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O Flagelo da Humanidade
Dois anos após a sua conversão, numa pequena cidade do interior o jovem foi
despertado para o ministério por causa de uma mensagem num acampamento.
Logo ele estava num dos mais renomados seminários, preparando-se
adequadamente para ser um pastor como era o seu desejo.
Dona de uma voz maravilhosa, logo foi selecionada para integrar o conjunto
musical do seminário. Contudo era muito tímida. Mas a timidez não impediu que
tanto ela como o jovem iniciassem um namoro, que logo de transformou em
noivado e ao fim do curso, casaram-se.
A pequena igreja havia construído um belo templo, a casa pastoral, era uma igreja
missionária e alguns dos seus membros se preparavam no seminário onde havia se
formado o seu pastor. O ministério do casal era exemplo para muitos.
Eles haviam sofrido em silêncio durante todos aqueles anos. E impotentes para
solucionar adequadamente o problema buscaram ajuda, que se mostrou
inadequada e insuficiente, e diante disto só lhes restou abandonar o ministério.
Nunca mais ele pregou e eles jamais tornaram a cantar juntos ou separados.
Quantas histórias como esta você já viu ao longo da sua vida? Se não for a sua
história de vida. Não há aqui nenhuma pretensão de julgamento ou mesmo
empáfia. Pois isto é uma realidade constante na vida de muitos. Quantas carreiras
e vocações foram desprezadas e abandonadas por causa dos ciúmes? Quantas
vocês conhecem?
As pessoas ciumentas são como todos nós, nossos vizinhos e parentes, talvez com
uma diferença: sofrem e muito pelos seus comportamentos e atitudes.
É comum o cônjuge do ciumento passar a vida toda justificando o que não fez, e
somente o faz para ter ou obter um pouco de paz, e pensa que no dia seguinte
tudo vai voltar ao normal. Ledo engano. Novamente o ciúme vai eclodir tornando
tudo áspero e obscuro. Quantas vezes tantos são acusados sem nada ter feito, ou
condenados sem culpa alguma. Sofrem muito, tudo por causa dos ciúmes.
O ciumento precisa ser responsabilizado pelas suas atitudes. Precisa saber que o
ciúme é pecado e como tal deve ser tratado. Nada difere o ciúme da mentira.
Ambos são abomináveis.
Muitas vezes o ciúme é tratado como desvio de personalidade e o ciumento como
um coitado. Muitos terapeutas e conselheiros tratam o ciúme com lições de casa,
tarefas, deixando de lado as suas conseqüências, como se elas fossem meras
casualidades. O ciumento exige, suspeita, e diz que os seus sentimentos dolorosos
são as exigências de um amor inquieto, e o seu desejo é o de apoderar-se do outro
em todos os aspectos.
O ciumento vai sempre suspeitar do outro, vai sempre achar que o outro é infiel,
mesmo que não seja. Por conta disto vai vigiar, revistar bolsos, escutar conversas,
vasculhar agendas, rediscar o último número chamado no telefone, olhar para onde
o outro olha, vai fazer de tudo para "descobrir" uma infidelidade. Não importa.
Aliás, nada importa ao ciumento.
No convívio com o ciumento uma coisa é certa: o ciúme vai explodir, mais hora
menos hora. O ciúme não respeita nada, ele vai de mal a pior.
E nos nossos púlpitos, como o ciúme é tratado? Ele simplesmente não é tratado.
Logicamente há as exceções. E vai corroendo como um câncer que tal carcinoma
vai transformar-se numa mortal e devastadora metástase. Nada pode detê-lo. O
exemplo é forte? Pois é tudo isto e muito mais o ciúme. Mesmo porque muitos dos
nossos pastores padecem com o problema e não sabem como tratar o assunto.
Quantas vezes o ciúme leva a morte, pois o ciumento é despeitado, invejoso, e por
causa disto tem medo e receio de perder alguma coisa. E por conta disto põe tudo
a perder.
Você deve estar se perguntando o que fazer? Certamente a Bíblia tem as respostas
necessárias para tratar o problema. I João 1:9 "Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça". Ai esta o segredo de como tratar o ciúme e conseqüentemente o
ciumento: tratar o ciúme como pecado e todo pecado deve necessariamente ser
confessado. Concordam?