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tortura na Itália
O governo centro-esquerdista de Evo Morales permitiu ontem que o guerrilheiro Cesare Battisti
fosse extraditado aos cárceres do Estado neofascista italiano (liderado pelo capo Matteo Salvini),
onde deverá ser torturado até morrer.
O gesto foi de uma covardia ímpar, além de precipitada – o que foi acusado por diversos setores
progressistas, inclusive pelo irmão do vice-presidente da Bolívia (Álvaro), Raúl Linera. E cabe aqui
uma menção a mais um significativo acerto do lulismo, e coragem pessoal de Lula, quando com um
gesto soberano o presidente concedeu asilo ao militante italiano perseguido.
Ocorre que estando Evo em arriscada campanha presidencial, numa época de ascensão
reacionária na América e no mundo, e sob a ameaça de em breve se tornar alvo de embargos e
intervenções antidemocráticas (como a campanha midiático-econômica contra a Venezuela, levada a
cabo pelos EUA com o apoio de lacaios-bolsonaros mundo afora), o presidente boliviano optou por
lavar as mãos, sujando indelevelmente sua gloriosa história política – mas garantindo assim (quem
sabe) uma sobrevida ao seu sub-poder local.