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PROJETOS DE INSTALAÇÕES

AGROINDUSTRIAIS

Projeto:
Projeto é uma iniciativa que é única de alguma forma, seja no produto que gera,
seja no cliente do projeto, na localização, nas pessoas envolvidas ou em outro fator.
Isto diferencia projetos de operações regulares de uma empresa: a produção em
série de margarinas é uma operação da empresa, mas por outro lado, a criação de um
móvel sob encomenda é um projeto.
Em segundo lugar, um projeto tem um fim bem definido, ou seja, tem um
objetivo, que quando atingido caracteriza o final do projeto.
A construção de uma casa é um projeto, o desenvolvimento de um software, a
organização de um evento, a construção de um móvel sob encomenda, escrever um livro
etc.
Repare na lista acima e confirme as duas características mencionadas
anteriormente, comuns a todos os projetos: eles têm um fim bem definido, e são, de
alguma forma, sempre únicos.

Classificação das indústrias:


De acordo com a classificação recomendada internacionalmente pela ONU e
adotada no Brasil pelo IBGE as atividades industriais são distribuídas em quatro
grandes classes: indústrias extrativas, indústrias de transformação, indústria da
construção civil, e serviços industriais de utilidade pública.
Essas classes são divididas em grupos e subgrupos, caracterizados pelo tipo de
material processado ou extraído, pelo tipo de produto decorrente da transformação ou
pelo tipo de serviço industrial produzido.
Pondo de lado a indústria da construção civil, cujas atividades são instaladas por
prazo definido em função da localização da obra a executar, todas as demais classes se
submetem ao encadeamento lógico seguido neste trabalho, que visa definir a localização
mais conveniente, estabelecer o arranjo físico mais racional e criar condições
operacionais e ambientais mais compatíveis com a eficiência da produção, o conforto e
a segurança do ser humano.
As indústrias extrativas instaladas junto a jazida ou à fonte de obtenção do
produto a ser extraído, enquadram-se perfeitamente no processo de implantação
industrial em estudo.
Nesta classe se encontram as instalações extrativas de minerais metálicos e não-
metálicos, seja sob a forma de minérios a beneficiar (bauxita, hematita, cassiterita, etc.)
seja diretamente sob a forma de minerais industriais (amianto, magnésio, gesso, sal etc.)
seja ainda sob a forma de combustíveis (carvão, petróleo, gás natural etc.).
Aos chamados serviços industriais de utilidade pública, aplica-se também
diretamente o conteúdo deste trabalho.
Suas instalações de geração (energia elétrica, gás de rua etc.) e suas unidades e
sistemas de distribuição constituem, em realidade, instalações industriais sujeitas
também a estudos locacionais.
A presença do mercado consumidor, os custos de transmissão de energia, a
existência de combustível como matéria prima ou de um desnível fluvial como fonte de
energia são fatores locacionais na mais pura acepção do termo.
Essas instalações são também dependentes de um arranjo físico funcional, e da
construção de edificações industriais, tal como qualquer indústria de transformação.
As indústrias de transformação foram sistematicamente divididas em grupos de
acordo com a sequência de itens adotada pelo censo industrial brasileiro.
Essa subdivisão das indústrias de transformação é limitada, na medida em que a
tecnologia industrial evolui pela utilização de novos processos industriais e pela
colocação de novos produtos ao alcance do consumidor.
Como exemplo recente dessa evolução constante, podemos citar a
miniaturização eletrônica.
Indústrias de transformação: metalúrgica, mecânica, material elétrico, madeira,
mobiliário, borracha, produtos farmacêuticos, couro, têxtil, química, bebidas, celulose,
papel etc.

As formas de implantação:
A implantação de uma indústria, segue usualmente um encadeamento lógico que
engloba todas as atividades e decisões necessárias à sua plena materialização, desde os
estudos iniciais visando seu dimensionamento e sua localização, até a fase de operação.
Tal processo de implantação pode ser para facilidade de análise, sintetizado em
algumas etapas fundamentais:

1) Os estudos de viabilidade da implantação, analisando e


justificando os aspectos técnicos, econômicos e financeiros do empreendimento;
2) Os estudos locacionais, objetivando a seleção da área e a escolha
do terreno no qual se implantará a indústria;
3) A elaboração do projeto básico e dos projetos construtivos das
instalações observando as premissas já assumidas pelos estudos anteriormente
efetuados;
4) O processamento das compras dos equipamentos e dos materiais
necessários para a execução do projeto;
5) As obras de construção e de montagem das instalações;
6) Os testes pré-operacionais e a pré-operação da indústria;
7) A entrada da indústria em regime normal de operação.

Como formas parciais e, por assim dizer, simplificadas desse processo de


implantação podemos também considerar os processos de ampliação, de modernização
e de conversão de finalidade por que passam as indústrias já existentes no transcurso de
sua vida útil.
Em tais casos, inúmeros parâmetros e principalmente sua localização estarão já
de início fixadas.
Na ampliação de uma indústria, estaria aumentando o volume de sua produção
ou a gama de seus produtos, através de novas linhas ou unidades operacionais,
utilizando-se basicamente as facilidades oferecidas pelas instalações já existentes.
A modernização de uma indústria buscará substituir ou aprimorar unidades e
instalações já existentes, visando em geral o aumento da produtividade.
Os processos de conversão de indústrias terão como objetivo primordial o
aproveitamento de instalações já existente para outros fins que não os inicialmente
previstos.
Entidades intervenientes na implantação:
Para que se possa bem caracterizar todo o processo de implantação de uma
indústria é importante apresentar de maneira lógica e ordenada as entidades e os
recursos nele envolvidos.
De início, podemos ter um investidor único, um grupo de investidores ou uma
empresa já constituída para concretizar o empreendimento.
O montante dos investimentos dependerá dos estudos de viabilidade técnica e de
viabilidade econômico-financeira elaboradas pela própria empreendedora, ou por
escritórios técnicos especializados.
Esses estudos genericamente considerados como o projeto econômico do
empreendimento, reunirão basicamente:
1) O estudo do mercado estimando a quantidade de bens ou serviços
que a comunidade estaria disposta a receber da indústria a determinados preços
em determinado prazo;
2) A definição e a descrição do processo de produção dos bens e
serviços, quantificando os principais fatores de produção e relacionando os
equipamentos e as instalações necessárias ao funcionamento da indústria;
3) A definição da localização geográfica (macrolocalização) do
empreendimento em função da qual se poderão estabelecer os custos e as
disponibilidades dos insumos necessários à produção, dos transportes e de outros
fatores circunstanciais ligados à localização.

Existe uma interdependência para que se possa definir os parâmetros que irão
caracterizar o empreendimento.
Definidos estes parâmetros e estabelecidos os custos de investimento da
operação da indústria, o processo de implantação prossegue:
- De um lado a estruturação e a implementação de um esquema econômico-
financeiro-administrativo, que dará suporte à realização do empreendimento;
- De outro lado, o detalhamento do anteprojeto decorrente dos estudos
preliminares, dando origem ao projeto propriamente dito.
Geralmente a empreendedora contrata uma ou mais firmas de engenharia
especializada nas seguintes áreas de atuação:
1) Escritórios de consultoria especializados em estudos preliminares
e anteprojetos;
2) Empresas especializadas em engenharia do processo;
3) Empresas de engenharia dedicadas à elaboração de projetos
executivos;
4) Empresas especializadas no processo de compras e na inspeção de
materiais e de equipamentos;
5) Empresas de consultoria especializadas em determinadas
tecnologias;
6) Empresas de construção civil;
7) Empresas de montagem industrial;
8) Firmas instaladoras.
Contratos:
A contratação das firmas especializadas necessárias à concretização do
empreendimento pode ser feita diretamente pela empreendedora ou indiretamente,
mediante a subcontratação de serviços de terceiros.
1) Contrato por remuneração horária;
Paga-se por hora trabalhada, geralmente utilizado nos serviços de consultoria
técnica.
2) Contrato por administração;
A empreendedora reembolsa a contratada de todos os custos em que esta
comprovadamente incorreu, além de pagar-lhe um montante adicional para a cobertura
dos custos indiretos, os honorários.
3) Contrato por preço fixo global;
Existem vantagens e desvantagens para a empreendedora.
Vantagens:
a) Dá a empreendedora maior segurança na elaboração e no controle
de seu programa de investimentos e de seus orçamentos;
b) Obriga as partes contratantes a uma definição precisa do escopo
dos trabalhos a executar;
c) Reduz substancialmente a equipe administrativa.
Desvantagens:
Para a empreendedora, este tipo de contrato tem a desvantagem de exigir de sua
parte, definição prévia rigorosa e completa dos serviços desejados.
4) Contrato tipo turn-key (chave na mão).
A empreendedora delega a uma firma de engenharia toda a responsabilidade de
elaboração do projeto, processamento das compras, construção e montagem das
instalações e pré-operação da indústria.

Elaboração do projeto:
O projeto será constituído por documentos técnicos elaborados por especialistas
nos diversos campos da engenharia abrangidos pelo empreendimento.
Os documentos constituídos de um projeto de grande porte estão relacionados a
seguir, onde procura-se reunir também aqueles documentos de caráter administrativo,
cuja manipulação e consulta são obrigatórias durante a elaboração do projeto e a seguir,
durante a fase de execução da obra.
1. Documentos básicos de consulta e referência.
1.1. Proposta aceita.
1.2. Contrato e seus anexos.
1.3. Documentos administrativos que completem ou modifiquem os itens
precedentes (cartas, atas de reunião, cronogramas, aditivos contratuais etc.)
2. Documentos técnicos
2.1. Índice e relações dos documentos de projeto
2.2. Desenhos
2.2.1. Arranjos físicos (layouts)
2.2.2. Plantas de locação
2.2.3. Desenhos isométricos
2.2.4. Plantas, elevações, cortes e detalhes
2.2.5. Desenhos as-built (com as modificações introduzidas durante a obra)
2.2.6. Perspectivas
2.3. Memoriais e especificações
2.3.1. Memoriais descritivos
2.3.2. Memoriais de cálculos
2.3.3. Especificações de materiais
2.3.4. Especificações de execução
2.4. Listagens
2.4.1. Listas de material
2.4.2. Listas de equipamentos
2.5. Manuais e instruções
2.5.1. Instruções para montagens
2.5.2. Manual de operação
2.5.3. Manual de manutenção
2.6. Diversos
2.6.1. Croquis
2.6.2. Relatórios e perfis de sondagem
A aprovação do projeto pelos órgãos oficiais e que irão, enfim, autorizar sua
materialização, é outro aspecto a ser considerado já nas fases preliminares do trabalho.
No quadro abaixo procurou-se relacionar os principais órgãos intervenientes na
aprovação de um projeto industrial.
As exigências e rotinas e mesmo as atribuições de cada órgão podem variar
conforme o estado ou o município onde se implanta a indústria.
Órgão oficial Área de intervenção Exigências e observações
Departamento de águas e Autorização para captar, reter, Necessário preencher
energia elétrica represar e dar outros destinos a cadastro e apresentar
recursos hídricos desenhos e memoriais
Entidade estadual de Aprovação de projetos relativos Necessário apresentar
controle da poluição ao tratamento de despejos projetos com desenhos e
industriais memoriais
Entidade estadual ou Aprovação das condições Requer memoriais e
municipal de engenharia ambientais e sanitárias dos desenhos conforme
sanitária locais de trabalho modelo próprio
Corpo de bombeiros Aprovação do projeto de Requer memoriais e
proteção contra incêndio desenhos conforme
modelo próprio
Prefeitura municipal Concessão do alvará para Requer plantas e
construção memoriais de
conformidade com o
código de obras

Localização da indústria:
A definição do sítio onde se instalará a indústria, isto é, a determinação de sua
localização física é um dos problemas fundamentais a ser resolvido.
A localização da indústria será definida em duas etapas, pela delimitação
sucessiva de duas áreas distintas.
Na primeira área mais ampla, define-se a região onde se deverá implantar a
indústria.
Razões de ordem econômica além de aspectos técnicos prevalecerão na
determinação dessa região.
Condições de mercado, abundância de matéria prima, custos de transportes e
exigência de mão de obra qualificada são alguns dos fatores locacionais a delimitar a
região de implantação.
Além dos fatores técnicos como as condições climáticas e facilidades de acesso
e de comunicação com a região.
A microlocalização é o local efetivo de implantação da indústria. Deve-se
avaliar as condições físicas do terreno como por exemplo ter facilidade de acesso,
qualidade do solo, características do relevo e proximidade de água, energia elétrica etc.
A macrolocalização deverá, portanto, levar em consideração uma grande série de
fatores:
1) Custo e eficiência dos transportes;
Podemos dizer que a localização ideal para uma indústria será aquela para a qual
o somatório dos custos de transportes de matéria-prima e dos produtos acabados será
um mínimo.
2) Dimensão e localização das áreas de mercado;
O mercado influi diretamente no desempenho da indústria sob dois aspectos
principais:
a) Pela sua localização, mercados mais próximos e preços mais baixos
levam maior rentabilidade;
b) Pela sua dimensão atingindo mercados maiores a indústria poderá se
tornar mais competitiva.
3) Custos da terra;
O custo da terra aumenta quando a área de macrolocalização se situar próximo
aos grandes centros urbanos.
4) Custo de disponibilidade de mão-de-obra;
Este fator terá tanto mais importância quanto mais orientado para mão-de-obra
for o tipo de indústria em implantação e quanto maior a qualificação requerida dessa
mão-de-obra.
5) Disponibilidade e qualidade de água;
A disponibilidade de água para uso industrial nos volumes requeridos pelo tipo
de indústria é um fator de grande importância.
6) Disponibilidade e custo da energia;
A disponibilidade da energia a ser consumida pela indústria e o custo unitário
desta energia pode constituir fator decisivo na localização de certos tipos de indústrias.
7) Suprimento de matérias-primas;
A utilização em larga escala de certos tipos de matérias-primas principalmente
aquelas de características perecíveis ou de grande fragilidade pode influir decisivamente
na macrolocalização da indústria.
8) Eliminação de resíduos;
Este é um fator locacional que assume importância crescente com a
industrialização acelerada de uma região.
O despejo de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos tenderá a ser mais controlado,
seja no âmbito da região, seja no âmbito nacional e mesmo internacional.

Microlocalização:
A microlocalização é a verificação da situação e as características do terreno
onde será construída a indústria.
Sendo que algumas características são importantes:
- Relevo e declividade do terreno;
- Características do solo e sua resistência;
- Facilidade de acesso ao local;
- Facilidade de acesso a água, energia elétrica etc.
Arranjo Físico ou Layout:
Após a execução do projeto da indústria, um outro item de extrema importância
é o arranjo físico dos diversos setores da indústria.
O arranjo físico é a melhor distribuição dos equipamentos, colaboradores e
materiais, sendo que a correta distribuição destes itens, juntamente com a preocupação
de uma correta iluminação e ventilação, trará um ambiente adequado aos colaboradores
que lá trabalham, além de trazer uma melhoria na produção no sentido de aumentá-la.

Principais itens do arranjo físico – Produto e Quantidade.


Os problemas de arranjo físico geralmente recaem em dois elementos básicos
que são produto e quantidade.
Produto (material ou serviço) – entende-se por produto o que é produzido ou
feito pela indústria.
Quantidade (volume) – representa o quanto cada item deve ser feito ou serviços
executados.
Esses elementos, direta ou indiretamente são responsáveis por todas as
características, fatores e condições do planejamento.
É importante, portanto, coletar os fatos estimativos e informações sobre esses
dois elementos.
Eles representam a chave da resolução dos problemas do arranjo físico.
Em função da variedade dos produtos e da quantidade, define-se qual o tipo de
processo será adotado: processo contínuo; processo em lotes; processo por projeto etc.

Processo contínuo:
- Volumes muito grandes e variedade muito baixa;
- Fluxo ininterrupto;
-Operação tem de suprir os produtos sem uma parada.
Exemplos: refinarias, petroquímicas, instalações de eletricidade etc.

Processos em lotes ou bateladas:


- Elevado nível de volume e variedade (em comparação aos outros tipos de
processo). Ex.: produção de alimentos congelados, remédios, automóveis etc.

Processos por projeto:


- Lidam com produtos geralmente bastante customizados;
- Apresentam baixo volume e alta variedade;
- Período para fazer o produto é longo;
- Cada atividade tem começo e fim bem definido.
Ex.: Construção de navios etc.

Tipos de arranjo físico:


Depois que o tipo de processo foi selecionado, o tipo básico de arranjo físico
deve ser definido.
O tipo de arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos produtivos da
operação e é em grande parte determinado pelo tipo de produto, tipo de processo de
produção e volume de produção.
Existem três tipos básicos de arranjo físico dos quais a maioria dos arranjos se
derivam:
- Arranjo posicional ou por posição fixa;
- Arranjo linear ou por produto;
- Arranjo de grupo ou celular.

Arranjo posicional ou por posição fixa:


Neste tipo de layout, o material permanece parado enquanto o homem e o
equipamento se movimentam ao redor.
Atualmente, sua aplicação se restringe principalmente ao caso onde o material
ou o componente principal é difícil de ser movimentado, sendo mais fácil transportar
equipamentos, homens e componentes até o material imobilizado.
É o caso típico de montagem de grandes máquinas, montagem de navios etc.

PRODUTOS
↙ ↘

FERRAMENTAS ↑ PEÇAS

OPERÁRIOS / EQUIPAMENTOS

Arranjo linear ou por produto:


O layout em linha tem uma disposição fixa orientada para o produto.
Os postos de trabalho (máquinas bancadas) são colocados na mesma sequência
de operações que o produto sofrerá.
Quando o volume se torna muito grande, especialmente na linha de montagem,
ele é chamado de produto em massa.
Esta é a solução ideal quando se tem apenas um produto ou produtos similares,
fabricado em grande quantidade e o processo é relativamente simples.

MATERIA → Tornos → Serras → Furadeiras → PL PRODUTO


PRIMA ACABADO

Arranjo funcional ou por processo:


No layout funcional, máquinas-ferramentas são agrupadas funcionalmente de
acordo com o tipo geral de processos de manufatura, tornos em um departamento,
furadeiras em outro, serras em outro e assim por diante, ou seja, o material se
movimenta através das áreas ou departamentos.
Este tipo de arranjo é adotado geralmente quando há variedade nos produtos e
pequena demanda.
É o caso de fabricação de tecidos e roupas ou oficinas de manutenção.
A vantagem desse tipo de layout é a sua capacidade de fazer uma variedade de
produtos.

Serra – Torno Torno – Serra Furadeira – Torno


Plaina – Furadeira Furadeira – Plaina Serra – Plaina
CÉLULA – 1 CÉLULA – 2 CÉLULA – 3

Fatores a serem estudados na elaboração do arranjo físico:


Ao se elaborar um arranjo físico, os principais fatores a serem estudados são:
material; máquinas; mão-de-obra; movimentação e armazenamento.

Material:
São considerados todos os materiais que são processados e manipulados no setor
– matéria-prima, material em processo, produto final, embalagem etc.

Máquinas:
Leva-se em conta todos os equipamentos utilizados na produção, na manutenção
e no transporte.
Lista-se informações sobre:
- Identificação do equipamento;
- Dimensões e peso;
- Áreas necessárias para operação e manutenção;
- Suprimento de energia elétrica, gás, água, ar comprimido, vapor etc.;
- Possibilidade de desmontagens das máquinas;
Deverão ser estudados:
- Dimensionamento da área necessária visando diminuir acidentes e
movimentação do operador;
- Posicionamento do equipamento em função do processo, tipo de equipamento
(ruído, periculosidade).

Mão-de-obra:
Inclui todo o pessoal direto e indireto da fábrica, observando-se as áreas
necessárias para o desenvolvimento do trabalho de cada elemento.
Deve-se:
- Obter todas as informações sobre as condições de trabalho (iluminação,
barulho, limpeza, ventilação) e do pessoal necessário (qualificação, quantidade, sexo);
- Dimensionar o banheiro, vestuário, restaurante, bebedouros em função do
número de pessoas;
- Posicionar o banheiro, vestuário etc. em função do fluxo de pessoas;

Movimentação:
Este é um dos principais fatores na elaboração do arranjo físico.
Deverão ser analisados:
- Percurso seguido pelo material, máquinas e pessoal com as especificações das
distâncias;
- Tipos de transportes usados;
- Espaço existente para a movimentação;
- Dimensionamento da largura do corredor em função dos equipamentos, meio
de transporte, etc.;
-Segurança dos funcionários e visitantes;
- Acesso aos meios de combate de incêndio, meios auxiliares etc.

Armazenamento:
Considera-se no armazenamento todos os materiais, inclusive aqueles em
processo (esperas intermediárias existentes antes de uma dada operação) nos seguintes
aspectos: localização; dimensões e métodos de armazenagem.
Deverão ser estudados:
- Dimensionamento em função do material;
- Dimensionamento dos corredores do depósito;
- Diminuição da estocagem em processo;
- Distância das prateleiras com paredes etc.;

Unidades típicas de uma indústria:


Interligação das unidades:
O estudo do arranjo físico das edificações de uma indústria dá origem a planta
de locação geral, relacionando as várias unidades de produção entre si e vinculando-as
com as unidades auxiliares, administrativas e sociais com vias de circulação, pátios de
estacionamentos etc.
A interligação de todas essas unidades deve obedecer a uma série de premissas,
normas e recomendações que permitem estabelecer qual a localização mais compatível
com as funções que a mesma deve desempenhar e quais as restrições impostas por
outras unidades sobre esse desempenho.
Por exemplo: uma caldeira deverá estar próxima dos pontos principais de
consumo de vapor, não deve ser justaposta a um almoxarifado nem a uma unidade
administrativa.
As unidades são divididas em três grandes grupos:
- Unidades de produção e instalações auxiliares;
- Unidades administrativas e sociais;
- Áreas externas e outras unidades.

Unidades de produção e instalações auxiliares:


1 – Almoxarifado e área de armazenagem
As áreas de armazenamento servem para guardar os materiais comprados e
controlar a utilização dos mesmos, liberando assim, na medida em que forem solicitados
por meio de requerimento.
Podem estar localizados em áreas isoladas ou adjacentes da indústria e não
devem estar presentes em áreas de passagem entre outras unidades.
O movimento de carga e descarga junto aos grandes almoxarifados pode se
constituir em um inconveniente à proximidade de áreas administrativas e assistenciais,
laboratórios e outras atividades afins.
Para reduzir o tempo de transporte entre áreas, devem ser localizadas próximas
aos pontos de utilização dos itens estocados e da oficina de manutenção. Materiais
perigosos que podem oferecer riscos de acidentes devem ser estocados isoladamente da
indústria de maneira segura que não demonstre aos funcionários nenhum perigo.
Na elaboração do arranjo físico dos almoxarifados e de outras áreas de
estocagem é importante levar em conta os seguintes pontos:
a) Os itens de maior rotatividade ou de grande peso ou volume
devem ter sua localização mais próxima das áreas de recepção ou de expedição;
b) Os corredores que devem receber tráfego de empilhadeiras não
devem ter largura inferior a 3m;
c) As portas de acesso não devem ter dimensões inferiores a 2,40
x 2,40 m para permitir a passagem de empilhadeiras.

2 - Balanças para veículos


As balanças servem para pesar os veículos que transportam as matérias-
primas e os produtos acabados. Elas servem para se obter a quantidade de material
deixado ou retirado da indústria.
Devem ficar próximo a portaria da empresa, normalmente são instaladas
duas balanças, uma na entrada e outra na saída para não causar transtorno no caso de
reparos e ou manutenção em uma das balanças.

3 - Casa de caldeiras
Caldeiras à vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob
pressão superior à atmosférica.
Estas são destinadas ao aquecimento de outras unidades ou à geração de força
motriz para os processos, utilizando qualquer fonte de energia (geralmente a queima de
combustíveis).
Segundo a Portaria nº 20 de 06/05/1970 do DNSHT (Departamento Nacional de
Segurança e Higiene do Trabalho) qualquer caldeira com capacidade superior a 100kg
de vapor por hora deverá ser instalada na “casa de caldeiras”, sendo que esta deverá
satisfazer os seguintes requisitos:
- Construir prédio separado com materiais resistentes ao fogo, devendo estar
afastado no mínimo 3 m de outras edificações vizinhas, podendo estar anexo a outro
edifício da indústria;
- Ser completamente isolada de locais onde se armazenam ou manipulam
materiais inflamáveis ou explosivos;
- Não deverá estar sendo utilizada para qualquer outra finalidade com exceção
de compressores;
-Dispor de saídas amplas e permanentemente desobstruídas;
-Acesso fácil aos dispositivos de segurança, reguladores de alimentação e
demais acessórios necessários à operação.

4 - Castelo d’água ou Reservatórios de água


É constituído de uma torre com uma grande caixa d’água na parte superior, onde
fica armazenada água para uso em hidrantes de incêndios, água para o processo e água
para o consumo humano. Os reservatórios devem estar localizados nas elevações do
terreno para que a operação do sistema de abastecimento seja por gravidade.

5 - Central de ar comprimido
É constituída por um conjunto de compressores que levam o ar até as seções
desejadas.
Para minimizar as perdas de carga e o uso de grandes tubulações, a central deve
estar próxima as unidades de maior demanda, em uma área ventilada e com amplas
aberturas. Recomenda-se que a central esteja afastada do setor administrativo devido ao
ruído que este equipamento emite.

6 - Central de ar condicionado
Esta unidade possui equipamentos que captam o ar do meio ambiente retirando
impurezas e umidade, climatizando-o.
Normalmente está próxima da casa de caldeiras ou da central de ar comprimido,
podendo ser localizado no subsolo, na cobertura ou externamente às edificações.

7 - Central de gases industriais


Unidade de armazenamento e fornecimento de gases utilizados no processo
como oxigênio e hidrogênio. A central deve estar localizada longe de fornos, caldeiras e
unidades administrativas, principalmente quando se tratar de gases inflamáveis.
8 - Depósito de líquidos combustíveis e inflamáveis
A armazenagem de inflamáveis nas áreas ocupadas por instalações industriais
exige precauções condizentes com o grau de periculosidade dos produtos e com as
quantidades armazenadas.

9 - Estação de tratamento de água - ETA


É o setor que faz o tratamento de água, retirando os poluentes antes de enviá-la à
utilização.
A instalação da ETA pode ser próxima aos reservatórios de água da indústria e,
caso o suprimento for realizado por adutora própria a ETA pode ser instalada em
qualquer ponto desta.

10 - Estação de tratamento de esgotos – ETE


É a unidade operacional do sistema de esgotamento sanitário que, através de
processos físicos, químicos e biológicos, removem poluentes do esgoto, devolvendo ao
ambiente o efluente tratado de acordo com as normas da legislação ambiental.
O sistema de tratamento dos esgotos deverá processar separadamente os esgotos
sanitários e os efluentes das unidades industriais. Em algumas circunstâncias pode-se
aproximar a ETE da ETA para tratar os resíduos do tratamento da água pela ETA.

11 - Setor de lavagem industrial e instalações de limpeza


Trata-se de inúmeros tipos de lavagem de equipamentos de peças dos
maquinários e industrial para cada situação.
São setores isolados onde requer precauções especiais na sua localização, com
controle da entrada de pessoas para que somente quem trabalhe no setor tenha acesso a
esse local, devido ao fato de serem treinadas para responder em possibilidade de
contaminações e riscos de acidentes.

12 - Laboratórios e postos de inspeção de qualidade


Local onde são realizados os experimentos necessários às certificações de
qualidade dos produtos e das matérias primas, como também o desenvolvimento de
novos produtos. Sua localização deve seguir alguns critérios antes de definir as posições
no espaço físico da unidade, pois depende do tipo de indústria.

13 - Oficina de manutenção
Unidade fundamental para dar agilidade ao processo, como no caso de quando
algum maquinário quebrar ou surgir um problema dentro da fábrica. O conserto dentro
da própria unidade torna a solução mais simples e ágil, oferece confiabilidade aos
equipamentos, melhora a qualidade e pode diminuir desperdícios.
Sua localização deve ser próxima às unidades de maior concentração de
equipamentos e do almoxarifado (para o suprimento de peças de reposição), devendo
permitir o acesso de veículos e equipamentos móveis caso a manutenção tenha que ser
feita na própria oficina.

14 - Sala de Controle
Este setor possui os meios de controle automatizado, com atuação em uma
determinada instalação, devendo estar localizado próximo a esta.
15 – Subestação
É responsável pelo fornecimento de energia elétrica às outras unidades da
indústria. Sua localização é próxima aos pontos de consumo respeitando as questões de
segurança.

Unidades Administrativas e Sociais:


1 - Ambulatórios e Postos de Socorro de Acidentados
Empresas com mais de 100 empregados devem possuir um ambulatório de fácil
acesso, livre de contaminantes.

2 - Auditório
Se o auditório for para fins de treinamento do pessoal da indústria, este deverá
ser localizado junto ao complexo formado pelos laboratórios de pesquisa e por outros
locais de assistência profissional e cultural ao funcionário, tais como biblioteca e salas
de recreação.
Se a finalidade do auditório for de reunir clientes, representantes comerciais,
visitantes, a localização mais recomendada será junto aos órgãos de administração
central. O local deve ter acesso direto da portaria, evitando a circulação pelas áreas
industriais.

3 - Instalações Sanitárias
As instalações devem ser separadas por sexo e não podem se comunicar
diretamente aos locais destinados às refeições.

4 – Vestiários
Todos os estabelecimentos industriais em que a atividade exija troca de roupa ou
seja imposto o uso de uniforme, haverá local apropriado para vestiário dotado de
armários individuais, observada a separação de sexos.

Áreas externas e outras unidades:


1 – Estacionamento
É um local onde se deve ter um controle rigoroso da entrada e saída de veículos
na empresa.

2 - Portaria e Recepção
Controlam o fluxo de funcionários, materiais e veículos que entram e saem da
indústria.

3 - Pátio de Armazenagem
É no pátio de armazenagem que se formam lotes dos produtos para o seu
posterior embarque. É necessário que ele ocupe uma área plana e com boa drenagem.

4 - Ponto de Controle
Os pontos de controle podem ser centralizados. Nesse caso, os relógios estão
situados próximo à portaria e podem ser distribuídos pelas várias unidades de instalação
da indústria (aplicado a empresas de maior porte), geralmente próximos da entrada,
saída, refeitório e vestiários.

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