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° 31 VENDA PROIBIDA
EXEMPLAR DE
ASSINANTE
TÔDAS AS APLICAÇÕES
AQUI DESCRITAS,
UTILIZAM MATERIAIS
FACILMENTE
NESTE NÚMERO
• AMPLIFICADOR DE ÁUDIO 100W TRANSISTORIZADO
MERCADO NACIONAL
volume VI - número 31 - janeiro/fevereiro 1969
diretor responsável
Adalberto Miehe ÍNDICE
redator chefe
Alfredo Franke MINI – TRANSCEPTOR VHF 21
secretário
Fausto P. Chermont TRANSFORMAÇÃO DELTA - ESTRÊLA 23
expediente
M. Gerez O VOLTÍMETRO ELETRÔNICO 27
consultores
eng. Tomas Hajnal AVALIAÇÃO DO GANHO DE ÁUDIO- 31
eng. Luciano Kliass
desenhos AMPLIFICADORES
Alcides J. Pereira
publicidade LIVROS 36
D. Gomes
circulação SERVIÇOS DE UM LDR 37
E. R. Viserta
fotografias A ESTABILIZAÇÃO DE TENSÕES COM 43
Fotolabor Ltda.
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para todo o Brasil
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R. Teodoro da Silva, 907 64
Rio de Janeiro
DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
distribuição em Portugal
e Províncias Ultramarinas
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R. Rodrigues Sampaio, 30-B
Lisboa
proprietários e editores
ETEGIL
Ed. Técnico-Gráfica Industrial Ltda.
redação e administração
R. Sta. Ifigênia, 180
Tel. 35-4006 - C. P. 30 869
São Paulo - Brasil
PREÇOS
Exemplar avulso . . . . NCrS 1,70
N.° atrasado ............... NCr$ 1,70 Tôdas as aplicações aqui descritas, utilizam mate-
ASSINATURA 1 ANO riais fÀcllmente encontrados no mercado nacional.
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus
Registrada ................. NCr$ 8,50 autores. É vedada a reprodução dos textos e das ilustrações
Aérea Registrada NCr$ 12,00 publicados nesta revista, salvo mediante autorização por escri-
to da redação.
ASSINATURA 2 ANOS
Registrada ................. NCr$ 15,00
Aérea Registrada . . , NCr$ 22,00
ASSINATURA 3 ANOS ????????????????????????????????????????????????????????????
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Registrada ................. NCr$ 21,00
Aérea Registrada . . . NCr$ ????????????????????????????????????????????????????????????
31,00 ????????????????????????????????????????????????????????????
As assinaturas deverão ser enviadas ?????????????????????????????????.
para
ETEGIL — C. P. 30869 — S. Paulo
MINI- TRANSCEPTOR
CID DOS SANTOS ANTÃO JÚNIOR
Escola de Engenharia Mauá
MARIO SUGANUMA
Escola Técnica Bandeirantes
PARTE I
VHF
APRESENTAÇÃO ADVERTÊNCIA: devido à função da variação dos parâme-
Neste artigo abordaremos um natureza das ondas eletromagné- tros do transistor.
transceptor de alcance domiciliar ticas irradiadas e seu comporta- Na Fig. 1 encontramos o cir-
e por isso mesmo a- maioria das mento às vêzes imprevisível, a cuito completo do transmissor.
aplicações abrange a faixa de en- utilização do circuito para fina- Os indutores L 1 e L2 podem ser
tretenimento. O receptor (expe- lidades que não as previstas e fàcilmente construídos e empre-
rimental) de FM emprega o sis- o emprêgo e localização de uma gam fio ø 1,6 mm esmaltado
tema de deteção por pulsos, cuja antena que não os especificados, (vide lista de material) e L 3 e L4
particularidade é a total ausên- requer o cumprimento fiel das são bobinas aguçadoras (“pea-
cia de bobinas de FI. A dete- Normas e Regulamentos vigen- king coils”) comuns utilizadas
ção é feita por dois diodos mi- tes pelo qual a responsabilidade nos amplificadores de vídeo de
niatura AA119, sendo a etapa de caberá única e exclusivamente TV. A bobina L 1 juntamente
áudio constituída por dois BC ao usuário do circuito eximindo- com C 3 forma o circuito tanque,
108 -se os responsáveis por esta re- L 4 é um bloqueio para RF e L 3
(a mesma etapa descrita no ar- vista das possíveis implicações impede a passagem da RF para
tigo “Amplificador para fone de legais. o microfone, evitando a irradia-
cristal Rev. Eletrônica n.° ção. O desacoplamento de base
30). Como amplificador de RF DESCRIÇÃO E DESEMPENHO
e da fonte é feito por C 1 e C 2
foi usado um transistor de silí- DO TRANSMISSOR respectivamente. O capacitor C 4;
cio BF185; conversor e canal de O circuito usa apenas um tran- faz o acoplamento entre o cir-
FI são compostos por quatro sistor planar-epitaxial de silício cuito tanque e o varactor. A
transistores BF184 também de BF185 e um diodo semicondu- realimentação entre o coletor e
silício. A recepção pode ser tor do tipo “VARACTOR” o emissor é feita por C 5 de cujo
mantida até a uma distância de BA102. Como as potências em valor depende a oscilação.
cêrca de 100 metros, longe de jogo são muito baixas pôde-se
objetos metálicos e com orien- prescindir da etapa amplificado- O microfone é de cristal (cáp-
tação da antena, no mesmo ní- sula “S” Eletroacústica), de bai-
ra de áudio para modulação, pois,
vel e com visão direta. O apa- xo/custo e sua tensão de saída é
relho pode também ser usado co- a tensão gerada pelo microfone mais que suficiente para modu-
mo receptor de FM, operando a cristal é suficiente para alte- lar o oscilador.
em parte da faixa. rar a polarização e portanto ex-
citar o varactor. O oscilador Polarização CC: para impor
O tranceptor completo é de é do tipo Colpitts que oferece a as condições V s = 6 V, V CE = 5 V
dimensões reduzidas (82 X e I B = 270 μA, utilizamos R1 =
vantagem de apresentar reduzi-
X 112 x 35 mm) e engloba o = 68Ω e R2 =15 kΩ.
transmissor, composto de um da variação de freqüência em
BF185 como oscilador e um dio-
do varactor BA 102 para modu-
lação em freqüência do oscila-
dor. O sinal de áudio é obti-
do por um microfone a cristal.
Sua compaticidade lhe confere a
possibilidade de uso domiciliar
(como microfone de FM volan-
te, como brinquedo, etc.), pois
foi previsto para obter um alcan-
ce reduzido. A alimentação é
de 6 volts sob 10 mA. Dispõe
de antena telescópica.
Na primeira parte do artigo
trataremos só do transmissor. Na
segunda e derradeira parte abor-
daremos o receptor e detalhas
de construção do transceptor in-
teiro. FIG. 1
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
o INTRODUÇÃO
.~.
Nos cálculos de análise de circ.uitos, são freqüentemente encontra-
a das rêdes de circuitos cujos elementos estão ligados segundo uma das
DELTA configurações das figuras 1 ou 2. Na figura la, temos a configuração
conhecida como delta, que é exatamente equivalente às duas outras apre-
sentadas na Fig. 1: triângulo (b) ou "7t" (c). Na Figura 2, vemos. em
(a) a ligação "T", equivalente à em estrêla (b) ou "Y" (c).
Em cálculos de rêdes, onde é usado o Teorema de Thévenin sempre
v
nos deparamos com um dêstes tipos de representação, às vêzes de
b • resolução um pouco difícil, mas que poderá ser facilitada através de
lllfAN<U.O uma transformação, quer de delta em Y ou vice-versa.
A TRANSFORMAÇÃO
o
·rr·
Na Figura 3, apresentamos a correspondência entre uma ligação em
triângulo (ou delta, ou ainda 7t) e uma configuração em estrêla (ou T,
ou ainda Y). Temos aí, R~, R, e R, que são as resistências de confi-
c
Pl(lf) guração em triângulo e R., Rb e R,, que são as resistências da confi-
guração em estrêla. Delta será aqui também designado pela lêtra
a grega "A".
FIG. 1 Para a dedução da fórmula de equivalência, devemos partir do
princípio de que:
- a resistência entre os pontos 1 e 2 da configuração em delta
deve ser igual à resistência entre pontos 1 e 2 da configuração em Y.
- a resistênCia entre 1 e 3 deve ser a mesma nas configurações
em A . e em Y.
- a resistência entre 2 e 3 deve também ser a mesma em ambas
as configurações.
Designando como R12 a a resistência entre os pontos 1 e 2 na ligação
delta e como R 12v a resistência entre os pontos 1 e 2 na ligação em Y.
podemos escrever as seguintes condições:
(1)
b o
Rua == Ruv (2)
ESTRELA
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 23
Seguindo o mesmo raciocínio, teremos:
·D'
R3vyRz Rn"
R, (R, + R,)
R,+ R,+ R,
(6)
3 RnY R. + R, (7)
z
R, (R, + R,)
·~
R"" (8)
R,+ R, +R,
(9)
3
R, (R, + R,)
R. + R, = - - - - - - (li)
R, + R,+ R,
R, (R1 + R,)
(12)
R, + R,+ R,
R, (R, + R,)
R. = - R, (13)
R,+ R,+ R,
R, (R, + R,)
R. -R, (14)
R,+R2 +R1
R, (R, + R,)
R. -R,
e efetuando
A
'-- R, R, - R, R, + R, R, + R, R,
R, - R,
(IS)
R, + R,+ R,
B R, R, - R, R,
R.-R,+R.+Rc= +-----
FIG. 5 R, + R, + R, R, + R, + R.,
24 JANEIRO/FEVEREIRO. 1969
o ou
2R., R.,
2R.
a R, + R, + R., .. +lta+R.,
e simplificando,
R. (16)
R, + R, + R.,
R, R,
R.
R
R, R,
zn Rb
R
B R2 R 3
R,
Zfi R
ta)
que permitem calcular todos os elementos da configuração estrêla em
~~
A~B
função dos valores da configuração delta.
Para a transformação em sentido inverso, de estrêla para delta,
as fórmulas podem ser deduzidas de modo semelhante, chegando-se às
tZ+tlfi (b) seguintes:
2n. 143 fi
~
R.Rb + R. R + Rb R,
(i:) R, = (19)
~~fi R.
o------=----o
Cd) R.Rb + R. R, + Rb R,
R, (20)
FIG. 7 R.
R.Rb + R. R. + RbR.
R, (21)
Rb
EXEMPLOS
I.O) Transformação A em Y:
Seja transformar para a configuração estrêla o circuito da Fig. 4.
10.1} ...---- .......
I
/
!ll. " Aplicamos as fórmulas (16), (17) e (18)
\
I \ 3 X 4 12
I zn I R. 1n
I I 3 + 4 + 5 12
I I
\ 10Q
I 4 X 5 20 5
Rb -n
5.1}
''- _.//
3 + 4 + 5 12 3
3 X 5 15 5
R. -n
FIG. 8 3 + 4 + 5 12 4
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 25
2. 0 ) Calcular a resistência total entre os pontos A e B do circuito
da Figura 5.
1 X 3 3
R. -!l
+ 3 5
TI
+
X I
-n
+1+ 3 5
3 X 3
n
+1+ 3 5
4 X lO 40 5
6,25íl.
n
2,50 2 + 4 + ~o 16 2
26 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
SÉRGIO ..\:\líRICO BOGGIO
No presente artigo iremos nos dos instrumentos. Pela lei de Ohm temos:
deter no estudo do voltímetro
eletrônico que geralmente não é
só voltímetro, realizando tam- E lO
bém outras medições. lO !J..A
Já tivemos a oportunidade de
R, + R, 500.000 + 500.000
falar nessas medições quando
tratamos do artigo " O Multites- E, R, X 500kf1 X IO!J..A 5V
ter" (RE N .0 26!27). Aborda-
mos então o multímetro comum E, R, X I 500kn X IO!J..A 5V
ou ''volt-olun-meter'', que para
maior facilidade é designado por
VOM. Veremos agora o voltíme-
tro eletrônico ou "vacuum tube
,·olt meter'' que se abrevia Assim, o valor exato da ten- 10 volts
VTVM. Cabe primeira mente fa- são E, é 5 volts. Coloquemos ora R ; = - - - - = 200 kf1
zer uma comparação entre êstes agora o VOM como indica a 50 !J..A
Fig. I B. Como escala de m<: dida
dois tipos de instrumentos.
utilizaremos a de lO V; logo, o
20 kn (galvanômetro) +
O VTVM nada mais é que um instrumento irá apresentar uma
+ 180 kf1 (resistência que en-
tra em série com o galvanôme-
\"OM com um amplificador ele-
trônico na entrada. Êste ampli-
resistência interna R; =
200 kn. tro ao se passar para a escala
pois se tivéssemos I O volts entre de 10 V). A Fig. !C mostra o
iicador tem por finalidade au-
seus bornes e ponteiro iria ao circuito equivalente, onde R, =
mentar a sensibilidade do instru-
fim de escala e nessas condições 500 kn fica em paralelo com
mento. permitindo ampliar ten-
50 !J..A seria a corrente que esta- R; = 200 kf1, dando R', (Fig.
'''es muito pequenas até valo-
ria atravessando o galvanômetro: ]O)
res suficientes para a defkxão do
~ a lvanômetro (vide RE n.0 26.
pg. 7~) . Além desta vantagem
existe outra. a de termos eleva-
da imped:lncia de entrada, o que
em última análise significa me-
nor consumo de corrente por
p:;rte do instrumento, ou seja. 10V-=..
I)500k~ [., +
IOV-=..
menor interferência sôbre a E
erandeza qu3 se dese.ia medir.
P:1ra fixar idéias. suponhamos
que se tenha de medir a t~nsão
E· no circuito da Figura 1A .
L--5-oo_:_A...JI}
Ji.,pondo-se de um VOM de (A) (B)
:o kf1 V (esta especificação do
instrumento significa que para
deflexão do ponteiro até o fim
~ 500k[}
de escala o galvanômetro neces- 10V-=.
<ita. ou seja, consome
1 volt/20.000 ohms = 50 !J,.A de
.:orrente). Para comparação uti- 500k[}
lizemos um VTVM de impedftn-
.:ia de entrada II Mf1. (C) (D)
\'ejamos na Fig. I A quais se-
:-iam os valores de tensão que
J.:,·erí:-.mos ter sem a aplicação FIG. 1
11M!l
(F)
FIG. 1
28 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
formador de fôrça para alimen- Assim, quando S, se encontra li-
tação do instrumento, D o díodo gada no tôpo de Ru, teremos tô-
retificador que, em conjunto da a tensão dos terminais de en-
com o choque de filtro L, e o trada aplicada à ponte; isto cor-
capacitar de filtro C., fornecem responde à menor escala de me-
uma tensão de + B para as pla- dida do instrumento, normalmen-
cas das válvulas. te feita para um fim de escala
O circuito ponte é formado de 1,5 V. Porém, .se tivermos
por V., V,, R 11 , R6, R7, R,, R,, C, S, ligada ao tôpo de R" teremos
e o medidor. Rn é um poten- a menor oarcela da tensão de
ciômetro que se encontra no in- entrada aplicada à ponte, logo
terior do instrumento, servindo esta deve ser a escala mais ele-
para ajuste da escala CC após a vada do instrumento, normal-
sua . montagem. R, é um poten- mente feita para 1.500 V.
Ri9
~
~~CC
/PONTAS DE
PROVAS
1
Li D
''L:
s
FIG. 4
...________......_.............__ "']
OHM
-
1.
FIG. 5
toe R:.. irá aparecer nos três cir- ciômetro acessível ao operador, R19 é um resistor de isolação
cuitos bá-;icos, significando que para que, antes de fazer uma de circuitos. Sua função é evi-
tal resistor é sempre o mesmo medida possa estabelecer o equi- tar interação entre o circuito em
qualquer que seja a escala uti- líbrio da ponte; tal contrôle é o teste e o circuito do instrumen-
lizada. que se chama AJUSTE DE to. Tal resistor é utilizado sO-
ZERO. mente na escala CC e encontra-
se normalmente montado na pró-
A chave S;, em conjunto com pria ponta de prova; é muito
seus resistores, serve para sele- comum acontecer ao técnico não
O cliqrama esquemático en- cionar a faixa de tensão, isto é avisado de ao testar a continui-
coatta-se na Figura 4. S, é o para que possamos ter diversas dade desta ponta de prova, pen-
intaruplor de entrada, Tr, trans- escalas de medidas de tensão. sar que ela se encontra defei-
JANEIBO/PEVEREIRO, 1969 29
r- FIG. 6 cessidade de um gerador. A pri-
meira idéia que surge, é aprovei-
tar a própria tensão retificada,
porém esta é sujeita a variações
da tensão da rêde, o que toma-
ria a medida imprecisa. Por ês-
te motivo é que utilizamos uma
pilha ou bateria para esta função.
S, e seus resistores associados
formam as diversas escalas de
medida de resistência elétrica.
Quando um resistor é ligado à
entrada "OHM", circula uma
corrente proveniente da bateria,
passando pelos resistores utiliza-
dos na chave S, e pelo resistor
em teste, desenvolvendo-se neste
uma tensão CC que é levada à
ponte para ser medida. De acôr-
do com a tensão desenvolvida
teremos uma indicação de resis~
tência na escala do medidor.
i
I
I I
i R18 f Voltíme·tro CA
I I
L __________ - - - - - - __ j Na Figura 6 temos um cir-
cuito do voltímetro para corr·~nte
alternada. Trata-se ainda do
voltímetro CC acrescido de uma
etapa retificadora .
Os capacitares C, e C, blo-
.-----'ti=
queiam a eventual componente
CC e servem para isolar o cir-
cuito do instrumento, do circuito
-----+-----~ '"?
em teste, tendo assim uma fun-
ção semelhante à do resistor R,,
do voltímetro CC.
L...-.....-4-R9
A chave S, com seus resisto-
res associados que formam di-
tuosa, pois geralmente são obti- Ohmímetro visores de tensão permitem a ob-
dos valores por volta de I Mn tenção das diversas escalas de
(valor do resistor R,,). Existem O diagrama esquemático en- medidas de tensão.
instrumentos em que êsse resis- contra-se na Figura 5. Como Os diodos V, e V, retificam
tor se encontra no interior do pode notar o leitor, trata-se do a tensão alternada de entrada,
aparêlho. voltímetro CC explicado ante- transformando-a em contínua
riormente, com pequenas modi- para ser medida pela ponte.
Quando se aplica uma tensão ficações.
CC à entrada do instrumento, O potenciômetro R,. serve pa-
ela é dividida pelos resistores R,. é um potenciômetro para
o ajuste de fim de escala de ra o aiuste da escala de CA
R,, . . . . Ru e por meio de S, durante ·a montagem do instru-
levada ao circuito ponte. Porém, ohms. ~ste potenciômetro é mento, R, é o potenciômetro já
tal tensão pode ser positiva ou asessível ao operador assim co- descrito para o ajuste de zero.
negativa em relação à terra. Co- mo R,, que serve para ajuste de
mo veremos mais adiante, não zero. Desta forma, na escala de O potenciômetro R,, em con-
se pode, num VTVM, trocar sim- ohrns temos de fazer dois ajustes junto com o R,, serve de ajus-
plesmente as pontas de prova co- prévios antes de usar o instru- te de escala de CA após a mon-
mo se faz num VOM devido ao mento. tagem. ~les fornecem uma pe-
terra do aparêlho. Desta ma- Já que o nosso medidor regis- quena tensão positiva de pola-
neira, dexe existir uma chave que tra tensões CC, nada melhor do rização para compensar o efeito
faça tal inversão. Esta é a fun- que fazer com que apareça uma denominado "potencial de conta-
ção da chave S,, que inverte a queda de tensão proporcional ao to". Tal efeito consiste em, ao
polaridade do instrumento ligado valor do resistor a ser medido, termos um diodo a vácuo, com o
entre os catodos de V, e V,. estabelecendo uma relação biu- catodo aquecido, êste emite elé-
Assim, em uma posição da chave trons com grande velocidade que
nívoca entre tensão e resistên- atingem o anodo mesmo que ês-
pode-se medir tensões positivas cia. Poderemos então fazer uma
e na outra, tensões negativas. escala que, ao invés de gradua- te esteja sem polarização. Ora,
da em tensão, esteja diretamente se isto ocorre, determina-se um
B fácil perceber que, se apli- pequeno potencial negativo no
carmos tensão alternada ao in- expressa em ohms.
llnodo; êste efeito foi observa-
vés de contínua, isto fará com Para se conseguir uma queda do em primeiro lugar por Tho-
que o ponteiro vibre, o que po- de tensão em um resistor, é ne- mas Edson em sua lâmpada in-
derá danificar o conjunto móvel cessário que por êle passe uma candescente.
do medidor. corrente, o que implica na ne- (Cont . na pág. 45)
30 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
AVALIAClO DO BANHO DE
AUDIO -AMPLIFICADORE~
RAUL L. C. GUERREIRO
A medição do ganho de letor à massa (Figura I) . Uma um relê ou qualquer outra car-
qualquer estágio amplificador é vez que os cálculos de ganho ga. As pilhas, juntamente com
um processo simples. Somente são idênticos tanto para transis- as resistências R, e R,, são usa-
medimos a tensão, corrente tores NPN como para transisto- das para estabelecer os níveis (po-
ou potência (dependendo de qual res PNP, mostramos os três cir- larizações) CC de operação apro-
fator estejamos interessados) na cuitos com o transistor NPN. priados para o transistor. Os ca-
saída do estágio, e então · di- pacitores de acoplamento servem
vidimos êste valor pela tensão, Os circuitos da . Figura l des- para isolar a entrada das corren-
corrente ou potência na entrada. tinam-se a representar ligações tes CC. Quando é necessário o
Assim, duas simples leituras nos típicas. Portanto, a tensão V ,n acoplamento direto (tal como nos
podem dizer qual o ganho da poderia representar a tensão CA amplificadores CC), naturalmen-
etapa em questão. Entretanto, de entrada de uma antena, mi- te os capacitares não são usados.
apenas essas medições não po- crofone ou talvez uma cápsula
derão indicar se o estágio está fonográfica. A resistência de Se tivéssemos que construir
::>perando realmente como foi carga, Rt, poderia representar a todos os três amplificadores e
projetado. Assim, em muitos ca- entrada de um outro estágio comparar seus desempenhos sob
sos descobriremos que se deve amplificador, um alto falante, iguais cargas, chegaríamos à
avaliar o ganho de um circuito Tabela I. Conforme mostrado,
apenas consultando o seu esque- o ganho de potência da ligação
ma. Desta maneira, comparando e·m emissor à massa é o mais
o ganho medido com o ganho alto de tôdas as três ligações.
calculado saberemos se o circuito Como o propósito principal da
está funcionando bem ou não. maioria dos amplificadores é re-
Ou, então, talvez tenhamos um VL produzir na saída uma versão
certo transistor à mão e queira- aumentada da potência de en-
mos construir um estágio ampli- trada, é compreensível que o cir-
ficador que dê um certo ganho cuito emissor à massa seja o
de corrente: neste caso, talvez (o) mais popular. Conseqüentemen-
seja necessá rio determinar, antes te, usaremos êste circuito em
de mais nada, se apenas um nosso exemplo de cálculo de
~'
transistor poderá realizar a ta- RL
ganho.
refa. 5k
Para calcuiar o ganho de qual-
O propósito dêste artigo é quer ligação de transistor, deve-
mostrar como se pode avaliar o mos prim~i ramente saber a rela-
ganho de um estágio amplifica- (b) ção entre a corrente que flui pa-
dor transistorizado. O tratamen- Cc ra fora do transistor e a cor-
to do assunto se restringirá a rente que flui para dentro do
ll
amplificadores classe A traba- transistor. Na Figura 1-a, por
lhando dentro dos limites de exemplo, isto significaria que
áudio-freqüências. Com esta Rz RL
deve ser calculada a corrente
1k
restrição, tudo Que se faz ne- 5k
de coletor, uma vez dada a cor-
cessário para caicular o ganho rente de base.
de qualquer estágio amplificador
transistorizado é um bom co- Examinaremos o circuito equi-
nhecimento de rêdes. valente do transistor a fim de
(c) achar a relação entre a corrente
O transistor básico pode ser Fig. 1
de entrada e a corrente de saída
montado segundo uma de três As três configurações básicas de Ji. (Figura 2). O principal benefício
configurações possíveis. Estas gação lle um transistor: (a) Confi·
do circuito equivalente é que êle
configurações são (I) emissor à guração de emissor à massa; (b)
Configuração de base à massa; (c) permite substituir um dispositi-
massa, (2) base à massa, e (3 co- Configuração de coletor à massa. vo complexo por simples gera-
E ll. massa Segundo mais alto Segundo mais alto o mais alto
32 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
Cc
~ Rz
RL
VIN 2k R3 R4
o'
(a) (a)
- - - ·- -
I~
~---
R3R4
R2 RL
10k Rz,3,4=Rz+ R3tR4
VIN 2k
o'
(b) (b)
Fie- 4
A corrente 12 no circuito ( b) será mesma
~ que 12 do circuito (a), enquanto a ligação
R2 .J,4 fôr equivalente à carga do circuito (a).
VIN oe Rz RL
tão ser determinada . .O circuito
da Figura 3c fo i redesenhado na
Figura 5, e os valores do circui-
to de emissor à. massa da Ta-
I
L _____________ J bela II foram substituídos pelos
valores h. Note-se, também, que
Fig. 3 o gerador hco · VL foi omitido.
(a) Circuito original mostrando as componentes CA e CC; Normalmente, para amplificado-
(b) Sõmente os componentes que afetam a saída CA são res de baixa potência como o
mantidos; (c) Circuito CA de (b) usando o circuito equi· que estamos descrevendo aqui, a
valente ríbrido em lugar do transistor.
tensão VL é baixa . A tensão de
h" · V L pode então ser suposta
como fazendo parte da queda
dos das fôlhas de especificação circuito apresenta para a direi-
através de h,,.
(ou manual) do fabricante do ta dos terminais a-a' fixada a ba-
transistor em questão. Baseamos teria E. Se as três resistências Usando os valores dados na
nossos cálculos no circuito de da Figura 4a fôrem substituídas Figura 5 e pressupondo uma ten-
emissor à massa porque êle é o por uma resistência equivalente, são de entrada de O, 1O volt, te-
mais freqüentemente utilizado. como mostrado na Figura 4b, mos:
Prossigamos agora desenvolven- fluirá a mesma corrente, l2, em
do o assunto. ambos os circuitos. D e manei- v,. v,.
ra similar, se todo o circuito pa- +
O segrêdo para encontrar o ra a direita dos terminais B-E
I,. = I, Ib
R,
+ h,,
ganho de um amplificador é pri- na Figura 3c puder ser substi-
meiramente encontrar a corrente tuído por uma resistência, será 0,10V 0,10V
que flui pelo transistor. Esta
corrente é mostrada como sendo
então uma tarefa simples cal- +
cular a corrente Ib que entra no 10 k 0,6k
Ib na Figura 3c. O valor de Ib transistor.
depende do valor de resistência 0,010 mA + 0,167 mA
que todo o circuito para a direi- Descobrimos então que o va-
ta dos terminais B-E apresenta lor h,, é uma aproximação mui- 0,177 mA.
para a fonte.. Em comparação, to boa da resistência de entrada
a corrente, l2, da Figura 4a de- requerida. Usando esta aproxi- De acôrdo com o circuito equi-
pende da resistência total que o mação, a corrente h pod-erá en- valente, o gerador de corrente
TABELA II
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 33
coostante desenvolve h,. (~) vê- Um ganho de potência de 703,4 sempre necessário. No circuito
u:s mais corrente do que entra significa que 703,4 vêzes mais equivalente da Figura 5 pode-
na base. Assim, se 0,167 mA potência está sendo entregue à mos fazer algumas aproximações
flui para a base, a corrente que carga, do que tirada da fonte adicionais para simplificação.
flui no coletor será a seguinte: de sinais. Quase sempre que uma resistên-
Note que nos referimos tanto cia é dez ou mais vêzes maior
lc = ~ X lb = 19 X 0,167 mA a !3 como a A, como o ganho que uma resistência paralela, ela
de corrente. Isto é quase que. pode ser omitida. A corrente
= 3,173 mA
universalmente feito, mesmo que sempre toma o caminho de me-
!3 não seja um verdadeiro ganho nor resistência. Portanto, o flu-
A corrente I, divide-se pelas três de corrente. !3 representa o ga- xo de corrente através da resis-
resistências mostradas. A única nho de corrente entre a saída tência grande é desprezível. As
questão remanescente é "quan- e a entrada do transistor. A;, resistência 1/h.. e R, são geral-
to da corrente Ic flui através da por outro lado, rerpesenta o ga mente dez ou mais vêzes maio-
carga?" Esta pergunta pode ser nho de corrente entre a carga e res que as resistências com as
respondida usando-se os procedi- o sinal de entrada. Em um cir- quais estão em paralelo. Por-
mentos normais para circuitos. cuito prático, o valor de A, não tanto, podemos desprezar o efei-
pode nunca exceder o valor de to de R, e 1/hoe.
A tensão através de qualquer (3. Isto se deve ao fato de que
um dos ramos paralelos é igual A razão para a resistência
a corrente !3 h deve-se dividir en- grande R, é dupla. Primeira-
à resistência paralela total vê- tre as resistências 1/hoe e R,,
zes a corrente total. mente, ela permite que a cor-
além da carga. rente CC de base seja determi-
V = lc X R,.,., Nos cálculos feitos acima, le-
vamos em conta tôdas as resis-
nada por EBB e R, apenas. Em
segundo lugar, quando R1 é gran-
onde tências. Isto, entretanto, não é de em comparação com h," a
~~ I_!>_ ~
B c
R ..,., = til
+ + v,N RI hii
25k 10 k 2k IOk 600
Portanto, v •• O,IOV
4,989 v h;, 0,6 k
2,494 mA
2k l;n = 0,167 mA
O ganho de corrente, A,, é definido como a corrente de carga A corrente de coletor é nova-
dividida pela corrente de entrada; portanto, mente !3 (h,,) vêzes maior que a
lt 2,494 corrente de base. Assim :
0,177
14,1 = (3h = 19 X 0,167 mA
34 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
VL L X R total 3,173 mA X 1,67 k
Ecc
VL = 5,2 v
VL 5,2 v
''''1.
IL 2,6mA
RL 2kn
Assim,
2,6mA
A; 15,55
0,167 mA
Fie. 7
5,2 v sistor deve ser substituído. Po- Outro amplificador translstorizado co·
A. 52 rém, geralmente os manuais dão mumente utnu.a,lo. Seu circuito
equiválente, com pequeaas modUlca·
0,1 v também o valor típico de f3 e é ções, é o mesmo que o da ftrura 5.
êste que deverá ser adotado em
Ap =A; X A, = 810 (29dB) projetos. te, contudo, é que a combina·
O circuito transistorizado da ção paralela de R, e R. pode
Pode parecer fora de propó- Fig. 3a foi montado e testado ser manipulada da mesma manei-
sito omitir os .valores de I /h,. e em laboratório, a fim de se com- ra que R, anteriormente,. Por-
R, ao fazer os cálculos acima; parar os valores medidos com tanto, o circuito equivalente da
além disso, h;, é apenas uma boa aqueles que acabam de calcular. Figura 6 é o circuito da Figu·
aproximação para a impedância Os valores medidos em labora- ra 3c.
de entrada do transistor quando tório foram os seguintes: Na saída, o aspecto do circui-
1/h,. é maior ou igual a dez to é o mesmo, exceto pela re-
vêzes o valor da resistência de A; = 18,5 A, = 60,7 sistência de realimentação CC,
carga (no nosso caso, a combi- R., e seu capacitor de desaco-
nação paralela de RL e R,). Con- Podemos ver que os valores me- plamento, c.. R. é usada para
tudo, conforme demonstra a didos são comparáveis com os anular variações no ponto de
prática, os valores h, como mos- valores calculados para A; e A" operação CC, causadas ou por
trados nas especificações do fa- como se segue: variações da fonte ou por varia-
bricante e nos manuais de tran- ções de temperatura na junção
sistores diferem freqüentemente A; = 14,1 A, = 49,89 coletor-base. O capacitor CE é
dos vaÍores reais, numa extensão escolhido com um valor suficien-
tal que põe em dúvida essas Usando as aproximações discu- temente grande para agir como
aproximações. Isto é especial- tidas acima e o valor mínimo de um curtocircuito para o sinal
mente verdade no caso de me- (3, os valores medidos sempre se- CA. Conseqüentemente, enquan-
dições feitas na prática de repa- rão maiores que os valores cal- to Ce estiver presente, o efeito
rações, como mencionado no iní- culados. de R. e c. pode s!r desprezado
cio dêste artigo. Por exemplo, ao se calcular o ganho.
h 1, (~), o que possui o maior efei- Lembremo-nos que suposemos
to sôbre o ganho, varia numa V;. como sendo 0,10 volt quando Suponhamos que h;, é 1 kU; (3
escala de 2 para I, e muitas calculamos o ganho. É impor- (mínimo valor) é 30; e 1/h"' e
vêzes até mais que 4 para 1. Os tante notar que qualquer que 60 kn. Seguindo nossas aproxi-
fabricantes geralmente especifi- seja o valor usado para V;., o ga- mações prévias, podemos desp~e
cam um valor máximo e um va- nho calculado será sempre o zar R, e R. porque sua resis-
lor mínimo para hr,. Ao se fazer mesmo. Em outras palavras, a tência paralela é 24,8 kn. Isto
o cálculo aproximado do ganho tensão de entrada que é usada no é mais do que dez vêzes h;,
de um circuito transistorizado, cálculo não tem que ser o va- ( 1 kU). Além disso, como 1/hoo
pode-se usar o valor mínimo. lor que será usado realmente no é maior que dez vêzes a combi-
Depois, se o ganho se mostrar circuito. Portanto, os cálculos nação paralela de R, e RL, po-
menor que o seu cálculo, você acima são de uma natureza ab- demos desprezar 1/hoo. De acôr-
pode estar seguro de que o tran- solutamente geral. A vantagem do com nossos cálculos anterio-
de calcular o ganho desta ma- res (usando qualquer valor con-
neira é que se evita o uso de fór- veniente para V;.), chegamos aos
mulas complexas, que talvez se seguntes ganhos:
apliquem ou não ao circuito em
questão. IL 2,62 mA
O circuito de transistor mais A; 26,2
encontrado na prática está mos- lin O,IOmA
trado na Fig. 6. Felizmente, no
que diz respeito ao ganho, o cir- VL 2,62 v
cuito é semelhante àquele na A, 26,2
Fig. 3a. No circuito da Fig. 6, Vin O, IOV
é usada uma rêde divisora de
tensão (E," R, e R,) para for- A. = A; A, = 660 (28,2 dB)
necer a tensão emissor-base an-
teriormente fornecida por E ••. Um outro circuito prático,
Fi&"· 6 Uma das vantagens da rêde di- destinado especificamente a man-
A pli5 d a transistor comumente visora é que reduz o efeito das
~- Seu. cireuito equivalente, ter um ponto de operação fixo,
- ....tjfjrações pequenas é o mes· variações de Ecc sôbre a polari-
- . - o da fipra 5. zação CC. O ponto importan- (Cont. na pác. 63)
.JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 35
REPARACION DE RADIORRECEPTORES CON lhes permitam enfrentar esta novo técnico e resol-
TRANSISTORES ver os problemas específicos que se apresentam .
O autor odoto um critério amplamente didáti-
M. Rognon e P. Duru co e expõe o funcionamento dos diodos e transisto-
Biblioteca Técnica Philips res, assim como suas aplicações sem fazer uso de
matemático superior, pondo oo alcance de todos as
236 págs. 15,5 x 21 cm, brochura, castelhano bases essenciais de maneiro suficientemente clara
NCr$ 18,00 para que suo assimilação se dê sem esfôrço.
A manutenção e a reparação dos receptores a Diante de cod:J página do texto encontra-se
transistores exige um cohecimento claro e profundo outro de gráficos e esquemas correspondentes, o que
aos princípios básicos empregados em tais recepto- facilito o tarefa do leitor, que sempre tem diante
res, assim como das novas técnicas de construção e dos olhos a teoria e os curvos e ilustrações que irão
montagem dos circuitos, das disposições físicas ado- ajudá-lo o melhor compreender os fenômenos expl i-
todas pelos fabricantes e novos métodos de prova e cedas. Desta maneiro, penetro no campo dos se-
ajuste dos circuitos, sem esquecer os atuois sistemas micondutores por um cominho tão fácil que insen-
de reparação. sivelmente chega ao final com visão cloro do que
Os autores, ao escrever o livro, levaram tudo sejam diodos e transistores, de suas propriedades,
isso em conta e por essa razão estenderam-se am- suo aplicação, seus fundamentos e suas caracterís-
plamente ao tratar dos circuitos e seus elementos, ticos, daquilo que se pode e do que não se pode es-
proporcionando abundantes informações e dados a perar dêles.
respeito de tôdas essas matérias. A autencidode do
texto é assegurada pelo foto de se basear nos mé- TECNOLOGIA DE LOS CIRCUITOS IMPRESOS
todos empregados na prática, pelo Departamento de
Serviço Técnico da Philips. P. Oehmichen
A obra vem encontrando execelente acolhida Poroninfo - Madrid
entre todos quantos fazem dos Serviços Técnicos a 272 págs. 15,5 x21 cm, brovhuro, castelhano
sua carreira e também entre os simples afionados, NCr$ 23,00
já que a exposição da matéria servirá igualmente a
todos, dada a modernização dos métodos de loca- Técnico de extraordinários perspectivas, o
lização de falhas expostas em sua páginas. circuito impresso conquistou o mundo em pouco
tempo. Todos os setores do eletrônico industrial
empregam otuolmente os circuitos impressos em suas
DIODOS Y TRANSISTORES - TEORIA GENERAL múltiplos aplicações:
Que é um circuito imp resso? Como se projeto?
G. Fontaine Quais os seus processos de fabricação? Quais os téc-
Biblioteca Técnica Philips nicos mais correntes? São tôdos perguntas o que o
470 págs. 16 x 22 cm encadernado, castelhano l1vro fornece uma resposta preciso .
NCr$ 37,50 O autor, dono de veste experiência neste cam-
po, descreve os três processos possíveis de realização
lnegàvelmente, os trqnsistores JO adquiriram de circuitos impressos, confor-me se trote de fabri-
grande divulgação e em consequência, no futuro se- cação em grandes séries, pequenos séries ou unida-
rão aplicação cada vez mais ampla, tanto no ter- des isolados (como no caso de produção poro o uso
reno profissional como pelos amadores e aficiona- em protótipo).
dos, em consequência de suas evidentes vantagens Outros aspectos focalizados são, estudo dos mo -
de aplicação, numa vasta gomo de equipamentos e tereis básicos estabelecimento do projeto, reprodu-
circuitos. ção, disposição dos elementos e modificação de um
Por essas razões, é importante que os técni- circuito já terminado.
cos possam encontrar à mão os elementos básicos que (Cont. na pág. 42)
FIG. 8
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 37
TABELA I
Veiculo I Abrir
Zero Fechada Alta Cortada Aberto A A A Aberto Aberto Aberta Aberta Desligado Desligado
ausente AC-BD
I I
Veiculo I II
na porta I Abrir
Total Fechada Baixa Conduz Fecha A A A Aberto Aberto Aberta ! Aberta Ligado Desligado
Farol I ' AC-BD
Ligado I I
I I
I
I I
Abrir
Na Po:·ta Total Abrindo Baixa
Condu·
zindo
Fechado A A A Aberto Aberto Aberta Fecha I AC·BD
Ligado Desligado
Fechar
Na Porta Condu· Desligado Desligado
Total Aberta Baixa Fechado B B B B Aberto Fecha I Fechada
zindo AD·BC
!
Fechar
Entrando Zero Aberta Alta Cortada Abre B B B B Aberto Fechada i Fechada
AD·BC
Desligado Desligado
Dentro Fechar
da Zero Aberta Alta Cortada Aberto B B B B Fecha Fechada. Fechada Ligado Ligado
Garagem AD·BC
I
Dentro Fechar
da Zero Fechando Alta Cortada Aberto B B B B Fechado Abre Fechada Ligado Desligado
Garagem AD-BC
Dentro Abrir
da Zero Fechada Alta Cortada Aberto A A A Aberto Abre Aberta Abre Desligado Desligado
Garagem AC·BD
I I I
Devido ao fato de se tornar veículo se acha dentro da gara- 4) Contrôle automático de por-
difícil e longa a explicação com gem. ta de e1evador
palavras, daremos o funciona-
mento do circuito por meio de Quando o motorista deseja re- Diversas vêzes chegamos à
tabela. Para tal vide tabe1a I. tirar o veículo, basta que êle porta de um elevador quando
Na tabela encontramos oito si- aperte o contato S, e a porta se ela já está começando a fechar.
tuações importantes em que se abrirá, já que R, possui o valor Porém, ao tentarmos entrar, a
pode encontrar o circuito. A do LDR quando iluminado. porta abre-se totalmente, espe-
primeira delas é quando o veí- Diriam os leitores que tal ra-nos entrar e apenas e após um
culo se encontra longe da ga- equipamento não oferece segu- certo tempo inicia o fechamento.
ragem; nesta situação o motor rança contra roubo. Isso é uma Isto causa sempre muita ad-
está parado e todos os relés de- inverdade. O circuito deve- miração, pelo fato de não perce-
senergizados, e o relé RL, está rá estar ligado somente quando .o bermos como a porta "se aper-
armado de forma a abrir a por- veículo estiver ausente; assim se cebe de nossa presença". Porém,
ta. Na segunda situação a pes- alguém com idéias de furto uti- se observamos próximo ao chão
soa com o veículo, acende o lizar um farol encontra vazia a nas laterais onde as portas en-
farol, o LDR diminui sua resis- garagem. Quando o veículo es- caixam nas paredes, veremos de
tência RL, fecha e aciona o tiver guardado o circuito estará um lado um feixe de luz nor-
motor. Na terceira situação a desligado, e a porta trancada a malmente vermelho, e de outro
porta está abrindo e a chave li- chave. Mesmo que não esteja lado bem em frente ao feixe de
mite 8 fecha ligando uma tensão trancada à chave, estando o equi- luz, um elemento foto-sensível
que será utilizada no fechamen- pamento desligado, se alguém (vide Fig. 10).
to da porta. Na quarta situação tentar forçar a porta, não conse- A fonte de alimentação foi
a porta está totalmente aberta, guirá abri-la, devido ao fato de omitida, por razões óbvias.
a chave limite 5 é fechada, acio- que a porta está acoplada ao V, é um triodo que está cor-
nando o relé RL, que inverte de motor por meio de engrenagens tado na ausência do feixe e tende
posição ficando auto energizado de redução. ao grampeamento na presença do
pelo contato 4B, ainda RL, des- feixe sôbre o LDR.
liga o motor e fica armado para Na Fig. 9 temos detalhe im-
portante quanto a localização V, é um triodo, para o circui-
a posição de fechar a porta. Na to de tempo.
quinta situação, o veículo entra, do LDR. ~ste deve ser colo-
o LDR deixa de ser iluminado cado dentro de um tubo cujo LDR R,, formam o divisor
e o RL, abre. Na sexta situação diâmetro interno deve S>::!r igual para polarização de V,.
o motorista sai de sua garagem, ao do LDR, e uma profundidade R,, C, ditam o tempo de acio-
dá um toque em S,, RL, fecha e de cêrca de 5 cm. ~ste tubo de- mento de RL. por meio de V,.
fica autoenergizado pelo contato verá ter o interior pintado de RL, RL, são relés sem posi-
6B, e aciona o motor para fe- prêto fosco . A altura da loca- ção preferencial. Isto é, quando
char a porta. Na sétima situação lização dêste tubo contendo o pulsados positivamente fecham
a porta começa a fechar. Na oi- LDR deve ser tal que seja o pon- os contatos em B e permanecem
tava situação a porta fechou, o to de máxima iluminação que o fechados, mesmo após retirado o
motor pára porque a chave li- farol pode fornecer, quando o pulso.
mite 8 foi desligada, e todo o veículo está de frente à gara- Quando pulsados negativamen-
circuito encontra-se agora na gem e com o farol ligado na po- te abrem do B e fecham em A.
primeira situação, exceto, que o sição "alto". Mesmo após retirado o pulso êles
continuam em A.
RL2, RL,, RL5, são relés do
tipo comum, quando energizados
'"n l
,----- ~
5cm
(J=
. \
LDR
fecha em B e abre de A, e quan-
. do desenergizados fecham em A,
abrindo de B.
O motor é do tipo reversível e
quando seus c<bntatos 'f ormam
AC-DB êle gira de modo a abrir
a porta, e quando em AD-BC,
(a) êle gira de modo a fechar a
porta.
S, contato normalmente fecha-
do, constituído de uma barra
na porta. Se as portas fecharem
e algo estiver entre elas, a bar-
ra será acionada, abrindo o con·
tato S, desligando todo o equipa-
mento.
S,, contato normalmente aber-
to. É fechado quando o elevador
está parado em um andar.
1, contato que passa por D
quando o carro está chegando ao
andar, mandando um pulso po-
( b) sitivo para RL,.
2, contato que passa por E
FIG. 9 somente quando a porta está fe-
~ I I li li I
c o o
~
--=..
g .!! Posição
I
I V A L V U L AS 11;Interruptor MOTOR
I N T A T s
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E-<
I
;.,
I I li I I mento
..
li I
Abrir
1 Fora Apagado Alta Fechada Cortada Cortada Aberto Desligado Aberto Aberto A Aberto A Aberto A A AAA Aberto - -
AC-BD
Abrir
2 A Aceso Baixa Fechada Conduz Cortada Aberto Desligado D Aberto B Aberto A Aberto A A A A A Aberto - -
AC-BD
Inicio Abrir
3 B Aceso Baixa da Conduz Cortada Fechado Ligado Aberto Aberto B Aberto A Aberto A A B A A Aberto - -
Abertura AC-BD
Abrir
4 B Aceso Baixa Total
Aberta
CondtJZ Cortada Fechado
AC· BD
Desligado Aberto Aberto B B Aberto G A Aberto B A A Aberto - -
Abrir Entra
7 B Cortado Alta Abril Cortada Cortada Fechado AC-BD Ligado Aberto Aberto B B A Aberto A A B A A Aberto ou -
Sal
Total
I Abrir
9 B Aceso Baixa Conduz Transição Fechado Desligado Aberto Aberto B B Aberto Aberto A Aberto B A A Aberto - Tempo
Aberta AC-BD
I
Inicio
10 B Aceso Baixa do Conduz Conduz Fechado
Fechar
AD·BC
Ligado Aberto Aberto B B Aberto Aberto B A B B B B - -
Fechamento
10 om Fechar
11 B Apagado Alta para Cortada Cortada Fechado Ligado Aberto E A B A Aberto A A B B B B - -
Fechar AD·BC
9 cm
12 B Apagado Alta para
Fechar
Cortada Cortada Fechado
Fechar
AD·BC
Ligado Aberto Aberto A Aberto A F A A B B B B - -
13 B Apagado Alta Total
Fechada
Cortada Cortada Fechado
Abrir
AC-BD
Desligado Aberto Aberto A Aberto A Aberto A A A A A Aberto - -
Abrir
14 Fora I Apagado Alta Fechada Cortada Cortada Aberto
AC-BD
Desligado Aberto Aberto A Aberto A Aberto A A A A A Aberto - - I
I
chando e à 10 cm do total to-circuitando o capacitor C,. Na situação 1 o carro está-se
fechamento, mandando um pul- Desta forma v2 está fortemente movimentando entre um andar e
so negativo para RL,. cortada e, logo, RL, desenergi- outro. O motor está "armado"
3, contato móvel de RL,. zado. Porém, quando o contato para abrir.
4, contato móvel de RL,. 5 abre de A, o capacitor C, co- Na situação 2 o RL, é pul-
5, contato móvel de RL2. meça a carregar-se via R2, ten- sado em D fazendo com que o
6, contato que passa por F dendo a tensão positiva em rela- contato 3 ligue em B. Assim
a 9 cm do total fechamento da ção a terra. Dependendo dos va- temos o LDR iluminado e v,
porta mandando um pulso para lores de R2, C" das tensões apli- conduzindo.
RL,, e passa por G quando a cadas a êle e das características Na situação 3 o elevador para
porta está totalmente aberta, de polarização da válvula tere- no andar desejado, fechando o
mandando um pulso positivo pa- mos que após um tempo determi- contato S,, indo tensão ao con-
ra RL,. nado por tais valores, a grade tato 7 ligado em A indo tensão
7, contato móvel de RL,. tenderá ao grampeamento, e o para A do contato 8 que está
RL, fechará. fechado, indo tensão para o mo-
8, chave limite normalmente tor, que recebendo alimentação
Daremos agora uma explicação
aberta. Fecha novamente em A inicia a abertura da porta.
a respeito do funcionamento ge-
assim que a porta inicie seu fe- Na situação 4 a chave limite
chamento. ral do circuito. Para tomar-se
mais fácil a compreensão utiliza- 8 abre interrompendo a tensão
9, chave limite normalmente do motor fazendo com que êste
remos a tabela II. Nesta tabela
fechada em B. Abre de B e fe- pare. Ainda neste instante o
cha em A, somente quando a por- temos 14 principais situações em
que o carro do elevador pode RL, é pulsado pelo contato 6 em
ta está totalmente fechada.
~ encontrar. G, desta forma fechando o con-
10, 11, 12, contactos móveis de
RL,.
Um setor que merece ser ex-
VISTA LATERAL
plicado com mais detalhe é o
circuito de tempo.
Temos o contato 5 que está
normalmente fechado em A, cur-
CARRO
;z
VISTA FRONTAL CARRO
SEM AS PORTAS
(c) (d)
(a)
y
AO
COMANDO
( b)
FIG. 10
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 41
tato 4 em B. Como V, está con- Situação 8 idêntica situação 4. Na situação 13 o contato 9
duzindo, RL, é energizado, abrin- desliga de B, interrompendo a
Situação 9 idêntica situação 5.
do o contato 5 de A. Estando tensão do motor, e liga em A
êste último contato aberto o ca- Situação 10 idêntica situação 6. aplicando uma tensão de infor-
pacitar C, irá carregar-se. mação ao comando, demonstran-
Na situação 11 RL, é pulsa- do que a operação foi terminada.
Na situação 5 temos o capaci- do em E, fazendo com que o
tar C, carregando-se. O tempo é Na situação 14 o comando es-
contato 3 ligue em A. Assim tá movimeotando o carro e te-
pré estabelecido pelos valôres já
V, e v, estão cortados e o cir- mos identidade com a situação 1.
já anteriormente citados. cuito associado a elas está para-
Para evitar que ao passar por
Na situação 6 V, conduz for- do; pois RLs é agora alimenta-
andares não desejados, o motor
temente, energizando RL,, fazen- do por 3A e 9B. Se alguém ten-
receba um pulso de tensão de-
do com que o contato 7 desli- tar entrar, a porta não mais abri-
vido ao fechamento e abertura
gue de A e ligue em B. Assim rá. Porém uma medida de se-
de S,, a tensão tem de estar in-
teremos uma tensão apilcada ao gurança foi tomada, que é o in-
terrompida pelo comando, deven-
RLs, e seus contatos 10, 11, 12, terruptor S,. Basta tocar-se na
do sômente ser ligada pelo co-
passarão para B "armando" o barra da porta e todo o equipa-
mento pára evitando um aci- mando no instante em que o car-
motor para fechar e ligando-o. ro estiver próximo do andar de-
Assim a porta inicia seu fecha- dente. sejado.
mento. Na situação 12, RL, é pulsado Nas figs. 10c e IOd, en·
Na situação 7 uma pessoa en- em F fazendo com que o con- contramos diversos detalhes da
tra ou sai do carro. O feixe é tato 4 desligue de B. O mo- parte mecânica, e cremos ser
cortado, V, corta e desenergiza tivo dêste relé ser pulsado um desnecessária qualquer explica-
RL,, o contato 5 fecha em A, pouco depois do RL, é para as- ção já que as figuras explicam
cortando V,, o contato 7 liga segurar que, a tensão em RLs ain- por si próprias.
em A fazendo o motor abrir a da existia até que o contato 3 li-
porta. gue em A.
CIRCUITO TRANSISTORIZADOS PARA MODÊLOS quer que seja o origem; troto-se de circuitos exclu-
TELEDIRIGIDOS sivamente o transistores.
42 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
~stabilizacão
de
tensões
com . d t
semtcon u ores
IV (Conclusão)
CÁLCULO DE UM CIRCUITO DE ESTABILIZAÇÃO
O circuito a ser projetado deve satisfazer as 2a. =
ângulo de condução dos retificadores (em
seguintes condições: Vs = 12 V; lt = O a 0,8A; graus).
T, = 45°C. Essa relação é aproximada já que a corrente
A tensão a ser estabilizada é obtida da rêde no primário do transformador não é exata.
120 V por meio de um transformador de fôrça . Para ângulos de condução entre 50° e 100°
A variação permissível da tensão de entrada é de ou seja 500 < 2a. < 100° podemos com boa apro-
± 10% . ximação supor que o valor dentro do parêntesis
vale 2.
2 X 0,79 Pc
DIMENSIONAMENTO DO CIRCUITO
1,57 Pc
a) Tensão de entrada
Aplicando ao nosso caso teríamos
VEI m'" = Vs m" + 2 = 12 + 2 = 14 V Pr = 1,57 X 14,4 = 22,6VA
Para o cálculo da tensão E. mi• é necessário O fator 0,79 que aparece multiplicando o pa-
que se conheça o valor da resistência interna da rêntesis em I depende exclusivamente do circuito
fonte de alimentação (R,), a qual depende exclu- retificador e da indução máxima no transformador.
sivamente do transformador escolhido. Assim para retificação de onda completa com 2
A máxima potência contínua na saída ; igual a diodos, o valor dêsse fator seria 1,19 e para reti-
Ps = Vs · IL m" = 12 • 0,8 = 9,6W. ficaçfio de meia onda 1,3 desde que a indução
A potência contínua na entrada do circuito es- fôssc igualmente 12.000 Gauss.
tabilizador pode ser considerada aproximadamente Uma vez escolhido o tamanho do núcleo do
igual a 1,5 Ps ou seja, igual a 14,4 W. transformador que suporte essa potência em V A (o
que é feito através da especificação dos fabrican-
Para a determinação do tipo de transformador tes de núcleos), podemos determinar a resistência
que devemos usar é necessário que se saiba qual a interna da fonte. Com boa aproximação a resis-
potência total que o mesmo deverá suportar em tência interna da fonte é igual a
V A. Essa potência se obtém através de considera-
ções sôbre a duração da corrente através dos reti- R, = e. v."
ficadores (ângulo de condução dos retificadores) e
sôbre as perdas no ferro e no cobre. O que nos onde e é uma constante que depende do tipo e
interessa é estabelecer uma relação entre essa po- tamanho do núcleo escolhido para construir o
tência total em V A e a potência contínua. Para transformador.
o circuito ponte e para umá indução no transfor- O núcleo E-1 de 78 mm de comprimento sa-
mador de 12.000 G, essa relação é igual a: tisfaz a condição de 22,6 V A e apresenta
( cosa. t /
Pr
e = 2.48 . 10-l n;v'.
18a.O - - ) Admitindo-se que a tensão no secundário do
= 0,79 (I)
transformador seja da ordem de 18 V, obtemos
Pc 2
então para R, o valor:
onde
Pr potência total em V A do transformador
R, = 2,48 X IQ- 3 X (18)' = 0,803 !l
Pc potência contínua na entrada do circui- Portanto agora podemos calcular a ten são
to estabilizador EEt m i D
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 43
Eelmln = Ve mln + k IL max R,
= 14 + 2,5 X 0,8 X 0,8 == 15,6V
Daí resulta
15,6
EEI nominal = 17,3 v
1-b 0,9
e
E., .... = (1 + a)· Ee, ....,.., = 1,1 · 17,3 = 19,03 V
Quando consideramos as tolerâncias relativas à
tensão de entrada a tensão de "ripple" não foi levada
em dOnta. Daí lresulta que devemos fazer uma
correção nos valores de E., .,,., Ee, .... ,.. ~, e Ee, ....,
admitindo que o condensador C seja calculado de
tal maneira que o valor de pico da tensão de
"ripple" não seja maior do que 5% da tensão de
saída Vs. Temos que
5% de 12 vale 0,6
Fig. 1
Portanto:
Dimensões do dissipador para o diodo Zener.
EEI mtn = 15,6 + 0,6 = 16,2
EEI nom 17,3 + 0,6 17,9 Prot 420
EEt mu = 19,0 + 0,6 = 19,6. lz mu = = 35mA
v. 12
Estas tensões Ee1 ..,., Ee 1 .... e Ee1 .... são as que
se registram em circuito aberto sôbre o condensa- A corrente máxima de carga do díodo é dada
dor C. pela corrente máxima de base do transistor de po-
Considerando que a queda de tensão total nos tência:
diodos do circuito de retificação em ponte é igual a
2,5 V, podemos determinar então o valor eficaz da 800
tensão no secundário. --- = 26mA
~mia 30
EEl DOm + 2,5 17,9 + 2,5
Ee1 sec DOm = 14,6 v
v2 v2 Cálculo da tensão V., e da resistência R,:
Como a corrente de carga do díodo Zener varia
de O até 30 mA, a primeira condição necessária para
b) Transistor de potência funcionamento correto do díodo Zener é a de que
44 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
A tensão v E2 nom é a que se registra sôbre o
condensador quando circula uma corrente d·e carga
IEZ por R,
VE2nom • 1,2
Fig. 2 = 26,7
Circuito completo . v2
Relação entre as correntes de entrada Cálculo da resistência R,:
J1:: ma:-c: lz max 35
z = = 1,49 Ys 12
JE min J. max+O, I lz mO> 20+0,1·35 R,""'----- 4kn
lena (900C) 3 X IO·'
Vejamos agora se satisfaz a condição Y · Z >
0,785 X 1,49 = 1,17 > 1 Cálculo dos condensadores:
V E2ma:t- vl. 35 12
c, 100 • J, mu 100 . 0,8 = 80IJ.F
R1 to tal = 66on ' 26,5
lz max 35 X IQ-3 c, 80IJ.F
0,33
f.sse valor deve ser dividido por 2, obtendo-s-e
então duas resistências R, de 330 n.
A resistência interna diferencial r, do circuito
VEz mln = Y · V E, m" = 0,785 X 35 "' 27,5 de estabilização é igual a
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 45
IOOWATTS
DEAUDIO
(1-~~~-~~h
Eng. NELSON BARDINI (*)
46 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
!regue à carga (RL + R,). Co- Assim corrente I., de repouso do cole-
mo só RL recebe 100 W, então o I., m"' = 225 mA tor de T, (Fig. 2). Nesse ponto
par entrega 125 W a RL + R" Adotou-se como 250 mA a a tensão coletor-emissor vale:
e a potência dissipada por tran-
sistor é de aproximadamente
27 watts. Considerando tempe-
ratura de junção máxima de
V cEJ 30,4 v
200·c e para temperatura am-
biente indo até 500C, cada tran-
sistor necessita de um dissipador
de alumínio com 120 cm' de
área mínima, 1,5 mm de espes- Anàlogamente calculamos o ratura ambiente de 500 C. Dis-
sura, superfície fôsca e monta- . seu dissipador partindo da po- sipação em T ,:
gem vertical. tência dissipada em T, e tempe-
Na polarização de cada tran-
sistor de saída é usado NTC 1',, V cE, · I", 30,4 . 0,25 8 watts
(termistor) que, além de permi-
tir maiores valores para os re-
sistores de polarização e, conse-
qüentemente, acarretar menor
dissipação desenvolvida nos mes-
mos, outrossim permite compen-
sar a variação da tensão base-
emissor do transistor mantendo
a corrente quiescente r~lativa
mente constante para qualquer
valor típico da temperatura da
junção. A melhor configuração
é a mostrada na Fig. 1 com a
qual se obtém ótima estabilidade
térmica inclusive na temperatura
ambiente de 50°C. Os resistores
Rhl (de 1,5 k.!1) e Rbs (de 1,5 11:.!1)
devem ser de preferência casa-
dos, ou seja, que guardem entre
si diferença igual ou menor que
50 ohms para que T, e T, pos-
suam idênticas correntes quies-
centes; a diferença entre essas
correntes circula pelo altofalan- FIG. 2
te (carga) o que é indesejável,
além de um transistor vir a
dissipar mais que o outro. O re-
sistor Rb, (NTC) deve ter bom
contato térmico com o dissipa- Dissipador necessário: de alu- 3 - Pré-excitador em classe A
dor de T, e Rba com o de T,. mínio, de 1,5 mm de espessura,
Duas precauções: primeiro evitar acabamento fôsco, montado na
contato elétrico entre dissipador posição vertical e área mínima O pré-excitador T, é também
e NTC, e segundo aumentar o de 21 cm'. exibido na Fig. 2, e pode-se ob-
contato térmico entre NTC e dis-
sipador por meio de graxa de O transformador excitador servar que é diretamente acopla-
silicone. apresenta enrolamento da bobina do ao transistor excitador e for-
do tipo trifilar e o núcleo do
2 - Excitador em classe A transformador é montado com nece a polarização para êste. A
chapas E-I, sendo o material de
Escolheu-se o próprio 2N3055 ferro-silício de grão orientado. É
para desempenhar a função de montado em bloco sem entre-
I· ·I~
transistor excitador. A corrente ferro (Fig. 3), tendo a perna cen- 16
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 47
realimentação proveniente da
saída (carga) é injetada na base
do pré-excitador.
Admitindo-se V, = 22 V (ten-
são de alimentacão do estágio
pré-excitado!) e R, = 1 kn te-
mos corrente e tensão de coktor
de T, igual a 6,5 mA e 14 V res-
pecti~a~ente. Nestas condições
T, dtsstpa 91 mW, não necessi-
tando de dissipador. FIG. 5
A polarização de T, é apr~s~n
tada pelo potenciôm::tro Rs o I
qual é ajustado de tal modo a
se obter 250 mA de corrente de
wl!tor de T,. r
~~
O resisto r R, de I ,5 ohm não
;
foi mencionado nos cálculos aci-
ma em vista da sua desprezível :
influência nas consideracões de ~
~
regime C. C . ·
4 - Pré amplificador e·m Clas-
se A
A fim de aumentar a impedfln-
cia de entrada do amplificador e
melhorar a ~ensibilidade, servin-
1- 19
L--
- :• 38
·-
do outrossim como estágio sepa-
rador, adicionou-se o um pré- \1 4
FIG. 4
5 - Fonte de Alimentação
A fonte de alimentação apre-
s: nta retificação em ponte com
ponto central do secundário à
massa para que se obtenha duas
polaridades, +45 V e -45 V. É
composta pelo transformador de
fôrça Tr, 4 diodos BY126 e 2
capacitares eletrolíticos de
2.500 J.J.F com isolação de pelo
m~nos 60 V (Fig. 5).
Para máxima potência de saí- 10 100
-POTÊNCIA (Wl
da a corrente a ser fornecida
pda fonte é maior que 2A ; de- FIG. 7
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 49
C1l
o
loiSSIPADOR
Í PLACA DE FENOL! TE
+45V
'
I
'
I
I '
~~~~~
_1 F-2Aj
L------~
~
Cs
~~$ ~· ~ '
T
c7
R12
[R24
-{ffi!ATiill--
T3
'
'e~~~~~
c3
r----·-~ - -
F-2A
L----•----
z1'~:1 ' -45V
~
...._
;]
<
1':1
~..... FIG. 9 a .
-~
......
<D
C>
<D
b) o ponto de retômo do al-
to-falante deve ser feito no mes- DISSIPADOR DE T3
mo ponto de massa da fonte,
dessa forma será evitada a cir-
culação de correntes alternadas
pelo chassis. Se a fiaÇão é im-
pressa os pontos de massa deve-
rão ser escolhidos de modo a
não ocorrer interação entre os
vários estágios;
c) é preferível que os tran- DISSIPADOR
sistores de saída sejam monta- DE T4
dos diretamente nos dissipadores
e êstes isolados do resto do cir-
cuito; assim evita-se a lâmina
de mica que isola o transistor,
fi,cando ga.rantido melhor con-
tato térmico entre transistor e LADO DAS ----+--, DISSIPADOR
PEÇAS
DE Ts
dissipador;
d) os três dissipadores deve-
rão ser montados em posição
vertical, guardando certo afasta-
mento dos demais componentes.
Finalmente, cabe lembrar que
os transistores de saída 2 N3055
por serem de silício suportam
2000C na junção. Assim sendo
e nas condições de dissipação
máxima (26 watts por transistor LADO DA
transformados em calor) e à
temperatura ambiente de 500C,
o invólucro estará a 1500C apro- FIG. 9 b.
ximadamente. Isso não significa
absolutamente nenhuma anorma-
lidade.
r G
l--6 u
~~
I\
K.
rLIMITE PARA
OPERA lib CC
.1. ji I ~ ~~_j---r-
LINHA OE CARGA A 100W! ! :
(RESIYIVA +INOITIVi
l
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w_ I !
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I
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I
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I
r< I"
·- I
5-
6-
PONTO A- AlJ VERTICAL 00 FEIXE t
8-. • "
C - TERRA 00 OSCILOSCOPIO
"• 2
O - AO HORIZONTAL (COMUM PARA AMBOS OS FEIXES)
R4 • 0,tOHMS ~RO~~i~O,.~ PtoRAco'C'ES~~~L~:RT:l LEITURA DA
0) UNHAS OE CARGA
FIG. 10
JANEIRO/FEVEREIRO, 196lJ 51
LISTA DE MATERIAL
RESISTORES
Posição Valor Tolerância Tipo Potência
CAPACITORES
Posição Valor Tensão Tipo
DIODOS E TRANSISTORES
D, BY126 T, BC109
D, BY126 T, BCI09 .
D, BYI26 T, 2N3055
D, BY126 T, 2N3055
Ts 2N3055
DIVERSOS
Alto-falante 8 ohms (140 W)
Tr, - Transformador excitador (Audium n.0 1100 D)
Tr, - Transformador de fôrça (indicações no texto)
2 X fusíveis 2 A.
)2 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
IDNJIIIJ)AIIJ)JE §
ILJEC@-AII§
~t~tBwil
Foi aprovado e está em pleno vigor o QUADRO GERAL DAS UNIDADES DE
MEDIDAS pelo decreto n.0 63.233 de 12 de setembro de 1968, publicado no Diário Oficial
(16-10-68). O Quadro (anexo ao decreto) compreende quatro partes:
1 . Sistema Internacional de Unidades
2. Outras Unidades
3 . Constantes Físicas Gerais
4. Grafia e Emprêgo dos Números e dos Símbolos seguidos de um Apêndice, bem
como Observações e Recomendações Diversas.
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 53
Dêsses múltiplos e submúltiplos, alguns têm nomes e símbolos especiais, que constam
do quadro 1. 5; entretanto, os seus nomes e símbolos são geralmente formados mediante
o emprêgo de um prefixo adequado (quadro t.4).
I .3 - Para as unidades elétricas e magnfticas, o SI é um sistema de unidades racio-
nalizado, para o qual as constantes eletromagnéticas do vácuo,
velocidade da luz c
constante magnética (.lo
constante elétrica Eo
1 .4 - PREFIXOS DECIMAIS
54 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
I. 5 . 7 . MASSA d~ um movimento de rotação uniforme-
quilograma (kg) mente variado, cuja velocidade angular
Massa do protótipo internacional do qui- varia à razão · de 1 radiano por segundo,
lograma. em cada segundo.
Observações: 1.5 . 16 . VAZÃO
I) Definição ratificada pela 3.a . . . ... . metro cúbico por segundo (m' /s)
CGPM/ 1901 Vazão de um fluído que se escoa em re-
2) lO' kg = tonelada t gime permanente, através de uma seção
3) to-' kg = grama g transversal do conduto, à razão de 1 me-
tro cúbico em cada segundo.
I . 5 . 8. MASSA ESPECIFICA
quilograma por metro cúbico (kg/m') Observações:
Massa específica de um corpo homogêneo, Esta grandeza é também chamada descarga.
do qual um volume igual a 1 m-ztro cúbico
tem massa igual a l quilograma. I . 5. 17. FLUXO (de massa)
quilograma por segundo (kg/s)
1.5 . 9 . TEMPO Fluxo de massa de um fluído que se es-
segundo (s) coa em regime permanente, através de uma
Duração de 9 192 631 770 períodos da ra- seção transversal do conduto, à razão de
diação correspondente à transição entre os 1 quilograma em cada segundo.
dois níveis hiperfinos do estado fundamen-
tal do átomo de césio 133. Observações:
Observações: Esta grandeza é qualificada pelo nome do
Definição ratificada pela 13.a CGPM/ 1967. fluído cujo escoamento está sendo consi-
derado, por exemplo, fluxo de vapor.
1 . 5 . 1O. FREQütNCIA
hertz (Hz) 1.5 . 18 . MOMENTO DE INÉRCIA
Freqüência de um fenômeno periódico cujo quilograma-metro quadrado (kg m')
período tem a duração de l segundo. Momento de inércia, em relação a um eixo,
de um ponto material de massa igual a
I . 5 . li . INTERVALO DE FREQütNCIAS 1 quilograma, situado a l metro de dis-
oitava tância do referido eixo.
Intervalo de duas freqüências cuja relação
é igual a 2. 1.5 . 19 . MOMENTO CINÉTICO
quilograma-metro quadrado por segundo.
Observações: kg· m'
O número de oitavas de um intervalo de
freqüências é igual ao logarítmo de base s
2 da relação entre as duas freqüências ex- Momento cinético, em relação a um eixo,
tremas dêsse intervalo. de um corpo que gira em tôrno dêsse
eixo com velocidade angular uniforme e
I . 5 . 12. VELOCIDADE igual a l radiano por segundo, e cujo mo-
metro por segundo (m/s) mento de inércia, em relação ao mesmo
Velocidade de um móvel que, animado de eixo, é igual a 1 quilograma-metro qua-
um movimento retilínio uniforme, percorre drado.
uma distância i_gual a l metro, em cada
segundo. 1.5.20 . FôRÇA
newton (N)
I . 5 . 13 . VELOCIDADE ANGULAR Fôrça que imprime a um corpo de massa
radiano por segundo (rad/ s) igual a l quilograma, uma aceleração igual
Velocidade angular de um móvel que, ani- a 1 metro por segundo por segundo, na
mado de um movimento de rotação uni- direção da fôrça.
forme, gira de um ângulo igual a 1 radiano,
em cada segundo. Observações:
Observações: IO-' N = dina dyn
Com esta unidade se mede também a pul-
sação de uma grandeza periódica. 1.5 . 21. MOMENTO DE FôRÇA
metro-newton (m N)
I . 5 . 14 . ACELERAÇÃO Momento de uma fôrça constante e igual
metro por segundo por segundo (m/s') a I newton, em relação a um ponto situado
Aceleração de um móvel animado de um a l metro de distância de sua linha de
movimento retilíneo uniformemente varia- ação.
do, cuja velocidade varia à razão de 1
metro por segundo, em cada segundo. Observações:
Momento de fôrça e trabalho são grande-
Observações: zas homogêneas; entretanto, é usual mas
10-' m/ s' = gal Gal. não obrigatório distinguir, pela maneira de
escrever, quando a unidade se refere a uma
I . 5 . 15. ACELERAÇÃO ANGULAR ou à outra grandeza, assim:
radiano por segundo por segundo (rad/s') m N e m kgf para momento
Aceleração angular de um móvel animado N m e kgf m para trabalho.
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 55
I . 5. 22. IMPULSÃO Observações:
newton-segundo (N s) I) Nesta mesma unidade se medem tam-
Impulsão produzida por uma fôrça cons- bém o trabalho e a quantidade de calor
tante e igual a 1 newton, atuando sôbre 2) I0- 7 J = erg
um corpo durante 1 segundo.
3) Nos circuitos de corrente aiLernada,
1. 5 . 23. PRESSÃO esta unidade torna o nome de 'Volt-
-ampere-segundo (VAs), ou de watt-
newton por metro quadrado (N/m2) -segundo f:Ns), ou de var-segundo
pressão exercida por uma fôrça constante e (V Ars), quando se refere à energia apa-
igual a 1 newton, uniformemente distri- rente, ou à energia ativa, ou à energia
buída sôbre uma superfície plana de área reativa do circuito, respectivamente.
igual a 1 metro quadrado, perpendicular
à direção da fôrça. 1.5.28 . POTÊNCIA
Observações: watt (W)
I) Nesta mesma unidade se mede tam- Potência desenvolvida quando se realiza,
bém a tensão mecaDica contínua e uniformemente, um trabalho
2) Esta unidade pode ser também cha- igual a 1 joule, em cada segundo.
mada pascal Pa
3) 10' N/ m2 = bar Observações:
Ver o n ..0 1 do Apêndice. I) Nesta mesma unidade se mede tam-
(V. Revista Eletrônica n.0 32). bém o fluxo de energia (sonora, térmi-
ca, luminosa, etc.)
I . 5. 24 . TENSÃO SUPERFICIAL 2) Nos circuitos de corrente alternada,
newton por metro (NI m) esta unidade torna o nome de volt-
Tensão superficial de um líquido, em cuja ·ampere (VA), ou de var (VAr),
superfície livre atua, perpendicularmente a quando se refere à potência aparente
uma direção qualquer, uma fôrça unifor- ou à potência reativa do circuito, res-
memente distribuída e igual a um newton, pectivamente; e conserva o nome de
por metro de comprimento medido nessa watt f:N) quando se refere à potência
direção. ativa do circuito.
56 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
I. 5. 31 . INTENSIDADE DE CORRENTE sivo de circuito, no qual circula uma cor-
Ampere (A) rente de intensidade invariável e igual a
Intensidade da corrente elétrica invariável 1 ampere, quando a tensão elétrica apli-
que, mantida em dois condutores retilí- cada aos seus terminais, varia uniforme-
neos, paralelos, de comprimento infinito mente à razão de 1 volt em cada segundo".
e de área de seção transversal insignifican-
te, e situados no vácuo a um metro de I . 5 . 36 . INDUTÂNCIA
distância um do outro, produz entre êsses henry (H)
condutores uma fôrça igual a 2 · IO-' Indutância de um elemento passivo de cir-
newtons, por metro de comprimento dês- cuito, eritre cujos terminais se induz uma
ses condutores. tensão elétrica constante e igual a 1 volt
quando percorrido por uma corrente cuja
Observações: intensidade varia uniformemente à razão
I) Definição ratificada pela 9.a . . .. ... . de um ampere em cada segundo.
CGPM/1943.
2) Nesta mesma unidade se mede tam- Observações:
bém a fôrça magnetomotriz.
Nesse caso é permitido dar à unida- Nesta unidade se mede também a indu-
de o nome ampere-e-spira, mas o sím- tância mútua entre dois circuitos ou dois
bolo não deve ser alterado. elementos de circuitos vizinhos.
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 57
Observações: I . 5 . 45 . RELUTÂNCIA
ampere por weber (A/Wb)
I) Esta unidade é também chamada mho, Relutância de um meio homogêneo e
com símbolo mho, sendo porém sie- isótropo, tal que uma fôrça magnétomotriz
mens o nome adotado oficialmente pe- invariável e igual a 1 ampére, produz um
la IEC. Ver o n.0 2 do Apêndice fluxo magnético uniforme e igual a 1
(Revista Eletrônica n.0 32). Weber.
2) Nesta mesma unidade se medem tam-
bém a admitância e a susceptância Observações:
dos circuitos de corrente alternada.
Esta unidade pode ser chamada ampere-
1. 5. 41. CONDUTIVIDADE -espira por weber, mas o símbolo não é
alterado.
s:emens por metro (S/m)
Condutividade de um material homogêneo 1. 5 .46 . TEMPERATURA TERMODINÂMICA
e isótropo, do qual um cubo cuja aresta kelvin (K)
mede 1 metro de comprimento, apresenta
uma condutância igual a 1 siemens entre Fração 1/273, 16 da liemperatura termo-
faces opostas. dinâmica do ponto tríplice da água.
Observações: Observações:
É permitido exprimir a condutividade dos 1) Definição ratificada pela 13.a .. . . . .
materiais condutores, em relação à con- CGPM/ 1967.
dutividade de um material condutor padrão. 2) Esta grandeza é também chamada
tempera~ra absoluta ou temperatura
Ver o n.0 3 do Apêndice. (R. E. n.0 32).
Kelvin.
I . 5 . 42 . INDUÇÃO MAGNÉTICA 3) Na prática são consideradas as tem-
peraturas referidas a ''Escala Interna-
tesla (T) cional Kelvin de Temperatura", ou,
Indução magnética de um campo magné- simplesmente, "Escala Kelvin". Ver o
tico uniforme e invariável que, sôbre um n. 0 4 do Apêndice. (R. E. n.0 32).
condutor retilíneo perpendicular à direção 4) Nesta mesma unidade se mede tam-
do campo e conduzindo uma corrente d~ bém o intervalo de temperaturas, o
intensidade invariável e igual a 1 ampere, qual pode ser também expresso em
exerce uma fôrça igual a I newton, por graus Celsius (13 .a CGPM/1967).
metro de comprimento dêsse condutor.
1.5 . 47 . GRADIENTE DE TEMPERATURA
Observações: kelvin por metro (K/ m)
1) to-• T = gauss G Gradiente de temperatura uniforme, que
2) Esta unidade pode ser definida, de se verifica em um meio homogêneo e isó-
maneira equivalente, como a "indução tropo, quando a diferença de temperaturas
magnética de um campo magnético entre dois pontos situados à distância de
uniforme e invariável tal que, entre 1 metro um do outro, é igual a 1 kelvin.
as extremidades de um condutor reti-
líneo que se desloca na direção perpen- Observações:
dicular ao campo com velocidade cons- Esta grandeza pode também ser expressa
tante e igual a 1 metro por segundo, em graus Celsius por metro °C/ m.
se induz uma tensão constante e igual
a 1 volt, por metro de comprimento I . 5 . 48 . ENTROPIA
dêsse condutor." jcule por kelvin (J/K)
I . 5. 43 . FLUXO MAGNÉTICO
Entropia de um sistema homogêneo e isó-
tropo, cuja temperatura aumenta de 1 kel-
weber (Wb) vin quando se lhe adiciona uma quanti-
Fluxo magnético através de uma superfície dade de calor igual a 1 joule.
plana de área igual a 1 metro quadrado,
perpendicular à direção de um campo mag- Observações:
nético uniforme e invariáVIel, cuja indu- Esta grandeza pode ser também expressa
ção magnética é igual a 1 tesla. em joules por grau Celsius J/°C.
1. 5 . 44. INTENSIDADE DE CAMPO I . 5 . 49 . CALOR DE MASSA
MAGNÉTICO J
ampere por metro (A/m) joule por quilograma e por kelvin
Intensidade de um campo magnético uni- kg· K
funne e invariável, no qual se verifica Calor de massa de um sistema homogê-
uma fôrça magnetomotriz invariável e neo e isótropo, cuja temperatura aumenta
igual a 1 ampere, entre 2 pontos situa- de 1 kelvin quando se lhe adiciona calor
dos à distância de 1 metro um do outro, à razão de 1 joule, para cada quilograma
na direção do campo. de sua massa.
Observações: Observações:
Esta unidade pode ser chamada ampere- Esta grandeza pode ser também expressa
-espira por metro, mas o símbolo não é em joule por quilograma e por graus Cel-
alterado. sius J/ (kg0 C).
58 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
1 . 5. 50 . CONDUTIVIDADE TÉRMICA 1.5 .58. EXCITAÇÃO LUMINOSA
w lux-segundo (lx · s)
watt por metro e por kelvin Excitação luminosa, durante 1 segundo, de
m·K uma superfície cujo iluminamento é igual
Codutividade térmica de um sistema ho- a 1 lux.
hogêneo e isótropo, no qual se verifica um
gradiente de temperatura igual a 1 kelvin Observações:
por metro, quando a densidade de fluxo
de calor é igual a 1 watt por metro qua- Nesta mesma unidade se mede também a
drado. exposição luminosa.
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 59
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ANTONIO P. MIGUEL
SERGIO A. BOGGIO
APITO
Um defeito bastante comum, vulas, transformadoras de FI. apenas descobrir qual o compo-
mas que normalmente nos faz Em qu1lquer ponto que batês- nente sôlto ou defeituoso. An-
perder um bom tempo na sua semos uma série de ruídos era tes, vamos abrir um parêntese pa
pesquisa é aquêle com que nos produzida no alto-falante, indi- ra discutir a alternativa, de que,
deparamos um dia dêsses, em cando que algum componente es- se ao batermos com o marteli-
um receptor CA-CC "compac- tava com mau contato. Além do nho, nenhum ruído se reprodu-
to". Nesses "mini-rádios" nor- mais, veio-nos mostrar que a zísse. Nesse caso, certamente a
malmente a montagem dos com- realimentação era provàvelmen- realimentação seria de natureza
ponentes é muito agrupada e o te acústica. Certamente o que elétrica e já que falamos nela,
alto-falante é prêso diretamente estaria acontecendo seria que, ao diremos algumas palavras sôbre
ao chassis. ser reproduzido um som no alto- suas causas.
O defeito acarretava um for- falante, êste por estar prêso ao Quando se tratar de um re-
te apito (microfonia) que se ve- chassis, faria com que o referi· ceptor recém-montado, a causa
rificava ao ser aumentado o vo- do chassis vibrasse. Isso provo- será a posição de peças ou fios
lume do receptor. É bom frisar caria a vibração de algum com· do estágio de saída muito próxi-
desde já a difer·ença entre micro- ponente sôlto, o que certamente mos do estágio de entrada, ou
fonia e zumbido. Zumbido, co- víiria introduzir variação elétri·
ca. no circuito; esta, amplificada ainda, capacitares com sua ar-
mo já tivemos oportunidade de madura externa ligada em posi-
falar em outro artigo desta sé- e entregue ao alto-falante, faria ção errada. Um exemplo é o
rie é um som grave com fre- vibrar ainda mais o chassis. indicado na Figura 1. Se a ar-
qüência normalmente de 60 Hz Maneira rápid1 de nos certi- madura externa do capacitor C,
ou 120 Hz (se a rêde fôr de ficarmos da existência dêsse tipo estiver ligada ao anodo, (ao con-
60 Hz). Microfonia ou apito é de realimentação seria dispor de trário do que indica a figura),
um som muito mais agudo; pa- um fone ou alto-falante distante será uma fonte de irradiação de
ra que possa haver apito (que é do chassis. Assim, desligamos sinal. Caso o capacitor C, esteja
uma oscilação). é necessário que os fios do alto-falante de nosso próximo de C,, haverá acopla-
exista uma realimentação positi- receptor e passamos a utilizar o mento entre êsses dois compo-
va no circuito. Esta realimenta- alto-falante de prova da ofici- nentes e o resultado será um
ção pode ser acústica ou elétri- na, que é independente até mes- forte apito, pois houve realimen-
ca, ou seja, o elo de realimen- mo da própria bancada para evi- tação positiva entre saída e en-
tação pode ser pelo ar ou pelo tar realimentação acústica por trada do estágio amplificador. A
circuito elétrico. intermédio desta. solução adequada será inverter o
A fim de distinguir o tipo de Ao ligar novamente o recep- capacitor C. colocando-se como
indica a figura e se possível afas-
realimentação, ligamos o nosso tor, podíamos aumentar total- tar o capacitor C, de C,.
r~ceptor-problema com baixo vo- mente o volume sem que de nô-
lume, evitando assim que entre vo aparecesse o apito. Desta Como regra geral, a armadu-
em oscilação. Tomamos um forma, tínhamos finalmente com- ra externa deve ser ligada a
martelinho de borracha e golpea- provado que a realimentação era pontos onde não haja sinal. Po-
mos suavemetne o chassis, vál- de natureza acústica e restava rém se fôr necessária a ligação
60 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969
Caso isto esteja acontecendo, ve-
rificar se a calibração está cor-
reta. No caso de uma calibra-
ção correta e lâminas frouxas,
deveremos lacrá-las com cêra
adequada, caso contrário devere-
mos proceder à calibração e de-
pois lacrar. O mesmo pode ser
dito dos "trimmers" ou núcleos
de ajuste dos transformadores de
FI.
As válvulas podem também
FIG. 1 apresentar êste defeito quando
têm internamente algum elemen-
to sôlto, normalment! a grade
de contrôle. Avisamos desde já
que um provador de válvulas não
indica êst! tipo de defeito. Para
a pontos de sinal, a armadura verá forte acoplamento entre saí- se descobrir se a causa do apito
externa deverá ser ligada ao da e entrada, causando apito. é alguma válvula deve-se proce-
ponto de menor impedância ou Outra causa pode estar em ca- der da se11uinte maneira: com o
resistência elétrica em relação ao pacitores de desacoplamento; receptor ligado e sem oscilação,
chassis. Assim vemos um êrro quando êstes se encontram desli- isto é com o volume baixo, vai-
muito comum de chamar a ar- gados ou abertos. A m::Ihor téc- -se dando leves golpes em cada
madura externa de "pólo negati- nica para verificação desta falha uma delas, até que ~~ ouça al-
vo"; no capacitor C, da Figu- é colocar em paralelo um capa- gum ruído reproduzido no alto-
ra 1 a armadura externa vai ao citor de igual valor, sem retirar falante. Quando efetuamos tal
anodo, que é positivo. O moti· o componente antigo. Se o efe- teste nn nosso receptor, a válvu-
vo de tal ligação é que a impe- tuarmos êste teste o defeito de- la 12AV6 provocou um ruído
dância de anodo é menor do que saparecer teremos descoberto o enorme no alto falante. Após
a da grade de contrôle. elemento causador. a sua substituição por outra vál-
vula do mesmo tipo, o defeito
Além de peças próximas, pode- Após êste comentário sôbre a desapareceu e o receptor voltou
remos ter fios próximos, tais co- realimentação elétrica, voltemos a funcionar satisfatoriamente.
mo fio de alto-falante próximo a ao nosso defeito que já tínhamos
fio de antena, que normalmente comprovado ser de origem Caso não fôsse uma válvula
causa um apito intermitente, ou acústica. Neste caso, qualquer a responsável pelo defeito, po-
ainda fios dos transformador-~s elemento pode provocar o fenô - deríamos ter algum componen-
de FI juntos. Nêste último ca- meno, sendo necessário para sua tes rachado, uma solda mal fei-
so a identificação é fácil, bas - pesquisa muita ordem e paciên- ta, soquete de válvula com mau
tando variar a calibração de tais cia, pois, de início, a impressão contato, chaves seletoras com
circuitos sintonizados; se o de- é de que está tudo sôlto. pouca pressão nos contatos,
feito desaparecer, a causa esta- potenciômetro defeituoso, etc.
rá na ligação dos transformado- O primeiro elemento a s!r ve- Entretanto êstes componentes
res de FI e/ou seus componen- rificado é o capacitor variàvel, normalmente causam apito de
tes próximos. que pode estar com suas placas freqüência mais baixa, dando a
móveis muito sôltas. Se êste fôr impressão de um apito "rouco".
Caso se trate de um receptor o caso deve-se apertar o parafu-
que já funcionou perfeitamente, so que normalmente s!rve de pi- Para se descobrir qual o com-
as causas acima descritas dificil- vô do eixo. Ainda com respeito ponente defeituoso, deve-se fixar
mente aparecerão salvo se al- ao variável poderemos tê-lo mui- firmemente o chassis na bancada
guém andou '·mexendo" na po- to rigidamente prêso ao chassis. e com uma chave de fenda (ou
sição das peças. Excluindo êsse Deveremos então substituir as vareta) plástica ir movimentan-
fato, poderemos ter fios do trans- borrachas de suporte enrijecidas, do suavemente os componentes
formador· de saída muito próxi- por outras novas. O passo se- até descobrir o elemento que
mos dos fios blindados da entra- guinte é verificar se os "trim- provoca ruído no alto-falante.
da. Se a ligação da blindagem mers" ou "padders" não estão
à massa ficar interrompida ha- com suas lâminas muito sôltas. S. A. Boggio
JANEIRO/FEVEREIRO, 1969 61
FI SOM
FIG. 1
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nais seja necessária uma recali- O ponto (C) da figura poderá terrompimento de R.; no caso de
bração ("trimmers", bobinas, ser também a ligação de placa dúvida basta colocar em curto o
etc.). ou catodo da válvula detetora; ponto (I) com chassis e teremos
assim, devemos substituir esta a presença da imagem se R. es-
Desde que o seletor de canais válvula, se a deteção fôr feita tiver interrompido (se bem que
esteja perfeito, devemos prosse- por êste componente. se isto ocorresse as tensões nos
guir na busca, passando para o pontos (E) e (H) estariam bem
estágio de saída de vídeo e dete- Prosseguindo com a verifica-
ção, no caso de o defeito estar elevadas). Junto a R. poderia
tora de vídeo. se encontrar o contrôle de con-
no estágio de saída de vídeo,
Na figura 1 apresentamos as substituiremos a válvula dêste traste, então o teste seria o
etapas de saída de vídeo e dete- estágio. Em seguida mediremos mesmo.
tora de vídeo. Se ao aplicarmos as tensões nos pontos (E), (H) e Resta-nos verificar o capaci-
um pulso de baixa freqüência (I). Na ausência de tensão, no tar de acoplamento C,, o soquete
ao ponto (A) aparecerem inter- ponto (E) e presença de tensão da válvula e mais os resistores
ferências escuras no tubo de ima- no ponto (F) a armadilha ("trap") ligados à grade de contrôle, que
gem, isto indicará o funciona- de 4,5 MHz estará interrompida. em alguns aparelhos servem pa-
mento da etapa de saída de ví- Se porém a tensão no ponto (E) ra polarizar a grade com tensão
deo. Se, com a aplicação dêste fôr muito baixa e no ponto (G) negativa (normalmente tirada da
pulso ao ponto (B) não aparece- normal, L, estará interrompida e grade de contrôle da válvula de
rem interferências, o capacitar talvez R, terá valor alterado. saída horizontal).
de acoplamento c, estará defei- Por outro lado, se no ponto (G)
fôr encontrada também rensão Note-se que só apontamos
tuoso. etapas que seriam causadoras de
baixa, R, e/ ou L. podem estar
Com aplicação no ponto (C), interrompidos e em conseqüência ausências simultânea de som e
o não aparecimento das inter- R, e R" poderão estar danifica- imagem com brilho normal, isto
ferências indica que poderão es- dos. Se o + B do estágio esti- é, presença das varreduras). Há
tar defeituosos: .L, (interrompi- ver normal, então, deve-se me- evidentemente possibilidade de
da), C, (em curto-circuito) ou D dir êsses resistores um a um. ocorrer defeitos em etapas inde-
(em curto-circuito). Neste últi- pendentes, ou seja, por exemplo,
Na ausência de tensão normal um ou mais na etapa de som e
mo caso para a comprovação do no ponto (H) e presença no pon-
díodo D, podemos desligar o outro(s) na etapa de vídeo (em
to (I), R, estará interrompido, e componentes só responsáveis pe-
ponto (D) do chassis e medir a na ausência também, no ponto
continuidade, tanto no díodo co- la existência de imagem); porém
(I), R. estará interrompido, pro- estas possibilidades poderão ser
mo no secundário de Tr (êste vàvelmente devido a um curto abordadas em artigos futuros.
díodo estará colocado no interior circuito no capacitor c •.
da blindagem da última bobina
de FIV quando êle fôr semicon- Ao se medir tensão no ponto
dutor). (1), um valor elevado indica in- A. P. Miguel
JANEIRO/FEVEREIRO, 196!1 63
ao TECNICA
AUTO RAD!O
ZILOMIG
A R T 94
(12 volts)
Os trimmers Cl, C2 e C3 devem ser reajustado sem estações fracas das res;:>edivas
faixas (C1 em 1500 Kc) com o rádio instalado e antena tôda aberta.
64 JANEIRO/FEVEREIRO, 1969