a á la i z q u i e r d a p o r l a a n g o s t a r u t a
« E s t e m i b r a z o m a n e j a r la e s p a d a . »
Q u e l e c o n d u c e al pié d e l a m o n t a n a .
Cuyo p o m o e m p u ñ a n d o c o n su diestra
Do presto, e n torno s u y o , h u e s t e extraña La a g u d a p u n t a á s u a d v e r s a r i o m u e s t r a .
V e , q u e t e n a z el p a s o l e d i s p u t a .
A r d e el m o n s t r u o e n f u r o r . C o n u n a l a n z a
D e tan i n f o r m e s m o n s t r u o s n u n c a c u p o
A h e r i r al h é r o e s e d i s p o n e , c u a n d o
Al m u n d o ver m a s a s q u e r o s o g r u p o .
E s t e s o b r e él f u r i o s o s e a b a l a n z a ,
C o n c u e r p o de h o m b r e , d e m a n d r i l ó g a t o ,
Y s u e s p a d a h a s t a el p o m o
E n la c a b e z a a q u e l m u e s t r a e l r e t r a t o .
E n el v i e n t r e d e l m o n s t r u o s e p u l t a n d o ,
Cual d e u n sátiro el p i é d e s c u b r i r d e j a ,
H a c e a s o m a r la p u n t a p o r el l o m o .
C u a l , c o r r i e n d o , al c e n t a u r o s e a s e m e j a .
S u e s c u d o e n t o n c e s c o n la i z q u i e r d a e m b r a z a ,
La j u v e n t u d d e s n u d a
Y c o n la d i e s t r a á la c a t e r v a e m b i s t e .
O f e n d e c o n s u s g e s t o s la d e c e n c i a ,
Mas e s tan n u m e r o s a
Y la v e j e z , bajo s u p i e l v e l l u d a ,
La n a u s e a b u n d a h u e s t e q u e l e a c o s a ,
Muestra la a g i t a c i ó n d e l a d e m e n c i a .
Que e n v a n o , e n vano h i e r e ,
Cual d e u n c o r c e l sin f r e n o el f l a n c o a f l i g e :
9 0 ORLANDO FURIOSO.

E n v a n o m a t a ; la i n s o l e n t e turba S i e m p r e q u e tal p a r e z c a al q u e l o v e a ?
Con o t r o s u s t i t u y e a aquel q u e m u e r e . De r o p a s v e r d e s t o d a s a d o r n a d a s ,
Y p o r librarse d e e l l o s v a n o f u e r a Y de verdes guirnaldas c o r o n a d a s ,
El d e s e o del h é r o e , a u n q u e t u v i e r a P o r el umbral y e n t o r n o á l a s c o l u m n a s
Mas m a n o s y m a s b r a z o s q u e B n a r e a Bailando, en t a n t o , giran mil d o n c e l l a s ,
A s u s p l a n t a s p o s t r a r la h u e s t e e n t e r a Q u e , á ser mas recatadas,
Bien pudo e n un instante, Parecieran quizá m u c h o m a s bellas.
D e s c u b r i e n d o el b r o q u e l d e l v i e j o A t l a n t e ; Sus gracias, sus ofertas
Al g u e r r e r o s e d u c e n ,
Mas ó n o l o p e n s ó , ó el v e n c i m i e n t o
Tuvo á m é n o s deber á encantamiento. Y del t e m p l o d e a m o r h a s ! a l a s p u e r t a s ,
En v o l u p t u o s o s g r u p o s , l e c o n d u c e n .
Y en tanto que l o s últimos esfuerzos,
S í , del t e m p l o d e a m o r ; q u e allí sin dud
Por verse libre, h a c i a ,
Debió n a c e r y allí fijar s u a l b e r g u e ,
Y á vencer ó morir se disponía,
Do, e n j u e g o alegre y en festiva danza,
P o r l a s l u c i e n t e s p u e r t a s del p a l a c i o
Vueta el t i e m p o a m e d i d a q u e s e a v a n z a .
D o s d a m a s v e salir. Su rico t r a j e ,
La v e j e z , l o s d i s g u s t o s , la p o b r e r a
Su gracioso a d e m a n , su bello p o r t e , H u y e n d e aquella d e l i c i o s a e s t a n c i a ,
M u e s t r a n el e s p l e n d o r d e s u linaje
Y c o n p r ó d i g a m a n o e n ella v i e r t e
Y l o s h á b i t o s r e g i o s de u n a c o r t e .
S u b e n é f i c o c u e r n o la a b u n d a n c i a .
De u n u n i c o r n i o , b l a n c o
La d u l c e p r i m a v e r a n o a b a n d o n a
Cual el m a s p u r o a r m i ñ o , E s t o s sitios j a m a s . De u n f r e s c o a r r o y o
V i e n e c a d a u n a c o m p r i m i e n d o el í l a n c o ; A la orilla s e n t a d o , s o b r e u n p o y o .
Y e s t a n t a s u b e l d a d , tal e s s u a l i ñ o , P o r aquí el u n o c á n t i c o s e n t o n a .
Q u e la v i s t a y el a l m a a n t e ellas c e d e n S o b r e la v e r d e a l f o m b r a
Y de aquello que ven juzgar no pueden. Trisca a q u e l por a l l í ; m i e n t r a s d e u n c e d r o
I.as d a m a s , d i r i g i é n d o s e h á c i a el p r a d o Otro s e n t a d o á la a p a c i b l e s o m b r a ,
D o n d e K o g e r c o n t r a la vil canalla Con u n s u c o n f i d e n t e r e t i r a d o ,
Sostiene cruda y desigual batalla, De s u p e c h o r e v é l a l e el e s t a d o .
Las blancas m a n o s tiéndenle amorosas.
De l o s p i n o s y a b e t o s por las c o p a s
É l , d e púrpura y rosas
Vagan a m o r e s e n a l a d a s t r o p a s .
S u s m e j i l l a s t i ñ e n d o , l e s da g r a c i a s ,
Cual e n herir s e e m p l e a ,
Y, lleno de contento s o b r e h u m a n o ,
Con s u s d a r d o s , a l t i v o s c o r a z o n e s ;
Al c a s t i l l o c o n ellas m a r c h a u f a n o . Cual e n cantar s u s t r i u n f o s Be r e c r e a ;
D e l a s m a s raras p i e d r a s d e L e v a n t e Cual templa s u s s a e t a s á la m a r g e n
A d o r n a d o s e m u e s t r a el f r o n t i s p i c i o De u n a r r o y o t r a n q u i l o ;
De e s t e bello edificio. Cual a g u z a e n l a s m á r m o l e s s u filo.
Cuatro gruesas columnas de diamante
En e s t o , a n t e el g u e r r e r o d e n o d a d o ,
S o s t i e n e n la m a g n í f i c a p o r t a d a , Conduciendo un c o r c e l , cuyos arreos
¿Y q u é i m p o r t a q u e a q u e l fino n o s e a
De perlas y o r o brillan c o n t r o f e o s ,
S e p r e s e n t a u n m a n c e b o preparado
A seguirle en su viaje,
Y el ardor y el coraje
Del b r u t o alado á refrenar. Las d a m a s ,
A c u y a vista h u y ó la c h u s m a a l e v e ,
A c e r c á n d o s e al h é r o e : « V u e s t r o a m p a r o ,
« Dicen, señor, á reclamar n o s m u e v e
« De vuestra gloria e l e s p l e n d o r preclaro.
« N o léjos d e e s t o s sitios c o r r e m a n s o ,
« P o r e s e llano , u n r i o ,
« Cuyo p u e n t e d e f i e n d e sin d e s c a n s o
« De u n a m a g a falaz el arte i m p í o ,
«i Erifile e s s u n o m b r e . S u estatura
« A la e s t a t u r a d e u n g i g a n t e e x c e d e ;
«Largo es su diente, agudo y ponzoñoso;
« Sus uñas y sus garras son de un o s o ;
« Y e s tanta s u m a l d a d , q u e , n o c o n t e n t a
« C o n cerrar el c a m i n o
« Al q u e aquel p u e n t e atravesar i n t e n t a ,
« E n recorrer e s t e j a r d í n s e g o z a ,
« Y sus plantas, sus árboles destroza.
« De la f e r o z c a t e r v a
« Que v i n o e n t u c a m i n o á m o l e s t a r t e ,
« Esa maga proterva
« En su seno llevó la mayor parte:
« Y t o d o s , que e n maldad se le parecen,
« Sus órdenes s u m i s o s obedecen. »
— « No , p r o r u m p e R o g e r , una b a t a l l a ,
« M i l trabaré por v o s ; q u e a q u e s t a mella
« Que c i r c u n d a m i p e c h o
« J a m a s vestí por a d q u i r i r r i q u e z a s .
« La i n o c e n c i a , el d e r e c h o ,
« La b e l d a d , cual l a v u e s t r a ,
K M u e v e n t a n s o l o m i i n c a n s a b l e diestra. »
L a s damas e s t a o f e r t a a g r a d e c i e r o n ,
D i g n a d e u n j o v e n d e t a n raro b r i o ,
Y , á la orilla d e l r i o ,
t Su plática sabrosa s u s p e n d i e r o n .
Cubierta d e loriga r e f u l g e n t e
Llega la m a g a e n e s t o sobre el p u e n t e .
Mas s u s p e n d e r hasta otro c a n t o quiero
Lo q u e c o n ella avino al caballero.

CANTO TIL
Vence Roger á la g i g a n t a E n f i l e . — A m o r e s d e Alcina y d e
R o g e r . — B r a d a m a n t o e n t r e g a á Melisa el anillo e n c a n t a d o .
— T o m a Melisa la f o r m a d e A l l a n t e . — P r e s é n t a s e á R o g e r ;
r e c o n v i é n e l e , d e s v a n e c e s u s ilusiones y tórnale á la l i b e r t a d .

Cosas m u c h a s y extrañas
Ve q u i e n c a m i n a lejos d e s u tierra :
Cosas q u e el v u l g o n e c i o
Oye con menosprecio
Y toma por e m b u s t e s ó p a t r a ñ a s ,
Cual c o n t o d a s l a s c o s a s le s u c e d e
Que v e r él m i s m o ó q u e palpar n o p u e d e .
Asi, yo no m e espanto
Si n o s e da g r a n c r é d i t o á mi canto.
Nada e m p e r o m e importa. Al ignorante
Que m i s cantos d e s p r e c i e , y o desprecio.
De m i fatiga e s g a l a r d ó n bastante
Merecer el a p r e c i o
Del h o m b r e d e s a b e r y e n t e n d i m i e n t o ,
A q u i e n tan s o l o persuadir intento.
S o b r e u n d i s f o r m e l o b o d e la Apulia
Que e n alto y g r u e s o á u n b u e y lleva ventaja,
C u y o s asientos n u n c a e l f r e n o saja ,
Y cuyo lomo encubre
Costosísima s i l l a ,
La giganta Enfila vencida por Roger. (T. 1, p . » 3 0
Sobre el p u e n t e á la m a g a s e descubre.
Ciñe su p e c h o y su robusta espalda
Áurea coraza q u e esmaltada brilla
Con ricas piedras d e color d i s t i n t o ,
ORLANDO FURIOSO.

Encarnado r u b í , v e r d e esmeralda .
Amarillo t o p a c i o , azul jacinto.
Diversa d e c o l o r , m a s e n e l corte
Pareja á la q u e llevan á la corte
Los o b i s p o s por c i m a d e su c o t a ,
Túnica parda d e su cuello flota,
Y un grueso sapo de ponzoña henchido
En su c i m e r a y su broquel s e nota.
No b i e n al h é r o e v i d o
La m á g i c a , hácia el p u e n t e
Con las d o s bellas damas a c e r c a r s e ,
En alta v o z : « D e t e n t e ,
« V u e l v e , » le g r i t a , « atras •,» m a s , sin turbarse,
El fuerte paladín su lanza aprieta
Y á su a d v e r s a r i a , a m e n a z a n d o , reta.
Presta la m a g a hácia él s u lobo e m p u j a ,
E n el a r z ó n s e a f e r r a ,
Y, la l a n z a sacando d e la c u j a ,
Hace temblar bajo s u s pies la tierra;
Mas c o n v i o l e n t o c h o q u e , d e r e p e n t e ,
S e s i n t i ó d e t e n i d a , q u e e n la frente
P o r la e n e m i g a lanza m a l h e r i d a ,
A s e i s b r a z a s del l o b o
S o b r e el prado c a y ó casi sin vida.
La e s p a d a e l v e n c e d o r sacando e n t ó n e o s ,
La c e r v i z altanera
S e d i s p o n e á cortar á la h e c h i c e r a ,
C u a n d o , e n v o z a l t a , á las d o n c e l l a s oy;e
Que le gritan : « S e ñ o r , baste á tu gloria,
« B a s t e el haber v e n c i d o
« Sin mancillar c o n sangre tu victoria. »
Suelta e.l h i e r r o B o g e r , y c o n l a s damas
El p u e n t e a t r a v e s a n d o
Entra e n u n b o s q u e . Inestricables ramas
La s e n d a c u b r e n áspera y e s t r e c h a
Que c o n d u c e d e r e c h a
A la c u m b r e d e un m o a t e . W o t r o r l a d o
De e s t e m o n t e escarpado
Un e s p a c i o s o llano se c o l u m b r a
Do u n palacio m a g n i f i c o s e e n c u m b r a .
De u n a brillante c o r t e a c o m p a ñ a d a ,
llasta s u s p u e r t a s e x t e r i o r e s v i e n e
La bella Alcina e n busca del g u e r r e r o ,
A q u i e n , con g e s t o afable y p l a c e n t e r o ,
En su m o r a d a e s p l é n d i d a r e t i e n e .
Cual al Señor del c i e l o 1o recibe
La amable g e n t e q u e e n s u s s e n o s v i v e .
Allí t o d o s l o s r o s t r o s i l u m i n a ,
En grado casi i g u a l , g r a c i a , dulzura
Bondad y j u v e n t u d . S o l o d e Alcina
Entre las otras la b e l d a d d e s c u e l l a ,
Cual la del s o l al l a d o d e u n a estrella.
Su gracia n o b l e , s u belleza rara
A imitar n o alcanzara
El m a s d o c t o pincel. Largo c a b e l l o ,
Del oro e n v i d i a , e n r i z o s a n u d a d o ,
Bate gentil su a l a b a s t r i n o c u e l l o .
De lirio y rosas el c o l o r m e z c l a d o ,
Por su rostro e s p a r c i é n d o s e , contrasta
Con s u frente s e r e n a ,
Do brilla s o l o c a n d i d a a z u c e n a .
Bajo d o s n e g r o s y s u t i l e s a r c o s
Brillan d o s n e g r o s o j o s , c l a r o s s o l e s
E n cumplir l o q u e o f r e c e n s i e m p r e parcos.
En torno del l o s y e n s u d u l c u f u e g o
Amor s e place e n v o l u p t u o s o j u e g o ,
Y templa a g u d a s Hechas
Que s i e m p r e v a n al c o r a z o n f e c h a s .
De e s t e rostro p e r f e c t o
Baja por m e d i a u n a nariz divina.
La envidia e n fio el m í n i m o d e f e c t o
Alcina y su c o r t e v i e n e n al Buscara e n v a n e á la b e l d a d dfr Alcina.
Entre d o s g r a c i o s í s i m o s h o y u e l o s
Lucen d o s hilos d e p r e c i o s a s p e r l a s ,
Y un bello labio del c a r m i n m a s |«aro
Ya las e s c o n d e y y a p e r m i t e verlas ;
De e s t e p u r p ú r e o labio s e d e s p r e n d e n ¡ I n c a u t o ! Se figura
Que d e v e n g a n z a la pasión a l e v e
Las amables r a z o n e s
Al triste d u q u e c o n t r a Alcina m u e v e .
Q u e e n viva llama el c o r a z o n e n c i e n d e n .
La cara i m a g e n d e la dama bella
Allí s e f o r m a aquella d u l c e , t i e r n a ,
Por c u y o a m o r R o g e r suspira t a n t o ,
Angelical sonrisa,
Huye d e s u alma y a ; q u e , por e n c a n t o ,
E n q u e el mortal divisa
Todo otro n o m b r e d e s t e r r a n d o d e l l a ,
Los g o c e s todos d e u n a dicha eterna.
El s u y o s o l o la h e c h i c e r a e s c u l p e .
Blanca cual el marfil e s s u garganta.
Digno e s p u e s el g u e r r e r o s e disculpo
De su s e n o d e n i e v e
La ilusión q u e u n instante
A cada lado un globo se levanta
Le hace olvidar s u a m o r por Bradamante.
Q u e , a g i t a d o , se m u e v e
A poco ralo s i é n t a n s e á la m e s a .
Cual las o n d a s q u e forma v i e n t o leve.
De liras, arpas y o t r o s i n s t r u m e n t o s
D e s u s e n c a n t o s descubrir el resto
Los s o n o r o s a c e n t o s
Los cien ojos de un Argos n o p o d r í a n ;
De repetir la a t m ó s f e r a n o c e s a .
Mas e s d e s u p o n e r q u e c o r r e s p o n d e
Con v o z m e l i f l u a , l u e g o , del a m o r
A a q u e l l o q u e s e v e lo q u e se e s c o n d e .
Las delicias c e l e b r a u n t r o v a d o r ,
Guarda s u brazo j u s t o Y , d e la exaltación e n l o s c a p r i c h o s ,
P e r f e c t a p r o p o r c i o n c o n t o d o el busto. Extraños s e o y e n y g r a c i o s o s d i c h o s .
Termínalo una mano de a z u c e n a ,
¿ Qué s u c e s o r d e Nino
Q u e e n torneados d e d o s s e p r o l o n g a ,
Festín j a m a s a d e r e z ó cual e s t e ?
Y a c u y a tersa c a n d i d e z n o hay v e n a ,
¿ Con q u é b a n q u e t e al v e n c e d o r latino
N o h a y arruga ni n u d o q u e se o p o n g a .
Obsequió la o s t e n t o s a Cleopatra
Un p i é l i j e r o , e s b e l t o y r e c o g i d o
Comparable al q u e al j o v e n ,
S o s t i e n e e n fin á aquella A quien finge q u e adora y q u e idolatra,
Q u e s e muestra á R o g e r afable y bella. Presenta Alcina? En la mansion c e l e s t e
¿ Q u é e x t r a ñ o e s p u e s q u e el paladín c a u t i v o Festín igual y o d u d o que s e a p r e s t e .
Q u e d a s e e n e s t a red ? La v o z , el canto
Los platos y las m e s a s alzan l u e g o ,
De A l c i n a , s u mirar, s u andar l a s c i v o ,
Y, sentados e n c o r r o , alegre j u e g o
D e s u sonrisa e n fin el atractivo
E m p i e z a n . Mil s e c r e t o s
V i e n d o R o g e r , s e inclina De labio e n labio v u e l a n ;
A c r e e r falso c u a n t o Los d e la maga y d e Roger d i s c r e t o s
O y ó decir al mirto sobre Alcina, S u pasión m u t u a m e n t e s e r e v e l a n ;
P u e s sospechar no puede que se esconda En pláticas sabrosas s e e n t r e t i e n e n
B a j o tal candidez maldad tan h o n d a .
Y la n o c h e e n pasar j u n t o s c o n v i e n e n .
Y m a s bien i m a g i n a Los j u e g o s por l o tanto c e s a n ántes
Q u e castigo el q u e Astolfo allí p a d e c e
De la hora á q u e a c o s t u m b r a n ,
E s d e s u ingratitud , y q u e m e r e c e
Y pajes c o n b l a n d o n e s rutilantes
Esta pena y mayor por su impostura.
I. ™ 5
El o s c u r o salou d e n u e v o alumbran. D o n d e , e n t r e la zozobra y la e s p e r a n z a ,
De séquito brillante a c o m p a ñ a d o Lucha Roger. Al v e r l a , por s u s v e n a s
Marcha l u e g o Roger al blando l e c h o Siente hervir él su s a n g r e , su alma apénas
Que l e fué p r e p a r a d o , Tanta ventura á concebir alcanza.
De la estancia mas f r e s c a , Loco d e a m o r , se lanza
Mas c ó m o d a y m a s r i c a , bajo el t e c h o . Del lecho al s u e l o , hacía la dama a c u d e ,
Y así q u e n u e v a y e s c a Y c i e g o , abalanzándose á s u s brazos,
P r e s e n t a n c o n almíbares y v i n o s Su c u e r p o c i ñ e con tan fuertes lazos
Al f u e g o en q u e el g u e r r e r o ya s e e n c i e n d e , Que ni t i e m p o l e da q u e s e d e s n u d e .
Y así q u e , s a l u d á n d o l e , el c a m i n o Por fortuna e l l a , e m p e r o .
Para s u estancia c a d a cual e m p r e n d e , Vestido j u s t o ó túnica n o t r a e ;
De p e r f u m a d o l i n o Solo sutil cendal q u e , del guerrero
R o g e r entre d o s s á b a n a s s e e x t i e n d e , Al primer m o v i m i e n t o , á tierra c a e ,
Y, a t e n t o s i e m p r e á v e r si Alcina l l e g a , Cubierta así q u e d a n d o únicamente
A i l u s i o n e s d u l c í s i m a s s e entrega. De una blanca camisa trasparente
Al m e n o r ruido q u e o y e , la c a b e z a Que sus gracias o c u l t a , cual su arena
Alza c r e y e n d o v e r á la q u e a g u a r d a ; Encubre f u e n t e límpida y serena.
P e r o , « n o e s e l l a , ¡ o h c i e l o s , c u a n t o tarda! No con tan fuerte v í n c u l o s e e n l a z a
« N o e s e l l a , n o , » s e dice c o n tristeza. La yedra al o l m o q u e nacer la v i d o ,
Tal v e z salta del l e c h o ; abre la p u e r t a , C o m o , e n g o z o u n o y otro s u m e r g i d o ,
Mira; m a s n a d a v e ; n i n g u n o v i e n e , Al uno el o t r o c o n violencia abraza.
Y mil v e c e s y mil m a l d i c e la hora Del incienso s a b e o
Que p a r e c e d e t i e n e PeRfumc igual n o e x p i d e n l o s v a p o r e s ,
En e s t e instante e l ala voladora. Ni de s u a v e s llores
« Ya n o m e e n g a ñ o , ella e s , » d e n u e v o dice Las aromas igualan
Y, e n el inquieto ardor q u e ie alucina, Al q u e l o s labios d e los dos a m a n t e s ,
Las pisadas c a l c u l a q u e de Alcina En abrasados ó s c u l o s , e x h a l a n .
Hacerle d e b e n p o s e s o r felice. En el p a l a c i o , en t a n t o , h o n d o misterio
Mas la ilusión d i s í p a s e , y , bien p r e s t o , Sus a m o r e s e n c u b r e ,
Al t e m o r e n t r e g á n d o s e , recela O encubrir á lo m é n o s a p a r e n t a ;
Que v e n g a algún o b s t á c u l o f u n e s t o Que n o t e m e r e p r o c h e ó vituperio
A frustrar el afan q u e l e d e s v e l a . Quien calla l o q u e v e , sí quien lo c u e n t a .
Con aromas y a f e i t e s , s e g ú n u s o , No hay placer en la tierra, n o h a y d e l i c i a ,
S e p e r f u m ó la m a g a y s e c o m p u s o ; Que d e uno* y o t r o a m a n t e
Y, cierta d e q u e á t o d o s e n su alcázar Las almas no e n a j e n e á cada instante.
Profundo sueño e n languidez sepulta, Ora á una m e s a e s p l é n d i d a se s i e n t a n ;
C o n silencio s e a v a n z a Teatros por a q u í , por allá danzas
llácia la e s t a n c i a o c u l t a Y j u e g o s á s a vista s e p r e s e n t a n -
100 ORLANDO FURIOSO.

Ya para ellos u n baño p e r f u m a d o , Y hasta saber cual suerte


Que sus fuerzas y espíritus repara, Al héroe c u p o , y resolver q u é deba
Una m a n o solícita prepara. Hacer si v i v e , y qué si sufrió muerte.
Ora, l e y e n d o bajo verde sauce Con esta intención, p u e s , s u s pasos lleva
Amorosas historias, se r e c r e a n ; Hácia la selva q u e á Poitiers circunda,
Ora su tiempo emplean Y al sitio q u e , recóndito y s a l v a j e ,
De entrada sirve á la mansión profunda;
En perseguir por valles y por cerros
Pero la s a b i a , amable encantadora
A la tímida l i e b r e ; ora c o n p e r r o s ,
Que los h é r o e s de su ínclito linaje
A cazar el faisan a c o s t u m b r a d o s ,
A la doncella á quien Roger adora,
De sus jarales á salir l e o b l i g a n ;
En la caverna ya m o s t r ó ; Melisa,
O lazos tienden que s u s alas ligan
Que al llipogrifo e n su arriesgado viaje
Al tordo e n t r e las zarzas, ó con r e d e s ,
S i g u i ó , n o sin temblar por el g u e r r e r o ,
O . pendiente de un h i l o ,
Yió cual h e c h o Roger fué p r i s i o n e r o .
Con anzuelo traidor, al pez incauto
Como fué libertado , y c o m o agora
Van á arrancar de su secreto asilo.
En las regiones del Oriente mora.
En tanto que á las lánguidas dulzuras
Sobre Hipogrifo la azulada esfera,
De esta existencia el héroe se entregaba,
Mal de su grado, atravesar le v i d o .
Y q u e u n a hueste n u m e r o s a y brava
De su larga carrera
Mandaba el rey francés c o n t r a A g r a m a n t e ,
Sigúele hasta el c o n f í n , y, s u m e r g i d o
La insigne B r a d a m a n t e
En o c i o , allí le v e dar al o l v i d o ,
Por Roger suspiraba n o c h e y día.
Entre los brazos de la astuta d a m a ,
Inquieta, por hallalle,
Su honor, su r e y , la virgen á quien ama.
Va de la selva al m o n t e , al l l a n o , al v a l l e ,
Y con su a n i l l o , e n varias o c a s i o n e s , Y en esta torpe vida hubiera acaso
Penetra hasta en los m o r o s pabellones. Su juventud el héroe c o n s u m i d o ,
En v a n o , e m p e r o , nuevas de su amanta Y con e l l a , perdido
A cuantos ve pregunta á cada instante. Su honor, su fama y su obtenida gloria,
Búscale e n b a l d e , y recelara acaso É infame su memoria
Oue perecido h u b i e r a , Horror al orbe hubiera p r o d u c i d o ,
A no saber que hasta el confín de o c a s o , A no llegar Melisa. Bien cual suele
Desde do nace H i d á s p e s , e n tal caso Médico docto á encangrenada llaga
La fama d e su muerte recorriera. Hierro ó fuego aplicar q u e , si bien duele
Con mayor acrimonia á los principios,
De hallarle en fin perdida
Aprovecha á la postre; asi la m a g a ,
Toda esperanza, triste y afligida,
Que á su dicha antepone
\ volver se decide á la caverna
1.a dicha de Roger, m e d i o s v i o l e n t o s
Do la ceniza d e M e r l i n r e p o s a ,
A emplear se d i s p o n e ,
Y allí gritar hasta que cada losa
Si con dulzura conseguir no p u e d e
A compasion de s u dolor se m u e v a .
Que á la pérfida Alcina él abandone. Y, por su a m o r , le r u e g a
Que vele por Roger. L u e g o el c a m i n o
Diferente d e Atlante, por la fama
Que hacía Provenza g u i a
Y la gloria del h é r o e s e d e s v e l a ,
Toma ella; e n tanto q u e , por otra yia
Mientra el viejo del j o v e n á q u i e n ama
La hechicera m a r c h a n d o ,
La vida solo conservar a n h e l a ,
Y cuanto vale y e s diera g u s t o s o Comparecer ante sus o j o s h a c e
Un palafrén e x t r a ñ o ,
Por prolongarla u n a ñ o ,
Aun c u a n d o fuera d e su h o n o r e n d a ñ o . Negro d e c u e r p o y c o n u n pié c a s t a ñ o .
Con e s t e fin hacia la corte bella Del averno p r o f u n d o
De Alema le c o n d u j o , p o r q u e e n ella N o sé si era un e s p í r i t u : s é s o l o
De la guerra olvidase el ejercicio , Que d e s c a l z a , y el talle d e s c e ñ i d o ,
Y d e a m b o s supo aprisionar el p e c h o Y el cabello e s p a r c i d o
Del viento á la m e r c e d , s o b r e su grupa
Con lazo tan e s t r e c h o ,
De un salto s e c o l o c a ,
Que por r o m p e r l o s e esforzara e n v a n o
Y, el anillo p o n i é n d o s e e n la boca ,
La rigidez del m a s m a d u r o anciano.
De tal m a n e r a e n a v a n z a r s e o c u p a
La m a g a e n t a n t o , á c u y o s sabios o j o s
Que en la ínsula de A l c i n a
Nada p u e d e o c u l t a r s e , sin tardanza
sorprendí** la estrella m a t u t i n a .
S e p r e s e n t a á su cara protegida.
E! transformarse es o b r a d e u n m o m e n t o ,
De la v i r g e n , al v e r l a , l o s enojos
De una cuarta el a u m e n t o
Se t r u e c a n e n placer y e n e s p e r a n z a ; Hace tomar d e pronto á s u e s t a t u r a ,
Bien p r o n t o , e m p e r o , á maldecir su estrella
Y g r u e s o e n p r o p o r c i o n c o n esta altura.
V u e l v e , o y e n d o q u e della
Barbas da y aspereza á s u s e m b l a n t e ,
Distancia i n m e n s a á su R o g e r s e p a r a ,
Y, con su ruda r e j a ,
Y e x á n i m e s e q u e d a c u a n d o sabe
Cuanto el peligro q u e le amaga e s grave. Surcar su j o v e n faz al t i e m p o deja.
Su paso en fin, su v o z y s u s e m b l a n t e
Mas Melisa, a n i m á n d o l a , « h i j a c a r a , »
Supo fingir c o n p r o p i e d a d tan r a r a ,
Le d i c e , « si e s e portentoso anillo
Que con el viejo Atlante
« Que orna tu d e d o á e n c o m e n d a r m e a c c e d e s ,
La vista m a s sagaz la e q u i v o c a r a .
« Desde e s t e instante p u e d e s
« Contar c o n ver al ínclito caudillo. De Alcina la presencia
Evitando s o l í c i t a , el instante
« De aquí partiendo agora
Busca e n q u e d e su a m a n t e
« En India m e hallará la n u e v a aurora. »
Separada se e n c u e n t r e . Por ventura
Y p r o s i g u e narrándole q u é m e d i o s
Tendido m u e l l e m e n t e
Usar se proponía
Para arrancarle d e tan torpe estado Lo encuentra un dia al b o r d e d e una fuente.
Cubre sus m i e m b r o s , p o r su vida ociosa
Y conducirlo incólume á su lado.
Afeminados i n s e n s i b l e m e n t e ,
De su d e d o el anillo
Túnica primorosa
S a c á n d o s e la v i r g e n , s e lo entrega.
Que le tejió la m a g a v o l u p t u o s a . « Un César, u n Cipion, u n Alejandro,
Ricas piedras a d o r n a n s u g a r g a n t a « Me hizo un t i e m p o esperar q u e brotaría
Y brazales p r e c i o s o s « En el triste mortal á quien c o n d e n a
Sus b r a z o s , o t r o t i e m p o v i g o r o s o s . « La torpe Alcina á la servil cadena.
La piel d e las o r e j a s del caudillo « ¡ A h ! sí el i n s i g n e h o n o r á q u e , p r o p i c i o ,
A t r a v e s a n d o c o n u n hilo d e o r o , « El c i e l o d e s t i n á r a t e , n o m u e v e
E n cada u n a un zarcillo « Tu duro c o r a z o n , m o v e r l o d e b e
La hechicera c o l g ó c o n una perla « El pensar cuan injusto e s q u e s e f r u s t r e
De l a s d e O r m u z y d e Ceylan d e s d o r o . « Por tí la gloria d e t u estirpe ilustre.
Su rizado c a b e l l o « ¿Con q u é d e r e c h o á d e f r a u d a r s e a t r e v e
E s p a r c i é n d o s e e n t o r n o d e su c u e l l o . « Tu torpe vida al o r b e d e las a l m a s
Los aires e m b a l s a m a . « Mas n o b l e s q u e el S e ñ o r c o n c i b i ó n u n c a ,
S u r o s t r o e n fin, s u v o z , s u s m o v i m i e n t o s « Y q u e e s p e r a n d o están la luz del dia
Amor r e s p i r a n , y , oprobiosa l l a m a « Por cubrirse d e l a u r o s y d e p a l m a s ,
Sintiendo por la m á g i c a p r o t e r v a , « En su a n t i g u o e s p l e n d o r r e s t a b l e c i e n d o
« De Italia libre la alta m o n a r q u í a ?
El n o m b r e solo d e Roger c o n s e r v a .
Bajo la forma del a n c i a n o A t l a n t e , « Dos s o b r e t o d o , Hipólito y su h e r m a n o .
Acércasele s ú b i t o la d a m a , « A o b e d e c e r m e m u é v a n t e . Sus n o m b r e s
Y, a r m á n d o s e d e aquel s a ñ u d o g e s t o « Con brillo volarán e t e r n a m e n t e ,
Que respetar el paladín solia : <( De nación e n n a c i ó n , d e g e n t e e n g e n t e .
« ¿ Es e s t o , d i c e , e s e s t o « De tu linaje e s p l é n d i d o y f e c u n d o
« Lo q u e mi arte á mi a n h e l o p r o m e t í a ? « S o n e s t o s d o s l o s q u e m a s gloria al mun<'<
« ¿ De l e o n e s y d e o s o s por ventura « Habrán d e dar. De mí tú m i s m o o y e n d o
« Con t u é t a n o s nutrí tu edad p r i m e r a ; « Del c i e l o l o s r e c ó n d i t o s s e c r e t o s ,
« Mostraste e n otros t i e m p o s a l e g r í a ,
« Por el á s p e r o m o n t e y selva o s c u r a
« Al saber q u e a l g ú n dia
« Al l o b o , al jabalí y á la pantera
« Darás á Italia tan ilustres n i e t o s .
« Las u n a s y l o s d i e n t e s
« A arrancar t e e n s e ñ é , y á las s e r p i e n t e s « ¿ Qué viste en esa i n f a m e ,
« A estrangular e n t r e tus f u e r t e s b r a z o s , « De tantos o t r o s t o r p e c o n e u b i n a ,
« Para v e r t e , ¡ i n f e l i z ! tras penas tantas « Que así tu v o l u n t a d avasallara?
« De una Alcina postrado ante las p l a n t a s ? « ¿Quieres v e r , i n f e l i z , q u i e n e s A l c i n a ?
« No e s e s t o , ¡ a h ! n o , lo q u e d e ti l o s su « T o m a , t o m a e s t e a n i l l o ; v u e l a ante ella-.
« La c o n j u n c i ó n d e estrellas y d e p u n t o s , « Verás cual e s a q u e l l a
« Que ilusa tu alma e n adorar se obstina. .»
« El girar d e l a m á q u i n a c e l e s t e ,
« De mi arte e n fin l o s m e d i o s t o d o s j u n t o s Confuso y en s i l e n c i o el h é r o e queda.
« A mi afan p r e d i j e r o n . N o , n o e s e s t e Ni pestaña ni labio m o v e r o s a ;
« El c a m i n o q u e g u i a Y cuando, bondadosa,
« A la i n m o r t a l i d a d . Fatal e n g a ñ o P o n e la maga el m i s t e r i o s o anillo
Al ver el f r u t o , ha p o c o h e r m o s o y s a n o ,
En su trémula m a n o , d e tal m o d o Pábulo agora d e voraz g u s a n o .
S e c u b r e d e rubor, q u e deseara Así c u a n d o , por o r d e n d e Melisa,
Q u e , abriéndose la tierra, le tragara. Ante Alcina esta v e z R o g e r s e m u e s t r a
Su primitiva f o r m a e n e s t e instante Con el anillo m á g i c o e n s u diestra ,
T o m a Melisa, al h é r o e descubriendo Una vieja decrépita divisa
Su n o m b r e , s u semblante En v e z d e la beldad lozana y rara
Y la causa feliz d e su llegada. Que en Alcina admirara.
Dícele q u e á r o m p e r tan s o l o v i e n e Pálido v e su rostro y macilento.
La c a d e n a fatal q u e le d e t i e n e ; A seis palmos no llega su e s t a t u r a ,
Y q u e v i e n e enviada Ni un cabello e n s u f r e n t e ,
Por la i n s i g n e g u e r r e r a , c u y a vida Ni en su boca s e n o t a u n s o l o diento.
Estando al bien d e s u R o g e r l i g a d a , La Sibila C u m e a
P u e s t o en las m a n o s hale Ni la viuda d e P r í a m o m a s a ñ o s
Aquel anillo contra el cual n o vale Que ella vieron t o r n a r ; m a s c o n e n g a ñ o s
E n c a n t a m i e n t o a l g u n o , y q u e lo m i s m o Que c o n o c e r á nuestra e d a d n o c u p o ,
S u vida y su alma diera Hacerse h e r m o s a , h a c e r s e j o v e n s u p o ,
S i , p o r salvarle d e aquel h o n d o abismo, Y, cual al h é r o e , fascinar á tantos.
Su vida ó su alma necesaria fuera. Nada h o y , e m p e r o , t o d o s s u s encantos
Y d e s u parte l e refiere l u e g o Valen contra R o g e r . Aleccionado
Cuanto e s a r d i e n t e el f u e g o Por la sabia Melisa, el cambio h o r r e n d o
En q u e , por é l , la virgen s e c o n s u m e . F i n g e no c o n o c e r , hasta q u e u n d i a ,
S u s p r o e z a s le c u e n t a , y d e tal m o d o S u s relegadas a r m a s r e v i s t i e n d o ,
l)e aquesta el b i e n , d e Alcina el mal r e s u m e , Dijo á la maga q u e m e d i r quería
Que la a v e r s i ó n m a s viva Cuanto estaba m a s g r u e s o
Por ella h a c e al g u e r r e r o q u e conciba. Desde que n o sintió dellas el p e s o .
Esta a v e r s i ó n b i e n p r e s t o Ciñelas p u e s , y c í ñ e s e e n s e g u i d a
En u n o d i o p r o f u n d o s e c o n v i e r t e , Su fuerte Balisarda;
P u e s , del anillo la virtud divina Toma el b r o q u e l , c u i d a n d o q u e s u l u m b r e
Haciendo t o d o e n g a ñ o m a n i f i e s t o , A través del cendal n o s e c o l u m b r e ,
Ver á R o g e r permite q u e e n Alcina Y á la cuadra b a j a n d o ,
Nada era natural, t o d o ficticio; Ensillar y enfrenar h a c e u n p e c e ñ o
E n g a ñ o t o d o , fraude y artificio. Que le indica Melisa, n o i g n o r a n d o
Bella y l l e n a d e aroma una m a n z a n a Cu nto es lijero s u correr. Su n o m b r e
Un rapazuelo e s c o n d e ; E s R a b i c a n o , y fué s u antiguo d u e ñ o
Mas n o s e a c u e r d a dond*?. El paladín q u e , e n mirto c o n v e r t i d o ,
E n c o n t r á n d o l a l u e g o una mañana Dobla hoy al aquilón s u c u e l l o e r g u i d o .
C ó g e l a , y p r e s t o , con d e s p e c h o é i r a , Tomar bien p u d o e n v e z d e Rabicano
Léjos d e si la tira
Al H i p o g r i f o , q u e à s u l a d o e s t a b a ; En cautivar las a l m a s s e r e c r e a ,
Pero t e m i ó q u e , si s u p l a n llegaba Sin q u e para ello m e n e s t e r le sea
Alcina à penetrar, lo hiciera v a n o . D e m o n i o s invocar ni observar a s t r o s ,
De Melisa a d e m a s el c u e r d o aviso Que el e n g a ñ o y la intriga
Escuchando, no quiso Coronan casi s i e m p r e su f a t i g a !
E m p r e n d e r s u carrera De Melisa, ó m a s bien del s a n o j u i c i o ,
S o b r e tan viva é i n o b e d i e n t e fiera. Quien el p r e c i o s o anillo p o s e y e r a ,
Sin e s f u e r z o pudiera
De allí sacándola al s i g u i e n t e d i a ,
La v e r d a d distinguir del artificio.
Le ofrece la h e c h i c e r a
Dicha f u é p u e s del h é r o e , y 110 p e q u e ñ a ,
Explicarle despacio l a m a n e r a
Aquel dije t e n e r q u e d e l o falso
De regirla s e g ú n s u fantasía.
L o v e r d a d e r o á discernir e n s e ñ a .
Con e s t e a r d i d , e l paladín s e aleja
Del palacio fatal d e la impía v i e j a , Dicho va cual a r m a d o hacia la puerta
Y, d e n u e v o e m p r e n d i e n d o su j o r n a d a , Llegó R o g e r , y cual a m e d r e n t a d a
Marcha d e Logistila á la m o r a d a . Deja á la c h u s m a , ó m u e r t a
A las puertas l l e g a n d o , A los terribles g o l p e s d e s u espada.
A s u s guardas ataca à la improvista-, La puerta pasa y e n l o s b o s q u e s entra.
Y, sin q u e nadie á s u f u r o r resista, S o b r e un rocín estítico m o n t a d o ,
Espanto y m u e r t e e n t r e ellos va s e m b r a n d o . Allí d e Alcina á un s e r v i d o r se e n c u e n t r a .
Que un lijero lebrel lleva á su l a d o ,
Pasa el p u e n t e p o r fin, y su carrera
Y en s u diestra u n m i l a n o
De tal m o d o a c e l e r a ,
Que e n lanzar cada dia
Que hallarse léjos d e b e
Para hacer p r e s a s , ora por el l l a n o .
Antes q u e d e s u f u g a
Ora al v e c i n o e s t a n q u e , s e placía.
La noticia à la m à g i c a s e lleve.
Mas miéntras llega e l h é r o e a su d e s t i n o Al ver al h é r o e , la p r e s t e z a v i e n d o
Otro c a n t o dirá l o q u e le avino. Con q u e , a g u i j a n d o á s u c o r c e l , c a m i n a .
N o tarda e n s o s p e c h a r q u e v i e n e h u y e n d o
De la m a n s i ó n espléndida d e Vlcína.
CASTO VIII. Acércasele p u e s , y , e n v o z g r o s e r a ,
La causa q u e s u s p a s o s precipita
D e s p u é s de mil t r a b a j o s , l l e g a R o g e r á la m o r a d a d e L o g i s t i l a , P r e g u n t a al p a l a d í n , q u e n o c o n t e s t a .
d o n d e e n c u e n t r a á Melisa y al d u q u e Astolfo. — R e i n a l d o
F u r i o s o aquel e n t o n c e s , l e d e n u e s t a ,
o b t i e n e s o c o r r o s d e t r o p a s d e los r e y e s d e Escocia y de Ingla-
Y, el b r a z o a l z a n d o , grita :
t e r r a . — Angélica d i s c u r r e p o r el m a r m o n t a d a en el caballo
e n c a n t a d o . — Cae en m a n o s del e r m i t a ñ o , y l u e g o en p o d e r « ¿ Q u é dirás tú si y o te cierro el paso?
de unos p i r a t a s . — P a r t e O r l a n d o en b u s c a de ella. « ¿Resistir al halcón p i e n s a s a c a s o ? »
D i c e ; y al a v e l a n z a ,
¡ Cuánta Melisa, o h c i e l o s , cuánto Aliante
Que al v e l o z Rabicano e n b r e v e alcanza.
I n c ó g n i t o e n el o r b e s e pasea,
A tierra salta él rústico e n s e g u i d a ,
Que, cambiando d e voz y de semblante,
Al H i p o g r i f o , q u e à s u lado e s t a b a ; En cautivar las a l m a s s e r e c r e a ,
Pero t e m i ó q u e , si s u p l a n llegaba Sin q u e para ello m e n e s t e r le sea
Alcina à penetrar, lo hiciera v a n o . D e m o n i o s invocar ni observar a s t r o s ,
De Melisa a d e m a s el c u e r d o aviso Que el e n g a ñ o y la intriga
Escuchando, no quiso Coronan casi s i e m p r e su f a t i g a !
E m p r e n d e r s u carrera De Melisa, ó m a s bien del s a n o j u i c i o ,
S o b r e tan viva é i n o b e d i e n t e fiera. Quien el p r e c i o s o anillo p o s e y e r a ,
Sin e s f u e r z o pudiera
De allí sacándola al s i g u i e n t e d i a ,
La v e r d a d distinguir del artificio.
Le ofrece la h e c h i c e r a
Dicha f u é p u e s del h é r o e , y n o p e q u e ñ a ,
Explicarle despacio l a m a n e r a
Aquel dije t e n e r q u e d e l o falso
De regirla s e g ú n s u fantasía.
L o v e r d a d e r o á discernir e n s e ñ a .
Con e s t e a r d i d , e l paladín s e aleja
Del palacio fatal d e la impía v i e j a , Dicho va cual a r m a d o hacia la puerta
Y, d e n u e v o e m p r e n d i e n d o su j o r n a d a , Llegó R o g e r , y cual a m e d r e n t a d a
Marcha d e Logistila á la m o r a d a . Deja á la c h u s m a , ó m u e r t a
A las puertas l l e g a n d o , A los terribles g o l p e s d e s u espada.
A s u s guardas ataca à la i m p r o v i s t a ; La puerta pasa y e n l o s b o s q u e s entra.
Y, sin q u e nadie á s u f u r o r resista, S o b r e un rocín estítico m o n t a d o ,
Espanto y m u e r t e e n t r e ellos va s e m b r a n d o . Allí d e Alcina á un s e r v i d o r se e n c u e n t r a .
Que un lijero lebrel lleva á su l a d o ,
Pasa el p u e n t e p o r fin, y su carrera
Y en s u diestra u n m i l a n o
De tal m o d o a c e l e r a ,
Que e n lanzar cada día
Que hallarse léjos d e b e
Para hacer p r e s a s , ora por el l l a n o .
Antes q u e d e s u f u g a
Ora al v e c i n o e s t a n q u e , s e placía.
La noticia à la m à g i c a s e lleve.
Mas miéntras llega e l h é r o e a su d e s t i n o Al ver al h é r o e , la p r e s t e z a v i e n d o
Otro c a n t o dirá l o q u e le avino. Con q u e , a g u i j a n d o á s u c o r c e l , c a m i n a .
N o tarda e n s o s p e c h a r q u e v i e n e h u y e n d o
De la m a n s i ó n espléndida d e Vlcina.
CASTO VIII. Acércasele p u e s , y , e n v o z g r o s e r a ,
La causa q u e s u s p a s o s precipita
D e s p u é s de mil t r a b a j o s , l l e g a R o g e r á la m o r a d a d e L o g i s t i l a , P r e g u n t a al p a l a d í n , q u e n o c o n t e s t a .
d o n d e e n c u e n t r a á Melisa y al d u q u e Astolfo. — R e i n a l d o
F u r i o s o aquel e n t o n c e s , l e d e n u e s t a ,
o b t i e n e s o c o r r o s d e t r o p a s d e los r e y e s d e Escocia y de Ingla-
Y, el b r a z o a l z a n d o , grita :
t e r r a . _ Angélica d i s c u r r e p o r el m a r m o n t a d a en el caballo
e n c a n t a d o . — Cae en m a n o s del e r m i t a ñ o , y l u e g o en p o d e r « ¿ Q u é dirás tú si y o te cierro el paso?
de unos p i r a t a s . — P a r t e O r l a n d o en b u s c a de ella. « ¿Resistir al halcón p i e n s a s a c a s o ? »
D i c e ; y al a v e l a n z a ,
¡ Cuánta Melisa, o h c i e l o s , cuánto Aliante
Que al v e l o z Rabicano e n b r e v e alcanza.
I n c ó g n i t o e n el o r b e s e pasea,
A tierra salta él rústico e n s e g u i d a ,
Que, cambiando d e voz y de semblante,
Y q u i t a n d o la brida
A su r o c i n , lijero c o m o el d a r d o ,
Suéltalo contra el paladín gallardo,
A q u i e n m u e r d e y acosa. Sin tardanza
Hacia él a c u d e el r ú s t i c o , s e g u i d o
De su l e b r e l , v e l o z cual l e o p a r d o
Que á la liebre p e r s i g u e e n el ejido.
R o g e r , q u e á m e n g u a n o esperarlo t i e n e ,
Al villano s e acerca-,
P e r o su e s p a d a desnudar desdeña
Al v e r l e a r m a d o s o l o d e la vara
Con q u e al lebrel o b e d e c e r e n s e ñ a .
Su t i e m p o , e m p e r o , el rústico n o pierde
Y al h é r o e acosa c o n la v a r a , e n tanto
Q u e , por e l l a d o i z q u i e r d o , el can le m u e r d e .
Por el d e r e c h o , e n e s t o , le a c o m e t e
El rocin c o n l o s dientes y p e z u ñ a s ,
Y, e n t o r n o s u v o , infatigable vuela
El p r e s t o h a l c ó n , q u e c o n punzantes unas
Al caballero o f e n d e
Y al c o r c e l . q u e á la e s p u e l a
Y al f r e n o , a m e d r e n t a d o , ya n o atiende.
Viendo e n t o n c e s Roger q u e e n v a n o quiere
Dispersar á la turba q u e le ataca ,
El f u e r t e a c e r o s a c a ;
Al c a n , al a v e , al s i e r v o , al rocín h i e r e :
Y, c o n o c i e n d o e n lin q u e esta d e m o r a
Puede serle funesta,
P u e s á partir s e apresta
En s u busca la altiva e n c a n t a d o r a ;
Y q u e y a , p o r los valles y c o l i n a s ,
De a t a m b o r e s , campanas y bocinas
Roger se sirve
El s o n i d o s e e s c u c h a ,
P o n e r f i n p i e n s a á tan extraña lucha.
Del e s c u d o d e Atlante
Alza el r o j o c e n d a l . La l u m b r e v i v a ,
P r o d u c i e n d o s u e f e c t o , e n el instante
Al c a z a d o r d e sus s e n t i d o s priva;
El caballo y el can v i e n e n al s u e l o ,
Y del halcón i n m ó b i l e s las alas
Quieren e n v a n o s o s t e n e r su v u e l o .
S u m i d o s en letargo así l o s d e j a ,
Y d e aquel sitio el b u e n R o g e r s e aleja.
La m a g a , e n t a n t o , q u e la fuga sabe
Del h é r o e y la reyerta
En q u e , g u a r d a n d o el p a s o d e la p u e r t a ,
Muerta q u e d ó gran parte d e s u s t r o p a s ,
S u m e r g i d a e n d o l o r , rasga s u s r o p a s ,
Los cabellos s e m e s a ,
Su imprevisión e s t ú p i d a c o n f i e s a
Y m a n d a q u e , á lidiar apercibida,
En torno s u y o , sin tardanza a l g u n a ,
Su g e n t e toda e n h u e s t e s s e reúna.
De esta g e n t e , e n s e g u i d a ,
Dos divisiones hace. A la u n a dellas
Seguir intima d e R o g e r las huellas.
Ella l u e g o , saltando s o b r e u n l e ñ o ,
A la s e g u n d a h u e s t e s e r e ú n e ;
Y e s tal s u afan d e q u e n o q u e d e i m p u n e
La infiel c o n d u c t a del q u e fué su d u e ñ o ,
Q u e , por seguir al j o v e n á q u i e n o d i a ,
Deja t o d o su reino sin c u s t o d i a .
.No á Melisa p o d i a
Presentarse o c a s i o n m a s favorable
De librar á l o s h é r o e s q u e , i m p l a c a b l e ,
Alcina e n s u s p r i s i o n e s detenia.
Con este o b j e t o , m a r c h a s e al palacio-,
Sus m u r o s v e d e i m á g e n e s c u b i e r t o s ,
Y en s u s salas y p ó r t i c o s d e s i e r t o s
Los i n g r e d i e n t e s halla , talismanes ,
Nudos, rombos y cuantos
Instrumentos destina á sus encantos.
Unos q u e b r a n d o y d a n d o o t r o s al f u e g o ,
A los jardines s e d i r i g e l u e g o ,
Donde d e Alcina e n c u e n t r a á los amantes-,
Y. c o n s u a n t i g u a f o r m a , les d e v u e l v e
Nada respira allí. De la agorera
La libertad d e q u e gozaban antes. Cigarra s o l o el i m p o r t u n o acento
Agradecidos e l l o s De rama e n rama h a c e correr el viento.
En busca parten d e R o g e r , y l l e g a n Mas d e asunto m e obliga
De Logistila á los e s t a d o s bellos. Mi deber á cambiar d e c u a n d o e n cuando-,
De allí, distinto giro A s i , d e s e d , y d e h a m b r e y d e fatiga
T o m a n d o , cual á Grecia s e e n c a m i n a , Al b u e n Roger aquí d e j o e s p i r a n d o ,
Cual á la E s c i t i a , á Persia ó al Epiro. Y tras Reinaldo á Escocia e m p r e n d o el v u e l o .
Astolfo f u é d e t o d o s el p r i m e r o Por el rey, por Ginebra y por la corte
Que p r o b ó del anillo la v i r t u d . De júbilo acogido c o n t r a n s p o r t e ,
P o r R o g e r la hechicera p r e v e n i d a La causa q u e á a q u e l suelo
Sus pasos guia al paladín e x p o n e ,
Fin p o n i e n d o á s u larga e s c l a v i t u d ,
Diciendo q u e d e Escocia y d e Inglaterra
Le torna á dar aquella l a n z a d e oro
A pedir el auxilio s e d i s p o n e
Que, con un solo g o l p e ,
E n n o m b r e d e s u r e y . El r i e s g o g r a v e
A u n h o m b r e saca del a r z ó n . Del m o r o
Que amaga á C á r l o s , d e tal m o d o sabe
Argalia fué-, m a s tarde
Pintar, q u e del a n c i a n o la respuesta
Vino á p o d e r d e l p r í n c i p e b r i t a n o ,
F u é q u e , por ir d e Cárlos al s o c o r r o ,
Y e n u n a y otra m a n o
Su g e n t e toda hallábase dispuesta
A la Galia a s o m b r ó c o n s u pujanza.
S u s armas t o d a s , c o n a q u e s t a l a n z a , Y q u e , su edad n o o b s t a n t e ,
Al paladín la m á g i c a e n t r e g a n d o , Él m i s m o al frente della s e pondría
Para partir l e e n c a r g a q u e s e a p r o n t e , Si e n c o m e n d a r su m a n d o n o pudiera
A un hijo s u y o d e alta n o m b r a d i a
Y, el alado corcel l u e g o e n s i l l a n d o ,
A q u i e n e n b r e v e v e r llegar espera.
A Astolfo m a n d a q u e e n s u grupa m o n t e .
Soldados entretanto
Así d e Logistila
A l o s r e i n o s s e p a r l e n , d o n d e aguardan Y caballos y n a v e s h a b i l i t a ,
Oro prepara, v í v e r e s y c u a n t o
Mas d e una hora á R o g e r , c u y o camino
Para esta e x p e d i c i ó n s e necesita.
I n v e n c i b l e s o b s t á c u l o s retardan.
Por m e d i o á la m a l e z a , Y c u a n d o hácia Bretaña
Reinaldo p a r t e , él m i s m o le a c o m p a ñ a
Con p e n a s m i l , l o s f o s o s y p e ñ a s c o s
De su pais á la última f r o n t e r a ,
Que l e o b s t r u y e n el p a s o , a t r a v e s a n d o ,
Do diz q u e tiernas l á g r i m a s vertiera.
L l e g a e n f i n , fatigado y casi m u e r t o .
Próspero v i e n t o del bajel henchía
A un páramo desierto,
Las blancas velas , c u a n d o e n él R e i n a l d o ,
C u y o s límites s o n el m a r y u n m o n t e .
De t o d o s d e s p i d i é n d o s e , subia.
Su ceñido horizonte,
Alzada el a n c l a , e n b r e v e s h o r a s llega
E x t e n d i é n d o s e solo á m e d i o d í a ,
Allá d o al mar h i n c h a d o
Su estéril s u e l o abrasa d e m a n e r a ,
S u depósito el T á m e s i s entrega.
Que á s u c o n t a c t o e l v i d r i o
Sobre la arena l í q u i d o corriera.
ORLANDO FURIOSO.

Por el flujo del mar l u e g o e m p u j a d o ,


Se halló bien pronto á L o n d r e s transportado.
De Carlos y de O t ó n , r e y d e Inglaterra,
Que c o n Carlos sitiado
Se halla e n P a r i s , al principe d e Gales
Lleva el hijo d e Amon ó r d e n e s t a l e s ,
Que e n el preciso t é r m i n o m u y b r e v e
Caballos y h o m b r e s d e b e ,
Armas y b u q u e s preparar, y j u n t o
Todo á s u auxilio despachar al punto.
El príncipe que h e d i c h o , e n c u y a m a n o ,
Por ausencia d e O t ó n , e s t á n l a s riendas
Del i m p e r i o b r í t a n o ,
Al b u e n Reinaldo o b s e q u i o s t a l e s hace
Cual los hiciera al m i s m o s o b e r a n o ;
Y á s u d e m a n d a al p u n t o s a t i s f a c e ,
Fijando el dia en q u e la e s c u a d r a n u e v a
A las costas d e Francia partir deba.
M a s , cual s u e l e hábil m ú s i c o á m e n u d o
Cambiar d e cuerda por variar d e t o n o ,
Ora el grave e m p l e a n d o , ora el a g u d o ,
T a l , por hablar d e A n g é l i c a , aquí dejo
Al bravo paladín d e quien h u í a
Cuando t o p ó c o n el astuto v i e j o .
Tanto al d e Amon Angélica t e m i a ,
Q u e , p e n s a n d o q u e F r a n c i a , Europa e n t e r a ,
Darle s e g u r o asilo n o p o d i a ,
Si del mar n o mediaba la b a r r e r a ,
La bella dama con afan la v i a
Preguntaba q u e al puerto c o n d u c í a .
Mas el v i e j o , q u e s i e n t e Angélica huyendo del viejo ermitaño. (T. I, p . 114.)
Con violencia latir su h e l a d o p e c h o ,
De indicarle el c a m i n o n o s e c u r a ;
Antes su viaje detener p r o c u r a .
V a n o , e m p e r o , e s s u afan. A su d e s p e c h o
Alejarse la ve. De su a s n o l e n t o
En v a n o el m o v i m i e n t o
Pretende acelerar, y p e r s u a d i d o
Que seguirla no p u e d e , y q u e s u pista
Va por siempre á p e r d e r , del h o n d o Averno
Convoca á las deidades. A su vista
U n a , e n t r e otras m u c h a s , c o m p a r e c e ,
Que habla con é l , y parte y s e introduce
En el corcel q u e á Angélica c o n d u c e .
Cual can sagaz q u e , e n c o n o c i d o m o n t e ,
Liebre ó zorra p e r s i g u e ,
Su huella tal vez s i g u e ,
Tal vez n o , q u e c o r t a n d o
Llega m a s pronto al fin d e su carrera,
Do á su víctima espera-,
Así el viejo falaz d e la d o n c e l l a ,
Sin tanto caminar, s i g u e la huella.
Ella e n t r e t a n t o , q u e s u objeto i g n o r a ,
Tranquila s i g u e , h a c i e n d o
Ora largas j o r n a d a s , cortas ora.
Así llega á la orilla
Del mar que e n torno á l o s g a s c o n e s b r a m a .
Y por ia arena q u e , m o j a d a , brilla,
Sigue su viaje la afligida d a m a ,
Cuando hé aquí q u e , p o r el m o n s t r u o h o r r e n d o ,
Que en su s e n o s e a b r i g a , e s t i m u l a d o
El palafrén , á n a d o
Nuevo camino por la mar e m p r e n d e
Con el freno hácia tierra
Volverle e n vano Angélica p r e t e n d e ;
Al ver su riesgo la infeliz s e aterra,
Y en el arzón , e x á n i m e , s e afana
Del m u s l o e n torno r e c o g i d o había
Su vestido, y, las olas e v i t a n d o ,
Levantaba l o s pies c u a n t o podía.
Por s u s espaldas C á n d i d a s flotando
Sus h e r m o s o s c a b e l l o s ,
Del Céfiro lascivo eran j u g u e t e ;
Q u e , tanta gracia c o n t e m p l a n d o a t e n t o s ,
Ni osaban respirar l o s d e m á s v i e n t o s .
En vano, e n v a n o , s u s h e r m o s o s o j o s .
CANTO VIH. 117

« A u n a infeliz m u j e r ? Si s o y h e r m o s a ,
Anegados en llanto,
« Cual l o p r e t e n d e el v u l g o , b i e n f u n e s t a
Misera h a c i a la tierra r e v o l v í a
« Me ha s i d o m i b e l d a d . N o al c i e l o g r a c i a s
Q u e , h u y e n d o , decrecía.
« Tributaré p o r e s t a ,
La triste n o c h e s u e n l u t a d o m a n t o
« Causa fatal d e t o d a s m i s d e s g r a c i a s .
S o b r e la t i e r r a y s o b r e el m a r t e n d í a
« Ella á m i h e r m a n o Argalia d i ó la m u e r t e
C u a n d o , á la d i e s t r a el p a l a f r é n v o l v i e n d o ,
<c A pesar d e sus armas encantadas.
C o n d u c e á la i n f e l i z s o b r e u n a s r o c a s
« Ella d e la i m p í a s u e r t e
Que, h e n d i d a s , abren espantosas bocas.
« De mi p a d r e infeliz la c a u s a h a s i d o .
Al v e r s e s o l a e n m e d i o d e u n d e s i e r t o « Ella m e h a r e d u c i d o
Q u e al c o r a z o n m a s firme d i e r a e s p a n t o , « A esta e x i s t e n c i a e r r a n t e . D e s p o j a d a
E s el q u e s i e n t e t a n t o , « Del t r o n o d e m i s p a d r e s , sin a m i g o s ,
Que, mas bien que mujer, cadáver yerto « Sin p a t r i a , sin h o n o r y a u n sin m o r a d a ,
A s e m e j a ó e s t a t u a . Sin a l i e n t o , « ¿ Para q u é q u i e r o , ¡ o h pérfida f o r t u n a !
Sin v o z , sin m o v i m i e n t o , altas las p a l m a s , « La e x i s t e n c i a q u e t a n t o m e i m p o r t u n a ?
Con l l a n t o y l a n g u i d e z , s u s l u c e s b e l l a s
« Con bárbara p i e d a d , ya que s u m i r m e
Alzando á las e s t r e l l a s ,
« N o q u i s i s t e e n l a s o l a s , si á lo m e n o s
E s t a r p a r e c e al q u e g o b i e r n a el m u n d o
« En pábulo m e dieras
Echando en cara su dolor p r o f u n d o :
« A las v o r a c e s fieras
Y e n s í , tras l a r g o r a t o , al c a b o v u e l t a ,
« Q u e habitar d e b e n e s t o s h o n d o s s e n o s ,
De e s t e m o d o s u v o z e n q u e j a s s u e l t a .
« Por p r i m e r v e z , al acabar m i v i d a ,
« ¿ Cuándo, ¡ oh fortuna! cuándo « Gracias y o tributárate r e n d i d a . »
« Cesará t u r i g o r d e p e r s e g u i r m e ? Miéntras así s u s q u e j a s e x h a l a b a
« ¿Asaz n o h i c e á t u s f u r o r e s d a n d o La m í s e r a d o n c e l l a ,
« Una existencia triste, El p é r f i d o e r m i t a ñ o , q u e s e i s d í a s ,
" Que arrancarme pudiste Por desusadas v i a s ,
« S e p u l t á n d o m e en m e d i o de esas o l a s ,
Llegara á a q u e l l o s s i t i o s á n t e s q u e e l l a ,
« Y que á suerte mas cruda
S u p e n a a d v i e r t e d e s d e u n a alta r o c a ,
« Has r e s e r v a d o ¡ o h b á r b a r a ! sin d u d a ?
Y, al p u n t o d e s c e n d i e n d o ,
« A mi a n g u s t i a d o p e c h o C a b e ella s e c o l o c a ,
« ¿ Q u é e s l o q u e q u e d a p o r s u f r i r ? Del t r o n o La m a s p r o f u n d a d e v o c i o n fingiendo.
« D o n d e á s e n t a r m e m e l l a m ó el d e r e c h o
Maravilloso e f e c t o la p r e s e n c i a
v Me d e r r o c ó t u d e s p i a d a d o e n c o n o ,
De u n s é r h u m a n o e n l o s s e n t i d o s o b r a
« R o b á n d o m e el h o n o r ; p u e s si e s s e g u r o
De Angélica, que no lo reconoce.
« Que ileso e x i s t e y puro, Calmada, p u e s , un tanto su zozobra,
« Es seguro también que expuesto queda « De m i s u e r t e i n f e l i c e ,
« A las s o s p e c h a s , q u e a l g ú n tanto f u n d a « Oh p a d r e , c o m p a d é c e t e , » le d i c e ,
« Mí v i d a i n c i e r t a , e r r a n t e y v a g a b u n d a . Y, e n t r e s o l l o z o s m i l , s u c u i t a g r a v e
« Y, p e r d i d o e l h o n o r , ¿ q u é e s l o q u e resta
R e f i e r e á aquel q u e c u a n t o pasa sabe. De c u y o s m o r a d o r e s
Con d e v o t a s palabras el anciano Perecieron los m a s á l o s furores
De la grey e s p a n t o s a d e P r o t e o .
S u pena amarga á mitigar e m p i e z a ;
Cuentan, ciertas ó n o , viejas h i s t o r i a s ,
P e r o , bien p r e s t o , c o n aleve m a n o
Que aquel solio ocupaba
De s u faz y s u s e n o la pureza
Un p o d e r o s o r e y . J o v e n y bella
Osa tocar, y , c o n i n m u n d o l a b i o ,
Hija t e n i a , por la cual Proteo
A la belleza y al a m o r agravio
Dentro del agua e n c i é n d e s e e n d e s e o ,
S e preparaba á h a c e r , c u a n d o animosa
Y á la orilla del mar s o l o con ella
La v i r g e n l e r e c h a z a ,
Encontrándose u n d í a ,
Su faz t i ñ e n d o d e carmin y rosa.
De su audacia y s u amor l e da tal prueba
S a c a n d o e n t o n c e u n frasco del bolsillo
Que e n s u s entrañas la infeliz la lleva.
El v i e j o a t r o z , del liquido q u e encierra
Del inflexible p a d r e f u é t r e m e n d o
Con u n a gota apaga t o d o el brillo
El e n o j o al saber a q u e s t a n u e v a ,
De l o s m a s b e l l o s o j o s d e la tierra.
Y razones y e x c u s a s d e s o y e n d o ,
R e n d i d a por el s u e ñ o m a s p r o f u n d o
Mandó q u e , c o n el párvulo i n o c e n t e ,
Angélica los c i e r r a ,
Pereciera la m a d r e d e l i n c u e n t e .
Y e n poder q u e d a así del viejo i n m u n d o .
En s u furia v i o l e n t a ,
E n t o n c e s sí q u e s u s virgíneas gracias,
Al escuchar tan bárbara v e n g a n z a ,
C o n torpe m a n o y c o n m a s torpe b o c a ,
Proteo del g a n a d o q u e apacien'a
I m p u n e m e n t e él toca.
Los m o n s t r u o s t o d o s á la orilla l a n z a ,
S o l o c o n ella al v e r s e e n u n d e s i e r t o ,
Que l o s c a m p o s d e s t r u y e n ,
Su horrendo crimen consumar medita:
Los r e b a ñ o s , las casas y l o s p u e b l o s ,
Mas e n s u s v e n a s m u e r t o
De d o aterrados los v i v i e n t e s h u y e n ;
El f u e g o e s t á q u e su ansia n e c e s i t a :
Y á las fuertes c i u d a d e s muralladas
Y, cual rocin q u e , tras p e n o s a m a r c h a ,
Y por h o m b r e s sin c u e n t o custodiadas
S i n t i e n d o ora el t a l ó n , ora la r i e n d a ,
P o n e n estrecho asedio.
Quiere alzar la c a b e z a
Consultado el o r á c u l o , r e s p o n d e
Y el p a s o acelerar, débil tropieza
Que el m e d i o , el s o l o m e d i o
Y al s u e l o arrastra s u inflexible d u e ñ o ;
De aplacar tanta cólera seria
E n yano a s í , por s u ansia c o n s u m i d o ,
Presentar en la playa cada dia
Vino á tierra el h i p ó c r i t a , r e n d i d o
Al irritado dios u n a d o n c e l l a ,
De c a n s a n c i o , d e c ó l e r a y d e s u e ñ o .
Hasta q u e , una tan bella
P e r o , bien q u e d e Angélica no acabe
Cual la q u e fué sacrificada, hallando,
Aquí la cuita g r a v e , Sáciase e n ella s u f u r o r infando.
Del ¡Norte y del Ocaso
Triste es allí d e la beldad la s u e r t e
L o s apartados t é r m i n o s traspaso.
Desde que e x i s t e usanza tan s a n g r i e n t a ,
Hay m a s allá d e la r e m o t a Irlanda
Pues del m o n s t r u o la saña no c o n t e n t a ,
Una tierra n e f a n d a ,
A cuantas bellas v e da c r u d a m u e r t e , ' Al mísero A g r i c a n o ,
O , al v o l v e r s e á la m a r , á u n a orea impía Con media Escitia, á perecer c o n d u j o ?
De devorarlas la m i s i ó n c o n f i a . La gran beldad q u e fué por Sacripante
No p o d r é y o afirmar s i d e P r o t e o A su honor y á s u i m p e r i o p r e f e r i d a ,
E s v e r d a d e r a ó n o t o d a e s t a historia; La q u e e m p a ñ ó del paladín d e A n g l a n t e
Lo q u e e s c o s a n o t o r i a La fama e s c l a r e c i d a ,
E s q u e la l e y e x i s t e . T r i s t e c o s a Y por q u i e n vió Levante
El ser mujer e s ya p o r d o n d e q u i e r a ; Su g e n t e toda inquieta y c o n m o v i d a ,
Allí, n o s o l o e s t r i s t e , e s espantosa. Sola, afligida, hoy yace en suelo extraño,
¡ Guay d e la dama á q u i e n fortuna liera En l o s brazos del pérfido e r m i t a ñ o .
Tal v e z c o n d u c e á a q u e l paraje i n f a u s t o , A la b a r c a , do g i m e
D o n d e e s gran b i e n h a l l a r u n a extranjera Harta i n d e f e n s a d a m a , á q u i e n o p r i m e
Que ofrecer á Proteo e n h o l o c a u s t o . Dolo i g u a l , c o n d ü c e n l o c o n ella,
De m u j e r e s e x h a u s t o Y á la c u m b r e del mástil levantada
E m p e z á n d o l o á ver s u s h a b i t a n t e s , La lona ven al despertar q u e , hinchada
En bajeles sin n ú m e r o á distantes Por recio v i e n t o , los i m p e l e á tierra.
Playas c o r r i e n d o sin c e s a r , c o n d u c e n Allí, dentro d e u n f u e r t e
Doncellas mil q u e ya p o r fuerza r o b a n , La fiera g e n t e á la doncella e n c i e r r a ,
Va c o n el o r o ó la ficción s e d u c e n , Hasta el fatal instante d e su m u e r t e ;
D o n c e l l a s m i l d e t o d a s las n a c i o n e s Mas, f u é tanto el p o d e r d e su h e r m o s u r a
Que d e la ínsula p u e b l a n las prisiones. Aun s o b r e aquellos p e c h o s i n h u m a n o s , *
" De e s t o s viles c o r s a r i o s Que entregarla al suplicio difirieron
Una barca pasando a c a s o u n día Miéntras hallar p u d i e r o n
N o léjos d e l o s sitios s o l i t a r i o s Otras doncellas q u e e x p o n e r al m o n s t r u o ,
D o n d e , e n los b r a z o s d e l astuto v i e j o , Y el pueblo t o d o vió c o n s e n t i m i e n t o
La desgraciada A n g é l i c a d o r m í a , Llegar por fin el critico m o m e n t o .
En busca d e agua f r e s c a y d e m a d e r a , ¿ Q u i é n , quién p u e d e decir cuanto s u s p i r o
D e s c i e n d e á la ribera Cuanta queja la dama al cielo m a n d a ?
La c h u s m a q u e r i g i é n d o l a v e n i a . Yo por mi no m e a d m i r o
¡ Oh b e l d a d s o b e r a n a ! Si c o n su a c e n t o ablanda
¡ Joya mil v e c e s d e m a s i a d o h e r m o s a La r o c a , á q u e s u j e t a ,
Para g e n t e tan b á r b a r a y v i l l a n a ! El fin c o n t e m p l a d e s u s u e r t e infanda.
¡ O h fortuna cruel y r i g u r o s a ! Mas el dolor m e fuerza
i Quién pensará q u e e n la existencia h u m a n a A q u e l o s o j o s tuerza
Influjo tanto t e n g a s , q u e alimento Hácia otra parte. S o s e g a d o u n tanto,
Hagas d e u n ser c r u e n t o Mas tarde acaso e m p r e n d e r é mi c a n t o ;
A la beldad c u y o c e l e s t e i n f l u j o , Canto q u e acaso á c o m p a s i o n moviera
D e s d e el suelo del C a u c a s o al i n d i a n o , A la m a s cruda fiera
CANTO VIII. 123

Q u e d e la Libia e n l a s a r e n a s b r a m a . « Haya y o , n e c i o y l o c o , r e n u n c i a d o
¡ O h , si llegar d e s u a n g u s t i a d a d a m a « A vivir á tu l a d o n o c h e y d i a ?
Pudiera el e c o h a s t a el s e ñ o r d e A n g l a n t e I « ¡ A h ! ¿ p o r q u é , al v e r t e al d u q u e a b a n d o n a d a ,
¡ O h , si s a b e r R e i n a l d o y S a c r i p a n t e « De s u p o d e r 110 t e a r r a n c ó m i e s p a d a ?
P u d i e s e n d e s u A n g é l i c a la p e n a ! « Guardado al m é n o s e n Paris t e habría
Por r o m p e r s u c a d e n a « O con buena custodia e n algún f u e r t e ;
Acorrieran v e l o c e s , ¡ m a s e n v a n o ! « Q u e lo q u e m a s a f l i g e el a l m a m i a
Q u e d e s u p r e n d a cara « Es v e r á q u i e n s e e n c o m e n d ó t u s u e r t e .
Una i n m e n s a d i s t a n c i a l o s separa. « ¿ Q u i é n d e f e n d e r t e , q u i é n cual y o p o d r í a ,
E l cerco de P a r i s , en tanto, hacia « Cual y o q u e h a c e r l o d e b o h a s t a la m u e r t e ?
Con g r a n t e s ó n el hijo d e T r o v a n o , « ¡ O h mi v i d a , m i b i e n ! T o d o m e d i c e
L l e g a n d o á tal e x t r e m i d a d u n dia « Que debí, pude hacerlo y n o lo h i c e .
Q u e s u c u m b i r b a j o el p o d e r del Moro « ¿ D ó n d e sin m í , tan j o v e n , t a n h e r m o s a
Creyó v e r Carlos á las leyes de oro. « Diriges h o y el v a c i l a n t e p a s o ,
En t r a n c e t a n e x t r e m o « Cual corderilla q u e e n la s e l v a u m b r o s a ,
Al c i e l o el r e y s u s s ú p l i c a s d i r i g e , « Del h a t o d u l c e s e p a r a d a a c a s o ,
Y, a p i a d a d o d e l r i e s g o q u e l e a f l i g e , « Mientras c o n v o z c u i t a d a y l a s t i m o s a
El H a c e d o r s u p r e m o « A n u n c i a al m a y o r a l s u a c e r b o c a s o ,
C o n a b u n d a n t e lluvia el f u e g o a p a g a « P o r el l o b o v o r a z tan s o l o o i d a ,
Q u e h a c e r s e d u e ñ o de Paris a m a g a . « P i e r d e á s u s g a r r a s la i n d e f e n s a v i d a ?
E n la callada n o c h e , el triste Orlando « ¿ D o e s t á s , mi b i e n y m i e s p e r a n z a , a g o r a ?
V u e l v e y r e v u e l v e la p e n o s a idea « Tal v e z , p o r e s a s s e l v a s c a m i n a n d o ,
Q u e , e n s u a l m a s i e m p r e lija « De h a m b r i e n t o l o b o ó d e o n z a r o b a d o r a
Y siempre en incesante movimiento, « Victima f u i s t e , l é j o s d e t u Orlando.
Cual el r a y o d e l s o l q u e d e onda c l a r a , « De tu b e l d a d la flor e n c a n t a d o r a
Do s i e m p r e b u l l e , n u n c a s e s e p a r a , « Y otra m a s bella a u n , q u e c o n s e r v a n d o
No da u n solo m o m e n t o « Fui s i e m p r e e n tí c o n l a r g o a f a n , sin d u d a
De t r e g u a á s u a g i t a d o p e n s a m i e n t o . « C e d i e r o n d e o t r o á la v i o l e n c i a c r u d a .
En n u e v o s y mas férvidos deseos « ¡Oh sin v e n t u r a , o h m i s e r o ! ¿ q u é e s p e r o
S u c o r a z o n á c a d a i n s t a n t e inflama « Para m o r i r , p e r d i d a y a e s t a j o y a ?
La i m a g e n d e la d a m a « ¡ E t e r n o D i o s ! de mi s u p l i c i o fiero
Cuya huella perdió junto á Burdeos « Tu Majestad l o s e c o s n o d e s o y a ,
D e s d e e l d i a fatal d e la c o n t i e n d a « Q u e d e mi v i d a y mi a l m a d e s e s p e r o
En q u e e l B á v a r o d u q u e h u y ó s u tienda. « Si á mi flaqueza tu p o d e r n o a p o y a . »
Grave p e s a r e n s u á n i m o a n g u s t i a d o Así llanto y s u s p i r o s e x h a l a n d o
Este triste recuerdo producía. E n t r e sí d i c e el infeliz O r l a n d o .
« ¿ E s p o s i b l e , d e c i a , que tu agrado Mientras q u e , p o r d o q u i e r a , l o s m o r t a l e s
« D e s p u e s d e conseguir, ¡ o h vida m í a ! R e p o s o dan á s u s c a n s a d o s m i e m b r o s ,
« Para s i e m p r e , infelice ,
Cual sobre m u e l l e p l u m a ,
« Renuncia á verla. » En e s t o s e despierta
Cual e n t r e m u s g o , peñas ó z a r z a l e s ,
De lágrimas s u faz halla c u b i e r t a ;
Orlando s o l o , c u y o p e c h o b r u m a
Y, sin pensar cuan falsas son del s u e ñ o
Grave d o l o r , el párpado no cierra ,
Las i m á g e n e s v a g a s , s o b r e t o d o
O, si tal v e z l o cierra a l g ú n m o m e n t o ,
Cuando l a s forja u n insensato e m p e ñ o ,
S u e ñ o s fatales d o b l a n su t o r m e n t o .
El r i e s g o v e d e Angélica 5 del l e c h o
Figurábase el h é r o e trasportado
Lánzase h e n c h i d o d e furor el p e c h o ,
A un verjel delicioso,
Su espada t o m a , c i ñ e su l o r i g a ,
De las m a s bellas llores e s m a l t a d o , Sobre el r o b u s t o Rridadoro m o n t a ,
Y allí mirar el alabastro h e r m o s o Y s u c a m i n o á c o m e n z a r s e apronta
Que a m o r linó d e p ú r p u r a , y la viva Sin e s c u d e r o q u e s u s pasos siga.
L u m b r e q u e tanto corazon cautiva;
Y por p o d e r , sin m e n g u a d e su l u s t r e ,
De la tez hablo y d e l o s b e l l o s ojos
Arrostrar t o d o g é n e r o d e e m p r e s a s ,
Que al paladín d e Anglante dan e n o j o s .
Tomar n o q u i e r e la divisa ilustre
" Llénase a q u e s t e del m a y o r c o n t e n t o
De c u a r t e l e s d e plata y amarillos.
Que v e n t u r o s o a m a n t e sintió n u n c a •,
Quizá también p o r q u e d e su alma triste
M a s , a l z á n d o s e e n e s t o airado v i e n t o ,
Cuadre m e j o r c o n el p r o f u n d o l u t o .
Las llores aja y l o s arbustos trunca. Una armadura t o d a n e g r a v i s t e ,
N o f o r m a n m a s h o r r í s o n o concierto Que fué n o ha m u c h o s a ñ o s d e A m o s t a n o ,
L u c h a n d o , e l N o t o , el Austro y el L e v a n t e , A quien dió m u e r t e c o n su propia m a n o .
C o m o el q u e o y e el d e A n g l a n t e ,
Así, sin d e s p e d i r s e d e su t i o ,
Que e n v a n o d o á cubierto
Ni d e s u fiel a m i g o B r a n d i m a r t e ,
P o n e r s e b u s c a por aquel desierto.
De larga n o c h e bajo el manto u m b r í o ,
La d a m a e n t a n t o , sin saber por d o n d e ,
Sin ser por n a d i e d e s c u b i e r t o , parte.
En l o s o s c u r o s aires d e s p a r e c e 5
De la f u g a d e Orlando c o n d i s g u s t a
Y, b u s c á n d o l a , e l c o n d e
El sabio Cárlos e s c u c h ó la n u e v a ,
P o r s e l v a s y por c a m p o s va c o r r i e n d o ,
Que de su brazo i n t r é p i d o y r o b u s t o
E x c l a m a n d o : « ¡ I n f e l i z ! ¿ quién mi ventura Hoy m a s q u e n u n c a ha m e n e s t e r la p r u e b a ;
« En p e n a cambia y e n martirio h o r r e n d o ? » Y, del h o n o r d e s u s o b r i n o en m e n g u a ,
Calla l u e g o un i n s t a n t e , y s e figura Mas de una v e z s e desató su l e n g u a ,
E s c u c h a r el a c e n t o d e su dama Añadiendo que eterno
Q u e s u favor reclama. De esta f u g a c a s t i g o sufriría
A d o n d e o y e la v o z , lijero a c u d e , Si á s u p r e s e n c i a al p u n t o n o volvía.
A n s i o s o mira al uno y otro lado -,
B r a n d i m a r t e , q u e al c o n d e
Mas s e acrecienta su pesar n o v i e n d o
ü n cariño sin límites p r o f e s a ,
A n a d i e en d e r r e d o r , y s e redobla
Ya q u e d e hacerle abandonar su e m p r e s a
Y centuplica, oyendo
Abrigue la e s p e r a n z a ,
Otra v o z q u e le dice :

/
Ya que escuchar m a s t i e m p o le r e p u g n e
El vituperio que á su a m i g o alcanza,
En busca suva aquella n o c h e v u e l a ,
Y por temor d e que tal v e z lo i m p u g n e ,
Su noble plan ni á Flordelis revela.
Es esta una d o n c e l l a , á su alma c a r a ,
Modelo d e prudencia
De g r a c i a y de beldad. Sin s u Ucencia
De ella jamás su a m a n t e s e s e p a r a ,
Y si intentarlo h o y o s a
Es q u e v o l v e r espera á s u presencia
Antes q u e de su esposa
Torne el sol á los b r a z o s ; m a s en vano
Le aguarda Flordelis. U n m e s se pasa-,
Brandimarte no v u e l v e ,
E impelida del f u e g o e n q u e se abrasa
A partir también ella s e r e s u e l v e ,
Y varios climas en su b u s c a corre.
Mas d e j o á F l o r d e l i s , dejo a su a m a n t e ,
Q u e m e reclama el p a l a d i n d e Anglante
Del fuerte Almonte las gloriosas armas
A b a n d o n a n d o , llégase á E s puertas
Y, e n b a j a v o z , al j e f e q u e las guarda
S Í nombre dice. Al pronunciarlo abiertas
V e l a s , el héroe e n traspasar n o ai da

El p u e f t e , q u e tras él s e baja al p u n t o ,
Y e n emprender la v i a
Que recta al c a m p o del contrario guia.
Lo q u e alli le s u c e d e
E n el p r ó x i m o c a n t o v e r s e p u e d e .
>

CANTO IX.
° r i m e r a s y e x t r a o r d i n a r i a s p r o e z a s de O r l a n d o . — Principia la
n a r r a c i ó n de los infortunios de O l i m p i a . — H a z a ñ a s d e l h é r o e
en Holanda. — Da m u e r t e á C i m o s c o y libertad á B i r e n o . —
A p o d é r a s e del a r m a e n c a n t a d a d e l r e y frison y la a r r o j a al
m a r . — Ficción del poeta s o b r e el d e s c u b r i m i e n t o de la
pólvora.

¿Qué, q u é n o h á r a s , A m o r , de aquel q u e triste


El cuello rinde á tu c o y u n d a i m p í a ,
Cuando olvidar al c o n d e Orlando hiciste
La s u m i s i ó n que á s u s e ñ o r d e b i a ?
El q u e , c u e r d o y z e l o s o , hasta aquel dia
La santa Iglesia d e f e n d i ó , lanzado
Hoy vive e n el a b i s m o
De su pasión f r e n é t i c a , o l v i d a d o
De su r e y , d e su Dios y d e sí m i s m o .
Y o , sin e m b a r g o , e x c u s ó l e g u s t o s o
Y m e h u e l g o de hallar tal c o m p a ñ e r o ;
Q u e , si en seguir el bien s o y p e r e z o s o ,
Del mal tal v e z m e lanzo e n el s e n d e r o .
En el silencio d é l a n o c h e , el c o n d e ,
S o l o , cual d i j e , parte y l l e g a a d o n d e ,
En tiendas d e c a m p a ñ a ,
Están las g e n t e s d e África y d e España.
¿Qué d i g o e n tiendas? Lluvia espesa y fría
Por aquí y por allí los esparcía.
De l o s u n o s los otros n o d i s t a n t e s ,
En grupos de ocho y doce y quince y v e i n t e ,
Bajo u n techo ó un árbol a b r i g a d o s ,
Orlando en el campo de los Sarracenos. (T. 1, p. 127.) T r e g u a s dan á sus m i e m b r o s fatigados.

U n o , e n tierra t e n d i d o ,
Otro, a p o y a d o sobre e l b r a z o , d u e r m e
A la m e r c e d del príncipe a g u e r r i d o ;
Mas d e herir al q u e i n e r m e
Dormido y a c e el paladín s e corre.
C i e g o , b u s c a n d o la adorada h u e l l a ,
Ve q u e por s e ñ a s llámale. A la orilla
L o s p a b e l l o n e s árabes recorre.
N o d e j a , e m p e r o , q u e su barca t o q u e ,
Si d e s p i e r t o á alguien v e , d e la d o n c e l l a
* Por t e m o r d e q u e e n e l l a ,
El a d e m a n y el traje le describe-,
Mal d e s u g r a d o , el h é r o e s e coloque.
N u e v a s a n s i o s o le pregunta d e l l a ,
A esta doncella el c o n d e
Y e l c a m i n o le r u e g a q u e le diga
Ruega q u e á la otra m á r g e n le c o n d u z c a ,
Que , para hallarla, e s m e n e s t e r q u e siga.
Y á s u s súplicas ella así r e s p o n d e :
Ceñido el p e c h o d e armadura m o r a ,
« Oh c a b a l l e r o , o h tú quienquier q u e s e a s ,
Y e n la l e n g u a del África v e r s a d o
« Si e n esta barca el pié poner d e s e a s ,
De tal m o d o q u e , o y é n d o l e , cualquiera
« Tu palabra h a s d e dar q u e á n t e s de u n m e s
En Trípoli nacido le c r e y e r a ,
« A unirte irás á la soberbia ilota,
Busca B o l d a n á aquella á q u i e n a d o r a ,
« A c u y a f r e n t e una ínsula r e m o t a
Sin t e m e r q u e e n las t i e n d a s e n e m i g a s
« Piensa e m b e s t i r el príncipe irlandés.
Le v e n g a á sorprender la n u e v a aurora.
« Al n o r t e e x i s t e d e la mar d e Irlanda
Tres n o c h e s y tres dias s e d e t i e n e « Esta tierra fatal llamada Ebuda.
Allí c o n e s t e objeto -, y , s u impaciencia « Legislación i n f a n d a
Viendo q u e al fin satisfacer n o o b t i e n e , « A sus rapaces moradores manda
La Gascuña r e c o r r e , la P r o v e n c i a , « Los m a r e s r e c o r r e r y hacer cautivas
D e s d e A u v e r n i a dirígese á Bretaña « Cuantas p u e d a n hallar j ó v e n e s bellas.
Y del p i c a r d o t é r m i n o al d e España. « Su objeto es e x p o n e l l a s
R e i n a b a la estación e n q u e abandona « Al r e n c o r d e u n a fiera destructora
T o d o á r b o l su odorífero r o p a j e , « Que u n a p o r dia sin piedad devora.
Y e n q u e las a v e s d e gentil p l u m a j e " Si la v o z del h o n o r , si la v o z m i a ,
Juntas s e v a n á m a s t e m p l a d a z o n a , (( Despiertan tu v a l o r y c o r t e s í a ,
Cuando e m p r e n d i ó el d e Anglante su carrera « Gracias rinde á la s u e r t e q u e benigna
Sin q n e ni la canícula ni el frió « Para tan alta e m p r e s a te d e s i g n a . »
Un s o l o i n s t a n t e d e m o r a r le hiciera. D i c e ; y n o p u e d e el ínclito g u e r r e r o
A la m á r g e n d e u n rio Acabar d e e s c u c h a r . Ser el p r i m e r o
Q u e , al B r e t ó n d i v i d i e n d o del N o r m a n d o , A a c o m e t e r tan alta e m p r e s a j u r a ,
Hácia el v e c i n o m a r , m a n s o , se m u e v e , Que á s u Angélica y a v e r s e figura
Llega e l g u e r r e r o e n o c a s i o n q u e , h e n c h i d o En p o d e r d e aquel p u e b l o audaz y fiero,
Con g r u e s a m a s a d e fundida n i e v e , Y c r e c e s u t e m o r c u a n d o medita
De su c a u c e ha s a l i d o , Q u e , c o n inútil c u i t a ,
Y e n s u furor el p u e n t e ha destruido. Buscándola corrió y a el orbe e n t e r o .
Miéntras corriendo d e u n o hácia o t r o lado De tal m o d o le agita
Un p u e n t e busca el paladín ó u n v a d o , Esta s o s p e c h a , q u e s u s planes m u d a
R i g i e n d o una barquilla Y l e d e c i d e á e n c a m i n a r s e á Ebuda.
Y s e n t a d a en su p o p a , á una d o n c e l l a A la tarde s i g u i e n t e
Llega á San Malo. E m b á r c a s e , y la vela
Al v i e n t o d e s p l e g a n d o , diligente
Deja á s u espalda San Miguel y v u e l a
por la alta mar. A s u siniestra m a n o
Quedan Breaco y Landriller. La quilla
S i g u i e n d o siempre el litoral b n t a n o ,
Llega á la blanca arcilla ««„«-nía
Que e l n o m b r e dio d e Albion a a q u e l l a orilla.
Mas el v i e n t o , q u e s o l o
Hasta e n t o n c e s s o p l ó por m e d i o d í a ,
S o p l a n d o e n t r e p o n i e n t e y e n t r e el p o l o ,
Les h a c e desandar e n s o l o u n día
El c a m i n o d e c u a t r o . De congoja
Y d e e s p a n t o c u b i e r t o , al marinero
Manda el patrón q u e , sin tardar recoja
Las v e l a s t o d a s y q u e e s f u e r z o s haga
Por contrastar del mar la furia aciaga.
Al c u a r t o dia e n fin el v i e n t o c e d e ,
Y entrar la n a v e p u e d e
En el s o b e r b i o rio q u e d e s a t a ,
Al pié d e A m b é r e s , su raudal de plata.
En el bajel la maltratada g e n t e
Corta d e l rio la v e l o z c o r r i e n t e ,
Cuando e n la o r i l l a , h a c i a la diestra m a n o ,
S e deja v e r u n v e n e r a b l e anciano
Q u e . al h é r o e saludando cual á u n h i j o ,
De e s t a m a n e r a e n v o z c o r t e s le dijo :
« En n o m b r e d e u n a bella
« Cuanto afligida dama te suplico
« Q u e , s i g u i e n d o mi h u e l l a ,
« A propouer un medio
« V e n g a s d e dar á s u dolor r e m e d i o .
« Hasta t u n a v e á v e r t e
« Ella m i s m a v e n d r á , si asi t e agrada;
« ¡ Mas a h ! s u infausta suerte
« NO e n c u e n t r e tu alma a l a piedad c e n a d a .
„ Otorga á la v o z mía
« Lo q u e n a d i e ha n e g a d o hasta e s t a día.
A tierra s a l t a , o y é n d o l e , el g u e r r e r o ,
Y, lleno d e b o n d a d y c o r t e s í a ,
S i g u e al a n c i a n o , q u e s u s p a s o s guia.
De u n alcázar asi llega á la entrada.
S u escalera s u b i e n d o , e n lo alto della
Una h e r m o s a doncella
Mira, e n d o l o r p r o f u n d o sepultada.
Paño enlutado e s c o n d e
Los m u r o s , y l o s t e c h o s , y los m u e b l e s
De las salas y cámaras, e n d o n d e ,
La bella dama i n t r o d u c i e n d o al c o n d e
Y haciéndole sentar, d e e s t a m a n e r a
Le habló c o n v o z turbada y lastimera :
« Ante tus o j o s t i e n e s ,
« Noble s e ñ o r , del c o n d e d e la Holanda
« A la hija m a l h a d a d a , á la q u e un d i a ,
« Bien cual si f u e s e s u ú n i c a h e r e d e r a ,
« De u n p a d r e a m a n t e f u e r a
« La g l o r i a , la e s p e r a n z a y la alegría.
« Feliz e n e s t e e s t a d o y o vivia
« C u a n d o , por c a s o , v i n o á vuestra corte
« El d u q u e d e Zelandia, q u e á Vizcaya
« A combatir contra l o s m o r o s iba.
« Su presencia m a r c i a l , s u n o b l e p o r t e ,
« Su j u v e n t u d mi c o r a z o n c a u t i v a ,
« Y al mirar el a m o r q u e m e p r o f e s a ,
« En el s u y o mi afecto s e interesa.
« Cuarenta d i a s , q u e c u a l u n m o m e n t o
« Trascurrieron v e l o c e s ,
« A n u e s t r o lado lo d e t u v o el v i e n t o ,
« Contrario á l o s d e m á s , á mí propicio.
» Antes d e s u partida v e c e s c i e n t o
« Nos v i m o s , n o s h a b l a m o s
« Y recíproco afecto n o s j u r a m o s .
« No b i e n partió mi a m a n t e ,
« El rey frison , d e c u y o r e i n o el m i ó
« Separa s o l o el rio
« Que al mar v e c i n o á s e p u l t a r s e v i e n e ,
« El r e y frison á A r b a n t e , « El broquel y la cota a t r a v e s a n d o ,
« Hijo s u y o , y el ú n i c o q u e t i e n e , « Recta la bala al corazon envia.
« Q u e r i e n d o dar mi m a n o y mi albedrio, « Huye el s e g u n d o al ver s u suerte i m p í a ;
« Para p e d i r m e e n n o m b r e s u y o , a Holanda « Mas la carrera córtale otra bala
« A l o s m a g n a t e s d e s u reino manda. « Q u e , a u n q u e lanzada de m u y largo t r e c h o ,
« Y o , q u e á la f e jurada no podía « Hiere en la espalda y sale p o r el pecho.
« Faltar, y q u e ^ aun p u d i é n d o l o , d e ingrata « Mi padre el c o n d e , e n situación tan triste
« Merecer el dicterio n o q u e r í a , « Marcha al ú n i c o fuerte
« A mi padre declaro q u e la m u e r t e « Que fiel le q u e d a y c o n t e s ó n resiste ,
« Preferiré mil v e c e s á tal suerte. « Por ver si logra conjurar su s u e r t e ;
« Mas mientra á todas partes a f a n a d o ,
« E s t e , q u e s o l o d e agradarme trata,
« Dando s o c o r r o s y ó r d e n e s , a s i s t e ,
« De lo pasado á discurrir n o v u e l v e ,
« La m u e r t e , e n t r e h u m o y p o l v o e n v u e l t a , v i n o
« Y, d e s e o s o d e calmar mi c u i t a ,
« A Poner allí fin á s u destino.
« Las entabladas pláticas disuelve.
« Muertos asi m i s d e u d o s d e s g r a c i a d o s ,
« A tal respuesta d u é l e s e y s e irrita
« Y dueña y o d e t o d o s s u s e s t a d o s ,
« El rey f r i s o n , y á c o m e n z a r s e apresta
« Quedo e x p u e s t a al furor y á la codicia
« La lid q u e t a n t o á mi familia cuesta -,
« Del rey frison, q u e mi ínsula a p e t e c e ,
« P u e s , a d e m a s d e q u e h o y difícilmente
« Y q u e la paz m e o f r e c e
« F u e r z a igual á la suya s e e n c o n t r a r a , « S i , q u e r i e n d o lo q u e antes n o h e q u e r i d o ,
« Y q u e à su astucia rara « Acepto á su hijo Arbante por marido.
« No h a y poder ni ardimiento q u e r e s i s t a ,
« Consigo lleva siempre u n arma r a r a , « Estimulada y o por el e x c e s o
« Del o d i o q u e p r o f e s o
« P o r m o d e r n o s ni a n t i g u o s jamas vista.
« A aquel d e q u i e n fui víctima i n f e l i c e ,
« De h u e c o hierro y d e d o s brazas larga
« Y la p r o m e s a al recordar q u e hice
« Es e s t a arma f a t a l , q u e el rey malvado
« Al d u q u e d e guardar mi fe y mi m a n o
« C o n u n o s p o l v o s y u n a bala carga.
« Hasta su vuelta del confín h i s p a n o ,
« En s u e x t r e m o inferior hay h o r a d a d o
« En v e z del mal q u e s u f r o , preparada
Un agujero , perceptible a p e n a ,
« E s t o y , r e s p o n d o , al m a s cruel t o r m e n t o ;
« Do t o c a n d o la chispa sutilmente ,
« Viva m e a b r a s e n , q u e se esparza al v i e n t o
« Cual tocar s u e l e el m e d i c o u n a v e n a ,
« Mi c e n i z a , e n b u e n h o r a ; m a s n o digan
« Lanza del s e n o a r d i e n t e , « Que á ser e s p o s a del frison c o n s i e n t o .
« Con furia horrenda y c o n fragor, la b a l a ,
« Mi g e n t e , e m p e r o , c o n s t e r n a d a y triste
« Q u e , cual rayo v o r a z , retumba y t r u e n a ,
« A disuadirme d e este intento a s p i r a ,
« Y d e r r i b a , d e s t r o z a , incendia y tala.
« En q u e el o r i g e n d e s u ruina mira:
« Dos v e c e s e n derrota
« Y, v i e n d o e n fin q u e vano es t o d o el tacto
« Con e s t e ardid á nuestras g e n t e s p u s o ,
« Con que ora e x i g e , ora a m e n a z a ó r u e g a ,
« Muerte fatal á mis h e r m a n o s dando.
« Ligándose á Cimosco por un p a c t o ,
« Del u n o , s e g ú n u s o .
« Contra mi caro a m a n t e
« Con mi persona m i c i u d a d le e n t r e g a ,
« Al frente marcha d e terrible flota;
a V u e l v e el r e y á s u e m p e ñ o y m e conjura
« E n c u é n t r a l o , y le ataca y le derrota
« Que d é mi m a n o á A r b a n t e , y v i d a , y b i e n e s
« Mientra, ignorando cuanto allí pasaba,
« Y trono c o n s e r v a r m e m e a s e g u r a .
« Mi fe y mi m a n o al príncipe y o daba.
« En e s t a s i t u a c i ó n , p i e n s o d e n u e v o ,
« Oculto, e m p e r o , un s e r v i d o r c e l o s o
« P r i m e r o q u e c e d e r , p e r d e r la v i d a ;
« Detras d e las cortinas y o t e n i a ,
« Mas n o , morir n o d e b o
« El cual, v i e n d o á mi e s p o s o ,
« Sin v e n g a r tanta afrenta recibida-,
« Que á coronar s u afán venir c r e í a ,
« Y, e n m e d i o á mi s u p l i c i o ,
« Con v i g o r o s o brazo
« Llamando á mi s o c o r r o al artificio,
« El hacha a l z a n d o , á tierra l e d e r r i b a ,
« Finjo olvidar mi obstinación primera
« C o m o derriba al buey r o b u s t o m a z o .
« Y al rey pido p e r d ó n y s e r su n u e r a .
« Sobre el e n t o n c e s y o m e p r e c i p i t o ,
« L u e g o , d e e n t r e los v a r i o s q u e al servicio
« Y d e s u s h o m b r o s la cabeza quito
« De mi padre infeliz u n t i e m p o f u e r o n ,
« Al hijo del malvado
« Escogí d o s h e r m a n o s
« Que d e paz y d e dicha m e ha p r i v a d o ,
« Llenos d e p r o b i d a d , d e i n g e n i o y j u i c i o .
« Y cuya saña y ambición proterva
« E n la c o r t e d e Holanda, y á m i l a d o ,
« A c a s o , acaso á m u e r t e m e reserva.
« Uno y o t r o e d u c a d o
« Presto, y t e m i e n d o q u e d e tal s u c e s o
« La vida dieran por salvarme. Cuales
« La n u e v a c u n d a , e n t r e m i s joyas t o m o
« Mis planes s o n l e s d i g o ,
« Las d e m a y o r valor y m e n o r p e s o ;
« Que e l l o s m e juran auxiliar. C o n m i g o
« AI mar por una escala m e d e s p l o m o ,
« Queda el u n o e n H o l a n d a , mientra á Flándes
« Y hasta la barca q u e d e F l á n d e s trajo
« El otro parte por fletar u n b u q u e -,
« El un h e r m a n o , c o n el o t r o bajo.
« Y, e n tanto q u e á f r i s o n e s y á e x t r a n j e r o s
« La vela al v i e n t o e n t o n c e , al a g u a el r e m o
K A asistir á mi boda s e i n v i t a b a ,
« E n c o m i e n d o , y mi s u e r t e al Ser s u p r e m o .
« Llegó la nueva q u e mi c a r o d u q u e ,
« Triunfante, ufano, en medio de su g e n t e ,
« Por acudir á la d e f e n s a m i a ,
« Con su rival cautivo
« Una flota e n Vizcaya prevenia.
« Retornaba el frison al sol s i g u i e n t e
« P u e s , n o bien s u p e el h a d o d e l primero
« C u a n d o , á tierra s a l t a n d o , e n v e z d e fiesta
« H e r m a n o m i ó e n la fatal d e m a n d a , .
« Y pompa y regocijo,
« A España u n m e n s a j e r o
« El cadáver s a n g r i e n t o v e del hijo.
« D e s p a c h é presto c o n la n u e v a i n f a n d a ;
« A su v i s t a , n o sé cual f u é m a s f u e r t e ,
« Mas m i e n t r a el d u q u e v i e n e y s e apercibe,
« Su p e n a ó s u f u r o r ; m a s , c o m o advierte
« Señor d e toda Holanda
« Que d e la t u m b a , al q u e u n a v e z d e s c i e n d e ,
« Hizo al frison su audacia y s u codicia.
« A m a r g o llanto á recabar n o a l c a n z a ,
« Así p u e s , n o b i e n llega á s u noticia
« Miéntras la llama q u e el furor e n c i e n d e
« Nuestro plan, d é l a boda
« P u e d e calmar un tanto la v e n g a n z a ,
« T o d o e l quehacer e n c o m e n d a n d o á Arbante,
H

« Olvida el rey s u angustia 4


« Y á la v e n g a n z a manda q u e i n v e s t i g u e
« C o m o m e p r e n d a y c o m o m e castigue.
« ü e s p u e s , á c u a n t o s o y e , piensa ó sabe
« Que mis a m i g o s s o n ó l o s d e aquellos
« Que en aquel caso g r a v e
« Me prestaron a p o y o , d e sus b i e n e s
« D e s p o j a , p r e n d e , mata á m u c h o s d e l l o s ,
« Y no e n c o n t r a n d o , e n s u furor p r o t e r v o ,
« Castigo m a s acerbo
« Con q u e v e n g a r la recibida o f e n s a ,
« Dar cruda m u e r t e á mi Bireno piensa.
« Presto, e m p e r o , n o t a n d o q u e este m e d i o
« Irreparable d a ñ o ,
« En v e z d e b i e n , ocasionarle p u e d e ,
« Con la existencia el término d e u n año
« A Bireno c o n c e d e
« Para q u e , ya p o r fuerza , por e n g a ñ o ,
« O por t o d o arbitrio ,
« Me ponga e n s u p o d e r , d e tal manera
« Que á Bireno salvar y o n o podia
« Sino dando por él la vida mia.
« Por darle libertad n o hay m e d i o a l g u n o ,
« A excepción de entregarme,
« Que mi pasión n o m e haya s u g e r i d o :
« Seis castillos e n F l á n d e s h e v e n d i d o ,
« Y, e s c a s o ó g r a n d e , t o d o s u p r o v e c h o
« Con e s t e ú n i c o objeto h e c o n s u m i d o - ,
« P a r t e , u s a n d o la astucia ó el c o h e c h o ,
« P a r t e , e n c o n t r a del r e y , c o n larga m a n o ,
« E x c i t a n d o al T u d e s c o y al Britano.
« Las g e n t e s q u e e m p l e é , ya q u e m a l v a d o Zerbin libertado por Orlando. ( T . I, p. .{:«',.}
« F u e s e s u p r o c e d e r , ya f u e s e n e c i o ,
« Con p r o m e s a s hasta h o y me han e n g a ñ a d o
« Y h o y m e miran c o n lástima ó d e s p r e c i o .
« Mas p r ó x i m o ya el dia
« E s t á , p a s a d o el c u a l , poder ni precio
« Habrá q u e b a s t e á mejorar mi s u e r t e ,
« Ni á salvar á mi a m a n t e d e la m u e r t e .
« Mi p a d r e , sus d o s h i j o s , d e s g r a c i a d o s
o F u e r o n por é l , y d e m i s tristes s i e n e s
« Mi corona se h u n d i ó ; p o r él los bienes
« Perdí q u e me q u e d a b a n , d e s t i n a d o s
H
« A contrastar del hado l o s v a i v e n e s ,

•: « Y, p u e s q u e dar mi vida
-« Es el ú n i c o arbitrio q u e m e r e s t a ,
« A morir por su a m o r e s t o y d i s p u e s t a .
« Al p o n e r mi p r o p ó s i t o por obra
« Me arredra, e m p e r o , la fatal z o z o b r a
« De q u e , faltando el rey á su p a l a b r a ,
« En v e z d e una n o m a s , d o s tumbas abra.
« Este t e m o r m e obliga
« A q u e m i s m a l e s diga
« A cuantos paladines
« Llegan d e aquesta tierra á l o s c o n f i n e s .
« Mi objeto e s hallar u n o q u e , c o n m i g o
« Viniendo ante mi pérfido e n e m i g o ,
« Exija q u e á Bireno p o n g a libre
« Cuando el hierro mortal contra mi vibre-,
« Mas tanta hasta h o y ha s i d o mi d e s g r a c i a ,
« Y del rey tan notoria e s la f a l a c i a ,
" Que encontrar n o h e p o d i d o
« Quien m e c o n c e d a la m e r c e d q u e pido.
« T o d o s t e m e n al r e y ; terror d o quiera
« Inspira esa arma atroz q u e d e s p e d a z a
« Cual si fuera d e vidrio u n a c o r o z a .
« Si bajo d e esa h e r c ú l e a faz se e s c o n d e
« La virtud q u e al e s f u e r z o c o r r e s p o n d e ,
« Y si el favor q u e á u n a infeliz s e d e b e
« De tí mi r u e g o á recabar a l c a n z a ,
« Ven c o n m i g o ante el r e y . Su brazo a l e v e
« Ante tu vista sacie s u v e n g a n z a ;
« Mas al m é n o s , s e ñ o r , á n t e s q u e espire
« Libre y s e g u r o á mi amador y o mire. »
Así dió fin la d a m a á s u d i s c u r s o ,
Interrumpido á s u pesar mil v e c e s
Por dar al llanto y l o s suspiros curso. « Dile también q u e en mi p o d e r s e halla
El v a l e r o s o príncipe d e Anglante « La q u e á su j o v e n hijo
Oye su m a l , y d e su caro a m a n t e « La m u e r t e d i ó ; y e n fin dile q u e suya
« Será c o m o e n la liza m e destruya.
N o s o l o quiere libertar la v i d a ,
« Mas su palabra p o r mi parte e x i j o
Sino q u e á v e r á la doncella unida
« Q u e , si v e n c i d o en la batalla él q u e d a ,
Con él y libre en b r e v e se d i s p o n e ,
« P o n i e n d o al d u q u e e n libertad al p u n t o ,
C o m o á s u brazo el Cielo n o a b a n d o n e .
« Partir a d o n d e g u s t e le c o n c e d a . »
A n s i o s o l u e g o por llegar á Ebuda ,
S e e m b a r c a sin tardar. Próspero viento Lleva el s o l d a d o e n b r e v e
La n u e v a al rey, q u e , al e s c u c h a r l a , a l e v e
Hincha la vela y por la mar la guia.
A meditar e m p i e z a c o n q u é trama
Ya d e Zelandia u n a isla d i v i s a n d o ,
Al defensor c a u t i v e y á la dama.
Otra s e deja a t r a s , y al tercer dia
No d u d a n d o , si cierto e s lo q u e e s c u c h a ,
Las h o l a n d e s a s c o s t a s mira Orlando.
Ver satisfecha s u ansia y s u fatiga
En el b u q u e d e j a n d o
C o m o al g u e r r e r o aprisionar c o n s i g a ,
A la h e r m o s a d o n c e l l a , le e n c o m i e n d a
A treinta d e l o s s u y o s un r o d e o
Que á tierra n o descienda
Manda tomar, d e forma q u e , llegando
Miéntras decir n o e s c u c h e q u e castigo En silencio á aquel s i t i o ,
Recibió ya s u bárbaro e n e m i g o . Juntos ataquen p o r detras á Orlando.
Armado, desembarca Con pláticas a l g u n o s l e e n t r e t i e n e n
Y u n alazan p u j a n t e , Miéntras l o s otros á embestirle v i e n e n ,
Nacido e n Dinamarca Y, s u victoria e l r e y c r e y e n d o c i e r t a ,
Y nutrido e n l o s prados d e B r a b a n t e , Con n u e v a g e n t e a c o m e t i ó la p u e r í a .
Junto á la playa ve. Lijero salta
Cual la fiera y el b o s q u e c i ñ e á v e c e s
Sobre él , a n s i o s o d e suplir la falta
Al m i s m o t i e m p o práctico m o n t e r o ,
De B r i d a d o r o , s u corcel gallardo
Cual, d e Volana e n la m a n s i ó n profunda
Que igual n o t i e n e , fuera d e Bavardo.
Las olas y los p e c e s ,
Así llega á D o r d r e c h y custodiada
Con ancha r e d , el pescador c i r c u n d a ,
Su p u e r t a v e p o r g r u e s a h u e s t e a r m a d a , Así el r e y al g u e r r e r o
Ya p o r q u e t o d o m a n d o , y m a s l o s n u e v o s , T o d o s los m e d i o s d e evadirse corta.
Exijan precauciones y cuidado, Vivo tenerle e n s u p o d e r le i m p o r t a ,
Ya p o r q u e ha circulado Cual c u m p l e al c a z a d o r c o n s e r v a r viva
R u m o r de q u e , c o n flota y g e n t e a m i g a , La primer presa q u e e n s u s r e d e s c a e ,
Del d u q u e d e Zelandia u n p r i m o v i e n e Con c u y o canto atrae
A r o m p e r la c a d e n a q u e lo liga. La banda toda q u e d e s p u e s c a u t i v a ,
« V é , » d i c e Orlando á u n g u a r d a , Y tan s e g u r o el r e y lograrlo c r e e ,
« Y al rey tu d u e ñ o di q u e aquí le aguarda Que ni aun r e c u r r e al arma q u e p o s e e .
« Q u i e n , q u e r i e n d o c o n él m e d i r s u a c e r o ,
En ser su p r e s a , e m p e r o , n o c o n s i e n t e
« Hoy le p r o v o c a á singular batalla.
El paladín valiente :
El c e r c o r o m p e c o n la l a n z a e n a l t o ;
Adonde v e m a s g e n t e y m a s d i s p u e s t a ,
Audaz d i r i g e el v i g o r o s o a s a l t o ,
Y cual ensarta t i r a d o r c e r t e r o
Las ranas d e u n e s t a n q u e e n su b a l l e s t a ,
A s i , c o n el l a n z o n e n s a n g r e tinto ,
Cual si f u e r a n d e p a s t a ,
Al u n o y al s e g u n d o y al t e r c e r o ,
E n v a s a el paladín y al c u a r t o , al quinto
Y al s e x t o e n f i n \ e l asta
N o p u d o dar al s é p t i m o cabida-,
A t i e r r a , e m p e r o , l o arrojó sin vida.
Rota s u l a n z a , arrójala y d e s c i ñ e
El h i e r r o matador q u e e n rojo t i ñ e
Lo a z u l , lo b l a n c o , lo amarillo y v e r d e .
La vida á cada g o l p e ,
Ora u n i n f a n t e , o r a u n g i n e t e p i e r d e .
Siente el frison e n t o n c e s s u arma infanda
Haber dejado e n l a c i u d a d , y m a n d a
Que á buscársela v a y a n sin d e m o r a ;
Mas v a n o s s o n s u s g r i t o s , sus o f e r t a s ,
Que e n la i n q u i e t u d q u e á cada cual azora
Nadie á pasar s e a t r e v e p o r las puertas.
Dispersa y f u g i t i v a al v e r s u g e n t e ,
A la fuga e l f r i s o n t a m b i é n s e a n t r e g a .
Corre á la p u e r t a y quiere alzar el p u e n t e ,
Cuando á su l a d o el caballero llega.
La espalda v u e l v e el r e y , a b a n d o n a n d o
El c a m p o al c o n d e O r l a n d o ,
Que d e la t u r b a d é b i l é i n d e f e n s a
En perseguir la d e s t r u c c i ó n n o p i e n s a , Orlando destroza los soldados de Cimosco. (T. I, p . 140.)
Y q u e en v a n o , a g u i j a n d o
A su corcel p e s a d o c o n la e s p u e l a ,
Quiere alcanzar a l que delante vuela.
' E s q u i v á n d o s e a l fin, el rey n o tarda
En retornar p o r e l o p u e s t o lado
Con el arma f a t a l , y al c o n d e aguarda
Tras u n a r o c a , c u a l ' m o n t e r o a s t u t o ,
Junto á s u s c a n e s e m b o s c a d o , espera
Al i n d ó m i t o b r u t o
Q u e , asolando c u a n t o halla e n s u carrera,
Los m o n t e s e s t r e m e c e y la ribera.
No bien venir á Orlando hacia la roca
Advierte el rey, e n el gatillo toca.
Rápido cual r e l á m p a g o y del trueno
Imitando el fragor, ardiente bala
Lanza el hierro m o r t a l del h u e c o s e n o :
Mas, ora sea el e x c e s i v o a n h e l o
En q u e el impío rey arde
De arrebatar al paladín la v i d a ,
Ya q u e t e m b l a n d o el c o r a z o n cobarde
Haga temblar al b r a z o , ya q u e el Cielo
Al bravo e n t r e l o s bravos paladines
Quiera guardar para m a s altos f i n e s ,
Sin t o c a r l e , la bala
Los tlancos atraviesa á s u c a b a l l o ,
Que al s u e l o v i e n e y q u e la vida exhala.

Cual d e la ardiente arena,


Que o p r i m i ó c o n su m o l e , redobladas
S u s fuerzas c o n la p e n a ,
S e alzara u n dia el f u r i b u n d o A n t e o ,
Así, c a y e n d o el p a l a d í n v a l i e n t e ,
Su enojo y fuerzas duplicarse siente.
Quien vió rayo l a n z a d o
Por el brazo d e Dios hasta la tierra,
Penetrar e n la b ó v e d a do a z u f r e
Y salitre y c a r b ó n j u n t o s e e n c i e r r a ,
Q u e , con fragor horrísono i n f l a m a n d o
Cuanto e n ella s e e n c u e n t r a ,
Los m á r m o l e s arranca d e s u s m u r o s
Y al cielo lanza s u s p e d a z o s d u r o s ,
Imaginar podrá c o n q u e p r e s t e z a
Se alzó d e tierra el paladín d e Anglante.
Al mirar la e x p r e s i ó n d e s u s e m b l a n t e ,
Lleno el rey d e terror, v u e l v e la brida
Y á e n t r e g a r s e á la f u g a v a lijero • Y juntos conversando
M a s , cual flecha d e l arco d e s p e d i d a , Llegan al puerto d o n d e aguarda Olimpia
En s i g u i m i e n t o s u y o va el g u e r r e r o , f Tal e s el n o m b r e d e la bella d a m a .
Y h a c i e n d o á pié lo q u e á caballo e n v a n o A quien el pueblo por s u reina aclama.
Hasta e n t o n c e i n t e n t ó , c o n increíble Contenta c o n salvar al caro d u q u e
Velocidad persigue al r e y , le a c o s a , Aun d e su vida á c o s t a , n o creia
Le alcanza y tan terrible Que á ser r e p u e s t a e n el p a t e r n o solio
Golpe l e d a , q u e s u tajante e s p a d a , Y a verse unida á s u a m a d o r venia.
Imposible seria
Hiriendo e n la c e l a d a ,
La frente h i e n d e y por e l p e c h o s a l e , Referir el e n c a n t o , la delicia
Con q u e al u n o acaricia el o t r o a m a n t e
Mandándole á q u e e x h a l e
Y con q u e u n i d o s a m b o s
T e n d i d o e n tierra la p o s t r e r b o q u e a d a .
Las gracias dan al paladín d e Anglante.
En e s t o , d e caballos y d e g e n t e
En el solio p a t e r n o
Y a r m a s r u m o r e n la c i u d a d s e s i e n t e ,
Repuesta la d o n c e l l a , al caro j o v e n ,
En la cual c o n las h u e s t e s , q u e c o n d u c e
Con q u i e n la liga ya v í n c u l o eterno',
De apartadas r e g i o n e s ,
Las riendas del g o b i e r n o
Un p r i m o d e Bireno s e i n t r o d u c e .
De sí propia le entrega y d e s u e s t a d o ;
D e s p a v o r i d o , sin saber d e d o n d e ,
Mas, por n u e v o c u i d a d o
A q u e f i n , ni c o n q u i e n v i e n e e s t a g e n t e ,
Atormentado el d u q u e , e n m a n o s p o n e
H u y e el pueblo á su v i s t a ; m a s su traje
De su pariente el m a n d o d e s u reino
Bien p r e s t o c o n o c i e n d o y s u l e n g u a j e ,
Y á partir á Zelandia s e d i s p o n e
V u e l v e , s e f o r m a ; y , c o n s u j e f e al f r e n t e ,
Con s u e s p o s a , á q u i e n d i c e
Blanco p e n d ó n , alegre t r e m o l a n d o ,
Que atacar l u e g o á Frisia s e p r o p o n e .
Ante el príncipe l l e g a , y paz l e p i d e ,
Y d e esta tentativa
Y su auxilio le o f r e c e
Da por s e g u r o el é x i t o , cautiva
Contra el rey á q u i e n t e m e y a b o r r e c e ,
Teniendo e n t r e s u s o t r o s p r i s i o n e r o s
Y acusa d e haber d a d o c o n s u m a n o
A la h e r m a n a d e A r b a n t e , c u y a m a n o
Muerte á su antiguo y c a r o s o b e r a n o .
Dar p i e n s a , d i c e , á s u m e n o r h e r m a n o .
Orlando c o m o a m i g o s e i n t e r p o n e ,
Viendo á Bireno e n l i b e r t a d , n o tarda
Y u n a liga p r o p o n e
En dar Orlando suelta á s u s d e s e o s .
Que á la v e z á ambas p a r t e s satisfaga.
Parte p u e s , y , d e t o d o s l o s t r o f e o s
La guerra á Frisia l l e v a n e n s e g u i d a ,
Que e n esta lid o b t u v o B a l i s a r d a ,
Y c o n la libertad ó c o n l a vida
Solo el arma del r e y c o n s i g o guarda.
Cada frison sus i n j u s t i c i a s paga.
Guárdala s í , m a s n o c o n el i n t e n t o
i)e la prisión del d u q u e , e n e s t o , abiertas
De usarla n u n c a e n la d e f e n s a s u y a ,
Cayeron c o n estrépito l a s puertas.
Que n o ignora q u e arguya
B i r e n o , al v e r s e l i b r e ,
Un p e c h o desleal y u n a l m a baja
Mil m u e s t r a s da d e g r a t i t u d á Orlando,
El entrar e n c o m b a t e c o n ventaja
Mas por lanzarla á sitio do la estorbe
De retornar á perturbar el orbe- CANTO X.
Así , n o b i e n e n alta mar s e v i d o
Pasión d e Bireiio p o r la hija d e Cimosco. — O l i m p i a a b a n -
Y d e tierra p e r d i d o
d o n a d a . — C o m b a t e e n t r e la a r m a d a d e Alcina y la d e
Las c o s t a s h u b o al u n o y otro l a d o .
Logistila. — D e r r o t a d e la p r i m e r a . — A p r e n d e R o g e r á
Las balas y l o s p o l v o s g u i a r el Hipogrifo y llega con él á las r i b e r a s del T á m e s i s .
Y los demás enseres recogiendo 5 — Reseña del ejército i n g l é s . — Roger v e á Angélica d e s -
« A fin. » d i c e , « q u e n u n c a de tu ayuda n u d a , a t a d a á un p e ñ a s c o y p r ó x i m a á s e r d e v o r a d a por u n
« Valerse p u e d a i g n o b l e caballero , m o n s t r u o . — R o m p e s u s c a d e n a s ; m ó n t a l a e n su caballo y
« Contra e l valor y e s f u e r z o v e r d a d e r o , llévasela consigo.

« Oh a b o m i n a b l e i n v e n t o , q u e , sin d u d a ,
« En l a s c u e v a s d e l tártaro profund o ¿ En Cuál p a í s , e n cuál edad s e v í d o ,
Ora e n feliz ora e n adversa s u e r t e ,
« Para ruina d e l m u n d o
Corazon m a s constante y d e c i d i d o ,
« Hizo el g e n i o del m a l , v u e l v e , y por s i e m p r e ,
Amor m a s fiel, m a s f u e r t e ,
« A la infernal m o r a d a ,
Que el q u e Olimpia m o s t r ó ? ¿ q u é a m a n t e n u n c a
« De d o saliste e n hora malhadada. » Mas pruebas r e c i b i ó , pruebas m a s g r a n d e s
D i c e , y la arroja al mar. El viento e n tanto Que las q u e , del a m o r d e la H o l a n d e s a ,
Hinche l a s v e l a s y al g u e r r e r o guia El Zelandes d e recibir n o cesa ?
l l á c i a la ínsula impía. ¡ A h ! si d e a m o r las palmas
Por hallar á la d a m a á q u i e n adora Conquistar d e b e n tan amantes a l m a s ,
Es tal s u a f a n , q u e la m e n o r demora Digna e s u n a tan tierna y tan s u b l i m e
Ni e n Ibernia h a c e r p i e n s a n i e n B r e t a ñ a , De q u e m a s q u e la propia se la e s t i m e .
T e m i e n d o allí q u e alguna nueva hazaña Y d i g o q u e la v i s t a ,
Que a c o m e t e r á p r e s e n t a r s e v e n g a , Y todos sus sentidos y potencias,
Y q u e m a s tarde t e n g a , Y , á poderlas perder, mil e x i s t e n c i a s
Falto ya d e c o n s u e l o y d e e s p e r a n z a , Debió perder B i r e n o , y q u e s u f a m a ,
Que d e p l o r a r e n v a n o su tardanza. Su h o n o r , y aun si otra cosa
Mientras a s i , por el amor h e r i d o , Tuviera m a s p r e c i o s a ,
El b u e n Orlando por l o s m a r e s a n d a , Debió sacrificar á aquella d a m a ,
A asistir á las b o d a s o s c o n v i d o Antes q u e d e otra declararse a m a n t e ,
Que c e l e b r a r s e d e b e n e n Holanda. Aun c u a n d o f u e s e bella
Mas e s p l é n d i d a , d i c e s e , y m a s bella Mil v e c e s m a s q u e aquella
Que e s t a fiesta será la q u e e n Zelanda Que al Occidente a r m ó contra el Levante.
Muy p r o n t o d e b e celebrarse. A vella Los labios y las cejas c o n e s p a n t o
Vas e m p e r o á fruncir, ¡ o h s e x o h e r m o s o !
Que n o v e n g á i s , e m p e r o , y o es e x h o r t o :
Al e s c u c h a r el c r i m e n horroroso
V al n o n o c a n t o aqui las alas corto.
Que r e c o m p e n s a f u é d e afecto tanto.
T. 1. '7
El entrar e n c o m b a t e c o n ventaja
Mas por lanzarla á sitio do la estorbe
De retornar á perturbar el orbe- CANTO X.
Así , n o b i e n e n alta mar s e v i d o
Pasión d e Bireiio p o r la hija d e Cimosco. — O l i m p i a a b a n -
Y d e tierra p e r d i d o
d o n a d a . — C o m b a t e e n t r e la a r m a d a d e Alcina y la d e
Las c o s t a s h u b o al u n o y otro l a d o .
Logistila. — D e r r o t a d e la p r i m e r a . — A p r e n d e R o g e r á
Las balas y l o s p o l v o s g u i a r el Hipogrifo y llega con él á las r i b e r a s del T á m e s i s .
Y los demás enseres recogiendo 5 — Reseña del ejército i n g l é s . — Roger v e á Angélica d e s -
« A fin. » d i c e , « q u e n u n c a de tu ayuda n u d a , a t a d a á un p e ñ a s c o y p r ó x i m a á s e r d e v o r a d a por u n
« Valerse p u e d a i g n o b l e caballero , m o n s t r u o . — R o m p e s u s c a d e n a s ; m ó n t a l a e n su caballo y
« Contra e l valor y e s f u e r z o v e r d a d e r o , llévasela consigo.

« Oh a b o m i n a b l e i n v e n t o , q u e , sin d u d a ,
« En l a s c u e v a s d e l tártaro profund o ¿ En Cuál p a i s , e n cuál edad s e v í d o ,
Ora e n feliz ora e n adversa s u e r t e ,
«Para ruina d e l m u n d o
Corazon m a s constante y d e c i d i d o ,
« Hizo el g e n i o del m a l , v u e l v e , y por s i e m p r e ,
Amor m a s fiel, m a s f u e r t e ,
« A la infernal m o r a d a ,
Que el q u e Olimpia m o s t r ó ? ¿ q u é a m a n t e n u n c a
« De d o saliste e n hora malhadada. » Mas pruebas r e c i b i ó , pruebas m a s g r a n d e s
D i c e , y la arroja al mar. El viento e n tanto Que las q u e , del a m o r d e la H o l a n d e s a ,
Hinche l a s v e l a s y al g u e r r e r o guia El Zelandes d e recibir n o cesa ?
Hácia la Ínsula impía. ¡ A h ! si d e a m o r las palmas
Por hallar á la d a m a á q u i e n adora Conquistar d e b e n tan amantes a l m a s ,
Es tal s u a f a n , q u e la m e n o r demora Digna e s u n a tan tierna y tan s u b l i m e
Ni e n Ibernia h a c e r p i e n s a n i e n B r e t a ñ a , De q u e m a s q u e la propia se la e s t i m e .
T e m i e n d o allí q u e alguna nueva hazaña Y d i g o q u e la v i s t a ,
Que a c o m e t e r á p r e s e n t a r s e v e n g a , Y todos sus sentidos y potencias,
Y q u e m a s tarde t e n g a , Y , á poderlas perder, mil e x i s t e n c i a s
Falto ya d e c o n s u e l o y d e e s p e r a n z a , Debió perder B i r e n o , y q u e s u f a m a ,
Que d e p l o r a r e n v a n o su tardanza. Su h o n o r , y aun si otra cosa
Mientras a s i , por el amor h e r i d o , Tuviera m a s p r e c i o s a ,
El b u e n Orlando por l o s m a r e s a n d a , Debió sacrificar á aquella d a m a ,
A asistir á las b o d a s o s c o n v i d o Antes q u e d e otra declararse a m a n t e ,
Que c e l e b r a r s e d e b e n e n Holanda. Aun c u a n d o f u e s e bella
Mas e s p l é n d i d a , d i c e s e , y m a s bella Mil v e c e s m a s q u e aquella
Que e s t a fiesta será la q u e e n Zelanda Que al Occidente a r m ó contra el Levante.
Muy p r o n t o d e b e celebrarse. A vella Los labios y las cejas c o n e s p a n t o
Vas e m p e r o á fruncir, ¡ o h s e x o h e r m o s o !
Que n o v e n g á i s , e m p e r o , y o es e x h o r t o :
Al e s c u c h a r el c r i m e n horroroso
Y al n o n o c a n t o aquí las alas corto.
Que r e c o m p e n s a f u é d e afecto tanto.
T. 1. '7
CANTO x . í í 7
Escarmentadas c o n tan triste e j e m p l o ,
Oh bellas d a m a s , n o cedáis al l l a n t o : La destina Bireno por e s p o s a ;
No e s c u c h e i s l o s s u s p i r o s Mas lo q u e es Ja v e r d a d e s q u e esta fruta
Con q u e v e n g a tal v e z á persuadiros En e x t r e m o sabrosa
De u n a m o r q u e n o s i e n t e u n falso a m a n t e , El d u q u e hallando para s í , reputa
P u e s , sin pensar q u e á Dios tiene d e l a n t e , Necia b o n d a d , c o n d e s c e n d e n c i a loca
P r o m e s a s va h a c i n a n d o y j u r a m e n t o s Quitársela por o t r o d e su boca.
Q u e , alzándose á los v i e n t o s , Los tres l u s t r o s habia
S e disipan asi q u e h a satisfecho Cumplido a p e n a s la doncella h e r m o s a ,
La ardiente s e d q u e l e abrasaba el p e c h o . > a la fragante r o s a ,
Que el cáliz abre al d e s p u n t a r el d í a ,
C r e e d m e , q u e e s prudencia
igualaba e n frescura y lozanía,
L o s c o n s e j o s s e g u i r d e la experiencia.
í-oco, ofuscado, ciego
Guardaos ¡ a h ! d e aquellos
Queda Bireno c u a n d o el llanto nota
Q u e , bajo faz p u l i d a ,
Que d e los ojos d e la virgen b r o t a ,
La flor e s c o n d e n d e s u s a ñ o s b e l l o s ;
i s i e n t e arder su c o r a z ó n en f u e g o
Q u e , cual l l a m a e n t r e e s t o p a s c o n c e b i d a ,
i g u a l al q u e e n e m i g a y cruda m a n o
N a c e t o d a p a s i ó n y m u e r e e n ellos.
P r e n d e tai v e z al e s p i g a d o g r a n o ,
¿Ves cazador q u e c o n afan p e r s i g u e ,
i cual su h e r v o r s u s p e n d e a g u a q u e h e r v í a ,
Ora por v a l l e s , p o r colinas o r a ,
Al sentir el contacto d e Ja fría,
La l i e b r e c o r r e d o r a ,
Por su e s p o s a así s i e n t e
Que ni r e c o g e si matar c o n s i g u e ?
T o d o a m o r apagarse d e r e p e n t e ,
P u e s asi s o n l o s j ó v e n e s . En tanto
Mientras por otra dama
Que c o n e l l o s s o i s duras y c r u e l e s ,
Mas cada instante su p a s i ó n s e inflama
Os a m a n , o s a d o r a n ,
En su agitado s e n o ,
Mil palabras o s d a n d e s e r o s fieles-,
S o l í c i t o , ocultándola B i r e n o ,
Mas del t r i u n f o n o bien v e n l o s l a u r e l e s ,
Hasta q u e una ocasión le p r o p o r c i o n e
De s u s s e ñ o r a s s u s e s c l a v a s h a c e n ,
Coger el fruto q u e s u afan c o r o n e
Y e n b u s c a r n u e v a s v í c t i m a s s e placen.
F i n g e arder por Olimpia en llama viva
N o e s , e m p e r o , mi i n t e n t o persuadiros
* q u e e n su a m o r y o b s e q u i o s e c o m p l a c e
Que n o o s d e j e i s a m a r ; p u e s , cual la h i e d r a , Caricias mil e n tanto á s u cautiva
Frágil la d a m a , sin s o s t e n n o m e d r a . A todas lloras h a c e ,
S o l o o s e x h o r t o á q u e eviteis l o s tiros
Sin q u e haya q u i e n s u p o n g a q u e e s t e afecto
De la versátil j u v e n t u d , c u i d a n d o Ls
d e otra causa e f e c t o
De q u e el f r u t o n o e s t é v e r d e ni d u r o ,
Que d e b o n d a d y c o m p a s i o n . Si s i e m p r e
Sin por e s o b u s c a r l o m u y m a d u r o . f u e laudable v g l o r i o s o
Ya dije c o m o d e l frisan, tirano Amparar al q u e está m e n e s t e r o s o ,
Quedó cautiva l a h e r e d e r a h e r m o s a , t Quien habrá q u e n o j u z g u e n o b l e v b u e n o
Y cual corrió e l r u m o r d e (yic á su hermano p r o c e d e r i n i c u o d e Bireno? *
148 ORLANDO FURIOSO.

Por velas y por r e m o s i m p e l i d o .


Sale d e l p u e r t o el b u q u e
Y hacia Z e l a n d a , c o n s u g e n t e , al d u q u e
Se lleva p o r e l mar e m b r a v e c i d o .
Ya d e vista p e r d i d o
El p o s t r e r p r o m o n t o r i o d e la H o l a n d a ,
P o r evitar las c o s t a s d e la Frisa
Hacia Escocia torcer el patrón m a n d a ,
C u a n d o , p o r recia y e n e m i g a brisa
Agitado e l b a j e l , sin r u m b o cierto
Por l o s m a r e s l o s g u i a ,
Y al fin d e l tercer dia
Toca á u n islote estéril y desierto.
E n la a n g o s t a bahía
Que s u a s p e r e z a f o r m a , c o n s u e s p o s o
Entra l a d a m a , y , d e c o n t e n t o l l e n a ,
Cena c o n é l . Un p a b e l l ó n h e r m o s o
De allí n o l e j o s álzase e n la a r e n a ,
Y u n l e c h o , e n d o n d e c o n el j o v e n entra
La a m a n t e d a m a , m i e n t r a
A descansar su gente
Hacia l a n a v e torna diligente.
La a g i t a c i ó n del viaje y la f a t i g a ,
El c o n t e n t o d e v e r s e e n tierra amiga
Salva y tranquila al l a d o d e su d u e ñ o ,
A s e p u l t a r á la princesa v i e n e n ,
A corto instante, en un profundo sueno
S u i n g r a t o e s p o s o , á q u i e n despierto tienen
Los a l e v o s o s planes q u e m e d i t a ,
N o b i e n la v e d o r m i d a , se l e v a n t a ,
Y s u s r o p a s c o g i e n d o , sin v e s t i r s e ,
S a l e d e l pabellón. Con presta planta
Hácia s u s g e n t e s v u e l a ;
D e s p i é r t a l e s , y e n o r d e n y e n silencio
S u e l t a á l o s v i e n t o s d e l bajel la vela
Q u e d a el p e ñ a s c o a t r a s , y e n el s e queda
L a d e s g r a c i a d a Olimpia. Ya la a u r o r a ,
Enrojeciendo el s u e l o ,
CANTO X . I

En las plantas aljófares v e r t í a ,


Y a la orilla d e l mar con triste v u e l o
Alción d e s u s m a l e s s e p l a ñ í a .
C u a n d o , n o bien despierta t o d a v í a .
P o r abrazar al d u q u e
Tiende la dama s u a m o r o s a mano.
* a d a e n c o n t r a n d o , al p u n t o la retira
De n u e v o t i e n t a , m a s d e n u e v o en v a n o .
Por aquí un brazo guia,
El otro p o r allá. P o r allá tiende
A m b o s s u s p i e s b u s c á n d o l e . Sus o í o s
Abre p o r fin. i n q u i e t a , ansiosa m i r a :
Mas n a d a , nada v e ; del v i u d o lecho
La arrojan su d o l o r y s u d e s p e c h o
Sale del p a b e l l ó n , y , s u s mejillas
Sin piedad d e s g a r r a n d o ,
De la mar s e dirige á las orillas.
A l l í , ya p r e v e y e n d o s u s p e s a r e s .
La vista e x t i e n d e por l o s altos m a r e s -
Llama a s u e s p o s o , y en l o s antros h u e c o s
Retumban solo sus dolientes ecos

Un p e ñ ó n , c u y a planta
R o y ó la mar c o n s u c o n t i n u o a z o t e
, a e x t r e m i d a d d e
. ^ u e l islote.
S o b r e el a n s i o s a O l i m p i a s e a d e l a n t a
V d e s d e allí las v e l a s v e d e l l e ñ o '
Q u e la s e p a r a d e s u i n g r a t o d u e ñ o
Lejos las v i d o ó verlas s e figura

?iasG I " T bÍen


°,ar0 el 501
Candeda.
Mas q u e la n . e v e a u n t i e m p o blanca y fría
A tierra v i e n e l l e n a d e amargura
Y vuelta l u e g o e n s í , mil y mil v e c e s ,
Con fuerzas q u e el d o l o r le sugería
Quejas a su c o n s o r t e dirigía.
C u a n d o su v o z el l l a n t o s o f o c a b a .
1 a l m a c o n p a l m a h i r i e n d o , así g r i t a b a -
« ÉA d o m a r c h a s , c r u e l ? ¿ N o ves q u e f a l t o
« \ a tu b a j e l d e l l a s t r e
ORLANDO FURIOSO.
« Q u e debiera llevar ? ¡ Ah! pon al menos, « De inevitable y desasu-osa muertie:
« ¿Adonde iré? ¿á Holanda,
« P o n fin á este desastre
« Que abandoné por ilusión iníanda?
« El corazon h a c i é n d o m e pedazos. »
« De mi flaqueza, p é r f i d o , abusando,
Y, c o n s u s bellos brazos
« ¿Mis estados, mis bienes
Y c o n el v e l o q u e su s e n o a d o r n a ,
« No viniste á usurpar, y arrebatando
S e ñ a s hace al bajel por ver si torna
« La corona de Holanda d e mis s i e n e s ,
El v i e n t o , e m p e r o , q u e la lona h e n c m a
« No entregaste su mando
Las quejas y sollozos esparcía
« A inicuas g e n t e s de tu inicuo bando?
D e la infeliz O l i m p i a , q u e tres v e c e s
« ¿ V o l v e r e á F l á n d e s , do los .tristes restos
T u v o e n el p e n s a m i e n t o
« De m i fortuna disipé en abono
Precipitarse al h ú m e d o elemento
« De tu funesta libertad? De Frisa
T r i s t e , oprimida por mortal congoja
« Menospreciando por tu amor el trono
Se v u e l v e al p a b e l l ó n , é inconsolable
« ¿Del viejo rey no provoqué el encono'?
Sobre el l e c h o se arroja
Que , -pocas h o r a s a n t e s ,
« r „ « n L n 0 e S r i n Í J U L C " 1 ° re P r °chaaíi<e aleve
C o n el d u q u e la vió ; llanto derrama « Cuanto por ti s u f r í , ni c u a n t o debe
Y d e este m o d o , s o l l o z a n d o , e x c l a m a : « A mi alma generosa tu alma ingrata
« Ol p é X l o Bireno! ¡Oh malhadada « Presa en b r e v e quizá de audaz pirata
« ora en q u e al m u n d o v i n e l Abandonada « S e r é y vendida. ¡Oh c i e l o ! o v e mis preces-
« E n esta s o l e d a d , ¿cuál d e m i suerte « N o tanta m e n g u a tu bondad p e r m i t a ' '
« El término será sino la m u e r t e ? « A n t e s su furia en mí sacie mil veces '
« ¿ Q u é otro r e c u r s o , o h m i s e r a , m e qued*. « El fiero tigre q u e este suelo habita •
«. Vestigio h u m a n o n o hay a q u í ; no hay nave « Antes mi cuerpo á su guarida lleve
;; Que de e s t o s sitios arrancarme pueda. « Y c o n nns miembros s u s cachorros cebe. »
« ¡ P e r e c e r é , sin encontrar siquiera Dice-; y , ambas sus manos escondiendo
« Quien m e d é sepultura, Entre s u s trenzas d e o r o ,
« A n o ser en su v i e n t r e alguna fiera. Las orillas del mar va recorriendo.
Turbada por su a n g u s t i a y su d e s p e c h o ,
« Ya de su cueva oscura Cual ltecuba al ver muerto a P o l i d o r o , '
« Miro al l o b o salir, al t i g r e , al oso
Loca cual si luchasen en su pecho
« Y á mil reptiles que d o t o natura
Las furias todas del Averno i m p í o ,
« ü e uña afilada y diente p o n z o ñ o s o
Sobre una roca s i é n t a s e , é inmobíl
« Mas ¿qué fiera ¡ c r u e l ! m a y o r suphcK)
La vista tiende por el mar s o m b r í o .
« Darme podrá q u e el que sufrir me haces.
Mas tiempo es de q u e , aquí dejando á Olimpia
« Ella c o n s u m a r á mi sacrificio, Sumergida en su p e n a ,
« Y en darme tú mil m u e r t e s t e c o m ^ a c e 8 .
Tornemos á Roger, que de fatiga
« Pues s u p o n i e n d o que h o y , h o y m i s m o atraqi Y calor espirando,
« Aquí bajel q u e , por piedad, m e saque Va por medio de un áspero desierto
« D e este suelo fatal, y m e liberte
Cabalgando, cubierto
Del p e s a d o p a v é s y la l o r i g a .
Bajo la s o m b r a d e u n a torre a n t i g u a ,
A la orilla del m a r , a d v i e r t e e n e s t o
T r e s d a m a s , c u y o traje y c u y o g e s t o
Que d e Alcina s o n d a m a s atestigua.
E n t r e mil c o p a s d e d i v e r s o s v i n o s
y d e manjares f i n o s ,
E n t r e platos y t a z a s , reclinadas
S o b r e asiática a l f o m b r a ,
F r e s c a aspiraban y agradable s o m b r a ,
M i e n t r a s , d e allí n o l é j o s ,
En las ondas s u esquife s e m e c í a ,
Aguardando q u e el viento
A imprimirle v i n i e s e movimiento.
« Si á e n o j o n o l o t i e n e s , »
D i c e n las tres al j o v e n a n i m o s o ,
Que e n s u s l a b i o s y s i e n e s
La s e d pintada y l a fatiga t r a e ,
« Con n o s o t r a s t e sienta y d e r e p o s o
« V e n u n m o m e n t o á disfrutar. » El p a s o
Avivando una dellas,
S u estribo c o g e , e n tanto q u e otra u n v a s o
De e s p u m o s o l i c o r l l e n o l e tiende.
Mas n o por e s o el paladín d e s c i e n d e ,
Que e n m a n o s d e la m á g i c a n o i g n o r a
P u e d e ponerle la menor demora.
H u y e ; y n o m a s v e l o z , s i n t i e n d o el f u e g o ,
La p ó l v o r a s e inflama ;
No con mas furia brama
El m a r , d e t e m p e s t a d a m e n a z a d o ,
Que arder la t e r c e r dama
Siente el altivo c o r a z o n en ira.
Al ver s u o f r e c i m i e n t o d e s d e ñ a d o
Por el h é r o e , q u e d e ella s e retira.
« V é , d e s c o r t e s é indigno c a b a l l e r o , »
Dice g r i t a n d o c u a n t o m a s podia.
« T u y o s e s e c a b a l l o y e s e acero
« Hizo sin duda alguna villanía.
« ¡ Y ojalá tan v e r d a d cual e s t o f u e r a
" Que espirar y o te viera ,
" Cual lo m e r e c e s , abrasado v i v o
« A una cuerda c o l g a d o , ó h e c h o t r o z o s
« Por ladrón 5 por villano y p o r a l t i v o ! »
Tales y otras injurias m a s a t r o c e s
La dama profirió, sin q u e á s u s v o c e s
La faz el paladín v u e l v a s i q u i e r a ,
Que poco honor d e tal d e b a t e e s p e r a
Con las o t r a s , furiosa hasta e l e x t r e m o
Salta e n la b a r c a , y a g i t a n d o el r e m o .
Seguir la altiva dama al h é r o e q u i e r e
Vomitando contra él i m p r e c a c i o n e s
Que s u herido a m o r propio le s u g i e r e .
P r e s t o llegando el paladín al g o l f o
Por el cual d e la m á g i c a el estado
S e v e del d e s u h e r m a n a s e p a r a d o ,
De la contraria o r i l l a ,
Cual si a g u a r d á n d o l e e s t u v i e r a , u n viejo
Se llega c o n d u c i e n d o una barquilla.
Salta e n ella Roger, al c i e l o d a n d o
Gracias sin fin, y por la m a r tranquila
Con el grave piloto r a z o n a n d o
Parte hácia la m a n s i ó n d e Logistila.
Lleno el viejo d e g o z o
De poder transportar á m e j o r p u e r t o
A tan amable y tan discreto m o z o ,
Alabó la firmeza
Con q u e , d e Alcina s a c u d i e n d o el y u g o ,
A q u e doblaron tantos la c a b e z a ,
Su viaje á sitios dirigir le p l u g o
Do brilla en las c o s t u m b r e s la pureza.
Do reina la b e l d a d , d o está la g r a c i a '
Que nutre el corazon y n o l o sacia.
« Logistila, p r o s i g u e , tan p r o f u n d o
« Amor te inspirará , tal r e v e r e n c i a ,
« Que á t o d o s l o s c o n t e n t o s d e e s t e m u n d o
w
154 ORLANDO FURIOSO.
« Antepondrás bien pronto su presencia. Q u e , por e s t a r a z ó n , al caballero
Con m a s ardor a t i e n d e y m a s e s m e r o .
« Su a m o r d e t o d o a m o r s e diferencia
Debajo del palacio estaba anclada
« En q u e , e n el u n o , el p e c h o
La formidable a r m a d a ,
« Ora t e m o r , ora d i s g u s t o l i m a ,
Q u e , á la p r i m e r s e ñ a l , al primer g r i t o ,
« En t a n t o q u e , e n el s u y o , satisfecho
Salió para el c o m b a t e apercibida.
« Sola c o n verla el c o r a z o n s e estima.
Sangrienta f u é , r e ñ i d a e n m a r y tierra,
« A p r e n d e r has allí q u e hay m a s d e u n medio
La lid e n q u e la m a g a f e m e n t i d a
« De desterrar d e la e x i s t e n c i a el t e d i o ,
Perdió l o s f r u t o s d e s u injusta g u e r r a .
« Sin m ú s i c a s , sin d a n z a s ni f e s t i n e s .
¡ Cuántas v e c e s contraria f u é l a lucha
« Al t r o n o q u e c u s t o d i a n serafines
A q u i e n s e g u r o e l triunfo c o n t e m p l a b a !
« E l e v á n d o t e a l l í , v e r á s cual palma
Del é x i t o era m u c h a
« Obtienen sin e s f u e r z o
La e s p e r a n z a q u e Alcina alimentaba.;
« S o b r e t o d o s l o s g o c e s l o s del alma. >»
Mas, e n v e z d e lograr h a c e r s e dueña
Lejos a u n d e la s e g u r a orilla , De aquel q u e la d e s d e ñ a ,
Platicaban así c u a n d o , d e p r o n t o , Incendiada y d e s h e c h a v e s u flota,
S o b r e las o l a s una escuadra brilla
Y s o l o h u y e n d o e n u n a frágil barca.,
Mandada p o r la m a g a f e m e n t i d a , Logra evitar la u n i v e r s a l derrota.
Que e l b i e n p e r d i d o recobrar d e s e a ,
Inconsolable, e m p e r o ,
A u n c u a n d o á c o s t a sea
Por la a u s e n c i a d e a q u e l l o q u e m a s ama
De su r e i n o , s u s g e n t e s y s u vida. Copioso llauto d e d o l o r d e r r a m a ;
A su mandato bruma Y se acrecienta su dolor profundo
El ágil r e m o la salobre e s p u m a •; Al p e n s a r q u e e s e t e r n a c o m o el m u n d o ,
El m a r , la tierra z u m b a n j Cuán g o z o s a , si d a d o á u n a hechicera
Y las e t é r e a s b ó v e d a s r e t u m b a n . Fuera el m o r i r , el t ó s i g o bebiera
« En d e s c u b r i r tu e s c u d o ¿ q u é d i f i e r e s , Cual la s o b e r b i a e m p e r a t r i z del K i l o ,
« Si m u e r t e ó esclavitud sufrir n o q u i e r e s ? » O , cual la r e i n a d e C a r t a g o , el filo
Dice á R o g e r e l v i e j o •, Del puñal c o n t r a e l p e c h o d i r i g i e r a !
Y d e s g a r r a n d o é l m i s m o la c u b i e r t a , Salta á tierra R o g e r , y , d a n d o al cielo
Deja c o n s u reflejo Gracias c u m p l i d o al c o n t e m p l a r s u anhelo
A Alcina y á su g e n t e c o m o m u e r t a . Ilácia el palacio parte d o d o m i n a
E s t o v i e n d o d e l o alto d e u n a r o c a La casta h e r m a n a d e la torpe Alcina.
Un c e n t i n e l a , la c a m p a n a t o c a , La piedra d e q u e ha s i d o edificada
A c u y o s o n acorre de concierto Esta rica y e s p l é n d i d a m o r a d a
La g e n t e t o d a d e l v e c i n o p u e r t o . Al m a s puro d i a m a n t e e n p r e c i o e x c e d e
Cuatro d a m a s acuden-, la v a l i e n t e Y del Oriente á l a m a s fina perla.
A n d r ó n i c a , Dicila, tan famosa Solo d e s p u e s d e verla
Por s u v i r t u d ; F r o n e s i a la p r u d e n t e ; Riqueza tanta c o n c e b i r s e p u e d e ;
Y e n fin l a recatada Sofrosina,
De Alcina, no hace m u c h o , prisioneros.
Y, e n m e d i o d e tan gran m a g n i f i c e n c i a .
Así q u e u n o ó d o s días d e s c a n s a r o n ,
Alucinada el alma n o se atreve
Roger y el d u q u e , á cual m a s i m p a c i e n t e
A decidir si á la m a t e r i a d e b e
Por v o l v e r á l o s r e i n o s d e O c c i d e n t e ,
O al trabajo otorgar la preferencia.
A Melisa r o g a r o n
Esta piedra sin par, c u y o reflejo
P r e g u n t a s e el c a m i n o
Del reflejo d e l sol se diferencia
Q u e , e n m é n o s t i e m p o y c o n m e n o r fatiga
E n q u e j a m a s s e oculta n i s e e m p a ñ a ,
Conduzca á cada cual á s u destino.
F o r m a brillante e s p e j o
Pensarlo o f r e c e la hechicera a m i g a .
Que á q u i e n s e mira e n él j a m a s e n g a ñ a ,
Pero d o s dias para hacerlo pide
P u e s ni hipócrita a d u l a ,
Y espirados, decide
¡Ni débil l o s d e f e c t o s disimula.
Que á la aquitana playa
S o b r e a l t í s i m o s a r c o s , q u e puntales
Sin m a s d e m o r a vaya
P a r e c e n ser d e la c e l e s t e e s f e r a ,
El b u e n R o g e r c o n s u corcel a l a d o ,
Jardines h a y a l l í , c u y o s i g u a l e s
Así q u e ella e n t r e g a d o
Difícil v e r a u n e n llano fuera.
Haya al p r i m e r o u n freno c o n q u e rija
P o r c i m a del l u c i e n t e parapeto
Del s e g u n d o la furia y la dirija,
S u c o p a e l e v a n el l o z a n o abeto
Y e n seguida l e m u e s t r a
Y m i l e s d e frutales
L o q u e ha d e hacer si quiere alzar el v u e l o
Que cada abril q u e torna
O d e s c e n d e r al s u e l o ,
De n u e v a f r u t a y n u e v a flor adorna.
O girar á derecha ó á siniestra.
Crecer n o s u e l e n árboles tan b e l l o s
De tan docta maestra
Fuera d e e s o s m a g n í f i c o s j a r d i n e s ,
Las l e c c i o n e s b i e n pronto a p r o v e c h a n d o ,
Ni n a c e n f u e r a d e l l o s A su antojo R o g e r al bruto guia,
R o s a s , l i r i o s , violetas ni j a z m i n e s
Y á Logistila d a n d o
C u y a s f r e n t e s ufanas
Gracias por s u b e n é v o l a a c o g i d a ,
Sobrevivan al sol d e d o s m a ñ a n a s
« Agur, » le d i c e , y pártese e n seguida.
E n v e z q u e allí p e r p e t u a e s la v e r d u r a , Al britano caudillo
N o tanto p o r q u e , m a s q u e e n otra p a r t e , D e j e m o s un m o m e n t o , q u e m a s tarde
S u s t e s o r o s p r o d i g u e la n a t u r a , En la c o r t e d e Cárlos, con gran b r i l l o ,
Cuanto p o r q u e , c o n p e n a , estudio y a r t e , De s u valor p o d r e m o s
En m a n s i ó n d e delicia y abundancia Verle mas d e una v e z hacer alarde-,
T r a n s f o r m ó Logistila aquella estancia. Y con Roger m a r c h e m o s ,
C o n t e n t a , alborozada N o ya por el c a m i n o q u e siguiera
Del n o b l e paladín por la l l e g a d a , C u a n d o , mal d e su g r a d o ,
Ordena el hado q u e por v a r i o s m o d o s Del bruto d e s b o c a d o
En obsequiarle se complazcan todos. Siguió la velocísima carrera,
C o n Astolfo R o g e r allí s e e n c u e n t r a Mas por aquel q u e voluntario toma
Y los demás guerreros
Hoy q u e á s u a n t o j o lo g o b i e r n a y d o m a . Con q u i e n t o p a , p r e g u n t a :
Partiendo d e l a E s p a ñ a , e n linea r e c t a ¿ Quién e s aquella g e n t e ?
Vuela hácia el o r i e n t a l í n d i c o imperio. ¿ A d o n d e v a ? ¿ q u é causa allí la j u n t a ?
Por diverso c a m i n o . Afable y c o m p l a c i e n t e
Tornar q u e r i e n d o á v e r n u e s t r o h e m i s f e r i o . El caballero c o n t e s t ó : « De Escocia
Traspasa el s u e l o c h i n o « El p e n d ó n , c o m o v e s , aquí s e asocia
E n t r e Mangiana y el Catay. Volando « Al p e n d ó n d e la I r l a n d a , al d e Inglaterra
De allí s o b r e las c u m b r e s del I m a o , « Y al d e las islas q u e su mar encierra.
A su diestra d e j ó l a Sericania. « Terminada q u e s e a e s t a r e v i s t a ,
Desde la Escitia e l v u e l o d e c l i n a n d o , « Partirán esas tropas á u n paraje
Al sármata o b s e r v ó , v i d o al d e H i r c a m a , « D o n d e hallaran aparejada y lista
Y . el Asia a b a n d o n a n d o , « Una escuadra q u e e n b r e v e las transporte
En Rusia e n t r ó y e n P r u s i a y P o m e r a m a . « Del rey d e Francia á s o c o r r e r la c o r t e ;
Bien q u e e l hallar d e A m o n a la doncella « Mas, á explicarte voy sucintamente
Su solo fuese y s u ferviente a n h e l o , « De d o n d e y c o n q u e fin v i e n e esa g e n t e .
Perder n o q u i s o u n a o c a s i o n tan bella « El b u e n L e o n e l o d e Lancaster d u q u e ,
De v e r p a i s e s . D i r i g i e n d o el v u e l o « F u e r t e , sagaz y e n t r e l o s g r a n d e s grande,
Hácia P o l o n i a , p u e s , baja hasta H u n g r í a ; « Es el q u e v e s q u e b l a n d e
De allí r e m o n t a á la Hiperbórea tierra « Aquella gran b a n d e r a
Y las c o s t a s r e c o r r e d e G e r m a n i a . « Q u e , ornada por la lis y el l e o p a r d o ,
Hasta tocar e n fin las d e Inglaterra. « Delante d e las o t r a s reverbera.
Mas 110 p e n s e i s , s e ü o r , q u e e n tantas l e g u a s « Tres alas b l a n c a s s o b r e v e r d e t i e n e
No diese Roger treguas « La q u e tras él B i c a r d o ,
Del Hipogrifo á l a s v e l o c e s a l a s , « Conde d e W á r i e h , t r e m o l a n d o v i e n e .
Que e n p o s a d a ó e n v e n t a ü hostería « La del d u q u e d e -Glócester la s i g u e .
( H u y e n d ó c o n e s m e r o d e las malas) « En e l l a , e n t r e d o s astas d e v e n a d o ,
S u c u r s o c a d a n o c h e detenia. « Media frente s e v e . S o b r e el b r o c a d o
Parando e n f i n s u rápida carrera « Del d e C l a r e n s a u n hacha r e s p l a n d e c e :
Del T á m e s i s á o r i l l a s , c o n g r e g a d a s « En el d e York u n árbol aparece.
En u n a e s p a c i o s í s i m a pradera « Distintivo d e Nórfóík e s la lanza
Huestes vió n u m e r o s a s « Que a q u e n d e v e s e n tres p e d a z o s rota.
Q u e . al c o m p á s d e a t a m b o r e s y c l a r i n e s , « Pintado un r a y o e n el p e n d ó n se nota
Desfilaban d e l a n t e d e R e i n a l d o , « Del b u e n d u q u e d e Kent. Una balanza
Honor d e l o s m a s n o b l e s paladines., « La bandera d e Súfolk r e p r e s e n t a ,
De q u i e n , si l a m e m o r i a n o m e e n g a n a , « Y la d e P é m b r o k u n g r i f ó n ostenta.
Dije ya q u e v e n i a « En su p e n d ó n , al c o n d e d e E s s e x p l u g o
A d e m a n d a r a u x i l i o s á Bretaña. « Dos s e r p i e n t e s u n c i r al m i s m o y u g o .
Salta á t i e r r a R o g e r ; á u n caballero « Áurea guirnalda e n c a m p o azul adorna
« Treinta m i l e s c o c e s e s
« Del d e N o r t h u m b e r l a n d el estandarte, « Manda su j o v e n principe Z e r b i n o ,
K Y náufraga barquilla « Que es d u q u e d e R o t h s a y , á quien n o hay u n o
« En la d e l c o n d e d e Arundelia brilla. « Que e n e s f u e r z o aventaje
« E n blanco f o n d o u n m o n t e desgajado « Ni e n n o b l e z a d e p e c h o y d e l i n a j e ;
« S o b r e el p e n d ó n s e n o t a « Q u e , al forjar tanta gracia y d o n o s u r a ,
« Del m a r q u e s d e Barcley, á c u y o lado « Próvida el m o l d e d e s t r o z ó natura.
<( Van l o s c o n d e s d e Mark y R i c o m u n d o . " Lleva e n a z u l u n a dorada barra
« Un p i n o , c u y o pié la mar a z o t a , « El c o n d e d e O t o n l e y . Un l e o p a r d o ,
« E n s e ñ a e s del p r i m e r o . Del s e g u n d o « Atado á la c a d e n a , del d e Marra
« Eslo u n a palma. Un c a r r o , una c o r o n a « Es la divisa. De Alcabrun gallardo ,
<( S o n divisa d e Dórset y Dantona. « Que n o e s ni d u q u e , ni m a r q u e s , ni c o n d e ,
(c Un b a l c ó n , q u e e n s u n i d o « Sino d e u n c l a n s e l v á t i c o el p r i m e r o ,
« En la b a n d e r a flota
« E x t i e n d e ambas s u s a l a s , la bandera
« De mil c o l o r e s f ú l g i d o p l u m e r o .
« Realza del d e D é v o n . La d e W i g m o r
.c En parte es v e r d e , y amarilla e n parte. « Aquel p e n d ó n d o u n águila s e nota
« Del d e Oxford e s el o s o . « Q u e , al sol m i r a n d o a t e n t a , n o v a c i l a ,
« El lebrel e s d e Derby. Cruz luciente << Es del d u q u e d e Strátford. De L u r c a n i o ,
« Distingue el e s t a n d a r t e « Conde y s e ñ o r d e A r g i l a ,
« Es aquel d o n d e brillan d o s l e b r e l e s ,
« Del prelado d e B a t h , y silla rota
« De u n toro e n o r m e cada cual al flanco.
« El d e Ariman d e S ó m e r s e t d e n o t a .
« El del d u q u e d e Albania l o s cuarteles
« Son cuarenta y d o s mil l o s q u e , d e aljav,
« Muestra d e azul y blanco ;
« Y d e lanzas a r m a d o s ,
(i Y u n buitre q u e á un dragón á dar va m u e r t e
« De s u s c o r c e l e s b a t e n l o s costados.
« En la del d u q u e d e B u c k a n s e advierte.
« Doble mas numerosos los infantes,
« Señor e s d e F o r b e s el fuerte A r m a n o ,
«. O b e d e c e n á j e f e s arrogantes.
« Que negra y b l a n c a agita una bandera.
« Cuatro e s t o s son-, y d e ellos el primero
« A s u derecha m a n o
(« E s el d u q u e d e B ú c k i n g l i a m . que lleva
« Marcha el c o n d e d e Erelia, q u e una h o g u e r a
« Ceniciento p e n d ó n . Allá s e e l e v a
« En v e r d e c a m p o tiene. De h i b e r n e s e s
« Verde el s e g u n d o e n t o r n o á su caudillo
(( Dos h u e s t e s m a s se advierten e n el llano.
« E n r i q u e d e Salísbury. El t e r c e r o ,
« El de Kildar, d e q u i e n u n p i n o ardiendo
« De H e r m a n d o d e B u r g e n i a , e s a m a r i l l o ;
« Es el blasón , c o n d u c e la primera.
« Y e n parte azul y e n parte
« Compuesta d e f e r o c e s m o n t a n e r a s ,
« E s n e g r o el d e O d o a r t e ,
« A la s e g u n d a m a n d a
« C o n d e d e Croisber. Por aquel lado
« El c o n d e d e D e s m u n d o , q u e carmínea
« Ve cual agita u n e s p a d ó n d e plata u Sobre blanco p e n d ó n lleva una banda.
« En s u garra el l e ó n d e s m e s u r a d o ,
« Mas á lidiar p o r Carlos n o tan solo
« Q u e , entre dos unicornios,
« En el p e n d ó n d e Escocia se retrata.
« Van l o s d e A l b i o n , d e E s c o c i a y aun d e Irlanda» F u é la h e r m o s a d o n c e l l a s o r p r e n d i d a ,
« S i n o q u e allá del a t e r i d o p o l o Y cual, bien que m a l v a d a , aquella gente
« Los g u e r r e r o s s e v e n . D e E s c a n d k i a v i a , Intacta l e o f r e c i ó guardar s u v i d a ,
« De la Islanda y d e T h u l e a r m a d o s v i e n e n , Miéntras dar otra v í c t i m a p u d i e r a
« H u y e n d o d e la p a z q u e e n o d i o t i e n e n . De la f o c a á la Cólera h o m i c i d a .
« Mas s o n de mil l o s q u e e n c u b i e r t o s ¡ La h o r a fatal e n fin s o n ó ! D e s n u d a
« De l a r g o v e l l o , b o s q u e s y d e s i e r t o s Cual v i n o al m u n d o e x p u e s t a e n la ribera
« Abandonando, acuden á esta e m p r e s a ; La v i r g e n f u é . De s u b e l d a d n o c u b r e
« Sus lanzas forman una selva espesa Velo a l g u n o el t e s o r o d e l i c a d o
« J u n t o la p e n d ó n m a s b l a n c o q u e al n i e v e , Que marchitar no e s dado
Al c a n o e n e r o ni al v e n t o s o o c t u b r e .
.« Q u e M o r a t o , s u j e f e , b l a n d a a g o r a ,
« Y cuya blanca s e d a pronto debe Linda e s t a t u a del m á r m o l m a s p r e c i o s o ,
« Ver s a l p i c a d a c o n la s a n g r e m o r a . » A la p e ñ a s u j e t a
Por arte de pintor i n d u s t r i o s o ,
Miéntras R o g e r l o s n o m b r e s y s e ñ a l e s
Creyera ver Roger s i , gota á g o t a ,
De l o s g u e r r e r o s d e B r e t a ñ a e s c u c h a ,
Por s u s e n o c o r r e r n o v i e r a el l l o r o
Y las banderas v e b a j o las cuales
Y sus cabellos de oro
Se aprestan t a n t a s h u e s t e s á la l u c h a ,
Q u e a l e g r e el v i e n t o á s u s a b o r a z o t a .
P o r ir á d a r á C a r l o m a g n o a m p a r o ,
A la v i s t a d e A n g é l i c a , e n s u p e c h o
Atónitos p a s m a d o s
Se d e s p i e r t a el r e c u e r d o d e s u d a m a .
Al c o n t e m p l a r u n a n i m a l tan r a r o
De a m o r á u n t i e m p o y d e p i e d a d d e s h e c h o ,
Ilácia él a c u d e n j e f e s y s o l d a d o s ;
L á g r i m a s casi á s u p e s a r d e r r a m a ,
Mas R o g e r , q u e a u m e n t a r tan s o l o a n h e l a
Y, d e I l i p o g r i f o d e t e n i e n d o e l v u e l o ,
La a d m i r a c i ó n q u e a d v i e r t e q u e p r o c u r a ,
Con tierna v o z d e e s t a m a n e r a e x c l a m a :
Monta, y á su v e l o z cabalgadura
« ¡ Oh bella d a m a , c u y o s t i e r n o s b r a z o s
Hace á un t i e m p o sentir freno y espuela. « D e e s t r e c h a r son i n d i g n o s
Á l z a s e , p u e s , y p o r l o s aires a n d a ; « Otros que del amor los d u l c e s lazos!
La Inglaterra r e c o r r e y l l e g a á Irlanda, « ¿ Q u i é n e s el q u e , p e r v e r s o ,
D o n d e e s fama q u e u n s a n t o a n a c o r e t a « D e esas f o r m a s d i v i n a s
Un pozo abrió, c u y a agua peregrina « Osa así m a n c i l l a r el marfil t e r s o ? »
Contra t o d o p e c a d o e s m e d i c i n a . De c o l o r la d o n c e l l a e n t o n c e s m u d a ,
Así s i g u e s u c u r s o , y t r a s p a s a n d o
Y al m i r a r s e d e s n u d a
La m a r q u e d e la g r a n d e la p e q u e ñ a
Delante de Roger, celar p r e t e n d e
Bretaña a p a r t a , a t a d a á d u r a p e ñ a
Las p a r t e s q u e , a u n q u e b e l l a s e n e x t r e m o ,
Mira á la triste A n g é l i c a l l o r a n d o
Al o j o h u m a n o la m u j e r n o e n s e ñ a ;
S o b r e el s u e l o f a t a l , isla d e l l l a n t o
P e r o , a m a r r a d a s á la d u r a p e ñ a
Apellidada c o n r a z ó n , por cuanto
Las m a n o s , ni e n c u b r i r s i q u i e r a p u e d e n
T a n t a y tanta i n f e l i z e n él v e r t i e r a .
S u faz r e g a d a por c o p i o s o l l a n t o .
Ya c o n o c é i s , s e ñ o r , d e q u e m a n e r a
La piel q u e ver atravesada quiere.
I ! Hablar quiere por f i n ; y d e quebranto
Cual hostiga al m a s t í n m o s c a insolente
Algunas b r e v e s v o c e s se s u c e d e n ,
Q u e , e n t o r n o dél z u m b a n d o ,

1 Que interrumpidas s o n s ú b i t a m e n t e
Por u n gran ruido q u e e n la mar s e siente.
Medio c u e r p o e n el agua y m e d i o f u e r a ,
Le pica ya e n l o s o j o s , ya e n la f r e n t e ;
No d e otro m o d o el paladín valiente,
Al ver cual e n s u furia el m o n s t r u o infando
Mayor q u e u n b u q u e m u é s t r a s e entretanto Las aguas d e la mar arroja al c i e l o ;
El m o n s t r u o horrible. Al fin d e s u carrera Al v e r s e e n v u e l t o e n e l l a s , d e manera
Se acerca y a , dejando á la h e r m o s u r a Que decir n o pudiera
Sobrecogida de dolor y espanto. Si el aire surca ó si en las o n d a s n a d a ;
Una y mil v e c e s c o n el asta dura Temeroso ademas de q u e , empapada
11 Hiere R o g e r al m o n s t r u o q u e s e acerca. Tal v e z la p l u m a d e H i p o g r i f o , el v u e l o
Su c a b e z a e s e n o r m e , N o le permita s o s t e n e r ; s e g u r o ,
Sus ojos y sus d i e n t e s s o n d e p u e r c a , En fin, d e la victoria c o m o e m p l e e

11 Y s u testuz tan recia q u e n o alcanza


A penetrarla el hierro d e la l a n z a ;
El arma irresistible q u e p o s e e ,
Vuela á la playa. En m a n o s d e la v i r g e n ,
A fin d e q u e s u s o j o s

! Si
Mas n o por e s o el d e s i g u a l c o m b a t e
A b a n d o n a el g u e r r e r o , Resistir p u e d a n del broquel al b r i l l o ,
Que por errar u n g o l p e n o s e a b a t e , P o n e el p r e c i o s o anillo
Sino q u e da u n s e g u n d o y u n t e r c e r o . Que Melisa le d i ó , y e n la ribera
En e s t o , d e Roger el m o n s t r u o v i e n d o C o l o c á n d o s e e n f r e n t e d e la fiera,
La i m a g e n q u e e n las o n d a s s e r e f l e j a , b e l m á g i c o b r o q u e l levanta el velo.
l u í
• S u vacilante s o m b r a p e r s i g u i e n d o , Semejante al del c i e l o ,
Aparece o t r o s o l . D e s p a v o r i d o ,
Libre á la dama d e la orilla deja.

111
Cual el pez e n la c a l , el m o n s t r u o q u e d a
C u a l , d e s d e el aire v i e n d o
Privado d e s e n t i d o ,
Yíbora q u e e n t r e yerbas s e d e s l i z a ;
Y, por las olas d e la mar l a n z a d o ,
:
F t O q u e , tendida sobre p e ñ a t o m a
Inmóbil va del u n o al otro lado.
El sol, q u e d e c o l o r e s la m a t i z a ,
El águila altanera s e d e s p l o m a , La d a m a , c o n a c e n t o d o l o r i d o ,
Y, v u e l t a s d a n d o , evita c u i d a d o s a En e s t o al b r a v o paladín r e c u e r d a
El d a r d o d e s u l e n g u a p o n z o ñ o s a ; Que c o n v i e n e n o pierda

m
Así R o g e r evita c o n e s m e r o El tiempo d e q u e tanto necesita.
La b o c a d e la fiera, y c o n su acero « V u e l v e , s e ñ o r , le g r i t a ,
Y c o n s u lanza pronta a Mis lazos r o m p e , por piedad te r u e g o ,
E n t r e las d o s orejas e n el cuello « Antes q u e el m o n s t r u o horrible s e despierte.
V::
Y e n el l o m o e s c a m o s o s i e m p r e toca. « Líbrame d é l , y l u e g o ,
Si la fiera s e v u e l v e , él s e remonta , « Si q u i e r e s , d a m e entre las olas m u e r t e . »

mm
Y bajando despues de nuevo hiere;
Movido el h é r o e d e s u justa queja
Mas ; e n v a n o ! q u e e s dura cual la roca
f

i n m
íiÜIlPj
y ¡im
9 S d i Bu
Desátala. Montando .
Con ella e n s u b r i d ó n , d e allí s e a l e j a ,
Y v o l v i e n d o la faz d e c u a n d o e n c u a n d o ,
Cubre d e ardientes ó s c u l o s s u c u e l l o ,
S u s o í o s , y su frente y s u cabello.
P r e s t o , o l v i d a n d o s u i n t e n c i ó n primera
De dar la vuelta e n t e r a d e la E s p a ñ a ,
Detiene su carrera
Sobre el p e ñ ó n d e la m e n o r Bretaña
Que m a s e n t r a en l a m a r . S o b r e s u orilla
Una s e l v a d e e n c i n a s s e l e v a n t a
D o á todas horas F i l o m e n a c a n t a ,
Y e n m e d i o della s e d e s c u b r e u n p r a d o
D o n d e , e n t r e d o s c o l i n a s , s e desliza
Arroyo q u e l o alegra y fecundiza.
De ilusión y e s p e r a n z a e n a j e n a d o
El j o v e n , al corcel a l l í d f e t i e n e ;
Mas á o p o n e r s e v i e n e
La férrea cota á su anhelar. En v a n o
Gran rato lucha por librarse della.
Soltar q u e r i e n d o u n n u d o , s e atropella
Y su agitada m a n o
Ciento h a c e y c i e n t o e n v e z d e soltar u n o .
Mas mi c a n t o , s e ñ o r , e s va m u y largo.
Para m o m e n t o p u e s m a s o p o r t u n o
La c o m e n z a d a narración d i f i e r o ,
Que fatigar vuestra atención n o q u i e r o .
Desátala. Montando .
Con ella e n s u b r i d ó n , d e allí s e a l e j a ,
Y v o l v i e n d o la faz d e c u a n d o e n c u a n d o ,
Cubre d e ardientes ó s c u l o s s u c u e l l o ,
S u s o í o s , y su frente y s u cabello.
P r e s t o , o l v i d a n d o s u i n t e n c i ó n primera
De dar la vuelta e n t e r a d e la E s p a ñ a ,
Detiene su carrera
Sobre el p e ñ ó n d e la m e n o r Bretaña
Que m a s e n t r a en l a m a r . S o b r e s u orilla
Una s e l v a d e e n c i n a s s e l e v a n t a
D o á todas horas F i l o m e n a canta ,
Y e n m e d i o della s e d e s c u b r e u n p r a d o
D o n d e , e n t r e d o s c o l i n a s , s e desliza
Arrovo q u e l o alegra y fecundiza.
De ilusión y e s p e r a n z a e n a j e n a d o
El j o v e n , al corcel a l l í d f e t i e n e ;
Mas á o p o n e r s e v i e n e
La férrea cota á su anhelar. En v a n o
Gran rato lucha por librarse della.
Soltar q u e r i e n d o u n n u d o , s e afirópelTa
Y su agitada m a n o
Ciento h a c e y c i e n t o e n v e z d e soltar u n o .
Mas mi c a n t o , s e ñ o r , e s va m u y largo.
Para m o m e n t o p u e s m a s o p o r t u n o
La c o m e n z a d a narración d i f i e r o ,
Que fatigar vuestra atención n o q u i e r o .
CANTO XI.
Angélica desaparece con el anillo encantado que puso en su dedo
Roger. — Este, ademas del anillo, pierdo el Hipogrifo y vuelve
á dar en manos del mágico Atlante. — Imprecaciones de Or-
lando contra las armas de fuego. — Orlando da muerte al
monstruo y á'una gran parte de los moradores de la isla de
Ebuda. — Fin de la historia do Olimpia.

Bien q u e , á m e n u d o , e n m e d i o á s u carrera
Freno e n d e b l e del bruto m a s altivo
El ímpetu modera-,
Rara v e z la razón , rara r e f r e n a
La ardiente furia d e un a m o r lascivo
Ante la i m a g e n del placer -, q u e al o s o
Que la m i e l ha catado , n o sin p e n a
S e c o n s i g u e alejar d e la c o l m e n a .
¿Qué r a z ó n h a y para q u e el h é r o e agora
De gran placer la c o y u n t u r a pierda?
De la virgen ilustre á q u i e n adora
S e olvida e n e s t e i n s t a n t e , ó si s e acuerda
Necio f u e r a á m i v e r , mil v e c e s n e c i o ,
C o m o por ello m i r e c o n d e s p r e c i o
A la belleza rara
Que á Zenócrates m i s m o e n a m o r a r a .
S u lanza ya y su e s c u d o en tierra había
P u e s t o B o g e r , y y e l m o , e s p a d a y cota
I m p a c i e n t e á arrojar se d i s p o n í a .
Cuando la d a m a , c o n rubor t e n d i e n d o
La inquieta vista p o r sus g r a c i a s , nota
E n s u d e d o el anillo
Que e l vil Brúñelo le r o b ó , q u e r i e n d o
Dar asi g u s t o al árabe c a u d i l l o .
Era e s t e anillo el q u e ella trajo á Francia
La primer v e z q u e v i n o c o n s u h e r m a n o ,
E n t o n c e s d u e ñ o d e la i n s i g n e lanza
Que f u é d e s p u e s del paladín britano.
Vanos c o n él h a c i e n d o l o s encantos Vastas cuadras habia
De Malgesí, á Orlando y otros cuantos Do á refugiarse del calor venia
Sustrajo del p o d e r d e Dragontma. Numerosa y e g u a d a , que paciendo
Por su virtud d i v i n a , Vagaba entonces en frondoso prado
Salir logró no vista del castillo Por un fresco arroyuelo fecundado.
Do un m a g o la e n c e r r ó ; m a s , d e este anillo De la cabana so el humilde t e c h o
; P a r a qué los portentos e n u m e r o , Alimento y reposo
Que cual y o c o n o c é i s ? Saber os baste La virgen e n c o n t r ó ; y hácia la t a r d e ,
Que á p e r d e r l o la d a m a vino al c a b o ; Sus fuerzas ya juzgando r e s t a u r a d a s ,
Sin ser vista, se fué. Su talle h e c h o
Y que adverso el destino
Desde aquel dia n o aplacó su e n c o n o , A ropas delicadas
Hasta lograr arrebatarle el trono Envuelve en un gaban de paíio b u r d o ;
Esta jova al mirar c o n rostro ledo Burdo y grosero s í , mas n o bastante
La h e r m o s a v i r g e n , de contento l o c a , A encubrir de su cuerpo el aire n o b l e ,
Duda d e lo que v e , de l o que toca , La belleza sin par de su s e m b l a n t e ;
Pues d e Angélica al lado fueran f e a s ,
Y el anillo, que saca de su d e d o ,
Por mas que los poetas las p r e g o n e n
Llevándose á la b o c a ,
(Títiro y Melibeo m e p e r d o n e n ) ,
A l o s ojos del h é r o e d e s p a r e c e ,
Todas las Clóris, Filis y Nereas.
Cual el sol si u n a n u b e l e oscurece
Hácia las y e g u a s l u e g o se dirige;
En torno de sí m i s m o i n q u i e t o , e n t a n t o ,
Entre ellas u n a q u e le agrada e l i g e ;
Gira R o g e r , y lleno de quebranto,
Monta y se aleja; y de v o l v e r s e á Oriente
A la d a m a , q u e h u y e ,
Viene una idea á seducir su m e n t e .
Así de falsa y d e s c o r t e s arguye :
« , ES e s t e , es e s t e el galardón ; ingrata. Roger en tanto de su error v o l v i e n d o ,
« Que á mis servicios das? ¿Porque con arte Y c o n v e n c i d o de q u e en vano aspira
« T u perfidia, mal g r a d o , m e arrebata A recobrar el bien por que s u s p i r a ,
« Lo que yo n u n c a m e negara a darte.' Hácia Hipogrífo márchase c o r r i e n d o ;
« ¿Quieres mis armas y el caballo m í o . Mas un n u e v o pesar allí le aguarda;
« Dellas d i s p o n , dispon á tu f . ^ e d n o Que e n columbrar no t a r d a ,
« ¡Mas q u é ! ¡ t u rostro celestial me e s c o n d e s . Surcando el aire , al palafrén q u e b u s c a .
« Y , o y é n d o m e , c r u e l , no m e r e s p o n d e s ! » Unida aquesta á la anterior d e s g r a c i a ,
Asi d i c i e n d o , e n torno de la fuente Al paladín o f u s c a ;
Pero de todas la q u e m a s l e aflige
Frenético v a g a b a ;
La pérdida e s del d i j e , y lo deplora
Y, creyendo abrazar la dama a u s e n t e ,
Muy mas q u e por su mágica eficacia
El aire entre l o s brazos estrechaba.
Por ser un don d e aquella á q u i e n adora.
Ella e n t a n t o , corriendo noche y día,
Al h o m b r o entonces angustiado y triste
A la falda d e u n m o n t e halla u n a choza
Echándose el b r o q u e l , s u s armas v i s t e ,
D o n d e habita u n pastor. En torno delta
Y, la playa arenosa
Dejando, va c o n planta presurosa
H a c i a un b o s q u e que nótase en un valle.
Por su mas ancha y frecuentada cal e
La marcha e m p r e n d e . Hacia l a diestra m a n o
Salir del b o s q u e escucha
Fragor de hierro insano
Que contra hierro vibra m a n o ducha.
Por la maleza avanza
Y en ver no tarda una terrible l u c h a ,
Cuya causa yo ignoro , entre un gigante
Y un bravo j o v e n de gentil talante.
Yace e n tierra el corcel de este g u e r r e r o ,
Q u e , hiriendo ó e s q u i v á n d o s e h j e r o ,
Los golpes frustra de la e n o r m e maza
Con q u e el feroz gigante l e amenaza.
Detiénese R o g e r ; observa atento
La cruda lid, y bien q u e un movimiento
Simpático y secreto á su alma noble
Por el mas m o z o á interesarse arrastre,
De evitar su desastre
No t r a t a , ántes u n tanto se retira,
Y combatir d e lejos los contempla.
Con sus d o s m a n o s l e v a n t a n d o , e n e s t o ,
La su maza el j a y a n , golpe funesto
Sobre el j o v e n d e s c a r g a , a quien destempla
El y e l m o , y malparándole la f r e n t e ,
Por descubrirla corre incontinente.
De su cara y h e r m o s a Bradamante
Descubierto el semblante
Mira entonces Roger. Su riesgo t o c a ,
La espada saca y al feroz p r o v o c a ;
Mas e s t e , á comenzar batalla nueva
P o c o d i s p u e s t o , á la doncella toma
Y sobre s u s espaldas se la l l e v a ,
Cual águila á su nido una p a l o m a ,
O cual lobo un cordero bácia su c u e v a .
Tras él corre Roger: mas d e manera
CANTO XI.
Sus p a s o s acelera
El g i g a n t e , q u e a p é n a s c o n la vista
P u e d e el j o v e n audaz seguir su pista.
Asi c o r r i e n d o a q u e s t e c o m o l o c o
En p o s d e a q u e l , q u e vuela d e alegría,
S e hallaron p r e s t o e n una angosta via
Q u e , e n s a n c h á n d o s e l u e g o poco á p o c o ,
Fuera del b o s q u e , á u n prado conducia.
Mas basta d e Roger ? á Orlando v u e l v o
Que el arma d e G i m o s c o al mar p r o f u n d o
Lanzó p o r q u e j a m a s tornase al m u n d o .
De p o c o e s t o s i r v i ó ; q u e el implacable
Genio del m a l , d e aquel arma m a l d i t a ,
Que el r a y o v e n g a d o r del cielo i m i t a ,
Descubridor m a l v a d o y e x e c r a b l e ,
C o n saña casi n o m e n o r q u e aquella
Cuyo fatal influjo
A n u e s t r a m a d r e universal s e d u j o ,
El ánima inspiró d e u n n i g r o m a n t e
Q u e , c o n s e c r e t o s d e su c i e n c i a , o b t u v o
Arrancar e s a m á q u i n a h o m i c i d a
De las e n t r a ñ a s d e la mar, d o e s t u v o
Tantos y t a n t o s a ñ o s e s c o n d i d a .
Cerca d e u n s i g l o hará q u e introducida
En Alemania f u é , d o , l o s i n g e n i o s
El rey d e l a s tinieblas a g u z a n d o .
Hizo en fin d e s c u b r i r su objeto infando.
Italia , Francia y todo- el orbe e n t o n c e
Esta i n v e n c i ó n diabólica a p r e n d i e r o n :
Y, ya líquido b r o n c e
En el c ó n c a v o m o l d e c o n d e n s a n d o ,
Ya hierro t a l a d r a n d o ,
Muchas d e a q u e s t a s m á q u i n a s hicieron
Q u e , s e g ú n su calibre y su t a m a ñ o ,
Mil d i f e r e n t e s n o m b r e s recibieron.
Cual c a ñ ó n la l l a m ó , cual c u l e b r i n a ,
Cusí p i s t o l a , r.rcabuz ó carabina.
A s u c o n t a c t o nada hay q u e r e s i s t a ;
El m á r m o l c e d e cual la l e v e arista.
Tu broquel y t u lanza l u e g o , l u e g o ,
Con t u e s p a d a , o h s o l d a d o , arroja al f u e g o ,
Y t o m a u n arcabuz. De l o contrario
D e s d e h o y r e n u n c i a á gloria y á salario.
¡ O h maldita i n v e n c i ó n ! ¿ c ó m o p u d i s t e
Hallar cabida e n c o r a z o n h u m a n o ?
T ú , d e l ilustre bélico ejercicio
El e s p l e n d o r , por s i e m p r e , oscureciste.
Del valor, d e l saber el sacrificio
Consumaste e n un dia;
Que igual á la virtud es h o y el v i c i o ,
Igual es al valor la cobardía.
¡Cuánto c u e r p o n o diste y a á la tierra
De ítala g e n t e , o h D i o s ! ¡ y c u á n t o , cuanto
No h a s d e dar m i é n t r a s dure esa impía guerra
Que al o r b e c u b r e d e dolor y e s p a n t o !
De todo el u n i v e r s o
El h o m b r e f u é m a s vil y m a s perverso
El q u e a r t e tan fatal concebir p u d o ,
Y, por m í , y o n o d u d o
Que c o n Judas e s t é castigo e t e r n o
S u f r i e n d o e n las m a z m o r r a s del infierno.
A Ebuda e n tanto s e dirige O r l a n d o :
Mas el v i e n t o , o p o n i é n d o s e á s u a n h e l o ,
Apénas respiraba,
O , d e frente las v e l a s a z o t a n d o ,
A cejar ó á virar l e s obligaba.
P r o n t o sabréis p o r q u é n o quiso el c i e l o
Que á n t e s q u e el r e y d e Irlanda
T o c a s e Orlando aquella tierra infanda.
Tócala en fin, y lleno d e c o r a j e :
« A tierra salta, >> d i c e al m a r i n e r o ,
« Y aquí m e a g u a r d a , q u e hácia aquel paraje
« S o l o partir e n e s t a lancha quiero.
« El cable m a s r o b u s t o
« Y el áncora m a y o r q u e el b u q u e tenga
« C o n m i g o llevaré. Cual e s mi objeto
« Conocerás c u a n d o á e n c a r a r m e v e n g a
« Con e s e m o n s t r u o , á q u i e n p r o v o c o v reto »
D i c e ; y al mar b o t a n d o la barquilla*
Cuanto s u p o n e p u e d e h a c e r l e falta
T o m a n d o , e n ella s a l t a ;
Sus a r m a s t o d a s déjase e n la o r i l l a ,
A e x c e p c i ó n d e su e s p a d a ; c o g e el r e m o ,
b u s tuerzas todas p o r m o v e r l o e m p l e a ,
V, a guisa d e c a n g r e j o , las espaldas
V u e l v e hacia el sitio á d o llegar d e s e a .

Era el m o m e n t o e n q u e s u s trenzas b l o n d a s
La bella aurora ufana d e s p l e g a b a
Al rival d e Titon, q u e e n t r e l a s o n d a s
La mitad d e s u disco ya e l e v a b a .
De la pelada roca
A u n tiro d e ballesta s e c o l o c a
El h é r o e , c u y o o i d o
V i e n e á herir u n g e m i d o
Débil, c a n s a d o , p e r c e p t i b l e a p e n a .
Por la desierta arena
La vista al p u n t o hácia s u izquierda t i e n d e ,
^ atada á u n t r o n c o , á c u y o pié s e estrella
La cólera del mar, u n a d o n c e l l a
Desnuda v e cual del m a t e r n o s e n o
Salió; m a s el t e r r e n o
Que d e ella l e s e p a r a , y d e s u frente
La actitud c o n s t e r n a d a , n o c o n s i e n t e
AI paladín r e c o n o c e r q u i e n s e a .
Con el r e m o , i m p a c i e n t e
Por volar á s u e n c u e n t r o ,
La e s p u m a a g i t a , y l u c h a y forcejea.
En e s t o , h a s t a s u c e n t r o
E s t r e m e c e á la mar alto b r a m i d o ;
Y, e n las hinchadas o l a s s u s p e n d i d o ,
Llega el m o n s t r u o f e r o z . Cual n u b e parda
Que del h ú m e d o valle s e d e s p r e n d e
Y q u e la tierra e n e n v o l v e r n o t a r d a ,
Su i n m e n s a m o l e así la fiera e x t i e n d e
Por la a n c h u r o s a mar. C o n faz tranquila Abriéndose c a m i n o , a toda prisa
Vela o r l a n d o llegar-, y c o m o un h o m b r e S e dirige al p e ñ a s c o q u e divisa.
A quien nada hay que a s o m b r e , Llega; y saltando e n t i e r r a , sin tardanza
El cable e m p i e z a á recoger. En v a n o
Y q u e n u n c a d e s m a y a ni v a c i l a ,
Resistir quiere el m o n s t r u o á tal pujanza;
Con el o b j e t o d e p o d e r á un t i e m p o
Que d e u n tirón hace el s e ñ o r d e Aaglante
Embestir á la f i e r a , y á la dama
Lo q u e 110 hiciera e n diez un cabrestante.
Dar el útil amparo q u e r e c l a m a ,
Cual salta y c o r c o v e a
Con la barca i n t e r p ó n e s e , y el cable
El i n d ó m i t o t o r o , q u e s e s i e n t e
Y el áncora l l e v a n d o e n una m a n o ,
Al c u e r n o d e r e p e n t e
S e r e n o aguarda al m o n s t r u o formidable.
Un lazo echar; a s i , mil vueltas d a n d o ,
V i e n d o e n la lancha al paladín la f o c a ,
S e agita e n v a n o e l m o n s t r u o abominable
Abrió para tragárselo u n a b o c a Por desasirse del r o b u s t o cable
Por d o n d e un h o m b r e entrara cabalgando. Que á tierra a s u pesar lo va a r r a s t r a n d o ,
Adelántase O r l a n d o , y c o n la cuerda
Y la sangre q u e v i e r t e
Y el e s q u i f e , si mal n o s e m e acuerda
El verde h u m o r e n púrpura convierte.
Del m o n s t r u o s e introduce e n la garganta,
Con su v i e n t r e e s c a m o s o
Y e n ella el ancla atravesada planta.
Las e n c r e s p a d a s o l a s o p r i m i e n d o ,
Bien cual p r u d e n t e o b r e r o
Ora el f o n d o del mar muestra a r e n o s o ,
Q u e , e n busca de metales, Ora á la luz del sol o p o n e un v e l o
De la h o n d a tierra al c o r a z o n d e s c i e n d e , Con las olas q u e saltan hasta el cielo.
Con s ó l i d o s p u n t a l e s Los m o n t e s y las s e l v a s , c o n e s p a n t o ,
Las e n t r e a b i e r t a s b ó v e d a s s u s p e n d e , Tal estrépito e s c u c h a n . De su c u e v a
S u s p e n d e al m o n s t r u o infando Sale P r o t e o , y al mirar a O r l a n d o ,
Ambas quijadas e l valiente Orlando. Su dispersada g r e y a b a n d o n a n d o ,
La e s p a d a e n t o n c e s saca , Del mar h u y e á e s c o n d e r s e e n el abismo.
Y c o n ella e n s u s f a u c e s c a v e r n o s a s , Crece la c o n f u s i o n , c r e c e el t u m u l t o ,
Ora d e c o r t e , ora d e p u n t a , ataca.
Y d e tal m o d o , q u e N e p t u n o m i s m o ,
N o s e d e f i e n d e el m o n s t r u o , q u e mal puede
A s u carro e n g a n c h a n ^ sus d e l f i n e s ,
D e f e n d e r s e u n a plaza c u a n d o mira De Etiopia s e e n c a m i n a a l o s c o n f i n e s .
Al e n e m i g o e n sus murallas. C e d e , I n o , llorosa, y s u s p e n d i d a al c u e l l o
C e d e p o r t a n t o , y sin s e n t i d o gira. Llevando á Melicerta; las Nereidas,
S u s flancos ora y s u e s c a m o s a espalda D e s g r e ñ a d o el e a b e l l o ;
Muestra sobre la l í q u i d a e s m e r a l d a ,
Los G l a u c o s , l o s T r i t o n e s ,
Ora al f o n d o del mar s e precipita
Cuantos del mar habitan las r e g i o n e s ,
Y s u s arenas c o n el v i e n t r e agitó.
Sin saber d o , d e s p a v o r i d o s h u y e n .
V i é n d o s e e n t r e agua t a n t a ,
A tierra e n tanto al fiero m o n s t r u o obliga
A n a d o el h é r o e deja su garganta-,
A venir el g u e r r e r o , c u y a pena
A s e el cable, y p o r m e d i o d e las olas
Y e s f u e r z o s p o c o á poco disminuyen-, Del c o n d e , q u e c o n d i e z quita la vida
Q u e , a n t e s d e v e r s e aquel s o b r e la a r e n a , A treinta d e la turba a m e d r e n t a d a ,
Espiró d e d o l o r y d e fatiga. Y e n fuga á los d e m á s p o n e b i e n presto.
Por p r e s e n c i a r r e y e r t a tan extraña A la dama afligida
Muchas g e n t e s d e la ínsula l l e g a r o n Acércase d e s p u e s ; m a s , d e r e p e n t e ,
Q u e , c o n el c e l o f a n á t i c o , e s t a h a z a ñ a De aquella playa por el l a d o o p u e s t o
Un e s p a n t o s o c r i m e n r e p u t a r o n . Insólito r u m o r alzarse s i e n t e .
« De P r o t e o la s a ñ a Mientras por esta b a n d a
« Atizada c o n e s t o , s e d e c i a n , Ocupaba el d e Anger á l o s i s l e ñ o s ,
« Los h o r r o r e s d e u n t i e m p o m a s f u n e s t o A tierra d e s u s l e ñ o s
« S u cruda g r e y r e n o v a r á b i e n p r e s t o . Por otras mil saltaban l o s d e Irlanda;
« Perdón pues invoquemos Y, ora f u e s e rigor, o r a j u s t i c i a ,
« Del o f e n d i d o d i o s , ántes q u e airado Iban e s t r a g o h o r r e n d o ,
« S o b r e n o s o t r o s lance s u c a s t i g o , Por d o n d e quier sin d i s t i n c i ó n , h a c i e n d o .
« Y su enojo aplaquemos Los i n d í g e n a s , ya q u e s o r p r e n d i d o s
« Arrojando e n l a mar á s u e n e m i g o . » Por e s t e ataque i n e s p e r a d o f u e s e n ,
Bien cual a c t i v a llama Ya q u e e s c a s o s en n ú m e r o ,
De m o n t o n e n m o n t o n d e seca leña En c o n s e j o ó e n á n i m o s e v i e s e n ,
Poca ó n i n g u n a r e s i s t e n c i a hicieron.
C u n d e y tal v e z u n a c o m a r c a i n f l a m a ,
Bajo el p o d e r del v e n c e d o r c a y e r o n
Así l a idea q u e e l terror i n f u n d e ,
Sus haciendas y b i e n e s . D e g o l l a d o s
De p e c h o e n p e c h o e n u n instante c u n d e .
Sin piedad todos f u e r o n ,
Ya d e a r c o , l a n z a , espada ú h o n d a a r m a d o ,
A la ribera c a d a cual d e s c i e n d e , Y s u s lares h u n d i d o s ó i n c e n d i a d o s .
Y por d e t r a s , d e f r e n t e ó d e c o s t a d o De tal r u m o r y c o n f u s i o n y ruina
E m b i s t e al p a l a d i n , á q u i e n s o r p r e n d e Sin curarse el g u e r r e r o , s e e n c a m i n a
P r o c e d e r tan b r u t a l y tan injusto; De n u e v o hácia la r o c a
Mas, cual s u e l e o s o intrépido y r o b u s t o Donde e s t u v o la v i r g e n p e r e g r i n a
Que las ferias r e c o r r e , A p u n t o d e ser presa d e la foca.
P o r e l Ruso ó Lituano c o n d u c i d o , Llégase á ella, y al m i r a r l a , c r e e
Despreciar d e l o s c a n e s e l l a d r i d o , A Olimpia c o n o c e r : ni s e e q u i v o c a ;
Olimpia es e n e f e c t o ,
Así desprecia e l príncipe valiente
Q u e , víctima infeliz d e iluso a f e c t o ,
La loca o b s t i n a c i ó n d e aquella g e n t e ,
Vino á parar á la ínsula d e E b u d a .
Q u e , al v e r l e s i n b r o q u e l , sin armadura
La dama al h é r o e r e c o n o c e e n b r e v e ;
Ni y e l m o , a p r i s i o n a r l e s e figura;
Mas, v i é n d o s e d e s n u d a ,
Mas del d i a m a n t e tiene la d u r e z a
A hablarle ni á mirarle n o s e a t r e v e .
Su p i e l , d e s d e e l talón á la cabeza.
La d e e l l o s , m é n o s d u r a , R o m p i e n d o e n fin a q u e l s i l e n c i o , el c o n d e
Cede á l o s g o l p e s d e la ardiente espada La causa le pregunta
ORLANDO FURIOSO. CANTO XI.
178
C u é n t a l e O r l a n d o la c o n d u c t a a l e v e
Q u e la i n d u j o á dejar la tierra e n d o n d e
Del d u q u e , y c u a n t o d e b e
De s u e s p o s o q u e r i d o
E s t e á la b e l l a e s p o s a á q u i e n o l v i d a .
Gozar él m i s m o d e l a m o r la v i d o .
Refiérele también cual d e su v i d a ,
« N o s é , s e ñ o r , » la d a m a le r e s p o n d e ,
Perdido que h u b o h e r m a n o s , padre y trono ,
« Si s e n t i r d e b o p e n a ó alegría
H a c e r ella m i l v e c e s a b a n d o n o
« Al v e r m e e n e s t e día
Q u i s o por d a r l e l i b e r t a d . En t a n t o
c L i b e r t a d a por v o s de mi i m p í a s u e r t e .
Q u e Orlando así d e c i a , el triste llanto
« Solo, empero, muriendo Q u e i n u n d a b a l o s o j o s d e la d a m a ,
« P o d r á acabar la d e s v e n t u r a mía. De la e s t a c i ó n r i e n t e
« D a d m e p u e s , o h s e ñ o r , d a d m e la m u e r t e R e c o r d a b a l o s d i a s e n q u e el c i e l o ,
« Que d e t o d o s m i s males m e liberte. » Del s e n o d e u n a n u b e t r a n s p a r e n t e ,
Y l l o r a n d o narraba R e f r i g e r a n t e l l u v i a l a n z a al s u e l o ;
Cual la e n g a ñ ó s u e s p o s o , y cual d o r m i d a
Y cual, de rama en rama ,
E n sitio la d e j ó d o s o r p r e n d i d a
El ala h u m e d e c i d a s a c u d i e n d o ,
P o r l o s c o r s a r i o s f u é . Mientras h a b l a b a ,
A l e g r e el r u i s e ñ o r s e v a m e c i e n d o - ,
S u c u e r p o al r e p l e g a r d e m i l m a n e r a s A m o r así d e t a n d i v i n o s o j o s
Por ocultar su pecho y sus caderas, E n la l u z s e c o m p l a c e y s e r e g a l a ,
De s u t a l l e , c o n p ú d i c o b o c h o r n o ,
Y e n s u l i q u i d o aljófar b a ñ a el ala.
M o s t r a b a el g r a c i o s í s i m o c o n t o r n o . En esta luz a q u e l r a p a z u n d a r d o
Ansioso de llegar a d o n d e ropas
F o r j a ; l o t e m p l a e n la c o r r i e n t e clara
P u e d a e n c o n t r a r para la d a m a , Orlando Q u e , e n t r e lirios y r o s a s , s e d e s p r e n d e
Iba á e m b a r c a r s e , c u a n d o D e l o s o j o s d e O l i m p i a , y l o dispara
L l e g a U h e r t o c o n parte d e s u s t r o p a s , D e Irlanda c o n t r a el p r í n c i p e g a l l a r d o ,
Miéntras el r e s t o , d e c o r a j e c i e g o , Q u e a t ó n i t o la. v i s t a
P o n e l a ínsula t o d a á s a n g r e y f u e g o . P o r l a s b e l l e z a s d e la d a m a t i e n d e .
Bien que de espuma y sangre El c i e l o rara v e z b e l l e z a tanta
Se hallase el bravo paladin cubierto , En m u j e r r e a s u m i ó . N o s o l a m e n t e
N o t a r d a e n c o n o c e r l e el r e y U h e r t o , Eran bellos sus ojos y su f r e n t e ,
Q u e atribuir n o p u e d e m a s q u e á Orlando S u s h o m b r o s , su nariz y s u g a r g a n t a ,
Las p r u e b a s d e valor q u e v a e s c u c h a n d o . Sino que , hechas á torno
Un año solo hacia Y d e l marfil m a s p u r o p a r e c í a n
Q u e , h e r e d a n d o la l b e r o a m o n a r q u í a , Aquellas partes q u e , c o n vano a d o r n o ,
D e Francia U b e r t o a b a n d o n ó la c o r t e , Avaras ropas encubrir solían.
Do infante fué de h o n o r , y do se unieron Por surco h o n d o y estrecho
Él y el d e A n g l a n t e c o n e s t r e c h o s l a z o s . E n t r e sí s e p a r a d o s s e v e í a n
V i é n d o s e , p u e s , allí s e c o n o c i e r o n . Los dos Cándidos globos de s u p e c h o ,
Y, k e e t e d a a l z a n d o , c o n t r a n s p o r t e Cual p o r un. v a l l e d o s c o l i n a s l e v e s ,
Se arrojó cada cual del otro en brazos.
Del e n e r o cubiertas p o r l a s n i e v e s . Con el m a y o r primor las r e c a m a r a ,
Su v i e n t r e , sus c a d e r a s y s u s m u s l o s El i n d u s t r i o s o y rico f l o r e n t i n o .
De Fidias y d e A p e l e s De L é m n o s el artífice d i v i n o ,
Recordaban b u r i l e s y c i n c e l e s . Minerva m i s m a , i g n o r o
D e s d e l o s p i e s , e n fin, h a s t a el cabello Si tejerlas pudiera q u e d e s d o r o
Era i m p o s i b l e v e r b u s t o m a s b e l l o . No fueran d e aquel talle p e r e g r i n o .
Si allá del ida e n la r e g i ó n lejana R o l d a n , q u e hasta aquel s u e l o e n s e g u i m i e n t o
Asistir d e las d i o s a s al litigio De s u Angélica v i n o , gran c o n t e n t o
P o d i d o hubiera O l i m p i a , la m a n z a n a T u v o e n ver la pasión del r e y d e Irlanda;
D u d o y o q u e o t o r g a r a el j o v e n frigio P u e s e s t e a m o r d e e n c a m i n a r s e á Holanda
A la reina d e Chipre , ni violara Y d e buscar al d u q u e l e e x i m i a ,
De u n a hospitalidad f r a n c a y sincera Y e n pos d e su adorada
Los d e r e c h o s tal v e z . « H e l e n a c a r a , El orbe recorrer le permitía.
« S é feliz c o n tu e s p o s o , l e dijera, Convencido por fin d e q u e e n E b u d a
« Yo d e la bella O l i m p i a ardo e n el ara. » Angélica n o e s t á ; m a s , e n la d u d a
De si e s t u v o , del sol al r a y o n u e v o
N i , á haber p o d i d o hallarse esta e n Crotona,
Con el caro m a n c e b o
Tuviera Z é u x i s q u e e s t u d i a r d e s n u d a
Tanta y tanta m a t r o n a , Y c o n Olimpia e m b á r c a s e . A la c o r t e
De Uberto llega y s e d e t i e n e u n dia.
Para acabar la i m á g e n destinada
A decorar d e Juno l a m o r a d a , Vano e s q u e el rey, v a n o q u e Olimpia e x h o r t e
Al h é r o e q u e s e q u e d e . S u porfía
P u e s las gracias e n t o d a s esparcidas
De averiguar d e Angélica el d e s t i n o
E n Olimpia e n c o n t r a r a r e u n i d a s .
Hácia Francia dirige s u c a m i n o .
Yo miro c o m o cierto
Q u e a q u e l talle el i n f i e l n o v i ó desnudo-, Pártese p u e s , así q u e e n c o m e n d a d o
P u e s , á verlo, n o alcanzo como pudo Hubo á Olimpia del p r í n c i p e al c u i d a d o ,
Y así q n e d e e s t e o b t u v o la p r o m e s a
A Olimpia a b a n d o n a r e n u n desierto.
De consagrar s u vida á e s t a p r i n c e s a .
De s u beldad e n a m o r a d o U b e r t o ,
Sus tropas j u n t a c o n e f e c t o , y l i g a
Consuélala, y le j u r a
F o r m a n d o c o n la Escocia y la I n g l a t e r r a ,
N o soltar el a c e r o n i la l a n z a ,
De Holanda y Frisia al d u q u e e n b r e v e arroja;
Hasta hacerla s u b i r d e n u e v o al trono
Marcha á Zelanda, y e n s a n g r i e n t a guerra
Y de Bireno r e c a b a r v e n g a n z a .
Del solio y d e la vida l e d e s p o j a ;
Traje c o n q u e e n c u b r i r tanta h e r m o s u r a
Y á Olimpia l u e g o h a c i e n d o s u c o n s o r t e ,
Hallar d e s p u e s p o r l a Ínsula p r o c u r a ,
C o m o reina preséntala á la c o r t e .
D o , m e r c e d á la Fiera,
Mas al d e Anger v o l v a m o s , q u e , s u r c a n d o
Hay p r o f u s i o n d e r o p a s f e m e n i l e s .
La mar sin r u m b o c i e r t o ,
Para encubrir tan b e l l a s f o r m a s , viles
Llega entretanto al p u e r t o
Uberto las j u z g ó ; y así j u z g a r a ,
De d o salió s u nave. Allí m o n t a n d o
A u n q u e de pura s e d a y d e oro fino
De n u e v o e n s u c o r c e l , veloz s e a l e j a ,
Y atras l o s v i e n t o s y las olas deja.
No d u d o q u e , e n el r e s t o d e l i n v i e r n o ,
Hazañas c o n s u m a r a
CAWO XII.
Dignas d e fama y d e l o o r e t e r n o ; Éntrase Orlando en el nuevo palacio encantado de Atlante -
Mas s u m o d e s t i a igual á s u d e n u e d o Encuentra allí á varios guerreros. - Portentosos efe¿to s
En profundo silencio s e p u l t ó l a s . del anillo de Angélica. - Huyese esta por los bosques -
No e s p u e s mi c u l p a si narrar n o p u e d o Riñen Orlando y Ferragut. -Curiosas discusiones entre estos
Las q u e , s u e s f u e r z o c o n s u m a n d o á, s o l a s , v l f T T f y . , S a c r i l , a n t e - - Angélica desata y se: lleva e
ü
í r n ° ; " R O m p e e S t C g u e r r e r o h u e s t e s ¿¡
N a d i e sabrá j a m á s ; p u e s s u s victorias' §
n™ereT. * ^ C U 6 V a Y e n C U e n t r a *»t«>. de ella
Por sus testigos solo eran notorias.
N a d a s e s u p o p u e s ; m a s , c u a n d o al signo
De Aries el p a d r e d e l a luz. l l e g a n d o , C u a n d o , al v o l v e r d e la r e g i ó n idea
Doró d e n u e v o la c e l e s t e e s t e t a , Al valle solitario
Y Céfiro b e n i g n o Donde al g i g a n t e altivo y temerario
R e t o r n ó c o n la d u l c e p r i m a v e r a , Los l o m o s b r u m a la m o n t a ñ a E t n e a ,
E n t o n c e s fué c u a n d o á l a par s e v i e r e n De su hija cara descubrir n o p u d o
De la tierra flotar l a s flores n u e v a s Céres la h u e l l a , c r u d o
Y del valor del p a l a d í n las p r u e b a s . F u é s u dolor. E n s u fatal d e s p e c h o
Del llano al v a l l e , s o l o y a f l i g i d o . Desgarra sin p i e d a d s u h e r m o s o p e c h o ,
S i g u i e n d o va su f a t i g a d o v i a j e , Y arrancando d o s p i n o s ,
Cuando salir del b o s q u e o y e u n g e m i d o . Que e n c i e n d e e n las c a v e r n a s d e V u l c a n o ,
T o m a el hierro al m o m e n t o Uno de ellos agita en cada m a n o ,
Y s u corcel e m p u j a h a c i a el paraje ^ en su carro, arrastrado por serpientes.
De d o sale l a v o z ; m a s y a la mía Del m o n t e c o r r e al llano,
Débil y r o n c a s i e n t o . Selvas registra, estanques y torrentes
P e r m i t i d m e , s e ñ o r , q u e t o m e aliento. Y la tierra y e l mar, y , d e s d e el m u n d o ,
Baja e n s u b u s c a al T á r t a r o p r o f u n d o .
Lo m i s m o O r l a n d o , e n s u f e r v i e n t e a n h e l o
De e n c o n t r a r á s u A n g é l i c a , c o r r i d o
Hubiera e í m a r , la t i e r r a , el a i r e , el c i e l o .
Y del e t e r n o o l v i d o ,
Cual C é r e s , d e s c e n d i e r a á las m a n s i o n e s
Si s u carro t u v i e r a y s u s d r a g o n e s .
Mas n o l o s t i e n e ; y á c a b a l l o a g o r a !
A g o r a á p i é , b u s c a n d o á la q u e a d o r a ,
La Francia r e c o r r i ó . L u e g o la España
Pieüsa y e r y la Italia y la A l e m a n a ,
De n u e v o e n s u c o r c e l , veloz s e a l e j a ,
Y atras l o s v i e n t o s y las olas deja.
No d u d o q u e , e n el r e s t o d e l i n v i e r n o ,
Hazañas c o n s u m a r a
CAWO XII.
Dignas d e fama y d e l o o r e t e r n o ; Éntrase Orlando en el nuevo palacio encantado de Atlante -
Mas s u m o d e s t i a igual á s u d e n u e d o Encuentra allí á varios guerreros. - Portentosos efe¿to s
En profundo silencio s e p u l t ó l a s . del anillo de Angélica. - Huyese esta por los bosqnes -
Riñen Orlando y Ferragut. -Curiosas discusiones entre estos
No e s p u e s mi c u l p a si narrar n o p u e d o
v l f T T f y . , S a c r i l , a n t e - - Angélica desata y s * lleva c
Las q u e , s u e s f u e r z o c o n s u m a n d o á, s o l a s ,
ü
N a d i e sabrá j a m á s ; p u e s s u s victorias' í r n°;" ROmpeeStC guerrero
l e s t e s de
§
Por sus testigos solo eran notorias. n™ereT. * ^ CU6Va Y e n C U e n t r a dent
™ de ella
N a d a s e s u p o p u e s ; m a s , c u a n d o al signo
De Aries el p a d r e d e l a luz. l l e g a n d o , C u a n d o , al v o l v e r d e la r e g i ó n Idea
Doró d e n u e v o la c e l e s t e e s f e r a , AI valle solitario
Y Céfiro b e n i g n o Donde al g i g a n t e altivo y temerario
R e t o r n ó c o n la d u l c e p r i m a v e r a , Los l o m o s b r u m a la m o n t a ñ a E t n e a ,
E n t o n c e s fué c u a n d o á l a par s e v i e r o n De su hija cara descubrir n o p u d o
De la tierra flotar l a s flores n u e v a s Céres la h u e l l a , c r u d o
Y del valor del p a l a d í n las p r u e b a s . F u é s u dolor. E n s u fatal d e s p e c h o
Del llano al v a l l e , s o l o y a f l i g i d o . Desgarra sin p i e d a d s u h e r m o s o p e c h o ,
S i g u i e n d o va su f a t i g a d o v i a j e , Y arrancando d o s p i n o s ,
Cuando salir del b o s q u e o y e u n g e m i d o . Que e n c i e n d e e n las c a v e r n a s d e V u l c a n o ,
T o m a el hierro al m o m e n t o Uno de ellos agita en cada m a n o ,
Y s u corcel e m p u j a h a c i a el paraje ^ en su carro, arrastrado por serpientes.
De d o sale l a v o z ; m a s y a la mía Del m o n t e c o r r e al llano,
Débil y r o n c a s i e n t o . Selvas registra, estanques y torrentes
P e r m i t i d m e , s e ñ o r , q u e t o m e aliento. Y la tierra y e l mar, y , d e s d e el m u n d o ,
Baja e n s u b u s c a al T á r t a r o p r o f u n d o .
Lo m i s m o O r l a n d o , e n s u f e r v i e n t e a n h e l o
De e n c o n t r a r á s u A n g é l i c a , c o r r i d o
Hubiera e l m a r , la t i e r r a , el a i r e , el c i e l o .
Y del e t e r n o o l v i d o ,
Cual C é r e s , d e s c e n d i e r a á las m a n s i o n e s
Si s u carro t u v i e r a y s u s d r a g o n e s .
Mas n o l o s t i e n e ; y á c a b a l l o a g o r a !
A g o r a á p i é , b u s c a n d o á la q u e a d o r a ,
La Francia r e c o r r i ó . L u e g o la España
Pieüsa y e r y la Italia y la A l e m a n a ,
Los m u r o s y l o s t e c h o s
Y pasar e n s e g u i d a
Y el p a v i m e n t o e n c u b r e n ; m a s 110 ofusca
La mar q u e r u g e e n torno del Numida.
Belleza tanta al p a l a d í n , q u e ansioso
P e n s a n d o el h é r o e caminaba e n esto
S o l o al raptor d e la d o n c e l l a busca.
Cuando á turbar sus r e f l e x i o n e s v i e n e
Miéntras así por una y otra parte
Una d o l i e n t e v o z . Avanza p r e s t o ,
Dirige inquieto el p a s o ,
Y ante sus ojos u n g u e r r e r o nota
Al rey d e S e r i b a n i a , á B r a n d i m a r t e ,
Que s o b r e u n gran corcel lijero t r o t a ,
A Ferragut e n c u e n t r a , y al Circaso
L l e v á n d o s e por fuerza u n a doncella
V a g a n d o por la e s t a n c i a , á c u y o d u e ñ o
Que afligida p a r e c e c u a n t o bella. Todos ellos arguyen
Solloza aquesta, agítase, y llamando
De f r a u d e , d e t r a i c i ó n , d e r o b o ó trama.
\1 v a l e r o s o O r l a n d o ,
De s u bridón l o s u n o s , d e s u dama
Implora su favor. Ver s e i m a g i n a
La pérdida l o s o t r o s l e atribuyen;
El c o n d e á la q u e s u á n i m o fascina.
Cual e s t e objeto y cual aquel r e c l a m a ,
Ciego p u e s d e furor, c o n v o z t r e m e n d a
Y mientra así l o s dias y l o s m e s e s
\ \ caballero a m e n a z a n d o , g r i t a ;
En triste cárcel s e p u l t a d o s m o r a n ,
Y a b a n d o n a n d o á su corcel la r i e n d a ,
C o m o y d e q u i e n s o n v í c t i m a s ignoran.
Con l a e s p u e l a tras él lo precipita.
L u e g o q u e del palacio ha r e c o r r i d o
\ t e n t o aquel á conservar su p r e s a , En v a n o cada estancia
Nada r e s p o n d e , y p o r la s e l v a e s p e s a , Mas d e u n a v e z el c o n d e , y p e r s u a d i d o
Que asorda d e s u víctima el l a m e n t o , De q u e á p e r d e r s u t i e m p o s e e x p o n í a
Corre q u e apénas l e alcanzara el viento. Si e n s e g u i r s e obstinaba á la q u e , a c a s o ,
Así c o r r i e n d o el c o n d e á u n sitio l l e g a Léjos ya dél c o n su raptor c o r r í a ,
D o u n palacio magnífico s e e l e v a , D e s c i e n d e al v e r d e p r a d o
C u v o s m u r o s , d e j a s p e s fabricados, De q u e s e halla el palacio c i r c u n d a d o .
P o r hábil diestra f u e r o n cincelados. Miéntras, e n t o r n o dél mil v u e l t a s dando
P o r u n a puerta g u a r n e c i d a d e o r o , Por descubrir d e l f u g i t i v o el c u r s o ,
Con la d a m a , el m a l v a d o s e introduce R e c i e n t e s huellas e n buscar s e a f a n a ,
E n el bello palacio. Bridadoro Salir d e u n a v e n t a n a
A s u s e ñ o r hasta el umbral c o n d u c e . Piensa una v o z oir. De su s e ñ o r a
Pásalo O r l a n d o , e n el alcázar entra •, Escuchar s e figura el e c o blando
Mas ni al raptor ni á la doncella encuentra Q u e , así d i c i e n d o , s u s o c o r r o implora :
Y del arzón s a l t a n d o , l o s s a l o n e s , « ¿ Con q u e , e n p r e s e n c i a d e mi fiel Orlando,
Los p ó r t i c o s e x p l o r a , l o s retretes « A m a n o s d e un ladrón veré perdida
De la estancia inferior. De allí viniendo « La j o y a virginal q u e m e e s m a s c a r a ,
Al piso superior, sin m a y o r f r u t o , « Mil v e c e s m a s , q u e la á n i m a y la v i d a ?
Sus cámaras r e c o r r e y gabinetes. « A n t e s , s e ñ o r , la m u e r t e
I)e s e d a y oro recamados l e c h o s « Que v e r m e e x p u e s t a á tan terrible suerte. »
E n e l l o s v e . Cortinas y tapetes
CANTO XII.
Alza la vista O r l a n d o ; d e la v i r g e n , A los h é r o e s d e fama esclarecida
Cuya v o z e s c u c h ó , v e r s e figura Que hacer pudieran peligrar su vida-,
La faz r e s p l a n d e c i e n t e d e hermosura -, Y c o n tal fin solicito d e t i e n e
Y e n ansia n u e v a a r d i e n d o , cada pieza A tantos e n su c á r c e l , d o n o hav g o c e
Una v e z y otra á r e c o r r e r e m p i e z a . Que sus almas n o o c u p e ó n o enajena.
De c u a n d o e n c u a n d o , e m p e r o , s e d e t i e n e , Ya dije cual A n g é l i c a , provista
Y, sin poder saber d e d o n d e v i e n e , Del. anillo precioso q u e á la v i s t a
La v o z d e n u e v o e s c u c h a d e la dama Mas perspicaz l a e s c o n d e ,
Que s u favor y p r o t e c c i ó n reclama. Y a n t e el cual no h a y e n c a n t o q u e resista
P e r o v o l v a m o s á R o g e r . Va dije Vestida y restaurada e n el a l b e r g u e
C u a l , por s e n d e r o a n g o s t o y d e s u s a d o , Del pastor, retornar s e proponía
Tras del raptor al p r a d o s e dirige Al bello reino d o n d e n a c e el dia.
D o , si n o m e e q u i v o c o , S u c o r a z o n d e Orlando y Sacripante
Era v e n i d o Orlando h a c i a p o c o . Desdeña la p a s i ó n ; t e n i e n d o e m p e r o
Al llegar al alcázar, a f a n a d o En s u larga y molesta correría
S i g u i e n d o al v i l , e n s u s s a l o n e s entra Que dirigir por tanto p u e b l o el p a s o ,
R o g e r , m a s n o le e n c u e n t r a . Hallar d e s e a escolta y c o m p a ñ í a .
C u a t r o , seis v e c e s , c u a l Orlando e n t o n c e s A n s i o s a , p u e s , al u n o ú o t r o a m a n t e
Hasta los sitios m a s s e c r e t o s b u s c a , Buscando va. Fortuna al fin la guia
Sin c o m p r e n d e r e n d o n d e Al sitio d o n d e O r l a n d o , S a c r i p a n t e ,
Con la doncella su r a p t o r s e e s c o n d e ; Ferragut y Gradaso
P r e s o s estaban e n poder d e Atlante.
Y ya el paso á dirigir v a hácia la s e l v a
Cuando una v o z , cual l a q u e o y e r a el c o n d e , E n v u e l t a e n la virtud del raro a n i l l o ,
Le h a c e q u e al p u n t o h a c i a el alcázar vuelva. Invisible penetra e n el castillo ,
La m i s m a f a z , la m i s m a v o z , q u e iluso Do á s u s a m a n t e s v e q u e , por el arte
Del m a g o a l u c i n a d o s t d e e s t a parte
T o m ó por las d e A n g é l i c a el d e A n g l a n t e ,
A aquella v a n b u s c á n d o l a . I n d e c i s a
P o r la v o z y la faz d e Br adaman te
La virgen al m i r a r l o s , n o s e a t r e v e
T o m a Roger. Igual e r r o r , c o n f u s o ,
A resolver si al paladín d e A n g l a n t e ,
Al rey Gradaso d e j a , á S a c r i p a n t e .
O al r e y circaso d e s c u b r i r s e d e b e .
A Ferragut y á c u a n t o s
Con s u valor Orlando, b i e n lo s a b e ,
A los n u e v o s e n c a n t o s
De m a s d e u n r i e s g o g r a v e
Sucumbieron de Atlante.
Libertarla sabrá; m a s t a m b i é n t e m e
Inquieto por R o g e r , y d e s u estrella
Q u e , en señor erigiéndose, no quiera
T e m i e n d o s i e m p r e el p o d e r o s o influjo, Volver solo al Ocaso
El sabio viejo á esta m o r a d a b e l l a , Cuando ella su a p o y o n o r e q u i e r a ,
Y á n t e s á la d e A l c i n a , le c o n d u j o . Miéntras d ó c i l , s u m i s o
Frustrado al v e r d o s v e c e s su trabajo Por cumplir s u s m a n d a t o s , el circaso
Allí d e Cárlos, c o n R o g e r atrajo
Renunciara á s u a m o r y al paraíso. S u s e n c a n t o s el m á g i c o p u d i e r a ,
Por él p u e s s e d e c i d e . De su boca A b a n d o n a n d o s u intención primera
Quita el m á g i c o a n i l l o ; y miéntras cierta De requerir s u e s c o l t a y c o m p a ñ í a ,
Pensaba estar d e q u e iba á s e r tan s o l o S e p o n e e n t r e l o s labios el a n i l l o ;
Por Sacriparite v i s t a , descubierta A l o s ojos d e t o d o s d e s p a r e c e ,
F u é por Orlando y Ferragut. Cargados Y s u ilusión d e n u e v o d e s v a n e c e .
Con el y e l m o , el b r o q u e l y la l o r i g a , Cual can q u e , e n m e d i o á s u v e l o z c a r r e r a ,
Que n u n c a a b a n d o n a b a n , E n honda m a d r i g u e r a
T o d o s , b u s c a n d o á s u invisible a m i g a , S u m i r s e v e la tímida r a p o s a ,
Por e l palacio sin cesar giraban. Por la s e l v a e s p a c i o s a
Desnuda solamente Yagan asi l o s h é r o e s c o n f u n d i d o s ;
Y, t o m a n d o p o r fin la s o l a vía
Mostraba Ferragut la altiva f r e n t e ,
Que p o r allí d e s c u b r e n , á porfía
Que j u r ó n o cubrir c o n o t r o y e l m o
Sus b r i d o n e s e m p u j a n , p e r s u a d i d o s
Que aquel q u e d e T r o y a n o
De q u e marchar p o r otra n o p o d i a
Aarancó Orlando al infeliz h e r m a n o .
La dama á q u i e n s u afan Ya p e r s i g u i e n d o .
N o s o s p e c h a b a el m o r o e n e s t e instante
Invisible ella e n t a n t o , d e t e n i e n d o
T e n e r tan c e r c a al paladín d e A n g l a n t e ,
De s u alfana el c o r r e r , atras s e q u e d a ;
Ni e s t e p e n s a r podia
Y, d e s u c i e g a o b s t i n a c i ó n r i y e n d o ,
Que ante s u vista á Ferragut tenia.
S u s e s f u e r z o s i n ú t i l e s observa".
Un encanto secreto
Asi c o r r i e n d o , l l e g a n á u n paraje
A cada cual c e g a n d o , l e impedia
Do s e pierde e l s e n d e r o e n t r e la y e r b a .
Reconocer á los demás. Armados
Cuando, lleno de angustia y d e coraje,
T o d o s , cual d i j e , del b r o q u e l y el p e t o ,
F e r r a g u t , c u y a frente
Confundidos vagaban. Ensillados
Ciñera d i g n a m e n t e
Y prestos sus corceles,
Entre l o s m a s altivos la c o r o n a :
P e n d i e n t e el freno del c o r a z o n , c o m í a n « Dejadme s o l o , » grita c o n v o z f u e r t e ;
E n u n a estancia p r ó x i m a á la e n t r a d a , « Dejadme al p u n t o si t e m e i s la m u e r t e ,
B i e n provista d e y e r b a y d e cebada. « Que es d e m i a m o r d e s d o r o
I m p o s i b l e era p u e s al m a g o e n t o n c e s « V e r o s s e g u i r c o n m i g o á la q u e adoro. »
Estorbar á l o s h é r o e s q u e m o n t a s e n ,
— « ¿ Q u é , » d i c e e l c o n d e Orlando á Sacripante,
Ni q u e , por ir e n p o s d e s u a d o r a d a ,
« Qué m a s dijera e s e hablador villano
Del e s p l é n d i d o alcázar s e alejasen.
« A la m a s vil ramera
La dama e n t a n t o , al v e r s e p e r s e g u i d a
« Que rueca h i z o girar n u n c a e n su m a n o ? »
A u n t i e m p o por l o s t r e s , q u e separados
Y á Ferragut v o l v i é n d o s e e n s e g u i d a ,
Por escolta aceptará a g r a d e c i d a ,
« Bestia f e r o z , l e d i c e , si á tu labio
Corre veloz-, y así q u e del palacio
« Acabar esa frase h e p e r m i t i d o ,
S e v e distante el s u f i c i e n t e espacio
« Fué por n o h a c e r á mi r e n o m b r e agravio.
Para q u e obrar sobre n i n g ú n caudillo
190

« Con q u i e n sin y e l m o e s t á , y o n o m e m i d o »
- « ¿ P o r q u é mostrarte,« el m u s u l m á n r e s p o n d e ,
« De lo q u e n a d a á mí m e i m p o r t a , inquieto ;
« Solo y sin y e l m o á s o s t e n e r lo dicho
« Contra v o s o t r o s d o s m e c o m p r o m e t o -
- « ¡ Ah! p o r D i o s d i c e á Sacripante el c o n d e ,
« P o r Dios tu v e l m o á e s e arrogante p r e s t a ,
« A q u i e n va á ser su insensatez funesta. » -
— « N o s é cual d e n o s o t r o s e n tal caso
« Fuera el m a s l o c o , » dicele el circaso.
« Si tu d e m a n d a te parece h o n e s t a ,
« Préstale el t u v o t ú , q u e á dar c a s t i g o ,
« Cual t ú , y o á ese frenético m e obligo. » -
— « N e c i o s , » replica F e r r a g u t , ¿acaso
« Dudáis d e q u e si u n y e l m o y o q u i s i e r a ,
« N o hubiera y a , d e b u e n o ó d e mal g r a d o ,
« De a q u e s o s vuestras s i e n e s despojado ?
« Si así n o l o hice y a , f u é q u e ante el cielo
« Por v o t o m e h e obligado
« A c e ñ i r s o l o aquel q u e e n A s p r o m o n t e
« El c o n d e Orlando arrebatara á Almonte. » —
— « ¿ C ó m o ? » i n t e r r u m p e c o n sonrisa dura
El p r í n c i p e d e Anglante : « ¿ p o r v e n t u r a .
« S o l o y sin v e l m o , piensas ser bastrmte
« A alcanzar el del hijo d e Agolante ?
« N o , no-, m a s b i e n d e Orlando ante f a t u t a ,
« D e s d e el cabello hasta los p i e s , temblaras:
« Y, l é j o s d e e m p r e n d e r e s a c o n q u i s t a ,
« Hasta á tus propias armas r e n u n c i a r a s . —
— « ¡ Q u é ! » replica el altivo s a r r a c e n o ,
« ¿A Orlando e n m i l e n c u e n t r o s n o h e vencido
« Y e n m i poder s u s armas n o h e tenido ?
« Si el y e l m o n o g u a r d é , fué q u e propuesta
« E n t o n c e s n o m e habia
« El plan q u e espero realizar b i e n presto. •»
« M i e n t e s , vil i m p o s t o r , m i e n t e s mil v e c e s , »
L l e n o d e furia l e i n t e r r u m p e el c o n d e .
« C u á n d o , d i m e , ni d ó n d e
« Has v e n i d o á las m a n o s c o n Orlando?
« O r l a n d o , e s e g u e r r e r o en c u y a m e n g u a
« S o l t ó la i n d i s c r e c i ó n tu torpe l e n g u a ,
« E s e s o y y o , y o m i s m o , el q u e arrancarte
« S e p r o p o n e las a r m a s q u e aquí vistes
« Si e n tu i m p o s t u r a insólita persistes.
« Ventaja a l g u n a s o b r e tí no q u i e r o , »
Dice : d e s l a z a el y e l m o , q u e d e u n haya
A u n a rama s u s p e n d e , y el acero
Contra el m o r o dirige. N o d e s m a y a
El m u s u l m á n , q u e , s u b r o q u e l a l z a n d o ,
Los g o l p e s para q u e redobla Orlando.
Mas recia lid n o v i ó j a m a s n a t u r a .
En a r d i m i e n t o i g u a l e s ,
En destreza y p o d e r l o s d o s r i v a l e s ,
De s u s c o t a s b u s c a b a n la j u n t u r a ,
Y sin cesar t o r n a b a n s u s c o r c e l e s ,
O p o n i e n d o á la e s p a d a l o s b r o q u e l e s .
N o s é , s e ñ o r , si r e f e r i d o o s llevo
Cual f u e s e , e n t o d o e l b u s t o ,
Invulnerable e l m u s u l m á n r o b u s t o ,
Excepto en aquel punto reducido
Por d o n d e t o m a d e la v i d a el c e b o
El n i ñ o n o n a c i d o ;
P u n t o q u e h a s t a su m u e r t e
L l e v ó por t a n t o el m o r o p r o t e g i d o
Con siete c h a p a s d e l metal m a s fuerte.
Dura m a s q u e el d i a m a n t e
La piel era a s i m i s m o del d e A n g l a n t e ,
Que penetrar el h i e r r o
S o l o e n las plantas d e l o s p i e s podia.
Por e s o r e s g u a r d a d a aquella parte
Llevaba s i e m p r e c o n e s m e r o y arte.
De a d o r n o , p u e s , m a s b i e n q u e d e d e f e n s a ,
Su fuerte c o t a á c a d a cual s e r v i a .
S o b r e ellas á la v e z l o s d o s g u e r r e r o s
Vibraban f u r i b u n d o s s u s a c e r o s ,
Miéntras q u e S a c r i p a n t e d e la «táffca,
A q u i e n d e allí n o léjos s u p o n í a ,
S i g u i e n d o va las h u e l l a s por la g r a m a .
S o l o A n g é l i c a , p u e s , y esta i n v i s i b l e ,
T e s t i g o f u é d e l u c h a tan terrible.
Del valor del p a g a n o al v e r las p r u e b a s ,
Al v e r la furia del s e ñ o r d e A n g l a n t e ,
La d a m a , a m a n t e d e aventuras n u e v a s ,
El y e l m o , c a u s a d e la l i d , d e s c u e l g a ,
Y d e a n t e m a n o e n c o n t e m p l a r s e huelga
Cual d e su audaz p r o y e c t o
D e b e d e ser el s o r p r e n d e n t e e f e c t o .
Bien q u e r e s u e l t a á d e v o l v e r l o á Orlando
Así q u e e n c u e n t r e una o c a s i o n , j u g a n d o
El y e l m o c o g e , e n v u é l v e l o e n s u f a l d a ,
Atentamente á los guerros m i r a ,
Y e n s e g u i d a , v o l v i é n d o l e s la e s p a l d a ,
Sin d e s p l e g a r l o s labios s e retira.
Largo t r e c h o tras sí ya aquel terreno
Dejó la d a m a , c u a n d o
A n s i o s o s ojos Ferragut t o r n a n d o ,
El h u r t o n o t a , y d e coraje l l e n o ,
S u s p e n d i e n d o la l u c h a , dice á Orlando :
« ¿ A q u é lidiar? ¿ n o adviertes
« C u a l , d e n e c i o tratando n u e s t r o a r r o j o ,
« De r o b a r n o s acaba
« E s e g u e r r e r o el ú n i c o d e s p o j o
« Que al v e n c e d o r e l triunfo reservaba ? »
T u e r c e la vista el c o n d e , al r a m o mira •,
Mas e l y e l m o n o v e , y ardiendo e n i r a ,
C o n F e r r a g u t c o n v i e n e e n el instante
E n q u e el ladrón ha sido Sacripante.
La b r i d a , p u e s , v o l v i e n d o c o n coraje
Aguija á s u c o r c e l . S i g ú e l e el m o r o ,
Y j u n t o s así l l e g a n á u n paraje ADgélica procura evitar á Orlando, Sacripante v Ferragut.
D o n d e la v e r d e y e r b a (T. I, p. 192. ) • •
L a s r e c i e n t e s pisadas todavía
Del circaso y d e Angélica c o n s e r v a .
Del circaso la h u e l l a ,
Hacia la i z q u i e r d a , s i g u e p o r el llano
El d e A n g e r , mientra el m o n t e el africano
Registra por hallar á la d o n c e l l a ,
» Y miéntras q u e e s t a , d e u n a f u e n t e clara
Al llegar á las m á r g e n e s , s e para.
Nada c r e y e n d o allí t e m e r , d e un t a l l o ,
A la orilla del r i o , el y e l m o c u e l g a ,
Y á atar va s u caballo
D o mas fresca y m a s alta v e la mielga.
Del m u s u l m á n , e n tanto q u e sin tregua
Tras ella c o r r e , s ú b i t o s e o f r e c e
A l o s o j o s la d a m a . E n a j e n a d o
P o r abrazarla él v a ; m a s , e n s u y e g u a
Ella m o n t a n d o al p u n t o , d e s p a r e c e .
Confuso el agareno p e r m a n e c e ,
A Mahoma m a l d i c e , á T r e v i g e n t e
Y á s u s profetas t o d o s . De la f u e n t e
En t o r n o , tras Angélica g i r a n d o ,
El y e l m o e n e s t o v e ; l a s letras mira
Que e n s u c e r c o g r a b a d a s d i c e n c u a n d o ,
D o n d e , c o m o , y d e q u i e n lo o b t u v o Orlando.
C ó g e l o p u e s ; y sin q u e p a r t e sea
A impedirlo el d o l o r q u e l e t r a s t o r n a ,
S u sien c o n él a d o r n a
Y a n s i o s o p a r l e , sin s a b e r p o r d o n d e ,
Tras d e la dama q u e á s u afan s e e s c o n d e .
De hallarla e n fin p e r d i d a la e s p e r a n z a ;
Mas, calmada la a n g u s t i a q u e le aflige
El y e l m o al v e r d e q u e d e h a c e r s e d u e ñ o
Contrajo ha p o c o i r r e v o c a b l e e m p e ñ o ,
Hácia París ufano s e d i r i g e .
S o l a , e n o j a d a , i n q u i e t a , o r a invisible
Y descubierta a g o r a ,
S e g ú n l o s p u e b l o s d o n d e pasa ó m o r a ,
F i r m e Angélica s i e m p r e e n s u p r o y e c t o ,
T o m a d e Oriente el r u m b o m a s d i r e c t o ,
Sin cesar en su m e n t e r e p r o b a n d o
La causa q u e del y e l m o p r i v a á Orlando.
« ¿ E s e s t e , es e s t e el p a g o , » s e d e c i a , Ü t i l , m a s q u e e n la l i d , e n el c o n s e j o .
« Que tan galan afecto m e r e c í a ? La s e g u n d a o b e d e c e
« ¡ A h ! c o n buena i n t e n c i ó n , sábelo e l c i e l o , Al j o v e n r e y d e T r e m c c e n , Alzirdo,
« Bien q u e d i v e r s o el resultado f u e r a , Cuyo valor, e s f u e r z o y bizarría
« Ese y e l m o c o g í . Mi solo anhelo E n África le dieron nombradia.
« F u é p o n e r fin á e s a batalla fiera, Con estas h u e s t e s a c a m p a d o e n torno
« Y n o servir al m o r o d e i n s t r u m e n t o De las murallas d e P a r i s , q u e e n vano
« Para h a c e r l e lograr s u inicuo intento. » Con frecuencia y c o n ímpetu a s a l t a b a .
En. castillos y villas invernaba
Así s u error la d a m a d e p l o r a n d o ,
El resto del ejército africano.
Su camino seguia.
De s o m e t e r a Carlos t o d o m e d i o
Tras largo viaje á u n b o s q u e llega u n dia
Apurado por fin, p i e n s a A g r a m a n t e
D o n d e , entre dos sus c o m p a ñ e r o s , muerto
P o n e r á su ciudad e s t r e c h o a s e d i o .
Un h e r m o s o m a n c e b o v e t e n d i d o ,
Con e s t e fin, no s o l o
Con hierro a g u d o el c o r a z o n h e r i d o .
De su brillante j u v e n t u d gran parte
Has á Angélica d e j o , al r e y circaso
Incorpora á las h u e s t e s d e .Marsilio,
Y á Ferragut. De Orlando á hablaros p a s o ,
S i n o toda la g e n t e asalariada
Y á contar v o y las p e n a s q u e s o s t u v o
Que seguir q u i s o e n Francia su estandarte -,
En su pasión q u e fin al fin n o tuvo.
P u e s , á e x c e p c i ó n d e a l g u n o q u e otro f u e r t e ,
I n c ó g n i t o viajar el h é r o e quiere. Del árabe e n p o d e r p u s o la s u e r t e
Un n u e v o y e l m o , p u e s , al p u n t o a d q u i e r e , Gran parte d e Gascuña y cuanta tierra
Y, del e n c a n t o e n el poder s e g u r o , Entre el mar d e Arles y Paris s e encierra.
Ni mira si s u t e m p l e e s blando ó d u r o .
B o t o s s u s grillos y a , l o s a r r o y u e l o s
Así c u b i e r t o , s u c a m i n o s i g u e ,
Por los n a c i e n t e s p r a d o s d i s c u r r í a n ,
Sin q u e n o c h e ni s o l , lluvia ni frió
Y l o s á r b o l e s , libres d e l o s h i e l o s ,
Un solo instante á d e m o r a r le obligue.
De flores s e cubrían
El s o l , v e r t i e n d o en perlas s u r o c í o ,
Al aire alzando sus l o z a n a s c o p a s ,
Sus f ú l g i d o s caballos ya mostraba.
Cuando el rey A g r a m a n t e , d e s u s tropas
Y el alba p u r a , d e r r a m a n d o f l o r e s ,
Saber q u e r i e n d o el n ú m e r o y la c l a s e ,
De v i s t o s o s c o l o r e s
Una revista o r d e n a q u e s e pase ;
Los c i e l o s y la tierra e n g a l a n a b a ,
Y a e s t e e f e c t o llegaba el d e Noricia
C u a n d o , e n p o s d e s u amada c a m i n a n d o ,
Con el de T r e m e c e n , m i e n t r a s Orlando
Y d e Paris p a s a n d o á corto t r e c h o ,
Buscaba d e su A n g é l i c a noticia.
Del valor d e s u p e c h o
Al ver al q u e j a m a s v i ó su s e g u n d o :
Díó n u e v a s p r u e b a s el ilustre Orlando.
A aquel a c u y o e s f u e r z o s e rindieron
Dos h u e s t e s allí nota. Una m a n d a d a Los g u e r r e r o s m a s c é l e b r e s del mundo-,
P o r el rey d e N o r i c i a , Manilardo, Al ver d e su s e m b l a n t e
En o t r o t i e m p o intrépido y g a l l a r d o ;
altiva m a j e s t a d , el n o b l e g e s t o ;
Hoy a c h a c o s o , v i e j o ,
CANTO xir.
A l z i r d o , q u e era j o v e n y a r r o g a n t e ,
D e s o r d e n a d o s h u y e n , ¡Ni reparan
Ilácia él d i s p u e s t o á combatir avanza.
En el r u m b o q u e t o m a n ;
Fuéle empero funesto Ni d e buscar, ni d e llevar c o n s i g o
Tan temerario ardor, p u e s c o n s u lanza Se cuida nadie al d e u d o ni al a m i g o .
El c o n d e Orlando h i r i é n d o l e e n el p e c h o , En m e d i o d e e s t a s aterradas g e n t e s ,
Del arzón lo s a c ó y á largo t r e c h o Andaba la virtud , c o n el e s p e j o
Lo arrojó del c a b a l l o , q u e s i n g u i a Que las m a n c h a s d e l alma hace p a t e n t e s .
D e s p a v o r i d o el c a m p o recorría. Miróse e n él tan s o l o
Llena d e horror la turba v i e n d o al s u e l o El b u e n r e y d e N o r i c í a , n o b l e v i e j o
Venir al j o v e n , por c u y a a n c h a herida En quien la edad el f u e g o d e las venas,
Con torrentes d e s a n g r e h u y e la v i d a , No el del alma a p a g ó . Gloriosa m u e r t e
Un u n á n i m e grito l a n z a al cielo-, A ignominiosa fuga prefiriendo,
Y, e n d e s o r d e n i g u a l , c o n igual ruido La lanza e n r i s t r a , q u e c o n g o l p e c r u d o
Al q u e d e c e r d o s f o r m a una m a n a d a R o m p e d e Orlando e n m e d i o del e s c u d o .
Al e s c u c h a r el e c o d o l o r i d o N o s e c o n m u e v e a q u e s t e , y c o n el h i e r r o ,
De a l g u n o d e l o s s u y o s Que e n su terrible m a n o e s t á d e s n u d o ,
Con el cual corre el l o b o á su m o r a d a , Hiere al rey al pasar. La s u e r t e , e m p e r o ,
T o d o s á u n t i e m p o al paladín gallardo Torciendo el g o l p e fiero,
E m b i s t e n , cual de c e r c a con e s p a d a , Preserva d e la m u e r t e al n o b l e anciano ,
Cual d e léjos c o n picas ó c o n dardo. Bien q u e le arroja e x á n i m e e n el llano.
Mas al h é r o e s u n ú m e r o n o i m p o r t a ; El h é r o e l u e g o , sin v o l v e r l o s o j o s ,
Y hiere y mata y c o r t a , Su c a m i n o c u b r i e n d o d e d e s p o j o s ,
Sin q u e á l o s g o l p e s d e s u b r a z o p u e d a Siguiendo va á la t u r b a a m e d r e n t a d a ,
La malla resistir m a s q u e la seda. Y la acosa y d e s t r u y e ,
¿ Q u i é n describir p o d r á t o d o el e s t r a g o Cual milano á b a n d a d a
Que e n e s t a h u e s t e Orlando h i z o aquel día? De jilguerillos q u e e n d e s o r d e n h u y e .
La tierra a p é n a s , h e c h o u n rojo l a g o , De viva g e n t e , e n fin , d e s a m p a r a d o
Tanto cadáver c o n t e n e r podia. El c a m p o v i e n d o , e n p o s d e s u s e ñ o r a
Con c a b e z a s y brazos p o r l o s v i e n t o s A partir se d i s p o n e ; m a s ignora
Volaban a y e s , q u e j a s y l a m e n t o s . Cual dirección t o m a r . De la d o n c e l l a
Bajo distintas y e s p a n t o s a s f o r m a s T e m e a l e j a r s e , p o r b u s c a r s u huella.
La torva m u e r t e el c a m p o visitando , P o r el llano y el m o n t e á c u a n t o s topa
<( Durandarte , » d e c í a , P r e g u n t a n d o por e l l a ,
& Vale e n m a n o s d e Orlando Pierde al cabo s u via
« Cien v e c e s m a s q u e la guadaña mia. » Cual ya p e r d i d o l a r a z ó n h a b i a ,
Los q u e , solo y las s i e n e s d e s c e ñ i d a s Y al pié d e u n c e r r o l l e g a aquella n o c h e ,
Mirándole llegar, d a r l e p e n s a r o n De c u y o h e n d i d o flanco, d e s d e l é j o s ,
Fácil c a s t i g o , por s a l v a r s u s vidas P a s m a d o v e salir v i v o s reflejos.
C u a l , perdida d e vista
La l i e b r e , s i g u e el cazador su p i s t a .
Y, ora e n h u m i l d e b o s q u e de q u e j i g o ,
Ora e n l o s c a m p o s q u e surcó la r e j a ,
De registrar n o deja
Ni una mata d e c á ñ a m o ó d e trigo
Do hallar p u d o s u víctim a un a b r i g o :
A s í , m a s l l e n o d e e s p e r a n z a , Orlando
Iba a n s i o s o á s u Angélica b u s c a n d o .
Marchando hacia la luz q u e v e n s u s o j o s ,
Llega á la gruta. S u interior p r o t e g e n
R a m o s , m a l e z a , abrojos,
Que á s u b o c a s e e n l a z a n ó e n t r e t e j e n .
P r o f u n d i z a r el c o n d e
El misterio q u e r i e n d o q u e e s t o e s c o n d e ,
Ata el c o r c e l , c o n d u c e
S u p a s o h a c i a la b ó v e d a e n c u b i e r t a ,
Y e n ella s e introduce
Sin llamar ni esperar l e abran la p u e r t a .
P o r g r a d o s s e bajaba
A e s t a n e g r a m a n s i ó n , q u e viva g e n t e
E n s u v a s t o recinto sepultaba.
El cincel q u e e n la roca
S u s m u r o s fabricó, talló i g u a l m e n t e
Hácia la diestra m a n o u n a poterna,
P o r d o n d e y por su b o c a
T o m a b a l u z la sepulcral caverna.
S e n t a d a j u n t o al f u e g o
U n a d o n c e l l a el paladín v e l u e g o .
Los tres lustros su faz n o descubría-,
Y , bien q u e algo ofuscada por e l d u e l o ,
S u b e l d a d e n u n cielo
A q u e l antro h o r r o r o s o convertía.
C o n ella d i s p u t a n d o , Orlando echa de ver á Isabel dentro de una cueva. (T. I, p. 198.)
Cual s u e l e ser la mujeril m a n í a ,
Allí u n a vieja s e e n c o n t r a b a , c u a n d o ,
D e s c e n d i e n d o á la gruta
Y c o r t e s s a l u d á n d o l a s , Orlando
Sus pláticas s u s p e n d e y su disputa.
Bien q u e turbadas al mirar al c o n d e
Y al escuchar su a c e n t o ,
L e v a n t á n d o s e al punto d e su a s i e n t o ,
A su s a l u d o cada cual r e s p o n d e .
« ¿ Quién e s » p r o r u m p e el j o v e n g e n e r o s o ,
« Quién el mortal infame
« Que aqui sepulta o b j e t o tan h e r m o s o ? »
Débil la v i r g e n , c o n a m a r g o llanto
I n u n d a n d o s u rostro d e a z u c e n a s ,
Narrarle p u e d e apenas
Lo q u e v e r é i s , si o s p l a c e , e n otro canto.

CASTO XIII.
Principio de la historia de Isabel. — Mata Orlando á veinte fora-
gidos que tenian encerrada á esta princesa, y parte de allí en
su compañía. — Fuga de la vieja Gabrina. - Melisa indica
de nuevo á Bradamante IOJ medios de poner á Roger en liber-
tad. — Entra Bradamante en el palacio encantado. — Reúnen
sus batallones los reyes Agramante y Marsilio.

¡ Felices l o s a n t i g u o s caballeros
Que e n las s e l v a s , los m o n t e s , los o t e r o s
Y en los riscos fragosos,
Morada d e las s i e r p e s y los o s o s ,
Topaban c o n d o n c e l l a s
Tal v e z m u c h o m a s bellas
Que las q u e e n l o s alcázares h o y día
Ojo e s c u d r i ñ a d o r hallar p o d r í a !
En u n a c u e v a Orlando
E n c o n t r a n d o , cual d i j e , á una d o n c e l l a ,
De s u dolor la c a u s a i n q u i e r e ; y e l l a ,
Gimiendo y s o l l o z a n d o ,
Con v o z m a s d u l c e aun q u e lastimera
A decirle e m p e z ó d e esta manera :
« S e ñ o r , bien que segura
« De acrecentar mi horrenda d e s v e n t u r a ,
Sus pláticas s u s p e n d e y su disputa.
Bien q u e turbadas al mirar al c o n d e
Y al escuchar su a c e n t o ,
L e v a n t á n d o s e al punto d e su a s i e n t o ,
A su s a l u d o cada cual r e s p o n d e .
« ¿ Quién e s » p r o r u m p e el j o v e n g e n e r o s o ,
« Quién el mortal infame
« Que aquí sepulta o b j e t o tan h e r m o s o ? »
Débil la v i r g e n , c o n a m a r g o llanto
I n u n d a n d o s u rostro d e a z u c e n a s ,
Narrarle p u e d e apénas
Lo q u e v e r é i s , si o s p l a c e , e n otro canto.

CASTO XIII.
Principio de la historia de Isabel. — Mata Orlando á veinte fora-
gidos que tenian encerrada á esta princesa, y parte de allí en
su compañía. — Fuga de la vieja Gabrina. - Melisa indica
de nuevo á Bradamante IOJ medios de poner á Roger en liber-
tad. — Entra Bradamante en el palacio encantado. — Reúnen
sus batallones los reyes Agramante y Marsilio.

¡ Felices l o s a n t i g u o s caballeros
Que e n las s e l v a s , los m o n t e s , los o t e r o s
Y en los riscos fragosos,
Morada d e las s i e r p e s y los o s o s ,
Topaban c o n d o n c e l l a s
Tal v e z m u c h o m a s bellas
Que las q u e e n l o s alcázares h o y día
Ojo e s c u d r i ñ a d o r hallar p o d r í a !
En u n a c u e v a Orlando
E n c o n t r a n d o , cual d i j e , á una d o n c e l l a ,
De s u dolor la c a u s a i n q u i e r e ; y e l l a ,
Gimiendo y s o l l o z a n d o ,
Con v o z m a s d u l c e aun q u e lastimera
A decirle e m p e z ó d e esta manera :
« S e ñ o r , bien que segura
« De acrecentar mi horrenda d e s v e n t u r a ,
<i P u e s c u a n t o aquí y o o s d i g a , esa i n h u m a n a « De unir su suerte c o n la suerte mia.
« A mi o p r e s o r ha d e contar m a ñ a n a , a Por e s t o , y n o d u d a n d o q u e invencible
« A narraros m i s penas m e d i s p o n g o , « A nuestra unión o b s t á c u l o seria
« Y mi e x i s t e n c i a c o n placer e x p o n g o « La variedad d e f e , p u e s q u e cristiano
« Al pensar q u e la m u e r t e « Es él y mora y o , pedir mi m a n o
« P u e d e tan solo mejorar mi s u e r t e . « A mi padre no q u i e r e ,
« Isabel m e l l a m é ; hija otro tiempo « Que o b t e n e r m e prefiere
« Del rey d e s v e n t u r a d o d e Galicia, « Con secreto y ardid. Presto u n a carta
« Hija soy h o y del llanto y la injusticia; « De su designio i n s t r u y e m e , y a ñ a d e
« Q u e , al principio o t o r g á n d o m e m e r c e d e s , « Que á c o n d u c i r m e a d o n d e m a s m e agrade
« Amor al cabo m e e n v o l v i ó e n sus redes. « T i e n e un bajel d i s p u e s t o e n Santa Marta.
« V i é n d o m e j o v e n , n o b l e , rica y b e l l a , « En e s t o , d e su p a d r e o r d e n l e intima
« Feliz m e c o n t e m p l a b a ; « Que del rey Cárlos al s o c o r r o parta.
« P o b r e s o y h o y , envilecida esclava. « No p u d i e n d o dar c i m a
« Ó y e m e p u e s , s e ñ o r , y si a c o r r e r m e « Por lo tanto á su e m p r e s a , la e n c o m i e n d a
« A tu b r a z o n o e s d a d o , á t u alma al m e n o s « Al j o v e n Odorico d e V i z c a y a ,
« P e r m i t i d o será c o m p a d e c e r m e . a Doncel q u e e n l o s p e l i g r o s n o d e s m a y a ,
« P o r o r d e n d e mi padre u n gran torneo « En c u y o celo y amistad c o n f i a ;
« C e l e b r ó s e e n Bayona, hace ora un año. o E hiciéralo en v e r d a d c o n j u s t o s d a t o s ,
« De l u e n g o s y d e p r ó x i m o s c o n f i n e s « A n o ser tanto el n ú m e r o d e ingratos.
« La fama atrajo ilustres p a l a d i n e s , « De mi estancia n o léjos existia
« Y d e e l l o s , f u e s e del amor e n g a ñ o , « Un j a r d i n , c i r c u n d a d o
« O f u e s e r e a l i d a d , Zerbino e n mi alma « Por la mar hácia u n l a d o ,
« P o r su gracia y valor llevó la palma. d Y d e verdes colinas hácia el otro.
« P r e s a e n s u a m o r , dejé d e ser ya m i a , « Este siendo el paraje q u e m a s apto
« Y, sin siquiera sospechar mi e s t a d o , « A proteger mi fuga p a r e c í a ,
« De mi c i e g a pasión hice mi guia. « Llena d e g o z o e n él m e e n c u e n t r o el dia
« A e s t a p a s i ó n c o r r e s p o n d i ó mi a m a d o ; « Que propone Odorico para el rapto.
« Ni o c a s i o n e s ni i n t é r p r e t e s fallaron « A media n o c h e , p u e s , e n c o m p a ñ í a
« Que d e v e r n o s y hablarnos cada dia « De su g e n t e saltó sin r u i d o á t i e r r a ,
« La d i c h a á n u e s t r o afan p r o p o r c i o n a r o n , « Y hasta el jardin s e v i n o
« Y c u a n d o , terminada ya esta g u e r r a , « El mensajero d e m i fiel Zerbino.
« Y v o l v i é n d o s e el j o v e n á su t i e r r a , « De a l l í , y á n t e s q u e nada
« V e r n o s ya n o p o d i m o s , « Se trasluciese e n la c i u d a d , llevada
« De e t e r n o amor s o l e m n e fe n o s d i m o s .
« Al b u q u e fui. De mi indefensa g e n t e
« Si s a b e s q u é e s amor, d e mi suplicio <c Parte muerta q u e d ó , parte c a u t i v a ;
* J u z g a y del sacrificio « De mi tierra nativa
« De Z e r b i n o , q u e tierno e n ansia ardía « Así p a r t í , p e n s a n d o e n el instante
« Mece el v i e n t o la umbrífera guirnalda
« Que iba á u n i r m e por s i e m p r e c o n m i amante. « Y á quien el turbio mar besa la falda.
« El cabo d e M o n g í a « Amor, e s e v e r d u g o
« Doblado apénr.s e l bajel habia, « De la justicia y la razón , al y u g o
« Cuando, d e negra nube « De su antojo á Odorico s o m e t i e n d o ,
« Las h ú m e d a s e n t r a ñ a s d e s g a r r a n d o , « De s u a l m a , e n solo un d i a ,
« Sopla el mistral infando « Destierra la amistad y hasta el recuerdo
« Que el mar r e v u e l v e y n u e s t r o atan c o n t r a s t a , « De c u a n t o bien á s u s e ñ o r debia.
« En v a n o al d i e s t r o lado y al siniestro « Allí p u e s , f u e s e ya q u e d e s d e l u e g o
« T u e r c e el p a t r ó n . ¡Si basta « En su p e c h o Odorico a q u e s t e f u e g o ,
« Las velas t o d a s r e c o g e r , ni el mástil « Sin osar d e c l a r a r l o , c o n c i b i e s e ,
« Sobre el p u e n t e t e n d e r . Mal grado n u e s t r o . « F u e s e la s o l e d a d d e aquel paraje
« Por el v i e n t o c o n furia s a c u d i d a , « Quien tal r e s o l u c i ó n l e s u g i r i e s e ,
« En los p e ñ a s c o s q u e á Rochela cercan « Juzgando q u e o p o r t u n o
« Iba á estrellarse n u e s t r a frágil n a v e , « Es el m o m e n t o para h a c e r m e ultraje,
« Cuando , al mirar n u e s t r o conflicto g r a v e , « Piensa alejar al u n o
« Al j e f e el cielo s u g i r i ó una idea « De l o s d o s q u e , c o n él y q u e c o n m i g o ,
« Que n o s i e m p r e c o n é x i t o s e emplea. « El í m p e t u e n e m i g o
« Del b u q u e s a l t a , y é n t r a s e e n la l a n c h a ; « Evitaron del mar. Era e s t e A l m o n i o ,
« H á c e m e entrar c o n é l : tras d e n o s o t r o s « Q u e , e n miles d e o c a s i o n e s , á Zerbino
« Entran l u e g o d o s m a s , y d e l o s o t r o s « De su aprecio y s u fe dió t e s t i m o n i o .
« ¡Ni u n o q u e d a r a e n el bajel siquiera « - V é , d í c e l e O d o r i c o , v é á la villa,
« Si Odorico á su afan n o s e opusiera. « Y c o n d u c e u n c a b a l l o ; q u e e s mancilla
« En la frágil barquilla « De nuestro h o n o r sufrir q u e plantas tales
« Salvos así l l e g a m o s á la orilla , « Caminen por a q u e s t o s p e d r e g a l e s .
« Desde d o n d e u n instante d e s c u b r i m o s « P r e s t o hácia la R o c h e l a ,
« De n u e s t r a g e n t e y del bajel l o s r e s t o s . « Que seis millas d e allí tan s o l o d i s t a ,
« Con e l l o s p r o n t o sepultarse v i m o s « Por el b o s q u e q u e e s c ó n d e l a á la v i s t a ,
« En las o n d a s del mar v e s t i d o s . o r o « Sin nada recelar, A l m o n i o vuela.
« Y t o d o n u e s t r o haber, n u e s t r o tesoro. « C o m p a ñ e r o d e infancia d e Odorico
« C o n t e n t a , e m p e r o , y o c o n el c o n s u e l o « Y nacido en B i l b a o ,
« De poder abrazar á mi Z e r b i n o , « Corebo s e llamaba e l o t r o j o v e n
« Las gracias di r e c o n o c i d a al c i e l o , « Que e s c a p ó c o n n o s o t r o s e n la nao.
« Que m e libró d e tan fatal destino. « No p u d i e n d o alejarle,
« Por la d e s i e r t a playa , « Ni hallar e n él o p o s i c i o n c r e y e n d o ,
« B u s c a n d o a l g u n a c a s a , algún c a m i n o , <í Su propósito h o r r e n d o
« Con a v i d e z s e e x p l a y a « S e decide Odorico á r e v e l a r l e ,
« Nuestra vista e n t r e tanto v a n a m e n t e . « N o d u d a n d o encontrarle m a s d i s p u e s t o
« S o l o u n m o n t e s e v e . d e c u y a frente
« Que á seguir el camino de lo justo « C o n t r a Escila la n a v e se d e s t r u y e .
« A consultar d e su s e ñ o r el gusto. (( P u e s si bien tan adversa
« E n g a ñ ó l e su afan ; q u e el buen C o r e b o , « Mi suerte hasta h o y n o fué ni tan p e r v e r s a ,
« Noble y c o r t e s m a n c e b o , « Que esa g e n t e salvaje
« Furioso al e s c u c h a r esta p r o p u e s t a , « Hacer osará á mi virtud u l t r a j e ,
« Su designio reprueba y contraresta. « De su rapacidad y su injusticia
« P r o n t o uno y o t r o , con igual d e n u e d o , « M e p r e s e r v ó tan s o l o su c o d i c i a ,
« El hierro sacan. Llena d e c o n g o j a , « Q u e , vendiéndome pura,
« Aguijada y o e n tanto por el m i e d o a E s m a y o r su g a n a n c i a y m a s s e g u r a .
« Huyo d e allí; m a s á Corebo en b r e v e « Hace o c h o m e s e s y e m p e z ó ya el n o n o
« Su aguerrido adversario al s u e l o arroja •, « Que e n esta cárcel g i m o s u m e r g i d a .
« Veloz l u e g o persigúeme-, m e a l c a n z a , « La esperanza a b a n d o n o
« Y, c o n ardientes s ú p l i c a s , m e brinda « De v e r m e n u n c a á mi Zerbino unida.
« A q u e á s u a m o r mi corazon y o rinda. « De mi impía s u e r t e ya c o n o z c o el fallo.
« V i e n d o e m p e r o q u e v a n a e s su esperanza « S a b e d , señor, sabed que estoy vendida
« Y e n e x t r e m o t e n a z mi r e s i s t e n c i a , « A un m e r c a d e r q u e e n b r e v e
« Recurrir q u i e r e el m o n s t r u o á la violencia. « C o n d u c i r m e al serrallo
« En v a n o del q u e adoro « De u n s o b e r a n o del Levante d e b e . »
« La amistad le recuerdo. En v a n o lloro Miéntras la d a m a , hablando a s í , r e n u e v a ,
« Y á sus p i e s arrojándome suplico, Y acaso alivia su d o l o r , c o n h o c e s
« El bárbaro Odorico Y c o n palos a r m a d o s , dando v o c e s ,
« Mi v o z d e s o y e , y , cual rabioso t i g r e , Veinte m a l v a d o s m u é s t r a n s e e n la c u e v a .
« Cúpido m e a c o m e t e . Yo dispuesta En su faz torva u n ojo solo lleva
« A morir á n t e s q u e mi h o n o r p e l i g r e , De esta caterva el bárbaro c a u d i l l o ;
« Hasta el c i e l o lanzando a g u d o g r i t o , Del otro le privó g o l p e t r e m e n d o
« S o b r e el p é r f i d o , audaz m e p r e c i p i t o , Su nariz m a g u l l a n d o y s u carrillo.
« Y, á m i s uñas y d i e n t e s r e c u r r i e n d o , Este f e r o z , al caballero v i e n d o
« Su barba arranco y su s e m b l a n t e o f e n d o . Sentado c o n la d a m a ,
« En e s l o , c o n d u c i d o s Hácia los s u y o s v u é l v e s e y e x c l a m a :
« Tal v e z por m i s p u n z a n t e s a l a r i d o s , « Hoy, nuestras r e d e s sin haber t e n d i d o ,
h Tal v e z por su c o s t u m b r e « Un pájaro d e c u e n t a h e m o s c o g i d o . »
« De asaltar á l o s n á u f r a g o s , del b o s q u e Y al c o n d e d i r i g i é n d o s e , l e d i c e :
« Salen s ú b i t a m e n t e u n o s b a n d i d o s . « Si mi afan s o s p e c h a s t e , ó por alguno
« Odorico s u e m p r e s a al v e r l o s d e j a , « Mi antojo c o n o c i s t e
« Y, la espalda v o l v i é n d o m e , s e aleja. « Del m a n t o y d e las armas q u e en tí v e o ,
« Del falso a m i g o d e mi fiel Zerbino « El instante o p o r t u n o
« A l i b e r t a r m e aquella c h u s m a v i n o : « E s d e q u e satisfagas mi d e s e o . »
« A s í , tal y e z , m i e n t r a á Caribdis h u y e , Álzase o y e n d o e s t e discurso el c o n d e ,
Y, c o n s o n r i s a a m a r g a , le r e s p o n d e :
« Armas cual e s t a s , n e c i o
« No te v e n d i e r a u n m e r c a d e r al p r e c i o
« Que te haré y o pagar. » D i c e ; y e n h u m o
Y en f u e g o e n v u e l t o , d e la l u m b r e saca
Grueso tizón : al malandrín a t a c a ,
Y entre una y otra ceja
Le hiere c o n tal fuerza y tal e n o j o ,
Que d e la vista el o j o
Que miraba aun la l u z , privado d e j a ,
Y s u alma l u e g o , d e s u audacia e n p a g o ,
Envia de Quiron al turbio l a g o .
Sobre r o b u s t o y t o s c o pié y a c i a ,
En m e d i o d e la c u e v a , u n a gran m e s a
De d o s p a l m o s d e g r u e s a ,
En torno d e la cual toda c a b i a ,
Su j e f e al f r e n t e , la caterva impía.
Cógela el c o n d e ; y , sin m a y o r e s f u e r z o ,
Con la soltura e x t r a ñ a ,
Que tanto e n el h i s p a n o s e celebra
Para blandir la c a ñ a ,
Sobre la turba arrójala. A cual quiebra
Cabeza, pierna ó b r a z o ,
A cual el p e c h o , á cual el e s p i n a z o ;
Cual e n el s u e l o m a g u l l a d o q u e d a ,

Y v e n t u r o s o aquel á q u i e n 110 v e d a
Este g o l p e escapar. Mayor e s t r a g o
N o hace g r u e s o p e ñ ó n q u e s e d e s p l o m a
S o b r e u n haz d e c u l e b r a s
Que ufano el sol d e primavera toma.
Sin cola parte u n a ;
Otra q u e , h e r i d a deslizarse q u i e r e ,
E n r o s c á n d o s e e n v a n o , al cabo m u e r e ;
Y por la y e r b a , c o n o c u l t o s e s g o ,
Corre tal v e z a l g u n a
Que evitar p u d o s u inminente riesgo.
Los b a n d i d o s q u e el s u y o conjuraron
(Asegura Turpin q u e fueron s i e t e ) .
Su d e f e n s a á l o s pies e n c o m e n d a r o n - ,
Mas el c o n d e l o s s i g u e y a c o m e t e ,
Los c o g e : c o n un c a b l e , sin f a t i g a ,
Sus t o r p e s m a n o s f u e r t e m e n t e l i g a ,
Y arrastrándolos f u e r a de la c u e v a ,
A u n r a m o , (pie prepara c o n s u e s p a d a ,
C o l g á n d o l o s para pábulo d e c u e r v o s ,
Al m u n d o purga d e e n t e s tan protervos.
Tal suerte al v e r s u c ó m p l i c e la v i e j a ,
Los c a b e l l o s m e s á n d o s e , se aleja.
Por á s p e r o s parajes
V a g a n d o asi turbada y sin s e n d e r o ,
De u n a r r o y o á las m á r g e n e s salvajes
E n c u é n t r a s e por fin c o n un guerrero.
Mas c o n t a r o s quien fuese aquí n o q u i e r o ;
Y v u e l v o á la d o n c e l l a
De q u i e n c o r t e s , hasta ponerla en s a l v o ,
Seguir p r o m e t e el paladín la huella.
Sus mejillas d e púrpura y d e rosas
La aurora iba á m o s t r a r , c u a n d o c o n ella
Su marcha Orlando c o m e n z ó . Sin c o s a s
Que narrarse m e r e z c a n , j u n t o s v a g a n ,
Y al cabo d e u n o s dias prisionero
Hácia e l l o s v e n venir un caballero.
Quien f u e s e ya d i r é ; q u e e n este instante
A hablar v o y d e la bella
Q u e , triste y a f l i g i d a , mientra en vano
Aguarda al caro a m a n t e
Vence e n e n c u e n t r o s mil al africano
Que tala el territorio d e Marsella,
Mostrando así s u e s f u e r z o , su h e r o í s m o
Y s u a m o r por su p u e b l o á un tiempo m i s m o .
Mientra inquieta y llorosa u n a m a ñ a n a ,
Llegar n o v i e n d o á su Roger, s e a f a n a ,
A s u vista p r e s é n t a s e la m a g a ,
Armada d e la j o y a peregrina
Cuya virtud logró cerrar la llaga
Que e n el p e c h o del h é r o e abriera Alcina.
2 0 9
CANTO X I I I .

2G8 ORLANDO FURIOSO.


De la ilustre doncella á la m e m o r i a
Viendo sola á M e l i s a , Recuerda de s u estirpe la alta gloria.
Agitada, i n d e c i s a , « Ya e n varias o c a s i o n e s , »
Turbada B r a d a m a n t e , apénas o s a Le dice i n t e r r u m p i e n d o R r a d a m a n t e ,
Abrir el labio ni m o v e r la planta ; « Me r e f e r i s t e , ¡ o h sabia amiga mia !
Mas, s u r e c e l o al c o n t e m p l a r , b o n d o s a « Los n o m b r e s d e l o s ínclitos v a r o n e s
La m a g a s e adelanta « Que d e m i s n i e t o s n a c e r á n un d i a ;
« Mas ¿ d a d o , d i , saber no m e seria
Y así le d i c e : « C á l m a t e , q u e r i d a ;
« Si e n t r e las h e m b r a s d e esta d e s c e n d e n c i a
«( No t e m a s p o r R o g e r , q u e te a m a y v i v e ,
« Ha d e e x i s t i r alguna
« Bien q u e d e n u e v o , por salvar su v i d a ,
« Cuya b e l d a d , c u y a virtud ó ciencia
« De libertad e l m á g i c o le prive.
« Logre a u m e n t a r el brillo d e su cuna ? »
« Si v o l v é r s e l a q u i e r e s , v e n c o n m i g o ;
« Y o á c o n d u c i r t e á su m a n s i ó n m e obligo. — « De tí s a l d r á n , » dice e l l a , « altas s e ñ o r a s
« Madres d e e m p e r a d o r e s y d e r e y e s ,
Y prosiguió narrando
« Y regeneradoras
De q u é e n g a ñ o fatal bajo el i n f l u j o ,
« De antiguas casas y abolidas l e y e s .
Con tantos o t r o s , á Roger c o n d u j o
« Honestas y piadosas y p r u d e n t e s ,
El mágico á s u alcázar, d o b u s c a n d o
« Alcanzarán la fama q u e sus h o m b r e s
Con ansia c a d a cual lo q u e m a s ama
« Lograran p o r s a g a c e s y v a l i e n t e s ;
Mirar á cada instante s e figura
« Y serán t a n t a s , q u e el citar sus n o m b r e s
A s u a m i g o , á su paje ó á su dama.
« Prolijo fuera y t e m e r a r i o e m p e ñ o .
« Al a c e r c a r t e allí v e r á s , p r o s i g u e ,
« De ellas e m p e r o v o y á r e v e l a r t e ,
« A tu e n c u e n t r o salir al m a g o Atlante
« Sus timbres r e f i r i é n d o t e , una parte.
« De R o g e r c o n la forma y el s e m b l a n t e .
« O p r i m i d o , á tus ojos « Mas, ¿ p o r q u é esta pregunta
« Se mostrará por adversario fuerte, « No m e hiciste e n la c u e v a ? Allí tu estirpe •
« Y. s o c o r r o pidiéndote d e h i n o j o s , « Te hubiera y o m o s t r a d o toda junta.
o Tratará d e engañarte y sorprenderte-, « De ella saldrá la i n s i g n e , y b e l l a , y n o b l e ,
« Mas está p r e v e n i d a , « Magnánima I s a b e l , á c u y a ciencia
« Y sin p i e d a d arráncale la v i d a ; « Será igual s u virtud y su prudencia.
« Que d e R o g e r , en v e z d e darle m u e r t e , « Reina del M i n c i o , su reinado ilustre
<( Por este m e d i o aliviarás la suerte. » « Al s u e l o á q u i e n dió n o m b r e
Sus a r m a s r e v i s t i e n d o la g u e r r e r a , « La m a d r e d e O c n o , llenará d e lustre.
A seguir s e d i s p o n e á la h e c h i c e r a , « Digno d e e s t a s e g u n d a P e n e l o p e
Q u e , por b o s q u e s y c a m p o s c a m i n a n d o , « Será su n o b l e e s p o s o ,
Hacia el palacio m á g i c o la g u i a , « Q u e , e n astucia y saber s e g u n d o U l i s e s ,
Con pláticas sabrosas endulzando « Al Tar v o l a n d o , lanzará brioso
Lo largo y fatigoso de la via. H De Italia toda las doradas lises.
« Cosas m a s g r a n d e s q u e estas todavía
La m a g a , á cuya m e n t e
Pasado y porvenir está p r e s e n t e ,
« En su e l o g i o narrarte y o podria, « Fuera imposible e m p r e s a ,
« Que m e c o n t ó Merlin; mas s i , en tan v a s t o « Cuando los e c o s cada cual reclama
« Piélago e m p r e n d o el s e s g o , « De la sonora trompa d e la fama.
« Por él m a s t i e m p o á navegar m e arriesgo « Ni tampoco hablaré d e las L u c r e c i a s ,
« Que d e la mar d e Grecia por la e s p u m a « Las B l a n c a s , las C o n s t a n c i a s ,
« El piloto d e Coicos n a v e g a r a ; « Ni d e otras m i l , c u y o saber y acierto
« Y diré s o l o e n s u m a « S u solio e n decadencia
« Que el c i e l o á u n a mujer n u n c a otorgara « Conducirán d e salvación al p u e r t o .
« Dote q u e e s t a princesa n o r e s u m a . « Famosa e n fin tu clara d e s c e n d e n c i a ,
« Su h e r m a n a B e a t r i z , e n quien fortuna « Al par d e las m a s g r a n d e s y f a m o s a s ,
« A m a n o s llenas v e r t e r á sus d o n e s , « Será por el recato d e sus hijas
« Cabe ella brillará. Bella y dichosa « Y por la alta virtud de sus esposas.
« Mas q u e mujer alguna « Y á fin d e q u e t a m p o c o e n esta parte
« En el orbe lo f u é , grata y sabrosa « Exista para tí cosa s e c r e t a ,
« Sabrá hacer la e x i s t e n c i a « E s mi i n t e n t o m o s t r a r l e
« Del caro e s p o s o , á q u i e n la m u e r t e impía « Cuanto s o b r e ella m e a n u n c i ó el profeta.
« Vendrá á l l e v a r s e e n m e d i o á su alegría. « V o y por Ricarda á c o m e n z a r . Modelo*
« Del rojo mar á la hiperbórea n i e v e , « De'fortaleza y d e v i r t u d , j u g u e t e
« D e s d e el Indo á l o s m o n t e s « Del rigor d e f o r t u n a ,
« Que s i r v e n á tres mares d e h o r i z o n t e s , « Viuda e n la flor d e sus m a s bellos a ñ o s ,
« F o r m i d a b l e s s e r á n , mientra ella v i v a , « Lanzados d e s u trono y d e s u suelo
« Los E s f o r z a s , l o s M o r o s , l o s Viscontes. « A sus hijos v e r á climas e x t r a ñ o s
« A s u m u e r t e , cautiva « Albergue l e s d a r a n , y a l l í , v e n d i d o s
« La Insubria g e m i r á en poder de e x t r a ñ o s , « A c o b a r d e s contrarios f e m e n t i d o s ,
« É Italia, e s c l a v i z a d a , la prudencia « Esclavos vivirán hasta q u e al c i e l o
« Opondrá á la o p r e s i o n y á la violencia. « Plazca poner un t é r m i n o á s u d u e l o .
« Antes algunos a ñ o s , « De la antigua p r o g e n i e a r a g o n e s a
« Del felice natal d e esta princesa « No pasara e n silencio la v o z mía
« Nacerán varias ínclitas doncellas « A la virtuosa y púdica princesa.
« Que el m i s m o n o m b r e llevarán. De Hungría « Cubierto d e m a s gloria
« Con la c o r o n a un dia « Que la q u e al s u y o ha d e realzar un dia
« Su pulcra s i e n adornará una d e l l a s ; « No citaron l o s fastos d e la historia
« Miéntras d e la otra el a l m a pura y s a n t a , « Nombre alguno jamas. El c i e l o n u n c a
« D i r i g i é n d o s e al c i c l o , « P r o d i g ó , cual sobre e l l a , s u s b o n d a d e s .
« Verá cual e n s u obsequio s e levanta « Digna madre de Hipólito y s u h e r m a n o ,
« Mas d e u n altar por el a u s o n i o suelo. « Y d e I s a b e l , su n o m b r e s o b e r a n o
« Mas d e cada princesa « Pasará hasta las últimas e d a d e s .
« De a q u e s t e n o m b r e celebrar la gloria « U>onor s e llamará. S u ilustre nuera
« Será e n el r e g i o solio su h e r e d e r a ,
« Y e n gloria s e alzará cual s e levanta
« Sobre virgen terreno j o v e n planta.
« Por su b e l d a d , s u ciencia y s u s v i r t u d e s
« Brillará e n t r e las d a m a s d e s u esfera
« Cual brilla el o r o e n t r e el l a t ó n , la rosa
« En m e d i o d e salvaje a d o r m i d e r a ,
" La e s m e r a l d a p r e c i o s a
« Cabe al pintado v i d r i o , ó c u a l , al lado
« De m i m b r e a m a r i l l e n t a ,
« Sus frescas hojas el laurel ostenta.
o De Lucrecia d e Borja llevar d e b e
« El n o m b r e e s t a m a g n á n i m a princesa.
« De Hércules m a d r e , e n él y e n s u s h e r m a n o s
.< Hábitos r e g i o s y principios s a n o s
« Infundirá q u e e t e r n a m e n t e d u r e n ,
« Cual e n el b a r r o , q u e u n a v e z lo t o m a ,
« Eterno dura el i m p r e g n a d o aroma.
« S u hija R e n a t a , n u e r a
« Del d u o d é c i m o Luis será d e Francia,
« Y e n la tierra n o habrá virtud alguna
« Que esta ilustre princesa rio reúna.
« Hablar n o q u i e r o d e Alda d e S a j o n i a ,
« De la célebre Lipa d e B o l o n i a ,
« De Blanca, de María,
« Que e n Aragón recibirán el dia
« De la hija del m o n a r c a s i c i l i a n o ,
« De la n o b l e c o n d e s a d e Celano ,
« Ni d e otras mil ; p u e s si entro e n m a r tan h o n d o ,
" De llegar á la orilla n o respondo. »
L u e g o q u e así la m a g a r e v e l a d o
Hubo d e aquella e s t i r p e una gran p a r t e ,
Insistió s o b r e el arte
Con q u e fué el b u e n Roger aprisionado.
Del castillo e n c a n t a d o
Llega en e s t o á la vista, y p o r Atlante
T e m i e n d o ser notada , s e detiene.
Allí, d e n u e v o lo q u e hacer c o n v i e n e
Diciendo á B r a d a m a n t e ,
Partir le manda y s e retira della.
Marchase la d o n c e l l a ,
Y dos millas apénas cabalgara
C u a n d o , c o n r o s t r o y traje s e m e j a n t e s
Al d e R o g e r , advierte
Un c o m b a t i e n t e e n m e d i o á d o s gigantes
P r e s t o s á darle i n e x o r a b l e m u e r t e .
Al v e r su r i e s g o , m u s t i a y afligida
En s o s p e c h a s su f e trueca la d a m a ;
S u propósito olvida
Creyendo v e r en e s t o alguna trama
Con q u e Melisa d e B o g e r intenta
Vengar algún d e s d e n ó alguna afrenta.
« ¿No es el q u e e s t o y mirando , » s e d e c i a ,
« El m i s m o á q u i e n adora el alma mia?
« ¿Porqué p u e s d e una e x t r a ñ a
«( Mas crédito h e d e dar á l o s antojos
« Que á lo q u e v i e n d o están mis propios ojos
« A lo q u e , si la vista m e e n g a ñ a r a ,
« Amante el corazon adivinara ? »
P e n s a n d o estaba a s í , c u a n d o á su oido
Llega y auxilio implora
l l n e c o al d e su a m a n t e parecido.
En la forma de aquel á q u i e n adora
Mira l u e g o u n g u e r r e r o q u e , e x c i t a n d o
El corcel c o n la e s p u e l a ,
Por l o s g i g a n t e s p e r s e g u i d o , v u e l a .
En irle á dar ayuda
Ni u n solo instante la doncella duda.
La r i e n d a , p u e s , al palafrén s o l t a n d o
Tras los g i g a n t e s , del anciano a l e v e
Llega á la e s t a n c i a , do ofuscada e n breve
P o r el error c o m ú n , d e n o c h e y dia
Corriendo c o n insólita p o r f í a ,
Busca á R o g e r , á quien e s c u c h a y habla
Y á quien del m a g o el arte e n g a ñ a d o r a
Veda r e c o n o c e r •, m a s por a h o r a ,
A aquesta narración c o r t a n d o el h i l o , Que por pasto del lobo y del milano
Encantados e s fuerza q u e l o s deje. Quedaron por el m o n t e y por e l llano.
De materia y d e e s t i l o Con casi s i e m p r e próspera f o r t u n a ,
Cambiando a s í , vuestra a t e n c i ó n e x c i t o , El d e la media luna
Cual c a m b i a n d o á m e n u d o d e manjares Conquistó del francés p i n g ü e s estados-,
Del paladar s e aguza el petito. P e r o , con propia s a n g r e oscurecidas
De s u s tiendas s a l i e n d o e n e s t e i n s t a n t e , Estas v i c t o r i a s , ¡ c u á n t a s , cuántas vidas
Costaron d e caudillos d e n o d a d o s !
La m o r a g e n t e armada s e presenta
Ante s u rey, q u e u f a n o y a r r o g a n t e Tal fué , ¡ o h ínclito Alfonso L
Cada h u e s t e e x a m i n a , o r d e n a y cuenta. De Ravena la c é l e b r e victoria.
La f a t i g a , la l i d , l a s p r i v a c i o n e s , De indestructible gloria
Os cubristeis, s e ñ o r , y d e d e s p o j o s ,
De s o l d a d o s gran c o p i a
Sin q u e por e s o deje s u m e m o r i a
No s o l o cercenaban cada d í a ,
De h u m e d e c e r c o n l á g r i m a s l o s ojos.
Mas d e Libia y Etiopía
Muertos l o s m a s ilustres c a m p e o n e s , S e g u i d o d e los j ó v e n e s gallardos
Sin o r d e n y sin g u i a Q u e , e n aquella j o r n a d a ,
De vuestra ilustre m a n o
Vagaban s u s d e s h e c h o s e s c u a d r o n e s .
Áurea espuela o b t u v i e r o n y áurea e s p a d a ,
De N u m i d i a y d e España
De g r a v e riesgo al franco libertasteis;
P o r reforzarlos n u e v a g e n t e e n v i a
Del hispano arrollasteis
El j e f e q u e , e n cada u n a d e estas tierras,
Los casi victoriosos e s c u a d r o n e s ;
H u e s t e s e n n o m b r e d e A g r a m a n t e alista.
A los de estos unidos, los pendones
El s o l o o b j e t o p u e s d e e s t a revista
De las áureas bellotas d e s t r o z a s t e i s ,
-Era poner e n g r u p o s e s t a g e n t e
Y d e R o m a , por fin , h e c h a c a u t i v a
Y j e f e s y banderas á s u f r e n t e ;
La gran c o l u m n a c o n s e r v a s t e i s viva.
Mas s u s p e n d e r mi c a n t o e s ya p r e c i s o ,
Otorgadme, señor, vuestro permiso. De e l o g i o digna e s e s t a n o b l e hazaña
Muy m a s , s e ñ o r , q u e si c o n m a n o propia
Dieseis m u e r t e á la copia
CASTO x w . De g e n t e que tendida e n la c a m p a ñ a
De Ravena q u e d ó , y á las d e España
eseña de los ejércitos de los reyes agarenos. - Aventuras de Q u e , arrojando sus a r m a s y e s t a n d a r t e s ,
Mandricordo; sus amores con Doralice.-Plegaria de tario- Huyeron en tropel p o r t o d a s partes.
m a g n o . - P a r t e del cielo el arcángel san Miguel para ir a Nuestra p a z , nuestra vida
llevar los mandatos del Eterno al Silencio y á la Discordia.
Afianza esta hazaña e s c l a r e c i d a ,
— Asalto de Paris. — Primeras proezas de Rodomonte.
Y nos p o n e á cubierto
De las tormentas q u e el T o n a n t e envia.
En las f r e c u e n t e s y reñidas luchas
Que el d e Francia trabó con el p a g a n o , Pero ¿ c ó m o e n t r e g a r s e á la alegría,
Muchas f u e r o n las victimas y m u c h a s Al contemplar en n u e s t r o s c a m p o s m u e r t o
A aquesta narración c o r t a n d o el h i l o , Que por pasto del lobo y del milano
Encantados e s fuerza q u e l o s deje. Quedaron por el m o n t e y por e l llano.
De materia y d e e s l i l o Con casi s i e m p r e próspera f o r t u n a ,
Cambiando a s í , vuestra a t e n c i ó n e x c i t o , El d e la media luna
Cual c a m b i a n d o á m e n u d o d e manjares Conquistó del francés p i n g ü e s estados-,
Del paladar s e aguza el petito. P e r o , con propia s a n g r e oscurecidas
De s u s tiendas s a l i e n d o e n e s t e i n s t a n t e , Estas v i c t o r i a s , ¡ c u á n t a s , cuántas vidas
Costaron d e caudillos d e n o d a d o s !
La m o r a g e n t e armada s e presenta
Ante s u rey, q u e u f a n o y a r r o g a n t e Tal fué , ¡ o h ínclito Alfonso L
Cada h u e s t e e x a m i n a , o r d e n a y cuenta. De Ravena la c é l e b r e victoria.
La f a t i g a , la l i d , l a s p r i v a c i o n e s , De indestructible gloria
Os cubristeis, s e ñ o r , y d e d e s p o j o s ,
De s o l d a d o s gran c o p i a
Sin q u e por e s o deje s u m e m o r i a
No s o l o cercenaban cada d i a ,
De h u m e d e c e r c o n l á g r i m a s l o s ojos.
Mas d e Libia y Etiopía
Muertos l o s m a s ilustres c a m p e o n e s , S e g u i d o d e los j ó v e n e s gallardos
Sin o r d e n y sin g u i a Q u e , e n aquella j o r n a d a ,
De vuestra ilustre m a n o
Vagaban s u s d e s h e c h o s e s c u a d r o n e s .
Áurea espuela o b t u v i e r o n y áurea e s p a d a ,
De N ú m i d i a y d e España
De g r a v e riesgo al franco libertasteis;
P o r reforzarlos n u e v a g e n t e e n v i a
Del hispano arrollasteis
El j e f e q u e , e n cada u n a d e estas tierras,
Los casi victoriosos e s c u a d r o n e s ;
H u e s t e s e n n o m b r e d e A g r a m a n t e alista.
A los de estos unidos, los pendones
El s o l o o b j e t o p u e s d e e s t a revista
De las áureas bellotas d e s t r o z a s t e i s ,
-Era poner e n g r u p o s e s t a g e n t e
Y d e R o m a , por fin , h e c h a c a u t i v a
Y j e f e s y banderas á s u frente-,
La gran c o l u m n a c o n s e r v a s t e i s viva.
Mas s u s p e n d e r mi c a n t o e s y a p r e c i s o ,
Olorgadme, señor, vuestro permiso. De e l o g i o digna e s e s t a n o b l e hazaña
Muy m a s , s e ñ o r , q u e si c o n m a n o propia
Dieseis m u e r t e á la copia
CASTO XIV. De g e n t e que tendida e n la c a m p a ñ a
De Ravena q u e d ó , y á las d e España
eseña de los ejércitos de los reyes agarenos. - Aventuras de Q u e , arrojando sus a r m a s y e s t a n d a r t e s ,
Mandricordo; sus amores con Doralice.-Plegaria de Cario- Huyeron en tropel p o r t o d a s partes.
m a g n o . - P a r t e del cielo el arcángel san Miguel para ir a Nuestra p a z , nuestra vida
llevar los mandatos del Eterno al Silencio y á la Discordia.
Afianza esta hazaña e s c l a r e c i d a ,
— Asalto de Paris. — Primeras proezas de Rodomonte.
Y nos p o n e á cubierto
De las tormentas q u e el T o n a n t e envia.
En las f r e c u e n t e s y reñidas luchas
Que el d e Francia trabó con el p a g a n o , Pero ¿ c ó m o e n t r e g a r s e á la alegría,
Muchas f u e r o n las victimas y m u c h a s Al contemplar en n u e s t r o s c a m p o s m u e r t o
Rige Grandonio. F a l s i r o n , h e r m a n o
Al capitan d e Francia y de la e m p r e s a , De Marsilio su rey, capitanea
Y á tanto ilustre principe q u e , el hielo A las tropas q u e trajo d e Castilla.
I)e Pirene p a s a n d o , á s u d e f e n s a De Mandaraso el estandarte o n d e a
Volaban i m p e l i d o s por un c e l o
En torno á las d e Màlaga, Sevilla
De q u e fué tan fatal la r e c o m p e n s a ?
Y cuanta g e n t e la frondosa o l i v a ,
¿Cómo c o n rostro enjuto
En los héticos c a m p o s , d e s d e Gádes
Mirar d e tanta huérfana d o n c e l l a ,
Hasta la rica Córdoba cultiva.
De tanta v i u d a , c o n t e m p l a r el l u t o ?
E s t o r d i l a n o , jefe g r a n a d i n o ,
Por el h o n o r e m p e r o d e las l i s e s , Viene detras. Por m u e r t e d e L e s b i n o ,
Sin j e f e , i m p u n e m e n t e , estos países Tésira m a n d a al pueblo d e Lisboa.
Mas largo t i e m p o recorrer n o d e b e Con la g e n t e g a l l e g a
La soldadesca aleve Viene detras el bravo S e r p e n t i n o ;
Q u e , matronas y v í r g e n e s v i o l a n d o , Con la d e Palma Baricundo llega.
Y el claustro p r o f a n a n d o , Del audaz Matalista la b a n d e r a ,
A los ministros del altar m a l t r a t a , Que en o t r o t i e m p o Sinagon l l e v a b a ,
Y á u n Dios s a c r a m e n t a d o al s u e l o arroja
Siguen los d e Toledo y Calatrava
P o r v e r s e d u e ñ o d e u n c o p o n d e plata.
Y c u a n t o s la ribera
¡ O h Ravena infeliz! ¡ m e j o r te fuera Habitan del Guadiana. De P l a s e n c i a ,
Al v e n c e d o r c e d e r sin r e s i s t e n c i a ; Zamora , As torga y Ávila y Palencia
Mejor s e g u i r d e Brescia el c u e r d o e j e m p l o Blamardino otra h u e s t e c o n d u c í a .
Oue darlo triste á Rimini y F a y e n c i a . De la d e Zaragoza y d e la c o r t e
~ Al b u e n T r i v u l c i o , ¡ o h sabio L u i s ! e n v í a Del rey Marsilio Ferragut regia
A c o n t e n e r la furia d e e s t a g e n t e . La bien armada y bélica cohorte.
Mándale q u e l e c u e n t e cuan fatales En ella s e notaba á Malgarino,
F u e r o n siempre e n Italia e x c e s o s tales. Maljariza, Morgante y B a l i n v e r n o ,
F a l t a s , cual las d e Luis , d e o r d e n y guia Q u e , sin razón lanzados d e s u s t r o n o s ,
Las m u s u l m a n a s g e n t e s , de sus reales La dicha hallaron d e Marsilio al lado
S a l i e n d o , ante s u s j e f e s s e p r e s e n t a n . Que e n sus reinos n o hubieran e n c o n t r a d o .
Marsilio y Agramante Vienen también c o n ella el valeroso
Con a t e n c i ó n las forman y las c u e n t a n . Folicon d e Almería, hijo bastardo
C o n Dorifebo a v á n z a s e delante De Marsilio; y Argalía y Analardo
De l a s d e m á s la catalana g e n t e . Y B a v a r t e , A miran y D o r i c a n t e ,
Los n a v a r r o s l e s i g u e n , y á s u f r e n t e , Y Arquidan de Sagunlo
En v e z d e F u l v i r a n t e , Y el astucioso y fuerte Malagunto ,
Su a n t i g u o j e f e , por Reinaldo m u e r t o , Y otros m u c h o s g u e r r e r o s d e q u e e n breve
P o n e n l o s dos m o n a r c a s á l s o l e r t o . Narrar mi pluma las hazañas d e b e .
Del p u e b l o d e León e s soberano Revistado el ejército d e E s p a ñ a ,
El fiero Bagulante. A l o s Algarbes T. 1. 10
CANTO xiv: 219

S i g u e n l o s Nasamonios á P u l i a n o ;
Con su g e n t e aparece e n la llanura A Malbuferso s i g u e n los d e Pisa ;
El rey d e O r a n , d e insólita estatura. Los d e A m o m a á Agricalte, y á su frente
De esta g e n t e e n seguida Por j e f e lleva á Finadur la g e n t e
Mega aquella q u e tuvo e n otros- t i e m p o s Que d e Canarias vino y d e Marruecos;
Por j e f e á Martasino, Balastro rige la del rey Tarduecos.
Rey d e l o s G a r a m a n t e s , cuya vida Detras d e aquesta la de Mulga v i e n e ,
La guerrera d e Amon á corlar v i n o . De c u y o reino la vacante silla
La t e r c e r a , la h u e s t e d e M a r m u n d a , C o r i n o , a m i g o d e A g r a m a n t e , obtiene.
Cual la cuarta y s e g u n d a , S i g u e n los d e Ai-mancilla,
Sin j e f e va. Solícito A g r a m a n t e , Q u e , m u e r t o T a n f i r i o n , Caico acaudilla.
Para e n t r e g a r l e s una compañía De Getulia por j e f e á R i m e d o n t e
Al b u e n Ormida y a Buraldo elige. Agramante d e s i g n a . Balinfronte
De Libicania al fuerte Argan confia C o n d u c e á l o s d e Cosca. El r e y Clarindo
La g e n t e á q u i e n aflige Rige d e Bolga al e s c u a d r ó n q u e u n dia
De D r u i n a s o , su r e y , la suerte impía. Al fuerte Mirabaldo obedecía.
Baja la f r e n t e y pálido el s e m b l a n t e , Balinverno va l u e g o , á q u i e n s e ñ a l o
Marcha l u e g o d e Tánger el caudillo , C o m o e l e n t e m a s malo
B r ú ñ e l o , á q u i e n la ilustre Bradamante Del ejército l o d o d e A g r a m a n t e .
El favor d e Agramante S i g ú e l e el r e y S o b r i n o , á q u i e n en ciencia
Hizo perder, q u i t á n d o l e el anillo. Dudo q u e haya q u i e n g a n e , ni e n p r u d e n c i a ,
De e s t e m o n a r c a , al escuchar tal n u e v a , Como dudo que exisla
F u é la c ó l e r a t a n t a , Hueste m a s brava q u e la h u e s t e suya
Que ceñir d e Brúñelo á la garganta E n c u a n t a s son pasadas e n r e v i s t a /
Hizo el l a z o f a t a l : y s o b r e el p a l o , La d e Bellamarina, q u e otro tiempo
A Gualzoto por r e y r e c o n o c i a ,
Cual á i n f a m e impostor, morir le h i c i e r a ,
Viene d e s p u e s , p o r guia
Si á afirmar l s o l e r l o n o viniera
Trayendo al rey d e A r g e l , al arrogante
Haberle v i s t o al árbol amarrado.
B o d o m o n t e d e S a r z a , q u e d e Libia
Por e s t o y d e gran parte d e su corte
Con copia de caballos y de: infantes
El rey á las instancias a c c e d i e n d o ,
Era llegado tres j o r n a d a s á n l e s .
Le p e r d o n ó la v i d a , r e s e r v a n d o
A n u e v o error castigo m a s t r e m e n d o . N o contaban las h u e s t e s a g a r e n a s
S i g ú e l e Farurante, y tras él marchan Caudillo m a s o s a d o ni mas; fuerte.
Los caballos é infantes d e Maurina. De Paris las a l m e n a s
Mandaba u n e s c u a d r ó n d e Constantina N o sin r a z ó n t e m b l a b a n á. su vista
Liban , q u e o b t u v o c o n el cetro d e oro Mas q u e á la d e A g r a m a n t e , d e Marsilio
La c o r o n a q u e fué d e Pinadoro. Y de cuantos g u e r r e r o s
Vibraban d e e s t o s jefes, e n a u x i l i o ,
Con l o s d e Hesperia v i e n e Soridano;
A Dorilonte l u e g o s e divisa:
Contra la f e d e Cristo, sus aceros. A anticiparse á s u d e s i g n i o v e n g a .
Prusion rey d e Albaraje, y Dardinelo Y, el c o l o r d e las armas del g u e r r e r o
Rey d e Zúmara s i g u e n . S u impía suerte Con viveza inquiriendo y sin e m p a c h o ,
Ignoro si m o c h u e l o (« Negra e s su c o t a , » dice el e s c u d e r o ,
« N e g r o s u almete y n e g r o su p e n a c h o . »
U otro siniestro pájaro p r e d i j o ;
Mas e n el libro d o n d e t o d o e s fijo, De Roldan dije y a , c o n q u é m o t i v o
Este color tomó por distintivo.
Escrito estaba q u e el s i g u i e n t e día
Dado Marsilio á Mandricardo habia
De l o s s u y o s el ú l t i m o seria.
Un soberbio corcel de piel c a s t a ñ a ,
Del r e y d e T r e m e c e n , del d e Noricia
De negra caña y d e p e c e ñ a s c r i n e s ,
Al v e r s e sin noticia y su estandarte
Que á los frisios c o n f i n e s
Flotar n o v i e n d o por n i n g u n a parte ,
Vino á e n g e n d r a r un alazan d e España.
Agramante e n t e m o r s e c o n s u m í a ;
Sobre él a r m a d o Mandricardo m o n t a ,
Cuando á s u e n c u e n t r o u n m e n s a j e r o v i n o .
Y con carrera pronta
De Alzirdo y Manilardo
De aquel sitio s e a l e j a , a d o n d e jura
A referirle el m í s e r o d e s t i n o .
No retornar en tanto q u e n o v e n z a
« Señor, » le d i c e , « el paladin gallardo
Al s e ñ o r d e la negra vestidura.
« Que á tantos d e s t r u y ó , del m i s m o m o d o
Por encontrar c o m i e n z a
K Vencido hubiera el c a m p a m e n t o t o d o ,
A la aterrada g e n t e , q u e , sin guia
« Si á s u í m p e t u v i o l e n t o
H u y e n d o y sin c o n c i e r t o ,
« Osara resistir el c a m p a m e n t o . »
Al furor del d e Anger s e sustraía.
Era llegado á las alarbes t i e n d a s ,
Cual d e haber visto m u e r t o
P o c o s dias a t r a s , u n caballero
Ya u n h e r m a n o , ya u n h i j o , s e plañía.
De c u y a s altas prendas
Este c a m i n o el tártaro s i g u i e n d o ,
Voló la fama por el orbe e n t e r o .
Llega e n b r e v e al paraje q u e testigo
Mandricardo llamábase , y , f a m o s o
Fuera del e s p e c t á c u l o t r e m e n d o
P o r tanta y tanta m e m o r a b l e h a z a ñ a ,
Que dió Orlando al ejército e n e m i g o .
P o n e r el sello á s u b r a v e z a extraña
Al ver la s a n g r e q u e la tierra e s m a l t a ,
Y hacer e t e r n o s u esplendor d e b i a ,
De su caballo Mandricardo s a l t a ,
Del castillo e n c a n t a d o d e Soria
Y á creer lo q u e v e n o s e d e c i d e
Arrancando las a r m a s rutilantes
Miéntras, con propia y e n v i d i o s a m a n o ,
Que el g r a n d e Héctor vistió diez siglos ántes.
Cada herida n o p a l p a , o b s e r v a y m i d e .
La vista a l z a n d o , o y e n d o al m e n s a j e r o ,
Pálpalas p u e s , y , c o n igual coraje
Partir r e s u e l v e el fiero Mandricardo
Al que al mastín ó al lobo d e s c o n c i e r t a
A provocar al paladin gallardo
C u a n d o , hambriento llegando hácia el paraje
Que á t a n t o s d e s t r u y ó . Su l a b i o , e m p e r o ,
Do res s u olfato le anunciaba m u e r t a ,
El p e n s a m i e n t o q u e le agita e n c u b r e ,
Cuernos tan solo y h u e s o s d e s c a r n a d o s
Ya p o r q u e á m e n g u a el revelarlo t e n g a ,
Encuentra por el vientre a b a n d o n a d o s ,
Ya p o r t e m o r d e q u e e n tal c a s o alguno
B l a s f e m a el m o r o , y d u e l é l e y l e p e s a
1 legar lan larde á tan sabrosa m e s a
' T o d o a q u e l d ¡ a v a g a , y al s i g u i e n t e
Llega á u n p r a d o s o m b r í o ,
E n t o r n o al c u a l s u l í m p i d a c o r r i e n t e

Girar h a c i e n d o e n s u m a n s i ó n p i o f u n d a ,
El l í b e r j u n t o á Otrícolis c i r c u n d a .
Mil g u e r r e r o s a r m a d o s allí v i e n d o
Que parecen estarlo defendiendo >
« ¿ Cuál e s la c a u s a , » el t á r t a r o p e g u n t a ,
« Q u e tanta g e n t e e n e s t e sitio j u n t a .
Su n o b l e g e s t o , su m i r a d a b r a v a ,
P r e n d a n al c a p i t á n q u e aU. m a n d a b a
Q u i e n , s o s p e c h a n d o p o r el rico a d o r n o
D é l a armadura q u e le ciñe en t o r n o ,
Su n o b l e z a y v a l o r , así l e d i c e :
« D e la bella p r i n c e s a D o r a h c e ,
« Que e s t á c o n B o d o m o n t e d e s p o s a d a
« ( B i e n que i a f a m a a u n n o l o p r e e o n . e e ) ,
« U c u s t o d i a m e ha sido e n c o m e n d a d a
« P o r s u p a d r e , el m o n a r c a de d a ñ a d a .
I C u a n d o esta tarde á su agorero canto
«Ponga fin la cigarra, a la d o n c e l l a
« Y o d e s p e r t a n d o , partiré c o n ella. )»
En d e s e o s d e ver á a q u e s t a d a m a ,
Q u e d e b e s e r , á lo q u e i n f i e r e , b e l l a ,
El a r r o g a n t e tártaro s e inflama ,
Y q u e r i e n d o a d e m a s h a c e r la p r u e b a
De cómo aquella gente
G u a r d a la j o y a q u e á s u c a r g o l l e v a ,
« A su p r e s e n c i a c o n d u c i d m e e n b r e v e
« O h a c e d q u e v é n g a al p u n t o ella a la m í a ,
«"Verla q u i e r o a n t e s d e s e g u i r m i Via »
- « L o c o e s t a r , » d i c e el g r a n a d m e. « d e b ^
« Q u i e n tal d e m a n d a á f o r m u l a r s e a t r e v e .
N i d i j o m a s : q u e , el asta l e v a n t a n d o ,
Lleno d e f u r i a , - e l tártaro le a t a c a ,
Y, su cota y su y e l m o a t r a v e s a n d o ,
Sin v o z ni v i d a del arzón le saca.
C u a n d o , l a s armas d e Héctor conquistando
El hijo d e Agricano
Notó la falta d e la espada bella
Que el brazo ornó del paladín troyano ,
Diz q u e jurara ( y n o jurara e n v a n o )
Espada n o ceñir miéntras aquella
No conquistara q u e llevaba Orlando.
No llevándola p u e s , ni otra arma alguna
T e n i e n d o en su poder, su lanza presto
Recobra y torna á e n a r b o l a r , d i s p u e s t o
A dar m u e r t e c o n ella
A aquella m u l t i t u d , q u e en torno s u y o ,
Con e s p a d a s y picas, s e atrepella.
Al t a r t a r o . s u n ú m e r o n o a t e r r a ,
É hiriendo sin cesar, c u b r e bien p r o n t o
De sangre y d e c a d a v e r e s la tierra.
Rota su lanza , e n fin, con s u s d o s m a n o s ,
El g r u e s o tronco q u e le q u e d a , a f e r r a ;
Y, s e g u n d o Sansón , derriba , h i e n d e ,
Y e n el s u e l o ta. v e z d e un s o l o g o l p e
Al caballero y al caballo tiende.
En v a n o , e m p e r o , e n v a n o s e defiende
La turba, á quien aflige y a c o b a r d a ,
Mas q u e el r e c e l o d e perder la v i d a ,
El g é n e r o d e m u e r t e q u e l e aguarda.
Y viendo e n fin q u e muerta ó malherida
La mayor parte y a c e ,
A partir la q u e queda s e d i s p o n e :
Mas Mandricardo, q u e cual presa suya
Contempla aquella g e n t e , se i n t e r p o n e ,
Le cierra el paso y le interdice q u e huya.
(T. I, p. 225.)
Cual al soplo d e recio torbellino
La frágil caña en el pantano c e d e ,
Cual resistir n o puede
A voraz llama el cáñamo, ó el fino
CANTO xiv. 225

« En mi tendrá la bella Doralice. »


Que e n s u s trojes acopia el c a m p e s i n o ;
Obedece la e s c o l t a , q u e n i n g u n a
Así sin f r u t o esta pujanza inmensa
Resistencia á e s t e intento h a c e r p o d i a ,
Contrarestar el granadino piensa.
> Y se aleja , s u mísera fortuna
D i s p e r s a d a esta h u e s t e , por la huella Maldiciendo , y p e n s a n d o c u a n v i o l e n t o
Que e n la yerba d e s c u b r e , se adelanta
Del padre d e b e ser el s e n t i m i e n t o ,
A n s i o s o el h é r o e d e saber si e s tanta
Y cuanto al v e r frustrada su esperanza
Cual d i c e n la b e l d a d d e la doncella.
Terrible d e l a m a n t e la v e n g a n z a .
Al pié d e antiguo f r e s n o , c u y a s o m b r a
« ¿ P o r q u é , » s e dice aquella triste g e n t e ,
Cubre d e l prado la mullida a l f o m b r a ,
« Porqué el d e Alger a u s e n t e
Mírala e n fin. El llanto
« Se halla e n a q u e s t o s críticos instantes?
Que s u faz i n u n d a n d o , discurría,
« ¿Porqué, oh Dios, no protege
Cual clara f u e n t e , p o r s u blanco s e n o ,
« La ilustre v i r g e n , ántes
Mostraba c u a n t o del dolor ajeno
« Que d e n o s o t r o s su raptor aleje ?»
Y d e su propia suerte s e dolia.
Ufano e s t e e n t r e tanto c o n la presa
Su terror s e a u m e n t ó , del agareno
Que el h a d o le depara , n o s e cura
V i e n d o el c e ñ o f e r o z , v i e n d o la sangre
Que m a n c h a b a s u s armas y s u s m a n o s . De hallar al d e la negra v e s t i d u r a .
Las d a m a s , los a n c i a n o s , Léjos ya p u e s d e apresurar s u v i a j e ,
Que á la j o v e n princesa a c o m p a ñ a b a n , Despacio e n busca va d e a l g ú n paraje
Cual ella , t e m e r o s o s d e s u r u i n a , Do p u e d a c o n s o s i e g o
La v o z h a s t a los cielos levantaban. Dar suelta rienda á s u a m o r o s o f u e g o .
De la d o n c e l l a el lastimoso llanto
F u e r a d e sí c o n t e m p l a Mandricardo
Por calmar e s f o r z á n d o s e e n t r e t a n t o ,
Aquella f a z d i v i n a ,
Dícele él : « Vuestra fama
Q u e , b i e n q u e un tanto el padecer la e m p a ñ a ,
« Pudo tan s o l o , oh bella y n o b l e d a m a ,
N o c o n o c e rival e n toda E s p a ñ a ;
« H a c e r m e renunciar al rico trono
Y, del a m o r herido por el d a r d o ,
« Que p o r v o s g u s t o s í s i m o a b a n d o n o .
Del c i e l o e n la m a n s i ó n s e c o n s i d e r a ,
« ¡ Ah ! si e s q u e amor a m a n d o se m e r e c e ,
Q u e d a n d o , sin saber d e q u é m a n e r a ,
« El v u e s t r o y o , q u e cual mi vida o s a m o .
Por p r e m i o d e su triunfo
« Con s o b r a d a razón b i e n v e i s reclamo.
Cautivo d e su h e r m o s u r a prisionera.
« Si a m o r m e r e c e el brillo d e la cuna ,
De s u f a t i g a , e m p e r o , el dulce fruto
« Mecióme á mí la q u e á l o s r e y e s m e c e .
N o e s p e r a c o n s e g u i r hasta q u e enjuto
« Yo e n r i q u e z a y poder s o l o á Dios c e d o ,
El l l a n t o a m a r g o v e a
« Y esperar s e r amado t a m b i é n p u e d o
Que d e l a dama la beldad afea.
« Si r e c o m p e n s a alguna
Con v o z afable y c o n b e n i g n o g e s t o ,
« Merecen el valor y la fortuna. » í
El tártaro á llevársela d i s p u e s t o ,
Estas y otras palabras
« P a r t i d , p a r t i d , » á aquellas g e n t e s dice?
Que s u a m o r al guerrero s u g e r í a ,
« Que a m p a r o y compañía
CANTO xiv. 227

Brillaban ambos rostros de a l e g r í a ,


Van p o c o á consoler el alma
Y q u e de u n hospedaje tan felice
De la triste doncella. Dulce calma
S u s t i t u y e al d o l o r q u e la afligía Las gracias al pastor dió Doral ice.
Con semblante sereno 3 Parten d e s p u e s , y errando á la v e n t u r a ,
E s c u c h a al i m p e t u o s o s a r r a c e n o ; Llegan á un rio q u e á la mar vecina
Con g e s t o casi.afable le r e s p o n d e ; Con pacifico c u r s o s e encamina.
Y ni aun s u s ojos , d o n d e a m o r s e e s c o n d e . A su m a r g e n e s t á n , sobre la g r a m a ,
D e s d e ñ o s o s s e cierran ó retiran Sentados un guerrero y una dama.
Mas caprichosa l e y , q u e á q u e no siga
Si en e l l o s clava el tártaro los s u y o s ,
Que la piedad y la pasión respiran . Siempre la m i s m a dirección m e Obliga,
El m u s u l m á n , q u e q í o r la v e z primera Me lleva e n e s t e instante
Del amor l o s e f e c t o s h o y . u o - s i e n t e , Al c a m p o d o n d e e l árabe a r r o g a n t e ,
Conoce q u e n o siempre indiferente A Francia e s t r e m e c i e n d o con s u f u r i a ,
Ha d e ser su pasión á la¡doncella; El santo i m p e r i o , a m e n a z a n d o , injuria;
Y marchando c o n e l l a , Y d o n d e el r e y d e Argel c o n irritante
Lleno el p e c h o . d e amor y d e a l e g r í a , T o n o s e p r e c i a , e n Ímpetus i n s a n o s ,
No tarda e n .advertir q u e dehOcaso De hacer d e R o m a y d e Paris d o s llanos.
Dirigiéndose el sol á l o . u m b r a l e s , Noticioso Agramante
Brindaba c o n la, calma á los mortales. , De q u e el inglés la mar a t r a v e s a r a ,
De su bridón el paso Al r e y Marsilio y á Sobrino el viejo
A c e l e r a n d o e n t o n c e s , un concierto Llama c o n otros j e f e s á c o n s e j o .
Escucha d e i n s t r u m e n t o s pastoriles De acuerdo t o d o s e n q u e intento vano
Y salir h u m o v e d e unas cabanas , Fuera e x p u g n a r l o s parisienses m u r o s ,
D o n d e e n c u e n t r a un a s i l o , Si e n ellos entra el auxiliar b r i t a n o ,
Muy m a s q u e b e l l o , c ó m o d o y tranquilo. Dar el ataque sin tardar d e c i d e n
Allí festeja a l héroe y á la dama Y para ello las ó r d e n e s e x p i d e n .
Un mayoral : q u e g e n e r o s o s p e c h o s Ya escalas mil y máquinas y v i g a s ,
No s e hallan s o l o en villas y c i u d a d e s , Que á hacer barcas y p u e n t e s
Y tal v e z las m a s . n o b l e s cualidades Destinaban las h u e s t e s e n e m i g a s ,
Van á abrigarse bajo humildes techos. E n torno d e los m u r o s a c u m u l a
Lo q u e , e n la calma d e la n o c h e oscura , La q u e el asalto d e b e dar bien presto.
Pasar p u d o e n t r e el hijo .de Agricano A s u frente Agramante la e s t i m u l a ,
Y la bella princesa granadina., Y, el recio ataque á dirigir d i s p u e s t o ,
Mi r a z ó n lo a d i v i n a , F o r m a un s e g u n d o ejército d e l resto.
La víspera del dia
Mas tímida mi v o z no lo a s e g u r a .
Que este c o m b a t e presenciar debia
De c a d a cual al juicio lo s o m e t o ;
Mandó el e m p e r a d o r misas y oficios
Y, sin ser i n d i s c r e t o ,
Celebrar á l o s m o n j e s , y á l o s l e g o s
Diré tan s o l o q u e al s i g u i e n t e día
A q u i e n el cielo e n c o m e n d ó su guarda ,
Entregarse á d e v o t o s ejercicios.
Las alas bate y d e la luz divina
Los q u e , m e r c e d á c o n f e s i o n s i n c e r a ,
A la elevada estancia se encamina.
Las m a n c h a s d e s u vida ya p u r g a r o n ,
Al pié del trono del E x c e l s o llega,
A la m e s a eucarística llegaron
Y, la oracion d e Cárlos d e p o n i e n d o ,
Cual si s u h o r a final aquella fuera.
A las del rey sus s ú p l i c a s agrega.
S e g u i d o d e l o s pares y m a g n a t e s ,
Por las armas d e Cárlos también r u e g a
Príncipes y o r a d o r e s d e s u c o r t e ,
La multitud brillante
A q u i e n e s c o n su porte
De bienhadadas a l m a s q u e la vista
Edifica, admirando con su ejemplo,
Gozando están del s e m p i t e r n o Amante.
El b u e n r e y Cárlos s e d i r i g e al t e m p l o .
Humilde allí, postrándose de hinojos, La inefable b o n d a d , á q u i e n n o e n v a n o
Juntando a m b a s s u s m a n o s , y s u s ojos Se dirigió j a m a s a l m a s i n c e r a ,
Hácia l o s c i e l o s l e v a n t a n d o , d i c e : La vista alzó p i a d o s a , y c o n la m a n o
« P e q u é , Señor, pequé; mas ¡ah! conmigo Hizo seña á Miguel d e q u e viniera.
« No e n v u e l v a s á mi p u e b l o e n el castigo. « V é , » le d i c e , « al confín d e P i c a r d í a ,
« N o , n o permitas q u e i n s t r u m e n t o sea « Do la britana h u e s t e d e s e m b a r c a
« De tu e n c o n o tu bárbaro e n e m i g o , « Y á la presencia del francés m o n a r c a ,
« Q u e , c o m o al pueblo q u e tu n o m b r e lleva « Sin q u e lo sienta el á r a b e , la guia.
« A m a n o s del infiel espirar d e j e s , « En busca d e l S i l e n c i o ,
« Tus contrarios dirán q u e e n bien n o prueba « Ministro fiel d e l o q u e hacer le a t a ñ e ,
« Tu a p o y o d e la causa q u e p r o t e g e s . « Marcha p r i m e r o , y d e mi parte dile
« Que e n esta e m p r e s a quiero te a c o m p a ñ e .
« P o r u n o á quien castigues
« A la mansión d e l a Discordia l u e g o
« La fe d e l p e c h o arrancarás á c i e n t o ,
« De allí v o l a n d o , l e dirás q u e f u e g o
« Y el e r r o r q u e p e r s i g u e s
« T o m a r á cada v e z m a s i n c r e m e n t o . « Vaya á s e m b r a r e n el contrario b a n d o ,
« Bien s é q u e poco ó nada « Y q u e c o n él l a s a l m a s inflamando
« N u e s t r o s m é r i t o s valen « De s u s m a s v a l e r o s o s c a b a l l e r o s ,
« Las m a n c h a s á borrar d e u n a existencia « Volver contra sí p r o p i o s s u s a c e r o s
« En el e r r o r y la impiedad p a s a d a ; « Les h a g a , á fin q u e m u e r t o s q u e d e n unor
« Mas t u g r a c i a , ¡ o h mi Dios! y tu c l e m e n c i a « Otros h e r i d o s , o t r o s prisioneros;
(c S u p l a n á lo q u e darte n o p o d e m o s , « D e s p e c h a d o s , d e l c a m p o otros s e a l e j e n ,
« Y á t u eterna bondad a g r a d e c i d o s , « Y q u e á A g r a m a n t e sin a p o y o dejen. »
« En t i , S e ñ o r , por s i e m p r e e s p e r a r e m o s . » Nada r e s p o n d e el á n g e l ; m a s , del c i e l o
Dice el m o n a r c a , q u e e n s u Dios c o n f i a , P a r t i e n d o , e m p r e n d e sin tardar s u v u e l o .
Espléndida a u r e o l a ,
Y e n a g r e g a r á s u oracion n o tarda
Cual la luz del r e l á m p a g o , le c i ñ e ;
Votos d i g n o s d e su alta jerarquía
Do quier q u e él p a s a , el aire se arrebola
Y del favor q u e del Eterno aguarda.
Y la n u b e d e p ú r p u r a s e tiñe.
No f u é v a n a s u s ú p l i c a ; q u e el ángel
230 ORLANDO FURIOSO.

Mas n o s a b i e n d o a d o n d e el ala d e b a
Dirigir p o r topar c o n el S i l e n c i o ,
A quien del cielo los mandatos l l e v a ,
H a c i a e l sitio el a r c á n g e l s e d i r i g e
Do ley severa rige
Q u e i n t e r d i c e el hablar al c e n o b i t a ,
D o n d e la v o z Silencio s e halla escrita
En celdas y oratorio,
En l o s m u r o s d e l c l a u s t r o y r e f e c t o r i o .
Allí c r e y e n d o , al l a d o del r e p o s o
Y d e la c a r i d a d , p o d e r h a l l a r l o ,
Las á u r e a s p l u m a s b a t e p r e s u r o s o
El a r c á n g e l M i g u e l ; m a s , n o b i e n e n t r a ,
N o t a s u e r r o r . Escrito e n la m u r a l l a
D o q u i e r q u e l l e v a s u s p i s a d a s , halla
S i l e n c i o allí; m a s ni al S i l e n c i o e n c u e n t r a ,
Ni el a m o r v e , ni la p i e d a d q u e un d í a
En l o s t r a n q u i l o s c l a u s t r o s e x i s t í a ,
Y q u e d e e l l o s , ha t i e m p o , d e s t e r r a r o n
La p e r e z a , la e n v i d i a ,
La avaricia , la g u l a y la p e r f i d i a .
E n e l c o n v e n t o , a t ó n i t o el a r c á n g e l
D e s c u b r e al m o n s t r u o á q u i e n , d e l , P a d r e E t e r n o
P o r c u m p l i r el m a n d a t o ,
Iba á b u s c a r al f o n d o d e l i n f i e r n o .
¿ Q u i é n . l o c r e y e r a , q u i é n ? ¡A la m o r a d a
Q u e al s e r v i c i o d i v i n o
D e b i e r a e s t a r tan s o l o c o n s a g r a d a ,
A hallar Miguel á la Discordia v i n o 1
Reconócela presto
A su traje, compuesto
D e mil r e t a z o s d e c o l o r d i s t i n t o ,
Con los cuales jugando
El v i e n t o á - s u placer, s u s f o r m a s iba
Ora e n c u b r i e n d o , a g o r a r e v e l a n d o .
S u s c a b e l l o s , cual n e g r o y c u a l c a s t a ñ o ,
Cual ,del c o l o r d e l o r o ó d e la n i e v e ,
F o r m a b a n el c o n j u n t o m a s e x t r a ñ o .
CANTO XIV. <2f>J

Por su peóho l o s u n o s ,
Por su espalda los otros s e esparcían,
Y d e su f r e n t c y d e su sien a l g u n o s
En torno s e trenzaban ó tegian.
Contra el s e n o s u s m a n o s estrechaban
Legajos d e l i b e l o s ,
C a u s a s , consultas , pleitos y escrituras
Que al p o b r e s i e m p r e por vedar acaban-
De v e r su hacienda ó su quietud s e g u r a s .
^ D e t r a s , delante d e ella, y á s u s l a d o s ,
Se agolpaban escribas y a b o g a d o s .
Miguel la llama ; e x p ó n é l e sus p l a n e s ,
Su pronta ejecución le r e c o m i e n d a ,
Y u n o s contra otros m á n d a l e q u e e n c i e n d a
En r e n c o r á los jefes m u s u l m a n e s .
De la m a n s i ó n d o n d e el S i l e n c i o habita
Nuevas el á n g e l p r e g u n t a n d o l u e g o .
A la q u e s e hace del furor u n j u e g o
Y al orbe e n t e r o e x t i e n d e s u visita.
« N o se m e a c u e r d a , » la Discordia d i c e ,
« Si vi nunca al Silencio ni e n q u é p a r t e ,
« Bien q u e el n o m b r e n o m e e s d e s c o n o c i d o ,
« Y q u e d e s u s astucias y d e s u arte
« E n m a s d e una o c a s i o n n u e v a s lie o i d o ;
« Mas una amiga y c o m p a ñ e r a nuestra
« Aquí v i v e q u e , a c a s o , á t u d e s c o
« Podrá satisfacer. Llegar la v e o ,
« Héla a q u í , » dice-, y con la alzada diestra
A la Mentira , q u e s e a v a n z a , m u e s t r a .
Pulcro e s s u t r a j e ; su a d e m a n m o d e s t o ;
Humilde su mirar-, su paso g r a v e ;
Dulce su v o z y plácido su g e s t o ,
Cual el g e s t o y la v o z del q u e á María
V i n o , e n n o m b r e d e D i o s , á decir A v e .
•'"o - — ~" ^fc» Disforme e s t o d o el r e s t o ,
Arcángel S . Miguel ejecutando las órdenes de Dios. (T. I, p. 231.) Mas s u torpeza oculta bajo c a p a
Que un puñal s i e m p r e e m p o n z o ñ a d o tapa.
Por e l arcángel preguntada a d o n d e
Partir e n busca del Silencio d e b a , En vano el sol por penetrar porfía.
La Mentira r e s p o n d e : Vese en él una piedra
« En l o s a n t i g u o s t i e m p o s , c u a n d o m*eva Que una gruta capaz forma e n s u s e n o ,
« De Benito y d e Elias A cuya boca e n l á z a s e la hiedra,
« Era la i n s t i t u c i ó n , d e sus s e c u a c e s Que , con t o r t u o s o s g i r o s , por s u s m u r o s
« Habitaba e n c o n v e n t o s y abadías. Desciende hasta sus á m b i t o s o s c u r o s .
« En t i e m p o d e Pitágoras y Arquitas, Esta * del m u e l l e S u e ñ o e s la morada.
« De s u s cátedras dócil l a r g o s a ñ o s En el s u e l o s e n t a d a ,
« F r e c u e n t ó l o s escaños-, . A un lado s u y o la Pereza y a c e ,
« M a s , m u e r t o s ya l o s s a n t o s y l o s sabios Que apénas p u e d e c o n s u propio p e s o ;
« Que silencio i m p u s i e r o n a sus l a b i o s , Y por el otro el O c i o ,
« D e g e n e r a n d o d e virtud e n v i c i o , Lívido , s u c i o , s o ñ o l i e n t o , o b e s o .
« Vivió l u e g o asociado al maleficio. Fijo en la p u e r t a , el v a p o r o s o Olvido
« En la n o c t u r n a sombra á l o s amantes
No deja entrar, n o r e c o n o c e á nadie.
« E m p e z ó acompañando-, á l o s l a d r o n e s
N o e s c u c h a , ni r e s p o n d e ,
« Asocióse en seguida,
Y con su v e l o á l o s d e dentro e s c o n d e .
« Y, c ó m p l i c e d e reprobas a c c i o n e s ,
De fieltro c o n calzado
« Dió su a p o y o al traidor y al h o m i c i d a .
Y en cenicienta capa arrebozado
« Tal v e z dentro á la tierra s e sepulta
Escóltale el S i l e n c i o , c e n t i n e l a
« C o n l o s q u e falsa acuñan la m o n e d a .
Q u e , p o r q u e n a d i e allí se acerque , vela.
« Fácil no e s , p u e s , q u e hallar n i n g u n o p u e d a
Acércasele el á n g e l , sin e m b a r g o ,
« Al q u e d e albergue á cada instante m u d a .
« De h a l l a r l e , e m p e r o , u n m e d i o v o y a darte •, Y, e n baja v o z , trasmítele s u encargo.
« A la m a n s i ó n del S u e ñ o h o y m i s m o p a r t e , El Silencio la f r e n t e ,
« Y á media noche llega, Mostrando haberle c o m p r e n d i d o , i n c l i n a ;
„ Que al r e p o s o tal v e z allí s e entrega. » Y tras Miguel p o n i é n d o s e o b e d i e n t e ,
Ilácia el s u e l o n o r m a n d o se e n c a m i n a .
Bien q u e f e la Mentira n o m e r e z c a , Desde allí d e m a n e r a
Es tal la gravedad c o n q u e r a z o n a , La marcha d e s u s tropas a c e l e r a ,
Que á l o s frailes el á n g e l abandona Que ante los m u r o s d e Paris las g u i a ,
Sin siquiera aguardar á q u e a n o c h e z c a . Sin q u e nadie lo a d v i e r t a , al o t r o dia.
Del S u e ñ o e n b u s c a , el ala voladora En torno d e e s t a s tropas discurriendo
Ora t e m p l a n d o , acelerando a g o r a , El Silencio e n t r e t a n t o ,
Se d i r i g e , q u e á la hora d e s i g n a d a Ora del sol los r a y o s les m o s t r a b a ,
Llegar d e s e a al fin d e su jornada. Ora d e espesa niebla bajo el m a n t o
D e c i u d a d e s y villas apartado, Caballos ocultaba y p a l a d i n e s ,
Y d e abetos y d e h a y a s c o r o n a d o , A m o r t i g u a n d o el s o n d e l o s clarines.
Hay e n Arabia un vaílecilio a m e n o Y al c a m p o m u s u l m á n y e n d o en s e g u i d a
D o n d e , aun e n el rigor del m e d i o d í a , Vierte e n él no sé q u é , q u e sorda y c i e g a
A su g e n t e d e j a n d o , la venida Ni en el peligro q u e le amaga piensa.
¡No le p e r m i t e v e r d e la q u e llega •Juntos allí s e - v e o c o n d e s , b a r o n e s ,
Por R e i n a l d o y el ángel conducida. Reyes y duques, príncipes, marqueses,
Al pié d e l a s murallas Agramante Soldados extranjeros y franceses.
Y e n las a l d e a s q u e á Paris c i r c u n d a n , De honor, d e c e l o y fe cada cual l l e n o ,
Las s u s t r o p a s d e á pié c o l o c a e n e s t o ; A Cárlos ruega q u e bajar los p u e n t e s
Que e n u n a t a q u e v i g o r o s o y p r e s t o Y atacar le c o n c e d a al s a r r a c e n o ;
Sus e s p e r a n z a s últimas se fundan. Mas, bien q u e de e s t e ardor se f e l i c i t e ,
Quien c a p a z fuera d e contar la g e n t e El sabio e m p e r a d o r n o lo permite-,
Que contra Garlos m u e v e e n e s t e instante Y e n los sitios m a s propios y o p o r t u n o s ,
El árabe a r r o g a n t e , Para cerrar al bárbaro la v i a ,
Contara f á c i l m e n t e Con tino d i s p o n i é n d o l o s , á a l g u n o s
Este p u e s t o c o n f i a ,
Las plantas t o d a s q u e la u m b r o s a espalda
Miéntras al otro gruesa h u e s t e en via.
Del A p e n i n o e n c u b r e n , y las o l a s
Al u n o ordena q u e e n c e n d i d a s siempre
Lanzadas d e l a s costas e s p a ñ o l a s
Las h o g u e r a s m a n t e n g a ,
Que van d e Atlante á salpicar la f a l d a ,
Al otro q u e hacia el p u n t o á d o c o n v e n g a
Y las l u m b r e r a s q u e e n la n o c h e m i r a n
Las m á q u i n a s t r a n s p o r t e ; y d e e s t e m o d o
A los t i e r n o s a m a n t e s q u e suspiran.
Cárlos está d o q u i e r , y atiende á todo.
Con f r a g o r e s p a n t o s o y r e p e t i d o
Sobre u n llano, e n el c e n t r o d e la F r a n c i a ,
De Paris l a s c a m p a n a s s e agitaban,
Sentado está Paris. Sus m u r o s besa
Y en los templos de D i o s , á su sonido,
El S e n a , q u e los corta y a t r a v i e s a ,
Millares d e d e v o t o s
F o r m a n d o e n m e d i o una ínsula q u e abarca
Las m a n o s y l a s súplicas alzaban.
La mas bella p o r c i o n d e s u comarca.
Fueron tantos los votos
Completan la c i u d a d otras d o s p a r t e s
Al S e ñ o r o f r e c i d o s aquel d i a ,
Cuyo exterior p r o t e g e n s u s b a l u a r t e s ,
Que , á t e n e r e n el cielo
Y c u y o interno lado
T a n t o v a l o r c o m o e n la tierra el o r o ,
P o r el curso del Sena está guardado.
Recibiera c a d a á n g e l un tesoro.
Por varios p u n t o s á la v e z s e e x p u g n a
Alzan la v o z q u e j á n d o s e los viejos
Ciudad q u e l e g u a s d e circuito c u e n t a :
De q u e los h a y a el hado
Mas el rey A g r a m a n t e ,
Para v e r t a n t a ruina r e s e r v a d o ,
Que á dividir s u ejército r e p u g n a ,
Y, c o n m e n t e e n v i d i o s a ,
Por solo un lado a c o m e t e r intenta.
Del a m i g o s e acuerdan y del d e u d o
Que del s e p u l c r o e n la mansión reposa ; De la muralla e n t o r n o el sabio Cárlos
M a s , d e la e d a d adusta Armas y m u n i c i o n e s a c o p i a n d o ,
Consejos y t e m o r e s d e s p r e c i a n d o , Las orillas del S e n a fortifica
Llena d e a r d o r , la j u v e n t u d r o b u s t a Con f o s o s y c o n m u r o s q u e fabrica,
De l o s m u r o s volando a la d e f e n s a , Y s u curso d e f i e n d e
Y e n el p r o f u n d o foso l o s derriban;
Con sólidas c a d e n a s q u e en él t i e n d e : Que n o tan solo e s p a d a s , picas y hachas
Luego á l o s p u e s t o s corre y los pertrecha A s u d e f e n s a sirven d e i n s t r u m e n t o s ,
En proporcion al r i e s g o q u e s o s p e c h a ; Sino q u e gruesas p e ñ a s , y f r a g m e n t o s
Y las miras del m o r o p e n e t r a n d o , De almenas y baluartes
El sitio v e por d o s u ataque apresta, Llueven sobre el infiel p o r todas p a r t e s ,
Y sus d e s i g n i o s frustra ó contraresta. Y agua hirviendo q u e abrásale y l e c i e g a
Mientras q u e c o n s u s tropas Agramante Y viva cal y a r r o y o s d e r e s i n a ,
Dar el asalto á la ciudad d e b i a , De a z u f r e , nitro y pez y t r e m e n t i n a ,
En el c a m p o Marsilio aguardaría Y aros d e hierro al f u e g o e n r o j e c i d o s :
Con F e r r a g u t , Grandonio, Balugante, Ominosa c o r o n a ,
Falsiron, Isolerto, Serpentino De q u e aquel q u e la c i ñ e n o blasona.
Y c o n la g e n t e q u e d e España v i n o . De Buraldo y d e Ormida e n c o m p a ñ í a ,
Del r e y Marsilio á la siniestra m a n o , Al pié d e la m u r a l l a , e n e s t e t i e m p o
S o b r e el Sena a p o y á b a s e S o b r i n o , R o d o m o n t e otra h u e s t e c o n d u c í a .
Con el hijo d e A l m o n t e , c o n Puliano Clarindo y Soridano
Y c o n el r e y d e O r a n , q u e alza i n s o l e n t e Iban c o n él. De Ceuta el s o b e r a n o
A seis brazas del pié ía erguida frente. Y el d e Cosca y Marruecos le s e g u í a n ,
¿ P o r q u é mi pluma á fatigarse e m p i e z a , Y e n afan d e brillar se c o n s u m í a n .
Miéntras c o n tal presteza Del r e y de Argel e n la purpúrea e n s e ñ a
Las a r m a s m u e v e toda aquella g e n t e , Brilla u n l e ó n , á q u i e n á abrir obliga
Y m i e n t r a el r e y d e Argel i m p e t u o s o La boca una beldad q u e lo d o m e ñ a .
Grita, b l a s f e m a , y hiere sin r e p o s o ? E m b l e m a e s el l e ó n de R o d o m o n t e ,
Cual del e s l í o e n las ardientes h o r a s , Y la doncella e s s u adorada amiga ,
Agitando l a s alas z u m b a d o r a s , A q u i e n volará á libertar gallardo
Un enjambre d e m o s c a s a c o m e t e Si supiera q u e e s h o y d e Mandricardo.
Ya d e e s p u m a n t e l e c h e el tosco v a s o ,
En e s t e t i e m p o , y e n u n m i s m o i n s t a n t e ,
Ya l o s r e s t o s d e e s p l é n d i d o b a n q u e t e ,
De c o m b a t i e n t e s llenas
O cual s e arroja acaso
Mil escalas i n v a d e n las almenas.
Banda d e t o r d o s s o b r e cepa o p i m a
Y « a d e l a n t e , adelante »
De r a c i m o s m a d u r o s ,
Gritando algunos con audaz d e n u e d o ,
Así l l e n o d e l f u e g o q u e l e anima
Ánimo dan á l o s q u e s i e n t e n m i e d o .
A c u d e el agareno hacia l o s m u r o s .
Ni h a y forma d e cejar. ¡Guay del q u e quiere
De lo alto d e l l o s , c o n ardor n o visto Salvar s u vida ó q u e e n ardor a f l o j a !
R e s i s t e f u e r t e el adalid d e Cristo. Al q u e vacila, c o n su espada h i e r e
Si u n o p e r e c e , su g l o r i o s o p u e s t o Y al h o n d o fosa arroja
Otro o c u p a b i e n presto •,
R o d o m o n t e , q u e ardiendo en saña l o c a ,
Y s u s g o l p e s e n tanto
Al m u n d o entero y hasta á Dios p r o v o c a ,
A mil m o r o s y á mil de vida privan
ORLANDO FURIOSO. CANTO X I V .

y q u e , huyendo los sitios m a s seguros , De Anselmo y d e Oldarado. Con las d e e s t o s ,


En busca va d e riesgos- y d e apuros. Las cabezas derriba
Ceñido d e la espada y la armadura De Espinolocío y P r a n d o ,
Que fabricó N e m b r o t , s u propio a b u e l o , Guerreros del ejército n o r m a n d o .
Cuando impía guerra q u i s o hacer al ciekr, Hasta el vientre e n seguida
R o d o m o n t e , q u e altivo cual a q u e s t e , Al m a g u n t i n o Orgueto a t r a v e s a n d o ,
La b ó v e d a celeste Con la sangre e x h a l a r le hace la vida.
i m p á v i d o asaltara si e x i s t i e r a Desde el m u r o d e s p u e s v i e n e n al f o s o
Camino q u e hasta allá l e c o n d u j e r a , El sacerdote A n d r ó p o n o y Mosquino,
En el f o s o se a r r o j a , s e adelanta, Q u e , adorador d e l v i n o ,
Y, v e l o z cual el r a y o , lo atraviesa, Del a g u a , m a s q u e d e áspid p o n z o ñ o s o ,
Bien q u e el agua le l l e g u e á la garganta. Toda s u vida h u y ó , y á q u i e n funesta
Y, d e c i e n o y d e s a n g r e a m a n c i l l a d o , D o b l e m e n t e e s la m u e r t e
De audacia d a n d o p r u e b a s m a n i f i e s t a s , Que recibe en el agua q u e detesta.
A la muralla s u b e En dos á Luis el provenzal divide.
Por m e d i o d e una n u b e El tolosano Arnaldo
De f u e g o , d a r d o s , p i e d r a s y ballestas. La tierra, al l a d o d e D i o n i s i o , mide-,
Encubierta la frente Y la miden también H u g o y A m b a l d o ,
Con s u b r o q u e l , al p a r a p e t o l l e g a , Huberto, S a t a l o n , Claudio, Gualtero
Y atacando la p u e n t e Y otros m i l , d e l o s c u a l e s
Do atónito el cristiano s e r e p l i e g a , Ni el n o m b r e aquí ni la nación r e f i e r o .
Hiere y destroza y e n p u r p ú r e o l a g o Detras d e R o d o m o n t e , e n la muralla
Convierte el s u e l o , y b r a z o s y cabezas- Penetra e n tanto la f e r o z canalla,
Del alto m u r o h a c e r o d a r al f o s o , Al cristiano p o n i e n d o e n g r a n d e aprieto.
Causando el m i s m o e s t r a g o Con o r d e n al s e g u n d o parapeto
Que h a c e en Volana jabalí furioso. Este e n t o n c e s r e p l é g a s e , s e g u r o
Suelta el b r o q u e l ; e n la ansia q u e le a n i m a , De q u e n o sin e s f u e r z o y sin apuro
La espada e m p u ñ a ; y c o n t r a el d u q u e Arnolfo, Podrá el infiel atravesar el trecho
V e n i d o ha p o e o del n u b l o s o clima Que del uno separa el otro m u r o .
D o el Rin s e lanza e n el salado g o l f o , Desde el s e g u n d o , f u e r t e s y g a l l a r d o s ,
S e dirige v e l o z . Cual s e resiste Algunos c o n ventaja s e d e f i e n d e n ,
A la llama la p ó l v o r a , así el triste Miéntras c o n l a n z a s , piedras y c o n dardos
Arnolfo contra el g o l p e s e d e f i e n d e Desde una alta cortina o t r o s o f e n d e n
Que e n tierra, h e n d i d o h a s t a el arzón, lo extiende. A la copiosa c h u s m a , q u e aterrada
Tal es la c o n f u s i o n , tal el conflicto' Empezaba á ceder, y que cediera,
En q u e del m o r o p o n e el hierro invicto Si el d e Argel no acudiera. Con su espada
A la cristiana g e n t e , ha p o c o altiva, Hiere ó da m u e r t e al q u e al terror s e e n t r e g a ;
Que d e u n solo r e v e s á Flándes priva' Por el cabello al u n o ,
Por el c u e l l o a s e al o t r o ó p o r l o s b r a z o s ;
De s a n g r e al s u e l o r i e g a , CANTO XV.
Y de miembros y cuerpos en pedazos (

El a n c h o f o s o , hasta l o s b o r d e s , c i e g a . Prosigue el asalto. — Primeros viajes de Astolfo. — Dale Logis-


tila una trompa prodigiosa y el libro que enseña el modo de
Miéntras e n l o h o n d o d e e s t e a b i s m o h o r r e n d o
destruir todo encanto.—Elogio de Cárlos V y de sus capitanes.
Los b á r b a r o s c a y e n d o , — Astolfo prende á Caligorante y mata á Orrilo. — E n c u e n -
Buscan c o n n u e v o afan n u e v a s escalas tra á Aquilante y á Grifón, y dispónese á ir con ellos á visitar
P o r t r e p a r al s e g u n d o p a r a p e t o , los Santos Lugares. — Grifón recibe noticias de la infidelidad
El r e y d e A r g e l , cual si s u t i l e s alas de Ongile.
L l e v a r a e n v e z del e s p a l d a r y el p e t o ,
N o b l e e s s i e m p r e el v e n c e r , y a q u e al i n g e n i o
V e l o z d e l f o s o al otro l a d o s a l t a ;
O á la f o r t u n a el t r i u n f o s e a t r i b u y a ,
Con s a n g r e d e l f r a n c é s el s u e l o e s m a l t a ,
Bien q u e la s a n g r e e m p a ñ e la v i c t o r i a
Ruina s e m b r a n d o y d e s t r u c c i ó n . N o hay c o t a
Y el m é r i t o del j e f e d i s m i n u y a .
Q u e el g o l p e al p e c h o d i r i g i d o t u e r z a ,
Al c o l m o d e la g l o r i a
A n t e s , cual vidrio r o t a ,
A q u e l l l e g a r á s o l o q u e , la s a n g r e
Salta al s e n t i r s u i n c o n t r a s t a b l e f u e r z a .
N o p r o d i g a n d o d e la g e n t e s u y a ,
Bajo el c i e n o del f o s o a c u m u l a d a s
Al e n e m i g o e j é r c i t o d e s t r u y a .
Por Cárlos, ántes del asalto, fueron
E s t e alto h o n o r , s e ñ o r , v o s m e r e c i s t e i s
Estopas y faginas e m b r e a d a s ,
C u a n d o al l e ó n v e n c i s t e i s
O d r e s d e a c e i t e , a z u f r e , d e salitre
Q u e , terrible e n la m a r , c o n s u s g a l e r a s
Y d e o t r a s mil materias i n f l a m a b l e s ,
D e l P o las d o s r i b e r a s ,
Que u n horrendo castigo
D e s d e Ferrara á F r a n c o l í n , cubría.
R e s e r v a b a n d e D i o s al e n e m i g o .
Su rugido f e r o z y a no m e a t e r r a ;
E n t a n t o q u e este p o r hallar salida
Que á nuestro frente, oh príncipe, os advierto,
Y p o r s u b i r al m u r o s e e s f o r z a b a ,
A v o s por quien fué m u e r t o
La l l a m a , p o r mil p a r t e s e n c e n d i d a ,
N u e s t r o e n e m i g o y libre n u e s t r a tierra.
E n u n a s o l a al cielo s e e l e v a b a ,
En s u d a ñ o o b s t i n á n d o s e el p a g a n o ,
Y , el s o l o s c u r e c i e n d o ,
N o s a b e obrar asi. S u í m p e t u i n s a n o
S e p u l t a b a á París e n c a o s h o r r e n d o .
Con la m í s e r a g e n t e q u e d e r r i b a ,
A su rugir continuo y espantoso
La i n t e n s i d a d a v i v a
S e m e z c l a b a la h o r r í s o n a a r m o n í a Del i n c e n d i o h o r r o r o s o
D e la m í s e r a g e n t e , q u e e n el f o s o , Q u e , solo tanto cuerpo calcinando,
Por culpa de su j e f e , perecía. Cabida á t o d o s d a r p u d o e n el f o s o .
Gritos, clamores, llanto,
O n c e mil y v e i n t e y o c h o s a r r a c e n o s
E s t r a g o , horror, desolación y muerte
Hallaron m u e r t e e n s u s a r d i e n t e s s e n o s ,
D o q u i e r el a l m a e s t r e m e c i d a a d v i e r t e .
Miéntras s u j e f e a l t i v o y t e m e r a r i o ,
Mas t i e m p o e s y a d e respirar u n t a n t o ,
Causa d e tanta y tanta d e s v e n t u r a ,
Aquí poniendo término á este canto.
T. I. 11
Por el cuello ase al o t r o ó p o r los b r a z o s ;
De s a n g r e al suelo r i e g a , CANTO XV.
Y de m i e m b r o s y c u e r p o s en pedazos (
El a n c h o f o s o , hasta los b o r d e s , ciega. Prosigue el asalto. — Primeros viajes de Astolfo. — Dale Logis-
tila una trompa prodigiosa y el libro que enseña el modo de
Miéntras en lo h o n d o d e e s t e abismo h o r r e n d o
destruir todo encanto.—Elogio de Cárlos V y de sus capitanes.
Los b á r b a r o s c a y e n d o , — Astolfo prende á Caligorante y mata á Orrilo. — Encuen-
Buscan c o n n u e v o afan n u e v a s escalas tra á Aquilante y á Grifón, y dispónese á ir con ellos á visitar
Por t r e p a r al s e g u n d o p a r a p e t o , los Santos Lugares. — Grifón recibe noticias de la infidelidad
El r e y d e A r g e l , cual si sutiles alas de Ongile.
Llevara e n vez del espaldar y el p e t o ,
Veloz del foso al otro lado s a l t a ; Noble es s i e m p r e el v e n c e r , y a q u e al ingenio
O á la f o r t u n a el t r i u n f o se a t r i b u y a ,
Con s a n g r e del francés el suelo e s m a l t a ,
Bien q u e la s a n g r e e m p a ñ e la victoria
Ruina s e m b r a n d o y destrucción. No hay cota
Y el m é r i t o del j e f e d i s m i n u y a .
Que el golpe al pecho dirigido t u e r z a ,
Al colmo de la gloria
A n t e s , cual vidrio r o t a ,
Aquel llegará solo q u e , la s a n g r e
Salta al sentir su incontrastable f u e r z a .
No prodigando d e la g e n t e s u y a ,
Bajo el cieno del foso a c u m u l a d a s
Al enemigo ejército d e s t r u y a .
Por C á r l o s , á n t e s del a s a l t o , fueron
E s t o p a s y faginas e m b r e a d a s , Este alto h o n o r , s e ñ o r , vos merecisteis
Cuando al león vencisteis
Odres de a c e i t e , a z u f r e , de salitre
Q u e , terrible e n la m a r , c o n s u s galeras
Y de o t r a s mil materias inflamables,
Del Po las d o s r i b e r a s ,
Que u n h o r r e n d o castigo
Desde F e r r a r a á F r a n c o l í n , cubría.
R e s e r v a b a n d e Dios al e n e m i g o .
Su r u g i d o f e r o z y a no m e a t e r r a ;
En t a n t o q u e este p o r hallar salida
Que á n u e s t r o f r e n t e , oh p r í n c i p e , os a d v i e r t o ,
Y p o r subir al m u r o se e s f o r z a b a ,
A vos p o r quien f u é m u e r t o
La l l a m a , p o r mil p a r t e s e n c e n d i d a ,
Nuestro e n e m i g o y libre n u e s t r a tierra.
E n u n a sola al cielo se e l e v a b a ,
En su d a ñ o o b s t i n á n d o s e el p a g a n o ,
Y, el sol o s c u r e c i e n d o ,
No sabe obrar asi. Su í m p e t u insano
S e p u l t a b a á París en caos h o r r e n d o .
Con la mísera g e n t e q u e d e r r i b a ,
A su r u g i r continuo y e s p a n t o s o La intensidad aviva
Se mezclaba la h o r r í s o n a a r m o n í a Del incendio h o r r o r o s o
De la mísera g e n t e , q u e en el f o s o , Q u e , solo tanto c u e r p o c a l c i n a n d o ,
P o r culpa de su j e f e , p e r e c í a . Cabida á todos d a r p u d o en el foso.
Gritos, clamores, llanto,
Once mil y v e i n t e y ocho s a r r a c e n o s
E s t r a g o , h o r r o r , desolación y m u e r t e
Hallaron m u e r t e en s u s a r d i e n t e s s e n o s ,
Do quier el alma e s t r e m e c i d a advierte.
Miéntras su jefe altivo y t e m e r a r i o ,
Mas tiempo es ya de respirar u n t a n t o , Causa de tanta y tanta d e s v e n t u r a ,
Aquí p o n i e n d o término á e s t e canto.
T. I. 11
Veloz saltando al campo del c o n t r a r i o , Advierte y á su llaga
Todo r i e s g o , i m p e r t é r r i t o , c o n j u r a . Quiere bondosa administrar r e m e d i o .
Desde lo alto del m u r o Una galera apresta, y temerosa
Los fieros ojos R o d o m o n t e vuelve. De q u e á t u r b a r su viaje venga Alcina,
Al ver el h u m o oscuro Con g r a n d e armada ordena á Sofrosina
Que en densa niebla el firmamento e n v u e l v e . Y á Andrónica que á Astolfo
Hasta el Pérsico golfo
Y quejas y c l a m o r e s escuchando ,
Alza la v o z , r u g i e n d o y blasfemando. C o n d u z c a n ; y, al g u e r r e r o aconsejando
Mientra este a t a q u e el rey d e Sarza d a b a , Huya del m a r del Norte el viento i n f a n d o ,
Agramante u n a p u e r t a L e encarga q u e se aleje d e la tierra
Que ver p e n s a b a , al p r e s e n t a r s e , abierta , De d o el sol varios meses se d e s t i e r r a ,
Con h u e s t e acometió cuantiosa y brava. Y q u e , de Escitia la r e m o t a playa
Van con él B a m b i r a g o , y Balinverno, Mas bien doblando, sin t e m e r r o d e o s ,
A las de Persia ó las de Erítrea vaya.
Y Corino y P r u s i o n , rico m o n a r c a
Dispuesto el Yiaje, pártese el m a n c e b o ;
De las felices islas
Y, á fin d e q u e ceder á encanto n u e v o
Que el mar q u e baña al tingitano a b a r c a ,
Desde h o y n o p u e d a , u n libro en q u e se explica
Y Malbuferso, r e y de la comarca
Como su influjo contrastarse d e b e ,
De e t e r n a primavera. De estas gentes
L e entrega Logistila, y le suplica
Marchan otras d e t r á s ; u n a s valientes, Que al lado siempre por su a m o r lo lleve.
Otras sin a r m a s ni valor, desnudos
Otro regalo d e m a y o r valía
Los pechos q u e no armaran mil escudos.
Con él la maga al paladín confia.
Mas engañóse el m u s u l m á n . Cercado
Este es un c u e r n o , c u y o atroz sonido
Carlos d e sus caudillos a g u e r r i d o s , Terrihle m a s que el h u r a c a n , el Noto,
Aquel sitio defiende. A su costado El trueno ó el rugiente t e r r e m o t o ,
Van S a l o m o n , Avolio, Oger, dos G u i d o s , Al mas osado priva de sentido.
Berenguer, G a n a l o n , O t ó n , A v i n o ,
Por tan precioso don á Logistila
Y el d u q u e d e Baviera y Angelino. Rendidas gracias tributando el d u q u e ,
De jóvenes g a l l a r d o s , El puerto deja y la mansión t r a n q u i l a ,
Tudescos y f r a n c e s e s y l o m b a r d o s , De donde en la alta mar se lanza el buque.
Llega en seguida multitud i n m e n s a , Dejando á diestra y á siniestra m a n o
De su Dios y s u rey por la defensa Islas sin cuento y populosas villas,
Dispuesta á c o m b a t i r ; m a s , de mi canto De Tomas á la tierra Astolfo llega,
Volver los e c o s mi inconstancia piensa Do hácia el Norte el piloto se repliega.
Hacia el b r i t a n o d u q u e , que entretanto
Tocando casi al á u r e o Q u e r s o n e s o ,
Su existencia en el ocio consumía
Hiende la e s p u m a la soberbia flota,
Y de volver al patrio suelo ardia Siguiendo siempre la opulenta orilla
En ansiosa inquietud. Presto la m a g a , D o , lanzándose al m a r , el Gánges brilla.
Que de Alcina t r i u n f ó , de Astolfo el tedio
« Que la h e r c ú l e a p u j a n z a s e p a r a r a ,
De T a p r o b a n a luego « Salir á algunos m i r o
Y de C o r o m a n d e l las playas nota. « Y nueva tierra hallar y n u e v o m u n d o ,
De allí, t r a s largo viaje, á Cochiuchma « Del a s t r o de la luz siguiendo el giro.
Y hacia E u r o p a á la postre se encamina. « La santa cruz y la imperial b a n d e r a ,
El h é r o e en tanto á Andrónica p r e g u n t a « Sobre v e r d e r i b e r a
Si de l o s r e i n o s d o n d e el sol d e s p u n t a , « Alzada allá, con m a j e s t a d t r e m o l a :
Hasta los m a r e s do su luz se e s c o n d e , « Y á la g e n t e española
Llegó n a v e j a m a s ; y si se p u e d e « Miro, parte que guarda sus bajeles,
De F r a n c i a ó d e Inglaterra « Parte q u e vuela en busca d e laureles.
Venir á la India , sin tocar en t i e r r a . « Por u n p u ñ a d o d e h o m b r e s , destruidos
« Has d e s a b e r , » Andrónica r e s p o n d e , « A mil y mil de s u s c o n t r a r i o s n o t o ,
« Que e n su recinto el m a r al o r b e encierra « Y vastos reinos de pais r e m o t o
« Y q u e del polo al ecuador a r d i e n t e « A las leyes de Cárlos s o m e t i d o s .
« Sus olas v a n girando e t e r n a m e n t e ; « Ignoto hasta hoy, é ignoto
« M a s , al v e r cual del África en el seno « Por seis siglos ó s i e t e ,
« Se avanza al Sur la Etiopia, afirma alguno « Aqueste d e r r o t e r o todavía
« Que acaba allí el imperio de N e p t u n o . « Ha d e ser, hasta el dia
« P o r eso de los reinos de Levante « En q u e todo mortal la ley r e s p e t e
« J a m a s vela hacia E u r o p a se despliega; « Del m a s p r u d e n t e p r í n c i p e y m a s j u s t o
« Que h a sido ni será d e s p u e s de Augusto.
« Por eso d e la Europa el n a v e g a n t e
« Desde su mar al índico no llega. « De s a n g r e de Austria y d e Aragón ya veo
« Esa r e g i ó n inmensa « Nacer, del Rin á la siniestra orilla,
« Unida v e r á otro hemisferio p i e n s a , « Este príncipe ilustre c u y o n o m b r e
« Y, p e r d i e n d o al mirarla su e s p e r a n z a , « E n t r e los n o m b r e s m a s ilustres brilla.
« A s u s l a r e s r e t o r n a sin t a r d a n z a . « Con la v i r t u d , q u e u n m u n d o pervertido
« M a s , volviendo los a ñ o s , partir veo « Mirará con desprecio y a b a n d o n o ,
« Del c o n f í n e u r o p e o « Sacando á la justicia del olvido
« N u e v o s Tiíís, y abrir con valentía « La h a r á s e n t a r s o b r e s u excelso t r o n o .
« La s e n d a ignota hasta el p r e s e n t e día. « En p r e m i o de esto la b o n d a d s u p r e m a
« El África doblar á otros advierto-, « Para ceñir no solo le designa
(c S e g u i r s u costa y traspasar el signo « La espléndida d i a d e m a
« D o n d e e n t r a el s o l , t o r n a n d o á n o s b e n i g n o « Oue decoró las sienes de u n Severo ,
« C u a n d o d e Capricornio se despide-, « De u n Augusto , de un Marco y de u n T r a j a n o ,
« Y h a l l a r tras largo a f a n , hallar les veo « Sino q u e el m u n d o e n t e r o
K El c a b o q u e dos piélagos d i v i d e ; « Verá en él su p a s t o r , su s o b e r a n o .
« Y d e s d e allí correr playas diversas « Y á fin de q u e del cielo
« É í n s u l a s i n d i a s , árabes y p e r s a s . « Mejor se c u m p l a el i n m u t a b l e a r c a n o ,
« Del escollo fecundo
« De Calpe al Nilo purgara las olas.
« \ su edad d o t a r á l a Providencia « Por su valor abiertas
I De h o m b r e s sabios en paz, f u e r t e s en guerra « Verá Cárlos las p u e r t a s
« En la m a r victoriosos y en la tierra. « De las ciudades todas de la Italia.
« y a por Hernán C o r t e s á la obediencia « Igual en gloria á César, victorioso
« Del imperial m o n a r c a sometidos « En Francia, E s p a ñ a , en África y Tesalia,
« Pueblos a d v i e r t o , e n tan distante zona , « Rival por su valor de Antonio, Ocíavio
« Que á la n u e s t r a s o n hoy d e s c o n o c i d o s « Y d e los héroes m a s ilustres, Doria,
« Ya u n P r ó s p e r o C o l o n a , « Con su ambición, agravio
« Un m a r q u e s de P e s c a r a , y a su lado « Nunca h a r á al esplendor de su victoria ;
« De Guast advierto al joven d e n o d a d o « Y ejemplo tan sublime
« Oue tan fatales e n encuentros miles « Cubrirá de vergüenza al que á su p a t r i a ,
« Hará al francés l o s ítalos pensiles « Que de un yugo l i b r ó , con otro oprime.
« S e m e j a n t e al corcel q u e de la m e t a « Libre viendo á la suya y en su gremio
« El último p a r t i e n d o , á t o d o s pasa , « Quieto y feliz, d e su virtud en premio
« Este Alfonso en d e s e o s « Obtendrá Doria estados q u e , algún d i a ,
« De aventajar á l o s d e m á s se a o r a s a , « En Italia el origen
« Y de o b t e n e r l a u r e l e s y trofeos. « Serán d e la n o r m a n d a m o n a r q u í a .
« Y d e sus sacrificios recompensa
« Tanto valor á tal virtud unido
« Alcanzarán, cual é l , c u a n t o s de Cárlos
« Digno le h a r á n d e l m a n d o
« Se ocupen en la gloria ó la d e f e n s a ;
I Que obtendrá d e su rey habiendo apenas
« Q u e , lleno d e b o n d a d e s ,
« E! quinto lustro d e su edad cumplido.
« Este monarca á sus vasallos fieles
« Su ejército s a l v a n d o
« Gozará en d a r castillos y ciudades
« E s t e j ó v e n a u d a z , la tierra entera
« Mas q u e en ceñir sus sienes d e laureles. »
« A las leyes de Carlos sometiera.
«Mientras d e e s t e al imperio Citando así los nombres de los héroes
« El terrestre hemisferio Que tantos triunfos han de dar á Cárlos,
« Sometan sus valientes capitanes , De los vientos el ímpetu regia
« A su fortuna u n i d o y á su g l o r i a , La amable m a g a , q u e ora en sofocarlos,
« El bravo A n d r é s d e Doria Ora en darles aliento se placía.
« Hará guerra implacable Del m a r de Persia, en e s t o ,
« Al pirata o p r e s o r del mar que baña Las olas v e n , y aquellas q u e reciben
« Las costas d e N u m i d i a y las de España. El n o m b r e de los magos. En un puerto
« No á las de e s t e caudillo comparable Ancla el bajel, y allí, puesto á cubierto
« Es de P o m p e y o la elogiada hazaña. El héroe de la cólera d e Alcina,
« De la nación m a s célebre del m u n d o , Por la playa sus pasos encamina.
« Unos viles c o r s a r i o s Del valle al llano y á la selva espesa
K Mal podían ser dignos a d v é r s a n o s : Presuroso atraviesa. Molestado
« Miéntras q u e l»oria, con sus fue.zas solas,
CANTO X V . 249

u Luego q u e á alguna víctima s o r p r e n d e ;


Sin cesar en su m a r c h a p o r l a d r o n e s , « Ni á edad ni á s e x o a t i e n d e ,
Por tigres y d r a g o n e s , « Nada t e m o r ni compasion le inspira.
Astolfo e n c o m b a t i r no se detiene. « Al uno agora en desollar se o c u p a ;
Siguiendo luego la feliz A r a b i a , « La sangre á a q u e s t e c h u p a ; á aquel los s e s o s ,
Rica d e m i r r a y d e oloroso i n c i e n s o , « Devorada la c a r n e , al c a m p o a r r o j a ;
Región privilegiada « De m u c h o s otros los p e l a d o s h u e s o s ;
Que el f é n i x eligió p o r su m o r a d a , « Y de su estancia a d o r n a n las p a r e d e s
E n t r a en el m a r , d o n d e el p o d e r i n m e n s o « Los c u e r o s d e las tristes
Del g r a n Dios d e Israel s u m i e r a u n día « Víctimas d e su infamia y d e s u s r e d e s .
Al rey egipcio y á su h u e s t e impía. « Toma p u e s , j o v e n , toma este camino
Luego á la p a t r i a de los h é r o e s l l e g a , « Que sin riesgo c o n d u c e á t u destino. »
Y del T r o y a n o c o r r e p o r la vega Las gracias d a n d o al viejo
En el corcel q u e p o r a r e n a ó n i e v e , P o r su sana i n t e n c i ó n , « v u e s t r o consejo
Sin d e j a r huella tras de sí, lo guia. « P e r m i t i d m e , » le d i c e , « q u e n o s i g a ,
E n j u t o el p i é lo mismo correría « Que á no escucharlo mi d e b e r m e obliga.
Sobre la m a r , sin q u e igualar p u d i e r a « Con m e n g u a d e m i h o n o r , bien sé q u e p u e d o
La del v i e n t o ó del rayo su c a r r e r a . « Evitar u n costoso sacrificio;
Argalia f u é su d u e ñ o , Rabicano « Mas n o m e a r r e d r a de la m u e r t e el m i e d o ,
S u n o m b r e , y , concebido « Y m e a n i m a el pensar q u e si propicio
P o r la llama y el v i e n t o , « El cielo santo apoya mi d e n u e d o ,
El a u r a p u r a es su único a l i m e n t o . « Un insigne servicio
S o b r e él c o r r i e n d o el paladín b r i t a n o « Al o r b e h a r é p o r s i e m p r e ese camino
Ve cual s e lanza el T r o y a n o e n el Nilo, « Abriendo al m e r c a d e r y al p e r e g r i n o .
Y, s i g u i e n d o su orilla, « ¿ Qué es de u n h o m b r e la m u e r t e , si c o n ella
E n c u e n t r a l u e g o u n venerable anciano c Se salva á mil de inevitable d a ñ o ? »
Que v i e n e c o n d u c i e n d o una barquilla. — « H i j o , vé en p a z , » replica el e r m i t a ñ o ;
« H i j o , » le g r i t a , « si p e r d e r la vida « Mi bendición r e c i b e , y q u i e r a el cielo
« No q u i e r e s hoy sin gloria y sin r e c u r s o , « Prestar apoyo á tu glorioso anhelo. »
« Hacia aquí t u e r c e sin t a r d a r el c u r s o . Fiado de su t r o m p a en el sonido
« Por esa orilla a n d a n d o , a n t e t u s ojos Mas a u n q u e e n la f u e r z a d e su a c e r o ,
« V e r á s e n b r e v e la fatal g u a r i d a E n t r e el b o r d e del Nilo y el de un l a g o ,
« D o n d e , e n medio d e s a n g r e y de d e s p o j o s , Por la orilla del m a r , sigue el sendero
« Vive u n g i g a n t e atroz. Allí t e n d i d a Que del m o n s t r u o c o n d u c e al antro aciago.
« Hay u n a r e d , oculta e n t r e la y e r b a De c r á n e o s y de m i e m b r o s descarnados
« Con a r t e t a n p r o t e r v a , Ve cubierto el u m b r a l , y u n esqueleto
« Que el q u e noticia della á n t e s no tenga Colgado en cada almena
« En ella e s fuerza q u e á e n r e d a r s e v e n g a . Decoraba el infando p a r a p e t o .
« Hacia su estancia el m o n s t r u o se retira
Cual cazador de l a s alpinas b r e ñ a s
En las p a r e d e s de s u estancia clava
La cabeza y la piel d e fiera brava
Que m a t ó , d a n d o d e su audacia señas*,
Así fiero el g i g a n t e , a n t e sus ojos
Con placer colocaba
De sus f u e r t e s c o n t r a r i o s los d e s p o j o s ,
Dejando de los o t r o s c o n f u n d i d o s
E n t r e s a n g r e los h u e s o s carcomidos.
Al u m b r a l d e la p u e r t a
De esta mansión e s t á b a s e s e n t a d o
C a l i g o r a n t e , c u a n d o á ver acierta
Acercarse al caudillo d e n o d a d o ;
Y á fe q u e n o lo vió c o n d e s a g r a d o ,
Pues tres meses hacia
Que n a d i e a t r a v e s ó p o r esa via.
Ai v e r l e , c o r r e el m o n s t r u o e n t r e las cañas
Que en el lago se e l e v a n á a g u a r d a r l e ,
P e n s a n d o así con s u s traidoras m a ñ a s
Cogerle por d e t r a s y a p r i s i o n a r l e ;
Mas su ardid esta v e z no le a p r o v e c h a ,
P u e s , bien q u e r i e s g o en a v a n z a r s o s p e c h a ,
Lanzando Astolfo s u corcel p u j a n t e
El c u e r n o toca. C i e g o , e s p a v o r i d o ,
A p r e s t a f u g a e n t r é g a s e el gigante,
Y, sin saber a d o n d e c o r r e , llega
A la r e d , q u e lo e n v u e l v e y se repliega.
A tierra salta el p r í n c i p e , y castigo
Va á d a r á su e n e m i g o ;
Mas se detiene al v e r q u e e n t r e c a d e n a s
Yace e s t e e n v u e l t o , r e s p i r a n d o apénas.
Celoso e n o t r o t i e m p o del dios Marte
El cíclope V u l c a n o , c o n tal a r t e
Esta r e d f a b r i c ó , q u e e n t r e s u s lazos
A V é n u s s o r p r e n d i ó d e a q u e l en brazos. Astolfo h a c e h u i r á C a l i g o r a n t e . (T.
Al cícople esta r e d r o b ó Mercurio
Ciego d e a m o r p o r C l ó r i s , q u e volando
Los pasos sigue á l a l u c i e n t e a u r o r a
CANTO XV.

r •'•:• C u a n d o , el h ú m e d o seno a b a n d o n a n d o ,
'. "i ' Flores d e r r a m a , y cielo y tierra d o r a ,
Y en ella la a p r e s ó j u n t o al p a r a j e
Donde el rio q u e c o r r e por Etiopia
Corre á prestar al piélago h o m e n a j e .
En el templo de A n ú b i s , en C a n o p i a ,
Por treinta siglos c o n afan g u a r d a d o
Estuvo aquel depósito sagrado,
Hasta q u e , con audacia sin e j e m p l o ,
El inicuo y feroz Caligorante
Incendió la ciudad y robó el templo.
Allí e n c o n t r ó las r e d e s q u e , escondidas
Por él luego con a r t e e n t r e la a r e n a ,
P u s i e r o n triste fin á t a n t a s vidas.
De ellas sacando Astolfo u n a c a d e n a ,
Ata al m o n s t r u o m a l v a d o ,
Q u e , cual doncella t í m i d a , a t e r r a d o ,
Se alza o y e n d o la voz q u e se lo o r d e n a .
P e r d e r e m p e r o de esta gran victoria
No q u i e r e el paladín t o d a la gloria.
Sobre los f u e r t e s h o m b r o s del vencido
Carga la r e d y de su triunfo uncido
Llevarlo al carro p i e n s a , sus m a l d a d e s
P r o p a l a n d o p o r villas y ciudades.
Dale también sus a r m a s y s u escudo
Y, a c o m p a ñ a d o d e e s t e e x t r a ñ o p a j e ,
De M é m f i s , e n su v i a j e ,
Las t u m b a s y pirámides visita.
Luego al Cairo dirige s u c a m i n o ,
Llenando de contento á c u a n t o s h a l l a ,
A c u a n t o s cuenta la feliz batalla
Con q u e abrió n u e v a r u t a al p e r e g r i n o
« ¿ Cómo es p o s i b l e , » cada cual d e c i a ,
« Que á u n g i g a n t e tan fiero
« Haya vencido u n solo caballero? »
Por m i r a r l e de cerca el p u e b l o t o d o
En t r o p e l a c o r r í a , v de tal m o d o
E n d e r r e d o r de Astolfo se a p i ñ a b a ,
Que á d e t e n e r el paso le obligaba.
S u n o b l e a s p e c t o c a d a cual a d m i r a ,
Y m i e n t r a al gozo q u e su triunfo inspira
El pueblo c o n estrépito se e n t r e g a ,
A las p u e r t a s del Cairo Astolfo llega.
No e r a e n t o n c e s el Cairo
Lo q u e h a l l e g a d o á ser e n n u e s t r o s días.
Diez y o c h o mil crujías
De casas d e t r e s pisos suficientes
No s o n p a r a a l b e r g a r á tantas g e n t e s ,
Que en el suelo y al raso m u c h a s dellas
D u e r m e n al r e s p l a n d o r de las estrellas.
En el palacio do el sultán habita
Magnificencia i n s ó l i t a , i n a u d i t a ,
Reina p o r d o n d e q u i e r . So el mismo t e c h o
Vense allí r e u n i d o s
Quince mil r e n e g a d o s sus vasallos,
Y e n t r e ellos c o n f u n d i d o s
Sus m u j e r e s , s u s h i j o s , s u s caballos.
Desde el Cairo á Damieta m a r c h a Astolio
A v e r p o r c u a n t a s bocas
Se a r r o j a el Nilo en el salobre g o l f o ,
Y decir o y e allí q u e en u n a t o r r e
Vive u n feroz l a d r ó n q u e la c o m a r c a ,
Haciendo d a ñ o á c u a n t o s v e , r e c o r r e .
.< Vano e s , >> le d i c e n , « r e s i s t i r ; m a s v a n o
« Es a u n el t r a t a r d e darle m u e r t e ,
« Que d e c i e n mil h e r i d a s ,
« De los m a s f u e r t e s brazos r e c i b i d a s ,
« S i e m p r e s a n ó p o r prodigiosa s u e r t e . »
De q u i t a r l e la vida
A n s i o s o , Astolfo e n busca v a de Orrilo-,
Llega á D a m i e t a , y t r a s p a s a n d o el N i l o ,
La t o r r e v e q u e s i r v e d e g u a r i d a
A e s t e a b o r t o d e mágica y de d u e n d e
Que á c u a n t o s halla i m p u n e m e n t e o f e n d e .
Allí, c o n él Astolfo á d o s g u e r r e r o s
Mira e m p e ñ a d o s e n terrible lucha.
En vano espada d u c h a
Vibran contra él los f u e r t e s caballeros.
Hijos los dos del célebre Oliveros,
En valor y e n e s f u e r z o n o le ceden-,
Mas poco ó n a d a e n esta lucha p u e d e n .
De Orrilo al l a d o , vese en la ribera
Una d i s f o r m e fiera,
Cuyo solo alimento son los c u e r p o s
De n á u f r a g o s m a r i n o s
Y d e desorientados p e r e g r i n o s .
Muerto bien p r o n t o e x t i e n d e n en la arena
Al v á m p i r o i n h u m a n o ,
Sin q u e p o r eso el fin d e su faena
Viesen llegar el u n o y o t r o h e r m a u o .
En vano u n o a m e n a z a ; el o t r o e n v a n o
Ataca y hiere c o n f u r o r á O r r i l o ;
Que s u s m i e m b r o s cogiendo e s t e t r a n q u i l o ,
Los pega y a m a l g a m a
Cual azogue q u e e n g o t a s se d e r r a m a .
La m o n s t r u o s a cabeza b a s t a los dientes
Ora h i e n d e G r i f ó n ; o r a Aquilante
Divide en dos el pecho del gigante.
Sus golpes i m p o t e n t e s
La risa d e este excitan
Y de los h é r o e s el f u r o r . Si al suelo
Su cabeza d e r r i b a n , en su busca
Orrilo v a , y agora p o r el p e l o ,
Por la nariz a g o r a , á asirla llega
Y e x t r a ñ a m e n t e al cuello s e la pega.
Tal vez Grifón la c o g e ,
Y, si sucede q u e de sí la a r r o j e
Largo t r e c h o e n el r i o , e n él se lanza
O r r i l o , la r e c o g e
d e Grifón y Aquilante contra O r r i l o . (T. I, p . 253.)
Y á la lid vuelve intacto y sin tardanza.
Combate
Vestidas con p r i m o r y c o n d e c e n c i a ,
Una d e b l a n c o , o t r a de n e g r o , estaban
Viendo la lid dos j ó v e n e s h e r m o s a s ,
Causa de aquella desigual pendencia.
Eran estas las magas b o n d a d o s a s De este b a n q u e t e f u e r o n
Q u e , e n s u s m a s tiernos a ñ o s , El deleite m e n o r las ricas viandas
A Gismunda s u s hijos s u s t r a j e r o n Que sin c e s a r las mesas o p r i m i e r o n .
Y q u e á climas e x t r a ñ o s De las a r t e s infandas
Los c o n d u j e r o n , p o r salvar s u s dias De Orrilo h a b l ó s e , y n a d i e concebía
Del terrible f u r o r de dos arpias. C o m o , c o r t a d o un b r a z o ó la c a b e z a ,
Mas inútil contar es esta h i s t o r i a , A su t r o n c o lo unia
A t o d o s hoy n o t o r i a ; Y t o r n a b a á la lid con m a s fiereza.
Bien q u e es cosa q u e a s o m b r e Bien en su libro Astolfo vió q u e á Orrilo
Que su a u t o r , al hablar de estos g u e r r e r o s , La vida solo a r r e b a t a r podía
E q u i v o c a r a de su p a d r e el n o m b r e . Un cabello c o r t a n d o de q u e el hilo
A instancias a m b o s de las dos doncellas De su i n f a m e existencia d e p e n d í a ;
La lucha s o s t e n í a n . Mas ¿ c ó m o c o n o c e l l o ,
Del sol las luces bellas E n t r e tanto c a b e l l o , ese cabello?
Hacia el r e m o t o Ocaso d e s c e n d í a n , No esperaba p o r e s t o m e n o r palma
C u a n d o , v i e n d o las d a m a s q u e á s u asilo El p a l a d í n , q u e u n título de gloria
El p a s o y a v a dirigiendo O r r i l o , Ve e n a r r a n c a r al vil gigante el a l m a ;
Ordenan á sus jóvenes contrarios Mas aspirar no q u i e r e á esta victoria
D e p o n e r los aceros sanguinarios. Sin q u e a n t e s lo c o n s i e n t a n
Los hijos d e Oliveros, q u e , dispuestos
Por sus armas y enseña, y sobre todo
A c o m b a t i r , en e s t o , se p r e s e n t a n .
P o r s u presencia intrépida y g a l l a r d a ,
El d u q u e Astolfo en conocer no t a r d a Del b r a v o Astolfo aquestos
A Aquilante y Grifón. Del m i s m o m o d o Acceden á las súplicas f e r v i e n t e s ,
Ellos r e c o n o c i é n d o l e , v a n p r e s t o Bien q u e u n o y o t r o o p i n e n q u e i m p o t e n t e s
A s a l u d a r l e con afable gesto. Sus e s f u e r z o s s e r á n , si no funestos.
A u n palacio vecino En el cielo la a u r o r a aparecía
De a q u e l p a r a j e á r e p o s a r s e luego C u a n d o , de f é r r e a y g r u e s a maza a r m a d o .
Las m a g a s á los j ó v e n e s convidan. Se presenta el malvado.
C o n e n c e n d i d a s hachas al camino A sus golpes el d u q u e resistía,
Salen p a j e s y damas á encontrallos. Y el m o m e n t o a g u a r d a b a
Danles ellas sus armas y caballos, De darle m u e r t e . El p u ñ o c o n la m a z a
Y e n t r a n d o en u n v e r j e l , s u n t u o s a cena Astolfo le d e r r i b a , ó bien el brazo
Dispuesta advierten j u n t o á f u e n t e a m e n a . Le c o r t a , ó le atraviesa la c o r a z a ,
O pedazo á p e d a z o
Con sólida cadena á g r u e s o encino
Los h é r o e s al feroz Caligorante Hace saltar s u s m i e m b r o s , q u e e n el p u n t o
A t a n , y diez satélites le p o n e n Recoge O r r i l o , y sano
Q u e soltarse le v e d e n , m i é n t r a s ellos Vuelve á m o s t r a r s e al paladín britano.
Al placer ó al descanso se a b a n d o n e n . Lleno el d u q u e de cólera y de a s o m b r o ,
Una vez y cien v e c e s a r r e m e t e
Al g i g a n t e f e r o z , y encima al h o m b r o
Con tan t r e m e n d o golpe al fin le alcanza,
Que al s u e l o , p o r aquí su c a p a c e t e ,
Y allá á lo lejos s u cabeza lanza.
Mas q u e Orrilo l i j e r o ,
Del arzón salta e n t o n c e s el g u e r r e r o ,
Recoge la c a b e z a ,
Vuelve á m o n t a r y c o r r e c o n presteza
Hácia el b o r d e d e l Nilo
P o r q u e alcanzarle no consiga Orrilo.
Mientras a q u e s t e su cabeza en v a n o
B u s c a , de Rabicano
Oye s o n a r los p a s o s p o r la selva.
I n q u i e t o , e n t o n c e e n su caballo salta
Y va á gritar al paladín q u e v u e l v a ,
Cuando la l e n g u a nota q u e le falta.
En m e d i o de s u m a l , a u n se consuela
Al v e r q u e n o l e faltan los t a l o n e s ;
Mas p o r llegar e n v a n o se desvela
Al q u e m o n t a d o e n Rabicano v u e l a .
Impaciente el inglés busca e n t r e t a n t o
Si, e n t r e cabello t a n t o ,
Hallar p u e d e el f a t a l ; p e r o i m p o r t u n o
Es su férvido a f a n , n o v e n i n g u n o
Que d e o t r o e n l o m a s m í n i m o d i f i e r a :
« Cortarlos t o d o s , d i c e , es lo q u e i m p o r t a .
Y, á falta de n a v a j a y d e t i j e r a ,
Por la nariz c o g i e n d o la cabeza
Todo el cabello c o n su e s p a d a corta.
Cortado e n t o n c e el q u e i n m o r t a l l e hacia
Muda Orrilo el color, la vista impía
T u e r c e ; m u e s t r a p o r signos manifiestos
Que s u s i n s t a n t e s ú l t i m o s s o n e s t o s ,
Y, de la m u e r t e p o r la helada m a n o
T o c a d o , v i e n e d e l arzón al llano.
P r e s t o , t o r n a n d o Astolfo hácia las damas
Y hácia los d o s g u e r r e r o s , e n su diestra
La cabeza les m u e s t r a ,
Y v e r luego les hace
De Orrilo el b u s t o , q u e por tierra yace.
Al verle v e n c e d o r corteses a m b o s
Los hijos de Oliveros le a c o g i e r o n ,
Bien q u e yo t e n g o para mí q u e e n t r a m b o s
No sin envidia s u victoria v i e r o n .
T a m p o c o e n ella c r e o
Se g o z a r a n las damas. Su d e s e o ,
Esta lid p r o v o c a n d o ,
E r a solo ocupar á los dos h é r o e s
Y preservarlos del destino i n f a n d o
Que la s u e r t e p r o t e r v a ,
Si á Francia v a n , en b r e v e les r e s e r v a .
Apénas el alcaide d e Damieta
La n u e v a recibió del fin de O r r i l o ,
La paloma soltó q u e , con u n hilo
Llevando al ala su misión s u j e t a ,
Al Cairo v a ; d e allí, s e g ú n u s a n z a ,
Con la noticia m a s allá se lanza
Otra d e s p u e s , d e m o d o
Que en b r e v e s h o r a s t o d o E g i p t o s u p o
La triste s u e r t e q u e al gigante c u p o .
Dada á esta e m p r e s a c i m a ,
Ilácia los hijos d e Oliveros v i e n e
El d u q u e y s u s espíritus a n i m a .
Ellos, cuyo recreo
La lid f u é s i e m p r e , a b r á s a n s e en deseo
De partir hácia O r i e n t e
A d a r a m p a r o á la cristiana g e n t e .
De las m a g a s , q u e l l o r a n su p a r t i d a ,
Despídense en s e g u i d a , c o n v i n i e n d o
E n partir con el d u q u e hácia el p a r a j e
A d o n d e , e n t r e c a r n e mortal h e c h o h o m b r e , vino
Todo u n Dios á s u f r i r s a n g r i e n t o u l t r a j e ;
Y a s í , j u n t o s los t r e s t o m a n la via
Que p o r la d i e s t r a á Palestina g u i a :
Ruta q u e , bien q u e e s árida y c a n s a d a ,
A la de m a r p r e f i e r e n , Y dos espuelas de oro q u e la f a m a
P u e s p o r llegar á la ciudad s a g r a d a , Dice calzara el j o v e n animoso
Adonde e n t r a r en b r e v e les i m p o r t a , (
Que d e fiero d r a g ó n salvó a su d a m a ,
De seis j o r n a d a s su camino acorta. Despojo q u e c o n o t r o s de vaha
Agua tan solo y y e r b a s o f r e c i e n d o Sansoneto g a n ó rindiendo á Zafa.
Este c a m i n o i n c ó m o d o y s a l v a j e , Despues d e c o n f e s a r s e , á una abadía
F u e r z a f u é s o b r e el lomo del g i g a n t e Que respiraba olor de buen e j e m p l o
Cargar lo necesario p a r a el viaje. Los g u e r r e r o s se v a n . De templo e n templo
De este m o d o m a r c h a r o n Llenos de f e , d e la pasión d e Cristo
G r i f ó n , el d u q u e Astolfo y Aquilante, Pónense á contemplar cada misterio,
Y, al c a b o de u n o s d i a s , d e s d e un cerro Y á pensar c u a n t o oprobio y vituperio
La tierra v i e r o n do el A m o r divino Sobre la E u r o p a p e s a ,
Del p r i m e r h o m b r e el y e r r o Q u e , m i e n t r a en tauta t e m e r a r i a e m p r e s a
A r e d i m i r s o b r e el Calvario vino. El fiero h i e r r o sin descanso a g i t a ,
En la c i u d a d los paladines e n t r a n , No piensa en a c o r r e r el Santo Imperio,
Y á s u s p u e r t a s se e n c u e n t r a n D o n d e su apoyo m a s se necesita.
Con u n g u e r r e r o á quien los t r e s conocen. En tanto q u e a estas practicas d e v o t a s
E r a este S a n s o n e t o de la Meca, E n t r e g a d o s se hallaban los g u e r r e r o s ,
Joven sabio y audaz c u a n t o p r u d e n t e ; Al u n o de los hijos d e Oliveros
T e m i d o c u a n t o a m a d o d e su g e n t e , Un m e n s a j e r o q u e de Grecia vino
Nueva trajo fatal q u e , de r e p e n t e
Del v e r d a d e r o Dios Orlando mismo
A s u s ideas d a n d o o t r o c a m i n o .
La fe le dió e n las o n d a s del bautismo.
L a n z a , en vez del d i v i n o ,
P o r el f r a n c é s e m p e r a d o r n o m b r a d o ,
I m p ú d i c o s afectos en su m e n t e .
Poco h a , gobernador de Palestina,
Sansoneto ocupado Amaba el b u e n G r i f ó n , p o r su d e s g r a c i a ,
Estaba en c o n s t r u i r u n a cortina A u n a dama del n o m b r e de Origiie.
Unida á t a n t a gracia
Que del f u r o r del m u s u l m á n m o n a r c a
Tanta beldad n o es cosa q u e s e estile;
P r e s e r v e su c o m a r c a .
Mas t a m p o c o se estila tal falacia,
Con mil m u e s t r a s d e a m o r y de respeto
Perfidia tan p r o f u n d a
Y con alegre r o s t r o Sansoneto
En cuanta tierra el ancho m a r c i r c u n d a .
A los h é r o e s a c o g e ;
P o r la c i u d a d los a c o m p a ñ a , y m a n d a P o r una a g u d a fiebre devorada
Que en su r é g i a m a n s i ó n se los aloje. En la ciudad d e Constantino habia
Dejádola G r i f ó n , y al lado della
Agradecido Astolfo, le regala
Ufano á r e t o r n a r se d i s p o n í a ,
Las r e d e s y el g i g a n t e , cuya f u e r z a
Cuando del g r i e g o s u p o q u e la i n g r a t a ,
A la de diez acémilas iguala.
A quien t r i s t e , e n edad tan f r e s c a y b e l l a ,
Al noble d u q u e , en c a m b i o ,
Pasar sola las n o c h e s p a r e c í a ,
Da S a n s o n e t o u n cinturon p r e c i o s o ,
260 ORLANDO FURIOSO.

Con un n u e v o galan se iba á Antioquía.


Desde q u e supo esta terrible n u e v a ,
Grifón u n áspid en su pecho lleva.
Atorméntale a m o r , y su t o r m e n t o ,
Que la v e r g ü e n z a á d e v o r a r le o b l i g a ,
No p u d i e n d o estallar, no se mitiga.
Mas c a u t o q u e él mil v e c e s , Aquilante
Reprobó su p a s i ó n ; m a s s i e m p r e e n v a n o
Alucinado a m a n t e ,
Grifón la voz d e s o y e de su h e r m a n o ,
Y en s u e r r o r mas y m a s se precipita.
Por e s t o , s o l o , y sin hablar á nadie
Del designio q u e su ánimo m e d i t a ,
A p a r t i r se dispone sin tardanza
Tras d e la infiel en busca de venganza.
En o t r o canto digo como á efecto
Lleva el t r i s t e Grifón este p r o y e c t o .

CASTO XVI.
Topa Grifón con su querida en el camino de Damasco. — Cál-
male ella y condúcele á la ciudad.-Prosigueel asalto de Paris.
— Prodigiosas hazañas de Rodomonte. — Llega Reinaldo
con las tropas britanas á las orillas del Sena. — Batalla. —
Preséntase á Carlomagno un escudero que le refiere los estra-
gos que en Paris está haciendo Rodomonte.

Muchas y graves p e n a s
Hace sufrir a m o r . En s u s cadenas
Yo casi e t e r n a m e n t e a p r i s i o n a d o ,
Puedo, experimentado,
Mejor q u e n a d i e hablar d e la v e n t u r a
Y p i n t á r los t o r m e n t o s q u e p r o c u r a .
No es tan t r i s t e la s u e r t e
( L o d i g o y lo d i r é m i é n t r a s q u e viva)
De a q u e l q u e , a m a n d o , advierte
Que h o n e s t a la beldad su afecto esquiva.
Si esta esquivez d e galardón le priva
260 ORLANDO FURIOSO.

Con un n u e v o galan se iba á Antioquía.


Desde q u e supo esta terrible n u e v a ,
Grifón u n áspid en su pecho lleva.
Atorméntale a m o r , y su t o r m e n t o ,
Que la v e r g ü e n z a á d e v o r a r le o b l i g a ,
No p u d i e n d o estallar, no se mitiga.
Mas c a u t o q u e él mil v e c e s , Aquilante
Reprobó su p a s i ó n ; m a s s i e m p r e e n v a n o
Alucinado a m a n t e ,
Grifón la voz d e s o y e de su h e r m a n o ,
Y en s u e r r o r mas y m a s se precipita.
Por e s t o , s o l o , y sin hablar á nadie
Del designio q u e su ánimo m e d i t a ,
A p a r t i r se dispone sin tardanza
Tras d e la infiel en busca de venganza.
En o t r o canto digo como á efecto
Lleva el t r i s t e Grifón este p r o y e c t o .

CASTO XVI.
Topa Grifón con su querida en el camino de Damasco. — Cál-
male ella y condúcele á la ciudad.-Prosigueel asalto de Paris.
— Prodigiosas hazañas de Rodomonte. — Llega Reinaldo
con las tropas britanas á las orillas del Sena. — Batalla. —
Preséntase á Carlomagno un escudero que le refiere los estra-
gos que en Paris está haciendo Rodomonte.

Muchas y graves p e n a s
Hace sufrir a m o r . En s u s cadenas
Yo casi e t e r n a m e n t e a p r i s i o n a d o ,
Puedo, experimentado,
Mejor q u e n a d i e hablar d e la v e n t u r a
Y p i n t á r los t o r m e n t o s q u e p r o c u r a .
No es tan t r i s t e la s u e r t e
( L o d i g o y lo d i r é m i é n t r a s q u e viva)
De a q u e l q u e , a m a n d o , advierte
Que h o n e s t a la beldad su afecto esquiva.
Si esta esquivez d e galardón le priva
Que e s p e r a b a su a f a n ; si c o n s u m i d o
De languidez y a m o r s u c u m b e al c a b o ,
Hallar d e b e á lo m é n o s un consuelo
En p e n s a r q u e no esclavo
Es d e beldad indigna de su anhelo.
Quéjese aquel q u e , siervo
De azules ojos ó de rubia t r e n z a ,
Mira e n su dama un c o r a z o n p r o t e r v o .
Cubierto de v e r g ü e n z a ,
Quiere tal vez huir-, m a s con su h u i d a
Sus m a l e s e x a c e r b a ,
Cual del d a r d o fatal tímida cierva
R e d o b l a , h u y e n d o , la p u n z a n t e h e r i d a .
Herido a s í , r e m e d i o en vano busca
El b u e n Grifón á irremediable d a ñ o .
De Origile el e n g a ñ o
Le e x a s p e r a , le ofusca,
Y, con furia insensata ,
Le i n d u c e á caminar tras de la i n g r a t a .
Sin o s a r , p u e s , hablar con el h e r m a n o ,
Que, prudente y discreto,
Quiso o p o n e r s e á su designio i n s a n o ,
Triste se p a r t e , solo y e n s e c r e t o .
Hacia la izquierda m a n o
Declinando e n s e g u i d a , el r u m b o elige
Que p o r el llano á R o m a le d i r i g e ,
Y ansioso galopando hacia Antioquía
Llega á Damasco al fin del sexto día.
De esta ciudad n o l é j o s , con la i n g r a t a
E n c u e n t r a l u e g o á su r a p t o r q u e huia.
Cual á la flor la m a t a
El galan á la d a m a c o n v e n i a ,
Que pérfidos, traidores, inconstantes,
E r a n e n g r a d o igual los dos a m a n t e s .
G r i f ó n e n c u e n t r a á Origile. (T. I, P- 2 6 1 . ) C u b i e r t o viene de a r m a d u r a b e l l a ,
Y e n u n soberbio palafrén m o n t a d o ,
El galan. Sigúele ella
C o n m a n t o azul y de oro r e c a m a d o .
Dos p a j e s llevan el broquel y el casco « Que c u a n t o bien encierra el u n i v e r s o ,
Con q u e á brillar el s e d u c t o r se apresta « Y, á durar m a s , tu ausencia
En la s u n t u o s a fiesta « Hubiera p u e s t o fin á m i existencia. »
Que d e b e e n b r e v e presenciar D a m a s c o , La d a m a , c o n r e p r o c h e t a n p e r v e r s o ,
Y á la q u e a c u d e n , á lidiar d i s p u e s t o s , Añade á los a n t i g u o s n u e v o u l t r a j e ,
Héroes i n s i g n e s , j ó v e n e s a p u e s t o s . Y el b u e n Grifón, q u e á tan falaz l e n g u a j e
Viendo á Grifón la s u e r t e q u e la a g u a r d a Igual crédito d a q u e al E v a n g e l i o ,
L a d a m a infiel en recelar no t a r d a ; P e r s u a d i d o se q u e d a d e q u e h e r m a n o
Mas, a s t u t a y s a g a z , disimulando Es d e Origile, y no g a l a n , Martano;
Su cuita y s u s afanes, Y n o tan solo ya de a q u e s t a ofensa
Ante el galan c o n q u i e n t r a m ó s u s planes Satisfacción e n r e c a b a r no p i e n s a .
C o r r e al h é r o e m o s t r a n d o Sino q u e él m i s m o de su e r r o r se a c u s a ,
Insólita a l e g r í a ; e n t r e s u s b r a z o s Culpable se c o n f i e s a ,
A r r ó j a s e , y , p e n d i e n t e d e su c u e l l o , Y al g a l a n , á quien ve c o n faz c o n f u s a ,
Lo e s t r e c h a así con pérfidos abrazos. De acariciar y de obsequiar n o cesa.
Y u n i e n d o luego á u n a m i r a d a t i e r n a Con él d e s p u e s hacia Damasco v i e n e ,
El eco b l a n d o de u n a voz c e l e s t e , Y de su labio e n el camino escucha
« ¿ Es e s t e , » exclama s o l l o z a n d o , « es este Que allí dispuesta Noradino t i e n e
« El g a l a r d ó n q u e de su a m o r recibe Su g e n t e á celebrar brillante l u c h a ;
« La q u e tan solo p o r a m a r t e vive? Que e n su c i u d a d el r e y
« Sola d u r a n t e u n a ñ o , o t r o a ñ o via Sin distinción de ley
« Léjos d e tí ya c o m e n z a r , y acaso Seguridad á t o d o s g a r a n t i z a
« Vana d e v e r t e la esperanza mia Todo el t i e m p o q u e abierta esté la liza.
« F u e r a si aquí n o dirigiera el paso. Mas no es j u s t o , señor, q u e de e x p o n e r o s
« M i e n t r a , e n el lecho del dolor postrada Deje y o , p o r h a b l a r o s d e O r i g i l e ,
« No léjos del imperio d e la m u e r t e , Lo q u e e n Paris e n este t i e m p o pasa.
Contra s u s m u r o s , q u e la llama a b r a s a ,
« Impaciente aguardaba tu llegada,
Dirigen su f u r o r y sus a c e r o s
« S u p e q u e al suelo sirio
Doscientos mil alárabes g u e r r e r o s .
« T u s p a s o s dirigías. De tu ausencia
« No p u d i e n d o s u f r i r m a s el m a r t i r i o , Ya dije cual contra u n o de los p u n t o s
« Seguí tu h u e l l a , y q u i s e , e n mi d e s p e c h o , Asalto daba c o n s u h u e s t e i n m e n s a
« Una y mil veces t r a s p a s a r m e el pecho. El b á r b a r o A g r a m a n t e . P o r f o r t u n a ,
« Mas q u e tú c o m p a s i v o el j u s t o cielo E n t r e las p u e r t a s de Paris n i n g u n a
Tan bien cual esta d e f e n d i d a habia.
« Doble favor otorga hoy á mi a n h e l o ,
« Y á mi hermano me envía, A Cárlos e n p e r s o n a y á sulado
« Q u e , á mi vida y mi h o n o r p r e s t a n d o a m p a r o , A la flor de su h u e s t e allí se v i a ,
« A d a r c o n mi a d o r a d o al fin m e guia. Y lidiaban á cual m a s d e n o d a d o
Angeler, ambos Guidos, \ngelino,
« Sí s í , Grifón •, tu afecto m e es m a s caro

H
Otón , Avolio, B e r e n g u e r y Avino.
De A g r a m a n t e y de Carlos e n presencia
Ambas h u e s t e s d e e s f u e r z o y bizarría
Dieron insignes p r u e b a s aquel d í a ;
Mas del valor p a s a n d o á la i m p r u d e n c i a ,
Por el s u e l o , sin v i d a ,
Gran parte d e la alárabe t e n d i d a ,
Dejó v e r p o r señales manifiestas
Que p u e d e n las h a z a ñ a s ser f u n e s t a s .
Contra el c a m p o , de lo alto del b a l u a r t e ,
Llueven las flechas e n cuajada n u b e ,
Y h a s t a los cielos s u b e
El estrépito d e u n a y otra p a r t e ;
Mientra el d e A r g e l , en s u d e s p e c h o a c i a g o ,
S o l o , va p o r Paris s e m b r a n d o e s t r a g o .
No s é , s e ñ o r , si se os a c u e r d a c o m o ,
E n t r e llamas y cieno
Y e n t r e t o r r e n t e s de fundido plomo
A su gente e s t e altivo s a r r a c e n o
Dentro d e j a n d o del a r d i e n t e f o s o ,
En la ciudad d e u n salto se i n t r o d u j o ,
Sin m o v e r s e del c u a d r o lastimoso
Que su feroz obstinación p r o d u j o .
En su e x t r a ñ a a r m a d u r a
Y en la e s c a m o s a piel q u e la cubría
Le r e c o n o c e la indefensa t u r b a
De ancianos y de débiles, q u e h u i a
Del riesgo q u e do quiera la a m a g a b a ,
Y hacia esta se agolpaba
Creyéndola la p a r t e m a s s e g u r a .
Un grito d e dolor y de a m a r g u r a
Hasta el cielo s e e l e v a ; y , a t e r r a d o ,
Asilo cada c u a l , ora en s a g r a d o ,
Ora en las casas e n c o n t r a r p r o c u r a .
P o c o s , e m p e r o , son los q u e su r u i n a
Consiguen evitar. De enojo infando
Ciego el á r a b e , hiere y e x t e r m i n a ,
Y, cabezas y b r a z o s d e r r i b a n d o .
CANTO XVI

Va por do quier, sin q u e e n t r e t a n t a gente


Haya quien le ose c o n t e m p l a r d e f r e n t e .
Cual del Etna ó de Hircania e n el otero
Destroza tigre ó lobo carnicero
Débil rebaño q u e en d e s o r d e n h u y e ,
El b á r b a r o d e s t r u y e
Aquella g r e y c o b a r d e , aquella plebe
Que la existencia conservar no d e b e .
De San Miguel la populosa calle
Que c o n d u c e hácia el p u e n t e
Va r e c o r r i e n d o el m u s u l m á n p r o t e r v o ,
Cebándose en el amo y en el siervo,
Hiriendo al criminal y al i n o c e n t e .
Su estado al s a c e r d o t e no p r o t e g e ,
Ni al tierno niño su inocencia abona.
La v i r g e n , el a n c i a n o , la m a t r o n a ,
Bajo los golpes d e la m i s m a m a n o
Van á m o r i r ; p u e s , sin q u e n a d i e m u e v a
Al feroz a f r i c a n o , h a c i e n d o p r u e b a
Va, m a s q u e d e valiente, d e i n h u m a n o ,
Y su terrible saña no tan solo
En s a n g r e de s u s víctimas s e ceba,
Sino q u e el f u e g o y el espanto lleva
P o r la c i u d a d . q u e arrasa
Sin r e s p e t a r ni u n templo ni u n a casa.
E s t a s , q u e e n a q u e l tiempo de m a d e r a
E r a n sin d u d a t o d a s , p u e s hoy día
Seis s o b r e diez existen t o d a v i a ,
F o r m a b a n j u n t a s una inmensa h o g u e r a ,
Por la cual R o d o m o n t e a t r a v e s a n d o ,
Paredes iba y techos d e r r i b a n d o .
Nunca en P a d u a , señor, estoy s e g u r o ,
R o d o m o n t e d e s t r o z a á los h a b i t a n t e s d e P a r i s . ( T . 1, p . 2 6 a . ) Visteis b o m b a tan gruesa ,
Que capaz f u e r a de allanar un m u r o
Cual los q u e el m o r o de allanar n o c e s a .
Y s i , m i é n t r a s aqueste
Con el f u e g o y el hierro t a n t o e s t r a g o
E n una p a r t e h a c i a ,
A - i- 12
« Habéis fidelidad, y q u e asediado
P o r la opuesta A g r a m a n t e algún amago « Está en Paris con Cárlos y con otros
Hiciera c o n e s f u e r z o y e n e r g í a , « Reyes, duques,. marqueses y barones
P e r d i d a la ciudad era a q u e l d i a ; « De diferentes n o m b r e s y naciones.
Mas á e s t o r b a r l o c o n su b r a v a h u e s t e « Salvando esa c i u d a d , s o b r e v o s o t r o s
Vino del Norte el c o n d u c t o r celeste. « No solo lloverán las bendiciones
Con ella en tanto q u e , e n su e n o j o i m p í o . « De toda una nación a g r a d e c i d a ,
A Paris incendiaba R o d o m o n t e , « Que de s u s hijos tiembla p o r la vida
Llegaba el paladín d e C l a r a m o n t e . « Y q u e t e m e ver r o t o s
El c u a l , t e m i e n d o q u e tal vez el rio « De t a n t a s tiernas v í r g e n e s los v o t o s ,
P u e d a p o n e r obstáculo á s u b r í o , « Sino q u e , d e s d e todos los e x t r e m o s
C u a n d o atacar al m u s u l m á n i n t e n t e , e De la cristiana t i e r r a ,
De Paris á t r e s l e g u a s e c h a u n p u e n t e ; « De q u e en Paris la j u v e n t u d s e e n c i e r r a ,
P a s a p o r é l ; y l u e g o p o r la vía « Un u n á n i m e grito e s c u c h a r e m o s
Que en línea r e c t a al f r e n t e del b a l u a r t e « De gratitud p r o f u n d a
De San Martin y San Dionisio g u i a , « Que d e s d e el Asia hasta el Ocaso c u n d a .
Al m a n d o d e O d o a r t e « Si una c o r o n a á aquel q u e con su m a n o
Despacha sin t a r d a r seis mil g u e r r e r o s . « Libertaba la vida á u n ciudadano
Unidos de Arimari al e s t a n d a r t e « La antigüedad p o r p r e m i o c o n f i r i e r a ,
Dos mil jinetes de los m a s b i z a r r o s « ¿Cuántas m e r e c e , c u á n t a s
Manda á escoltar a c é m i l a s y c a r r o s , « El q u e liberta una ciudad e n t e r a ?
Mientra á la izquierda él sigue o t r o s s e n d e r o s ; « ¡ Ah! si f r u s t r a n d o n u e s t r a s m i r a s santas
Q u e , con el r e s t o de s u s t r o p a s , piensa « La envidia ó la traición, de aquesos m u r o s
Describir u n a linea m a s e x t e n s a . « Se a p o d e r a s e el b á r b a r o a f r i c a n o ,
Pasado el r i o , h a c e r o m p e r los p u e n t e s , « E n t o n c e , estad s e g u r o s ,
P o n e en o r d e n s u s g e n t e s , « Por s u s t r a e r s e á su f u r o r en Yano
De s u s jefes r e c l a m a l a p r e s e n c i a , « Lucharán el g e r r n a n , el italiano
Y d e s d e una e m i n e n c i a « Y c u a n t o pueblo adora p o r su d u e ñ o
De do d e s c u b r e el c a m p a m e n t o t o d o , « Al q u e vertió su s a n g r e s o b r e u n l e ñ o .
Alza la voz y dice d e e s t e m o d o : « No e n t o n c e s del N u m i d a ,
« Gracias, g u e r r e r o s , gracias dad al cielo « P o r q u e os s e p a r e el m a r ó la distancia,
« P o r el favor insigne q u e os dispensa « Despreciaréis la saña fratricida ;
« Mandándoos á e s t e s u e l o , * P u e s , d u e ñ o de la F r a n c i a ,
« ¿Qué no h a r á aquel cuya feroz jactancia
ft Donde u n a gloria i n m e n s a
« Osó d e s d e el e s t r e c h o gaditano
« De b r e v e afan s e r á la r e c o m p e n s a .
« Llevar la g u e r r a al litoral britano?
« Del sabio e m p e r a d o r , c u y o s e g u n d o
« Apénas v e r á el m u n d o , « Y a u n c u a n d o de esta e m p r e s a
« Volad á la defensa'. « Ni gloria ni v e n t a j a se c o n s i g a ,
« Mirad á v u e s t r o r e y , á quien j u r a d o
¿ Con la g e n t e f r a n c e s a , Subiendo estrepitosa vocería,
« Que v u e s t r a santa Religión p r o f e s a , En las venas del m o r o v i e r t e hielo.
« Una inviolable obligación n o os liga? Lleno de a r d o r , el paladín gallardo
« ¿Por v e n t u r a no abriga Los flancos hiere al rápido Bayardo ;
« Cada cual de v o s o t r o s la esperanza Su lanzon enarbola,
Y, terrible y veloz cual t o r b e l l i n o ,
« De ver d e s h e c h a e n b r e v e
Dejando atras la h u e s t e de Z e r b i n o ,
« A esa canalla a l e v e ,
Avanza audaz y embiste á la española.
« Que a r m a s n o t i e n e , aliento ni p u j a n z a ? »
A su vista el p a g a n o
Estas y o t r a s r a z o n e s ,
Muestras da claras del t e r r o r m a s vivo.
En voz alta y s o n o r a p r o n u n c i a d a s ,
Tiembla el asta en su m a n o ,
A los j e f e s b r e t o n e s
Su pié vacila d e n t r o del estribo.
C o n m u e v e n y à sus tropas d e n o d a d a s .
Solo en tanto conflicto el r e y Puliano
Dando a s í , cual se d i c e , con la espuela
De su espíritu g u a r d a la p r e s e n c i a ,
Nuevo vigor al alazan q u e vuela , Y, 110 p e n s a n d o hallar tal resistencia,
En t r e s h u e s t e s d i v i d e La lanza e n r i s t r a , y llega sin d e m o r a
El paladín de Montalban su g e n t e , Ilácia R e i n a l d o , c u y o n o m b r e ignora.
Mandando à cada cual q u e con silencio
Tampoco p o r su p a r t e lo d e s m i e n t e
De su b a n d e r a se c o l o q u e al f r e n t e .
El paladín v a l i e n t e ,
Del b u e n Zerbino e n c o m e n d a n d o al b r í o
Q u e , de la g u e r r a en el difícil a r t e ,
Que al m u s u l m á n a t a q u e , j u n t o al rio
Mas q u e de A m o n , p a r e c e h i j o de Marte.
Despliega las legiones del de I r l a n d a ,
Sobre el c o n t r a r i o yelmo
Mandando q u e , en su c e n t r o
Las a r m a s r e s o n a r cada cual h a c e
Y d e Alencastro u n i d a al e s t a n d a r t e
Con estrépito igual-, p e r o no basta
La inglesa g e n t e , p o r distinta p a r t e Blandir con gracia y c o n d e n u e d o el asta
Marche t a m b i é n del á r a b e al e n c u e n t r o ; La caprichosa s u e r t e ,
Y, á cada cual t r a z a n d o su c a m i n o , A quien no s i e m p r e la justicia p l a c e ,
Por la orilla del Sena se a d e l a n t a , Gloria á Beinaldo da y al m o r o m u e r t e .
Y las t i e n d a s s o r p r e n d e
Muerto P u l i a n o , su terrible lanza
Do , c o n el rey de Oran y el rey S o b r i n o ,
El paladín r e c o b r a ;
Se halla el p u e s t o avanzado
Y d e n u e v o e n r i s t r á n d o l a , se avanza
Q u e , á media m i l l a , p o r a q u e s t e lado
Contra el de Oran d e insólita e s t a t u r a ,
El c a m p a m e n t o m u s u l m á n d e f i e n d e . A quien en alma c e r c e n ó n a t u r a
Al llegar ante el m o r o , el labio m u d o
Lo q u e en materia le o t o r g ó de sobra.
Mas largo tiempo c o n t e n e r no p u d o
En lo m a s b a j o del b r o q u e l tan solo
L a valerosa h u e s t e , q u e p o r guia Le alcanza el héroe-, p e r o m é n o s c r u d o
Al Silencio y al Ángel c o n d u c í a , No f u é p o r eso el golpe q u e , el escudo
Y, c o n el son a g u d o Y el vientre del g i g a n t e a t r a v e s a n d o ,
De t r o m p a s y clarines, h a s t a el cielo
De mé.nos malo e n t r e la m o r a g e n t e ,
Dió p o r allí salida E s t a b a , e m p e r o , lejos todavía
Del c u e r p o e n o r m e al a l m a r e lucida. De m e r e c e r el n o m b r e de valiente.
Y, á podérselas d a r , r e n d i d a s g r a c i a s , , La s u y a , mal a r m a d a ,
P o r haberle evitado tal m o l e s t i a , Conduce Dardinelo, q u e cubierto
Diera sin d u d a al p a l a d í n la bestia De rica cota y fúlgida celada
Que su carga temia Marcha d e t r a s . Al m a n d o de Isolerto
T e n e r q u e soportar t o d o aquel día. Otra bien p r e s t o acude m a s bizarra.
Rota la l a n z a , su c o r c e l r e v u e l v e , Al verle con las g e n t e s de N a v a r r a
Y, veloz cual el r a y o , En la batalla e n t r a r , el p e c h o late
Acomete á la t u r b a y l a disuelve. Al invicto T r a s o n , d u q u e de M a r r a ,
A su contacto r o t a s , Que la ansiada señal da del c o m b a t e .
Cual si de vidrio f u e r a n , p o r los aires De Albania el n u e v o p r í n c i p e , A r i o d a n t e ,
Saltan r o d e l a s , t ú n i c a s y cotas. Mueve también su e s c u a d r a en este instante.
Nada o p o n e r s e á su violencia p u e d e . Al fragor de t r o m p e t a s , a l a m b o r e s ,
Ante Fusberta cede Y otros mil s o n o r o s o s i n s t r u m e n t o s
Aquella c h u s m a , q u e , a t e r r a d a y t r i s t e , Se mezcla el de las m á q u i n a s , las a r m a s
De su razón la c a l m a n o conserva-, Y p e r t r e c h o s de g u e r r a . Los c l a m o r e s ,
P u e s mal resiste á la s e g u r la y e r b a , Las q u e j a s , los l a m e n t o s ,
Mal la c e b a d a al A q u i l ó n r e s i s t e . Y hasta el r u g i r c o n t i n u o d e los v i e n t o s ,
Con igual c o n f i a n z a F o r m a n j u n t o s un ruido s e m e j a n t e
A la q u e m u e s t r a l o b o c a r n i c e r o AI q u e hace el Nilo c u a n d o
Acometiendo á c a b r a ó á c o r d e r o , Se sepulta en el piélago e s p u m a n t e .
La h u e s t e d e Z e r b i n o e n t a n t o a v a n z a , El aire proyectiles o s c u r e c e n ,
Y, clavando al c o r c e l el a c i c a t e , Y el h u m o del s u d o r , el polvo , el v a h o
Cada g u e r r e r o salva d e r e p e n t e La luz del cielo sofocar parecen.
El r e d u c i d o espacio Muévense los dos campos. Sangre esmalta
Que le s e p a r a de la a d v e r s a g e n t e . La tierra d e a m b a s p a r t e s , y no falta
Mas terrible c o m b a t e Quien m u e r t e e n c u e n t r e al lado
jamas se v i o ; p u e s , sin que apenas puedan De alguno p o r su cólera inmolado.
Herir á u n a d v e r s a r i o , p o r el suelo Si cansada una h u e s t e se repliega,
T e n d i d o s miles d e a g a r e n o s q u e d a n . Otra á o c u p a r su puesto se adelanta.
Cubiertos los d e m á s d e e s p a n t o y h i e l o , Por aquí un peloton de infantes llega.;
Ver se f i g u r a n p o r d o q u i e r la espada Por allá un e s c u a d r ó n se les a g r e g a .
P o r el señor de M o n t a l b a n v i b r a d a . La tierra q u e los mira , e n a m a r a n t o
Solo S o b r i n o , en t a n difícil t r a n c e , Tiñe su v e r d e manto,,
De su d e n u e d o á d a r señal se apresta. Y, en vez de s u s pintados r a m i l l e t e s ,
Su división, c o m p u e s t a Por el suelo esparcidos, c o n espanto
De t o d o c u a n t o h a b i a
Infantes v e , caballos y jinetes.
Por tierra el agareno r a s t r e a n d o ,
Dispersando á la t u r b a q u e le acosa
C o n j u r a r q u i e r e su destino i n f a n d o ;
Da Zerbino e n t r e t a n t o
Pero T r a s o n , s o b r e v i n i e n d o en e s o ,
De su valor la p r u e b a m a s gloriosa.
De su corcel lo a b r u m a b a j o el peso.
T a m b i é n , d e l a n t e de su n u e v a g e n t e ,
Hácia el sitio d o , solo y a r r o g a n t e ,
Ariodante da p r u e b a s de v a l i e n t e ,
Lucha Z e r b i n o , a c u d e n con presteza
Y a t e r r a y maravilla
Lurcanio y Ariodante
Al n a v a r r o e s c u a d r ó n y al de Castilla. De un brillante e s c u a d r ó n á la c a b e z a .
Dejando atras los s u y o s y c r e y e n d o Bravo el de Albania, á Artálico y Margano
Venir sin d u d a á r e c o g e r l a u r e l e s , P o n i e n d o en f u g a , el p o s t r i m e r suspiro
Contra Zerbino e m p u j a n s u s corceles Hace exhalar á Etarco y C a s i m i r o ,
Mosco y Zelindo, h i j o s los dos b a s t a r d o s Miéntras con b r a z o f u e r t e
Del rey d e Zaragoza Calabruno. S e m b r a n d o va Lurcanio estrago y m u e r t e .
Acompáñales u n o No m é n o s en el llano q u e e n el rio
Q u e , e n t r e los m a s g a l l a r d o s , Era c r u d a e n t r e t a n t o la b a t a l l a ;
De ser gallardo paladín b l a s o n a ; Ni m é n o s q u e la h u e s t e de Zerbino
Este es Calamidor de Barcelona. Mostraba e s f u e r z o y b r í o
Por sus t r e s lanzas traspasado á u n t i e m p o La q u e de Irlanda y de I n g l a t e r r a vino.
Viene á tierra el c o r c e l , m a s no Z e r b i n o , Del d u q u e de Lancaster so la enseña
Q u e , d e su m u e r t e p o r l o g r a r v e n g a n z a , Vivo c o m b a t e esta legión e m p e ñ a ,
Contra los t r e s impávido se lanza. Y j e f e s y soldados
Su p r i m e r g o l p e , del arzón sacando De igual ardor se m u e s t r a n a n i m a d o s .
Al triste Mosco, j o v e n i n e x p e r t o Delante van Oldrado y F a r a m u n d o ,
Que e n la victoria estaba ya p e n s a n d o , Duques de York y Glócester. R i c a r d o ,
Le hace al suelo venir pálido y y e r t o . Conde de Wárich sigúeles. Gallardo
Al v e r s e a r r e b a t a r al caro h e r m a n o , I * de Clarenza va d e s p u e s ; y al f r e n t e
De rabia y de dolor Zelindo l l e n o , Dellos forn\an su g e n t e ,
E m b i s t e al e s c o c e s ; m a s , p o r el f r e n o Para el combate l i s t a ,
S u j e t a n d o este al b r u t o , le d e r r i b a , F o l i c o n , Baricundo y Matalista.
Y con mano tremenda Cual se mecen al céfiro de m a y o
De vida al amo y al caballo priva. En s u s frágiles cañas las e s p i g a s ,
H o r r o r i z a d o , e n r e v o l v e r la r i e n d a O cual del m a r al limite a r e n o s o
Calamidor n o t a r d a . Vienen y van las olas sin r e p o s o ,
« Aguárdate, traidor; aguarda, aguarda, » Así, llenas de aliento ó de d e s m a y o ,
El escoces le grita : Se m u e v e n las dos h u e s t e s e n e m i g a s ,
Tras él se p r e c i p i t a , Hasta que al fin, c a n s a d a la f o r t u n a ,
Y, sin tocar al q u e el arzón o c u p a , La espalda vuelve al d e la m e d i a luna.
Mata al caballo. hiriéndole e n la g r u p a . Miéntras q u e á Matalista p o r el pecho
12.
Y del arzón á tierra lo despide.
Levanta Oleteado en s u robusta l a n í a Con su terrible espada hace en p e d a z o s
Y del corcel lo a r r o j a á largo t r e c h o , Saltar y e l m o s , c a b e z a s , c o t a s , b r a z o s ,
En el h o m b r o d e r e c h o Y de tal m o d o á su adversario hostiga
Al d e Almería F a r a m u n d o alcanza. Que á e n t r e g a r s e á la f u g a al fin le obliga.
Cautivos a m b o s q u e d a n del b r i t a n o . En esto llega el b á r b a r o A g r a m a n t e
C r u d a m u c h o m a s q u e esta f u é la s u e r t e S e m b r a n d o ruina y a s p a r c i e n d o estrago.
De Baricundo , á q u i e n c o n propia m a n o Van con él S o r i d a n o , F a r u r a n t e ,
El d u q u e de C l a r e n z a dió la m u e r t e . B a l i n v e r n o , Prusion y Bambirago.
D e s a l e n t a d o , el b a r b a r o africano De gente sin r e n o m b r e
H u y e e n d e s o r d e n . C o n a r d o r se a r r o j a Marcha detras i n n u m e r a b l e c o p i a ,
El cristiano tras é l , l o d e s a l o j a ; Con cuya s a n g r e e n b r e v e
De p ú r p u r a teñirse al suelo debe.
Y rota y destrozada
Q u e d a r a e n esta c é l e b r e j o r n a d a Del m u r o , en este t i e m p o , una g r a n p a r t e
Gran p a r t e del a l a r b e c a m p a m e n t o , De su tropa A g r a m a n t e r e t i r a n d o ,
Si F e r r a g u t , q u e al l a d o de Marsilio Ordena al r e y de Fez ( p i e , su e s t a n d a r t e
Hasta e n t o n c e s e s t u v o , n u e v o aliento D e s p l e g a n d o , se vaya
No viniera á i n f u n d i r l e s con su auxilio. Tras de las tiendas y q u e p o n g a á r a y a
A su bridón c l a v a n d o el a c i c a t e , Al i r l a n d é s , q u e , en d e r r e d o r girando ,
De h a c e r s e dellas d u e ñ o
Se dirige hacia el s i t i o del combate
Muestra constante y decidido e m p e ñ o .
Y llega e n el m o m e n t o
En q u e , p a r t i d a la c a b e z a , á tierra Marcha el d e Fez al p u n t o , q u e n o ignora
Del arzón baja O l i m p i o d e la Sierra. Cuan fatal p u e d e serle esta d e m o r a .
E r a e s t e u n j o v e n c u y o dulce a c e n t o , Sus o t r a s huestes A g r a m a n t e o r d e n a ;
Unido de la c í t a r a á los s o n e s , Por la llanura la mitad e n v í a ,
Cual la cera a b l a n d a b a Y c o n o t r a mitad s u s pasos guia
Los m a s e m p e d e r n i d o s corazones. • A la orilla del S e n a ,
¡Feliz si en s u s e n d e c h a s De d o n d e , d e s p a c h a d o por S o b r i n o ,
Cifrando su v e n t u r a , ni e n aljaba Un m e n s a j e r o por r e f u e r z o s vino.
P e n s a r a , ni en b r o q u e l , a l f a n j e ó flechas. Al ruido de este e j é r c i t o , se a t e r r a
Que de las m u s a s fieles Y h u y e d e s o r d e n a d o el de Zerbino.
Valen m a s q u e d e Marte los laureles. S o l o s , e n medio á la contraria h u e s t e ,
Q u e d a n L u r c a n i o , el príncipe Ariodante
F e r r a g u t , q u e l e a m a b a , al verle m u e r t o
Se d u e l e m a s q u e al ver tenido en rojo Y Zerbino; mas este
El suelo de c a d á v e r e s cubierto. Mal resistiera á la fe , si en tal i n s t a n t e
Ciego de ira y d e e n o j o , No le acorriera u n paladín p u j a n t e .
Al que la m u e r t e d i é r a l e , a c o m e t e , Despues de h a b e r cien haces d e s t r o z a d o ,
Y, r o m p i e n d o s u a l m e t e , Oye el de Amon decir q u e en la contienda
El c r á n e o , el c u e l l o , el pecho le d i v i d e ,
Contra Agramante c i e r r a ,
El p r i n c i p e escoces a b a n d o n a d o
Q u e m a s q u e mil él solo d a b a g u e r r a .
Y á pié q u e d ó . Sin m a s t a r d a r la r i e n d a
El g o l p e f u é tan fiero,
A su corcel v o l v i e n d o , llega al sitio
P o r do dispersa viene Q u e al corcel d e r r i b ó y al c a b a l l e r o .
La h u e s t e d e Z e r b i n o ; y la d e t i e n e , Mientras p o r f u e r a así d e la m u r a l l a
Diciendo : « ¿ A d o n d e vais? ¿ C o m o p u d i s t e i s Cada cual l u c h a en g e n e r a l b a t a l l a ,
«< A b a n d o n a r el c a m p o á los i n f i e l e s ? De ira y d e a u d a c i a c i e g o ,
« ¿Son e s o s los l a u r e l e s A Paris Rodomonte pone fuego.
« c o n q u e o r n a r v u e s t r a s sienes p r o m e t i s t e i s ? P o r la c o n t r a r i a p a r t e ,
« ¡Oh m e n g u a d i g n a d e e j e m p l a r c a s t i g o . Sin s a b e r n a d a , Cárlos se o c u p a b a :
„ ¡Solo y á pié d e j a r así á su j e f e Y, al m a n d o d e A r i m a n y d e O d o a r t e ,
« En p r e s e n c i a d e u n b á r b a r o e n e m i g o ! » La inglesa g e n t e e n la c i u d a d e n t r a b a ,
Así d i c i e n d o , lleno d e c o r a j e C u a n d o al r e y se p r e s e n t a u n m e n s a j e r o
R o b u s t a lanza á u n e s c u d e r o q u i t a , Que, e n t r e a y e s m i l : « S e ñ o r , s e ñ o r , » l e d i c e ,
Y acomete á P r u s i o n , rey de Albaraje, « De n u e s t r a salvación h o y d e s e s p e r o .
A q u i e n á tierra m u e r t o p r e c i p i t a . « A s u p u e b l o infelice
A Agricalte e n s e g u i d a « Ha a b a n d o n a d o D i o s , y del infierno
y á Bambirago del arzón a r r o j a ; « A S a t a n a s envia
\ S o r i d a n o h i e r e , y si d e v i d a , « Q u e d e s t r u y a á P a r i s . La l l a m a impía
Cual á l o s o t r o s d o s , n o le d e s p o j a , « Mira q u e , e n t r e h u m o , h a c e n c r e c e r los v i e n t o s .
Es q u e su lanza e n el e n c u e n t r o afioja. « Del t r i s t e p u e b l o e s c u c h a los l a m e n t o s .
Viéndola r o t a , c o n su f u e r t e e s p a d a « Un h o m b r e s o l o , u n m u s u l m á n d e s t r u y e
A S e r p e n t i n o d e la Estrella e m b i s t e , « A toda u n a c i u d a d q u e c e d e y h u y e . »
Cuya e n c a n t a d a c o t a n o r e s i s t e Bien cual a q u e l q u e , o y e n d o d e c a m p a n a s
V e m b a t e t a n a t r o z . Así d e s p e j a El r e p e t i d o y f ú n e b r e t u m u l t o ,
R e i n a l d o el c a m p o , y á Z e r b i n o d e j a A d v i e r t e q u e e s su c a s a
E s c o g e r el corcel q u e m a s le a g r a d a . La q u e , e n t r e t a n t o e s t r é p i t o , se a b r a s a ;
En e s t o la l l e g a d a Así, p a s m a d o d e e s t e n u e v o i n s u l t o ,
Anuncian de Agramante, con Sobrino , Cárlos c o n g r e g a á s u m a s b r a v a g e n t e
Dardinelo y B a l a s t r o . F e l i z m e n t e Y llega al sitio d o el r u m o r se s i e n t e .
Montado el b u e n Z e r b i n o Allí d e t a n t o m í s e r o o y e el d u e l o ,
En s u n u e v o b r i d ó n , llegar los s i e n t e . Y miembros esparcidos
D e s n u d o el h i e r r o e n m e d i o d e esta g e n t e P o r aquí y p o r allí v e p o r el s u e l o . . . .
Se a r r o j a , y m a n d a á m u c h o s al i n f i e r n o Ya d i r é e n o t r o c a n t o
A d a r noticias d e l vivir m o d e r n o . La causa d e esta r u i n a y d e e s t e llanto.
R e i n a l d o , e n e s t o , q u e á m o r d e r la tierra
Iba á los m a s v a l i e n t e s o b l i g a n d o ,
A Bayardo e m p u j a n d o ,
Que de la selva ultramontana salen,

( M T O mi Invitan á que de esta rica mesa


Con los pingües despojos se regalen?
Mas huesos insepultos
Carlomasmo y sus paladines embisten al rey de Argel. - Des-
Que los que en T r e b i a , en Trasimeno y Canas
cripción de Damasco. - Historia de Norad.no y Lucda -
- T o r n e o de Damasco. - Proezas de Gnfon; c o b a y a d Dejaron de Cartago los insultos ,
Martano;. engaños de Origile. - Grifón es victima de un error Dejarán estas fieras inhumanas
del rey. — Condena y venganza. En la h e r m o s a campiña fecundada
Por el Ronco y el Mella, el Tar y el Ada.
C u a n d o , colmada p o r las culpas nuestras En gravedad y en n ú m e r o infinitos
La medida que el cielo les s e ñ a l a , Son ya nuestros delitos.
Darnos el Ser s u p r e m o quiere muestras El cielo, por v e n g a r l o s , hoy envia
De que á su gracia su justicia i g u a l a , A gente aun mas que n u e s t r a g e n t e impía.
P a r a el t r o n o designa Mañana acaso , si hácia el bien v o l v e m o s ,
Los mas fieros tiranos y los dota Y que al término llegue del castigo
De gran poder y de intención maligna. Muestro fiero e n e m i g o ,
Por e s o , á g o b e r n a r á las naciones A destrozar cus costas volaremos.
Vinieron Sila, Mario, dos N e r o n e s , En la mente de Dios p r o f u n d o surco ,
Domiciano y el ú l t i m o Antonino. Sin d u d a , nuestros crímenes trazaron;
Por e s o , desde el f a n g o de la plebe Que el árabe y el t u r c o ,
Se elevó hasta el i m p e r i o Maximino. Nuestro suelo corriendo , estrago y r u i n a ,
P o r e s o , á Tébas g o b e r n ó Creante., Y luto y m e n g u a por do quier s e m b r a r o n .
Y de un Mecencio La insaciable furia De sangre h u m a n a el Tey de Argel beodo
Ensangrentó los c a m p o s de la Etruria. Señaló su coraje sobre todo.
P o r e s o . en fin. g i m i ó la Italia en manos Ya dije c u a l , la triste nueva o y e n d o ,
De l o m b a r d o s , d e g o d o s y d e alanos. A la plaza el rey Carlos se traslada,
¿Qué de Atila d i r é ? ¿Qué d e Ezehno? Allí gran parte de su g e n t e viendo
¿Qué de o t r o s cien t i r a n o s O m u e r t a ó mutilada ,
Sus hogares y templos d e s t r u i d o s ,
Que el enojo divino
Sus habitantes que huyen abatidos.
Mandó por castigar á los h u m a n o s ,
« ¿ Adonde vais? ¡ oh m í s e r o s ! » les grita.
Lanzados del e r r o r e n el camino?
« ¿ Qué o t r o refugio os q u e d a
Y esto , no m é n o s q u e la edad a n t i g u a ,
« Si esta ciudad el agareno os quita ?
La edad en que vivimos lo atestigua.
« ¿Es posible q u e un h o m b r e , u n h o m b r e soio,
¡ Q u é ! cual viles g a n a d o s , « En vuestros m u r o s preso ,
¿ P o r ventura n o e s t a m o s entregados
« A miles de hombres venza
A lobos carniceros « Y de Paris despues se salga ileso? »
Q u e , hartos y a , t a n t a presa
Así, lleno de cólera y v e r g ü e n z a ,
Devorar no p u d i e n d o , á otros mas fieros,
IOSO.

Diciendo, llega al sitio a d o n d e m u e r t e


A tantos daba el agareno f u e r t e .
Muchos, buscando d o n d e estar s e g u r o s ,
Al palacio acogiéronse aquel d i a :
Q u e , provisto de t o d o , bien podia
La g u e r r a sostener d e s d e sus m u r o s .
De orgullo y de ira R o d o m o n t e ciego,
La plaza ocupa. Su d e r e c h a m a n o
El hierro vibra-, s u siniestra el f u e g o ;
Y l a n z á n d o s e luego
Contra las p u e r t a s de la real m o r a d a ,
Hace s o b r e ellas r e s o n a r su espada.
Desde los altos m u r o s e n t r e t a n t o ,
El alma llena de mortal c o n g o j a .
T o r r e s y almenas cada cual arroja.
Por d a r m u e r t e al p a g a n o , no h a y quien tema
Derribar t e c h o s , p i e d r a s , c o l u m n a t a s ,
Y a r t e s o n a d a s vigas
A sus a b u e l o s y á sus p a d r e s gratas.
Cual, d e s p o j a d a de s u piel antigua
Y u f a n a con la n u e v a ,
Saliendo u n a serpiente de su c u e v a
Y el a r d o r d e s ú s tiempos j u v e n i l e s
Sintiendo r e n a c e r , con ojo altivo
Y con trilingüe b o c a , la batalla
P r e s e n t a audaz á los d e m á s r e p t i l e s ;
Así, con a d e m a n p r o v o c a t i v o ,
J u n t o al u m b r a l su reluciente malla
Muestra el de A r g e l : s o b r e ella en vano llueven
Piedras, almenas, dardos y maderos;
Que sus b r a z o s p o r eso no se m u e v e n
Con frecuencia m e n o r , ni m é n o s fieros
Son los golpes q u e b r a v o
S ó b r e l a p u e r t a , d a . Hiéndela al c a b o ,
Y por sus rajas puede
Ver pintado en los r o s t r o s el espanto
A q u e la t u r b a , a m e d r e n t a d a , c e d e .
Los gritos o y e , el suspirar y el llanto
CANTO X V I I .

De infelices m a t r o n a s
Q u e , sin piedad r a s g á n d o s e l o s p e c h o s ,
C o r r e n , c u b r i e n d o de ósculos los l e c h o s
Q u e , e n o t r o tiempo de su a m o r testigos,
A serlo v a n en b r e v e
Del triunfo de s u s fieros e n e m i g o s .
Tal era el riesgo en q u e Paris se hallaba
C u a n d o , seguido de su h u e s t e b r a v a ,
Cárlos llegó. Sobre sus fuertes m a n o s ,
S i e m p r e p o r Cristo á combatir d i s p u e s t a s ,
La vista tiende y dice : « ¡ Q u é ! ¿son e s t a s ,
« Estas las m i s m a s m a n o s q u e á Agolante
« Arrancaron la vida en A s p r a m o n t e ?
« Las q u e á T r o y a n o , á A l m o n t e ,
« Y á cien mil adalides de su raza
« Dieron la m u e r t e , ¿ t e m b l a r o n acaso
« P o r q u e á Paris un b á r b a r o amenaza?
« N o , n o ; m o s t r e m o s ánimo y p u j a n z a .
« Con tal q u e acabe con h o n o r , ¿ q u é i m p o r t a
« Si noble e m p e ñ o n u e s t r a vida acorta ?
Dice; y , alzando su r o b u s t a lanza,
Contra el de Sarza su b r i d ó n e m p u j a .
Las suyas de la c u j a
Sacan á un tiempo todos sus g u e r r e r o s ;
Oger, Avolio, N a i m e s , Oliveros,
Avino, Otón y B e r e n g u e r a v a n z a n ,
Y á R o d o m o n t e atacan j u n t a m e n t e
En el p e c h o , en el flanco y en la f r e n t e .
Mas d e j e m o s , señor, p o r Dios d e j e m o s
De hablar de g u e r r a y de cantar d e m u e r t e .
Del feroz c u a n t o f u e r t e
Bey de Argel las hazañas o l v i d e m o s ,
Y hácia Damasco con Grifón t o r n e m o s
Y con la d a m a q u e á su lado lleva
Al m o z o infame de quien es m a n c e b a .
Damasco es u n a d e las m a s pobladas
Y m a s ricas ciudades del L e v a n t e .
De ella á siete j o r n a d a s
Está Jerusalen. El fértil llano A la liza q u e d e b e
Sobre q u e aquella g r a n ciudad se extiende El nuevo sol iluminar e n b r e v e ,
Está v e r d e e n i n v i e r n o y e n v e r a n o , Y díceles q u e p u e d e n
Y u n a leve colina Dar, si les p l a c e , <le su e s f u e r z o m u e s t r a
La p r o t e g e del a u r a m a t u t i n a . Saliendo á combatir á la palestra.
Dos rios c r i s t a l i n o s , Bien q u e tal d e G r i f ó n , y e n d o á D a m a s c o ,
Cuyas f r a g a n t e s a g u a s hay quien dice No f u e s e el p l a n , acepta e s t e convite
Que p u d i e r a n m o v e r varios m o l i n o s , Que s u h o n o r r e h u s a r no le permite.
Por dos distintas p a r t e s se d e r r a m a n , De esta función la causa luego i n q u i e r e ,
Los aires e m b a l s a m a n , Y si es antigua usanza ó fiesta n u e v a ,
Y un n ú m e r o infinito fecundizan Con q u e hacer el rey p r u e b a
De f r o n d o s o s v e r j e l e s , Del valor de sus s u b d i t o s hoy q u i e r e .
Por m e d i o de los c u a l e s se deslizan. « Esta fiesta, » r e s p o n d e el c a b a l l e r o ,
De Damasco e n t a p i z a n « Por n u e s t r o rey ha sido instituida
La calle principal h o j a s y flores. « En m e m o r i a del dia en q u e la vida
Las v e n t a n a s , p a r e d e s y las p u e r t a s « Salvar logró de riesgo g r a v e y fiero.
Resplandecen cubiertas « Cuatro m e s e s , p l a ñ e n d o su f o r t u n a ,
De vistosos tapetes d e c o l o r e s , « Vivió s u m i d o en d e p l o r a b l e cuita :
Y de d a m a s p u l i d a s , « Desde h o y , p o r e s o , á cada c u a r t a l u n a
R i c a m e n t e a d o r n a d a s y vestidas. « Ordena q u e esta fiesta se repita.
Su tiempo el p u e b l o a l e g r e m e n t e p a s a , « S a b e d , s e ñ o r , q u e de la noble y bella
Que u n baile s e celebra e n cada c a s a ; « Ilija del rey de Chipre e n a m o r a d o
En tanto q u e en magníficos caballos « Por m u c h o tiempo a n d u v o N o r a d i n o ;
Cubren las calles r e y e s y vasallos, « Y c u a n d o á ser esposo s u y o v i n o ,
Cargados de c u a n t o o r o y pedrería « Con d a m a s y g u e r r e r o s á su lado
La fértil India en s u s e n t r a ñ a s cria. « E m p r e n d i ó hácia la Siria su camino.
Seguido d e su i n f a m e comitiva « P e r o , n o bien se vido á t o d a veia
El b u e n Grifón p o r la ciudad d e s p a c i o , « Nuestro bajel en alta m a r l a n z a d o ,
La vista alzando á t o d a s p a r t e s , i b a , « Una t o r m e n t a atroz n o s d e s c o n s u e l a ,
Cuando halla u n caballero « Dejando hasta al p a t r ó n d e s c o n c e r t a d o .
Que á subir le c o n v i d a á su p a l a c i o , « Tres dias y t r e s n o c h e s a n d u v i m o s
D o n d e , s e g ú n el uso , afable o f r e c e « Sin r u m b o cierto p o r la m a r . Cansados
A cada cual aquello q u e a p e t e c e ; « A u n sitio e n fin l l e g a m o s , d o n d e vimos
Al baño los c o n d u c e , y en seguida « Frescos a r r o y o s , placidos collados.
A una espléndida c e n a los convida. « Alto al pié de u n o s á r b o l e s h i c i m o s ;
Cuéntales luego c o m o el rey de Siria « Mesas alzamos y e n c e n d i m o s h a m b r e ,
Del s u y o y de los reinos e x t r a n j e r o s « Miéntras el r e y , siguiendo su c o s t u m b r e ,
Convoca á los g u e r r e r o s
CANTO X V I I . 285

(i El orco tiene t o d o s sus g a n a d o s ,


« Que su aljaba l l e v a b a n , iba en busca « De q u e nadie m a s q u e él sabe la cuenta.
« De c o r z o s , d e v e n a d o s y de ciervos. « El m i s m o en todo t i e m p o
« Del m a r , cabe él s e n t a d o s una t a r d e ,
« Los c u i d a , los m a n t i e n e y a p a c i e n t a ,
« Vemos salir u n m o n s t r u o q u e , c o r r i e n d o ,
« Mas b i e n , á la v e r d a d , p o r p a s a t i e m p o
« Se dirige á n o s o t r o s . Dios os g u a r d e
' i * « Que p o r n e c e s i d a d ; p u e s , d e v o r a n d o
« De v e r , s e ñ o r , u n e n t e tan h o r r e n d o ;
« A tres de n u e s t r o s j ó v e n e s , señales
K Mejor es á la fama d a r creencia
« Claras nos dio de q u e la c a r n e h u m a n a
« Que ir á hacer p o r si propio la experiencia.
« P r e f i e r e á los despojos d e animales.
« Su e n o r m e b u s t o es m a s q u e largo grueso.
« De amarillento h u e s o « De la boca de este antro levantando
« Una bola saliente , « Una g r a n l o s a , e n él nos i n t r o d u c e ;
« En vez d e o j o s , s e nota « Salir hace á su g r e y , y hacia s u s pastos
« A cada lado de s u t o r v a f r e n t e , « Al son de la z a m p o ñ a los c o n d u c e .
« Y de su h o c i c o , q u e inmundicia b r o t a , « Del b o s q u e n u e s t r o rey saliendo en t a n t o ,
« Cual el ele un jabalí se avanza el diente. « Llega á la playa. Allí, no sin e s p a n t o ,
« Corriendo viene y l e v a n t a n d o el m o r r o <( Su pabellón a b a n d o n a d o a d v i e r t e ;
« Cual p o d e n c o q u e sigue alguna pista. « Y adivina su s u e r t e ,
« Quien al t e m o r resista « Cuando á lo léjos á su g e n t e m i r a
« No se halla e n n u e s t r o c o n s t e r n a d o c o r r o , « Que alza las anclas y las velas tira.
« P u e s q u e , si bien privado de la vista « Bien presto hacia él e x p í d e s e una b a r c a ;
« El m o n s t r u o se h a l l a , es falta q u e compensa « Mas e n ella el m o n a r c a ,
« De su nariz la sutileza inmensa. « Lo q u e pasa s a b i e n d o , e n t r a r n o q u i e r e .
« En v a n o , cual el v i e n t o , por la arena « R e c o r r e r la c o m a r c a ,
o T o d o s , h u y e n d o de é l , se d i s p e r s a r o n , « En seguimiento del r a p t o r , p r e f i e r e ;
« Que d e c u a r e n t a q u e é r a m o s , apena « Ir luego en busca de su esposa b e l l a ,
« A n a d o diez h a s t a el bajel llegaron. « Y libertarla ó p e r e c e r con ella.
« Bajo el b r a z o á los u n o s en manojos « Por la playa s i g u i e n d o
« El o r c o h a c i n a , y de o t r o s con despojos « De las q u e ve las m a s r e c i e n t e s huellas,
« Su v i e n t r e y su z u r r ó n ansioso llena. « Lleno d e a m o r , d e p e n a y d e c o r a j e ,
« De m á r m o l cual la n i e v e , fabricada «. Llega luego al p a r a j e
« A la orilla del m a r , vese una cueva. « Do de n o s o t r o s cada cual creía
« El m o n s t r u o allí nos lleva « De la fiera ser pábulo aquel día.
« Y c o n t e m p l a r n o s deja una m a t r o n a « Sola p o r dicha en casa estaba entonces
« Que á d o l o r o s o llanto se abandona « Una m u j e r q u e con el orco vive.
« En m e d i o d e o t r a s d a m a s y doncellas, « H u y e , al m i r a r al r e y , h u y e , le grita :
« Viejas y f e a s , j ó v e n e s y bellas. « ¡ Triste de tí si el orco te p e r c i b e ! »
« No léjos d e esta c u e v a , y de la roca — « Q u e m e perciba ó n o , p o c o m e importa
« En lo alto c a s i , hay otra do e n c e r r a d o s « Dice el r e y , q u e engañado aquí no vengo.
CANTO XVII. 2

« Si vivir d e b o della separado. »


« Por persuadirle la m u j e r se afana;
« Mas viendo en fin q u e su insistencia es vana
« En ayudarle á conseguir su intento
« Pone todo su afan y entendimiento.
<( P e n d i e n t e s de las bóvedas los cueros
« Víanse allí de chivos y c o r d e r o s .
« De un animal d e aquestos con la grasa
« Su c u e r p o al p u n t o m á n d a l e q u e f r o t e ,
« A fin de q u e , al volver el orco á casa.,
« La diferencia de su olor no n o t e .
« Hecho e s t o , al rey en u n a piel envuelve ,
« Y, encargándole a n d a r s i e m p r e e n c o r v a d o ,
« Al sitio se lo lleva
« Do está Lucina en tenebrosa cueva.
«Noradino obedece,
« Y al b o r d e d e la cueva p e r m a n e c e
« Durante m u c h a s h o r a s , a g u a r d a n d o
« Que llegue con su grey el m o n s t r u o infando.
« La t a r d e en fin caida
« E r a ya c u a n d o s u e n a
« La hueca cana que al ganado o r d e n a
« Que de la h ú m e d a yerba se despida.
« P e n s a d , s e ñ o r , pensad cual temblaría
« El rey al v e r aquella fiera impía.
« De su t e r r o r , e m p e r o ,
« Triunfó un a m o r tan firme y t a n s i n c e r o ,
« Y e n t r e chivos y c a b r a s p o r la p u e r t a
« De la c a v e r n a e n t r ó , viéndola abierta.
« El orco e n t o n c e hácia n o s o t r o s v i e n e ,
« Y, la p u e r t a c e r r a n d o ,
« Oliendo v a , dos víctimas b u s c a n d o
« Con cuya c a r n e aquella n o c h e c e n e .
« De espanto tiemblo y s u d o á t a l r e c u e r d o .
« P a r t e p o r fin. De su d i s f r a z , n o l e r d o ,
« Nuestro r e y se despoja
" Y e n t r e los b r a z o s de su bien se a r r o j a .
« L u c i n a , en vez de aozo v a l e a r í a .
CANTO XVII
ORLANDO FURIOSO.
« Deja salir, si pelo ó lana siente.
« Dolor p r o f u n d o siente
« Así partimos t o d o s sin q u e n a d a
« Al ver al r e y , q u e tan inútilmente
« Notase el orco hasta q u e el t u r n o vino
« A inevitable riesgo se e x p o n í a .
« De la esposa infeliz de Noradino.
« En m e d i o , ella d e c i a ,
« Lucina, ora que untarse no quisiera,
« De mi g r a v e d o l o r , m e consolaba
« Cual n o s o t r o s , de g r a s a ; f u e s e acaso
« El p e n s a r q u e tus dias n o a m a g a b a
« Por lo lento ó lo b r e v e de su p a s o ,
« Desgracia igual á la desgracia mía.
« O ya p o r q u e algún grito profiriera
« Muriendo , d e mi d a ñ o
« Al s e n t i r de la fiera
« Solo tenia q u e q u e j a r m e ; agora
« La d u r a m a n o q u e oprimió su l o m o ,
« Mas q u e mi s u e r t e ¡ oh Dios! la tuya plano.
« Reconocida f u é , yo no sé c o m o .
« - R e s p o n d e el rey : Movido s o l a m e n t e
« Al riesgo p r o p i o cada cual a t e n t o ,
« P o r m i e s p e r a n z a de salvar contigo
« De los d e m á s no advierte la congoja.
« A t a n t o s infelices, aquí v i n e .
« Y o , e m p e r o , de la dama oigo el a c e n t o ,
« Si e n l i b e r t a d p o n e r t e 110 c o n s i g o ,
« La vista v u e l v o , y n o t o al o r c o i m p í o ,
« Mi triste vida d e una vez t e r m i n e ;
« Que de la piel q u e viste la d e s p o j a
« Mas cual vine s a l d r é ; y de aquí conmigo
« Y á hundirla v u e l v e e n la c a v e r n a oscura.
« Saldrá aquel q u e la peste
« Confundidos e n m e d i o á sus g a n a d o s ,
« De u n disfraz c o m o a q u e s t e
« Llegamos los d e m á s á una l l a n u r a
o Algunas h o r a s resistir n o tema. »
« Situada e n t r e dos fértiles collados.
« E n s é ñ a n o s asi la e s t r a t a g e m a
« Mientra á la s o m b r a de u n verjel f r o n d o s o
« Con q u e p u e d e burlar n u e s t r o conato
« Tendido el o r c o , entrégase al r e p o s o ,
« Del ciego m o n s t r u o el e x q u i s i t o o l f a t o ;
« Nosotros la ocasion a p r o v e c h a m o s ,
« Y bien p r o n t o , siguiendo s u s c o n s e j o s ,
« Y hácía los m o n t e s u n o s el c a m i n o ,
« Cuantos é r a m o s , hombres y mujeres,
« Otros del m a r la dirección t o m a m o s .
« Muerte á o t r o s tantos dimos
« Nuestras huellas no sigue N o r a d i n o ;
« De aquellos a n i m a l e s , y escogiendo
« Q u e , resuelto á m o r i r c o m o n o p u e d a
« Los d e olor m a s infecto y los mas viejos
« A su d a m a librar, allí se q u e d a .
« El c u e r p o con su grasa nos c u b r i m o s ,
« Tal f u é su e n o j o , su dolor t a n f u e r t e ,
« Vistiéndonos d e s p u e s c o n s u s pellejos.
« Que b u s c a n d o la m u e r t e ,
« En e s t o el sol de su m a n s i ó n salia ;
« Del m o n s t r u o atroz hácia la boca a v a n z a ,
« El p r i m e r r a y o de la luz del dia
« Y a r r o j á r a s e en ella
« El m o n s t r u o v i e n d o , c o n s o n o r a caña
« Si no le contuviera la esperanza
« Hace á su grey salir de la cabaña.
« De r o m p e r las c a d e n a s de su bella.
« T e m i e n d o q u e , escondido en la m a n a d a ,
« Volviendo el orco á su a n t r o , ve con pena
« A l g u n o de n o s o t r o s s e le e v a d a ,
« Que n u e s t r a f u g a le dejó sin c e n a ;
« Al b o r d e d e la cueva se coloca;
« Culpa á Lucina, y á vivir a t a d a
« A c a d a cual q u e sale palpa y t o c a ,
« Sobre u n alto peñasco la c o n d e n a .
« Y á todos libremente
T. i. 13
CANTO XVII.

« Y no previendo ya n u e v o s r e v e s e s ,
« De su esposa a d o r a d a « Se e m b a r c a en Satalía
« La g r a v e cuita Noradino a d v i e r t e « Y llega á esta ciudad hace t r e s dias.
« Sin p o d e r aliviar s u t r i s t e s u e r t e . « Por los castillos y ciudades t o d a s
« Confundido entre cabras y entre ovejas, « De Siria y C h i p r e , de África y de R o d a s ,
« Mañana y t a r d e , el infeliz a m a n t e « En v a n o de su bella
« Los aves y las q u e j a s « Hizo inquieto hasta aquí b u s c a r la huella.
« Escucha de su a m a d a . A cada instante « Tan solo ántes d e ayer s u p o q u e p u e r t o
« Oye su triste v o z , q u e le suplica « En Nicosia e n c o n t r ó del p a d r e al l a d o ,
« Abandone u n a tierra do sin f r u t o « Despues de haber a n d a d o
« Va con su m u e r t e á s e p u l t a r l a e n lu o. « Largo tiempo e n la m a r sin r u m b o cierto.
« T a m b i é n la esposa del g u a r d i a n le r u e g a
« De esta nueva felice
« Que p a r t a , m a s en v a n o •,
« En memoria una fiesta
« Q u e . firme siempre en su p r o y e c t o i n s a n o ,
« Ordena n u e s t r o r e y , q u e , cual a q u e s t a ,
« A p a r t i r sin su a m a d a el rey se n i e g a .
« A cada c u a r t o m e s se solemnice.
« \ s í vive en la c u e v a ,
« Renovar es su intento
« Dando d e a m o r i r r e f r a g a b l e p r u e b a ,
« El.júbilo q u e siente e n este dia
« Hasta q u e alli p o r singular acaso
« En q u e , tras c u a t r o meses d e t o r m e n t o ,
« Llegó con Mandricardo él r e y Gradaso.
« Ve cambiada en placer su s u e r t e impía.
« Llenos m a s de valor q u e d e c o r d u r a , « Testigo yo de una g r a n p a r t e d e e s t o ,
« A la playa d e s c i e n d e n . « Por quien lo padeció c o n o z c o el r e s t o ;
« El r e y de C h i p r e , q u e e n el b u q u e a g u a r d a , « Y p u e d o asegurar no e s t á al c o r r i e n t e
« A Lucina no t a r d a « Quien esta historia de o t r o m o d o c u e n t e . »
« En v e r venir con e l l o s ,
Así de la función q u e s e p r e p a r a
« Miéntras q u e , con el m o n s t r u o y su g a n a d o ,
La causa el h u é s p e d á Grifón d e c l a r a .
« En la cueva e n c e r r a d o
Casi toda la noche s e c o n s u m e
« \ n t e s del alba estaba N o r a d i n o .
En referir y en e s c u c h a r la h i s t o r i a ,
« Cuando al albor dél r a y o matutino En q u e del rey de Siria se r e s u m e
«( Saliendo el rey de la p r o f u n d a cueva , Todo el a m o r -v la piedad n o t o r i a .
« De la m u j e r del orco o y e esta n u e v a , De la mesa en seguida
<( Gracias da al cielo , c i e r t o d e q u e , a g o r a Levantándose el huésped , á u n a estancia
« Que del f u r o r del m o n s t r u o f u e salvada , De c u a n t o es necesario a p e r c i b i d a
« Reconquistar á aquella á q u i e n a d o r a A cada cual de s u s o y e n t e s lleva.
« P o d r á c o n su o r o , su á n i m o ó su e s p s u a . Allí, del claro sol a l a luz n u e v a
« Lleno de g o z o , p u e s , c o n el ganado Y al sol de alegre universal c o n c i e r t o ,
« Al v e r d e prado sus p i s a d a s g u i a , Alegre cada cual se halla d e s p i e r t o .
« Y no bien nota q u e en la selva umbría El ruido de a l a m b o r e s y t r o m p e t a s
« Se e n t r e g a al s u e ñ o su g u a r d i a n m a l v a d o , A toda-ta«ciudad-junta e n la p l a z a .
« De allí se aleja. A n d a n d o n o c h e y día
El de h o m b r e s , d e caballos y carretas Si quereís cristianísimos los u n o s ,
Escuchando Grilon , su escudo e m b r a z a Los otros q u e católicos se os l l a m e ,
Y viste la c o r a z a ¿ P o r q u é , p o r q u é vuestra codicia infame
Que i m p e n e t r a b l e s hizo En la s a n g r e se ceba
De p r o t e c t o r a mágica el hechizo. De aquel q u e acaso v u e s t r o n o m b r e lleva?
T a m b i é n su cota viste el de Antioquía, ¿ P o r q u é Jerusalen gime o p r i m i d a
Y m a r c h a de Grifón en c o m p a ñ í a . En p o d e r de esa turba fementida ?
Gruesas l a n z a s , r o b u s t a s c o m o e n t e n a s , ¿ P o r q u é á Bizancio el á r a b e p e r v e r s o
Entrégales el h u é s p e d , q u e seguido O c u p a , y lo m e j o r del u n i v e r s o ?
De u n e s c u a d r ó n lucido Y t ú , vecina de África , ; o h E s p a ñ a !
Al c a m p o viene c o n los dos g u e r r e r o s , De quien tantos ultrajes r e c i b i s t e ,
A q u i e n e s d a sirvientes y escuderos. ¿ P o r q u é , i m p u n e s d e j á n d o l o s , tu saña
Allí l l e g a n d o , sin m o s t r a r deseo Diriges hoy contra la Italia triste ?
De salir al c o m b a t e , se r e t i r a n En la e m b r i a g u e z de r e p r o b a d o s g o c e s ,
Del sitio del t o r n e o , ¡Oh Italia! ¿ n o conoces
Y á los g u e r r e r o s q u e á lidiar a s p i r a n , Que de aquel q u e tus leyes r e s p e t a b a
Uno á u n o y d o s á d o s , m o s t r a r s e miran. Estás hoy hecha la servil esclava ?
C u a l , el color a c o m p a ñ a n d o al arte, Y t ú , ¡Suizo infeliz! si á Lombardía
Su gozo ó p e n a m u e s t r a en su estandarte El recelo te guia
Cual dice e n su c i m e r a y en su escudo De m o r i r de miseria allá e n tu c h o z a ;
Si le es b e n i g n o a m o r ó si le es crudo. Si del a j e n o pan escasas migas
A r m á b a s e c u a l se a r m a el Occidente O p r o n t a m u e r t e por piedad m e n d i g a s ,
E n aquel t i e m p o la siriaca gente , ¿ P o r q u é de Europa , ó de la Grecia al m é n o s ,
Que sin d u d a esta u s a n z a No c o r r e s á lanzar los S a r r a c e n o s ?
T o m ó del F r a n c o , d u e ñ o de la tierra Tesoros g a n a r á s con tal victoria
D o n d e el s e p u l c r o del Señor se encierra-, Y con la m u e r t e d u r a d e r a gloria.
T i e r r a q u e , bien q u e altivos sin p u j a n z a , También hablo al Tudesco tu vecino.
D e j a n hoy l o s cristianos De allí no e s t á n m u y léjos las riquezas
En p o d e r d e e s o s b á r b a r o s paganos. Que de Roma c o n d u j o C o n s t a n t i n o ;
E n v e z de c o m b a t i r p o r el a u m e n t o Ni el E d m o , ni el P a c t o l o , q u e o r o fino
De la fe de su Dios, necios ó l o c o s , Arrastran , ni la Libia , la M i g d o n i a ,
La g u e r r a se h a c e n e n t r e sí los pocos Ni aquella tierra v e n t u r o s a y rica
Que t i e n e n d e su ley c o n o c i m i e n t o . De quien la historia el e s p l e n d o r publica.
¡ G e n t e e s p a ñ o l a , helvética y f r a n c e s a ! Y tú , L e ó n , q u e á los m o r t a l e s p u e d e s
Y t ú , G e r m a n i a , el hierro sanguinario Cerrar y abrir las eternales s e d e s ,
Que c o n t r a el pueblo q u e tu ley profesa A Italia n o p e r m i t a s
T u ciego e n o j o d e vibrar 110 c e s a , Vivir m a s tiempo en l á n g u i d o s placeres.
Vuelve h o y c o n t r a t u pérfido adversario. T ú , tú su sosten e r e s ,
ORLANDO FURIOSO.
No m é n o s que en c o m b a t e v e r d a d e r o
Y si el n o m b r e q u e llevas te díó el cielo, Con s u s golpes crueles
F u é p o r q u e en s u d e f e n s a Hacen saltar lorigas y broqueles.
La fuerza unieses y el valor al celo. La sola diferencia
Mas, de u n o e n o t r o a s u n t o , Que entre este j u e g o y un combate e x i s t e .
¿ A d o n d e , a d o n d e va la p l u m a mía? Es q u e del rey se deja á la p r u d e n c i a
I)e r e t o r n a r de mi p a r t i d a al p u n t o El evitar t o d o suceso triste.
E s , sin e m b a r g o , t i e m p o todavía. El fementido moro<de Antioquia.
Ya dije c u a l , á la f r a n c e s a m o d a Mariano a p e l l i d a d o , se p r e s e n t a '
V e s t i d o , el sirio a c u d e á la ancha p l a z a , En el c a m p o t a m b i é n , . h a c i e n d o alarde
Cubierta e n t o n c e s t o d a De la s o m b r a de. e s f u e r z o y osadía
De g u e r r e r o s con y e l m o y con coraza. Que á su pecho c o b a r d e
Las bellas d a m a s r o s a s y jazmines I n f u n d e d e Grifón la c o m p a ñ í a .
Arrojan á los b r a v o s paladines. Con él se llega de la liza á, un l a d o ,
Sus ágiles b r i d o n e s 1 el fin allí de una batalla fiera,
Al son d e las t r o m p e t a s y clarines Por dos g u e r r e r o s disputada , espera.
Hacen ellos salir á la palestra. El s e ñ o r de S e l e n c o , q u e e r a el u n o
Uno su gracia en m a n e j a r l o muestra-,
De los ocho q u e dije-, c o m b a t i e n d o
Rigiéndolo con m a n o p o c o d u c h a ,
En e s t o con O m b r u n o ,
Del pueblo o t r o t r a s sí la risa escucha.
Dale en el rostro un golpe tan t r e m e n d o ,
El p r e m i o del c o m b a t e ser debia Que p o n e fin á su gloriosa vida.
Bella a r m a d u r a hallada en un c a m i n o
P o r t o d o s f u é sentida
P o r u n m e r c a n t e q u e de Armenia vino.
La m u e r t e de e s t e n o b l e c a b a l l e r o ,
Una espléndida t ú n i c a , c u a j a d a
El m a s bravo y cortes del m u n d o e n t e r o .
De o r o tan rico y t a n t a pedrería
Que inestimable su valor h a c i a , Testigo de tan áspera r e f r i e g a ,
Añadió Noradino Al t e r r o r y á la f u g a el vil se e n t r e g a .
Grifón, q u e está á su l a d o , c o n el gesto
Al bello d o n , q u e p a r a sí g u a r d a r a ,
Y con la voz le a n i m a
Si su m é r i t o i n m e n s o sospechara.
A e m b e s t i r á un g u e r r e r o q u e , dispuesto
Mas de una l a n z a r o t a ,
A combatir, hácia ellos se a p r o x i m a .
Mas d e una f u e r t e c o t a
Cual can q u e , p o r su d u e ñ o e s t i m u l a d o ,
Cedió ya al c h o q u e de t a j a n t e e s p a d a ,
Diez p a s o s , tal vez v e i n t e , al lobo sigue ,
Cuando vino Grifón á la e s t a c a d a .
Ocho j ó v e n e s n o b l e s , a g u e r r i d o s Y, p a r á n d o s e l u e g o de r e p e n t e ,
Y al rey c a r o s , s e m u e s t r a n e n la p l a z a , De m i e d o m a s q u e de ira
Dispuestos á lidiar solos ó unidos , Ladra c u a n d o oye el r e c h i n a n t e d i e n t e ,
Con a s t a , e s p a d a ó m a z a , C u a n d o la llama de s u s ojos m i r a ;
Contra todo el q u e p r u e b a Así, t r é m u l o , el tímido Mariano
A hacer con ellos d e valor se atreva. Vuelve el corcel hácia lá diestra m a n o .
Que a c o s t u m b r a d o s á vencer estaban.
Al hijo de Oliveros
E x c u s a r s e su fuga bien p o d i a ,
Ceden los dos. El uno á tierra viene
La culpa a t r i b u y e n d o á su caballo;
Al p r i m e r c h o q u e ; c o n t r a el o t r o tiene
Mas, al v e r la flaqueza y cobardía
Que usar Grifón su espada. De la liza
Con q u e el acero e s g r i m e ,
Vencedor cada cual le preconiza.
Su d e f e n s a no creo
En ella se p r e s e n t a S a l i n t e r n o ,
Aceptara Demóstenes sublime.
Gran mariscal é ilustre condestable .
H u y e n d o , p u e s , p o r m e d i o á aquel gentío
Cuyo b r a z o , en la g u e r r a f o r m i d a b l e .
Y e s c u c h a n d o insultante v o c e r í o ,
De la Siria en la paz tiene el g o b i e r n o .
Pasa el vil como loba q u e , a c o s a d a ,
No p u d i e n d o s u f r i r q u e de esta lucha
Veloz c o r r e á esconderse en su m o r a d a .
Venga á o b t e n e r el p r e m i o u n e x t r a n j e r o ,
T u r b a d o el b u e n Grifón , e n una h o g u e r a Enarbola su lanza
Mejor q u e d o n d e está v e r s e q u i s i e r a ;
Y f u r i b u n d o hácia Grifón avanza.
F u e g o lanza su v i s t a ; el pecho a r d e
E n t r e diez lanzas la m a s f u e r t e elige
Como si suya aquella m e n g u a f u e r a :
G r i f ó n , y la dirige
El p u e b l o todo verle d a r espera
Cual á Martano p r u e b a s de c o b a r d e ; Contra el broquel de Salinterno. Escudo
Mas G r i f ó n , q u e el efecto p r o d u c i d o "i peto y pecho y espaldar t r a s p a s a .
Por la f u g a de aquel b o r r a r p r e t e n d e , Saliendo p o r d e t r a s el h i e r r o c r u d o '
El b r i d ó n e m p u j a n d o , se adelanta . Por su avaricia o d i a d o ,
Del pueblo el mariscal ni un ; a y ! o b t u v o ;
Y c o n su f u e r t e lanza en tierra e x t i e n d e
Solo el r e y triste de su m u e r t e a n d u v o
Al d e S i d o n , q u e en b r e v e se levanta.
Grifón le deja y torna á la p e l e a ; También vienen á tierra en c o r t o instante
Y r e c o b r a n d o el asta , e n t r e s pedazos Dos de D a m a s c o , Ermófilo y C o r m u n d o ;
La h a c e volar, hiriendo en lo m a s alto General el p r i m e r o , y almirante
Del e s c u d o al señor de Laodicea, De las tropas del r e y es el s e g u n d o .
Quedaba solo el d e Seleuco. A r m a d o
Q u e , sorprendido por tan rudo asalto,
Mejor, mejor m o n t a d o
P á l i d o y a t e r r a d o , titubea.
R e c o b r á n d o s e en f i n , la e s p a d a s a c a , Y mas p u j a n t e q u e los otros siete .
Vuelve al caballo y á Grifón ataca. En la lid p r e s e n t á n d o s e , a c o m e t e '
Al v e r Grifón q u e del arzón no basta Al b u e n Grifón. En el c o n t r a r i o casco
A s a c a r este e m b a t e á su e n e m i g o , Con furia igual se estrella cada lanza-
« Lo q u e no p u d o el asta Mas del violento c h o q u e á la p u j a n z a .
« Con la e s p a d a , » se d i c e , « á hacer m e obl Pierde el izquierdo estribo el d e Damasco
Y d á n d o l e en la sien u n golpe r u d o , Sueltan las l a n z a s , y con h i e r r o en m a n o
O t r o redobla , y o t r o , Se atacan a m b o s con f u r o r no visto
Hasta q u e al suelo arrójale del p o t r o . Al pagano el de Cristo
Dos h e r m a n o s de Apamia allí se hallaban Un golpe d a q u e u n y u n q u e a p e d a z a r a ,
C o r i m b o y T í r s i s , ínclitos g u e r r e r o s
Su e x c u s a , e m p e r o , a c e p t a : y en s e c r e t o
Y q u e e l h u e s o y el h i e r r o del e s c u d o ,
Manda q u e al p u n t o a p r e s t e n su p a r t i d a ,
Escogido e n t r e m i l , saltar h a c i e n d o ,
Temiendo q u e , á la vista de M a r i a n o ,
El muslo le t r o n c h a r a ,
Contra él se agite el populacho insano.
A no ser la a r m a d u r a
Y él mismo luego p o r v e r e d a e x t r a ñ a
Que le e n c u b r e tan sólida y tan d u r a .
Fuera de la ciudad los a c o m p a ñ a .
A Grifón su adversario a l a r g a en esto
De allí á dos m i l l a s , p o r t o m a r r e p o s o ,
Un golpe a t r o z , q u e f u é r a l e f u n e s t o ,
A no estar su c e l a d a , Y d a r alguno á su caballo , se e n t r a
Como s u s otras a r m a s , e n c a n t a d a ; En una venta q u e á su paso e n c u e n t r a ;
Mas al b r a v o Grifón h e r i r n o p u e d e , D e s á r m a s e , d e s n ú d a s e en s e g u i d a
Miéntras de este al f u r o r s u cota cede. Que quita á su corcel a r n é s y b r i d a ;
Solo, d e s p u e s hacia una estancia oculta
El pueblo ve q u e i u f a n d a
Se p a r t e , y e n el lecho se s e p u l t a ,
Va á ser al m u s u l m á n esta c o n t i e n d a ,
Do presto dél el s u e ñ o se a p o d e r a .
Y á los h e r a l d o s Noradino m a n d a
Con la infiel e m b u s t e r a
Hacer q u e sin t a r d a n z a s e s u s p e n d a .
Martano entonces á un j a r d i n viniendo
Del u n o así f u é el o t r o s e p a r a d o ,
Que allí cerca se hallaba, el m a s h o r r e n d o
Y el sabio rey p o r t o d o s e l o g i a d o .
Concibe, el m a s e x t r a ñ o
Los o c h o caballeros q u e atrevidos,
Plan á q u e n u n c a se asoció el e n g a ñ o .
Con la idea del t r i u n f o s e h a l a g a r o n ,
Por u n o solo al v e r s e asi v e n c i d o s , Su bridón y sus a r m a s al g u e r r e r o
Uno Iras o t r o , el c a m p o a b a n d o n a r o n . Sustraer i m a g i n a , y presentarse
Vana f u é , p u e s , d e los d e m á s la p e n a , Al rey en vez del b r a v o caballero
Que d e s i e r t a e n c o n t r á r o n s e la arena. Que acababa en la lid de señalarse.
De la intención á la obra pasa en b r e v e ;
Una hora d u r ó corta
El caballo m a s blanco q u e la nieve
Toda a q u e s t a función ; m a s Noradino ,
Roba á G r i f ó n , y róbale el e s c u d o ,
A quien el j u e g o p r o l o n g a r i m p o r t a ,
Las a r m a s , la divisa y v e s t i m e n t a ,
Del palco b a j a ; el c a m p o d e s p e j a n d o
En d o s mitades la su g e n t e p o n e , Y en la plaza c o n ellas se p r e s e n t a
Y, á cada cual un a d v e r s a r i o d a n d o , En el m o m e n t o e n q u e á su g e n t e brava
A empezar nueva justa se dispone. Las armas d e p o n e r el rey m a n d a b a ,
Lleno m a s d e coraje y d e d e s p e c h o Y m a n d a b a asimismo
Por la infame c o n d u c t a d e Mariano , Que el premio a recibir d e su h e r o í s m o
Que d e su propio t r i u n f o s a t i s f e c h o , Se presentase el j o v e n q u e , m o n t a d o
Grifón el paso hacia su e s t a n c i a l l e v a , Sobre blanco b r i d ó n , d e blancas p l u m a s
Do con el vil e n c u e n t r a á s u manceba. Y blanca vestidura iba a d o r n a d o .
Por c a l m a r a m b o s su ira Cual el asno cubierto
Añaden el baldón á la m e n t i r a , Con la piel del l e ó n , el vil M a r t a n o ,
Si Grifón los c r e y ó , n o s é ; discreto Estas voces o y e n d o , se a d e l a n t a .
ORLANDO F U R I O S O . CANTO XVII.
300

Y al r e y s e llega con semblante u f a n o . Mientras p u d o v e n g a r s e , no lo q u i s o ;


Cortes el r e y , al v e r l e , se l e v a n t a , Hoy q u e ya n o lo p u e d e , lo d e s e a ;
Le a b r a z a y á su lado le da asiento. Y del traidor las a r m a s y el caballo
O b s e q u i á n d o l e asi por varios m o d o s , Toma ¡ i n c a u t o ! por ir á castigallo.
E s m e r a r s e e n su obsequio m a n d a a t o d o s , Mejor q u e en e m b r a z a r el t o r p e escudo,
Y vencedor ordena O q u e e n vestir la d e s h o n r a d a c o t a ,
Que al son de las t r o m p e t a s se p r o c l a m e Grifón hiciera en ir t o d o d e s n u d o .
Al c a b a l l e r o , cuyo n o m b r e i n f a m e Su r i e s g o , e m p e r o , e n su f u r o r no n o t a ;
De palco en palco con loor r e s u e n a . Vístese y t o r n a á la ciudad. Al dia
De su lado le r u e g a n o se a p a r t e , De luz q u e d a b a una hora todavía.
Y atiéndele cual á Hércules o a Marte. Hácia la izquierda de la p u e r t a a d o n d e
Llega Grifón levántase u n castillo ,
En su palacio l u e g o
De c u y o i n t e r n o lujo al r a r o brillo
Suntuoso alojamiento le destina,
La exterior solidez no c o r r e s p o n d e .
Y c o n él á s u s pajes y escuderos
Congregada en opíparo b a n q u e t e
F e s t e i a , y á su t o r p e concubina.
Allí del r e y la n o b l e c o m p a ñ í a ,
Mas t i e m p o es ya d e q u e á Grifón t o r n e m o s .
Al d e s p e r t a r , n o t a n d o con sorpresa Se entregaba al placer y á la alegría.
Que y a e m p e z a b a á declinar la t a r d e , El palacio y la r o c a en q u e se a s i e n t a ,
Salta del lecho y busca á toda prisa La campiña d o m i n a n y la via
La habitación del impostor cobarde. Que á la c i u d a d p o r aquel lado guia.
No h a l l á n d o l e , no viendo Así, no bien h a s t a sus p u e r t a s llega
Sus a r m a s n i su r o p a , agitado Grifón, c u b i e r t o d e la c o t a , insignia
T o r n a á b u s c a r , y su i n q u i e t u d se a u m e n t a De oprobio y d e i g n o m i n i a ,
C u a n d o , en vez de la s u y a , Con el traidor c o b a r d e c o n f u n d i d o ,
Del vil Mariano ve la vestimenta. Como tal fué b e f a d o , escarnecido.
Llega el h u é s p e d en t a n t o , y le da c u e n t a En g r a n f a v o r y en el p r i m e r a s i e n t o ,
De corno r e t o r n a d o , De su digna m a n c e b a estaba al lado
Del r e s t o de su g e n t e en c o m p a ñ í a , El impostor m a l v a d o .
El vil Martano á la ciudad h a b í a , El rey, de verle j u n t o á sí c o n t e n t o ,
Todo de blancas armas adornado. Le p r e g u n t a b a el n o m b r e y nacimiento
P o r las huellas q u e en v a n o De aquel q u e á la ciudad t o r n a r osaba
T a n t o t i e m p o s i g u i ó , corriendo a g o r a , A hacer de su presencia ignoble a l a r d e ,
Ve b i e n Grifón q u e de su infiel señora Despues de d a r tal p r u e b a d e cobarde.,
Es a q u e l el galan y n o el h e r m a n o . « E x t r a ñ o m e p a r e c e , » le decia,
Duélele., p e r o t a r d e , sin r e c u r s o , « Que siendo caballero tan p u j a n t e
Haber d a d o mas crédito al d i s c u r s o « A c e p t a d o hayas t ú tal c o m p a ñ í a .
De u n a e m b u s t e r a i n g r a t « Tu objeto f u é , sin d u d a ,
Que del griego á la voz c u e r d a y s e n s a t a . « Cuando aquí lo g u i a s t e ,
« Realzar tu valor por el c o n t r a s t e ;
« Mas por el Dios del cielo yo t e j u r o
« Q u e , si mi a d m i r a c i ó n p o r tu persona
« Mi indignación c o n t r a él n o c o n t u v i e r a ,
« Justo castigo á su vileza d i e r a
« Mi e n o j o , q u e á los viles 110 p e r d o n a ;
« Y sepa q u e si m a r c h a sin c a s t i g o ,
« Lo d e b e solo á q u e llegó contigo. »
— « Alto señor,® el pérfido r e s p o n d e ,
« No v u e s t r o enojo esa r a z ó n c o n t e n g a ,
« Que yo i g n o r o de d o n d e
« Ese hombre infame á vuestra corte venga.
« Llegando de A n t i o q u í a ,
« Di c o n él por acaso e n el c a m i n o ,
« Y á su aspecto j u z g u é q u e f u e s e diño
« De venir de mi g e n t e en c o m p a ñ í a .
« Por lo d e m á s , n o s é q u e c o n s u m a d o
« Haya n u n c a o t r a h a z a ñ a
« Que la q u e habéis v o s mismo p r e s e n c i a d o ,
« Y d e la cual mi s a ñ a
« Tal castigo le diera q u e de n u e v o
« P r e s e n t a r s e e n la liza le v e d a r a ,
« Si el r e s p e t o q u e d e b o
« A v u e s t r a M a j e s t a d n o lo estorbara.
« Ni por salvarle le v a l d r á q u e u n dia
« Vivió en mi c o m p a ñ í a .
« Della yo a v e r g o n z á n d o m e , con pena
« V e r é , s e ñ o r , q u e al vil no se c o n d e n a . "
« C o l g a d l o , en vez d e permitir q u e parta.,
« Si q u e r e i s c o m p l a c e r m e , de u n a a l m e n a ;
« Digno tan n o b l e e j e m p l o m e p a r e c e
« De u n rey q u e á l o s c o b a r d e s aborrece.. »

Estas r a z o n e s Origile apoya :


« Mas no , » r e s p o n d e el rey ; « d e ese g u e r r e r o
« El p r o c e d e r la m u e r t e no m e r e c e .
« Otro castigo yo i m p o n e r l e q u i e r o . »
Dice , y llama á u n h e r a l d o , á q u i e n al" p u n t o
Sus instrucciones le d a sobre este asunto.
Parte el h e r a l d o , y de su a r m a d a gente
En r e u n i r buen n ú m e r o n o t a r d a .
Del la pónese al f r e n t e ;
En la puerta en silencio el h é r o e a g u a r d a ,
Y, cayendo s o b r e él á la i m p r o v i s t a ,
Lo coge sin d a r tiempo á q u e r e s i s t a ,
Y le befa y le insulta
Y en oscura m a z m o r r a le s e p u l t a .
El sol a p é n a s , el r e g a z o b l a n d o
De su j o v e n esposa a b a n d o n a n d o ,
Las c u m b r e s d e los Alpes coloraba
Y del valle las s o m b r a s d e s t e r r a b a ,
C u a n d o , t e m i e n d o la presencia y ía ira
Del valiente G r i f ó n , el vil Mariano
Al rey pid'e licencia, y se r e t i r a .
Viendo a q u e s t e q u e en vano
Con viva instancia á d e t e n e r l e a s p i r a ,
Del u s u r p a d o t r i u n f o añade al precio
Un m o n u m e n t o insigne de su aprecio.
P e r o p a r t i r d e j e m o s al a l e v e ,
Que sus infamias va á p a g a r en b r e v e .
Llena estaba d e g e n t e la a n c h a plaza
C u a n d o , sin y e l m o el h é r o e y sin c o r a z a .
De u n a túnica solo revestido
Y cubierto de o p r o b i o , c o n d u c i d o
Cual se lleva al cadalso á un delincuente
F u é sobre u n alto c a r r o , l e n t a m e n t e
Tirado p o r dos vacas
De largo ayuno débiles y Hacas.
Del c a r r o ignoble en t o m o eaminabau
Viejas h o r r i b l e s , sórdidas r a m e r a s ,
Que el placer de regir s e d i s p u t a b a n
É injurias c o n t r a el h é r o e v o m i t a b a n .
Grifón prisionero, paseado'por las calles de Damasco" (T. I, p. 303.) Contra él también d e n u e s t o s
Rapazuelos i m b e r b e s e x h a l a b a n ,
Y lanzábanle p i e d r a s , y te h i r i e r a n ,
Si á j u e g o s tan f u n e s t o s
Los h o m b r e s d e razón no se opusieran».
Detras del c a r r o , h u n d i d a s en el c i e n o , E n c u e n t r a siempre en vos el q u e á vos v i e n e ;
Van las i n d i g n a s a r m a s Vuestra a l m a , e m p e r o , su impresión c o n t i e n e
Que le hacen h o y p a g a r delito a j e n o Y aguarda así que la razón decida.
P á r a s e en fin el carro-, ante sus j u e c e s Al acusado a u s e n t e ¡ c u á n t a s veces,
Llega Grifón , y allí s e le c o n d e n a Su defensa a b r a z a n d o , d i s c u l p a s t e i s ,
A soportar ignominiosa pena.
Y tiempo le dejasteis
Delante á cada t e m p l o y cada c a s a , De venir á e x p o n e r o s sus r a z o n e s !
Por e x p o n e r l o al p ú b l i c o , lo l l e v a n ; En su g e s t o , en su v o z , en s u s facciones
Por do quiera q u e p a s a
Buscando la v e r d a d , u n m e s , un a ñ o ,
insultos é i m p r o p e r i o s se r e n u e v a n .
S u s p e n d e r os h e visto v u e s t r o j u i c i o ,
Así llega á las p u e r t a s
Por no fallar del inocente en daño.
De la ciudad , d e c u y o seno ciertas
No t a n t a injuria á o b r a r de esta m a n e r a
De a r r o j a r l e p o r s i e m p r e se creían
El rey de Siria al b u e n Grifón hiciera.
Las g e n t e s q u e á Grifón n o conocían.
Señor, de e t e r n a gloria
Mas e s t e , a p é n a s d e s u s f é r r e o s lazos
Sus pies ve l i b r e s y s u s f u e r t e s b r a z o s . Vuestra prudencia os c u b r e . Noradino
Su espada e m p u ñ a y á la c h u s m a e m b . s t e , Mancilló para siempre su m e m o r i a
Que á sus t e r r i b l e s golpes n o resiste. Y deshecha su g e n t e y m a l t r a t a d a
Hasta o t r o c a n t o , e m p e r o , Vio por Grifón, cuya t r e m e n d a espada
E s t a i m p o r t a n t e n a r r a c i ó n dinero. Treinta derriba y m a s cabezas. Huye
La c h u s m a p o r el c a m p o y la calzada,
Y las puertas o b s t r u y e
CASTO XVIII. De la c i u d a d , do p o r e n t r a r r e f l u y e .
Los q u e , en m o v e r las p l a n t a s mas l i j e r o s ,
Marchase Rodomonte de Paris, y se encuentra en el camino A sus puertas llegaron los p r i m e r o s ,
con un enano que le da fatales noticias de Doral.ce. - Noelve Alzando en esto el p u e n t e
Carlomagno á fortificar á Paris. - Proezas de joven Dard.nelo.
Y p e n e t r a n d o en la c i u d a d , se alejan
_ Xoradino aplaca á Grifón. - Fin de la historia de Ongile.
_ Nuevos combates en Damasco. - Carácter y valor de Mar- Sin pensar en sus tristes c o m p a ñ e r o s ,
fisa - Embárcase esta con sus compañeros. - Tempestad. Que al f u r o r de Grifón e x p u e s t o s dejan ,
_ Dardinelo muere á manos de Reinaldo. - Huyen los moros. Y q u e , volver la c o n s t e r n a d a f r e n t e
- Audacia de Medoro y Clondano. Sin apénas o s a r , d e s p a v o r i d o s ,
Huyen lanzando q u e j a s y alaridos.
Al placer d e e n s a l z a r v u e s t r a s v i r t u d e s ,
De aquestos h o m b r e s e n s u s fuertes brazos
Magnánimo s e ñ o r , 110 sé si puedo
Alzando á dos el paladín v a l i e n t e ,
E n t r e g a r m e sin m i e d o
Contra un peñasco d u r o
De q u e lo h u m i l d e ó tosco de mi lengua
La cabeza del u n o hace pedazos-,
De v u e s t r o alto esplendor r e d u n d e en m e n g u a .
Y por encima al m u r o
U n a , e n t r e o t r a s v i r t u d e s , sobre t o d o
En la ciudad arroja
Mueve mi a d m i r a c i ó n . Grata acogida
Al s e g u n d o , en q u i e n , lleno de c o n g o j a ,
Detras del c a r r o , h u n d i d a s en el c i e n o , E n c u e n t r a siempre en vos el q u e á vos viene-,
Van las i n d i g n a s a r m a s Vuestra a l m a , e m p e r o , su impresión contiene.
Que le hacen h o y p a g a r delito a j e n o Y aguarda así que la razón decida.
P á r a s e en fin el carro-, ante sus j u e c e s Al acusado a u s e n t e ¡ c u á n t a s veces,
Llega Grifón , y allí s e le c o n d e n a Su defensa a b r a z a n d o , d i s c u l p a s t e i s ,
A soportar ignominiosa pena.
Y tiempo le dejasteis
Delante á cada t e m p l o y cada c a s a , De venir á e x p o n e r o s sus r a z o n e s !
Por e x p o n e r l o al p ú b l i c o , lo l l e v a n ; En su g e s t o , en su v o z , en s u s facciones
Por do quiera q u e p a s a
Buscando la v e r d a d , u n m e s , un a ñ o ,
Insultos é i m p r o p e r i o s se r e n u e v a n .
S u s p e n d e r os h e visto v u e s t r o j u i c i o ,
Así llega á las p u e r t a s
Por no fallar del inocente en daño.
De la ciudad , d e c u y o seno ciertas
No t a n t a injuria á o b r a r de esta m a n e r a
De a r r o j a r l e p o r s i e m p r e se creían
El rey de Siria al b u e n Grifón hiciera.
Las g e n t e s q u e á Grifón n o conocían.
Señor, de e t e r n a gloria
Mas e s t e , a p é n a s d e s u s f é r r e o s lazos
Sus pies ve l i b r e s y s u s f u e r t e s b r a z o s . Vuestra prudencia os c u b r e . Noradino
Su espada e m p u ñ a y á la c h u s m a e m b i s t e , Mancilló para siempre su m e m o r i a
Que á sus t e r r i b l e s golpes n o resiste. Y deshecha su g e n t e y m a l t r a t a d a
Hasta o t r o c a n t o , e m p e r o , Vio por Grifón, cuya t r e m e n d a espada
E s t a i m p o r t a n t e n a r r a c i ó n difiero. Treinta derriba y m a s cabezas. Huye
La c h u s m a p o r el c a m p o y la calzada,
Y las puertas o b s t r u y e
(MIO XVIII. De la c i u d a d , do p o r e n t r a r r e f l u y e .
Los q u e , en m o v e r las p l a n t a s mas l i j e r o s ,
Marchase Rodomonte de Paris, y se encuentra en el camino A sus puertas llegaron los p r i m e r o s ,
con un enano que le da fatales noticias de Doral.ce. - «che Alzando en esto el p u e n t e
Carlomagno á fortificar á Paris. - Proezas de joven Dardinelo.
Y p e n e t r a n d o en la c i u d a d , se alejan
_ Xoradino aplaca á Grifón. - Fin de la historia de Ong.le.
_ Nuevos combates en Damasco. - Carácter y valor de Mar- Sin pensar en sus tristes c o m p a ñ e r o s ,
fisa - Embárcase esta con sus compañeros. - Tempestad. Que al f u r o r de Grifón e x p u e s t o s dejan ,
_ Dardinelo muere á manos de Reinaldo. - Huyen los moros. Y q u e , volver la c o n s t e r n a d a f r e n t e
- Audacia de Medoro y Clondano. Sin apénas o s a r , d e s p a v o r i d o s ,
Huyen lanzando q u e j a s y alaridos.
Al placer d e e n s a l z a r v u e s t r a s v i r t u d e s ,
De aquestos h o m b r e s e n s u s fuertes brazos
Magnánimo s e ñ o r , 110 sé si puedo
Alzando á dos el paladín v a l i e n t e ,
E n t r e g a r m e sin m i e d o
Contra un peñasco d u r o
De q u e lo h u m i l d e ó tosco de mi lengua
La cabeza del u n o hace pedazos-,
De v u e s t r o alto esplendor r e d u n d e en m e n g u a .
Y por encima al m u r o
U n a , e n t r e o t r a s v i r t u d e s , sobre t o d o
En la ciudad arroja
Mueve mi a d m i r a c i ó n . Grala acogida
Al s e g u n d o , en q u i e n , lleno de c o n g o j a ,
306
Como b r a m a el soberbio s a r r a c e n o ,
Mirar el p u e b l o t o d o se imagina
Q u e , a r d i e n d o e i v s e d d e s a n g r e y de v e n g a n z a ,
Al paladín q u e á tantos e x t e r m i n a .
Con el f r a g o r del t r u e n o
A a r m a r s e el u n o v a : llega o t r o a r m a d o :
Y la presteza de la b a l a , hiere
Al r o n c o son del'a t a m b o r , mezclado
A todo aquel á quien su e n o j o alcanza.
Del clarín y del pífano el a c e n t o ,
Hasta los dientes dividido en tierras
Hace terrible r e s o n a r el viento.
Mayor e n fin no f u e r a A Ugueto l a n z a , sin q u e yelmo fino
C o n j u r a r p u e d a su fatal destino*
El t e r r o r ni el bullicio, si a-atacarles
En vano cada cual se s o b r e p u j a
El egipcio sultán allí viniera.
Y á R o d o m o n t e con c o r a j e e m b i s t e ,
Mas, p o r volver á C a r l o s ,
Q u e , cual y u n q u e á la p u n t a de una a g u j a ,
Mi n a r r a c i ó n es f u e r z a q u e difiera;
A las espadas su pavés resiste.
Seguido por el d u q u e de Baviera,
El caudillo f r a n c é s del alto m u r o
Y Oger d e Dinamarca ,
Las esparcidas t r o p a s r e t i r a n d o ,
Otón , Avoli, Avino,
Hacia el p a r a j e acércase volando
B e r e n g u e r y Oliveros, el m o n a r c a
C o r r e en p o s del indómito Argelino, Donde ve q u e m a y o r es el a p u r o .
Que en la g e n t e f r a n c e s a En torno á su p e r s o n a
De s e m b r a r r u i n a y destrucción no cesa. A b u s c a r protección , en e s t o , llega
Su fuerza toda e n c o m e n d a n d o al asta-, La g e n t e q u e sus lares a b a n d o n a
Los o c h o á un tiempo al m u s u l m á n embisten Y q u e á la fuga y al t e r r o r se e n t r e g a .
Mas tanto golpe impávido él contrasta. Del j e f e a m a d o la presencia en b r e v e
Que , cual girando práctico piloto Logra un tanto c a l m a r su d e s a l i e n t o ;
Del Abrego y del Noto Y, cual tal vez si de feroz leona
C o n j u r a r suele la terrible s a ñ a . En la choza se atreve
Así s u p o evitar el a g a r e n o A p e n e t r a r un t o r o , sus r u g i d o s
El d u r o e m b a t e q u e á tocar de lleno Espantosos h u y e n d o , al ver s u s c u e r n o s ,
H u b i e r a d e r r i b a d o una m o n t a ñ a . Se esconden en los a n t r o s m a s i n t e r n o s
R a n e r o , S a l o m o n , Ricardo, Guido, Los cachorros q u e , p r e s t o d e su m a d r e
Ganelon el t r a i d o r , Turpin discreto, Por el audaz ejemplo c o n m o v i d o s ,
A n g e l i n o , Angeler, Márcos, E g u e t o , A su adversario s o b r e el cuello saltan
Mateo é Ivon á aquellos c o n g r e g a d o s Y su tostada piel de s a n g r e esmaltan;.
Y á Ariman y á Odoarte de I n g l a t e r r a , Así contra el pagano aquella g e n t e
Atacan al infiel por todos lado>. De los balcones proyectiles l a n z a ,
Por la espalda a c o m é t e l e y de f r e n t e ,
P e r o no b r a m a d é l a alpina sierra
Y en torno dél de m o d o se a t r o p e l l a ,
Allá e n las-cimas h u r a c a n t r e m e n d o
C u a n d o , f r e s n o s y encinas d e s t r u y e n d o , Que por librarse delta
Viene á estrellarse c o n t r a f u e r t e roca No b a s t a r a n al m o r o veinte s o l e s ,
Q u e s u i m p o t e n t e cólera p r o v o c a , Aunque pudiese á s u sabor ponella
A d o n d e el S e n a , u n a ínsula f o r m a n d o ,
En m a n o j o s , c u a l r á b a n o s ó coles. De Paris la e x t e r i o r m u r a l l a r i e g a .
Nada en e f e c t o , ó p o c o l e a p r o v e c h a , Allí tres v e c e s , f u r i b u n d o y b r a v o ,
Si á mil c o n t r a r i o s s u v a l o r d e s t r u y e ; De n u e v o e n m e d i o de la g r e y se a r r o j a ,
Que cuantos mas d e r r i b a , m a s le estrecha Y d e s u a c e r o la h o j a
La m u l t i t u d q u e n u n c a d i s m i n u y e Vuelve á t e ñ i r e n s a n g r e , h a s t a q u e al c a b o
r>or e s t o , y a d e m a s p o r q u e s o s p e c h a De la r a z ó n la c u e r d a voz e s c u c h a ;
Q u e c o m o á t i e m p o el c a m p o n o a b a n d o n e , L á n z a s e al Sena , y fin p o n e á la l u c h a .
Tal vez m a s t a r d e , e x h a u s t o d e fatiga , ¡ África a l t i v a ! tú q u e e n t u s a r e n a s
Resistir al t o r r e n t e n o c o n s i g a , Un A n t e o , u n Aníbal p r o d u j i s t e ,
\ h a c e r c e s a r la l u c h a s e d i s p o n e . Con R o d o m o n t e c o m p a r a b l e a p é n a s
Alza la vista en t a n t o y o b s t r u i d a En ellas v e r u n paladín p u d i s t e .
Ve p o r d o q u i e r s u m a r c h a - , m a s e n b r e v e , C u b i e r t o d e su sólida a r m a d u r a ,
A mil y mil p r i v a n d o d e la vida Q u e á s u s r o b u s t o s m i e m b r o s n o m a s pesa
Abrirse p a s o c o n s u e s p a d a d e b e Que si f u e r a d e e s c a m a s ,
A la c o n t r a r i a m á r g e n a t r a v i e s a ,
C u a l toro á quien hostiga audaz canalla,
Dejando a t r a s los m u r o s q u e se d u e l e
Despedaza la valla, De no h a b e r d a d o en p á b u l o á las l l a m a s .
Y á cuantos topa t u n d e ó e x t e r m i n a ,
Y d e tal m o d o e n s u a n g u s t i a d o p e c h o
Tal, mas terrible a c a s o ,
El orgullo se a g i t a ,
Fué el e s t r a g o y l a r u i n a
De tal m o d o a t o r m é n t a l e el d e s p e c h o ,
Que señaló d e R o d o m o n t e el P a s 0 ;
Por m e d i o al c u e r p o á q u i n c e o a v e i n t e ti u n c a , Que r e t o r n a r á la c i u d a d m e d i t a
A otros tantos cercena la cabeza, A a r r a n c a r d e s u s m u r o s los c i m i e n t o s
Sin q u e p o r c o n s u m a r t a n t a p r o e z a Y á esparcir s u s cenizas á los v i e n t o s .
T e n g a que dar s e g u n d o golpe n u n c a . Mas á a u m e n t a r la cuita q u e le aflige
Y . c u b i e r t o de s a n g r e , y e n p e d a z o s Se a c e r c a , p o r la orilla, u n p e r s o n a j e
De q u i e n e n b r e v e os h a b l a r é . Ya dije
P o r el c a m p o e s p a r c i e n d o
C u a l , e m p r e n d i e n d o la Discordia el v i a j e ,
Las c a b e z a s , los t r o n c o s y l o , b r a z o s ,
Al c a m p o d e A g r a m a n t e se d i r i g e .
Su c a m i n o va i m p á v i d o s i g u i e n d o
Por medio d é l a hueste numerosa A su pérfida a m i g a e n c o m e n d a n d o
Q u e , en audacia su m i e d o convirt.en o , Que atice el f u e g o q u e e n s u s c l a u s t r o s a r d e ,
Le p e r s i g u e , m o l é s t a l e y a c o s a . P a r t e p u e s del c o n v e n t o a q u e l l a t a r d e ;
Cual fiera q u e del Atlas p e r s e g u i d a Y luego, no dudando
E n l a s s e l v a s , t o r n a n d o á su g u a r i d a , C u a n t o serle útil la Soberbia p u e d e ,
Las m e l e n a s e r i z a y a m e n a z a Marcha en su b u s c a . A a c o m p a ñ a r l e a c c e d e
A cuantos le dan c a z a , E l l a , á la Hipocresía
No de o t r o m o d o , h i r i e n d o y a m a g a n d o , D e j a n d o e n s u l u g a r . En c o m p a ñ í a
\ n t e la t u r b a el m o r o s e r e p l i e g a , De la S o b e r b i a la Discordia a n d a n d o
H a s t a q u e al sitio llega
ORLANDO FURIOSO.
310

OC los zelos encuentra-al


Que va también al campo d e Agramante.
A su lado venia . fp
Un e n a n o , con quien al regio amante
Nuevas la bella Doralice e n v í a ,
Rogándole q u e venga sm tardanza
A recabar de su raptor venganza.
La causa o y e n d o que al enano g u i a ,
Se llena la Discordia de alegría,
Y n r e s t o , persuadida d e q u e en vano
Se esforzara en buscar pretexto alguno
Mas b r e v e y oportuno
De enemistar al hijo de Agricano
Y al feroz R o d o m o n t e ,
Con el enano p a r t e , y llega a Sena
Cuando tocaba el rey de Argel^su arena.
E s t e , no bien de su adorada amiga
Reconoce al exiguo m e n s a j e r o ,
Su faz s e r e n a , su furor mitiga,
A su alma torna su valor primero
Hácia el enano en acorrer n o t a r d a ,
Y á mil leguas distante
D e s o s p e c h a r el golpe que ' e . ^
((¿Dónde e s t á , , grita, "
« Dime ¿ no es ella la q u e ^ ^
» _ N o es tu señora ni señora m í a , -
Di e él « l a que hoy bajo otro yugo g - m e ;
« Q u e aver un caballero tu enemigo
« N o s la robó y se l a l l e v o consigo.»
Del corazon del r e y , á tal a n u n c i o ,
El áspid de los zelos * e a p o d e r a ,
Y d e la dama el nuncio
Le relata la historia lastimera. Rodomonte deja Paris 310
El eslabón de acero sobre el sílex
La Discordia agitando sin t a r d a n a t .
Saltar hace la chispa, á cuyo luego
La yesca arrima la Soberbia luego ,
Y e n c e n d i d a , la lanza
En el pecho del m o r o , cuyos zelos
A la tierra amenazan y á los cielos.
Cual onza q u e , privada de s u s h i j o s ,
Con desvelos prolijos
Buscándolos, registra el m o n t e , el rio,
Y ansiosa del r a p t o r la huella s i g u e ,
Sin q u e lluvia, ni v i e n t o , s o l , ni f r i ó ,
Su incierto viaje á s u s p e n d e r le o b l i g u e ;
A s í , b r a m a n d o el sarraceno a l t i v o ,
Y d e n a n o v o l v i é n d o s e , le dice :
« En busca de mi cara Doralice
« Conmigo v e n ; » y s o l o , y p r e p a r a d o
A conquistar de b u e n o ó de mal g r a d o
El p r i m e r palafrén q u e se p r e s e n t e ,
A pié parte lijero cual s e r p i e n t e
Q u e , la sombra b u s c a n d o e n t r e la y e r b a ,
Un s e n d e r o traspasa
C u a n d o el rayo del sol la tierra abrasa.
Su triste estado la Discordia advierte
Y á la Soberbia, s o n r i e n d o , dice :
« Pues q u e tal es su a f a n , fuerza e s , a m i g a ,
« Hacer á todo trance
«Q u e , sin n u e v a s q u e r e l l a s , no lo alcance.
«Del r u m b o , p u e s , q u e siga
«Todo b r u t o a l e j e m o s , c u y o dnefto
«No p u e d a c o n t r a s t a r su a u d a z e m p e ñ o . »
Quien fuese este diré; m a s o r a es fuerza
Que hacia el rey Carlos mi atención s e t u e r z a .
Viendo al m o r o partir, viendo a p a g a d o
El fuego q u e á s u corte c o n s u m i a ,
En d a r ó r d e n e s Carlos o c u p a d o ,
A r e f o r z a r algún endeble p u e s t o
De s u s g u e r r e r o s una p a r t e e n v i a ,
Mandando q u e á a t a c a r se-apronte el r e s t o ,
Y q u e , d e ' S a n ' C e r m a n y de San Víctor
Por las p u e r t a s s a l i e n d o , á u n i r s e vaya
En la vasta llanura do sus vistas
El arrabal de San Marcelo explaya.
ORLANDO FURIOSO. CANTO XVIII.

P a r a el c o m b a t e allí v i é n d o l a s l i s t a s , Reinaldo e n e s t o , h u e s t e s d i s p e r s a n d o
A s u s h u e s t e s a n i m a , las o r d e n a Y d e vivos vacía
Y les m a n d a e m b e s t i r á la a g a r e n a . La tierra dél e n r e d e d o r d e j a n d o .
Su a r z ó n e n e s t o el hijo d e T r a y a n o El v a l i e n t e L u r c a n i o , el b u e n Z e r b i n o
R e c o b r a n d o á despecho del cristiano, En valor y e n e s f u e r z o c o m p e t í a n ,
Combate con Zerbino. Y al T á r t a r o p r o f u n d o ,
Sus a r m a s m i d e c o n el r e y S o b r i n o Heridos por sus m a n o s , descendían
El v a l i e n t e L u r c a n i o , y c o n s u a c e r o Balastro y F i n a d u r , j e f e el p r i m e r o
El p a l a d í n d e M o n t a l b a n e n f u g a De las t r o p a s d e A l z e r b e , y el s e g u n d o
O en trizas pone u n escuadrón entero. De las d e Fez y d e M a r r u e c o s . P e r o
S e g u i d o d e u n a escolta n u m e r o s a Se m e dirá : ¿No h a y p o r v e n t u r a u n m o r o
De á c a b a l l o y á p i é , y á l o s a c e n t o s Q u e las a r m a s m a n e j e sin d e s d o r o ?
S í , sí los h a y . Mirad á a q u e l m a n c e b o ,
De m i l e s t r e p i t o s o s i n s t r u m e n t o s ,
Al n o b l e D a r d i n e l o , hijo d e A l m o n t e
C a r l o s e n t a n t o p o r la o p u e s t a p a r t e
Q u e d e Z ú m a r a es r e y . Delfin d e l M o n t e ,
La r e t a g u a r d i a d e M a r s i h o a c o s a
Claudio d e l B o s q u e , U b e r t o d e M i s f o r d i a ,
Y d e E s p a ñ a á la g e n t e belicosa
Miden la t i e r r a á i m p u l s o d e s u l a n z a .
Que está formada en torno a su estandarte.
De su a c e r o la i n d ó m i t a p u j a n z a
' R e p l e g a b a n las h u e s t e s d e A g r a m a n t e
A Ellíot, á A n s e l m o d e S t r a t f o r t d e r r i b a ,
Y p o r s i e m p r e j a m a s se d i s p e r s a r a n ,
Si e n e s t e i n s t a n t e al c a m p o n o l l e g a r a n Y á R a i m u n d o el inglés y á P i n a m o n t e .
De vida á c u a t r o d e estos j e f e s p r i v a ;
Grandonio, Serpentino, Balugante
Y F e r r a g u t , q u e , con bramidos ñ e r o s , Al q u i n t o d e j a h e r i d o ;
« ¿ Adonde vais, » gritaba, « compañeros. A los d e m á s p r i v a d o s d e s e n t i d o .
« A v u e s t r a s filas r e t o r n a d , y n a d a Mas n o p u e d e d e u n h o m b r e a i s l a d o el celo
« T e m á i s d e e s a canalla b a u t i z a d a . Reforzar á u n ejército cobarde ,
« P o r v u e s t r o h o n o r m i r a d ; m i r a d el p r e m i o Ni al s u y o p u e d e el b r a v o Dardinelo
« Q u e , si v e n c e i s , os g u a r d a l a f o r t u n a ; H a c e r q u e firme a g u a r d e
« La i g n o m i n i a t e m e d y el d u r o a p r e m i o Al c r i s t i a n o , q u e e n n ú m e r o l e c e d e ,
« En que tendréis que suspirar c a u t n o s Mas q u e e n pericia y e n valor le e x c e d e .
« Si e n p o d e r del cristiano q u e d á i s v i v o s . » Los d e Z ú m a r a p u e s , los d e C a n a r i a s
Así d i c i e n d o , y e m p u ñ a n d o u n a s t a , Con los d e T á n g e r y d e C e u t a h u i a n ,
Corre hácia Berenguer, de quien en vano Y á las d e A l z e r b e , e n t r e estas h u e s t e s v a r i a s ,
A r g a l i f a la cólera c o n t r a s t a . Su t e m o r y d e s o r d e n d i s t i n g u í a n .
Y e l m o y cabeza r o m p e el y e r r o i n s a n o , D a r d i n e l o , o p o n i é n d o s e á su p a s o ,
Q u e e n t i e r r a lo d e r r i b a , y al i m p u l s o O r a c o n r u e g o s , o r a con voz d u r a ,
D e o t r o s diez golpes fieros Á n i m o e n ellos i n f u n d i r p r o c u r a .
S u c u m b e n otros tantos caballeros. « Si el r e c u e r d o del p a d r e , » l e s d e c í a ,
E s t r a g o i g u a l p o r o t r a p a r t e hacia « Q u e e s t a r d e b i e r a e n v u e s t r a s a l m a s fijo,
T. I. 14
CANTO XVIFI.
ORLANDO FURIOSO. 315
La s u e r t e . Dardinelo alza la l a n z a ,
« No o s m u e v e á h a c e r v u e s t r o d e b e r , e s p e r o
Y, r e s p i r a n d o c ó l e r a y v e n g a n z a ,
« Que e n p e l i g r o tan fiero
A Mahoma p r o m e t e
« No n e g a r é i s v u e s t r o s o c o r r o al r u j o ,
Q u e , si el t r u n f o en la-lid le facilita ,
A quien siempre colmasteis de alabanza,
Colgará en su m e z q u i t a
« en quien fundabais tantas esperanzas.
Y
Las a r m a s d e Lurcanio c o n s u a l m e t e ;
« D e t e n e o s , p o r D i o s , si p a r a s i e m p r e
Y lleno d e tal cólera le a t a c a ,
« No q u e r e i s d e s u s a n g r e m a s p r e c i o s a
Que el h i e r r o c o n q u e h i e r e p o r el p e c h o ,
« A l África p r i v a r . P o r d o n d e q u i e r a
E n s a n g r e n t a d o p o r la e s p a l d a saca.
« Obstáculos, barrera
Muerto L u r c a n i o , o r d e n a
«Hallaréis, y atajados
Que las a r m a s le q u i t e n . D e A r i o d a n t e
« LOS c a m i n o s al v e r o s d i s p e r s a d o
No e s posible e x p r e s a r cual f u é la p e n a
« N u e s t r o r e c u r s o e s el valor. ¿No tiene
Ni c u a n t o f u é su a n h e l o
« P o r ventura, decid, cada numida
De m a n d a r al infierno á Dardinelo.
« Un c o r a z o n , u n a l m a y u n a vida_
E n v a n o , e m p e r o , p o r llegar ansia
Así d i c i e n d o , c o n s u l a n z a f u e r t e
Hacia e s t e , q u e t a m b i é n le desafia ;
Al b r a v o c o n d e d e O t o n l e y da m u e r t e
Que en c o n f u s o t r o p e l á los c r i s t i a n o s
Al r e c u e r d o efe A l m o n t e , e n c a d a p e c h o
Mezclándose los g r u p o s s a r r a c e n o s ,
N u e v o e n t u s i a s m o s ú b i t o se e n c i e n d e ,
Venir n o Ies p e r m i t e n á las m a n o s .
Y c a d a c u a l del b a n d o q u e d e f i e n d e
Sus a r m a s y su a r d o r v u e l v e e n p r o v e c h o . En balde el u n o f r a n c o s y b r i t a n o s ,
Al d e B w n l c k , q u e u n p a l m o e n c o r p u l e n c i a En v a n o el o t r o infieles d e s b a r a t a ;
A los d e m á s l l e v a b a , Dardinelo Q u e al paladín d e Montalban el c i e l o ,
Con s u e s p a d a c o r t ó l a d i f e r e n c i a ; Cuya es la triste h u m a n i d a d e s c l a v a ,
La gloria r e s e r v a b a
R o d a r hizo e n el s u e l o
De d a r la m u e r t e al b r a v o D a r d i n e l o .
De \ r i m a n d e C o r n u a l l e s la c a b e z a ,
Y á su h e r m a n o , q u e v i n o á s u s o c o r r o , Mas t i e m p o es ya d e q u e , a q u í d a n d o p u n t o
A los gloriosos h e c h o s del P o n i e n t e ,
Con el h i e r r o h o m i c i d a
De p a r t e á p a r t e a t r a v e s ó e n s e g u i d a . Cambie, señor, de asunto,
V vuelva hacia Grifón , á q u i e n h a poco
l a v i d a el t r i s t e Bogio d e V e r g a l a
Dejé l u c h a n d o c o n t r a aquella g e n t e ,
De o t r o g o l p e c r u e l á i m p u l s o e x h a l a ,
A c u y a s v o c e s vino
Y asi d e l j u r a m e n t o
Con g r u e s a h u e s t e a r m a d a N o r a d i n o .
H e c h o á su c a r a e s p o s a q u e d a e x e n t o
Con pena ve e s t e p r í n c i p e el d e s o r d e n
' No lejos d e é l , el m u s u l m á n a d v i e r t e
Que al p u e b l o t o d o a t e r r a y d e s c o n c i e r t a ;
A Lurcanio gallardo,
V, allí l l e g a n d o con los s u y o s , o r d e n
Q u e á D o r q n i n o y á G a r d o da a m u e r t e .
Da de q u e se a b r a sin t a r d a r la p u e r t a .
P o r evitar su f u r i a , u n golpe Alfeo
De aquella g e n t e e n t a n t o
Recibe atroz que f r u s t r a su deseo
Al ver d e e s t e m a n c e b o , q u e l e e s c a s o , Viendo Grifón la r u i n a y e! e s p a n t o ,
Contra el etrusco b a n d o ;
A ceñir va las a r m a s con q u e piensa Mas, t e m i e n d o p o r é l , y el alma llena
( B i e n q u e cubiertas de baldón e t e r n o ) De noble y g e n e r o s o s e n t i m i e n t o ,
P r o l o n g a r algún tiempo su d e f e n s a ; La lucha s u s p e n d e r al p u n t o o r d e n a .
Y, r e s g u a r d a d o p o r el m u r o e x t e r n o La su d e s n u d a y d e s a r m a d a m a n o ,
De u n templo circundado p o r el f o s o , De paz y d e amistad emblema a u g u s t o ,
Se d e f i e n d e animoso. Tendiendo entonces á Grifón : « I n j u s t o ,
De e n e m i g o s , e n e s t o , u n n u e v o g r u p o « Injusto fui para c o n v o s , » le dice :
Acude allí; G r i f ó n , q u e n u n c a s u p o « Un engaño infelice,
Qué es t e m o r , de esa c h u s m a n o se e s p a n t a , « Consejeros fatales m e o f u s c a r o n .
Antes audaz hacia ella se a d e l a n t a , « Y al varón mas intrépido y m a s noble
Y, su e s p a d a á d o s m a n o s e s g r i m i e n d o ,
« Como al ente m a s vil m e p r e s e n t a r o n .
Hace e n las filas u n d e s t r o z o h o r r e n d o .
« Vuestro valor la a f r e n t a y el d e n u e s t o
Si la t u r b a le a c o s a , t o r n a al p u e n t e ; « Lavo, s e ñ o r , q u e mi ignorancia os hizo
De n u e v o l u e g o á la calzada s a l e ; « Y q u e yo á r e p a r a r estoy dispuesto
Y n o sale u n a vez q u e su salida « Con c u a n t o valgo y soy. ¿Quereis r i q u e z a s ,
Con n u e v a m o r t a n d a d n o se señale. « Tierras, h o n o r e s , villas, fortalezas?
De f r e n t e y de r e v e s , de t a j o y p u n t a , « De c u a n t o yo dispongo
I n f a n t e s y caballos d e r r i b a n d o , « Hoy la mitad á v u e s t r a s plantas p o n g o .
Hiere sin d e s c a n s a r ; m a s , n u e v a gente « Con mí afecto c o n t a d ; y q u e ese brazo ,
Al ver q u e dél en d e r r e d o r se j u n t a , « De e t e r n a unión e n p r e n d a ,
Grave riesgo b a r r u n t a
« La victoriosa m a n o aquí m e tienda. »
E n luchar solo c o n t r a tal t o r r e n t e ,
Dice; y s a l t a n d o del c o r c e l , la diestra
Falto d e f u e r z a , r e s p i r a n d o a p é n a s ,
P r e s e n t a al p a l a d í n , á quien a d m i r a
Y p o r el h o m b r o y p o r el muslo heridos
La f r a n q u e z a cordial q u e el rev le m u e s l r a .
P e r d i e n d o ya la s a n g r e de sus venas.
Al mirarle llegar, la espada y la ira
Mas al valor y á la v i r t u d es r a r o Depone, y, baja la soberbia f r e n t e ,
Que deje el cielo de p r e s t a r su a m p a r o , Al rey las plantas besa h u m i l d e m e n t e .
N o r a d i n o , acudiendo Cuando la s a n g r e Noradino n o t a
E n medio del tropel hacia la p u e r t a , Que de las llagas del g u e r r e r o b r o t a ,
L a gente vió q u e m u e r t a A sus gentes o r d e n a q u e al palacio
E n el c a m p o y a c i a , y con su m a n o
^ Con e s m e r o lo lleven y despacio.
Las h e r i d a s m i d i e n d o ,
Herido allí d u r a n t e
Dignas del brio de Héctor el T r o v a n o ,
Algunos dias p e r m a n e c e , en tanto
Conoció c o n pesar lo i n j u s t a m e n t e
Que buscándole Astolfo y Aquilante,
Que ultrajara á u n g u e r r e r o tan valiente.
De Palestina el territorio santo
Acercándose l u e g o , el m u r o advierte Recorriendo y los templos de S o l i m a ,
Que en t o r n o de Grifón alzó la m u e r t e ,
Parten tal vez á m a s r e m o t o clima.
Y á Horacio piensa v e r , solo, l u c h a n d o
De la ciudad á las murallas llega.
N u e v a s , e m p e r o , ni u n o ni o t r o o b t i e n e , Decir escucha allí q u e con la aleve
Cuando á dárselas v i e n e Partió Marta no hácia Damasco, en d o n d e
El griego p e r e g r i n o Brillante fiesta celebrarse debe.
Que les n a r r ó c o m o e n c o n t r a d o h a b í a , Cierto, esta nueva o y e n d o , q u e su h e r m a n o
Viniendo de A n t i o q u i a , En seguimiento del r a p t o r corría
Al galan v á Origile en su camino. Por ir tras de Martano,
Pregúntale Aquilante si de a q u e s t o Parte de la ciudad el mismo dia
A Grifón dió noticia •, y e s c u c h a n d o Y hácia Lidia y Larisa ,
Que s i , la causa p r e s t o Por tierra c a m i n a n d o ,
De la partida de su h e r m a n o alcanza. La h e r m o s a Alepo tras d e sí divisa.
Por recabar v e n g a n z a Ei Señor, p o r m o s t r a r q u e , s i e m p r e amigo
No d u d a q u e el a m o r s u s pasos m u e v e Del b u e n o , al malo da siempre c a s t i g o ,
Hacia Antioquia en b u s c a del aleve. A una legua de Mámuga le guia
Hacia allí, p u e s , s u s a r m a s r e v i s t i e n d o , A topar con Martano
A p a r t i r al i n s t a n t e Que de Damasco, u f a n o
Se dispone A q u i l a n t e , no q u e r i e n d o Con los trofeos de la lid , venia.
Que s o l o , en tal c a m i n o , Las a r m a s y la blanca vestidura
Se a b a n d o n e Grifón á su d e s t i n o : Aquilante al mirar q u e el vil o s t e n t a ,
Y, al d u q u e Astolfo p o r favor pidiendo C o r r e , c r e y e n d o q u e es G r i f ó n ; m a s p r e s t o
Que su viaje r e t a r d e , Su triste e r r o r advierte.
Y q u e en Solima h a s t a su vuelta a g u a r d e , Cambiando, p u e s , de p e n s a m i e n t o y g e s t o ,
Baja á Zafa y e m b á r c a s e ; esta siendo Y algo tal vez t e m i e n d o de funesto':
La mas directa y la m a s fácil vía « Dime, l a d r ó n , » le g r i t a , « ¿de q u é s u e r t e
Desde Jerusalen h a s t a Antioquia. « Adquiriste esas a r m a s ? ¿por q u é acaso
Impelido el bajel p o r el Siroco, « Ese lujoso arzón tu p e s o o p r i m e ?
Ve la tierra del Sur al sol siguiente-, « ¿Qué es d e mi h e r m a n o ? d i m e .
Llega á Jafet á p o c o ; « ¿Porqué de ese bridón no rige el p a s o ? »
Pasa á Beyrut y á Gibeli, y d e j a n d o Esto ovendo Origile, vuelve el f r e n o
A Chipre hacia el P o n i e n t e , Y h u y e veloz. Tras ella
A Tortosa d e T r í p o l i , y á L e z a , P a r t e A q u i l a n t e ; alcánzala, y , de b u e n o
Y al golfo d e L a y a d o se e n d e r e z a . O de mal g r a d o , logra detenella.
Desde allí hacia L e v a n t e el m a r i n e r o Pálido entonces hácia el h é r o e viene
Vuelve la proa á su b a j e l l i j e r o , Martano sin a l i e n t o ,
Y, a p r o v e c h a n d o la ocasion , p r o c u r a Trémulo m a s q u e débil hoja al viento.
Del O r o n t e g a n a r la e m b o c a d u r a . Aquilante colérico le g r i t a ,
E n t r a n d o en él s o b r e el corcel p u j a n t e , Y, agitando la e s p a d a ,
Salta á tierra A q u i l a n t e , Dar m u e r t e á los dos cómplices m e d i t a
Y siguiendo su v e g a ,

i
1
CANTO XVIII.

Que en sus alas veloces


Si es la verdad por ellos recatada.
La fama e s p a r c e , escucha enajenado.
Mariano, á quien su situación ofusca, De boca en boca la noticia anduvo
De atenuar su maldad un medio busca. De q u e Grifón fué el ínclito g u e r r e r o
S e » le dice, « q u e mi h e r m a n a es esta. Que con tanto tesón la lid s o s t u v o ,
« Que el ser de buena y noble gente tuvo. Y á quien f u é por Martano arrebatada
I Maguer q u e u n tiempo e n vida deshonesta La gloria de esta célebre j o r n a d a .
« Por t u h e r m a n o Grifón sumida e s t u v o , Con el d e d o la p l e b e ,
« Tal m e n g u a soportar yo n o p u d i e n d o , Reconociendo al impostor, señala.
« ¡Ni fuerza en mí sintiendo « ¿Es e s e , » dicen u n o s , « el aleve
« p a r a luchar contra Grifón, la idea « Que á disfrazar se a t r e v e
« De obtener sin pelea « La infamia propia bajo ajena gala?
« Mi objeto m e p r o p u s e . Decidida « Y esa ¿ n o es la m u j e r q u e d e s d e ñ a n d o
« A dejar d e u n a vez tan torpe v i d a , « La pasión de Grifón, haciendo alarde
« Me declara Origile « Va del amor q u e inspira á ese cobarde?
« Que separarse intenta de su d u e ñ o « — Tal para cual,» exclaman o t r o s ; « q u e m a , »
« Miéntras este entregado se halle al sueno. « Gritan o t r o s ; » empala, descuartiza,
« Yo su designio a p r u e b o , « Cuelga, cuelga al t r a i d o r , » aquellos gritan.
« Y á fin q u e de Grifón al apetito Y todos, fulminando su a n a t e m a ,
« No q u e d e expuesta esta infeliz de n u e v o , E n la plaza tras él se precipitan.
« Su caballo y sus a r m a s yo le quito.
De m u y pocos s e g u i d o , hácia Aquilante
« E s t e , señor, es todo mi delito. » Alegre el rey desde el palacio c o r r e .
Hábil era el a r d i d , q u e hasta explicaba Con bondoso semblante
El h u r t o de las armas del g u e r r e r o . Le recibe y le a b r a z a ; en u n a t o r r e
Justificar e m p e r o Poner al punto á los malvados h a c e ,
No p u d o el parentesco con la d a m a ; Y al sitio se dirige
P u e s sabiendo Aquilante por la fama Donde herido Grifón ha tiempo y a c e ,
Que era el tal parentesco una m e n t i r a , Y sobre el lecho del dolor se aflige.
« Mientes, ladrón , » le d i c e , ardiendo en i r a , Aquilante un m o m e n t o se complace
Y le da con el puño un golpe fiero En hablar á Grifón de su batalla;
Que dos dientes le arroja al tragadero. Mas este atento á vindicar su o f e n s a ,
Agárralo en s e g u i d a , con un cable Su furia aplaca y en sus zelos piensa.
Ambos brazos le liga, é inexorable Aquilante y el rey d u r a condena
Con él atando á la falaz manceba Quieren q u e en imponer no se vacile;
P o r ciudades y villas se los lleva, Mas, movido á piedad por Origile ,
Dispuesto á recorrer de aqueste m o d o , Grifón desea aminorar la p e n a ,
Hasta hallar á Grifón, el orbe todo. Y hasta excusas e x p o n e
Así llega á Damasco, acompañado Porque á los dos malvados se p e r d o n e .
De n u m e r o s o séquito. Las voces 14.
3 22 OR-LANBO FURIOSO.

El r e y , p o n i e n d o fin á este d e b a t e ,
Manda q u e del v e r d u g o p o r la m a n o
Sea azotado e n p ú b l i c o Martano.
De e s q u i n a , p u e s , lo llevan en esquina
Así q u e v e n la l u m b r e m a t u t i n a .
El fallo, e m p e r o , de la infiel d i f i e r e n ,
Que someterlo q u i e r e n
A la opinion y al juicio de Lucina.
Consolarse el m o n a r c a no podia
De haber h e c h o á Grifón t a m a ñ a o f e n s a ,
Y d e n o c h e y d e dia
Un medio d i s c u r r í a
De otorgarle m e r c e d y r e c o m p e n s a .
Con este fin, a n u n c i a
Que al m e s s i g u i e n t e á celebrar se apresta
Otra mas n o b l e y m a s brillante fiesta,
En q u e á e n t r e g a r al h é r o e se p r e p a r a
El p r e m i o q u e u n traidor le a r r e b a t a r a .
Rápida esta noticia
P o r toda Siria c u n d e y p o r Fenicia.
Oyéndola en el s u e l o Palestino
El d u q u e A s t o l f o , en ir allá convino
Con el j o v e n é ilustre S a n s o n e t o ,
A quien dió el a g u a del bautismo Orlando
Y Cárlos dió d e Palestina el m a n d o .
Su viaje d i s p o n i e n d o ,
Parten los d o s h a c i a Damasco , haciendo
Cortas j o r n a d a s ; p u e s , a u n m a s q u e p r o n t o ,
El llegar d e s c a n s a d o s les i m p o r t a .
P a s a n d o u n dia así por un p a r a j e
Donde otra s e n d a á la q u e siguen c o r t a ,
Una persona v i e r o n que en su t r a j e
Y e n su a d e m a n , u n h o m b r e parecía,
Siendo m u j e r y de alta n o m b r a d l a .
Marfisa esta doncella se l l a m a b a ,
J o v e n , noble y valiente ,
Que del h é r o e d e Amon y del de Brava
Hizo mas de u n a vez sudar la frente.
B u s c a n d o , s i e m p r e a r m a d a , iba aventuras
Con q u e dejar atónitas pensaba
Las edades p r e s e n t e s y f u t u r a s .
Así no b i e n , á Astolfo y Sansoneto
Viendo a c e r c a r s e , n o t a
Su altivo aspecto y su robusta c o t a ,
De su valor los juzga digno o b j e t o .
Y relajando á su corcel la rienda
Hácia ellos c o r r e y los provoca á duelo.
Mas antes h a c e , p o r f o r t u n a , el cielo
Que ella la vista s o b r e Astolfo tienda.
La d a m a reconócele al i n s t a n t e ,
Y c u a n t o hizo por ella r e c o r d a n d o ,
Su cólera o l v i d a n d o , la visera
Alza, y libre del g u a n t e
Su m a n o tiende y tiéndele los brazos.
De gozo el uno y o t r o p a l p i t a n t e ,
Estréchanse con férvidos a b r a z o s ;
Y ansiosos p r e g u n t á n d o s e en s e g u i d a
La causa cada cual de su v e n i d a ,
A la doncella el paladín refiere
Que asistir es su intento á una gran fiesta,
A q u e convida el rey á los g u e r r e r o s
Que p r o b a r allí quieran sus aceros.
Marfisa, á combatir s i e m p r e d i s p u e s t a .
A seguir a estos j ó v e n e s se a p r e s t a ;
Y de ellos no f u é poca la alegría
Al v e r s e en tan ilustre c o m p a ñ í a .
J u n t o s los t r e s á la ciudad llegaron
La víspera del día
Que aquella fiesta iluminar debia.
De Damasco á las p u e r t a s se alojaron
E n c u e n t r o d e M a r f i s a , Astolfo y S a n s o n e t o . (T. I , p . 3 2 3 . Ì
En humilde p o s a d a , d o n d e al s u e ñ o .
Mejor q u e en regio alcázar, se e n t r e g a r o n .
La bella a u r o r a , á su caduco d u e ñ o
D e s p e r t a n d o , alegraba
La tierra ya con su fulgor r i s u e ñ o ,
Cuando la virgen y los dos g u e r r e r o s
Se l e v a n t a n , se a d o r n a n Apoderarse della
Y á la ciudad d e s p a c h a n m e n s a j e r o s , Resuelve la m a g n á n i m a doncella.
Que con la n u e v a t o r n a n La m a n o , p u e s , con b r u s c o m o v i m i e n t o
De q u e el rey e n el sitio designado Tiende, y sin m i r a m i e n t o ,
Para la lid ya e s t a b a colocado. En su prisa e x c e s i v a ,
Sin m a s t a r d a r , d i r i g e n su c a r r e r a Mas de una pieza a n t e sus pies d e r r i b a .
Por la calle m a y o r á la gran plaza Ofendido el m o n a r c a
Donde , a r m a d o d e aliento y de c o r a z a , De desacato t a l , la ceja enarca.
T a n t o g u e r r e r o la s e ñ a l espera. A esta s e ñ a l , agólpase al instante
No d u d a n d o el b u e n rey q u e la victoria En torno de la virgen a r r o g a n t e
Obtenga en este el b r a v o caballero La m u l t i t u d , q u e , á c o m b a t i r d i s p u e s t a ,
Que e n el lance p r i m e r o Olvidó ya sin d u d a lo q u e cuesta
Sus blancas a r m a s c o r o n ó de g l o r i a , Acometer á u n caballero a n d a n t e .
Y ansioso de p o d e r r e c o m p e n s a l l o No e x p e r i m e n t a igual placer el niño
Cual su valor y e s f u e r z o lo m e r e c e , Que en la bella estación trisca e n t r e llores,
De la o t r a lid u n i r al premio o f r e c e Ni la beldad o r n a d a con aliño
Un p u ñ a l y u n a m a z a De u n baile e n t r e los plácidos c l a m o r e s ,
De p i e d r a s g u a r n e c i d o r i c a m e n t e , Al q u e la virgen f u e r t e
Y u n soberbio c a b a l l o , Siente en medio á los bélicos f u r o r e s ,
Digno d o n de u n m o n a r c a del Oriente. En m e d i o d e la s a n g r e y de la m u e r t e .
Con el puñal c o l g a d o á la c i n t u r a , En su bridón impávida se a v a n z a ,
Hace el rey colocar j u n t o á su grada Y e n r i s t r a n d o su l a n z a ,
La preciosa a r m a d u r a Con ella ataca á c u a n t o s ve p r i m e r o .
Por el vil á Grifón a r r e b a t a d a , Despues saca el a c e r o ,
Y del arzón del b r u t o Y hiere y r o m p e y m a t a , y e n pedazos
La m a z a s u s p e n d e r , p o r q u e así logre Hace saltar los muslos y los brazos.
De su doble victoria el doble f r u t o . Bien q u e del d u q u e inglés y Sansoneto
¡Incauto! no previa Otro f u e s e el o b j e t o
La resistencia q u e e n c o n t r a r d e b í a ! Al revestir aquella vez la malla ,
No bien colgadas j u n t o al rey divisa Con s e m b l a n t e s e r e n o
La célebre Marfisa No p u e d e n v e r t r a b a r s e esta b a t a l l a ,
Aquellas bellas a r m a s , r e c o n o c e Y , a r r o j á n d o s e en m e d i o á la canalla,
La a r m a d u r a p o r ella abandonada Con la lanza y la espada á u n t i e m p o hieren
En u n c a m i n o , c u a n d o ardiente anhelo Y victoriosos van por d o n d e q u i e r e n .
De r e c o b r a r su e s p a d a Al yer el j u e g o c o n v e r t i d o en g u e r r a ,
La hizo c o r r e r t r a s del ladrón Brúñelo. De q u e la causa m u c h o s i g n o r a b a n ,
Mas ¿á qué r e f e r i r esta a v e n t u r a ? Atónitos e s t a b a n
Baste d e c i r q u e , v i e n d o su a r m a d u r a , Tantos g u e r r e r o s de distinta tierra
Tras de Aquilante y de Grifón camina
Que allí,dispuestos á l i d i a r , s e hallaban.
El rey, en tanto q u e , ávida de ruina
De estos a l g u n o s , q u e al s o c o r r o vienen
La canalla insensata
De la c h u s m a , bien presto
« Mata, » le grita d e s d e l e j o s , « m a t a . »
Grave ocasion de a r r e p e n t i r s e t i e n e n ;
Grifón en esto s o b r e el p u e n t e Ile^a
Por p o n e r fin á j u e g o tan f u n e s t o
Y del b r i t a n o advierte
Otros s e e s f u e r z a n , y o t r o s , mas p r u d e n t e s ,
Las a r m a s con q u e á Orrilo dió la m u e r t e .
Los m i r a n combatir indiferentes.
En el c a m p o sin d u d a
Mas no ser de este n ú m e r o podían No las m i r ó con a t e n c i ó n ; a g o r a
Aquilante y G r i f ó n , q u e de la furia Las v e ; c o n o c e al h é r o e , le s a l u d a ,
Del m o n a r c a la causa conocían. E , i n f o r m á n d o s e luego de la s u e r t e
P o r p r o p i a aquella injuria Que á sus valientes c o m p a ñ e r o s c u p o
T o m a n d o cada c u a l , ase su lanza Le p r e g u n t a p o r q u é la i r r e v e r e n c i a
Y al c a m p o viene ansioso de venganza. El u n o dellos c o m e t i d o habia
Delante á los d e m á s p o r la otra parte De a r r a n c a r , del m o n a r c a en la presencia,
Iba Astolfo m o n t a d o e n Rabicano , Las a r m a s del p a d r ó n . De todo aquello
Blandiendo siempre en su derecha m a n o Que es a s u s c o m p a ñ e r o s relativo
La lanza q u e abatir pudiera á Marte. Da n u e v a s á Grifón el de I n g l a t e r r a ;
Con su h e r m a n o en el acto Mas de su p o r t e en la r e c i e n t e g u e r r a
Viene á tierra Grifón á su c o n t a c t o , Alegar n u n c a p u d o o t r o m o t i v o
En t a n t o q u e á los h é r o e s de m a s nota Sino q u e , a c o m p a ñ a n d o á la doncella,
P o n e e n terrible aprieto Debió a b r a z a r su causa en la querella
El intrépido y fuerte Sansoneto.
Llega e n e s t o Aquilante;
El p u e b l o , en fin, la valla viendo r o t a ,
^ á Astolfo p o r su voz r e c o n o c i e n d o ,
En tropel s e r e t i r a ,
De su s e m b l a n t e m u d a
Y el r e y , a r d i e n d o de i r a ,
En gesto afable la expresión s a ñ u d a .
Salir v e d e la plaza
Muchas g e n t e s despues allí v i n i e n d o .
A la bella Marfisa, q u e su nueva
Hacia los h é r o e s avanzar n o osaban
Y s u antigua coraza
Y de lejos su plática e s c u c h a b a n ,
Hacia su a l b e r g u e victoriosa lleva.
Cuando un s o l d a d o , o y e n d o
Síguenle el d u q u e y S a n s o n e t o , en t a n t o
Que Grifón y A q u i l a n t e , su accidente Que era la n o b l e é i n t r é p i d a Marfisa
Ante el rey d e p l o r a n d o , apena o s a b a n , Quien del p a d r ó n arrebató las a r m a s ,
A v e r g o n z a d o s , levantar la f r e n t e . Corre al r e y , se lo avisa
Alzanla al fin y m o n t a n sus caballos, Y le encarga no vuelva
Y, en sí bien p r o n t o v u e l t o s , Su cólera á irritar, c o m o le importe
Con n u e v o a r d o r empiezan á aguijallos. Viva á su lado c o n s e r v a r su corte.
Con u n a infinidad de s u s vasallos, Tan temido en Oriente
A alcanzar gloria ó á morir r e s u e l t o s . Fué s i e m p r e el n o m b r e d e esta virgen r a r a ,
CANTO X V I I I .

Mas Marfisa, p e n s a n d o q u e 110 es j u s t o


Que m a s de u n paladín n o b l e y v a l i e n t e . Que sola así todo el h o n o r se l l e v e ,
Aun de léjos o y é n d o l o , t e m b l a r a . Hacia Grifón se llega
Tiembla p u e s Noradíno, y á su g e n t e Y las a r m a s le e n t r e g a ,
F o r m a n d o e n t o r n o s u y o , á toda pris Que d é l , cual n u e v o d o n , acepta en b r e v e .
Marcha c o n ella e n busca d e Marfisa; Con paz y con a m o r cada cual l u e g o
Grifón v Astolfo y Aquilante llegan A la ciudad se v i e n e ,
T a m b i é n en e s t o ; y p o r su a m o r le i r.egan Y allí se t o r n a á comenzar el j u e g o .
Que p o n g a fin á obstinación t a n tercí En q u e la palma Sansoneto obtiene.
La d a m a al rey se a c e r c a , Por dejarle esta g l o r i a ,
Y dice así : « ¿ P o r q u é t e p r o p o n í a s Cual b u e n o s c o m p a ñ e r o s ,
« Dar á o t r o , ; oh r e y ! las a r m a s q u e on mías í Disputar no quisieron la victoria
« De Armenia e n el c a m i n o Ni Astolfo, ni Marfisa,
« Dejémelas un d i a , Ni los dos f u e r t e s hijos de Oliveros.
« P o r q u e á pié m e c o n v i n o E n t r e el placer, el júbilo y la r i s a ,
« C o r r e r tras de u n l a d r ó n q u e m e ofendía. Ocho dias ó diez allí p a s a r o n ,
« En p r u e b a d e q u e es c i e r t o cuanto d i g a , Y ansiosos de volver hácia P o n i e n t e ,
« Grabado en ellas p u e d e s v e r mi l e m a ; » Del rey la venia de partir t o m a r o n .
Y m u e s t r a al r e y , volviendo la l o r i g a , Marfisa, q u e hace tiempo apetecía
En t r e s p a r t e s c o r t a d a u n a diadema. De la francesa g e n t e
« Verdad e s , » le r e s p o n d e N o r a d í n o , Ver si era j u s t a ó no la n o m b r a d í a ,
« Que aquestas a r m a s á e n t r e g a r m e vino Grata se ofrece á hacerles compañía.
« U n mercader armenio hace unos días, Sansoneto, dejando
« Y en tu p o d e r , á r e c l a m a r l a s a n t e s , Quien á Jerusalen rija e n su a u s e n c i a ,
« F u e s e n t u y a s ó n o , y a las tendrías. Toma también licencia.
« Y o , bien q u e á darlas á Grifón r e s u e l t o , Y a s í , f o r m a n d o u n e s c u a d r ó n brillante
« N o d u d o q u e , cortes y g e n e r o s o , Que en el o r b e no hallara s e m e j a n t e ,
« p a r a este fin m e las h u b i e r a vuelto. E m p r e n d e n su camino
« Ni h e m e n e s t e r , para q u e yo t e c r e a , Hácia el piélago á Trípoli vecino.
« Ver tu divisa. Tu p a l a b r a quiero Un bajel allí e n c u e n t r a n
« Oue nuestra ley e n a d e l a n t e sea. Que para Ocaso estaba a p a r e j a d o ;
« T u y a s , p o r otra p a r t e , s o n las a r m a s , En é l , á su p a t r ó n á n t e s h a b l a n d o ,
« P r e m i o del v e n c e d o r en la pelea. Con sus caballos los g u e r r e r o s e n t r a n .
« Tómalas p u e s , y c e s e la c o n t i e n d a ; Límpido el cielo e s t á ; la m a r serena :
« De m i afecto sincero Próspera brisa e n t r e las jarcias s u e n a .
« Yo á mi caro Grifón d a r é otra p r e n d a . » En la isla do h o m e n a j e
Grifón, q u e m a s q u e e n v e r s e de ellas d u e ñ o , Se tributa al Amor, hay u n p a r a j e ,
E n ser grato al m o n a r c a tiene e m p e ñ o , Llamado Malagusta,
A las armas r e n u n c i a sin disgusto
330
AI e s c o n d e r s e el sol r u g e insolente.
Cerca del c u a l , con preferencia i n j u s t a ,
Hínchase el m a r , el cielo
Natura caprichosa
Envuelto q u e d a en t e n e b r o s o v e l o ,
Colocó una piscina perniciosa.
Rasgado á cada instante
Esta e s del b u q u e la p r i m e r a escala.
Por la luz del r e l á m p a g o incesante.
Mas, el h e d o r q u e aquel p a n t a n o eshala
Largo tiempo aquel arre Ruge la t e m p e s t a d y r u g e el t r u e n o ;
Vedándole a s p i r a r , al viento el ala Lluvia copiosa y fria
Vuelve á d a r , y n a v e g a Lanzan las n u b e s del o s c u r o s e n o ,
De Chipre en d e r r e d o r , y á Páfos liega. Y sobre el m a r airado y formidable
Sobre su v e r d e orilla, Tiende la n o c h e el m a n t o i m p e n e t r a b l e .
Que flores mil e s m a l t a n , De su a r t e el m a r i n e r o
Los g u e r r e r o s por v e r tal maravilla, Los r e c u r s o s a g o t a . Cual silbando
Y el traficante á s u s negocios, saltan. Da la señal del m a n d o ;
De lijero declive Las anclas e s t e en a p r e s t a r t r a b a j a ;
Seis millas hay ó siete Cual lira el c a b l e , y cual las velas baja-,
Desde el mar á u n b o s q u e t e Cual el limón ó el mástil a s e g u r a ;
Que en la cresta de un cerro se percibe. Cual la cubierta de limpiar se cura.
Mirtos, cedros , laureles, Crece el t e r r o r ; y toda aquella n o c h e ,
R o s a s , tomillos, lirios y claveles Mas n e g r a q u e el i n f i e r n o ,
De dulce aroma esparcen tanta s u m a , Boga el p a t r ó n , q u e en alta m a r se Iunza
Que el viento de la tierra al m a r p e r f u m a . P o r d a r á su bajel m e j o r gobierno.
De una límpida f u e n t e u n a r r o y u e l o Del m a r á la p u j a n z a
F e c u n d i z a n d o va todo a q u e l suelo. Siempre la p r o a con valor p r e s e n t a ,
Bien p u e d e en fin decirse q u e m o r a d a Y, el riesgo h u y e n d o , abriga la esperanza
Es d e Vénus esta isla celebrada. De q u e se aplaque un p o c o la t o r m e n t a .
Amables allí y bellas Mas no se a p l a c a ; ántes c o n m a s violenta
Son m a s q u e e n p a r t e alguna las doncellas, Saña sigue soplando al o t r o d i a ,
Y d e la edad adusta Dia q u e de s u s h o r a s p o r la c u e n t a ,
El A m o r , bien que n i ñ o , n o se asusta. No p o r su claridad, se conocía.
Así q u e el viento favorable e s t u v o , T r i s t e , por fin, sin e s p e r a n z a a l g u n a ,
Y á sus negocios h u b o Al viento e n c o m e n d a n d o su f o r t u n a ,
P u e s t o fin cada c u a l , sin m a s d e m o r a La popa al m a r t o r n a el piloto y vuela
Alza el patrón el a n c l a : da la vuelta Sobre sus olas con h u m i l d e vela.
Y al b u q u e por la m a r las riendas sueltas Mientra en t a n g r a v e cuita
P o r el mistral m e c i d o , a l e g r e , u f a n o A estos g u e r r e r o s pone el m a r , rio m e n o s
Bogaba. En esto se alza de r e p e n t e A ingleses y a g a r e n o s
Enemigo Poniente, Por el suelo francés f o r t u n a agita.
Q u e , m a n s o al p r o n t o , con f u r o r insano Allí hiere y maltrata
ORLANDO FURIOSO. CANTO XVIII.
332
Un s u d o r s e m e j a n t e al de la m u e r t e
Y escuadras desbarata
Circula p o r las venas
R e i n a l d o , flor de la n a c i ó n f r a n c e s a ,
De cada m o r o , cuando al h é r o e advierte
Y del hijo de Almonte
Q u e , cual león sobre cerril n o v i l l o ,
Al v e r la blanca y e n c a r n a d a e m p r e s a ,
De Zúmara se avanza liácia el caudillo.
Al mirar sobre todo el alto m o n t e
El p r i m e r o q u e hirió f u é el a f r i c a n o ;
De las víctimas q u e h i z o e n el c o m b a t e ,
Mas f u é su golpe v a n o , q u e á d a r vino
Clava el hierro á B a y a r d o ,
Sobre el r o b u s t o yelmo de Mambrino.
Cierto d e q u e b a j o s u s a r m a s late
Un c o r a z o n i n t r é p i d o y gallardo. B e i n a l d o , sonr'iéndose, « á m o s t r a r t e , »
Le d i c e , « YOV cuanto m a y o r es mi a r t e . »
« Mejor, » dicese e n t o n c e , & antes q u e crezca
Y e m p u j a n d o liácia el m o r o su c a b a l l o ,
« Es c o r t a r esa p l a n t a . »
En el pecho le hiere con la e s p a d a ,
Así d i c i e n d o , altivo s e a d e l a n t a ,
Que por detras asoma e n s a n g r e n t a d a .
Y tal t e r r o r con su p r e s e n c i a i n s p i r a ,
Cual cede del labriego
Que p o r medio de infieles y cristianos
Brillante flor á la inclemente r e j a ,
Paso abriéndose va p o r d o n d e m i r a .
O c u a l , c a r g a d a d e superfluo r i e g o ,
Al j o v e n Dardinelo s o l a m e n t e
Mustia, su f r e n t e deja
Nota Beinaldo en m e d i o á t a n t a g e n t e :
La amapola c a e r ; así marchila
« P ú s o t e , » d i c e , « e n u n fatal e m p e ñ o ^
La faz de D a r d i n e l o ,
« El q u e de esa a r m a d u r a te hizo d u e ñ o .
De la m u e r t e s e c u b r e con el velo
« Contigo á probar v e n g o c o m o guardas
Y" ardor y e s f u e r z o á sus secuaces quita.
« De ese b r o q u e l los f ú l g i d o s cuarteles :
Cual la onda con f u r o r se p r e c i p i t a ,
« Si al v e r t e e n mi p r e s e n c i a t e a c o b a r d a s ,
Cuando á r o m p e r s e viene
« Al g u e r r e r o de A n g l a n t e hallar no anheles.
El recio malecón q u e la c o n t i e n e ,
— « S a b e , » r e s p o n d e el á r a b e m a n c e b o ,
Así, cayendo el j o v e n s a r r a c e n o ,
« Que si estas a r m a s l l e v o ,
Y" r o t o el solo f r e n o
« Es p o r q u e digno d e llevarlas soy,
Que á sus soldados s u j e t a r p o d i a ,
« Y q u e con ellas, d e s p r e c i a n d o riesgos,
Cada cual h u y e á do el t e m o r le guia.
« En b u s c a c o r r o d e l a u r e l e s h o y .
Alejarse Beinaldo no les v e d a ,
« N i pienses q u e m e a l a r m a s ,
Y solo embiste al q u e e n el c a m p o q u e d a .
« Bien q u e j o v e n m e v e s , p o r m a s q u e grites •,
A su lado Ariodanle
« Si q u i e r e s estas a r m a s
Cubriendo va de víctimas el s u e l o ,
« La vida ántes es f u e r z a q u e m e quites.
Y Z e r b i n o , Oliveros y Leonelo
« En Dios e s p e r o y o q u e así no s e a ;
Van d e r r i b a n d o á c u a n t o s ven delante.
« Mas, v e n c e d o r ó m u e r t o en la p e l e a ,
Su d e b e r también Cárlos ha c u m p l i d o ,
« S u f r i r no q u i e r o q u e p o r mí se f r u s t r e
Y' Oger y S a l o m o n , Turpin y Guido.
« La larga gloria d e m i estirpe ilustre. »
Del ejército m o r o f u é aquel dia
Dice-, el acero s a c a
El riesgo tal, q u e u n h o m b r e 110 q u e d a r a ,
Y al paladín de M o n t a l b a n ataca.
Si con la poca gente q u e a u n vivía
La lid s u c u e r d o rey no a b a n d o n a r a .
Mejor q u e ir á p e r d e r c u a n t o posee
Dejar p e r d i d o lo perdido cree-,
Mejor es r e p l e g a r s e , y de este m o d o
Algo salvar sin e x p o n e r l o todo.
Hacia su tienda l u e g o ,
P o r m u r o s y p o r fosos r e s g u a r d a d a ,
Con s u s b a n d e r a s u n a h u e s t e envia
Mandada p o r el rey de A n d a l u c í a ,
P o r el d e Portugal y el de Granada.
Al r e y de Berbería
T a m b i é n m a n d a á decir q u e se defienda
Y q u e p o c o no h a r á si en este dia
Su p e r s o n a salvar p u e d e y su t i e n d a .
A g r a m a n t e , q u e n u n c a t a n incierta
En su favor á la f o r t u n a v i d o ,
De t o r n a r á Bicerta
Casi t o d a esperanza ya ha p e r d i d o ,
C a a n d o o y e q u e Marsilio
P u s o en salvo una p a r t e de s u g e n t e .
Sus r e s t o s él f o r m a n d o p r o n t a m e n t e
Manda al clarín tocar á retirada-,
Mas e s t e s o n apena
Oye la m u l t i t u d , de q u e a t e r r a d a
Va g r a n p a r l e á morir d e n t r o del Sena.
P o r a n i m a r al r e s t o , esfuerzos v a n o s
Hacen t o d o s los jefes africanos.
Por u n o q u e en pié q u e d a
H u y e n ó m u e r e n dos. Cual p o r delante
Cual p o r d e t r a s á ser h e r i d o v i e n e ,

Y sin q u e nadie al v e n c e d o r r e f r e n e ,
T o d o s , p o r él á un tiempo perseguidos
Llegan al c a m p o mustios y afligidos.
Y es p r o b a b l e q u e C a r l o s ,
Q u e j a m a s desperdicia c o y u n t u r a ,
De s u s m u r a l l a s fuese á rechazarlos,
Si al fin movido á compasion el cielo
No envolviese á la tierra en n o c h e oscura.
A m a r e s p o r el suelo
Corre la s a n g r e ; al filo de la espada
Ochenta mil cadáveres c a y e r o n ,
Que el lobo y el villano
A devorar y á despojar vinieron.
Sin e n t r a r en el campo del p a g a n o ,
Cárlos de e n f r e n t e lo q u e pasa a c e c h a :
Sin d e s c a n s o lo estrecha
Y de g r a n d e s h o g u e r a s c u b r e el llano.
El rey m o r o e n t r e t a n t o sin r e p o s o
Sus murallas r e p a r a , limpia el f o s o ;
Ve si la guardia vela
Y hace toda la noche centinela.
Llanto y suspiros q u e el t e m o r a p e n a s
En alta voz p e r m i t e q u e se e x h a l e n
Del c a m p o solo salen
De las m í s e r a s gentes sarracenas.
Este de a l g ú n p a r i e n t e
O u n amigo la p é r d i d a d e p l o r a :
Aquel, h e r i d o , llora
El mal f u t u r o y el t e m o r presente.
Allí, con otros m u c h o s , se e n c o n t r a b a n
Dos m a n c e b o s nacidos
En Ptolemaide de progenie o s c u r a ,
Y que un raro modelo presentaban
De la amistad m a s íntima y m a s p u r a .
Con varia s u e r t e p o r el f r a n c o suelo
Siguieron u n o y o t r o á Dardinelo.
Ágil era y r o b u s t o
Cloridano, como hombre
Que de la caza tuvo s i e m p r e el g u s t o .
Medoro y C l o r i d a n o e s t a n d o d e g u a r d i a s o b r e la m u r a l l a .
Por su b e l d a d , Medoro
(T. I, p. 333.) Era la flor del c a m p a m e n t o m o r o .
Negros sus ojos , blanca
E r a su f a z , su cabellera de oro
Cual la de un ángel del s u p e r n o c o r o .
Juntos estos dos j ó v e n e s g u a r d a n d o
ORLANDO FURIOSO. CANTO X V I I ! . 337

El c a m p a m e n t o d e s d e el m u r o e s t a b a n , Llegan en b r e v e al c a m p o , d o s e g u r o s ,
Miéntras siguiendo su invariable curso Despues d e h a b e r d e j a d o
Las estrellas al o r b e Sus f u e g o s a p a g a r , están t e n d i d o s
Con s o ñ o l i e n t o s ojos c o n t e m p l a b a n . E n t r e a r m a s y bagajes los de Carlos,
M e d o r o , á quien triste r e c u e r d o a b s o r b e , En el vino ó el s u e ñ o s u m e r g i d o s .
« No t e p u e d o e x p r e s a r , o h Cloridano , » Clorídano, parándose un momento,
V o l v i é n d o s e , le d i c e , « ¿ C ó m o , » dice á Medoro , « así dejarlos
« C u a n t o á mi amo infelice « Sin darles e s c a r m i e n t o ?
« Me d u e l e v e r t e n d i d o en ese l l a n o , « T ú , p o r q u e nadie s o r p r e n d e r n o s p u e d a ,
« P o r p á b u l o del lobo ó del milano. « Vigilarás a t e n t o ;
« Y o , r e c o r d a n d o su b o n d a d , » e x c l a m a , « Por m e d i o al enemigo
« Mi vida d i e r a p o r salvar su fama. « Paso yo con mi espada á abrir m e obligo. »
« No q u i e r o q u e insepulto Así d i c e , y e n t r á n d o s e en la tienda
« Su c u e r p o q u e d e , y en su busca p a r t o . Do al s u e ñ o suelta rienda daba Alfeo ,
« Llegar e s p e r o oculto Médico y adivino
« Al c a m p o e n d o n d e , d e d e s p o j o s h a r t o , Que á la corte de F r a n c i a , ha u n a ñ o , v i n o ,
« El e n e m i g o r e p o s a n d o yace. De su alma y de su c u e r p o corta el lazo,
« Aquí q u é d a t e t ú . Si mi fatiga Haciendo así m e n t i r la profecía
« Al cielo santo c o r o n a r no p l a c e , De q u e , lleno de edad y en el regazo
« H a b r á al m é n o s , yo m u e r t o , quien revele De su e s p o s a , t r a n q u i l o moriría.
« La n o b l e acción á q u e el a m o r m e impele. » A sus costados m u e r e n
P á s m a s e Cloridano Cuatro g u e r r e r o s q u e ni un ay profieren ,
Al v e r tales afectos en u n n i ñ o , Cuyos n o m b r e s T u r p i n no ha mencionado
Y s u a r d i e n t e cariño Y el tiempo en el olvido ha sepultado.
C o m b a t e s u designio; m a s en v a n o , La m u e r t e Palidon recibe luego
Q u e e n t e r r a r á su d u e ñ o ó á su lado Mientra al s u e ñ o e n t r e g a d o está tranquilo.
Morir el noble j o v e n h a j u r a d o . Sobre una cuba , y a a p u r a d a , Grilo
V i é n d o l e e n su propósito tan firme, A su lado yacía
Cloridano responde : « A apercibirme Creyendo estar b e b i e n d o todavía,
« P a r a seguirte voy •, q u e iguala al tuyo Cuando en silencio el m o r o se le a c e r c a ,
« Mi a r d o r : yo n u n c a en los peligros h u y o , Y cortándole el cuello
« ¿Y á q u é vivir, si ingrata De vino y s a n g r e allí f o r m a u n a alberca.
« La f o r t u n a á Medoro m e arrebata? Muerte da luego á u n griego y á u n t u d e s c o ,
« Morir q u i e r o c o n gloria á tu costado Andrópono y Conrado,
« Mejor q u e d e dolor de ti p r i v a d o . » Que una gran p a r t e de la n o c h e al fresco
Así, r e s u e l t o s á m a r c h a r s e dejan P a s a r o n con la copa y con el d a d o .
E n su p u e s t o o t r a s guardias y se alejan. ¡Felices, si á lo m é n o s hasta la h o r a
Fosos saltando y m u r o s , E n q u e nace la a u r o r a
T. I. 15
CANTO XVIII.

En aquel haz de cuerpos mutilados,


Hubierael juego ó el festín durado:
Buscaran los dos jóvenes osados
Mas ¿qué hiciera el destino _.
Al que es objeto de su amor intenso,
Si en cada h o m b r e existiera un adivino. Si, de su faz hermosa
De ovejas en u n mísero rebaño Las luces hácia el cielo levantando,
Famélico león n o hace mas daño No exclamara Medoro : « ; Oh casta d i o s a ,
Que el que hace impunemente « A quien nuestros abuelos
El joven moro e n la cristiana gente. « Triforme apellidaron justamente!
Ensangrentar su espada ni su brazo « T ú , q u e belleza muestras igualmente
Hasta entonces n o quiso el buen Medoro; « En la tierra, en el orco y en los cielos,
Mas al duque de Albrech viendo en su lecho « T ú , que siguiendo por oscuras selvas
Al lado de su d a m a , á quien con lazo « Vas, cual hacerlo mi señor solia,
Estrecha tal, q u e entre uno v o t r o p e c h o « A las fieras con ánimo invencible,
Paso no hallará el aire , a ambos da muerte, « ¿ S e r á , será posible
j Oh deliciosa s u e r t e ! « Que el cadáver que busco no me vuelvas?»
Unidas sus dos a l m a s , La luna, fuese acaso,
Se elevan del a m o r sobre las palmas. Fuese movida de este humilde r u e g o ,
Perecen luego Artalico y Margano, A través de las nubes se abre p a s o ,
Noveles caballeros Bella su faz mostrando como el dia
Del condado de Flándes herederos , En que á E'ndimion causó tanta alegría.
De cuya enseña el franco soberano
Descúbrense á su lumbre
A las armas unió las lises de oro,
Los dos campos, París y todo el llano;
Y á quienes p r o m e t i e r a
Montmartre á diestra, ert lo alto de una c u m b r e ;
Allá en la Frisia e s t a d o s , que les diera....
Lery sobre o t r a , á la siniestra mano.
A no venírselo á estorbar Medoro.
La luna con mas brillo
Así llegaron e s t e y Cloridano Un rayo , en esto, arroja
Al regio pabellón , del cual en torno Sobre el cuerpo del mísero caudillo.
Velaban los g u e r r e r o s La enseña blanca y roja
Mas fuertes del ejército cristiano. Reconoce Medoro ; su congoja
Cansados de d a r m u e r t e , sus aceros De tierno llanto inunda su carrillo.
Envainan los d o s bravos companeros-, En alta voz no exhala, sin embargo,
Y, bien que allí podían Sus sentidos lamentos,
Cargarse de d e s p o j o s , de su audacia Que enternecer pudieran á los vientos.
Mas premio no querían Fuérale el ser reconocido amargo,
Que llegar sin desgracia Por temor, mas que de perder la vida,
Al paraje d o , e n t r e armas y caballos, De mirar su ilusión desvanecida.
En un lago d e p ú r p u r a , yacían De su amado señor partiendo el peso,
Pobres y r i c o s , reyes y vasallos. La marcha apresuraban
De sangre e n vano en aquel mar inmenso,
CANTO XIX

P o r l l e g a r á su c a m p o los m a n c e b o s ;
Del p a d r e de la l u z l o s r a y o s n u e v o s
A s t r o s , n u b e s y s o m b r a s dispersaban
C u a n d o Z e r b i n o , c u y o heroico e m p e ñ o
E n m o m e n t o s cual e s t e Medoro h e r i d o , y Cloridano muerto. - Amores de Angélica
y Medoro. — Su enlace. — Su partida á Oriente. — Llegan
No l e p e r m i t e a b a n d o n a r s e al s u e n o ,
Marfisa y sus cuatro compañeros al país de las mujeres homi-
Allí l l e g a b a , al frente de l a h u e s t e cidas. — Singular usanza de este pais. — Los paladines y
Con q u e h o s t i g ó toda la noche al m o r o . Marfisa penetran en la ciudad. — Combate de Marfisa con diez
A Cloridano viendo y a Medoro, guerreros.
Hacia ellos p r e s t o t u e r c e n el c a m i n o ,
A n s i o s o s de b o t i n , l o s d e Z e r b i n o . Mientra en el c a r r o de f o r t u n a r u e d a ,
« Aquí d e j e m o s , » dice Cloridano, Nadie hay q u e d e c i r p u e d a
« L a c a r g a , a m i g o , ó p e r e c e r es c i e r t o . Si es c o n verdad a m a d o
P o r los a m i g o s de q u e esíá c e r c a d o .
« ; No f u e r a e m p e ñ o v a n o
Mas la suerte feliz c o m o s u c e d a
« Morir d o s v i v o s por salvar a un m u e r t o ?
Que en áspera se t r u e q u e , sin d e m o r a
D i c e ; y el busto h e l a d o
V u e l v e la faz la turba a d u l a d o r a .
Soltando, h u y e , creyendo
Que solo amor sincero
Q u e , su e j e m p l o s i g u i e n d o ,
E s , e n dicha y d e s d i c h a , d u r a d e r o .
T r a s él c a m i n a el c o m p a ñ e r o a m a d o ,
Si llevarse p u d i e s e d e s c u b i e r t o
P o r q u i e n h u b i e r a , á sospechar su s u e r t e ,
El p e c h o cual la c a r a ,
C o n s e n t i d o e n sufrir mil v e c e s m u e r t e .
Mas de un g r a n d e , e s t o y c i e r t o ,
De su señor Medoro m a s a m a n t e ,
Que á su r e y m u e s t r a fe continua y r a r a ,
S o b r e s u s h o m b r o s el c a d á v e r c a r g a ;
I)e la p l e b e s u m i é r a s e en el f a n g o ,
Miéntras Z e r b i n o , á r e c e l a r v i n i e n d o
A un p l e b e y o quizas c e d i e n d o el r a n g o .
Que moros pueden ser, y conociendo
M a s , c o n este m o t i v o , hablar de nuevo
Q u e no será su resistencia l a r g a ,
Quiero del fiel m a n c e b o
C o n los u n o s les cierra toda vía
Que erra sin norte en la intrincada s e l v a ,
Mientra e m b e s t i r á los d e m á s e n c a r g a .
Y á q u i e n la g r a v e carga q u e se ha impuesto
D e altas h a y a s y espesos m a t o r r a l e s
Veda q u e á dar c o n su c a m i n o v u e l v a .
Allí u n a s e l v a e n t o n c e s e x i s t i a ,
C l o r i d a n o , q u e en tanto c o n pié presto
Cuyo oscuro recinto,
Los b o s q u e s ha traspuesto ,
Poblado de feroces animales,
Se a f l i g e , se a r r e p i e n t e ,
F o r m a b a inextricable laberinto. Y , de su a m i g o al c o n t e m p l a r s e a u s e n t e ,
P o r v e r s e dentro de su s o m b r a amiga « ¿ C ó m o , » se d i c e , « c ó m o fui tan l o c o ,
U n o y otro m a n c e b o se a p r e s u r a ; « C ó m o , ¡ o h M e d o r o ! te estimé tan p o c o ,
Mas á o t r o canto es f u e r z a q u e m e siga « Que p u d e a b a n d o n a r l e
Quien saber q u i e r a e l fin d e e s t a a v e n t u r a . « Donde no sé si v o l v e r é á e n c o n t r a r t e ? »
CANTO XIX

Por llegar á su campo los mancebos;


Del padre de la luz los rayos nuevos
Astros, nubes y sombras dispersaban
Cuando Zerbino, cuyo heroico empeño
En momentos cual este Medoro herido, y Cloridano muerto. - Amores de Angélica
y Medoro. — Su enlace. — Su partida á Oriente. — Llegan
No le permite abandonarse al s u e n o ,
Marfisa y sus cuatro compañeros al país de las mujeres homi-
Allí l l e g a b a , al frente de la hueste cidas. — Singular usanza de este pais. — Los paladines y
Con que hostigó toda la noche al moro. Marfisa penetran en la ciudad. — Combate de Marfisa con diez
A Cloridano viendo y a Medoro, guerreros.
Hacia ellos presto tuercen el camino,
Ansiosos de b o t i n , l o s de Zerbino. Mientra en el carro de fortuna r u e d a ,
« Aquí d e j e m o s , » dice Cloridano, Nadie hay que decir pueda
« L a c a r g a , a m i g o , ó perecer es cierto. Si es con verdad amado
Por los amigos de que está cercado.
« ; No fuera empeño vano
Mas la suerte feliz como suceda
« Morir dos vivos por salvar a un muerto?
Que en áspera se t r u e q u e , sin demora
D i c e ; y el busto helado
Vuelve la faz la turba aduladora.
S o l t a n d o , h u y e , creyendo
Que solo amor sincero
Q u e , su ejemplo siguiendo,
E s , en dicha y desdicha, duradero.
Tras él camina el compañero a m a d o ,
Si llevarse pudiese descubierto
Por quien hubiera, á sospechar su suerte,
El pecho cual la c a r a ,
Consentido en sufrir mil veces muerte.
Mas de un g r a n d e , estoy cierto,
De su señor Medoro mas amante ,
Que á su rey muestra fe continua y r a r a ,
Sobre sus hombros el cadáver c a r g a ;
De la plebe sumiérase en el fango ,
Miéntras Zerbino, á recelar viniendo
A un plebeyo quizas cediendo el rango.
Que moros pueden ser, y conociendo
Mas, con este m o t i v o , hablar de nuevo
Que no será su resistencia l a r g a ,
Quiero del fiel mancebo
Con los unos les cierra toda vía
Que erra sin norte en la intrincada s e l v a ,
Mientra embestir á los demás encarga.
Y á quien la grave carga que se ha impuesto
De altas hayas y espesos matorrales
Veda que á dar con su camino vuelva.
Allí una selva entonces existia,
Cloridano, que en tanto con pié presto
Cuyo oscuro recinto,
Los bosques ha traspuesto ,
Poblado de feroces animales,
Se a f l i g e , se arrepiente,
Formaba inextricable laberinto. Y , de su amigo al contemplarse ausente,
Por verse dentro de su sombra amiga « ¿ C ó m o , » se d i c e , « cómo fui tan l o c o ,
Uno y otro mancebo se apresura: « Cómo, ¡oh Medoro! te estimé tan p o c o ,
Mas á otro canto es fuerza que me s.g* « Que pude abandonarle
Quien saber quiera el fin de esta aventura. « Donde no sé si volveré á encontrarte? »
ÍÜjS?

CANTO XIX.
ORLANDO FURIOSO.
« V a s , » le d i c e , « á pagar t a m a ñ a injuria. »
D i c e ; e m p r e n d e de n u e v o su c a m i n o
Pero no bien tan bella faz a d v i e r t e ,
P o r m e d i o á la m a l e z a , En compasion su cólera c o n v i e r t e .
Y por la misma senda p o r d o v i n o « P o r el Dios q u e v e n e r a s , »
C o r r e d e r e c h o á su fatal d e s t i n o . Dice el m o r o c o n v o c e s lastimeras,
Pronto á escuchar empieza « No m e v e d e s h o n r a r á mi b u e n a m o ,
L a e n e m i g a algazara y g r i t e r í a , « Este solo f a v o r de tí r e c l a m o .
Y á Medoro v e , en fin, q u e la batalla « Si hácia la v i d a algún a m o r c o n s e r v o ,
C o n t r a cien d e á c a b a l l o sostenía. « Es á fin de i m p e d i r q u e águila ó c u e r v o
Bien q u e s o l o , y por t a n t o s a t a c a d o , « Su c a d á v e r insulte.
S u v i d a en g r a n c o n f l i c t o el j o v e n h a l l a , « D e j a , d é j a m e p u e s q u e lo s e p u l t e
De su d u e ñ o el c a d á v e r a d o r a d o « Y de mí dispon l u e g o c o m o q u i e r a s ;
Sobre la yerba tiende, . « Dame la muerte-, e n t r é g a m e á las fieras. »
Y d e u n fresno ó d e u n h a y a v u e l t a s ciento Del bello j o v e n al acento triste
En torno da c o n cauto m o v i m i e n t o . Zerbino n o r e s i s t e ,
T a l osa á q u i e n s o r p r e n d e Y el a m o r d u l c e m e n t e
E n su guarida el c a z a d o r , l u c h a n d o Mezclarse á la piedad en su alma siente.
E n t r e el amor y la ira, s e d e f i e n d e ; En e s t o , e m p e r o , c o n osada m a n o
A e n s a n g r e n t a r sus u ñ a s y su b o c a Un soldado villano
E l f u r o r la p r o v o c a •, Que los m a n d a t o s de su j e f e o l v i d a ,
T e r n u r a y c o m p a s i o n su a m o r l e i n s p i r a ,
Hiere á M e d o r o el d e l i c a d o p e c h o .
Y v i e n d o á sus c a c h o r r o s , c e s a su ira.
Llena al b r a v o Zerbino d e d e s p e c h o
C o m o acorrerle e n s i t u a c i ó n tan g r a v e A u d a c i a t a l , y su ira se r e d o b l a
Cloridano no sabe. C u a n d o al m a n c e b o v e q u e el c u e l l o dobla
L a m u e r t e n o l e a s u s t a : m a s matando Y al suelo v i e n e sin señal de v i d a .
Q u i e r e al m é n o s m o r i r . A g u d a flecha « No ha d e q u e d a r , » p r o r u m p e , « sin v e n g a n z a
Del arco l a n z a , p u e s , c o n diestra m a n o , « Tal d e s a f u e r o ; » y lanza
Que fuera á un e s c o c e s l o s sesos e c h a , Rápido su c o r c e l en s e g u i m i e n t o
Sin vida d e r r i b á n d o l o e n el llano. Del fiero m a t a d o r , q u e h u y e al m o m e n t o .
V u e l v e n todos la vista, y m i e n t r a s uno Cloridano, q u e en tierra v e á su a m i g o ,
A los d e m á s p r e g u n t a C i e g o de e n o j o y de ira ,
De do salió la e m p o n z o ñ a d a p n n l a , Sale del b o s q u e , el a r c o al suelo t i r a .
Manda otra a a q u e l , y c o n c e r t e z a t a n t a , Y en m e d i o del ejército e n e m i g o
Que le corta la v o z e n la g a r g a n t a . Se p r e c i p i t a ; su dolor l e o f u s c a ;
El príncipe escoces, q u e de Medoro Venganza y destrucción y muerte busca.
Respetar se propuso la existencia, La tierra en b r e v e c o n su s a n g r e e s m a l t a ;
Pierde en fin la paciencia; Su furia a u m e n t a , su p u j a n z a afloja ;
Hacia él s e llega y s u c a b e l l o d e o r o Y cuando al b r a z o en fin la f u e r z a f a l t a ,
Agarrando con f u r i a ,
Junto á Medoro por morir se arroja.
Del irritado príncipe Zerbino
Por la selva despues sigue el camino
Su g e n t e , q u e al un m o r o
Muerto d e j ó y al otro vivo apena.
Largo rato t e n d i d o , el fiel Medoro
Su sangre derramó por ancha v e n a ,
Y su vida por ella se exhalara
Si un ángel á estorbarlo no llegara.
En e s t o , envuelta en traje de p a s t o r a ,
Llega allí por acaso una d o n c e l l a ,
De regio porte y gracia encantadora.
Por si a l g u n o lo ignora,
La ilustre virgen era
Del gran kan del Catay rica heredera.
Llena de g o z o al contemplarse dueña
Del anillo q u e un dia
Brúñelo le q u i t ó , la compañía
De los h é r o e s mas grandes ya d e s d e ñ a .
Y c ó r r e s e al pensar que por amante
T u v o un tiempo al de Anger y á Sacripante.
Mas q u e todo otro e r r o r , haber ardido
Por el hijo d e Amon le causa e n o j o s ,
Que parécele haberse envilecido
Poniendo e n él sus altaneros ojos.
T a n t a arrogancia soportar no pudo
El r a p a z u e l o amor. De aguda flecha
A r m a n d o el a r c o crudo ,
Junto á Medoro á la doncella acecha.
E l l a , no bien de una cercana muerte
La palidez en el mancebo a d v i e r t e ,
Siente q u e poco á poco se desliza
En su alma una piedad q u e la esclaviza,
Y q u e á medida aumenta
Q u e su mísera historia el joven cuenta.
De una esmerada educación preludio
Es en India el estudio
De la médica c i e n c i a .
CANTO XIX.

Que al hijo siempre el padre da en herencia.


Recordándose Angélica de nuevo
Cuanto de este arte s a b e , con el j u g o
De una yerba que vido
Cerca de allí, propónese al mancebo
Sustraer de la muerte el impío y u g o .
Busca esta y e r b a , y córtala, y con ella
Hácia Medoro v u e l v e la doncella,
Y encontrándose acaso
Con un pastor que con lijero paso
Tras de una y e g u a que se h u y ó , corría ,
Le ruega la acompañe hasta el paraje
Que el triste joven con su sangre esmalta.
De su caballo allí llegando salta,
Y del suyo al pastor manda que baje.
Hácia Medoro luego se adelanta,
Y con sus lindas manos de la planta
Entre dos piedras exprimiendo el j u g o ,
El tierno pecho que atrevida punta
Hirió, y el v i e n t r e , y las caderas unta
Del bello j o v e n , dando en el instante
Fuerzas al cuerpo y gracias al semblante.
Del pastor el caballo pudo en b r e v e
El mancebo m o n t a r ; pero insepulto
No piensa que dejar mas tiempo debe
El cadáver objeto de su culto.
Ni á Cloridano o l v i d a , y en la tierra
Con su amado señor al paje encierra.
Parte despues. A compasion movida
La d a m a , y á seguirle decidida
Miéntras su riesgo d u r e , le acompaña
De un bondoso pastor á la cabaña.
Allí despacio examinando luego
Angélica socorre á Medoro herido. (T. I, p . 345.)
Del m o r o la b e l d a d , la gallardía,
Siente Angélica en su alma cada dia
Crecer de amor el devorante f u e g o .
Entre dos altos montes se p e r c i b e ,
Sobre un llano, en la s e l v a , la morada
Bella y recientemente edificada
Donde el pastor con su familia v i v e ,
Y do la dama con el j o v e n entra.
De nuevo allí venda su h e r i d a , y mientra
Cicatriza esta l l a g a ,
Su propio corazon lima y estraga
Otra m a y o r , mas h o n d a ,
Que con dardo invisible abrió la mano
De amor, oculta en la guedeja blonda
Del amigo infeliz de Cloridano.
Arde la dama y a r d e en llama inmensa :
Cura el ajeno m a l , y el suyo a g r a v a ;
Y , olvidada de s í , t a n solo piensa
lili ''
En aquel de quien e s rendida esclava.
A medida que él s a n a ,
En su pecho ella s i e n t e
De una fiebre v o r a z v a el fuego ardiente,
Ya el helado t e m b l o r . Cada mañana
Del moro la b e l d a d , la gracia acrece •,
La de Angélica en t a n t o desparece
Cual nieve i n t e m p e s t i v a
Al v e r del claro sol la lumbre viva.
La i n f e l i z , q u e á s u mal no v e remedio,
Sucumbir debe á s u amoroso t e d i o ,
C o m o , sin esperar á q u e él la invite,
Al j o v e n ella a u d a z n o solicite.
De la v e r g ü e n z a , p u e s , rompiendo el f r e n o ,
De seducción su v o z sus ojos a r m a ,
Y su pasión declara al sarraceno,
Q u e , bien q u e s o r p r e n d i d o , n o se alarma.
¡ Oh rey C i r c a s o ! ; o h príncipe de Anglante'í
¿De qué os s i r v e n , d e c i d , en este instante
Vuestro valor, e s f u e r z o ó nombradía?
¿Con cuál premio h a , d e c i d , hasta este dia
Esa fiera beldad c o r r e s p o n d i d o
A cuanto habéis p o r ella padecido?
Y t ú , rey A g r i c a n a ,
Que duro s i e m p r e hallastes é inhumano
Su c o r a z o n , ¿que pena no sintieras
Si el mármol de tu tumba alzar pudieras?
¡ O h F e r r a g u t ! y ¡ o h ! en fin, cuantos en vano
Por esa dama ingrata
Sacrificios hicisteis! ¿qué dijerais
Si en los brazos la vierais
Del que toda esperanza os arrebata?
A su Medoro Angélica confia
La fresca rosa intacta todavía;
Que á nadie penetrar jamas fué dado
En tan bello v e r j e l hasta aquel día.
Por cohonestar la c o s a , celebrado
Es con gran ceremonia
El matrimonio , q u e el amor termina,
Y del cual la pastora fué madrina.
Mas de un mes con Medoro
Quédase allí su enamorada a m i g a ,
Y , bien que de ella el joven n o se aparta,
Bien que sus cuellos lazo eterno l i g a ,
De verle jamas harta,
Siente ella sed q u e nunca se mitiga.
De noche y dia , en la cabana ó f u e r a ,
Del uno el otro marcha siempre al lado,
j u n t o s de algún a r r o j o la ribera
Buscando van ó algún frondoso prado,
Y cuando el sol á su zenit se e l e v a ,
Tal vez se acogen en propicia c u e v a
Cual la q u e , en brazos de la amante Dido,
Al adalid Troyano un tiempo vido.
Entre tanto placer, árbol no habia
Junto á parlero arroyo, ó fuente pura ,
Que de los dos amantes la ventura
No recordara en su vetusto lomo.
Hasta en la peña dura
A m o r e s de Medoro y Angélica. ^T. I, p. 347.)
Sutil cuchilla dibujara como
De Medoro y de Angélica los pechos
Une el amor con vínculos estrechos.
Volver hácia el Levante
3*8 ORLANDO FURIOSO. CANTO XIX

Desde allí piensa en breve la d o n c e l l a , No bien á los dos j ó v e n e s divisa,


A poner de du amante Hácia ellos c o r r e , ansioso de hacer daño
Sobre las sienes su corona bella. Este h o m b r e , cual mastín hácia un extraño.
Puesto Angélica lleva un brazalete Mas á hablar v o y de nuevo de Marfisa.
Q u e , de un amor que eterno le p r o m e t e , De Astolfo, de Grifón y de Aquilante
Le dió en memoria el paladín de Anglante. Y de los otros q u e , en su afan p r o l i j o .
Esta j o y a á Ziliante dió Morgana, La muerte tienen sin cesar delante.
Cada vez mas soberbia y arrogante
Cuando oculto lo tuvo dentro al lago.
De Orlando la pujanza soberana La mar los mece sin camino fijo,
Libertando á Ziliante, obtuvo en pago Y , durante uno y otro y otro d i a ,
De tan heroica hazaña Por su encrespada espalda así los guia.
Rompe la onda e n e m i g a
La j o y a que él destina en el momento
El castillo de proa y la obra muerta,
A la beldad que causa su tormento.
Y al marinero obliga
Ella la acepta c o n placer, no tanto
Por su afición hacia el g u e r r e r o , cuanto A lanzar en su boca siempre abierta
Lo que á su e n o j o destructor escapa.
Por su belleza é inestimable precio.
C u a l , á la luz de una linterna o s c u r a ,
En la ínsula del llanto
Fijos los mustios ojos en el m a p a ,
Puesta en su bello brazo la tenia,
Su incierta dirección hallar procura.
Y y o no alcanzo como con desprecio
De la popa á la p r o a d i s c u r r i e n d o ,
P u d o mirarla aquella gente impía.
El mísero marino
No teniendo otra prueba de su aprecio
Al polvo q u e el reloj va desprendiendo
Que dar al buen pastor por su a c o g i d a ,
Consulta sobre la hora y el camino.
El brazalete á su mujer entrega
En la c u b i e r t a , con el mapa en m a n o .
A n g é l i c a , y le r u e g a
A sus marinos el piloto j u n t a ,
Lo acepte por su amor. De la cabana
Y á cada cual su parecer pregunta.
Saliendo l u e g o , hacia los montes parten
Cual piensa q u e lejano
Que dividen la Francia de la España.
No debe estar de Límiso el bajío-,
Al pasar estos m o n t e s , divisaron
Cual las rocas de Trípoli b a r r u n t a ,
La mar q u e baña el campo de G e r o n a ,
Donde destroza el mar tanto n a v i o ;
Y siguiendo su c o s t a , al fin l l e g a r o n ,
Cual se aflige y suspira contemplando
Por trillado c a m i n o , á Barcelona,
Que en torno á Satalía está girando.
Do aguardar es su intento
Diversamente cada cual opina
Por partir al Levante nave y viento.
É igual terror á cada cual domina.
Antes de entrar en la ciudad , hallaron
El v i e n t o , que con ímpetu a r r e m e t e ,
Junto á la playa un hombre que , de lodo
Al tercer dia en fin rompe el trinquete;
Cubierto el l o m o , el p e c h o , el busto t o d o ,
La mar redobla su c o r a j e fiero
Daba evidente indicio
De que no estaba en su completo juicio. Y se lleva al timón y al timonero.
De m á r m o l ó de bronce Que por ella se lleva al frágil l e ñ o ,
Tiene sin duda el pecho ó de diamante Cual balcón q u e su vuelo precipita,
Aquel á quien tal situación no e s p a n t e ^ Inspirando recelos al piloto
P u e s q u e . no obstante su sin par denuedo , De verlo en breve sumergido ó roto.
Maríisa misma entonce Remédiase á este m a l , por popa echando
Confesó q u e tembló. No menor miedo Gruesas boyas q u e al b u q u e retardando
Aflige á los demás. Cual peregrino Dos tercios van en su veloz carrera.
Partir piensa al C a l v a r i o , á Compostela-, Esto alentando á la afligida g e n t e ,
Cual ir á R o m a , Utino Al bajel impidió que pereciera.
Ü otros parajes célebres promete. ^ De L a y a d o en el golfo una ensenada
Del mar en tanto su bajel juguete Ve el patrón por dos fuertes resguardada.
Baja al abismo ó por las nubes anda. Entrando en e l l a , con dolor advierte
E n tal c o n f l i c t o , por ahorrar t r a b a j o , Su error funesto. Esclavitud ó muerte
Que el mástil se eche abajo Allí le a g u a r d a ; y si de n u e v o p a r t e ,
El cauto j e f e á sus secuaces manda. ¿ C ó m o podrá con su indefenso leño
Y q u e á la mar el cargamento a r r o j e n , Oponer á las ondas un baluarte?
Y q u e de sus lujosos ornamentos Miéntras en tal indecisión estaba.
Las espléndidas cámaras despojen. El riesgo le amagaba
A las b o m b a s atentos De q u e armadas saltasen
Otros dentro del mar al mar r e c h a z a n ; En sus naves las gentes de la tierra,
Otros unen las vigas y m a d e r o s , Y á la suya atacasen
Que en su furor las olas despedazan. No apercibida para hacer la guerra.
Cuatro dias enteros La causa de esta cuita
Duró esta cuita grave Preguntando el caudillo de Inglaterra,
Q u e , á durar uno m a s , victoria plena Respóndele el patrón : « Raza maldita
Diera á la mar sobre la rota nave. « En esta tierra habita
De su cansada gente la esperanza « De mujeres q u e , b á r b a r a s , entregan
Y i n o á alentar, cual iris de b o n a n z a , « A muerte á cuantos hombres aquí llegan.
De Santelmo por fin la luz serena « Solo evita el suplicio ó el oprobio
Brillando sobre un resto de cornisa, « El que en el campo á diez guerreros v e n z a .
P u e s e n pié no quedó máslil ni entena. « Y en el lecho de novio
Esta estrella de paz no bien divisa « A diez vírgenes sirva sin vergüenza.
El m a r i n e r o , póstrase de h i n o j o s , « S i , v e n c e d o r en el primer c o m b a t e ,
Y c o n trémula faz y h ú m e d o s ojos « Sucumbe en el de amor, mandan las l e v e s
Pide al cielo merced. Callan de pronto « Que sin piedad al punto se le m a t e .
Aquilón y mistral. Único dueño « Y q u e para cavar ó guardar bueyes
Q u e d a poniente del airado p o n t o , « Todo el q u e le acompañe quede esclavo.
Y de tal m o d o la onda amarga agita « Si hay alguno tan bravo
CANTO XIX.

Los guerreros alistan


« Que en a m b a s lides salga v i c t o r i o s o ,
Y á sus gentes e x h o r t a n á q u e embistan.
« Dando á los s u y o s libertad, esposo
Tiene el puerto la forma de herradura
« Será de diez doncellas,
Y mas de cuatro millas de c o n t o r n o ;
« Que elegirá á su gusto entre las bellas. »
Doscientos pasos [tiene su abertura
No pudo Astolfo contener la risa
Y á cada lado un fuerte por adorno.
Al escuchar costumbre tan extraña.
Sobre un m o n t e , á manera de anfiteatro,
Hácia él en esto lléganse Marfisa
La ciudad junto al puerto
Y G r i f ó n , Sansoneto y Aquilante.
De los vientos del Sur se halla á cubierto.
El patrón á su encuentro se d i r i g e ,
Apénas el bajel toca la orilla,
Y , narrando la pena que le aílige,
Cunde veloz la nueva por la villa.
« Morir quiero en el mar de una v e z , » d i c e ,
Armadas de arcos llegan sin tardanza
« N o , e s c l a v o , soportar vida infehce. »
Seis mil m u j e r e s , q u e , s e g ú n su usanza,
Así los m a r i n e r o s ,
Con naves y con c u e r d a s de la fuga
Así los n a v e g a n t e s opinaron •, Les quitan hasta la última esperanza.
Mas de distinto parecer se hallaron
De estas m u j e r e s u n a , á quien arruga
Marfisa y sus valientes c o m p a ñ e r o s ,
Decrépita vejez la altiva f r e n t e ,
Que del airado mar á los embates Llamar hace al patrón. Incontinente
T e m b l a r o n , miéntras nada De aquel reino le narra la c o s t u m b r e ,
Temblar les hizo en medio á los combates
Y que elija le m a n d a
Donde pudieran manejar la espada.
Entre muerte ó perpetua servidumbre.
Por ir á tierra anhelan los g u e r r e r o s , « De eludir esta ley un medio os q u e d a ,
Y mas que t o d o s , el Bretón p o r f í a , Dice : « si uno tan fuerte
Que de su trompa á los bramidos fieros « Entre vosotros hay q u e dar la muerte
La destrucción de su rival confia. « A diez g u e r r e r o s en el campo p u e d a ,
Los unos p u e s desembarcarse q u i e r e n , « Y en el lecho en seguida
l o s otros á alta mar salir p r e f i e r e n , « Servir á diez doncellas de c o n s o r t e ,
Cuando al p a t r ó n el bando fuerte obliga « Dueño y señor será de nuestra c o r t e ,
A que hácia tierra su camino siga. « Y partir los d e m á s podréis con vida. »
No bien entra en el puerto En vez la vieja de infundirles m i e d o ,
El mísero b a j e l , c u a n d o , provista De los héroes dobló la gallardía,
De mucha g e n t e y de patrón e x p e r t o , Que cada c u a l , m e r c e d á su d e n u e d o ,
Aparece á s u vista En una y otra lid vencer confia.
Otra nave m a y o r , que sujetando Marfisa, por d e s g r a c i a ,
Al destrozado l e ñ o , remolcando Entrar en la s e g u n d a no p o d í a ;
Hácia tierra lo va. Contrario el noto Mas en cambio esperaba que su audacia
A las v e l a s , e m p e r o , De tal obligación la eximiría.
Se o p o n e , y al remero y al piloto, Todos de a c u e r d o , presto
En tanto q u e la cota y el acero
ORLANBO FURIOSO. CANTO XIX.

Mandaron al patrón que á tierra f u e s e , « De ese embrollo s a l d r é , que bien el modo


Y á la vieja dijese q u e , dispuesto « Sé con que el rey Lacedeinonio el nudo
A combatir, en el bajel se hallaba « De Gordio d e s a t ó : y hacer hoy quiero
Mas de uno q u e sus pactos aceptaba. « Q u e , miéntras ruede el orbe sobre su e j e ,
Álzase el ancla p u e s , hacia la orilla « De n u e v o el extranjero
E m p u j a n el bajel los m a r i n e r o s , « Del furor de esas gentes no se queje. »
Y un grupo de caballos y guerreros De su acento altanero
Sobre la puente improvisada brilla. Cada cual c o n m o v i d o , á la contienda
l»or medio á la ciudad luego pasando, Sus esperanzas todas encomienda.
Miles v e n de mujeres altaneras, Cubierta de su malla
Lijeras por las calles c a b a l g a n d o , Se presenta Marfisa en el cercado
Y en la plaza lidiando cual guerreras. Que para tales juegos r e s e r v a d o ,
Calzar e s p u e l a , ni ceñir espada, De la ciudad en lo mas a l t o , se halla.
Ni armas allí vestir el hombre p u e d e , En torno dél se extiende en anfiteatro
Que á diez tan solo este favor c o n c e d e Inmensa g r a d a , y cuatro
L a antigua ley q u e arriba va citada. Puertas de bronce entrada
Por esta usanza, q u e los s e x o s t r u e c a , Dan á la g r e y q u e marcha tras Marfisa,
A la a g u j a ó la rueca A quien montada en esto se divisa
V i v e n eternamente condenados Sobre un tordo corcel de manchas b e l l a s ,
L o s pocos q u e allí v i v e n , pues apénas Salpicada la piel como de estrellas.
P o r mil mujeres se contaran ciento. En su cabeza brilla
E n femenino traje embarazados Ojo radiante que revela audacia ;
Marchan con mustia faz y paso lento 5 J a m a s , en fin, piafó bajo la silla
A l g u n o entre cadenas Caballo de mas garbo y de mas gracia.
V i v e , y otros v e g e t a n destinados Tal pensáralo al ménos Noradino
A arar la tierra ó á guardar ganados. Cuando á ofrecerle á la doncella vino.
Dejar los héroes quieren á la suerte Por la puerta que mira á mediodía
Que decida quien deba Marfisa entró. De trompas y clarines
El primero tentar la doble prueba. E l eco estrepitoso oye bien p r e s t o ,
Mas cada cual al proponerlo advierte Y á los diez paladines
Q u e el n o m b r e de Marfisa no entre en u r n a , Ve luego entrar por el costado opuesto.
P u e s no puede arrostrar la lid nocturna. Mas que los otros nueve , el que los guia
La dama este propósito combate , Muestra en su gesto esfuerzo y bizarría.
Y la suerte decide q u e ella sea Delante llega comprimiendo el flanco
1.a primera que salga á la pelea. De un fogoso c o r c e l , cuya piel n e g r a ,
«. Morir prefiero, d i c e , en este e m b a t e , En el pié z u r d o y en la f r e n t e , alegra
« Que á torpe esclavitud no me acomodo. De escasos pelos ramillete blanco.
« C o n este a c e r o . » y muéstralo d e s n u d o , Del color del c a b a l l o , la armadura
ORLANDO FURIOSO.
La otra mitad sobre la tierra dura.
Del caballero c l a r a m e n t e dice Así partido aqueste
Que , cual h u y e la l u z de noche o s c u r a , Uno de aquellos votos parecía
La dicha huyó de su ànima infelice. Q u e , agradecida á la bondad c e l e s t e ,
Dada que fué de c o m e n z a r la s e ñ a , Cuelga en los templos una mano pia.
Cada cual de los n u e v e el asta b a j a , Huye el otro. Hasta el medio de la plaza
E x c e p t o el de lo n e g r o , que desdeña Le persigue la v i r g e n , y de un tajo
Entrar en el c o m b a t e con ventaja. La cabeza y el yelmo le echa abajo.
A la ley de esta tierra Muertos en suma t o d o s , ó en la tierra
La l e y anteponiendo d e la g u e r r a , T e n d i d o s , cesa esta terrible g u e r r a .
A un lado se retira El que rigiendo á los demás v e n i a ,
Y el desigual c o m b a t e atento mira. Hasta entonces inmóbil, á un costado
Contra los n u e v e en rápida carrera De la lid r e t i r a d o ,
La dama corre , enarbolando el asta Los prodigios de esfuerzo y bizarría
Que del buque eligió entre las e n t e n a s , Ve q u e uno solo contra n u e v e h a c i a ;
Y q u e á mover apénas Y , no queriendo que á temor se achaque
La fuerza junta de c u a t r o hombres basta. La tardanza q u e puso en el a t a q u e ,
Del primer adversario á quien ataca La diestra alzando en seña
Hace pedazos el fornido e s c u d o , De que algo tiene que e x p o n e r , a v a n z a ,
Y « ¡oh guerrero ! » le dice ( p u e s ni sueña
Y la cota v el pecho a t r a v e s a n d o ,
Que quepa en una dama tal p u j a n z a )
De lanza un palmo p o r su espalda saca.
« De dar ya muerte estar debes cansado.
Retirándola l u e g o
« Cansarte mas no fuera d e l i c a d o ,
Sin vida del arzón á dos d e r r i b a ,
« Ni de mi espada en gloria
Que al poder de su b r a z o solo iguala
« Redundara por tanto la victoria.
El del obús al despedir la bala.
« Así p u e s , en tu o b s e q u i o , esta contienda
Muchos embates resistió su cota,
« Pido que hasta mañana se suspenda.
Ninguno empero quebrantarla pudo ;
P u e s , cual rechaza e l muro á la p e l o t a , — « Gracias mil por tu o f e r t a , q u e r e h u s o , »
Así los rechazó su f u e r t e escudo, Interrumpe la virgen , « pues ni nuevo
Que por raro p r o d i g i o « Me es de las armas ni molesto el uso.
Templado en la o n d a fué del lago Estigio. « Ven y verás cuan presto te lo p r u e b o ;
Párase; vuelve luego « V e n , que tomar reposo honor me v e d a ,
De su caballo á estimular el fuego, « Y al sol buen rato de su luz aun queda.
Y hasta la e m p u ñ a d u r a — « P l u g i e s e , » dice el o t r o , « al cielo justo
En sangre tiñe el h i e r r o , que en pedazos « En t o d o , cual en e s t o , darme gusto ;
A aqueste la c a b e z a , á aquel los brazos « Mas teme que ese s o l , cuando o s c u r e z c a ,
Corta veloz : por m e d i o á la cintura « Por siempre para tí desaparezca. »
Parte al o t r o , d e j a n d o D i c e ; manda que aprisa
La mitad de su c u e r p o cabalgando,
ORLANDO FURIOSO.

Se le traigan dos lanzas, y una dellas


Como el guerrero y como la doncella
Entregando á Marfisa,
A tanto y tanto golpe s o b r e v i v e ,
Espera solo del clarín el toque.
Y proclama sin pares en valientes
Escuchándolo emhistense, y el v ¡ e n ™
Y el mar y el s u e l o , a t a n violento c h o q u e , A los dos esforzados combatientes.
«¡No ha sido poca la fortuna m í a , »
Estremecidos zumban. Voz y aliento
Marfisa se d e c i a ,
Contienen todos cuantos v e n la l u c h a ,
« De que se haya negado tal denuedo
Y cada cual atento
« Al de los nueve unir su noble guia,
Con ansia mira y con cuidado escucha.
« A quien apénas resistir y o puedo.
Por arrojar á su contrario en lien a
— « Dichoso fui, » pensaba el caballero,
Contra él la dama furibunda cierra.
É l , aguerrido y f u e r t e , « De que fuese mi oferta desechada,
« Que, casi en v a n o , defenderme quiero
La lanza enristra para darle muerte.
« Contra esa diestra de matar cansada.
Cual dos mimbres q u e el sol puso p a j i z a s ,
«¿Qué será si una noche de reposo
Saltan al aire con crujido horrendo
« Torna á alentar el brazo v i g o r o s o ? »
Las dos sólidas lanzas hechas trizas.
Así pensando, cada cual procura
El encuentro cruel los corbejones
A su adversario herir. Mas ya la tarde,
Troncha de ambos bridones que cayendo
Empañando del sol la lumbre pura,
Derriban á los bravos campeones.
Les veda hacer de su valor alarde.
A e m b a t e s de este género avezada
Sobreviene la n o c h e , y el primero
La doncella a g u e r r i d a ,
Así rompe el silencio el caballero :
A miles d e guerreros en su vida
« Pues que en igual fortuna
La silla hizo perder de una lanzada;
« Nos viene á sorprender noche importuna,
Mas por la v e z primera hoy en el suelo
« Soy de opinion que salva
V i é n d o s e , siente inmensa pesadumbre
« Guardes la vida hasta que luzca el alba.
¡Ni es m e n o r del contrario el desconsuelo,
« Si otorgar de tu vida
Que , c o n t r a su costumbre,
« Solo puedo una noche á la medida,
Vino á tierra también. Apena tocan
« No te quejes de m i , mas bien te queja
A m b o s el s u e l o , se alzan , se provocan,
« De la ley que aquí rige. El cielo sabe
Y con g o l p e s crueles
« Cuanto te compadezco y á tu g e n t e ;
Hacen crujir las cotas y broqueles ,
« Con ella pues hácia mi estancia vente
Que d e b e n ser mas sólidos que un yunque
« Si perecer no quieres;
Para q u e tanto golpe no los trunque.
« Pues de los nueve á quien mató tu lanza,
¡No e s Marfisa mas fuerte que el guerrero-,
« Las noventa mujeres
Igual v a l o r en ambos se p e r c i b e ,
« Forjando están ya planes de venganza.
Igual a r t e y pujanza. Cada acero
V u e l v e al instante el golpe que recibe. — « Acepto con placer, » Marfisa dice,
T e s t i g o de esta bárbara querella « Tu bondoso hospedaje, pues confio
« E n tu ánimo c o r t e s m a s que en tu b r í o .
« Mas cálmate p o r Dios. No temas v e r t e
« E n la n e c e s i d a d d e d a r m e m u e r t e . CANTO I L
« T e m e m a s bien por t i , pues bien has visto
« C u a l de tu e s p a d a el ímpetu resisto. Historia de Guidon el Salvaje. — Origen y establecimiento de
« Así p u e s , c e s e ó siga la batalla , aquella colonia de mujeres. — Marfisa y los paladines tratan
(c A l ú m b r e n n o s el sol ó las e s t r e l l a s , de salir d e allí. — Opónense las mujeres g u e r r e r a s , á las
cuales dispersa Astolfo valido de su trompa, — Llegada de
t> Dispuesto s i e m p r e se halla
Marfisa y sus compañeros á Marsella. — Extrañas reyertas
« Mi b r a z o v e n c e d o r en mil querellas. » de Marfisa con Pinabelo y con Zerbino por la vieja Gabrina*
A su r i v a l , 110 o b s t a n t e , otorgar quiso
Que , hasta q u e el sol de n u e v o a p a r e c i e s e ,
Que las m u j e r e s de la edad antigua
Se dejase indeciso
Grandes c o s a s han h e c h o
Cual de los d o s m a s e s f o r z a d o f u e s e .
De las a r m a s y ciencias en p r o v e c h o ,
E n cambio el n o b l e j o v e n á A q u i l a n t e , La historia c l a r a m e n t e lo a t e s t i g u a .
Al b u e n Grifón y á los d e m á s se llega , Arpácile y Camila son famosas
Y q u e v e n g a n c o n él también les r u e g a . P o r su a r d o r y pericia en los c o m b a t e s ;
Sin r e c e l o los h é r o e s aceptaron A Corina y á Safo obras preciosas
E s t e c o n v i t e , y j u n t o s caminaron , P o r siempre han p u e s t o al lado d e los vates.
Al resplandor d e fúlgidos b l a n d o n e s , Cosa es también notoria
A u n s u n t u o s o palacio dividido Que á una alta p e r f e c c i ó n , en t o d o aquello
E n m u c h o s y m a g n í f i c o s salones. A q u e se ha d e d i c a d o , el s e x o bello
Al llegar á su estancia Casi siempre llegó. Si á su m e m o r i a
Su y e l m o alza e l g u e r r e r o , Ha habido edad q u e no h a y a t r i b u t a d o
A todos s o r p r e n d i e n d o . De arrogancia L o s debidos h o n o r e s ,
L l e n a su noble f a z , no descubría Durar no p u e d e s i e m p r e tal e s t a d o ,
Diez y o c h o a ñ o s cumplidos todavía. Que sin duda ha c r e a d o
Estupefacta q u e d a la doncella La envidia de ignorantes e s c r i t o r e s .
De q u e q u e p a á esa edad tal b i z a r r í a , De mérito hay tal s u m a
Y estupefacto él q u é d a s e , al par d e l l a , En m u c h a s d a m a s h o y , q u e c o n j e t u r o
Al ver su r o s t r o bello Que al papel y á la p l u m a
Y de su s e x o el delator cabello. Dará ocupacion en lo f u t u r o .
Mutuamente su n o m b r e De la calumnia la malvada l e n g u a
El u n o al o t r o s e pregunta en tanto. T e n d r á q u e e n m u d e c e r llena d e m e n g u a
El del j o v e n e m p e r o no os a s o m b r e Ante tan nobles h e c h o s , á los c u a l e s
Si descubrir difiero hasta otro canto. Serán los de Marfisa a p e n a i g u a l e s .

Mas, volviendo á Marfisa, decir debo


C o m o al cortes m a n c e b o ,
De quien el n o m b r e conocer d e s e a ,
T. 1. 16
« E n tu ánimo c o r t e s m a s que en tu b r í o .
« Mas cálmate p o r Dios. No temas v e r t e
« E n la n e c e s i d a d d e d a r m e m u e r t e . CANTO I L
« T e m e m a s bien por t i , pues bien has visto
« C u a l de tu e s p a d a el ímpetu resisto. Historia de Guidon el Salvaje. — Origen y establecimiento de
« Así p u e s , c e s e ó siga la batalla , aquella colonia de mujeres. — Marfisa y los paladines tratan
(c A l ú m b r e n n o s el sol ó las e s t r e l l a s , de salir d e allí. — Opónense las mujeres g u e r r e r a s , á las
cuales dispersa Astolfo valido de su trompa, — Llegada de
t> Dispuesto s i e m p r e se halla
Marfisa y sus compañeros á Marsella. — Extrañas reyertas
« Mi b r a z o v e n c e d o r en mil querellas. » de Marfisa con Pinabelo y con Zerbino por la vieja Gabrina*
A su r i v a l , 110 o b s t a n t e , otorgar quiso
Que , hasta q u e el sol de n u e v o a p a r e c i e s e ,
Que las m u j e r e s de la edad antigua
Se dejase indeciso
Grandes c o s a s han h e c h o
Cual de los d o s m a s e s f o r z a d o f u e s e .
De las a r m a s y ciencias en p r o v e c h o ,
E n cambio el n o b l e j o v e n á A q u i l a n t e , La historia c l a r a m e n t e lo a t e s t i g u a .
Al b u e n Grifón y á los d e m á s se llega , Arpácile y Camila son famosas
Y q u e v e n g a n c o n él también les r u e g a . P o r su a r d o r y pericia en los c o m b a t e s ;
Sin r e c e l o los h é r o e s aceptaron A Corina y á Safo obras preciosas
E s t e c o n v i t e , y j u n t o s caminaron , P o r siempre han p u e s t o al lado d e los vates.
Al resplandor d e fúlgidos b l a n d o n e s , Cosa es también notoria
A u n s u n t u o s o palacio dividido Que á una alta p e r f e c c i ó n , en t o d o aquello
E n m u c h o s y m a g n í f i c o s salones. A q u e se ha d e d i c a d o , el s e x o bello
Al llegar á su estancia Casi siempre llegó. Si á su m e m o r i a
Su y e l m o alza e l g u e r r e r o , Ha habido edad q u e no h a y a t r i b u t a d o
A todos s o r p r e n d i e n d o . De arrogancia L o s debidos h o n o r e s ,
L l e n a su noble f a z , 110 descubría Durar no p u e d e s i e m p r e tal e s t a d o ,
Diez y o c h o a ñ o s cumplidos todavía. Que sin duda ha c r e a d o
Estupefacta q u e d a la doncella La envidia de ignorantes e s c r i t o r e s .
De q u e q u e p a á esa edad tal b i z a r r í a , De mérito hay tal s u m a
Y estupefacto él q u é d a s e , al par d e l l a , En m u c h a s d a m a s h o y , q u e c o n j e t u r o
A l ver su r o s t r o bello Que al papel y á la p l u m a
Y de su s e x o el delator cabello. Dará ocupacion en lo f u t u r o .
Mutuamente su n o m b r e De la calumnia la malvada l e n g u a
El u n o al o t r o s e pregunta en tanto. T e n d r á q u e e n m u d e c e r llena d e m e n g u a
El del j o v e n e m p e r o no os a s o m b r e Ante tan nobles h e c h o s , á los c u a l e s
Si descubrir difiero hasta otro canto. Serán los de Marfisa a p e n a i g u a l e s .

Mas, volviendo á Marfisa, decir debo


C o m o al cortes m a n c e b o ,
De quien el n o m b r e conocer d e s e a ,
T. 1. 1G
Dice : « Marfisa s o y , » y asaz es e s t o ; « De esta ley el m o t i v o , »
Q u e , esto s a b i d o , s e adivina el resto. Guidon c o n t e s t a , « en varías ocasiones
Cuando su turno llega , el caballero « Oí, desde que vivo
Asi mas amplio su discurso empieza : « A q u í , contar, y cual m e fué narrada
« Que de mi estirpe conocéis infiero « A contárosla voy si es q u e os agrada.
« Cada cual el r e n o m b r e y la g r a n d e z a , « C u a n d o , despues de diez años de guerra
« P u e s no en Europa s o l o , « Y otros diez años de enemigos vientos.,
« Sino en I n d i a , en E t i o p i a , hasta en el p o l o , « Arrasados de Troya los cimientos,
« Es célebre el blasón de Claromonte , « Retornaran los griegos á su t i e r r a ,
« De do naciera el caballero fuerte « A sus damas hallaron
« Que al rey Mambrino y á Clariel y á Almonte « Q u e , temerosas de morir de t e d i o ,
« El reino a r r e b a t ó , dándoles muerte, « A su viudez buscaron
« Mi p a d r e , el d u q u e A m o n , de Francia vino « Con j ó v e n e s amantes un remedio.
« A engendrarme al paraje « De ajenos hijos p u e s , á su r e g r e s o ,
« D o , por ocho ó diez b o c a s , a l Euxino « Llenas sus casas los de Grecia encuentran ;
« Va á prestar el Danubio su homenaje. « E m p e r o , á sus esposas este e x c e s o
« Por ir á Ocaso en busca de mi g e n t e , « Perdonan al pensar cuan importuno
a A mi m a d r e , un año h a , dejé doliente; « Parecerles debió tan largo a y u n o ,
« Mas por tormenta q u e turbó mi v i a j e , « Y su ira reconcentran
« A esta tierra fatal fui conducido, « Contra el q u e no pecó , pues no consienten
K Do diez meses ó mas h a que resido. " Que en su hogar tales hijos se sustenten.
« Guidon me denominan el Salvaje; « Vendidos unos s o n ; o t r o s , o c u l t o s ,
« Ilustre no es mi n o m b r e todavía , « Por el materno amor son sostenidos.
« Bien que á mis manos en fatal pelea « En escuadras diversas los a d u l t o s ,
« Murieron Argilon de Melibea « Por aquí y por allí, v a n divididos.
« Y los n u e v e q u e al c a m p o él conducía. « Cual cultiva las artes,, cual la t i e r r a ,
« Victorioso en la lid d e las doncellas, « Cual se entrega al estudio ó á la guerra.
« De entre las mas amables y mas bellas « Fortuna á los d e m á s , según le place ,
« Escoger y guardar p u e d o á mi l a d o , « Pastores y a , ya cortesanos hace.
« Según mi a n t o j o , á d i e z ; que todas ellas « Con otros parte á ver climas extraños
« El gobierno de esta ínsula me han d a d o , « Un hijo de la altiva Clitemnestra.
« Cual lo darán al q u e , cual y o , consiga « Su faz de diez y ocho años
« Coronar con el triunfo su fatiga. » « La gracia y lozanía
A Guidon los g u e r r e r o s el origen « De una recien cogida rosa muestra.
Preguntan de la ley q u e de esta tierra « Este, a r m a n d o un b a j e l , en compañía
A los hombres d e s t i e r r a , « De cien mancebos de su edad y a r r o j o ,
Y s i , cual en los otros los v a r o n e s , « De ribera en ribera
En estos climas las m u j e r e s rigen. « Va sembrando el terror por donde quiera.
CANTO X * . 3(55

« Del fruto de su audacia y de su pena.


« L o s de C r e t a , entretanto que en su enojo « De amoroso placer y de alegría
« Contra el fiero tirano l d o m e n e o , « Algún tiempo fué estancia
« Y en su ardiente deseo « Aquella triste y solitaria arena.
« De lanzarle del t r o n o , copia inmensa « Mas ¡ a h ! ¡cuán verdad es q u e la abundancia
« Hacen de gente y medios de d e f e n s a , « Los corazones j ó v e n e s enfria !
« De Falanto (así el joven se llamaba) « Al undécimo dia
« Los servicios compraron « De esta vida de amor y de p l a c e r e s ,
« A alzado p r e c i o , y á su gente brava « La gente de Falanto empalagada ,
« De Dictea la guardia encomendaron. « Besuelve abandonar á sus m u j e r e s .
« Era Dictea entre las cien ciudades « Que mujer q u e no agrada
« Que en su recinto Creta c o n t e n i a , « Es de todas la c a r g a mas pesada.
« La mas fecunda en (lores y en beldades, « E l l o s , que la ganancia y el dinero
« La mas rica en placeres noche y día. «Mas que un gozar costoso a p e t e c í a n ,
« La juventud que con Falanto v i n o , « Vieron bien q u e la aljaba ó el acero
« Que era en gracia y valor la flor de Grecia, « Mantener tantas bocas no podían.
n Inflama presto al s e x o f e m e n i n o , « S o l a s , p u e s , á las míseras d e j a r o n ,
« Que, en la amorosa lid al ver su b r í o , « Y, de botín h e n c h i d o s , se marcharon
« Sobre lodo otro bien su afecto aprecia « Hacia la P u l i a , d o n d e , de T á r e n l o
« Y con placer se rinde á su albedrío. « Junto á la mar, echaron el cimiento.
« Mas concluyóse luego « Las damas al mirarse abandonadas
« La guerra que á aquel sitio los c o n d u j o ; « Por aquellos q u e tanto les debían ,
a Y , faltando la paga , el jefe griego « Sobre la p l a y a , tristes y angustiadas,
« A partir á sus j ó v e n e s indujo. «Inmóbíles estatuas parecían.
« Viendo en fin q u e al dolor q u e las inquieta
« De las damas de Creta amargo el llanto,
« Sus lagrimas no dan algún r e m e d i o ,
« Acerbo es el dolor, vano es el r u e g o .
« Por calmarlo discurren otro medio.
« E n t o n c e s , de Falanto
« Unas p r o p o n e n , retornando á Creta,
« Bien decididas á seguir las huellas,
« De airado padre ó de ofendido esposo
« P a d r e s , hijos y esposas todas ellas
« Implorar el perdón , antes q u e el hambre
« A b a n d o n a n , llevándose un tesoro
« De su vida á cortar venga el estambre.
« En ricas j o y a s y en montones de oro.
« Otras á aquesta suerte
« Tan favorable el viento
« Prefieren darse entre las olas muerte.
« Y tan bien escogido es el m o m e n t o , « Oirás ir á reg'ones extranjeras
« Que nadie en Creta la noticia sabe « Proponen y el oficio
« Antes que en alta mar boga la nave. « De esclavas ejercer ó de rameras ,
« Así b o g a n d o , al fin tomaron puerto « Mas bien q u e someterse al vil suplicio
« E n un pais recóndilo y desierto. « De que su infiel conducta se hizo rea.
« Allí se reposaron
« Y tranquilos gozaron
CANTO XX. Mt
« Vana en breve seria
« Así, mil medios todas proponían
« La ley que hacer eterna se quería.
« De conjurar el riesgo que temían,
« En esta situación, de la prudencia
« Cuando u n a , la magnànima Orontea,
« El consejo escuchando, resolvieron,
« Que del rey Midas era descendiente,
»( Entre los hombres que á pisar viniesen
« l a mas sabia de todas , la mas bella,
« De aquel suelo á los ásperos confínes,
« La mas joven y ménos delincuente,
« Elegir diez que denodados fuesen
« Pues que á Falanto se entregó doncella,
« En el campo y el lecho paladines.
« Alza la voz. En su habla y en su gesto
« Cuatro años duró enteros
« Del intrépido pecho exhala la ira, « Esta elección, que á muchos caballeros,
« Y con un medio por ninguna expuesto « Antes de terminar, costó Ja vida.
« Gran confianza á las demás inspira. « Los hombres eran d i e z , las damas ciento;
« Su opinion es quedarse en esta tierra, « A cada v a r ó n , pues", fué en el momento
« De fértil territorio y de aires sanos, « La guardia de diez damas c o n f e r i d a ,
« Que claros rios en su seno encierra , « Con condicion que si despues venian
« Selvas opacas, espaciosos llanos « Otros mas esforzados á estos puertos,
« Y puertos d o n d e , e n sus conflictos g r a v e s , « Sin piedad los primeros siendo m u e r t o s ,
« Reparo contra el m a r hallan las naves « A los nuevos el puesto cederían.
« Que conducen de Oriente objetos varios , « Con pena estas mujeres contemplaban
« A la vida y al lujo necesarios. « L a multitud de niños que nacían,
« Fijarse allí p r o p o n e , « Y á temer empezaban
« Y à fuego y sangre quiere que se entregue, «Que si á este mal remedio no ponían
« Sin que á ninguno se p e r d o n e , « Del reino ellos mas tarde
« Cuanto varón à aquellas costas llegue. « A conquistar las riendas llegarían.
« Dice, aprueban las otras, y se erige « De aquí la ley que veda que á su lado
La infame ley q u e desde entonces rige « Mujer ninguna mas de un hijo g u a r d e ,
« Al menor ruido q u e en la mar se siente, « Y que manda que el resto, transportado
« Mandada acude la femenina gente « A extraños climas, se permute ó v e n d a .
« Por su reina, la impávida Orontea, « Con este fin hácia parajes varios
« Q u e el f u e g o , el hierro y la rapiña emplea « Se expiden emisarios,
« contra todo b a j e l que aquel paraje « A quienes se encomienda
« T o c a , y hombre n o deja que noticia « Que por hembras los truequen, ó que al ménos
« Allende vaya á d a r de su coraje « No se retornen sin sus cofres llenos.
«Por sí mismas haciéndose justicia, « Mas, no siendo posible
« Solas allí v i v i e r o n « S i n hombres conservar su descendencia,
« Un año tras o t r o año. « De aquella ley terrible
« Pronto, e m p e r o , advirtieron « Modificada un tanto la inclemencia,
« Que trabajaban e n su propio daño-, « No y a mortal sentencia
(< p L l es, privadas así de descendencia-
<( Sin r e c u r s o , cual a n t e s , se fulmina
« Contra el q u e á aquellas costas se avecina. « De su cautivo al fin queda cautiva.
« Si allí la mar en su fatal violencia « — S e ñ o r a , » dícele é l , « si de esta tierra
« Diez h o m b r e s , veinte ó mas á un tiempo lanza, « A las hembras anima
« Juntos en una cárcel sin tardanza « La piedad que del orbe en todo clima
« Darán cada mañana en holocausto « El femenino corazon e n c i e r r a ,
« Una v i c t i m a , s í , mas una sola, « Y o , por vuestra b e l d a d , pediros oso
« En el altar infausto « Me conservéis la vida
« Donde Orontea a la v e n g a n z a inmola. « Que en seguida por vos d a r é gustoso.
« Muchos años d e s p u e s , por su destino «Mas si, contra n a t u r a , aquí inhumanos
« H á c i a estas costas i m p e l i d o , vino « Los pechos s o n , cual referir he o i d o ,
« Un j o v e n , d i g n o sucesor de Álcides, « No la existencia os p i d o ,
« L l a m a d o Elbanio, célebre en las lides. « P u e s mis ruegos sé bien q u e fueran v a n o s ;
« Tranquilo , sin recelo ni s o s p e c h a , « Solo aspiro á morir cual caballero
« Llegó-, mas s o r p r e n d i d o , e n c a d e n a d o ^ « Esgrimiendo el a c e r o ,
« Con buena guardia y en prisión estrecha, « Y no cual hombre á quien desdora un juicio,
« Cual todos los d e m á s , fué s e p u l t a d o , « O cual vil animal en sacrificio.
«( Bello era su semblante y agraciado, « La bella d a m a , á quien piadoso afecto
« C o n lágrimas los párpados a g i t a ,
« Corteses sus m o d a l e s ,
« Responde asi : « — Bien sé q u e con efecto
« Y su facundia y su elocuencia tales
« A la gente q u e habita
« Que con placer un áspid le escuchara.
« Aquí la fama cual perversa cita;
« Narrado esto f u é , p u e s , cual cosa rara
« Mas no por eso es justo q u e se crea
« A la hija de O r o n t e a , q u e vivía
« Ver en cada mujer una Medea,
« Sola entre t o d a s las que allí vinieron
« Y si esto fuese a s i , probarte quiero
« ( B i e n q u e cargada de años) todavía.
« Que entonces y o de las demás difiero.
« E n n ú m e r o y en fuerza y bizarría
« C r e c e r vió á las que á aquellas s u c e d i e r o n , « Duro mi pecho mas q u e el de una harpía
« Y vido á diez g u e r r e r o s , « F u e r a , y mas q u e el d i a m a n t e ,
« De diez esposas cada cual c o n s o r t e , « Si á tanta gracia y tanta cortesía
« Dar muerte atroz á cuantos e x t r a n j e r o s « Pudiera resistir un solo instante.
« L l e g a b a n por su mal á esta impía corte. « ¡ A h ! ¿ p o r q u é al precio de la vida mia
«No m e es hoy dado rescatar la t u y a ,
« A l e j a n d r a , q u e ver al j o v e n quiso
« Y de esa ley hacer que se destruya
« Objeto de la pública a l a b a i u a ,
« El efecto fatal ? ¿ P o r q u é no puedo
« De su madre el permiso
« Concederte la gracia apetecida,
« De v e r á Elbanio y de escucharle alcanza.
« Sin q u e me arredre el miedo
« Mas, cuando de él en separarse piensa,
« De alargar tu suplicio con tu v i d a ? —
« Siente en su pecho la inquietud mas viva,
l( S e agita, y sin defensa « Besponde Elbanio : — Si á la liza vengo
« Con diez contrarios, la esperanza tengo
1G.
CANTO XX. 371

« Que asaz para la guarda de esta tierra


« De q u e , dándoles m u e r t e , « En nuestros brazos y ánimos se encierra.
« Del oprobia mi espada me liberte. « Si á alguno entre nosotros admitimos
« Solo con un suspiro le responde « Por no acabar con nuestra descendencia,
« La d a m a , q u e no advierte « De l a necesidad virtud hicimos.
« Todo el amor que en su piedad se esconde. « Atentas á la voz de la p r u d e n c i a ,
« Hacia su madre vuela-, « En guardar convinimos
« Tan p o c o s , que un varón servir debia
« Su cuita le revela
« A diez hembras de esposo y compañía.
« Y su ansia de que á Elbanio se p e r d o n e ,
« Su esfuerzo pues y s u ánimo en el lecho
« Si c o n s i g u e cumplir lo que propone.
« Pueden tan solo sernos de provecho.
« En c o n s e j o Orón lea
« A sus gentes r e ú n e , y v e r les hace « Contrario á nuestro objeto
« Q u e , si un medio oportuno no s e e m p l e a , « E s , p u e s , guardar un campeón tan fuerte
« No se hallara, cuando alguien lo a m e n a c e , « Que pueda solo dar á diez la m u e r t e ,
« Quien de su reino la defensa abrace. « Que si cual él guardamos otros n u e v e ,
« Diceles q u e es prudente « Nuestro reino sujeto
« Cada v e z que un guerrero se presente « A su poder miraramos en breve.
« P o n e r su esfuerzo á p r u e b a , de manera « Para mandar, las armas de las manos
« Que triunfe el b r a v o y que el cobarde muera. « Quitemos desde agora á esos tiranos.
- « M i opinión e s , a ñ a d e , que se ordene « S i , por la suerte protegido un t a n t o ,
« Que si en lo sucesivo « Salir logra ese j o v e n v i c t o r i o s o ,
« Algún g u e r r e r o á nuestras costas v i e n e , <í Las quejas escuchad , mirad el llanto
« S e le c o n s e r v e v i v o « De cien viudas pidiéndoos un esposo.
« Si con fuerzas se muestra « ¿ P o r q u é , si busca gloria, no propone
« Para entrar contra diez en la palestra. « Un medio ménos bárbaro y sangriento?
« V e n c e d o r en la l i z a , « Y o , por m í , 110 consiento
« Su audacia y su poder nos garantiza. « Que la vida á ese j o v e n se p e r d o n e ,
« Dígolo porque aquí tenemos uno « Si á servir de marido no se obliga
« Que á diez guerreros á vencer se o f r e c e , « A las cien viudas q u e dejar consiga. »
« Lo cual á ser v e r d a d , j u s t o , oportuno « De Artemia (así se llama
« Que se atienda á su r u e g o m e parece. « La despiadada d a m a )
« De lo contrario con la muerte en b r e v e « Esta fué la opiníon. Mas Orontea,
« V e r castigada su jactancia d e b e . — « Que á su hija cara complacer d e s e a ,
« Así dijo Orontea. E n el momento « Mil razones e x p o n e y las renueva
« Una a n c i a n a , agitándose en su asiento, « Hasta que en fin su parecer se aprueba.
— « El principal motivo ,
« Fué la beldad de Elbanio de gran peso
« D i c e , q u e nos indujo
« En esta d e c i s i ó n , pues del congreso
« A conservar a l g ú n guerrero v i v o ,
« En tanto q u e las viejas se obstinaban
« De su esfuerzo ó valor no fué el i n f l u j o ,
« Porque la ley antigua se o b s e r v a s e , i Esta ley, que se observa t o d a v i a ,
« Las jóvenes votaban « Y apénas pasa dia
« Porque la vida á Elbanio se dejase. « Sin que náufrago venga incauto y triste
« E n s u m a , fué sesuelto « A ensangrentar de la venganza el templo.
« Que el j o v e n c a m p e ó n quedase a b s u e l t o , « S i , de Elbanio el ejemplo
« Si á diez g u e r r e r o s e n la lid vencía, « S i g u i e n d o , alguno á combatir se a p r e s t a ,
« Y en el lecho á diez damas dignamente « Su audacia le es por lo c o m ú n funesta.
« De marido despues servir podia. « A la segunda prueba no resiste
« De la oscura p r i s i ó n , donde le encierra « Uno entre mil. Alguno sin e m b a r g o ,
« Bàrbara l e v , saliendo al sol siguiente, « Bien que r a r o , r a r í s i m o , se vido.
« Caballo y armas b u s c a diligente, « Arguilon fué uno d e l l o s ; mas amargo
« Y , apercibido á c o m e n z a r la g u e r r a , « Hice su triunfo y o : pues impelido
« Solo y audaz preséntase en la liza « Por impía suerte a q u í , le di la m u e r t e .
« Y à sus diez adversarios pulveriza. « ¡Oh funesta victoria,
« A la segunda p r u e b a aquella noche « Origen de esta mi afrentosa s u e r t e !
« puesto desnudo c o n t r a diez doncellas, « Que amor no e x i s t e , ni placer ni g l o r i a ,
« De modo se p o r t ó , q u e ni una de ellas « Nada valen la púrpura ni el o r o
« E l labio abrió ni à q u e j a ni à reproche. « Para aquel q u e carece
« Este ardor le g r a n j e a « De libertad, que es el mayor tesoro.
« E l favor de O r o n t e a , « Mi estado insoportable me p a r e c e ,
« Quien de Alejandra y de las otras nueve « Y el ver así en el ocio consumida
« Que entraron en la lid lo hace c o n s o r t e , « La mas hermosa parte de mi v i d a ,
« Declarando desea « Me a f l i g e , me atormenta y me importuna.
« El cetro conferirle d e esta corte « ¿ P o r q u é , miéntras con próspera fortuna
« ( A la cual dar en b r e v e « Combaten mis h e r m a n o s ,
« La beldad de A l e j a n d r a debe n o m b r e ) , « Son por seguirlos mis esfuerzos vanos?
« Con condicion de q u e él y los que vengan « Condenándome á estado tan a b y e c t o ,
« Tras él la ley m a n t e n g a n o Me hace el destino insoportable agravio.
« Que ordena q u e t o d o h o m b r e , « Cual corcel q u e , teniendo algún resabio,
« Lanzado á aquesta p l a y a , « O en el pié ó en la vista a l g ú n d e f e c t o ,
« Muera si en una ú o t r a lid desmaya. « Desechado del bélico ejercicio .
« El que venza en las d o s , autorizado « Apto tan solo queda
« Será por el senado « Para hacer entre y e g u a s su s e r v i c i o ,
« A conservar alguna d e su gente ; « Así yo v i v o , y mi único recurso
« Y él reinará, mientra otro mas valiente « Es la m u e r t e , que d a r m e se me v e d a . »
« Llegue que el triunfo obtenga en el combate, Aquí dió fin Guidon á su d i s c u r s o ,
« Y con la vida el c e t r o le arrebate. Y mil v e c e s maldijo
El triste dia en q u e victoria d o b l e
« Cerca ha de dos m i l años ya que existe
Le condenara á estado tan ignoble. « Es el camino q u e seguir me agrada.
A s t o l l o , retirado y encubierto, — « Y o , q u e tu esfuerzo ya p r o b é , contigo
Oye con atención, y una vez cierto « Cualquier empresa á acometer me obligo.
De q u e Guidon es hijo « Cuando mañana en torno á la estacada
De su pariente Amon : « Y o s o y , » le d i j o , « Esté en la lid la gente c o n g r e g a d a ,
« Tu primo el duque Astolfo-, » y de alegria « Quiero q u e con denuedo la embistamos,
Lágrimas d e r r a m a n d o , entre sus brazos « Dando al lobo y al cuervo
Amoroso le estrecha en fuertes lazos. « Las carnes de esas homicidas damas
« Primo q u e r i d o , a ñ a d e , « Y su ciudad en pábulo á las llamas.
« Mas aun que el signo q u e tu cuello muestra — « B i e n , » dice é l , « que esperanza no conservo
« Tu valor nos persuade « De r o m p e r las cadenas en que v i v o ,
« De q u e provienes de la estirpe nuestra. » « A s e g u i r t e , oh guerrero , me apercibo.
G u i d o n , que en cualquier otra circunstancia « De nuestro e s f u e r z o d u d o ,
Se alegrara de ver á su pariente, « P u e s he visto á m e n u d o
Dolor profundo siente « Diez m i l , mas mujeres en batalla,
M verlo en esta malhadada estancia. « Miéntras n ú m e r o igual guardando queda
Para q u e Astolfo viva « El p u e r t o , la ciudad y la muralla. »
Muerte es preciso q u e Guidon reciba, Replícale Marfisa : — « Aun cuando fuera
Y ni muriendo libertarle p u e d e , « Su n ú m e r o m a y o r q u e el de las huestes
P u e s , a u n cuando triunfante « Que Jérjes del Levante condujera ,
E n la primera lid Marfisa q u e d e , « Mayor q u e el de las almas
E n la segunda c e d e r á , cautiva « Que lanzó de las bóvedas celestes
Quedando con su noble comitiva. « El brazo del Señor, y o nada t e m o ;
La j u v e n t u d del h é r o e , sus m o d a l e s , « Y pues estás c o n m i g o ,
Su esfuerzo y su beldad de tal manera « O que al ménos no estás con mi e n e m i g o ,
Han prendado á sus ínclitos r i v a l e s , « Con esa raza impía
Q u e las armas fatales (c Me atrevo yo á acabar en solo un día.
Contra él no hay uno q u e vibrar y a quiera. — « Un m e d i o , el solo acaso q u e nos queda
Marfisa misma su coraje olvida, « Es el que v o y á proponer. Bien s a b e s , »
Y , á m o r i r decidida Dice Guidon, « q u e l e y severa veda
Por salvar á Guidon : « S a l g a m o s , » d i c e , « A los hombres venir hacia las naves.
« De esta tierra fatal. » — « ¡Vana esperanza! « Confiar quiero pues este p r o y e c t o
Replícale Guidon ; « venza ó s u c u m b a . « A una de mis m u j e r e s que de afecto
« A sustraerte tu valor 110 alcanza « Pruebas extraordinarias
« De infame cautiverio ó de la tumba. « Me dió gustosa en ocasiones varias.
— « De no dar cima à empresa q u e comienzo « Por verse sin rivales, estoy cierto
Interrumpe la v i r g e n , « me a v e r g ü e n z o , « Que aceptará al instante mi propuesta,
« Y el camino q u e me abro con la espada « Y q u e , á partir d i s p u e s t a ,
Uno de ellos durmiendo, otros velando,
<( Antes del alba se hallará en el puerto Ceñida la loriga,
« Con una nave en que partir seguros Del alba están las luces aguardando.
« Podremos de estos malhadados muros. De la faz de la tierra el sol habia
Lanzado apénaslas tinieblas, cuando
« Paladín, traficante ó marinero
El femenino ejército, que ansia
« A quienes, cual á m i , funesto acaso
El fin mirar de la contienda c r u d a ,
« Condujo a q u í , que me sigáis e s p e r o ,
Llega en tropel igual al de un enjambre
« Y que si alguien se opone á nuestro paso
Que de colmena en primavera muda.
« Las espadas nos abran ancha vía
Con trompetas, tambores y clarines
« Para salir de esta ciudad impía.
Resonar hace el pueblo cielo y tierra,
— « Hazlo a s í , » si te p l a c e ,
Excitando á los fuertes paladines
« Dice Marfisa ; « mas jamas esperes
A proseguir la comenzada guerra.
« Que tal partido mi valor abrace, Armados entretanto
u Antes que v e r m e huir, verás cual sola Y á combatir dispuestos, con su génte
« Destrozo á esa caterva de mujeres. Aquilante, Grifón, el de I n g l a t e r r a ,
« Combatiendo s a l d r é , saldré de d i a , Sansoneto y Marfisa al punto vienen.
« Lo demás redundara en mengua mia. Para embarcarse tienen
« Si descubrir mi sexo y o quisiera, Que atravesar la plaza. Conducidos
u Un p u e s t o , y e m i n e n t e , Por G u i d o n , notan una puerta y e n t r a n ,
« Aquí sin d u d a alguna se me diera. A forzar la de enfrente decididos.
a Mas, pues seguida vine de esa g e n t e , Mas un muro allí encuentran
« N o quiero q u e se diga que me a l e j o , De mujeres armadas y feroces,
« Mientra en peligro á mis secuaces dejo. Q u e , de Guidon las miras p e n e t r a n d o ,
Así dijo la v i r g e n atrevida; Por estorbarle el paso van llegando.
Mas, notando e n seguida que funesto
Guidon y sus gallardos
Ser á los s u y o s este a r r o j o d e b e ,
C o m p a ñ e r o s , Marfisa sobre t o d o ,
El plan adopta por Guidon expuesto En sacar sus aceros no andan tardos.
Y á realizarlo se dispone en breve. Mas de lograr su intento no hallan m o d o ,
A A l e r i a , p u e s , según lo c o n v e n i d o , P u e s , de lanzas y dardos
Guidon aquella noche el plan confia. Al v e r s e e n medio de una nube i n m e n s a ,
Ella una n a v e sin demora apresta, Cada cual de ellos en su riesgo piensa,
Fingiendo q u i e r e , así que torne el dia, Temiendo que las cotas y broqueles
Ir con sus c o m p a ñ e r a s Cedan al cabo á embates tan crueles.
A recorrer d e la isla las riberas.
De Sansoneto y de Marfisa viendo
Juntado en tanto en su palacio habia
El duque Astolfo en tierra á los c o r c e l e s ,
De e s c u d o s , l a n z a s , cotas y de aceros
— « ¿A qué a g u a r d o , » se d i c e ,
Inmensa c o l e e c i o n , con que quería
« Que al valor infelice
Armar á sus desnudos marineros.
Dividiendo el descanso y la fatiga,
(c E n tan crítico instante no defiendo?
« De la t r o m p a e n c a n t a d a
« C o n c l u y a el son lo q u e e m p e z ó la espada. —
Diciendo a s í , loca la trompa. Apena
Su e c o fatal r e t u m b a ,
La t i e r r a , el aire e s t r e m e c i d o z u m b a ,
De e s p a n t o y turbación el alma llena
Al p o p u l a c h o q u e las g r a d a s c u b r e ,
Y q u e , salir q u e r i e n d o , c o n la puerta
A d a r , en su i n q u i e t u d , apena acierta.
C u a l , d e s p e r t a n d o a í r e s p l a n d o r del f u e g o
Que abrasa su m a n s i ó n , por las v e n t a n a s ,
P o r los t e r r a d o s , c o n m o r t a l c o n g o j a
Y c o n mil riesgos c a d a cual se arroja ,
Así del c u e r n o al h ó r r i d o e s t a m p i d o
H u y e el f e m í n e o p u e b l o e s p a v o r i d o .
C u a l , por llegar mas p r e s t o h a c i a la p u e r t a ,
D e s d e un palco se a r r o j a ó de la g r a d a ;
M u j e r h a y q u e del g o l p e q u e d a m u e r t a ;
C u a l , r o t o un m u s l o ó la c a b e z a a b i e r t a ,
Cierra el paso á la turba q u e , a z o r a d a ,
Salir del c a m p o espera
Y e n t o r n o de sus p u e r t a s se a g l o m e r a .
Llanto y gritos d e ruina y d e s c o n s u e l o
E l é v a n s e hasta el cielo
Do q u i e r q u e el e c o de l a t r o m p a l l e g a ,
A la f u g a se e n t r e g a
C o n n u e v o afan la c h u s m a . Ni e s t o e s cosa
Que á n a d i e p a s m a r deba ,
P u e s s i e m p r e fué la liebre t e m e r o s a .
M a s l o q u e es cosa inconcebible y n u e v a
E s q u e M a r f i s a , q u e Guidon S a l v a j e ,
Q u e los d o s f u e r t e s h i j o s de O l i v e r o s ,
D e s p u e s de h a b e r v e n c i d o á mil g u e r r e r o s
Y c u b i e r t o de gloria a su l i n a j e , Astolfo pone en fuga á las mujeres homicidas. (T. I, 378.)

H u y a n h o y sin a l i e n t o , cual p a l o m a
O c o n e j o á q u i e n turba y a m e d r e n t a
El e s t r u e n d o de p r ó x i m a t o r m e n t a .
Del encantado cuerno el mismo daño
Hace el son al amigo que al e x t r a ñ o ;
Tras de Marfisa, p u e s , despavoridos
Huyen aquellos héroes a g u e r r i d o s ,
Que mas á cada instante y mas se ofuscan
Y que donde esconderse en v a n o buscan. - fc
Miéntras Astolfo, por allí c o r r i e n d o ,
Sopla sin tregua en el latón tremendo ,
La chusma femenina
Corre sin dirección. Cual hacia el m o n t e ,
Cual hacia el mar sus pasos encamina 5
Cual en los bosques á acogerse viene
Y durante diez dias hay alguna
Que ni v u e l v e la f a z , ni se detiene.
A mas de una su cuita
Desde el puente en las ondas precipita-,
De los templos en fin y de las c a s a s ,
Dejando la ciudad casi d e s i e r t a ,
Huye su gente en apiñadas masas.
Pálidos, mustios y c o n faz incierta,
Hácia el mar acudían
Marfisa y sus pasmados compañeros.
Detras dellos corrían 1H
Marinos y v i a j e r o s ,
Q u e , á la ensenada d e s c e n d i e n d o , encuentran
La nave por Aleria a p a r e j a d a ,
Y , el ancla a l z a n d o , emprenden su jornada.
Dentro y en torno á la ciudad en tanto
Siembra Astolfo el espanto.
De su presencia cada cual se oculta.
Mujer hay q u e , en su afan y en su c o n g o j a ,
En inmundos parajes se s e p u l t a ,
O entre las ondas de la m a r se arroja.
Esperando encontrar á sus a m i g o s ,
Hácia la playa se dirige el d u q u e .
Por la desierta arena en v a n o tiende
L o s ojos con afan. Allá á lo l e j o s ,
La vista alzando en fin, divisa al b u q u e ,
CANTO X X .

Diciendo q u e d e s d o r a
Que la e s p u m a del mar r á p i d o hiende.
A g u e r r e r o s de e s f u e r z o y de d e n u e d o
En conflicto tan g r a v e
Ir en g r u p o s cual c i e r v o s , cual p a l o m a s ,
Qué r e s o l v e r ni c ó m o obrar no sabe. Cual animal en fin q u e tiene m i e d o ;
Mas d e j e m o s á A s t o l f o , y si os aterra Mientra el h a c o n , el águila a l t a n e r a ,
La idea del peligro á q u e se e s p o n e , R e c o r r e n s o l o s la azulada e s f e r a ,
Solo q u e d a n d o en e n e m i g a t i e r r a ,
Y solos e n el b o s q u e c a v e r n o s o
P e n s a d también q u e cosa no hay q u e p u e d a
Habitan el l e ó n , el tigre , el oso.
Dañarle mientra el c u e r n o no a b a n d o n e ;
De diversa opinion los o t r o s s i e n d o ,
Y á la g e n t e del b u q u e r e t o r n e m o s ,
Dellos Marfisa a l é j a s e , s i g u i e n d o
Que s u r c a el mar c o n temblorosos r e m o s .
P o r el o s c u r o b o s q u e e x t r a ñ a vía.
De la playa d i s t a n t e s , P o r otra m a s trillada al otro dia
El espantoso son y a 110 e s c u c h a b a n , L o s c u a t r o caballeros
Y sin e m b a r g o de r u b o r no osaban A un castillo llegaron
La vista levantar los n a v e g a n t e s . Do hospitalarias g e n t e s e n c o n t r a r o n .
A su c a m i n o el m a r i n e r o a t e n t o , H o s p i t a l a r i a s , digo en a p a r i e n c i a ;
Pasa á C h i p r e y á R o d a s , Pues a l e v e , fingida,
Y e n t r a n d o en la o n d a E g e a , Fué la b e n e v o l e n c i a
Va d e j á n d o s e atras las islas todas Con q u e allí se les dió p r o n t a acogida.
Y el p e l i g r o s o c a b o d e Malea. Miéntras tranquilo cada cual reposa
C o n f a v o r a b l e y c o n t i n u a d o viento En m e d i o d e la n o c h e silenciosa,
Dobla d e s p u e s la punta de M o r e a , Gente inicua los liga
T o c a á S i c i l i a , por el m a r Tirreno
Y á j u r a r p a c t o infame l o s obliga.
S i g u e d e Italia el litoral a m e n o
Mi p l u m a , e m p e r o , aquí los abandona
Y l l e g a en fin á L u n a , P o r r e t o r n a r á la sin par M a r f i s a ,
Do del p a t r ó n habita la familia. Q u e , la D u r e n z a , el Ródano y el Sona
Allí r e n d i d a s gracias dando al cielo Atravesando, viene
Q u e n o h i z o m a s m e n g u a d a su f o r t u n a , A un m o n t e á c u y a falda se detiene.
Salta el p a t r ó n : y , entrando en o t r o b u q u e , A l l í , j u n t o á un t o r r e n t e , en n e g r o traje
C o n l o s h é r o e s y la i n d i t a d o n c e l l a Llegar advierte una mjer anciana,
De n u e v o al mar se e n t r e g a el m i s m o dia A q u i e n , m a s q u e el cansancio de su v i a j e ,
Y e m p r e n d e su c a m i n o hácia Marsella. P r o f u n d a c u i t a , al p a r e c e r , afana.
De a q u e l suelo tenia La vieja e s e s t a q u e servir solia
El cetro Bradamnnte, En n e g r a c u e v a á la c a t e r v a i m p í a ,
Q u e , á hallarse a l l í , se h o l g a r a en este instante A q u i e n v i n o á dar m u e r t e
De o b s e q u ' a r á esta ilustre c o m p a ñ í a . Del príncipe d e A n g e r el b r a z o fuerte.
L l e g a al p u e r t o la nave. Sin d e m o r a Esta m a l v a d a , á q u i e n el m i e d o ofusca
Marfisa de los h é r o e s se d e s p i d e , De e x p i a r s u s m a l d a d e s , n o c h e y dia
Y á s e g u i r sola el v i a j e se d e c i d e .
inquieta v a g a p o r la selva u m b r í a
Y en ella un sitio d o ocultarse busca.
M a s , apénas d i v i s a
L a s e x t r a n j e r a s a r m a s de Mar (isa,
L é j o s de h u i r , c u a l s i e m p r e f u é su u s a n z a ,
Hacia el vado se a v a n z a ,
A g u a r d a á q u e se a c e r q u e la d o n c e l l a ,
Y llegándose hácia ella,
La saluda y le r u e g a
Q u e á la otra orilla e n su b r i d ó n la pase.
Este f a v o r 'a v i r g e n n o le n i e g a .
Pásala p u e s , y , sin d e j a r q u e baje
Hasta hallar un p a r a j e
Seco y sin f a n g o , llévala á un s e n d e r o
D o , e n t r a n d o , v e n v e n i r un caballero.
S o b r e f ú l g i d o a r z ó n , y acompañado
De u n a d a m a y d e u n único e s c u d e r o ,
Hácia el rio b a j a b a e s t e g u e r r e r o
De relucientes a r m a s adornado.
Bella es su d a m a y joven-, m a s , adusta
De su semblante la e x p r e s i ó n . disgusta.
Altiva y e m b u s t e r a ,
Dél q u e la s i g u e e s d i g n a c o m p a ñ e r a .
E s t e era P i n a b e l o el m a g u n t i n o ,
El m i s m o que en l a c u e v a á B r a d a m a n t e
Lanzó por p o n e r fin á su destino.
Con Pinabelo v a la q u e , de Atlante
P r e s a en p o d e r , l e d i ó tantos e n o j o s
Y v e r t e r tanto l l a n t o hizo á sus ojos.
Arrancada d e allí p o r B r a d a m a n t e ,
En b u s c a de su a m a n t e
Esta d a m a v o l ó , y d e s d e aquel día
Jamas a b a n d o n ó su c o m p a ñ í a .
V a n a de su b e l d a d la j o v e n d a m a , Marfisa y la vieja encuentran á Pinabelo. (T. I, p. 382.)
A la vieja q u e v i e n e c o n Marfisa
P r o v o c a a u d a z c o n insultante risa.
Marfisa, á q u i e n o f e n d e
Tal p r o c e d e r , r e s p ó n d e l e enojada :
El

CANTO T X .
'« Y o p o n d r é c o n mi espada
« A tu necia a r r o g a n c i a cortapisa.
<< Busca q u i e n t e d e f i e n d a ; y , si le v e n z o ,
« S a b e q u e por quitarte ese v e s t i d o
« Y ese s o b e r b i o p a l a f r é n c o m i e n z o . »
Pinabete., e s c u c h a n d o e l d e s a f i o ,
Recusarlo n o p u d o ,
Y , t o m a n d o una l a n z a y un e s c u d o ,
Llega a Marfisa c o n fingido b r í o .
Esta también una g r a n lanza a f e r r a ,
Y á su r i v a l , q u e g a l o p a n d o v i e n e ,
E n la c a b e z a h i r i é n d o l e , d e t i e n e ,
Y sin sentido a r r ó j a l o por tierra.
Victoriosa adelántase e n s e g u i d a ;
Del bridón y las r o p a s se a p o d e r a
De la d a m a a l t a n e r a ,
Y á la vieja c o n v i d a
E l vestido á a c e p t a r y el bello bruto
Que de aquella v i c t o r i a h a sido f r u t o .
B a j o su r i c o t r a j e
Mas h o r r o r o s a m u é s t r a s e la v i e j a .
Con e l l a , e m p e r o , á p r o s e g u i r su v i a j e
La b o n d a d o s a v i r g e n se a p a r e j a .
Sin nada d i g n o de c o n t a r , Marfisa
Un dia v a g a y o t r o , y a l tercero
Topa c o n un g u e r r e r o
Q u e , s o l o , c a b a l g a b a á toda p r i s a .
Si saber q u i e n f u e s e este os i n t e r e s a ,
Os diré q u e era el p r í n c i p e Z e r b i n o ,
Que por la selva e s p e s a
Siguió en v a n o el c a m i n o
De un vil q u e de mostrar s u cortesía
Le quitó la o c a s i o n m a s o p o r t u n a .
A y u d ó al p e r s e g u i d o la f o r t u n a ;
P u e s la niebla q u e el b o s q u e o s c u r e c í a ,
De Zeberino e s c o n d i é n d o l o á los o j o s ,
Dió tiempo á q u e e n su p e c h o
S e calmara algún tanto su d e s p e c h o .
CANTO XX. 385

Al mirar á la v i e j a , en quien contrasta « Fea ó hermosa , quédese c o n t i g o ,


Lo horrible del semblante « Pues te s u p o prender : y o juraría
Con su prendido rico y e l e g a n t e / « Que iguala á su beldad tu bizarría. »
A contener su risa Respóndele Marfisa : — « A tu despecho
Todo el furor del príncipe no basta. « Que por ella combatas es forzoso.
Y acercándose luego hácia Marflsa, « No se dirá q u e objeto tan hermoso
« Cuerdo guerrero debe ser, » e x c l a m a , « Mirar pudiste sin mostrar empeño
« Y de la envidia estar debe á cubierto « De apoderarte de él. » — « Y o no c o n c i b o , »
« El paladín de semejante dama. » Replica el e s c o c e s , « con qué motivo
La v i e j a , que en efecto bien podia « A un paladín provócase á q u e lidie
Con la Sibila competir en a ñ o s , « Cuando se está s e g u r o de q u e el t r i u n f o ,
Vestida de aquel modo parecía « Grato al v e n c i d o , al v e n c e d o r fastidie. »
A las monas que ornadas manifiesta — « Pues b i e n ; si esta propuesta 110 te agrada,«
Su dueño al v u l g o en concurrida fiesta. Dice Marfisa, « espero
La horrorosa expresión de su semblante « Que la q u e á hacerte v o y será aceptada.
A aumentar viene la ira en este instante, « Si y o s u c u m b o , á conservar me obligo
P u e s ente no hay q u e mas terrible sea « A aquesa d a m a ; m a s , si v e n z o , quiero
Que dama á quien se llama vieja ó fea. « Que p r o m e t a s llevártela contigo
Por holgarse un m o m e n t o , « Y seguirla d o quier q u e ella te guie.
Muestra enojarse la ínclita doncella, « Decida p u e s la prueba
Y dice al e s c o c e s : « Por Dios, que atento « Cual de n o s o t r o s es quien se la lleva. »
« Eres tú m e n o s q u e esa dama es bella. Acepta el e s c o c e s , y sin tardanza
« Tu discurso revela V u e l v e el c o r c e l para tomar carrera.
« Una alma baja, un corazon cobarde. Firme en la s i l i a , impàvido se avanza
« ¿Qué h o m b r e de gusto y de valor no vuela. Hácia la h e r m o s a d a m a , en cuyo escudo
« Contemplando belleza tan extraña , Estrella con estrépito su lanza.
« A hacer ante ella de su esfuerzo alarde La virgen n o se a t e r r a ,
« Y á quitársela á aquel que la acompaña? Y en el y e l m o le da golpe tan crudo
« S i , p u e s , tú no lo has h e c h o , Que e x à n i m e rodar le hace por tierra.
« Es que no existe espíritu en tu p e c h o . » Turbado q u e d a , estupefacto y mudo
— « L á s t i m a , » dice el b r a v o j o v e n , fuera A tal desgracia el h é r o e , cuya cuita
« Privarte de tan digna compañera. Se aumenta c o n el ímprobo trabajo
« Por lo q u e toca á m í , yo te la d e j o De cumplir el empeño que contrajo.
« Y que vivas tranquilo le aconsejo. Hácia él llegando luego la d o n c e l l a ,
« S i , por cualquier otra r a z ó n , deseas Con irónico acento :
K Lo q u e valgo probar, no lo r e h u s o ; « A esta d a m a , » le d i c e , « te presento ;
« Mas por hembras tan feas « Al mirarla tan b e l l a ,
« N u n c a , n u n c a hice de las armas u s o . « Del don q u e te h a g o c r e c e mi contento.
T. 1. 17
« Su paladín e r e s pues y a , y no dudo «¿Será posible que el atroz tormento
« Q u e , fiel á tu p a l a b r a , tú la sigas « Que me consume agraves
« Sin temer c o m p r o m i s o s ni fatigas. » « Conservando á mi lado á una Meguera
Dice-, y , l a n z a n d o su corcel l i j e r o , « Que cuatro lustros ha que de sustento
Se oculta al p u n t o por la selva densa. « Servir á los gusanos ya debiera? »
El e s c o c e s , q u e u n hombre Así dice Zerbino, á quien la vista
Ver en su audaz antagonista p i e n s a , De su odiosa conquista
Por conocer su n o m b r e Duele tanto quizá como la ausencia
A la vieja r e q u i e r e . De su adorado bien. La vieja i m p í a ,
La verdad le r e f i e r e Que al joven ántes de h o y n o c o n o c í a ,
Ella, y dice : « T u fama Adquiere al escucharlo la evidencia
« Empañó j o v e n d a m a De quien e s , pues ya dél tuvo noticia
« Q u e , a l t i v a , v i n o ha poco del Oriente. » Por la hija del rey m o r o de Galicia.
Zerbino de esto tal vergüenza siente, Ya dije c u a l , cautiva
Que no solo se t u r b a y se a c o n g o j a , Hallándose en la cueva esta p r i n c e s a ,
Sino q u e , á poco m a s , hasta su m a l l a , A la vieja narraba
De blanca que e r a , se tornara roja. La lamentable causa q u e la priva
Del éxito fatal d e esta batalla Del tierno y fiel amante
Contra si propio e l escoces se e n o j a , A quien fe 110 menor ella profesa.
Y montando á c a b a l l o , su camino Su audacia, su carácter, su s e m b l a n t e ,
A seguir se p r e p a r a Le pintó de m a n e r a , q u e los ojos
C o n la v i e j a , q u e e n cara Con curiosa atención la vieja a l z a n d o , •
Parece echarle el daño que le avino. Reconoce al instante
Cual corcel q u e , rendido, de la espuela A aquel por quien en la c a v e r n a un dia
Siente el agudo p i n c h o , así Zerbino Entre ladrones Isabel gemia.
En silencio se a f a n a y desconsuela, La v i e j a , sus clamores e s c u c h a n d o ,
Y suspirando d i c e : « ¡ O h suerte ingrata! Del triste j o v e n la inquietud c o n c i b e .
« Mientra á mi d u l c e amiga me arrebata, Segura de q u e vive
« De aquesa v i e j a horrenda Su a m a d a , se lo oculta sin e m b a r g o ,
« T u encono la c u s t o d i a me encomienda. Y , pudiendo colmarle de a l e g r í a ,
« Quedarme sin n i n g u n a Trata de hacer su duelo m a s a m a r g o .
« Fuera en tal situación una f o r t u n a , « O y e , « l e d i c e ; » t ú , q u e tan altivo
« Pues esa q u e m e das por compañía « D e ese m o d o me insultas y d e s p r e c i a s ,
« Satisfacer no p u e d e al alma mia. « T u s alharacas necias
« T ü , que á la dama que es sin par modelo « Van á privarte del placer m a s vivo.
« De belleza y v i r t u d , pábulo triste « De esa á quien tanto aprecias
« A c a s o , acaso h i c i s t e « S é y o cual fué la s u e r t e ; m a s primero
« Que narrártela quiero
« De hambrientos peces ó de inmundas a v e s ,
« Verme hecha t r o z o s , siendo así q u e , un tanto El silencio á romper del viaje vino
« Tu ménos indiscreto, Un guerrero bizarro.
« Conocieras agora ese secreto. » En otro canto narro
Bien cual mastín q u e , con furor ladrando Lo q u e con él al escoces avino.
Cuando ladrones en la casa siente ,
Se aplaca de repente
El queso q u e le ofrecen contemplando, CASTO XXI.
Así de v o z Zerbino y de semblante
Cambia, llega á la vieja y la conjura Zerbino, obligado por su palabra á ser campeón de Gabrina,
Que de Isabel le cuente la aventura. hiere mortalmente á un caballero que le cuenta la historia
" Jamas sabrás por m í , » l a vieja d i c e , de aquella infame vieja.
« Cosa q u e pueda de consuelo serte.
« Isabel v i v e , s í ; pero su suerte No sujeta con lazo mas estrecho
« Mas q u e si no existiera e s infelice. fardo el c a b l e , ni al madero el c l a v o ,
« Por veinte m a l h e c h o r e s , hace d i a s , Como la fe sujeta á un noble pecho
« Sola fué sorprendida en una selva. Y le hace ser de su palabra esclavo.
« En vano p u e s , si v u e l v e , cuando v u e l v a , De su pureza es el emblema augusto
« Coger intentarías El càndido r o p a j e
« La flor virgínea por q u e tanto ansias.» Con q u e ciñó la antigüedad su b u s t o ,
Atenta solo á hacer al héroe d a ñ o , Su b u s t o , al cual ultraje
Urde la vieja este evidente e n g a ñ o ; Hace una mancha ó el menor celaje.
Y , obstinada en su m a l , ni aun le responde Bien es la fe q u e intacto
Cada vez q u e él ansioso le pregunta Se debe conservar, ya agrade ó pese ;
Cuando vido á I s a b e l , c o m o , ó en donde, Ya á un h o m b r e , ya á mil d é s e ;
Por hablar él con tono humilde e m p i e z a ; Ya por v e r b a l , ya por escrito pacto ;
Mas della al ver la obstinación, se irrita Ya de una cueva ó de una selva oscura
Y amenaza cortarle la cabeza. S e dé entre los espesos matorrales ;
V a n o , e m p e r o , es su afan, vana su cuita. Ya ante escribano en pública escritura,
Agitado, zeloso, Ya escuchen nuestra voz los tribunales.
De amor perdido y ciego Z e r b i n o , q u e j a m a s á una promesa
Z e r b i n o , q u e gustoso F a l t ó , la grata empresa
Por su Isabel lanzárase en el f u e g o , Abandonado había,
¡ Hoy de aquella á quien odia Por ir en compañía
Ha abrazado por siempre la c u s t o d i a ! De la vieja m a l v a d a ,
Sus huellas pues siguiendo , A quien teme y detesta cual la muerte.
Sin mirarla ni hablarle, por los montes ¡ T a n t o en su pecho e s f u e r t e ,
Y por los valles iba discurriendo. Tanto el poder de la palabra dada !
Hacia la tarde de aquel mismo dia. Triste, pues, taciturno y e n o j a d o ,
« Verme hecha t r o z o s , siendo así q u e , un tanto El silencio á romper del viaje vino
« Tu ménos indiscreto, Un guerrero bizarro.
« Conocieras agora ese secreto. » En otro canto narro
Bien cual mastín q u e , con furor ladrando Lo q u e con él al escoces avino.
Cuando ladrones en la casa siente ,
Se aplaca de repente
El queso q u e le ofrecen contemplando, CASTO XXI.
Así de v o z Zerbino y de semblante
Cambia, llega á la vieja y la conjura Zerbino, obligado por su palabra á ser campeón de Gabrina,
Que de Isabel le cuente la aventura. hiere mortalmente á un caballero que le cuenta la historia
" Jamas sabrás por m í , » l a vieja d i c e , de aquella infame vieja.
« Cosa q u e pueda de consuelo serte.
« Isabel v i v e , s í ; pero su suerte No sujeta con lazo mas estrecho
« Mas q u e si no existiera e s infelice. fardo el c a b l e , ni al madero el c l a v o ,
« Por veinte m a l h e c h o r e s , hace d i a s , Como la fe sujeta á un noble pecho
« Sola fué sorprendida en una selva. Y le hace ser de su palabra esclavo.
« En vano p u e s , si v u e l v e , cuando v u e l v a , De su pureza es el emblema augusto
« Coger intentarías El càndido r o p a j e
« La flor virgínea por q u e tanto ansias.» Con q u e ciñó la antigüedad su b u s t o ,
Atenta solo á hacer al héroe d a ñ o , Su b u s t o , al cual ultraje
Urde la vieja este evidente e n g a ñ o ; Ilace una mancha ó el menor celaje.
Y , obstinada en su m a l , ni aun le responde Bien es la fe q u e intacto
Cada vez q u e él ansioso le pregunta Se debe conservar, ya agrade ó pese ;
Cuando vido á I s a b e l , c o m o , ó en donde, Ya á un h o m b r e , ya á mil d é s e ;
Por hablar él con tono humilde e m p i e z a ; i r a por v e r b a l , ya por escrito pacto ;
Mas della al ver la obstinación, se irrita i'a de una cueva ó de una selva oscura
Y amenaza cortarle la cabeza. S e dé entre los espesos matorrales ;
V a n o , e m p e r o , es su afan, vana su cuita. Ya ante escribano en pública escritura,
Agitado, zeloso, Ya escuchen nuestra voz los tribunales.
De amor perdido y ciego Z e r b i n o , q u e j a m a s á una promesa
Z e r b i n o , q u e gustoso F a l t ó , la grata empresa
Por su Isabel lanzárase en el f u e g o , Abandonado había,
¡ Hoy de aquella á quien odia Por ir en compañía
Ha abrazado por siempre la c u s t o d i a ! De la vieja m a l v a d a ,
Sus huellas pues siguiendo , A quien teme y detesta cual la muerte.
Sin mirarla ni hablarle, por los montes ¡ T a n t o en su pecho e s f u e r t e ,
Y por los valles iba discurriendo. Tanto el poder de la palabra dada !
Hácía la tarde de aquel mismo dia. Triste, pues, taciturno y e n o j a d o ,
De la vieja falaz marchaba al lado
C u a n d o , al primer destello matutino,
Su profundo silencio á romper vino
Un caballero armado
Presentándose en medio del camino.
Hermónides de Holanda
Llámase este g u e r r e r o ,
Que atravesada muestra sobre el cuero
De su negro broquel purpúrea banda.
La vieja reconócelo, y bien presto,
Su orgullo deponiendo y su a r r o g a n c i a ,
Con faz humilde y ademan modesto
Al valiente Zerbino se encomienda:
Recuérdale su oferta, y con instancia
L e ruega la defienda.
« Ese que v e s , » le d i c e ,
« A mi padre infelice
« Y á mi h e r m a n o dió muerte,
« Y sé que es su deseo
« Hacerme á mí sufrir la misma suerte.
— « D a m a , » responde el e s c o c e s , « no creo
« Que haya p o r q u é te espante
« Su vista a s í , miéntras yo esté delante. »
Acércase el g u e r r e r o : y no bien mira
A la v i e j a , á quien odia,
En amenazas exhalando su ira,
Dice á Zerbino : « A combatir conmigo
« Te a p r e s t a , ó la custodia
« De esa vieja a b a n d o n a , que castigo
« Quiero dar á su infamia. Que la mate
« Déjame pues. Si combatir por ella
« P r e t e n d e s , m o r i r á s ; q u e , el que atropelia
« La r a z ó n , m u e r e siempre en el combate. »
Zerbino cortesmente le responde:
« El deseo de dar muerte á una dama
« Es deseo q u e infama
« Y á noble c o r a z o n no corresponde.
« La l i d , esto no obstante, no rehuso;
« Solo te exhorto á que antes consideres
« Que n u n c a f u é de c a b a l l e r o s uso
« Hacer la g u e r r a á débiles m u j e r e s . — •»
E s t o s y o t r o s discursos s i e n d o vanos,
V e n i r c u m p l i ó por último á las manos.
B u e n t r e c h o en su bridón c a d a j i n e t e
Para tomar carrera s e s e p a r a ,
Y , r á p i d o en seguida cual c o h e t e
Que la m a n o del júbilo d i s p a r a ,
Cada cual se adelanta y a c o m e t e .
El h o l a n d é s , que á su a d v e r s a r i o quiere
En el c o s t a d o herir, tan b a j o apunta ,
Q u e , h e c h a astillas la l a n z a , c o n su punta
Al príncipe e s c o c e s apénas h i e r e .
V u é l v e s e e n t o n c e s e s t e , y c o n su espada
Golpe l e da tan c r u d o ,
Que, r o m p i e n d o el e s c u d o ,
Espalda y p e c h o á H e r m ó n i d e s horada.
Velo c a e r Z e r b i n o , y se figura
Que á su rival ha m u e r t o .
E n tierra s a l t a , y del s e m b l a n t e y e r t o
A alzarle la c e l a d a se a p r e s u r a .
Los o j o s a b r e el h o l a n d é s ; g r a n rato
A Zerbino c o n t e m p l a ,
Y d í c e l e d e s p u e s : « Nunca f u é g r a t o
« El ser v e n c i d o ; m a s mi mal se templa
« Al v e r por tu s e m b l a n t e
« Q u e e r e s la flor de la n o b l e z a andante.
« D u é l e m e s o l o al v e r q u e a q u e s t e daño
« P o r c u l p a d e esa infame m e s u c e d a .
« Cuya defensa extraño
Heimonides derribado v socorrido por (T. I, p. 391.) « Que g u e r r e r o cual tú s o s t e n e r p u e d a .
« T ú m i s m o , si el m o t i v o
« Que á v e n g a r m e m e i m p e l e c o n o c i e r a s ,
« Dolor p u n z a n t e y v i v o ,
« Mi a d v e r s a suerte al c o n t e m p l a r , sintieras.
« B i e n q u e á mi p e c h o t e m o
« Falte el e s c a s o aliento q u e c o n s e r v a ,
CANTO x x i . 393
« A referirte v o y hasta q u é e x t r e m o « A A r g e o en este timpo f u é p r e c i s o
« L l e v ó su audacia esa m u j e r p r o t e r v a . « Del palacio partir, y de su a u s e n c i a
« De H o l a n d a , nuestra t i e r r a , « Valiéndose la i n f i e l , c o n i m p u d e n c i a
« Un mi h e r m a n o , m a n c e b o t o d a v í a , « A mi h e r m a n o de n u e v o tentar q u i s o .
« Partió para la g u e r r a « Mas e s t e , d e s e o s o
« B a j o el m a n d o de H e r a c l i o , q u e tenia « De e v i t a r s u g e s t i o n e s tan f a t a l e s ,
« E l c e t r o d e la griega m o n a r q u í a . « El partido t o m ó mas d e c o r o s o
« Amigo y compañero' « Y eligió el m e n o r mal d e e n t r e los m a l e s .
« S e h i z o allí de un m a g n a t e de la c o r t e , « C o m o el m e j o r partido le p r o p o n e
« Noble y audaz g u e r r e r o « El honor que abandone
« De q u i e n e r a esa pérfida c o n s o r t e . « El t e c h o del amigo á q u i e n e s t i m a ,
« A r g e o era su n o m b r e . E n la f r o n t e r a « Y q u e á r e m o t o clima
« D e S e r v i a poseía « Se parta sin tardar, mas bien q u e e x p u e s t o
« Una estancia s e g u r a y placentera. « Q u e d a r s e á s u c u m b i r , ó precisado
« Mientra allí por su esposa al b u e n A r g e o « A n a r r a r á un e s p o s o e n a m o r a d o
« Lima un casi frenético d e s e o , « De su esposa el designio d e s h o n e s t o .
« E l l a , v o l u b l e , pérfida cual haya « Enfermo todavía,
« Q u e recio viento agita « Sus a r m a s viste y del castillo sale
« C u a n d o otoño los á r b o l e s d e s p o j a , « R e s u e l t o á no t o r n a r ; m a s n o l e vale
« O l v i d a n d o su c u i t a , « Su d e c i s i ó n , q u e a d v e r s a s u e r t e e n tanto
« Hácia mi h e r m a n o a m a n t e s o j o s v u e l v e , « Hácia el alcázar al esposo g u i a ,
« Y á conquistar su afecto se r e s u e l v e . « Que á su m u j e r e n c u e n t r a d e s g r e ñ a d a ,
« M a s , tan firme del mar á la violencia « P u r p ú r e o el rostro y a n e g a d a e n llanto.
« A c r o c e r a u n o i n f a n d o no r e s i s t e , « La c a u s a q u e agitada
« Ni o p o n e al b ó r e a s tanta resistencia « La tiene a s í , p r e g ú n t a l e el e s p o s o .
« El pino q u e , a r r o g a n t e , « M a s , miéntras él por c o n o c e r l a insiste,
« P o r centésima v e z su c o p a v i s t e , « Ella b u s c a en su seno r e n c o r o s o
« C u a l resistió constante « Un m e d i o de v e n g a r s e
« Mi h e r m a n o al r u e g o de su i n f a m e a m a n t e . « Del j o v e n q u e resiste
« A un a m o r q u e , no siendo s a t i s f e c h o ,
« Mas h é aquí q u e , cual tal v e z aviene
« S e ha t r o c a d o e n c o r a j e y en d e s p e c h o ;
« A todo c a m p e ó n , á ser herido
« Y , d e s p u e s de d e j a r s e
« Mi b r a v o h e r m a n o en un c o m b a t e v i e n e .
« L a r g o rato r o g a r : — ¿A q u é p r e t e n d o , »
« B i e n presto , c o n d u c i d o
D i c e , a o c u l t a r o s el delito h o r r e n d o
« Al castillo de A r g e o , q u e se e n c u e n t r a
« Que c o m e t í durante v u e s t r a a u s e n c i a ?
« De allí n o l é j o s , e n t r a
« Pues si ocultarlo al m u n d o m e es h o y d a d o ,
« C o n la f r a n q u e z a con q u e e n t r a r s o l í a ,
« No m e es d a d o ocultarlo á mi conciencia.
« Y e n él q u e d a r s e se p r o p o n e m i e n t r a
« Víctima del p e c a d o ,
« De su c o n v a l e c e n c i a llega el dia.
« Mas hacer quiero ver á todo el mundo
« Mi alma s u f r i e n d o está dolor q u e e x c e d e
« Que no ménos profundo
« A cuantos p a d e c e r el h o m b r e p u e d e .
« Mi odio será que mi amistad fué fuerte. —
« Tal vez , s e ñ o r , cediendo á la violencia,
« Dice •, y en su caballo
« Mi crimen no f u é un c r i m e n ; mas ¿ qué importa?
« Formar con ramas un palenque o r d e n a :
« ¿ A qué c o n s e r v a r quiero
« Una existencia amancillada? corta , « Sobre él poniendo al moribundo m o z o ,
« Córtala pues tú m i s m o con tu a c e r o , « Se apresta á transportallo
« Y evítame el b o c h o r n o de que baje « De su castillo á un n e g r o c a l a b o z o ,
« La vista ante e l p r i m e r o « Y á sufrir le condena
« Que me r e c u e r d e el recibido ultraje. « Eternamente inmerecida pena.
« Nada, e m p e r o , á Filantro allí faltaba
« Mi honor tu infiel amigo m e ha r o b a d o ,
u Sino la libertad. l)e todo el r e s t o ,
« Y t e m i e n d o , s e ñ o r , que te lo cuente ,
« Huye de aquí precipitadamente. — « Cual ántes, d i s f r u t a b a ,
« Cual ántes cada cual le respetaba.
« Así diciendo , el dardo e m p o n z o ñ a d o
« Mas , acosada por su amor f u n e s t o ,
« La inicua d a m a lanza
« Contra el c r é d u l o A r g e o , « A la prisión venia
« Q u e , su a f e c t o olvidando, y de v e n g a n z a « La inicua dama á verle cada d i a ,
« Abrasado en d e s e o , « Y con mas arte y con mayor audacia
« Sus armas v i s t e y corre en seguimiento « A mi hermano tentaba en su desgracia.
« De mi h e r m a n o , q u e en tanto á paso lento — « ¿Qué g a l a r d ó n , ¿ q u é g l o r i a , » le d e c i a ,
« Débil y e n f e r m o sin sospecha avanza. « De esta insensata obstinación aguardas?
« En el terreno práctico , le alcanza « ¿No ves á la v i r t u d , siempre q u e l i d i a ,
« En breve A r g e o •, y por vengar su ultraje. « Abandonar el campo á la perfidia?
« Le conduce á u n recóndito p a r a j e , « ¿ P o r q u é , d i , pues en complacerme tardas?
« Donde e x c u s a s d e s d e ñ a , « ¿ Q u i e r e s , sin que provecho te r e s u l t e ,
« Y á todo trance en combatir se empeña. « Que cada cual como á un traidor te insulte?
« ¿ Q u i e r e s , n e c i o , obstinado,
« E n f e r m o , débil y de sangre fria,
« Mal resistir p o d i a « Vivir eternamente aprisionado,
« Miéntrasque hoy mismo, si á mi afecto c e d e s ,
« Filantro (este era el nombre de mi h e r m a n o )
« A su r i v a l , q u e sano « Tu gloria y libertad recobrar p u e d e s ? —
« Por su ira estimulado combatía. — « N o , n o , » dice mi h e r m a n o ;
« De la b a t a l l a , p u e s , el grave peso « Vana es tu o f e r t a , tu tesón es v a n o .
« Soportar no p u d i e n d o , quedó preso. « ¿ Q u é , qué me importa tu rencor injusto?
— « ¡ Ah! no permita el cielo que en castigo « ¿ Q u é , si bien ó mal piensa
« De tan culpable e x c e s o , » « El público de mí? Del Ser a u g u s t o ,
Dícele A r g e o , « dé mi brazo muerte « Que vela á todo y que perdón dispensa,
a Al que tuve y o siempre por a m i g o , c. Espero ya merced y recompensa.
« Al que mi a f e c t o paga de esta suerte. « S i , no contento A r g e o con privarme
« De libertad , me priva de la v i d a , «YT cuando el sol en la onda se sepulta,
« En el cielo sabrán recompensarme « Viene á su alcázar, do por puerta oculta
« Mi n o b l e a c c i ó n , aquí no agradecida. « Su abominable esposa lo r e c i b e ;
« De su funesto engaño « Y , d i s f r a z a d o , y sin ser v i s t o , vuelve
« Tal v e z v o l v i e n d o , cuando y o no exista, K A emprender hácia el bosque su camino
« Al dolor no resista
« Antes que luzca el rayo matutino.
« De h a b e r m e hecho sufrir injusto daño. — « Miéntras que velo misterioso e n v u e l v e
« A s í , c o n su f i r m e z a , desbarata « Los designios de A r g e o ,
« Filantro cada dia « A dar su infiel esposa se resuelve
« Cuantos p r o y e c t o s criminales trata
« A los instantes de su ausencia empleo.
« De p r o p o n e r l e esa mujer impía,
« De lágrimas fingidas un torrente
« Que mil f o r m a y deshace
& V e r t i e n d o , pues, retorna diligente
« Antes q u e al cabo algún partido abrace.
« Hácia mi hermano. — «¡ Oh m i s e r a , infelice
« Medio año se pasó sin q u e viniera « De m í ! ¿ do a m p a r o , » dice ,
< A v e r l e á su prisión, según su u s a n z a , « Hallar contra la cólera violenta
« Dando á mi triste hermano la esperanza
« De un vil traidor, que con constancia rara
« De q u e su indigno amor disminuyera.
K Contra mi honor y el de mi esposo atenta.
K Mas, s i e m p r e al mal dispuesta la fortuna,
« A fe q u e , si este ausente no se hallara,
« Una ocasion le deparó oportuna
« Jamas á su palacio se acercara
« De c o r o n a r con crimen inaudito
a Aquel q u e , por lograr lo que d e s e a ,
a Su c u l p a b l e y frenético apetito.
« Conmigo el ruego ó la amenaza e m p l e a ,
« P r o f u n d a enemistad entre su esposo
« Y á mis gentes corrompe con el oro.
« Y o t r o señor de aquella c e r c a n í a ,
« A s í , sí al cabo c e d e r é , y o ignoro.
« Que Morando el hermoso
a Sabedor de que Argeo se ha partido
« Se l l a m a b a , hace tiempo que existia.
« Y q u e no debe retornar tan p r e s t o ,
« Del castillo Morando
« A venir el malvado se ha a t r e v i d o ,
« Andar e n torno acostumbraba, cuando
« Sin motivo ni e x c u s a , ni p r e t e x t o ,
« Que estaba ausente su señor sabia.
« Miéntras q u e nunca ha puesto
« Por d e s c u b r i r su p l a n , este con arte
« Finge q u e se encamina « Aquí los pies estando mi m a r i d o ,
« Para cumplir un voto á Palestina. « Y que apénas s e g u r o
« Se creyera á tres millas de este muro.
« F i n g e q u e p a r t e , y cada cual lo cree-,
« Por escrito hasta aquí ha solicitado
« P u e s n i n g u n o el secreto ,
« Un amor q u e hoy declara frente á frente.
« A no ser él y su m u j e r , posee ;
« Mi honor ha peligrado
« Y , a t e n t o siempre á conseguir su o b j e t o ,
« Ante su audacia y su pasión ardiente.
« En t o r n o á su castillo vase errando
« Por v e r si v u e l v e el crédulo Morando. « Y o con blando discurso he procurado
« Así de dia por los bosques v i v e , « Mostrarle q u e á su afan correspondía-,
« ¡Triste de mí sino ! de ese malvado
« Víctima ¡ oh Dios I s u frenesí me hacia.
« Así dar muerte á su indefenso esposo
« Toda p r o m e s a , e m p e r o , y o retracto;
« La bàrbara mujer se proponía;
« Q u e , hecho por el t e m o r , nulo es el pacto;
« Si es q u e sér tan odioso
« Mi intención fué e v i t a r tan solamente
« Mujer se llama, y no furia ó harpía.
« Que la violencia c o n s u m a s e el acto.
« Llega la noche-, v , con el hierro en m a n o ,
« T ú , que p u e d e s , si tal es tu d e s e o ,
«( Oculto acecha y en silencio aguarda
« S a l v a r m e , castigando á ese insolente,
« En la oscura antecámara mi hermano.
« Salva mi honor y s a l v a el de mi A r g e o ,
« En ella un hombre en penetrar no tarda.
« Q u e , por cuanto m e has d i c h o , y o concluyo
« Sobre él Filantro con furor se a r r o j a ,
« Que te es tan caro ó mas que el propio tuyo.
« Y á Morando c r e y e n d o dar castigo,
« Si esto me n i e g a s , digo que no existe
« El crudo hierro furibundo m o j a
« En tu pecho la fe d e q u e te precias,
« En sangre de su a m i g o ,
« Y q u e , c r u e l , mi llanto acerbo y t r i s t e ,
« A quien de un tajo hasta los h o m b r o s hiende
« Por v e r m e p a d e c e r , solo desprecias.
« La cabeza, que el y e l m o no defiende.
« ¡ A h ! ¿porqué á mis violentas emociones
« La muerte sin s a b e r l o , ¡oh caso r a r o !
« Siempre el r e c u e r d o de mi esposo opones?
« Le dió por darle protección y amparo.
« Satisfecho , mi a m o r quedara o c u l t o ,
« No bien en tierra vido
« No te expusiera al g e n e r a l insulto.
« Filantro á su rival d e s c o n o c i d o ,
— « Basta, « dice F i l a n t r o , » q u e dispuesto « La su homicida espada
« Estoy a defender al caro amigo-, « Vino á entregar á esa mujer malvada.
« Para salvar su h o n o r , si se halla expuesto,
« Gabrina, este es su n o m b r e , q u e n o h a b i a
« A hacer cuanto te plazca yo me obligo.
« La verdad todavía
« Del injusto castigo
« A mi mísero hermano descubierto,
« Que aquí p a d e z c o , autor yo no lo c r e o ,
« Una tea poniéndole en la diestra ,
« Y á la m u e r t e , á pesar de todo el o r b e ,
« Acercarse le ordena hácia el q u e ha m u e r t o ;
e Iré por é l , sin q u e h a y a quien lo estorbe. »
« A A r g e o cadavérico le m u e s t r a ,
Respóndele la i n f a m e : — « Mi deseo
« Y luego le a m e n a z a , si no accede
« Es q u e la vida quites á ese aleve.
« A su pasión f u n e s t a ,
« Para lograrlo sin t e m o r y en b r e v e ,
« Hacer al m u n d o entero manifiesta
« A darte voy la m a r c h a mas segura.
« La acción culpable q u e negar no p u e d e ,
« Llegar envuelto e n t r e la sombra oscura
« Y , cual á un vil traidor, à un parricida,
« A media noche el seductor hoy d e b e ,
« Quitarle en el patíbulo honra y vida.
« Y , á un signo entre nosotros c o n v e n i d o ,
« De YÍVO espanto y de aflicción inmensa
« En mi aposento penetrar sin ruido.
« L l e n o , al notar su e r r o r , mi caro h e r m a n o ,
« Oculto en mi a n t e c á m a r a , dejarme
« A aquella atroz m u j e r dar muerte p i e n s a ,
« Entrar con él tú debes cuando llegue:
« Yr, las sus armas no teniendo á m a n o ,
« Y r o, no bien se d e s a r m e ,
« En trozos con los dientes la p u s i e r a ,
« Haré que sin r e c u r s o se te entregue. —
« Si su peligro grave
« El desden de Filantro, en o d i o , en ira
« La razón á mostrarle no viniera.
«'La ardiente llama de su amor c o n v i e r t e ,
« Cual temerosa oscila
« En alta mar la nave « Y por darle la muerte
« Que dió á su esposo pérfida conspira.
« Q u e , en r u d o s y encontrados movimientos.
« Para lograr su p l a n , en busca parte
« Lanzan á un tiempo dos contrarios vientos *
« Así inquieto su espíritu v a c i l a , « De un Esculapio de maldades l l e n o ,
« Y , e n m e d i o del tormento q u e le a f l i g e , « Que mató con veneno
« Entre dos males el menor elige. « Mucha mas gente que c u r ó con su a r t e ,
« Y darle le promete cuanto pida
« La razón le demuestra cuan expuesto
« Como á mi hermano prive de la vida.
« A morir y á morir con vituperio
« Está , si manifiesto « Cercado y o de g e n t e ,
« Viene entretanto á ser este misterio. « Hallábame presente
« De bueno ó de mal g r a d o , « Cuando llega el anciano
« Fuerza es q u e el cáliz del dolor a p u r e , « Una copa trayendo en una mano
« Y q u e c a u t o , prudente y no obstinado, « Q u e e n c i e r r a , d i c e , un bálsamo excelente
« Su vida y honra conservar procure. « Para v o l v e r las fuerzas á mi h e r m a n o :
« El temor de un suplicio ignominioso « Mas Gabrina, ya fuese
« Le obliga pues á q u e á Gabrina j u r e « Que tener algún dia
« Someterse á su genio c a p r i c h o s o , « Un indiscreto cómplice t e m i e s e ,
a Con tal q u e ella la vida le asegure. « Y a que ahorrarse quisiese
« Asi su ardiente anhelo « El precio que ofreció á su alevosía,
« Logró la inicua dama v e r c o l m a d o ; « A interponerse v i e n e ,
« Así Filantro abandonó aquel s u e l o , « Y la mano detiene
« Dejando e n él su nombre amancillado, « Que á mi hermano infelice
« Y en su pecho grabando la memoria « El mortífero tósigo ofrecía.
« Del triste amigo á quien la muerte d i e r a , — « No debes extrañar, » al viejo dice
« Por llenar de contento y vanagloria La dama infiel, « si por la vida temo
« A una P r o g n e c r u e l , á una Meguera. « De aquel á quien amé con tanto e x t r e m o .
« Vengar de otra manera « Y o quiero', para estar bien convencida
« No p u d i e n d o tan negra alevosía « Del efecto y bondad de esa b e b i d a ,
« (La palabra q u e dió se lo i m p e d i a ) , « Que della en mi p r e s e n c i a ,
« Juró r e n c o r eterno « Hagas ántes tú mismo la experiencia. » —
« A esta furia salida del infierno. « J u z g a d , señor, j u z g a d cual fué del viejo
« De su alma h u y ó por siempre la a l e g r í a , « La inquietud y la pena. Sorprendido,
« Y , n u e v o O r é s t e s , del llagado pecho « Ni aun al tiempo consejo
« Suspiros e x h a l a n d o n o c h e y d i a , « Pudo pedir para tomar partido.
« Enfermo , al c a b o , se postró en el lecho. « Mas, por no dar sospechas, sin tardanza
« Ella en t a n t o , q u e advierte « La amarga copa hácia sus labios l l e v a .
ORLANDO FURIOSO. CANTO XXI.

« Y al e n f e r m o inspirando confianza , Mas, de tal m o d o su dolor se a g r a v a ,


« Hace que el resto hasta las heces beba. Que pálido revuélvalo en la yerba.
« Cual milano que tiene Dos p a j e s , que marchaban á su l a d o ,
« Una perdiz en su uña robadora, Formando en el instante una l i t e r a ,
« Cuando sobre él á abalanzarse viene Le colocan sobre e l l a ; q u e vedado
« El can q u e se la arranca y le d e v o r a , Era al triste partir de otra manera.
« Así el médico a v a r o , Zerbino con H e r m ó n i d e s se e x c u s a
« De audacia y d e perfidia ejemplo r a r o , De haberle, á su pesar, causado d a ü o ,
« Do hallar c r e y ó ganancia Bien q u e no debe parecerle e x t r a ñ o ;
« El castigo e n c o n t r ó q u e merecía
Pues así siempre entre guerreros se u s a ,
« Su negra alevosía.
Cuando media la fe dada á una dama.
« Hecho e s t o , hácia su estancia
De otro m o d o , su fama
« Piensa partir, e n busca de un brebaje
Ofuscada por siempre q u e d a r í a ,
« Que los estragos del veneno ataje.
Puesto q u e al aceptar tal compañía
« Con empeño funesto Se obligó á sostenella
« Gabrina, e m p e r o , opónese á que parta. Contra cuantos tratasen de ofendella,
« Dícele que su oficio en aquel puesto Y añadió que g u s t o s o se ofrecía
« A quedarse hasta tanto le coarta A su servicio, si él lo requería.
« Que á ser n o llegue público y palpable A deshacerse de la inicua dama
« Del bálsamo el efecto saludable. Hermónides le e x h o r t a ,
« Al precio de su crimen el anciano Siendo esto entonces lo q u e mas importa
« P r o m e t e renunciar-, r u e g a , c o n j u r a , Para no verse e x p u e s t o á alguna trama.
« Se esfuerza p o r s a l i r ; mas todo en vano. Nada pudiendo responder Gabrina,
«Desesperado al fin, su desventura Hácia la tierra su mirada inclina,
« Descubre y de su cómplice el arcano. Y bajo faz g a z m o ñ a
« De sí propio así víctima y v e r d u g o ,
E n c u b r e de su p e c h o la ponzoña.
« La cerviz d o b l a al y u g o
Con ella e m p e r o á proseguir su v i a j e ,
« De la muerte q u e á tantos dió en su vida,
Mal de su g r a d o , el escoces d i s p u e s t o ,
« Y al alma de m i hermano,
La insulta, la m a l d i c e ,
« Que falleció p o c o s momentos á n t e s ,
La acusa de ser causa del ultraje
« La s u y a á u n i r s e pártese en seguida.
Que hizo de Holanda al joven i n f e l i c e ,
« No bien los circunstantes Y en esta situación la selva espesa
« Que aquesta historia del anciano o i m o s , Con la vieja a t r a v i e s a ,
« A la infame prendimos Cuando de p r o n t o , al declinar el d i a ,
« Y en negra c á r c e l la encerramos l u e g o
Gritos, g o l p e s , estrépito se escucha
« Para entregarla al merecido fuego. »
Que de terrible l u c h a ,
Así Hermónides d i j o ; y se aprestaba Cerca de allí t r a b a d a , provenía.
A narrar la e v a s i ó n de la p r o t e r v a ;
Por Gabrina s e g u i d o ,
E n la c i u d a d i m p í a
Hácia el p a r a j e d e d o sale e l ruido
Y o le d e j é , d o n d e , sonar h a c i e n d o
El b i z a r r o e s c o c e s avanza al p u n t o .
Mágica t r o m p a d e sonido h o r r e n d o ,
Mas y o para o t r a v e z d e j o este asunto.
S e libertó de su peligro g r a v e .
Mientra en tierra yacia
La turba femenil a l u c i n a d a ,
CANTO XXII.
Saltando en u n a n a v e
Viaje de Astolfo. — Róbale su caballo un rústico — Éntrase H u y e el d u q u e d e la isla m a l h a d a d a ,
Astolfo en el palacio encantado de Atlante. — Ahuyenta e¡ B o g a hácia A r m e n i a y llega á Satalía.
mágico á los caballeros cautivos y á sus caballos, y se apodera E n su bridón alígero m o n t a d o ,
de Hipogrifo. — Dirígense Roger y Bradamante á la abadía Hácia la Bursia se d i r i g e l u e g o ,
de Valumbrosa. — Extraña usanza establecida en el alcázar
Traspasa el mar y toca el suelo g r i e g o .
de Pinabelo. — Roger echa á un pozo el escudo encantado do
Atlante. — Muerte d e Pinabelo. S i g u e l u e g o el D a n u b i o , l l e g a á H u n g r í a ;
Y' vueltas v e i n t e apénas
Dió en t o r n o á su e j e el g r a n fanal del dia,
T i e r n a s b e l d a d e s c u y o a r d o r constante
Miéntras él la B o h e m i a , la M o r a v i a ,
Satisface el a m o r de u n s o l o a m a n t e ,
L a F r a n c o n i a r e c o r r e , el Bin t r a s p a s a ,
R a r a s s o i s , lo c o n f i e s o ;
Traspasa las A r d e n a s ,
Mas no c o n m i g o os e n o j e i s por eso :
Si d e u n a i n f a m e la m a l d a d p r o p a l o , L l e g a á A q u i s g r a n , de allí pasa á Brabante,
De cien d a m a s acaso e n esta historia Y á F l á n d e s l u e g o , do e n flotante casa
Hasta el e m p í r e o e l e v a r é la gloria. A u d a z se a r r o j a al piélago e s p u m a n t e .
F a v o r a b l e , la brisa
Si e n t r e los d o c e h u b o un apóstol malo
Q u e á s u s e ñ o r v e n d i ó , de J u a n , de P e d r o De tal m o d o le e m p u j a , q u e cercanas
No m é n o s inmortal es la m e m o r i a ; L a s costas de Inglaterra
Ni p o r q u e inicuas f u e r o n A m e d i o d í a el paladín divisa.
Cuantas hermanas tuvo Ilipermenestra, P o c o d e s p u e s á tierra
Con m é n o s brillo su v i r t u d se m u e s t r a . S a l t a , m o n t a á caballo y c o n tal furia
M a s , v o l v i e n d o á mi a s u n t o , q u e h a c e r g r a t o Marcha, q u e á L o n d r e s en la tarde llega.
P u e d e la v a r i e d a d c o n q u e lo t r a t o , O y e n d o allí decir q u e de su c o r t e
D i g o q u e , o y e n d o el e s c o c e s el r u i d o Con los m a g n a t e s t o d o s h a partido
De q u e hablé y a , por una angosta senda El viejo r e y hácia P a r i s , se entrega
S u e l t a al c o r c e l la r i e n d a , De v i v o g o z o á súbito t r a n s p o r t e ;
Y sin v i d a t e n d i d o T o r n a al p u e r t o , s e e m b a r c a y d e la n a v e
Halla e n h o n d a c a ñ a d a á un c a b a l l e r o . L a fresca l o n a hácia Calés despliega.
Q u i e n f u e s e y a d i r é ; mas antes q u i e r o El v i e n t o , e m p e r o , q u e hasta allí s u a v e
V o l v e r á F r a n c i a , y d e n d e allí al L e v a n t e , P o r P o n i e n t e s o p l ó , c o n furia ignota
T r a s A s t o l f o , q u e el p a s o L o s flancos l u e g o del bajel azota.
Dirige e n e s t e instante h á c i a el Ocaso. Inquieto el m a r i n e r o , t la onda o p o n e
C o n s t a n t e m e n t e la t a j a n t e proa
Y e n sus e s p a l d a s t ú r g i d a s se m e c e ,
Si b i e n no por e l r u m b o q u e a p e t e c e .
A m e r c e d de las o l a s a g i t a d o
A s t o l f o a s í , del u n o al otro fado
C o r r e , hasta q u e d e Rúan llega á la orilla.
Á r m a s e al p u n t o ; á Rabicano e n s i l l a ;
L a f u e r t e espada c i ñ e s e á u n c o s t a d o ,
Y la t r o m p a i n f e r n a l al otro brilla.
A s í , la selva a t r a v e s a n d o , v i e n e
Al pié de un c e r r o e n h o r a
E n q u e , del sol la l u m b r e a b r a s a d o r a
H u y e n d o , se d e t i e n e
E n cabañas ó b o s q u e s el ganado.
Sediento, acalorado,
Á l z a s e Astolfo el y e l m o de la f r e n t e ;
Ata de un r a m o s u c o r c e l valiente ;
S u s pasos guia h a c i a u n a fuente clara
Y á b e b e r en s u s o n d a s se p r e p a r a .
T o c á d o l a s a p e n a su labio había,
C u a n d o , saliendo d e la selva u m b r í a ,
Villano audaz se a c e r c a á R a b i c a n o ,
Salta s o b r e é l , y p a r t e c o n p r e s t e z a .
A l r u i d o el d u q u e alzando la c a b e z a ,
P o r s e g u i r al v i l l a n o
S u ardiente sed o l v i d a , se l e v a n t a ,
Y tras él m u e v e su lijera planta.
El r a p t o r , c u y o i n t e n t o
Es q u e no pierda el paladín su p i s t a ,
Del c o r c e l c a l c u l a n d o el m o v i m i e n t o
T r o t a n d o ó g a l o p a n d o va á su vista.
C o r r i e n d o así d u r a n t e un largo espacio
Salen del b o s q u e y llegan al palacio
Astolfo á la orilla de una fuente. (T. 1, p. 406.)
D o , libres á la v e z y p r i s i o n e r o s ,
S e hallaban tantos ínclitos g u e r r e r o s .
Por sus armas Astolfo e m b a r a z a d o ,
Q u é d a s e atras y l l e g a en el m o m e n t o
E n q u e al umbral el rústico ha tocado
CANTO XXII. 407

Sobre el corcel q u e corre como el viento.


En vano entonces por hallarlo mira;
En vano ansioso gira
En torno del palacio, y de aposento
En aposento, hasta la n o c h e , vaga.
C o n f u s o , fatigado,
Conoce q u e aquel sitio está e n c a n t a d o ,
Y del libro q u e diérale la maga
Recordándose e n t o n c e , el medio busca
De conjurar el singular portento
Que su vista y su mente á un tiempo ofusca.
Hablabase en el libro extensamente
Del modo de vencer al n i g r o m a n t e ,
Y de dar al instante
La libertad á tanta noble gente.
De su palacio en el umbral reposa
Bajo marmórea losa
El espíritu q u e obra estos e n c a n t o s ,
Y este mármol a l z a n d o , en humo debe
Todo el castillo disiparse en breve.
Ansioso de poder llevar á cabo
Tan denodada e m p r e s a ,
Sus brazos e x t e n d i e n d o , el j o v e n bravo
No tarda en v e r cuanto la losa pesa.
Mas de sí tan cercano
Viendo Atlante al i n g l é s , viendo su mano
Que á destruir de su arte va el p r e s t i g i o ,
Con un nuevo prodigio
Conjurar quiere su inminente ruina.
A este fin imagina
A Astolfo transformar de tal m a n e r a ,
Que á los unos g i g a n t e ,
A los otros villano,
A los otros g u e r r e r o pareciera.
A cada c u a l , en fin, con n u e v o hechizo
P r e s e n t a , en el del príncipe, el semblante
Con q u e él á todos prisioneros hizo.
Recuperar queriendo lo que buscan
R o g e r , Gradaso, I r o l d o , Bradamante, Y con el c u a l , desde India hasta I n g l a t e r r a ,
Brandimarte, P r a s i l d o y otros varios Recorrió todo un lado de la tierra.
Víctimas de este e r r o r , en un instante, Y a recordáis sin duda
Esgrimiendo los hierros sanguinarios, C u a l , por seguir la pista
Por atacar al m a g o De la beldad desnuda
Hácia Astolfo d i r i g e n s e , y aciago Que por encanto se esquivó á su v i s t a ,
El hado de este fuera si consigo A un árbol amarrado
No llevara esta v e z el cuerno amigo. Dejó Roger á su corcel a l a d o ,
Apénas en los l a b i o s se lo ha p u e s t o , Q u e , observando de léjos su c a m i n o ,
Aterrado, aturdido, A presentarse ante él en breve vino.
Cual tímida p a l o m a Ofrecerse al britano no podia
De un arcabuz al súbito e s t a m p i d o , Una ocasion mas favorable q u e esta
Cada guerrero p r e s t o Para emprender la via
Por aquí y por allí la f u g a toma. Que en torno al orbe á consumar se apresta.
Azorado también d e l son funesto De Hipogrifo el ardor probó ya el dia
Que produce la t r o m p a del b r i t a n o , En q u e , á Melisa gracias, salir pudo
De su mansión aléjase el a n c i a n o , De la mansión funesta
Y huyen al mismo tiempo los b r i d o n e s , Do víctima vivió de encanto crudo.
Q u e , sin que nada baste á detenellos, Y habiendo l u e g o visto de que modo
Se esparcen en distintas direcciones. Logistila á Hipogrifo un freno puso,
De la cuadra con ellos Aprendió c o m o de él debe hacer uso
Rabicano se s a l e , y del palacio Para regirlo por el orbe todo.
Encuentra á su s e ñ o r á breve espacio. A partir pues el h é r o e se dispone
A s t o l f o , así q u e en fuga al viejo m i r a , Sobre el corcel alado. Suspendida .
La grave losa del umbral r e t i r a , Ve á su lado una silla, y se la pone f"
Bajo la cual v e i m á g e n e s y cosas
Que enumerar a q u í y o no pretendo.
Mas, no hallando su b r i d a , % %»
Una al punto c o m p o n e
Mas el encanto d e s t r u i r queriendo, Con las q u e allí dejaron /
De su libro á las páginas preciosas Los brutos que á la fuga se entregaron.
Recurre el p a l a d í n , y en el momento Mas , ántes de seguir, mi canto es fuerza
El alcázar en h u m o se alza al viento. Que hácia Roger y Bradamante tuerza.
Allí ligado con cadena de oro Luego que hubo cesado
Halla Astolfo el aligero caballo De resonar el c u e r n o , y q u e la gente
Que á Roger diera el nigromante moro Del palacio fatal se hubo a l e j a d o ,
Cuando de Alcina quiso trasportallo Vió Roger fácilmente
A l imperio f a t a l , y encuentra el freno Del anciano el ardid. Hasta aquel dia
Que le dió Logistila porque el rumbo Ninguno en el alcázar
Rigiera del corcel de ímpetu l l e n o , Reconocido á los d e m á s había.
T. i. 1 8
Entonces v e Roger á Bradamante, Una dama encontráronse q u e triste
Y ella al verlo se turba y maravilla, Por el valle sus pasos dirigía.
Pensando como su ánima sencilla C o r t e s , Roger no bien el llanto nota
Ha logrado ofuscar el viejo Atlante. Que de los ojos de esta dama brota ,
Roger abraza á la doncella h e r m o s a , A compasion movido
Que , el jazmín de su faz trocando en r o s a , Siente el p e c h o ; y , despues de b r e v e pausa,
De sus tiernos amores De su dolor pregúntale la causa.
Pone en sus labios las primeras flores. E l l a , volviendo al cielo
Una y mil v e c e s luego Sus bellísimas l u c e s , así dice :
Del uno el otro arrójase en los b r a z o s , « S a b e , s e ñ o r , q u e de mi amargo duelo
Y a l l í , ceñidos con estrechos l a z o s , « Es causa la piedad que mi alma mueve
Exhalan su alma en ósculos de f u e g o . « Hácia un hermoso joven infelice
¡ O h cuánto entonces duéleles el tiempo « Que de aquí cerca á perecer v a en breve. »
Que en el fatal alcázar han p e r d i d o , « De una hermosa doncella ,
Por no haberse hasta aqui r e c o n o c i d o ! a Hija del rey Marsilio,
Dispuesta Bradamante « Prendado el i n f e l i z , con el auxilio
A otorgar á Roger cuantos favores « De blanco velo y de femíneo traje
Sin m e n g u a suya puede « Las noches á pasar iba con ella ,
Otorgar una virgen á su amante, « Tomando de mujer gesto y lenguaje.
« Si de mi amor, » le d i c e , « obtener quieres « Por de pronto ninguno
« Los últimos placeres, « Hubo q u e penetrase este secreto ;
« Menester es q u e al punto te b a u t i c e s , « Mas conocido á poco fué por uno
« Y q u e momentos luego tan felices « Que á un amigo indiscreto
<( A mi p a d r e , p i d i é n d o m e , aceleres. » « Lo c u e n t a , el cual á d o s ; y de este asunto
R o g e r , q u e por su amada no tan solo « Hasta al rey llega la noticia al punto.
Se convirtiera á la cristiana f e , « Por orden de Marsilio, un su allegado
Que de su abuelo y su progenie entera « Antes de ayer cogiólos en el lecho ;
Por tantos siglos venerada f u é , « A los dos encerrar, por s e p a r a d o ,
Sino que á dar el resto « En negra cárcel sin piedad han h e c h o ,
De sus días hallárase dispuesto , « Y con su vida hoy temo q u e se acabe
« No al a g u a . » d i c e , « á las voraces llamas « Del tierno j o v e n el suplicio g r a v e .
« Mi cabeza d a r é , si lo reclamas. » « Vivo á quemarle v a n ; y o , no queriendo
Por bautizarse, ansioso « Ver tal a t r o c i d a d , aquí me v i n e ,
De unirse para siempre á la d o n c e l l a , « Este crimen horrendo
Se dirige con ella á V a l u m b r o s o , « No dudando q u e hoy mismo se termine.
Do una antigua abadía, « Llena de angustia, p u e s , hácia vos v e n g o ,
R i c a , f a m o s a , hospitalaria, existe. « Pues no es posible que al dolor resista
Al salir de la selva « Mi c o r a z o n , mientras del j o v e n teRgo
« T e m o que m u e r t o al joven encontremos. »
« Los abrasados miembros á la vista. » — « ¿ P o r q u é pues no tomar por la mas c o r t a ? »
A tal n o t i c i a , Bradamante siente Interrumpe el guerrero. — « Porque importa, »
Dolor p r o f u n d o , no de otra manera La dama le r e s p o n d e ,
Que si de algún pariente « Evitar el palacio
Que deplorar la pérdida tuviera. .. De los señores de P o i t i e r s , en donde
Mas tarde ya diré que fundamento « Existen ha tres dias
Tenia este c r u e l presentimiento. « Leyes y usanzas bárbaras é impías
Al buen R o g e r su valerosa amiga « Que en él ha introducido P i n a b e l o ,
« Deber sagrado , » d i c e , « nuestras armas « Hijo del conde Anselmo de Altarripa,
« A ofrecer á esa dama nos obliga. » « Y de perfidia y de maldad modelo. »
Y volviéndose hacia ella : « Tus alarmas Cuatro g u e r r e r o s , cual no vió la Francia
« Cesen desde h o y , » prosigue-, « del suplicio Tiempo ha por su denuedo y arrogancia ,
« Al paraje m e g u i a , y yo me a t r e v o , Defender han j u r a d o
« Si no está c o n s u m a d o el sacrificio, La mansión y la ley de este malvado.
« A impedir q u e perezca ese mancebo. » Dama allí, p u e s , no llega ni guerrero
Escuchando el discurso de su d a m a , Que baldón no reciba ;
De igual deseo el paladín se inflama, Que esa gente de dentro los d e r r i b a ,
Y á la i n f e l i z , q u e de sus ojos vierte De su ropa á la d a m a , de su acero
Un torrente de l á g r i m a s , exhorta Al h o m b r e , y de corcel á entrambos priva.
A partir. « De la m u e r t e , » Cual el origen de esta ley h a sido
D i c e , 7< arrancar á ese infeliz importa. Voy á decir : también v o y á e x p o n e r o s
« Volemos p u e s , v o l e m o s , El medio por el cual se ha c o n s e g u i d o
« Pues á t i e m p o llegando á su p r e s e n c i a , Prender á aquellos cuatro caballeros.
« Por mucha q u e encontremos resistencia, Por dama tiene el c o n d e
« Conjurar su peligro lograremos. » Una mujer a b o m i n a b l e , i m p í a ,
Con lo altivo del tono y del semblante, Con la cual caminando , no sé d o n d e ,
Roger y Bradamante T o p ó un guerrero en una selva un dia.
Alientan la esperanza De una vieja marchaba en compañía
De la doncella, q u e , temiendo presa Este guerrero. Insúltala orgullosa
Sin provecho q u e d a r si de su empresa De Pinabelo la fingida esposa.
El éxito no para en bienandanza , Al conde el caballero d e s a f i a ;
A los g u e r r e r o s dice : « Por la via De su bridón lo a r r o j a ,
« Que recta y llana guia Y á la dama altanera
« Al sitio del s u p l i c i o , yo bien c r e o De su vestido espléndido despoja.
« Que llegarse esta tarde se p o d r i a ; De verse á pié y desnuda a v e r g o n z a d a ,
« Mas, á dar g r a n rodeo Ansiosa un medio de v e n g a r s e p i e n s a ;
« Por desusadas sendas obligados, Y á su amante , c u y a a l m a está dotada
« Cuando allí n o s mostremos
ORLANDO FURIOSO.
I>e una i n v e n c i ó n para lo malo i n m e n s a ,
C o n s u l t a n d o también , al cabo dice
Que un instante felice
Jamas d i s f r u t a r á , mientras v e n c i d o s
En su p o d e r no v e a á mil g u e r r e r o s
Y a mil d a m a s a r r a n q u e sus vestidos.
De c l i m a s r e m o t í s i m o s v e n i d o s
Por c a s o p r e s e n t á r o n s e aquel dia
En el a l c á z a r c u a t r o caballeros
De raro e s f u e r z o y de alta n o m b r a d í a .
Hijos d o s de ellos eran de O l i v e r o s ,
A q u i l a n t e y Grifón , Guidon s a l v a j e
Era el t e r c e r o , el c u a r t o S a n s o n e t o .
Con d u l c e g e s t o é hipócrito l e n g u a j e
P i n a b e l o en su estancia los a c o g e ;
En el l e c h o s o r p r é n d e l o s , los liga
Y á j u r a r les o b l i g a
Q u e u n a n o allí y un m e s han de q u e d a r s e ,
.iu
Y q u e , atacando á damas y á v a r o n e s ,
De s u s r o p a s , bridones
Y p e r s o n a s h a b r á n de a p o d e r a r s e .
A s i , bien q u e a f l i g i d o s , lo j u r a r o n ;
Y así s e p r e s e n t a r o n
Mil v e c e s e n la lid d e d o , sin a r m a s
Y á pié , t a n t o s y tantos se alejaron.
L a l e y q u e e n t r e ellos r i g e es la siguiente
El p r i m e r o q u e salga á la p a l e s t r a ,
S o l o s a l d r á ; m a s , por rival m a s b r a v o
Si v e n c i d o se m u e s t r a ,
Los q u e queden entonces
A q u e l l a e m p r e s a han de llevar á c a b o .
V e d , s i e n d o c a d a cual tan a g u e r r i d o ,
L o q u e s e r á c o n otros tres unido.
M a s p o n e r no c o n v i e n e
E n n u e s t r o v i a j e la m e n o r d e m o r a ;
P u e s si bien e n la l i d , cual lo d e m u e s t r a I,
V u e s t r o altivo s e m b l a n t e , v e n c e d o r a
L l e g a r á á v e r s e en fin la espada v u e s t r a .
CANTO XXIf.
C o s a siempre será de mas de una h o r a ,
Y si en llegar se tarda
Es muy de recelar que el j o v e n arda.
« ¿ Por ventura de a q u e s t o , »
Dice R o g e r , « n o s o t r o s nos c u i d a m o s ?
« Nuestro deber h a g a m o s ,
« Y hagan el cielo ó la fortuna el resto.
« La lucha q u e á trabar nos preparamos
« Hará al menos notorio q u e dispuesto
« Está nuestro valor á un sacrificio
« Por salvar á ese j o v e n del suplicio. »
Oyendo estas p a l a b r a s , la doncella
Su marcha emprende por la recta v i a ,
Y tres millas por ella
Con los dos héroes caminado h a b i a ,
Cuando á la puerta y al padrón llegaron
Do tantos infelices
Honor, a r m a s , caballos se dejaron.
No bien los v e , de lo alto de la roca
Una campana el centinela t o c a ;
Y por la p u e r t a , en e s t o , s o b r e un bruto
Corriendo un viejo en asomar no tarda,
Que así grita á R o g e r : « A g u a r d a , aguarda,
« O disponte á pagar fatal tributo.
« Si la ley no conoces que aquí r i g e ,
« Escúchame-, » y le c u e n t a
La costumbre sangrienta
Que á los guerreros del castillo aflige.
Afable l u e g o á aconsejar se puso
Q u e , de esta tierra obedeciendo al u s o ,
Sus a r m a s , sus caballos e n t r e g a s e n
Y que un estéril riesgo c o n j u r a s e n .
« No queráis e x p o n e r o s
« A combatir, » d e c i a ,
Bradamante y Roger ante el « Contra esos cuatro intrépidos guerreros.
« A r m a s , caballos, ropas por do quiera
« Hallar podréis, en tanto q u e la vida
« lrrecobrable es una v e z perdida.
CANTO XXII. 417
Cortar en una s e l v a , á corto espacio
— « B a s t a , » dice R o g e r , « b a s t a ; instruido
De allí, diez robles hizo S a n s o n e t o ,
« De esa l e y , he venido
Y con ellos diez lanzas f a b r i c a n d o ,
« A probar que no cedo
Una presenta á su r i v a l , guardando
« Ante vanas palabras, y que existe
« Un alma en mí que no conoce el miedo. Otra igual para sí. Duro cual yunque
« Lo q u e en mi nombre así mi labio afirma, Debe ser el b r o q u e l , ser debe el peto
« Mi c o m p a ñ e r o , cierto e s t o y , c o n f i r m a ; De cada p a l a d í n , para q u e el choque
« Mas ¡ a h ! ¡ p o r Dios! haced que sin tardanza Que uno y otro reciben no los trunque.
« Ver y o de cerca á mis contrarios p u e d a , El de R o g e r , q u e allá en los hondos senos
« P u e s la tarde se avanza Ilizo sudar á la infernal cuadrilla,
« Y l a r g o trecho por andar nos queda. Es el mismo q u e Atlante le entregara
Y con que obró ya tanta maravilla.
— « Hélo a q u í , » dice el v i e j o ;
Con claridad tan r a r a ,
Y por el puente con efecto llega
Un caballero armado Con tal violencia, descubierto, brilla,
Que tiene q u e ocultarlo bajo un velo
C o n vestido b e r m e j o
Por no postrar á cuantos v e en el suelo,
T o d o de blancas flores recamado.
C o n decidido empeño Y ser debe ademas impenetrable
La dama entonces á Roger suplica P u e s no cede á aquel golpe formidable.
Q u e le deje por Dios vencer al dueño El otro , c u y o artífice sin duda
De aquella cota tan luciente y rica. F u é ménos docto , á resistir no alcanza
Mas en vano r o g ó ; de esta victoria Del fierro incruento la violencia cruda.
Guardar para sí solo el héroe quiso Por medio de él la lanza
La fatiga, los riesgos y la gloria. Del buen Roger abriéndose c a m i n o ,
Interrogado por Roger quien es Hirió en el brazo al triste Sansoneto,
A q u e l g u e r r e r o , el viejo le r e s p o n d e : Que del arzón bien pronto al suelo vino.
« De Sansoneto esconde F o r t u n a , á quien tal v e z
« El pecho aquesa túnica que v e s . » Agrada el llanto del q u e siempre r i e ,
P o r acuende u n o , el otro por allá, Y q u e de aquel á quien el triunfo engrie
En silencio se mueve sin tardanza, En dominar se place la a l t i v e z ,
Y , enristrada la l a n z a , Hoy por la v e z primera
Hácia el contrario galopando va. Hizo que el j o v e n derribado fuera.
C o n sus enormes a s t a s , q u e de hierro En e s t o , la señal de la pelea
Forjadas parecían, A los otros g u e r r e r o s dando el c o n d e ,
A r m a d o s se embestían Se acerca al sitio en donde
L o s dos rivales fuertes y a g u e r r i d o s , Estaba B r a d a m a n t e , á quien desea
Mientras que con el conde del palacio Preguntar quien su compañero sea.
Mil infantes salían d e c i d i d o s , Montado en el caballo
Cual s i e m p r e , á despojar á los vencidos. Que fué de la d o n c e l l a , allí lo guia
CANTO XXII.

« Basta para v e n c e r ; y o no consiento


La justicia de Dios por castigallo k Que nadie, Cuando lidio, me la acompañe
De tanta consumada alevosía. « Y que mi gloria y mi esplendor empañe.
Ocho meses hacia « La cabeza, si m i e n t o ,
Q u e , dar muerte á la virgen p r e v e y e n d o , « De los hombros arráncame al m o m e n t o . »
En subterráneo horrendo Esto dice Grifón, esto Aquilante;
El vil precipitárala. El caballo Solo cada cual quiere
Que el le robó aquel día Lidiar, pues á victoria degradante
Reconoce la virgen al instante, Preso quedar ó perecer prefiere.
Y , del conde en seguida « Mas, ¿á q u é sin p r o v e c h o
La v o z examinando y el s e m b l a n t e : « T a n t o hablar? Si v e n i r , » la dama d i c e ,
« Este e s , » d i c e , « el traidor, el fementido, « A este alcázar os h i c e ,
« Q u e de las culpas todas de su vida « Fué porque á sus usanzas os plegarais,
« Viene hoy á recibir el merecido. » « No para q u e sus l e y e s reformarais.
Dice; su acero s a c a ; « Si no era v u e s t r o intento
A Pinabelo, f u r i b u n d o , ataca, « Aceptar esta ley sin c o n d i c i o n e s ,
Y hácia atras le interdice que se vuelva. « ¿ Porqué no declararlo en el momento
De tornar á su t o r r e « En q u e vine á r o m p e r vuestras prisiones?
Perdida la e s p e r a n z a , por la selva « So pena de pasar por e m b u s t e r o s ,
El maguntino c o r r e , c Hoy á mi voz teneis q u e someteros. »
Y h u y e n d o el infortunio que recela « Hé a q u í , » R o g e r e x c l a m a ,
A su corcel aguija con la espuela. «Mi caballo y mis a r m a s , ¿qué os detiene ¡
La doncella animosa « ¿ Porqué nadie á esa dama
Lo p e r s i g u e , lo a c o s a , « A despojar de sus vestidos viene ? »
Lo alcanza y hiere. Con fragor horrendo Por B o g e r , á la par que por la d a m a ,
Retumba el bosque en torno ; m a s , la lucha Cada cual d e los tres e s t i m u l a d o ,
Contra Roger los otros sosteniendo, De vergüenza y d e cólera se inflama
Nadie este estruendo en el palacio escucha. Y á venir al c o m b a t e re apareja.
Pocos momentos a n t e s De Guidon el c a b a l l o , mas pesado
Salieron del castillo con la d a m a ,
Que el de los otros d o s , al j o v e n d e j a ,
Fatal autor de usanza tan inicua,
Al dar la c a r g a , u n tanto rezagado.
Los otros tres valientes contrincantes,
La lanza con q u e habia
Que mustio el r o s t r o , la mirada oblicua
A Sansoneto derribado trae
Y llena el alma de aflicción v e n í a n ,
El h é r o e , y el b r o q u e l de que solia
Y muerte casi á triunfo preferían. Servirse el viejo A t l a n t e en el castillo;
Ardiendo en sed de sangre y de venganza Encantado b r o q u e l á c u y o brillo
A los guerreros la impía dama entonces T o d o aquel que l o mira al suelo c a e ,
Recuerda su terrible juramento. Y cuya alta v i r t u d p u e d e á su dueño
Mas responde Guidon : «Sola mi lanza
420 ORLANDO FURIOSO.

Sacar sin daño de cualquier empeño. P u e s , en tierra tendidos


Tres v e c e s solamente Caballeros, caballos,
Su auxilio omnipotente Damas é infantes, y a c e n confundidos.
Necesitó R o g e r hasta aquel d i a : Al pronto maravíllase-, mas l u e g o ,
Dos en la isla de A l c i n a ; la tercera El lienzo al ver que del escudo p e n d e ,
Por vencer á la fiera Lo que pasa comprende.
Que á devorar venia Vuélvese p u e s , y con inquietos ojos
A la hermosa d o n c e l l a , que el sosiego A Bradamante de buscar no cesa.
L e arrebató con su perfidia luego. No hallándola, al pensar que se interesa
Fuera de e s t o , escondido Por el mancebo á quien la muerte a g u a r d a ,
Bajo un velo de m o d o lo l l e v a b a , Y sabiendo q u e nada le a c o b a r d a ,
Que descubrirlo á su placer podia Supone que á dar fin á aquella empresa
Cada v e z q u e su luz necesitaba. Partió sin duda. Entre el gentío inmenso
Con é l , c o m o ya os d i j e , Que en tierra y a c e , topa
Animoso Roger de la batalla A la dama B o g e r q u e con él v i n o ,
Al sitio se dirige, Y en su bridón montándola , galopa.
Do á sus rivales preparados halla. Del manto q u e por cima de su ropa
El h é r o e , á quien no aterra Ella l l e v a b a , el h é r o e una cubierta
Su vista m a s q u e la de tres rapaces, Hace al broquel. Con esto oscurecido
La lanza enristra, y cierra El fulgor q u e la priva de s e n t i d o ,
Contra el b r a v o G r i f ó n , de cuyo escudo Se recobra la dama y se despierta.
Viene á dar en el borde un golpe crudo De allí, con faz turbada
G r i f ó n , asiendo su robusta l a n z a , Que de v e r g ü e n z a alzar apénas o s a .
Ataca á su r i v a l ; pero su p u n t a , Se va Boger d i c i é n d o s e : « Manchada
Sobre el bruñido espejo resbí¿ando, « Mi fama con victoria deshonrosa ,
R o m p e solo su velo « De contemplar me espanto
Dando salida al resplandor extraño « Que á temor atribuyase este encanto. »
Q u e , de su honor sin d a ñ o , Así pensando, al lado del sendero
A Aquilante y Grifón arroja al suelo. Que siguiendo v e n i a ,
G u i d o n , q u e los s e g u í a , Nota el bravo g u e r r e r o
Viene también en el instante á tierra, Un hondo p o z o , en torno al cual solia
Y , de sentido asi los t r e ; privados, A c o g e r s e el g a n a d o
Tendidos y a c e n por distintos lados. Huyendo del ardor del mediodía.
Entretanto R o g e r , que 110 recela Lleno á su vista el paladín de g o z o ,
El portentoso efecto del e s c u d o , Acercándose al p o z o ,
Vuelve al c o r c e l las riendas, y , desnudo « A fin, » e x c l a m a , « á fin de que esta sea
El h i e r r o , en busca de enemigos vuela. « La postrer vez q u e sobre mí derrame
Largo rato corrió sin e n c o n t r a l l o s , « R u b o r su p o s e s i o n , guardar no quiero
« Mas l a r g o tiempo ese b r o q u e l i n f a m e . Y en el bridón q u e él le robó m o n t a n d o ,
Y una p e ñ a c o g i e n d o , Aléjase en seguida
Que al e s c u d o s u j e t a , l o s e p u l t a Del b o s q u e q u e testigo
E n la s i m a , diciendo : Fué de tan justo y e j e m p l a r c a s t i g o .
« C o n t i g o q u e d e mi i g n o m i n i a o c u l t a . » E n vano l u e g o , i n q u i e t a , hácia la t o r r e
Hondo es el pozo y l l e n o hasta la b o c a ; Donde á Itoger d e j ó , parte a f l i g i d a .
P e s a d o es el b r o q u e l , g r u e s a la p e ñ a , Por los b o s q u e s p e r d i d a ,
Q u e , h e n d i e n d o el a g u a l e v e , T o d o el país sin d i r e c c i ó n r e c o r r e
No se detiene h a s t a q u e al f o n d o toca. La v i r g e n v a l e r o s a , á q u i e n p e r s i g u e
T a n noble a c c i ó n c o n su c l a r í n s o n o r o Suerte fatal q u e de R o g e r la a l e j a .
L o c u a z la fama d i v u l g a r a e n b r e v e Mas, por temor de q u e al l e c t o r f a t i g u e ,
Suspensa aquí la n a r r a c i ó n se d e j a .
En torno á F r a n c i a y por el suelo m o r o .
Conocida q u e f u é , m u c h o s g u e r r e r o s
Este e s c u d o á b u s c a r se d e d i c a r o n ,
Y ansiosos registraron CASTO XMI.
Sus r e i n o s y los reinos e x t r a n j e r o s .
Nadie e m p e r o e n c o n t r á n d o l o , i n d e c i s o Astolfo entrega á Bradamante el Rabicano y la lanza de oro.
Este punto q u e d ó ; p u e s l a d o n c e l l a — Llegada de la hija de Amon al palacio de Montalban. —
Que al m u n d o habló de e s t a a v e n t u r a bella Rodomonte quita á Hipalca el caballo que le confió Brada-
mante. — Orlando liberta á Zerbino del suplicio á que lo
Jamas decir d o c o n s u m ó s e quiso.
conducían. — Batalla entre Orlando y Mandricardo. — Lo-
No bien se a l e j a el h é r o e del castillo curas del conde de Anger á la noticia de los amores de
C o n el e s c u d o , c u y o e x t r a ñ o brillo Angélica con Medoro.
Ofuscó á sus rivales,
E s t u p e f a c t o s estos se l e v a n t a n ; A su p r ó j i m o a m p a r o
M a s , c o n incierto paso Dé cada c u a l ; pues r a r o
Unos liácia o t r o s , m u s t i o s , se a d e l a n t a n , Es q u e sin p r e m i o un beneficio q u e d e .
Y d e su triste c a s o , Si a l g u n a v e z s u c e d e
C a d a v e z q u e se j u n t a n , Que en bien n o t o r n e , es claro
Doloridos la causa se p r e g u n t a n . Que e n mal al m é n o s r e d u n d a r n o p u e d e ;
Hablando de esto e s t á n , c u a n d o la n u e v a Mientras q u e el daño q u e á l o s o t r o s se h a g a ,
L l e g a de q u e h a e s p i r a d o P i n a b e l o , Mas temprano ó mas t a r d e al fin s e p a g a ;
Bien q u e de aquel q u e le d i ó m u e r t e e n c u b r e P u e s los h o m b r e s n o s o n , d i c e e l r e f r á n ,
El c l a r o n o m b r e m i s t e r i o s o Yelo. Cual los m o n t e s q u e i n m o b i l e s están.
A l c o n d e inicuo B r a d a m a n t e osada De triste e j e m p l o sirva el M a g u n t i n o ,
Encontrando en camino hondo y estrecho, Que de s u s culpas t o d a s finalmente
L e a t a c ó y c o n su e s p a d a A recibir el m e r e c i d o v i n o ;
Una y cien v e c e s t r a s p a s ó l e el p e c h o . P u e s el S e ñ o r , q u e r a r a v e z c o n s i e n t e
P o r el suelo d e j á n d o l o s i n v i d a , V e r padecer al j u s t o i n j u s t a m e n t e ,
« Mas l a r g o tiempo ese b r o q u e l i n f a m e . Y en el bridón q u e él le robó m o n t a n d o ,
Y una p e ñ a c o g i e n d o , Aléjase en seguida
Que al e s c u d o s u j e t a , l o s e p u l t a Del b o s q u e q u e testigo
E n la s i m a , diciendo : Fué de tan justo y e j e m p l a r c a s t i g o .
« C o n t i g o q u e d e mi i g n o m i n i a o c u l t a . » E n vano l u e g o , i n q u i e t a , hácia la t o r r e
Hondo es el pozo y l l e n o hasta la b o c a ; Donde á Itoger d e j ó , parte a f l i g i d a .
P e s a d o es el b r o q u e l , g r u e s a la p e ñ a , Por los b o s q u e s p e r d i d a ,
Q u e , h e n d i e n d o el a g u a l e v e , T o d o el pais sin d i r e c c i ó n r e c o r r e
No se detiene h a s t a q u e al f o n d o toca. La v i r g e n v a l e r o s a , á q u i e n p e r s i g u e
T a n noble a c c i ó n c o n su c l a r í n s o n o r o Suerte fatal q u e de R o g e r la a l e j a .
L o c u a z la fama d i v u l g a r a e n b r e v e Mas, por temor de q u e al l e c t o r f a t i g u e ,
Suspensa aquí la n a r r a c i ó n se d e j a .
En torno á F r a n c i a y por el suelo m o r o .
Conocida q u e f u é , m u c h o s g u e r r e r o s
Este e s c u d o á b u s c a r se d e d i c a r o n ,
Y ansiosos registraron casto m u .
Sus r e i n o s y los reinos e x t r a n j e r o s .
Nadie e m p e r o e n c o n t r á n d o l o , i n d e c i s o Astolfo entrega á Bradamante el Rabicano y la lanza de oro.
Este punto q u e d ó ; p u e s l a d o n c e l l a — Llegada de la hija de Amon al palacio de Montalban. —
Que al m u n d o habló de e s t a a v e n t u r a bella Rodomonte quita á Hipalca el caballo que le confió Brada-
mante. — Orlando liberta á Zerbino del suplicio á que lo
Jamas decir d o c o n s u m ó s e quiso.
conducían. — Batalla entre Orlando y Mandricardo. — Lo-
No bien se a l e j a el h é r o e del castillo curas del conde de Anger á la noticia de los amores de
C o n el e s c u d o , c u y o e x t r a ñ o brillo Angélica con Medoro.
Ofuscó á sus rivales,
E s t u p e f a c t o s estos se l e v a n t a n ; A su p r ó j i m o a m p a r o
M a s , c o n incierto paso Dé cada c u a l ; pues r a r o
Unos hacia o t r o s , m u s t i o s , se a d e l a n t a n , Es q u e sin p r e m i o un beneficio q u e d e .
Y d e su triste c a s o , Si a l g u n a v e z s u c e d e
C a d a v e z q u e se j u n t a n , Que en bien n o t o r n e , es claro
Doloridos la causa se p r e g u n t a n . Que e n mal al m é n o s r e d u n d a r n o p u e d e ;
Hablando de esto e s t á n , c u a n d o la n u e v a Mientras q u e el daño q u e á l o s o t r o s se h a g a ,
L l e g a de q u e h a e s p i r a d o P i n a b e l o , Mas temprano ó mas t a r d e al fin s e p a g a ;
Bien q u e de aquel q u e le d i ó m u e r t e e n c u b r e P u e s los h o m b r e s n o s o n , d i c e e l r e f r á n ,
El c l a r o n o m b r e m i s t e r i o s o Yelo. Cual los m o n t e s q u e i n m o b i l e s están.
A l c o n d e inicuo B r a d a m a n t e osada De triste e j e m p l o sirva el M a g u n t i n o ,
Encontrando en camino hondo y estrecho, Que de s u s culpas t o d a s finalmente
L e a t a c ó y c o n su e s p a d a A recibir el m e r e c i d o v i n o ;
Una y cien v e c e s t r a s p a s ó l e el p e c h o . P u e s el S e ñ o r , q u e r a r a v e z c o n s i e n t e
P o r el suelo d e j á n d o l o s i n v i d a , V e r padecer al j u s t o i n j u s t a m e n t e ,
A la virgen s a l v ó , y á todo honesto Mirar por do hasta allí venido había!
Corazon á salvar está dispuesto. Así consigo misma
El c o n d e , q u e creia Entre llanto y sollozos platicando,
Haber ya dado m u e r t e á la doncella, En sus pesares mas y mas se abisma.
Lejos estaba de pensar que de ella L a r g a s , mortales horas esperando,
A manos moriría Lucir en fin por el Oriente vido
En el palacio que nacer le v i d o , Del nuevo sol el rayo apetecido.
Por gigantes montañas protegido. Tomando su b r i d ó n , q u e allí pacía,
Cabe este alcázar, sin cesar guardado Su marcha emprende e n t o n c e s , y no tarda
De armada gente por escolta i n m e n s a , En llegar al paraje do no ha mucho
D o , huyendo del señor de Claromonte, Que el encantado alcázar existia.
El conde A n s e l m o hallábase encerrado, A Astolfo allí se e n c u e n t r a , q u e , m o n t a d o
Al pié de inculto m o n t e , En Hipogrifo, pensativo estaba
V i n o , sin mas d e f e n s a Mirando si alguien por allí pasaba
Que la estéril de lágrimas y gritos, De quien fuese la mano
A expiar Pinabelo sus delitos. Digna de gobernar al Rabicano.
Dado que le hubo m u e r t e , la doncella Felizmente lo h a l l ó ; p u e s , de su f r e n t e
En busca va del h é r o e á quien adora-, El yelmo levantando e n este instante,
Mas su fatal estrella Permitió á Bradamante
Por la espesa enramada la extravia Reconocer la faz de su pariente.
En el m o m e n t o en q u e iba hácia el Ocaso Cortes ella salúdale, y derecha
Dirigiéndose el sol con presto paso. Corriendo hácia é l , entre sus brazos se e c h a ,
Do acogerse la v i r g e n i g n o r a n d o , Y la visera alzándose e n s e g u i d a ,
A l l í , tendida sobre el fresco suelo, Muestra á Astolfo su faz bien conocida.
De la noche una parte Dar no podía el príncipe britano
Durmiendo p a s a , y otra contemplando Con persona ninguna
A Júpiter, á Marte Que mejor le g u a r d a s e á Rabicano.
Y á los demás planetas que del cielo Túvolo pues por singular fortuna,
En torno van sin descansar girando. Y dobie por tal causa en este instante
Dormida empero ó n o , siempre en su mente F u é su júbilo al v e r á Bradamante.
La cara imágen de R o g e r p r e s e n t e , Luego que con ternura
Hondos suspiros del llagado pecho Dos y tres y mas v e c e s se a b r a z a r o n ,
L e hace exhalar. ¡Oh cuánto , oh Dios, le pesa Y q u e se preguntaron
Q u e , mas fuerte su amor que su d e s p e c h o , Del tiempo de su ausencia la a v e n t u r a ,
Llamándole á otra e m p r e s a , Astolfo dijo : « Si e m p r e n d e r intento
Le haya en las selvas hecho « Por la región del viento
Dejar á aquel á quien de amar no c e s a , « Mi c a r r e r a , ¿á qué e s p e r o ? ; » y , r e v e l a n d o
Sin siquiera la vía A la dama su oculto p e n s a m i e n t o ,
P a r t e , los aires rápido surcando. De ver á su Roger, no halla r e p o s o ;
No asombra á la doncella este p o r t e n t o , Y , á n t e s q u e á Montalban, á Yallumbroso
Que ya dos veces presenciara : una Inquieta y triste en dirigirse piensa.
Cuando á embestirla vino el m a g o a s t u t o ; En esta indecisión, hácia ella nota
Otra c u a n d o , turbada Que se acerca un villano,
Del buen Roger por la fatal fortuna , Con c u y o auxilio del inglés la cota
Su camino emprender sobre aquel bruto Coloca en el arzón de Rabicano,
ííácia el cielo lo vió desconsolada. Y al cual manda que monte
Al comenzar su v i a j e , el d u q u e Astolfo En el corcel q u e fué de P i n a b e l o ,
A la doncella quiso Y que con ella á caminar se a p r o n t e ,
Confiar el famoso R a b i c a n o ; Conduciendo al del principe de m a n o .
Y á Hipogrifo j u z g a n d o q u e es preciso Por encontrar á aquel á quien adora,
Alijerar de todo peso v a n o , A Vallumbroso dirigir desea
La a r m a d u r a , q u e ya no n e c e s i t a , Sus pasos Bradamante; mas cual sea
De los hombros se quita El camino mas fácil ella ignora.
Y á la virgen la entrega con e n c a r g o Poco práctico el r ú s t i c o , tampoco
De q u e en llevarla á Montalban no tarde, Lo conoce, y , vagando á la v e n t u r a ,
Y q u e allí hasta su vuelta se la guarde. Con la doncella toma
Con su espada y su trompa ( s i n embargo Aquel que el mas directo se figura.
De q u e esta sola libertarle pueda Indecisa la v i r g e n , y no hallando
En cualquier trance a m a r g o ) Una sola persona
El paladín se queda , Que darle indicios p u e d a , hácia las n u e v e
Y á la virgen también e n t r e g a el asta De aquel dia las selvas a b a n d o n a ,
C u y o poder ningún poder contrasta. Y un alcázar en breve
Saltando luego en el corcel volante Ve (pie de un cerro el vértice c o r o n a .
P a r t e , al principio con pausado g i r o , V i é n d o l o , se imagina
Mas luego su carrera Mirar á Montalban, y lo adivina.
De tal moda acelera , Al contemplar el sitio do dejara
Que de vista se pierde en un instante. A sus hermanos y á su madre cara,
Así, guiada por piloto e x p e r t o , Se turba Bradamante y se entristece.
Los escollos evita cauta n a v e , P u e s , si allí permanece
Y , del difícil puerto T e m e ser descubierta, y q u e se frustre
No bien saliendo á la alta m a r , se aleja Su viaje en busca del amante ilustre,
Y atras las olas y los v i e n t o s d e j a . De c u y o amor intenso
Partido Astolfo, en un conflicto grave Se abrasa su alma en el volcan inmenso.
La doncella se v e ; cómo no sabe Pensativa gran r a t o , se r e s u e l v e
A Montalban mandar del c a r o primo A alejarse por fin de Montalban.
Las armas y el caballo. E n su ansia inmensa Con el villano vuelve
La rienda p u e s , mirando á la abadía, Fuera de Bridadoro y de Bayardo.
Y por la misma via A Montalban la virgen d e s p a c h ó l o ,
Por do vinieron á tornarse v a n , D o n d e , bien mantenido
Cuando su buena ó su fatal estrella Y montado tan solo
A tropezar con ella Alguna q u e otra v e z , g o r d o , lucido
Allí conduce inopinadamente Estaba y lleno de vigor. Juntando
Al buen Alardo, que de noche y dia Del palacio á las damas en s e g u i d a ,
Solícito recorre la c o m a r c a , Nueva gualdrapa y brida
Medios buscando de alojar la gente De seda y oro espléndida recama.
Q u e , en pro y á instancias del francés m o n a r c a , Aparte luego á una doncella llama
B e luengas tierras á lidiar venía. Hija de Calífresia, su nodriza ,
C o n mil demostraciones cariñosas A la cual sus secretos patentiza.
El hermano y la hermana se abrazaron, De su amado Boger, con ansia n u e v a ,
Y , de casos y cosas Le pinta las v i r t u d e s , los modales;
Gratas hablando, á Montalban l l e g a r o n , Por su beldad lo eleva
Do á Beatriz hallaron, A la par de los dioses inmortales,
Q u e , afligida de su hija por la s u e r t e , Y añade : « Mensajero
Haciéndola buscar por toda F r a n c i a , « Mas q u e tú fiel ó cuerdo y o querria
A m a r g o llanto sin descanso vierte. « En vano designar, oh Hipalca mia. »
De su madre mil ósculos recibe En s e g u i d a , enseñándole el sendero
La v i r g e n a d o r a d a ; Que tomar d e b e , instrúyele de cuanto
Sus hermanos le dan miles de a b r a z o s , Hacer debe ó decir, y en fin le ruega •
Q u e poco son ó nada Manifieste á B o g e r que si no llega
Si los de aquel recuerda por quien v i v e A dar fin ella misma á su q u e b r a n t o ,
Aprisionada en amorosos lazos. Culpa es tan solo de la suerte ingrata
Parlir pues no p u d i e n d o , en el instante Que sus proyectos todos desbarata.
U n mensajero á Yallumbroso e x p i d e , Monta Hipalca; la virgen en su mano
Refiriendo á su amante La rica brida del corcel le p o n e ,
La causa q u e volar hacia él le impide, Y « si a!gun l o c o , d í c e l e , ó villano
Y encargándole (inútil diligencia; « Hallas q u e á molestarte se dispone,
Q u e , por su amor, al punto se b a u t i c e , « Para volverle á la r a z ó n , del dueño
A fin de que , en volviendo á su p r e s e n c i a , « De tu corcel dirásle solo el n o m b r e ,
El suspirado enlace se realice. « Pues , o y é n d o l o , dudo q u e haya un h o m b r e
P o r la misma ocasion mandarle piensa « Que no renuncie á su arriesgado empeño. »
El corcel que él dejó cuando el camino Otras mil cosas luego le encomienda
P o r el aire emprendiera-, esto e s , Frontino, De que intérprete ser Hipalca debe.
C o r c e l noble y g a l l a r d o , Enterada e l l a , en breve
Q u e ni en Francia ni en África igual tuvo Al fogoso corcel suelta la rienda.
Por calzadas y campos su carrera
Siguió mas de diez m i l l a s , no encontrando
Quien á Frontino el paso detuviera,
Al m e d i o d í a , e m p e r o ,
Descendiendo de un monte
Por desusado y áspero s e n d e r o ,
Topa con R o d o m o n t e ,
Que á pié viene y a r m a d o ,
De un raquítico enano acompañado.
La altiva frente levantando el moro ,
Blasfema al v e r en manos de una dama
El b r u t o h e r m o s o c u y o arzón recama
Esplendente matiz de seda y oro.
Por voto solemnísimo obligado
A e m p r e n d e r la conquista
Del primero q u e ofrézcase á su vista.
De quitar su caballo á la doncella
C o r r i d o , cuanto ansioso, R o d o m o n t e ,
« ¡ Qué l a s t i m a , » se dice, « que, en vez dfe ella,
« Su propio d u e ñ o ese corcel 110 m o n t e ! »
— « ¡ A h ! » le responde I l i p a l c a , « si a sí fuera
« Pronto él cambiar de parecer te hiciera.
« A l g o mas q u e tú vale ;
« P u e s en fuerza y valor no hay quien le iguale.
— « ¿Quién e s , » replica el m o r o ,
« El q u e así vierte en los demás desdoro?
— « R o g e r , » dice la dama.
— « P u e s así s i e n d o , » el musulmán e x c l a m a .
« Sin reparo ninguno me apodero
« Del bridón de ese bravo caballero.
« S i , cual creer hacérmelo tú q u i e r e s ,
« En e s f u e r z o m e g a n a , su caballo
« Y o v o l v e r é l e , y él podrá tasallo,
« Y , si gusta, tasar los alquileres.
Hi palca detenida por Itoiomonle. (T. 1, p . 430
« Dirásle pues que Rodomonte sov,
« Y q u e si q u i e r e combatir c o n m i g o ! '
« Hallará fácilmente á su e n e m i g o ;
« P u e s do quiera que estoy
CANTO XXIII.

« Terribles muestras de mi paso doy. »


D i c e ; las riendas al corcel sujeta
Y salta en él. Inquieta
Y llorosa la dama , lo m a l d i c e ,
Siguiéndole de léjos por la via
Por do sus pasos el enano guia
En busca del raptor de Doral ice.
Ya narraré lo que despues avino.
Agora con Turpin torno al paraje
Donde quedó sin vida el Maguntino.
Apártase la v i r g e n , y su viaje
Por la selva emprendido apena h a b í a ,
Cuando llegó Zerbino
De la vieja falaz en compañía.
Al contemplar tendido por el suelo
Al ya desconocido P í n a b e l o ,
Que un mar de sangre por cien brechas v i e r t e ,
De su mísera suerte
Se apiada el escoces-, y , suplicando
A la vieja q u e allí su vuelta a g u a r d e ,
En busca de venganza
Por la huella que ve mas fresca avanza.
A Pínabelo acércase Gabrína
Y atenta lo e x a m i n a ,
Por ver si hay algo que robar en torno
O encima dél, pues j u z g a q u e e s locura
Dar con un vano adorno
A un mísero cadáver sepultura.
Si de esconder el fruto de su robo
Viera la infame arbitrio ó e s p e r a n z a ,
Sus ricas a r m a s , su vestido bello
Ella quitara al muerto sin tardanza.
Por m a s , p u e s , que le enoje
Dejar el r e s t o , aquello
Que es fácil de guardar tan solo c o g e ,
Y , entre otras muchas c o s a s , se apodera
Del rico cinto que llevaba el c o n d e ,
Y de su talle en derredor lo esconde.
Llega á poco Z e r b i n o , Del matador de Pinabelo diga.
Despues de haber de la doncella el paso De boca en boca cunde esta n o t i c i a ,
Perdido en un recodo del camino. Que llega en breve hasta la infame vieja.
S ú m e s e en esto el sol en el Ocaso, E s t a , fuese d e s p e c h o ,
Y el e s c o c e s , á quien el miedo aqueja Fuese i n h u m a n i d a d , fuese avaricia ,
De tener q u e dormir en aquel sitio, A perder á Zerbino se apareja.
Torna á emprender su marcha con la vieja. Del padre inconsolable
A dos millas de allí la torre hallaron En busca vase p u e s ; y , una patraña
Llamada de A l t a r r i v a , Verosímil forjando cuanto e x t r a ñ a ,
Donde á pasar la noche se pararon A Zerbino delata cual culpable.
Que entrando ya con prestos pasos iba. Por probar lo q u e d i c e ,
A poco un grito universal e s c u c h a n , Sacando el cinto q u e á su lado l l e v a ,
Y el triste llanto advierten Da al anciano infelice
Que miles de ojos de consuno vierten. De su infortunio irrecusable prueba.
Su causa al punto el escoces i n d a g a , En medio de su horrible d e s c o n s u e l o ,
Y o y e que dicen que la nueva aciaga Le anima la esperanza
Acaba de llegar al conde Anselmo De no dejar al hijo sin venganza.
De q u e del bosque en desusada via Por tal merced las gracias dando al c í e l o ,
Su Pinabelo exánime yacia. Cercar hace el palacio sin tardanza.
Por no excitar s o s p e c h a s , bien que cierto Sorprendido en el sueño el buen Z e r b i n o ,
Esté de q u e el que causa estos enojos Q u e , i n o c e n t e , tal riesgo no sospecha,
Es el mismo á quien muerto Del férreo cepo vino
Se encontró por la s e l v a , nada dice A dispertarse en la prisión estrecha.
Zerbino, ni del suelo alza los ojos. Del sol siguiente el rayo matutino
Entre cirios y hachones refulgentes Brillaba a p e n a , y decretado estaba
L l e g a despues el fúnebre a t a ú d , Y a el infame suplicio q u e aguardaba
Cuya vista redobla de las gentes Al e s c o c e s , en el p a r a j e mismo
Del alcázar el llanto y la inquietud. Do bajara al abismo
¡Ningún d o l o r , ninguno empero iguala Aquel de c u y a m u e r t e se le acusa.
Al q u e al paterno corazon exhala. De Anselmo allí n o se usa
Miéntras allí de e x e q u i a s y de honores Oponerse al q u e r e r ; así es q u e apénas
Vano h o m e n a j e el q u e espiró recibe Sus ráfagas serenas
Con la pompa solemne Mostró la a u r o r a , cuando :
Que el uso antiguo del país p r e s c r i b e , « Muera, m u e r a , » frenética gritando
L o s públicos clamores La multitud ansiosa de v e n g a n z a ,
A interrumpir por fin un bando viene Del palacio se l a n z a ;
De Anselmo , quien se obliga Y , cual á p i é , cual á c a b a l l o , corre
A dar premio y merced á aquel q u e el nombre En confuso tropel hacia el g u e r r e r o ,
ORLANDO FURIOSO. CANTO x x n i . 435
m
Q u e , triste, en un rocin va caballero. « Soltad, canalla, á ese g u e r r e r o , » grita
Mas D i o s , q u e siempre ampara Orlando, « ó todos recibís la muerte. — »
Al que-hasta el fin en su bondad confia, — «¿Quién e s , » replica*de ellos el mas f u e r t e ,
A Zerbino este dia « El que á todos asi p r o v o c a altivo?
Irresistible protección depara. « Si de paja ó de cera
Por allí, con e f e c t o , en este instante « Fuéramos y él de f u e g o , no c o n c i b o
Pasando acaso el paladín de Anglante, « Que ser m a y o r pudiera su arrogancia. »
V e en rededor la gente Dice , y embiste al paladin de Francia.
Que á muerte lleva al escoces doliente. Preséntase en la lid el maguntino
Con Orlando venia Con el yelmo y la cota de Z e r b i n o ;
L a bella j o v e n q u e , con riesgo g r a v e . A q u e s t a , bien q u e s ó l i d a , no pudo
Despues de ver su n a v e De Orlando resistir al g o l p e c r u d o ;
Sobre las olas zozobrar, gemia Ni el y e l m o , bien que fino,
Entre ladrones en oscura gruta Pudo el golpe parar q u e , en la mejilla
Bajo el poder de una Meguera astuta. Al malandrín h i r i e n d o , de la silla
Hija del rey g a l l e g o , Lo- sacó desnucado. El pecho horada
Isabel se llamaba la doncella, Roldan á otro d e s p u e s ; y , embarazada
Que por Zerbino en amoroso fuego A l ver su l a n z a , a r r ó j a l a , y aprisa,
Arde tiempo ha. De tanta gente junta Desnudando su e s p a d a ,
Ella la causa al paladín p r e g u n t a : A do mayor la multitud divisa
« Lo ignoro , » él le r e s p o n d e ; Corre : al uno de un tajo
Y , en el monte d e j á n d o l a , hacia el llano La cabeza d i v i d e , ó echa a b a j o ;
Corre ; à Zerbino ve -.por su semblante A cual hiere de p u n t a ; en un m o m e n t o
B e c o n o c e su audacia en el instante-, H u y e n , en fin, ó m u e r e n mas de ciento.
Y , en seguida acercándose, el deseo Siguiéndolos, l o s hiere y d e s b a r a t a ,
De conocer la triste causa de esta Hiende, s a j a , d e r r i b a , corta y mata.
Bárbara acción inquieto manifiesta. En su inmensa c o n g o j a ,
La faz doliente levantando el reo, Sus armas cada cual al suelo a r r o j a ;
Refiere su aventura Cada cual h u y e por distinto g i r o ,
Al de Anglante, q u e en breve Que en las c a v e r n a s ó en la selva umbría
Inocente j u z g á n d o l e , asegura Hallar espera un c ó m o d o retiro.
Que perecer el escoces no debe. La piedad olvidando
El de Anglante aquel d i a ,
Confirmase en su juicio
Camina á cuantos v e sacrificando.
Cuando oye q u e el autor de aquel suplicio
De ciento v e i n t e , en fin, q u e Turpin c u e n t a ,
Es el pérfido conde de Altarriva,
Quitó Orlando la vida á mas de ochenta.
E n t r e el cual y el señor de Claromonte
Existe odio profundo Cansado de matar, hacia Zerbino
Que sangre v daños esparció en el mundo.. A v a n z a ; y de m a n e r a
Este al v e r l e se a l e g r a , que imagino De su amante la faz. Dulce desmayo
Q u e , si al rocin atado no e s t u v i e r a , Siente ella al v e r l o , y túrbase-, mas p r e s t o ,
Ante las plantas de Roldan cayera. Cual flor del sol herida por el r a y o ,
Miéntras los lazos este despedaza Color recobra y apacible gesto.
Del e s c o c e s , y á revestir le ayuda E n t o n c e s , sin que nada se lo v e d e ,
L a fúlgida coraza Hácia su amante c o r r e , y con ternura
Que á aquel q u e la vistió dió muerte c r u d a , Lo estrecha entre sus brazos. De ventura
La vista ansioso el b u e n Zerbino v u e l v e Enajenada hablar apénas p u e d e ;
Hacia Isabel, q u e , habiendo presenciado Mas lágrimas de júbilo salpican
La lucha desde lo alto de un c o l l a d o , El bello s e n o , c u y o estado explican.
A llegarse á los héroes se resuelve. Al mirar tanto amor, sin otro indicio
Cuando á su lado el escoces advierte Que el n o m b r e del g u e r r e r o manifieste,
A la doncella á quien amara t a n t o , Conoce Orlando que Zerbino es este.
Por quien vertiera inconsolable llanto La faz no bien e n j u t a ,
A la falsa noticia de su m u e r t e , Gracias la virgen al de Anger tributa,
Siente un temblor glacial q u e l u e g o , luego Sus bondades narrando al escoces.
S e v a trocando en devorante f u e g o . Z e r b i n o , q u e á su vida
C o r r e r , e m p e r o , á echarse entre sus brazos Antepone el amor de su q u e r i d a ,
L e impide su respeto hacia el de A n g l a n t e , Del conde Orlando arrójase á los p í e s ,
A quien supone de Isabel amante. Y su mano dos v e c e s protectora
Así desaparece hecho pedazos Rendidamente adora.
De su ventura el frágil edificio 5 A darse gracias iban, mil ofertas
P u e s mayor sacrificio Iban á h a c e r s e , cuando
Que v e r muerta á su amada le parece Suena ruido en la selva. El yelmo Orlando
Pensar que esta á otro amante pertenece. Pone sobre sus sienes descubiertas,
Duélele v e r l a en manos Sigúele el escoces-, cada cual monta,
Del caballero á quien la vida d e b e , A r m á n d o s e , á caballo sin tardanza,
P u e s por volverla á conquistar aleve Mientra en carrera pronta
Fuera su empeño y sus esfuerzos vanos. Con una dama un paladín se avanza.
En v e z pues de a t a c a r l e , su garganta Era aqueste guerrero Mandricardo,
Pusiera agradecido Q u e , queriendo v e n g a r la suerte impía
Del príncipe de Anger bajo la planta. De Alzirdo y Manilardo,
Juntos y taciturnos, así llegan Larga e m p r e n d i ó y extraña correría.
Cabe una fuente , en donde Desde q u e , e m p e r o , consigo
A l d e s c a n s o , b a j á n d o s e , se entregan. Lleva á la dama á quien ganó gallardo,
Quítase el yelmo el fatigado c o n d e , De caminar en pos de su enemigo
Y á Zerbino'exhortando á que lo i m i t e , Se muestra el musulmán mucho mas tardo.
Descubierta á la virgen ver permite Bien q u e dudar aqueste n o pudiera
Que va buscando á un paladín de f a m a , Que el asta al atacar se le resbale.
No imaginaba q u e el de Anglante fuera. « No tal r a z ó n , » r e s p ó n d e l e , « te v e d e
Viéndole a l l í , y al punto « Empezar el c o m b a t e , p u e s q u e mi asta
Sus armas c o n o c i e n d o , altivo e x c l a m a : « A hacer temblar á mil contrarios basta.
« Ese es de mi enemigo el fiel trasunto. « Espada no ceñir tengo j u r a d o
« Tanta de tus hazañas celebradas « Si no conquisto la que Orlando l l e v a ;
« La fama f u é q u e á nuestro campo v i n o , « Por eso voy b u s c á n d o l e , afanado
« Que hace m a s de diez días q u e camino « De hacer con él de n u e s t r o e s f u e r z o prueba.
« Lleno de ardor siguiendo tus pisadas. « Eso juré ( p o r si saberlo os p l a c e )
« Un h o m b r e , el solo á quien d e j ó con v i d a « El mismo dia en q u e ciñó mi frente
« Tu cólera h o m i c i d a , « El yelmo refulgente
« De la muerte nos trajo la noticia « Que la de Héctor ciñó mil años hace.
« Del rey de T r e m e c e n y de Noricia. « A este yelmo a g r e g a d a
« Por ver tu rostro y por probar tu aliento, « Vino á mis manos toda su a r m a d u r a ,
« En partir no tardé. Bien instruido « A excepción de la e s p a d a ,
« De tus a r m a s , insignias y v e s t i d o , « Que cuando ignoro y c o m o fué robada.
« T e e n c o n t r é , pues aun cuando « De la audacia de Orlando y su ventura
« Desnudo te ocultaras entre c i e n t o , « O v e n d o hablar, infiero
« L o audaz de tu talante « Que tiene en su p o d e r aquella espada.
« B e c o n o c e r t e hiciérame al instante. « Por eso hallarle q u i e r o ,
— « No se p u e d e negar, » replica Orlando, « Y hacerle q u e esa j o y a q u e no es suya
« Valor al q u e esas voces articula. « Al verdadero d u e ñ o restituya.
« Si el afan te estimula « También hallarle q u i e r o porque ansio
« De v e r m e , aquí me t i e n e s ; « La muerte en él v e n g a r del padre mío.
« Poder d a r t e m a s gusto yo no creo « Orlando por traición le dio la muerte
« Que q u i t á n d o m e el yelmo de las sienes. « Que darle de otro m o d o no podría.... »
« L u e g o q u e m e c o n t e m p l e s , tu deseo Falto ya de p a c i e n c i a , c o n v o z fuerte :
« Podré satisfacer, y en la contienda — « Mientes, » grítale el c o n d e ,
« Probarte q u e á ese porte injustamente « Y, cual l ú , miente el q u e cual tú tal diga.
« Mi audacia y mi poder no recomienda. « La fortuna e n e m i g a
— « Corriente , » dice el moro ; « prosigamos « Aquí te guía por tres c u l p a s h o y :
« Hecha una prueba la segunda hagamos. » « Que y o el Roldan á quien tú buscas soy.
Desde los pies hasta la frente Orlando « A tu padre maté , mas con n o b l e z a ;
En torno al musulmán los ojos g i r a ; « Y lié aquí la ¡lustre e s p a d a
Su flanco v e y su a r z ó n ; y , no notando « A tu valor, si v e n c e s , destinada.
Maza ni e s t o q u e en derredor, se admira, « Bien que m i a , c o n s i e n t o
Y de que a r m a s pregúntale se vale « En que ella el p r e m i o del combate s e a ;
Si, cual s u c e d e á tantos, le sucede « Así p u e s , miéntras d u r e la p e l e a ,
« Suspenderla de ese árbol es mi intento; Por arrancarlo del a r z ó n , lo tira,
« T u y a será si tu valor me prende, Y el exceso de su ira
« O si la tierra con mi sangre tifie. » Hace que ambas sus riendas a b a n d o n e ,
Diciendo así, desciñe Sin reparar el risgo á q u e se e x p o n e .
Durandarte y al árbol la suspende. El c o n d e , en tanto, que á vencer aspira
A medio tiro de arco uno del o t r o , La cauta mano entre una y otra ceja
Para tomar c a r r e r a , se separa , Del palafrén de su adversario p o n e ,
Y , aflojando las riendas á su p o t r o , Y su brida caer al suelo deja.
Cada cual de ellos con ardor lo empuja. Aferrado de Orlando á la c i n t u r a ,
Las lanzas de la cuja Se afana el musulmán por derriballo,
Sacan, y con su punta enarbolada Y tanta fuerza desplegar procura
Vienen á herirse en medio á la celada, Que hace saltar las cinchas al caballo.
ínmóbiles los d o s , al recio embate C o n el pié en el estribo todavía,
Resisten; mas sus lanzas, cual de hielo Al suelo entonces viene O r l a n d o , haciendo
Saltan, hechas p e d a z o s , hasta el cielo. Un estrépito igual al q u e , c a y e n d o ,
Con lo q u e de ellas queda entre sus m a n o s , Un saco lleno de armas causaría.
Prosiguen el c o m b a t e , Del freno q u e sujeta su cabeza
Mas bien que cual g u e r r e r o s , cual villanos Libre al v e r s e el corcel del agareno,
Q u e acerca de las lindes se disputan De ardor y espanto lleno,
De la tierra ó del agua que disfrutan. A discurrir sin dirección empieza.
A los golpes primeros Triste alejarse Doralice advierte
L o s trozos de sus lanzas no r e s i s t e n , Al q u e hasta entonces le sirvió de g u i a ,
Y , á falta de otras a r m a s , los guerreros Y , no sabiendo cual será su suerte
C o n las m a n o s , c o l é r i c o s , se embisten. Como llegue á perder tal c o m p a ñ í a ,
A impulso de ellas cotas y corazas Corre tras é l ; el a g a r e n o , en tanto,
Se abollan, ó se parten en p e d a z o s , Con manos y con pies al bruto hostiga.
Cual si, asidas por sólidas tenazas, Cual si oirle pudiera,
Entre el y u n q u e se hallaran y los mazos. Con gritos amenázalo, y su espanto
Bien quisiera poderse sin desdoro R e d o b l a n d o , redobla su carrera.
De este combate retirar el moro. Así corrió tres m i l l a s , y corriera
Que su ardor no aprovecha es manifiesto; Muchas mas á no hallarse
P u e s mas q u e al q u e lo lleva A su paso un b a r r a n c o , d o vinieron
Es cada golpe al que lo da funesto. Caballo y caballero á revolcarse.
Por luchar a p r o x í m a n s e ; y bien presto Golpe terrible d a n ; mas ¡ caso extraño !
Ase á Roldan el o t r o , con deseo Ninguno de los dos recibió daño.
De hacer en él la prueba Álzase pronto el b r u t o ; m a s , sin freno
Que hizo el hijo de Jove con Anteo. No pudiendo s e g u i r l o , el agareno
Con ímpetu hacia s í , forcejeando Lo aferró por la c r i n , y de vergüenza
Monta l u e g o , y gran rato á v e r si vuelve
C o m o domarlo á discurrir comienza. El sarraceno a g u a r d a ;
« Toma del m i ó , toma Mas viendo en fin q u e t a r d a ,
« El bocado , » le dice la doncella, A partir en su busca se resuelve.
« P u e s , con brida ó sin ella , Cortes, empero, ántes
« Mi voluntad al q u e v o monto doma. La venia obtiene de los dos amantes
Al sarraceno descortes parece Que en sus semblantes su dolor explican,
La propuesta aceptar de Doralice: Y que al héroe suplican
Mas fortuna bien presto' Les permita seguir su cara huella.
Bella ocasion le o f r e c e Bien q u e agradable y bella
De hacer que su propósito realice. Fuese esta c o m p a ñ í a , él la r e h u s a ,
Cual lobo q u e el estrépito vecino Pues de cobarde a todo aquel acusa
De cazadores y de perros o y e , Que requiere testigo
Así la vieja q u e h u y e de Zerbino Cuando al encuentro va de su enemigo.
Se acerca allí. Vestida todavía A Isabel y á su amante
Con el traje galan q u e de la dama Ruega al partir el príncipe de Anglante
Del conde f u é , venia Q u e , si v e n por la selva al a g a r e n o ,
Montada en el bridón d e quien recama Le digan que en su busca aquel terreno
La silla el oro y la bondad la fama. Recorrer se propone otros tres d i a s ,
Sin haberlo n o t a d o , Al cabo de los cuales
Así del musulmán hállase al lado. Fuerza s e r á , si verle quiere el m o r o ,
Al v e r el bello y esplendente traje Que v a y a hasta los reales
Con q u e adornada v i e n e Donde flota el pendón de lises de oro.
La que de mona tiene Hacer queriendo cuanto fuese grato
Mas bien que de mujer e l gesto y traza, A su libertador, este mandato
La risa no contíone A c e p t a , al irse, el principe Zerbino.
Ni Mandricardo, ni Isabel. La brida Por distinto camino
Quitando el moro á su c o r c e l , con v o c e s Resuelto el c o n d e á proseguir su v i a j e ,
Y gestos le a m e n a z a , La espada c o g e , q u e del árbol c u e l g a ,
L e asusta y pone en f u g a . Por las selvas , Y su bridón e m p u j a hacia el paraje
Por valles y por m o n t e s , al acuso, Por d o de hallar al moro
Corre con presto paso Con la esperanza e n su inquietud se huelga.
Con la v i e j a , á quien d u e l e y desconcierta El c u r s o extraño que siguió la bestia
El temor de una m u e r t e casi cierta. Del musulmán fué causa de q u e vana
M a s , por hablar de esta v i s i ó n , no quiero F u e s e del conde Orlando la molestia.
Dejar de hablar del ínclito guerrero Sin e n c o n t r a r l o , p u e s , al tercer dia
Que á su a r z ó n , sin q u e nadie se lo v e d e , A orillas aportó de un arroyuelo
Colgando va cuanto servirle puede. Que e n llorido v e r j e l todo aquel s u e l o ,
Bullicioso c o r r i e n d o , c o n v e r t í a .
Del sol el rayo con violencia hostiga
Al pastor y al ganado en e s t e i n s t a n t e ,
Y mas aun al príncipe d e A n g l a n t e ,
Que del b r o q u e l , del y e l m o y la loriga
Soportar ya no puede la f a t i g a .
En busca de reposo
Éntrase pues en un v e r j e l f r o n d o s o ,
Adonde vino en hora m a l h a d a d a
A dar ¡incauto! la primer pisada.
En él entrando , escrito en la corteza
De los arbustos á mirar e m p i e z a
El n o m b r e de su d a m a ,
Q u e , al nombre de M e d o r o e n t r e l a z a d o ,
Esculpió su cuchilla en c a d a rama.
Cada letra que mira
Es un puñal con q u e el a m o r le hiere.
Alucinarse q u i e r e ,
Y , sin l o g r a r l o , á p e r s u a d i r s e aspira
Que otra Angélica fué la q u e su n o m b r e
Unido allí grabó con el d e o t r o h o m b r e .
Mas, con nueva atención e x a m i n a n d o
De su letra la forma c o n o c i d a ,
A sí mismo en seguida
Se d i c e : « De M e d o r o ,
« Por disfrazar el m i ó ,
« T o m ó sin duda el n o m b r e la q u e adoro.
Cuitado, así viviendo d e e s p e r a n z a
De una en otra ilusión se p r e c i p i t a ,
Y de un error en otro e r r o r se lanza.
Cada vez que en sus p e n a s r e f l e x i o n a ,
Las aumenta y r e n u e v a ,
Cual por romper la red q u e le aprisiona
El ala inquieto jilguerillo a g i t a ,
Intrincando sus lazos y s u cuita.
Orlando desde allí sus p a s o s lleva
Hacia el monte que , e n c i m a de la f u e n t e ,
Alza arrogante la e n c o r v a d a frente.
CANTO XXIII. 445

Los troncos de los árboles contornan


Hiedras y vides que aquel sitio adornan,
Una gruta f o r m a n d o , do abrazados
Los dos enamorados
Pasar solían del ardor las h o r a s ,
Y do amor por do quiera
Sus simpáticos nombres esculpiera.
Triste el guerrero hacia la gruta b a j a ,
A cuya entrada mira
Versos de aquellos q u e el placer inspira,
Y que en un tronco con profunda raja
Esculpió de Medoro la navaja.
De lo que ellos decían el sentido
Era este á nuestra lengua traducido :
« Plantas silvestres, aguas cristalinas,
F r e s c a , s o m b r i a , silenciosa g r u t a ,
Donde mi alma dulzuras peregrinas
Al lado de su Angélica d i s f r u t a ,
¡Cuántas veces me visteis sus divinas
G r a c i a s , que tanto amante se disputa,
Desnudas estrechar entre mis b r a z o s ,
Contra mi s e n o , en deliciosos l a z o s !
« La ventura q u e os debo solo alcanza
A compensar mi afan de engrandeceros.
Cánticos pues de gloria y de alabanza
E n t o n a r é , rogando á los viajeros
Que el hado aquí de tiempo en tiempo lanza
Y á cuantos l l e g u e n , d a m a s ó guerreros ,
Q u e , cual y o , bendiciendo aqueste s u e l o ,
Para él imploren el favor del cielo. »
Escrito estaba en á r a b e , q u e entiende
El de Anglante lo mismo q u e el latin ;
Que entre otras muchas lenguas que comprende
Conoce aquella á fondo el paladín.
Con e l h , en medio del contrario c a m p o ,
L o g r ó salvar mas de una v e z su v i d a ,
N u n c a , e m p e r o , cual h o y comprometida.
Tres v e c e s , c u a t r o , s e i s , el infelice
El escrito l e y ó , b u s c a n d o en vano De su yelmo y su cota o t r o se encarga.
Si de otro modo lo q u e el árbol dice En esta estancia, q u e del m o r o el pecho
Interpretar podrá. S o b r e su pecho De amor y de placer vió s a t i s f e c h o ,
Entonces del despecho A inconsolable pena
Siente imprimirse la p e s a d a m a n o . Entregado el de Anger, sin o t r a cena
Suspensa su existencia estar p a r e c e . Que sus lágrimas, s ú m e s e en el lecho.
É inmóbil, cual la r o c a Por alejar la imagen de la ingrata
En que clava la v i s t a , p e r m a n e c e . Vanamente allí lidia;
Sobre el pecho caer la b a r b a d e j a ; Que de Angélica el n o m b r e y l a perfidia
Mustia y baja la faz , hasta á sus ojos Cada objeto q u e mira le retrata.
Llanto niega el rigor d e sus e n o j o s , De hablar y de informarse á su alma acosa
Y al labio voz para e x h a l a r su queja. El ansia; mas ofúscale y le inquieta
La angustia de su p e c h o siendo tanta El temor de hacer pública una cosa
JN'o es extraño que así s e r e c o n c e n t r e , Que tiene empeño en c o n s e r v a r secreta.
Cual agua q u e , de un v a s o de ancho vientre En vano empero de e n g a ñ a r s e trata.
Por salir, r e f l u y e n d o á la g a r g a n t a . Miéntras él á sí propio se la o c u l t a ,
Se agolpa de manera La historia q u e tan grata
Que solo gota á g o l a s a l e afuera. A tantos f u é , c r e y e n d o h a c e r l e obsequio ,
En su delirio e x t r a ñ o , El pastor largamente le relata.
Piensa Orlando en s e g u i d a Dicele de qué m o d o ,
Alucinarse con un n u e v o engaño. Por los ruegos de Angélica m o v i d o ,
Piensa q u e , de su d a m a Él mismo á su cabaña
Imitando la letra c o n o c i d a , Condujo al j o v e n g r a v e m e n t e herido,
Su memoria querida Cómo él sanó con r a p i d e z e x t r a ñ a ,
Por hacerle penar a l g u n o infama. Miéntras de ella en el á n i m a sencilla
C o n esta breve y f r á g i l esperanza De un incendio h o r r o r o s o
Animado su espíritu a l g ú n t a n t o . Brotó terrible la v o r a z semilla
Montado en B r i d a d o r o Q u e , haciéndole olvidarse de q u e es hija
Parte cuando del sol l a s trenzas de o r o Del monarca oriental m a s p o d e r o s o ,
La noche envuelve e n s u estrellado manto. La decide á q u e élija
Bien presto el h u m o advierte que la cima A un imberbe soldado p o r e s p o s o .
De una casa c o r o n a ; d e l b e c e r r o Al acabar su n a r r a c i ó n , p r e s e n t a
Oye el m u g i r ; del vigilante p e r r o Al de Anglante el pastor el d i j e hermoso
El fiel ladrido ; con la e s p u e l a anima Q u e , de hospedaje tan cordial c o n t e n t a ,
Al veloz Bridadoro, y s e a p r oxima. Le dió la dama á su p o s t r e r a g u r .
L á n g u i d o , dél b a j a n d o , se l o e n t r e g a Por este medio q u e á s u v i s t a o f r e c e
A un m o z o atento q u e á su encuentro l l e g a ; . La ilusión del g u e r r e r o d e s v a n e c e
La espada otro le q u i t a , otro la a d a r g a , Del crudo amor la b á r b a r a s e g u r .
De su dolor á los violentos tiros « De mis ojos ya no son
Por resistir en v a n o el conde calla, « Esas lágrimas q u e v i e r t o ;
Que en l á g r i m a s , en quejas y en s u s p i r o s , « Q u e , á impulsos de mi p a s i ó n ,
A su pesar, el corazon estalla. « Fundido s a l e , estoy c i e r t o ,
Cuando s o l o , por fin, dar suelta rienda « Por ellos mi c o r a z o n .
P u e d e al dolor q u e le devora el p e c h o , « S a n g r e , sangre es de mis venas
Un torrente de lágrimas d e r r a m a , « Ese h u m o r q u e desperdicio :
Suspira, y g i m e , y clama, « Y el duelo á q u e me c o n d e n a s ,
Y triste, revolcándose en su lecho « T a m p o c o , oh A m o r , e s indicio
De pena dura ó de punzante o r t i g a , « Del alivio de mis penas.
Hecho lo j u z g a en su mortal fatiga. « Mis suspiros son el viento
Su mente en esto una terrible idea « C u y o soplido exacerba
Viene á asaltar. La cama « El volcan q u e en mi alma siento;
En que triste se agita y f o r c e j e a , « Foco de mi cuita a c e r b a ,
Es la misma sin duda en que la dama c Origen de mi tormento.
Al joven recibió que esposo hoy llama. « Triste de m í , solo soy
C u a l , viendo una serpiente q u e rastrea « Sombra ya del que fué O r l a n d o ;
Al lado s u y o por la espesa g r a m a , « Desengañado desde h o y ,
Se alza el v i l l a n o , el principe á esta idea « Por ese m u n d o vagando
La aborrecida pluma « Sin esperanza me v o y .
Deja agitado con presteza suma. « Y si el galardón contemplo
Del pastor, de su lecho y de su estancia « Que de mi amor recibí,
De tal modo la vista le importuna, « Mi júbilo solo templo
Que ni aguarda crepúsculo ni luna. « Al pensar q u e al m u n d o ejemplo
Sus armas t o m a , y á caballo sale « De amor é infortunio di. »
Al b o s q u e , en donde del dolor q u e s i e n t e , Aquella n o c h e toda, con efecto ,
Sin t e s t i g o s , e x h a l e Por la selva vagando ,
Su corazon los ecos libremente. Empieza á realizar este proyecto.
Allí noche ni dia Al despuntar el s o l , j u n t o á la fuente
De lamentarse y de gritar no cesa ; L l e g a : y allí de nuevo
Las gentes h u y e , y en la selva espesa Grabado nota el nombre del mancebo.
Se a c u e s t a , ó vaga por la tierra fria. Lleno de o d i o , de cólera y v e r g ü e n z a ,
Maravillado él mismo de q u e el llanto ¡No bien lo m i r a , á Durindana saca
Que sus ojos derraman no los c i e g u e , Y á esgrimirla comienza
Y de q u e al pecho tan feroz quebranto Con furia t a l , q u e al c i e l o , dividido
Ecos para expresarlo al fin no n i e g u e , En menudos p e d a z o s , saltar hace
En su ímpetu violento El peñasco ó el árbol d o esculpido
Exclama así con dolorido acento : De Angélica ó Medoro el nombre yace.
Así d e s t r u y e e s t e v e r j e l tranquilo Y tras e s t e a r r a n c a n d o
Do h a l l a b a n c o n t r a el sol y c o n t r a el hielo Dos ó tres mas. C u a l , por t e n d e r sus r e d e s
P a s t o r e s y g a n a d o s un asilo. Al zorzal e n e m i g a s ,
Y en s u s l í m p i d a s a g u a s a r r o j a n d o A r r a n c a el c a z a d o r j u n c o s ú o r t i g a s ,
L a s p e ñ a s y los á r b o l e s q u e t r u n c a , Del m i s m o m o d o a r r a n c a O r l a n d o e n c i n o s ,
Las e n t u r b i ó de m o d o Erguidas hayas y robustos pinos. .
Que no v o l v i e r o n á aclararse n u n c a . Este f r a g o r e x t r a ñ o
C u b i e r t o d e s u d o r , r e n d i d o , el c o n d e , O y e n unos p a s t o r e s ,
C u a n d o el aliento á su ira Y , en la s e l v a d e j a n d o su r e b a ñ o ,
Y á su v a l o r v e ya q u e no r e s p o n d e , Se a c e r c a n al a u t o r de estos h o r r o r e s .
L a vista t i e n d e al c i e l o ; Mas, por t e m o r de p a r e c e r m o l e s t o ,
Agitase, suspira, Aquí mi c a n t o á s u s p e n d e r m e a p r e s t o .
Y m e d i o m u e r t o , en fin, se arroja al s u e l o .
Sin c o m e r ni d o r m i r , s o b r e la y e r b a
T r e s v e c e s v i o l e , al d e s p u n t a r , la a u r o r a ,
D o b l a n d o c a d a v e z la p e n a a c e r b a
Que su afligido c o r a z ó n d e v o r a .
Al c u a r t o d i a , en fin, furioso se a l z a ;
De su e s p a l d a y sus b r a z o s FIN DEL TOJIO PRIMERO.
Hace saltar las mallas en p e d a z o s :
D e s á r m a s e e n seguida y s e descalza ;
P o r el b o s q u e c o r r i e n d o ,
A q u í su y e l m o ó su l o r i g a d e j a ,
P o r acá su p a v é s , allá s u e s c u d o ,
Y sus ropas rasgando y esparciendo,
De su c u e r p o v e l l u d o
Deja ver cada m ú s c u l o d e s n u d o .
De su pasión el deplorable e x c e s o ,
Soltando e n fin á su f u r o r las r i e n d a s ,
Le hace p e r d e r el seso
Y la espada arrojar q u e hizo e n su m a n o
Tantas y tantas cosas e s t u p e n d a s .
De su v i g o r i n m e n s o
T e n g o tan alta o p i n i o n y o , que pienso
Que no m a s q u e por lujo ó por m o n a d a
L a n z a enristró j a m a s , ó e m p u ñ ó espada.
De esto dió insigne p r u e b a , un pino e n o r m e
A su p r i m e r e m b a t e d e s c u a j a n d o ,
Í N D I C E D E L TOMO P R I M E R O .

Pág.
V
INTRODUCCION
XIN
VIDA DE ARIOSTO
XXXI
PRÓLOGO
Canto I J
Canto II
Canto III fj
Canto IV 5®
Canto V J¡
Canto VI II
Canto VII H
Canto VIII
Canto
Canto X
Canto XI ¡J;
Canto \ f
Canto XIII I99
Canto XIV
Canto XV
Canto XVI
Canto ™
Canto XVIII 50,1
33b
Canto X I X
561
Canto X X
589
Canto XXI
k0
Canto XXII A
42d
Canto XXIII

Besanzon, imprenta de l a viuda C. Deis.

Вам также может понравиться