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CONCURSO COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA –

CONDER 2013 - APOSTILA DIGITAL EDUC LINE

CONHECIMENTOS BÁSICOS (NÍVEL SUPERIOR)

RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO:
1. Lógica: proposições, valor-verdade negação, conjunção, disjunção, implicação, equivalência,
proposições compostas. 2. Equivalências lógicas. 3. Problemas de raciocínio: deduzir informações de
relações arbitrárias entre objetos, lugares, pessoas e/ou eventos fictícios dados. 4. Diagramas lógicos,
tabelas e gráficos. 5. Conjuntos e suas operações. 6. Números naturais, inteiros, racionais, reais e suas
operações. Representação na reta. 7. Unidades de medida: distância, massa e tempo. 8. Representação
de pontos no plano cartesiano. 9. Álgebra básica: equações, sistemas e problemas do primeiro grau. 10.
Porcentagem e proporcionalidade direta e inversa. 11. Sequências, reconhecimento de padrões,
progressões aritmética e geométrica. 12. Juros. 13. Geometria básica: distâncias e ângulos, polígonos,
circunferência, perímetro e área. 14. Semelhança e relações métricas no triângulo retângulo. 15.
Medidas de comprimento, área, volume. 16. Princípios de contagem e noção de probabilidade.

1. Lógica: proposições, valor-verdade negação, conjunção,


disjunção, implicação, equivalência, proposições compostas.

PROPOSIÇÃO

Denomina-se proposição a toda frase declarativa, expressa em palavras ou símbolos, que exprima um
juízo ao qual se possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois valores lógicos possíveis:
verdadeiro ou falso.

São exemplos de proposições as seguintes sentenças declarativas:

A capital do Brasil é Brasília.


23 > 10
Existe um número ímpar menor que dois.
João foi ao cinema ou ao teatro.

Não são proposições:

1) frases interrogativas: “Qual é o seu nome?”


2) frases exclamativas: “Que linda é essa mulher!”
3) frases imperativas: “Estude mais.”
4) frases optativas: “Deus te acompanhe.”
5) frases sem verbo: “O caderno de Maria.”
6) sentenças abertas (o valor lógico da sentença depende do valor (do nome) atribuído a variável):

“x é maior que 2”; “x+y = 10”; “Z é a capital do Chile”.

A lógica matemática se assenta em dois princípios fundamentais:


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Princípio da não contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo;
Princípio do terceiro excluído: Toda proposição ou é verdadeira ou falsa, excluindo-se qualquer outro
valor.

Somente às sentenças declarativas pode-se atribuir valores de verdadeiro ou falso, que ocorre quando a
sentença é confirmada ou negada, respectivamente. Não se pode atribuir um valor de verdadeiro ou
falso às demais formas de sentenças como as interrogativas, as exclamativas e outras, embora elas
também expressem pensamentos ou juízos.

As proposições classificam-se em simples ou atômicas e compostas ou moleculares.

Proposição simples — É um pensamento

 singular sem integrar qualquer outra proposição.


Exemplos:
 Antônio é estudante.
 José é solteiro.

 Proposição composta — É formada pela combinação de duas ou mais proposições simples.


Exemplos:
 Maria é professora e Pedro é mecânico.
 Se o carro é novo, então está em boa condição de uso.

As proposições simples são geralmente designadas pelas letras minúsculas p, q, r, s, ... e as compostas
pelas letras maiúsculas P, Q, R, S, ...

Conectivos e valores lógicos

Conectivos: (Termos usados para formar novas proposições a partir de outras existentes.)
"e", "ou", "não", "se... então... ", "se e somente se ..."
Valores lógicos das proposições: Verdade (V) e Falsidade (F).

Tabelas verdade

A Tabela verdade é um instrumento usado para determinar os valores lógicos das proposições
compostas, a partir de atribuições de todos os possíveis valores lógicos das proposições simples
componentes.

A primeira das tabelas abaixo apresenta duas proposições simples: p e q e a segunda, três proposições
simples: p, q e r. As células de ambas as tabelas são preenchidas com valores lógicos V e F, de modo a
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esgotar todas as possíveis combinações. O número de linhas da tabela pode ser previsto efetuando o
cálculo: 2 elevado ao número de proposições simples.

Nos exemplos abaixo tem-se 22 = 4 linhas e 23 = 8 linhas.

p q p q r
V V V V V
V F V V F
F V V F V
F F V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Valor lógico da proposição

Notação: O valor lógico de uma proposição simples indica-se por V(p) e composta por V(P) (letra
maiúscula).

Exemplos de proposições simples: p : um triângulo têm três lados.


q : Blumenau é um país.
V(p) = V V(q) = F (Lê-se valor lógico de p é igual a V (verdadeiro) e de q é igual a F (falso))

Exemplo de proposição composta: p : o sol é uma estrela ou


q : a terra é uma estrela.
P(p,q) = p v q V(P) = V (O símbolo "v" representa o conectivo "ou" visto abaixo)

Operações lógicas

Os valores lógicos das proposições são definidos pelas tabelas descritas em cada operação a seguir.

Negação (~) "~p" lê-se "não p".


Exemplo:
p : Joana é bonita p ~p
~p : Joana não é bonita
V F
ou ~p : Não é verdade que Joana é bonita
F V
ou ~p : É falso que Joana é bonita
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Conjunção (^) "p ^ q" lê-se "p e q".


Exemplo:
p : A neve é branca (V) p q p^q
q : 2 < 5 (V) V V V
p ^ q : A neve é branca e 2 < 5 (V) V F F
Representação: F V F
V(p ^ q) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V
F F F
Leitura:
Valor lógico de (p e q) é igual a ou, de outro modo, valor lógico de (p) e valor lógico de(q) é igual a ou
resulta em verdade e verdade que é igual a verdade.

Disjunção (v) "p v q" lê-se "p ou q".


Exemplo:
p : Blumenau é a capital de SC (F) p q pvq
q : 5/7 é uma fração própria (V) V V V
p v q : Blumenau é a capital de SC ou 5/7 é uma V F V
fração própria (V) F V V
F F F
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V

Disjunção exclusiva (v) "p v q" lê-se "ou p ou q", mas não ambos ou ainda "ou exclusivo".

p q pvq
O valor lógico é Falso(F)
V V F
quando p e q são ambas
V F V
verdadeiras ou ambas
F V V falsas.
F F F
Exemplo:
P : Carlos é médico ou professor
Q : Antônio é catarinense ou gaúcho.
Na proposição composta P pelo menos uma das proposições simples é verdadeira, podendo ser
ambas verdadeiras. ("ou" inclusivo).
Na proposição composta Q apenas uma das proposições é verdadeira. ("ou" exclusivo).

Condicional (—>) "p —> q" lê-se "se p então q" ("—>" símbolo de implicação).

p q p —> q O valor lógico é


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V V V Falso(F) no caso
V F F em que p é verdadeira
F V V e q é falsa.
F F V
Exemplo:
p : A terra é uma estrela (F)
q : O ano tem nove meses (F)
p —> q : Se a terra é uma estrela, então o ano tem nove meses (V)

V(p —> q) = V(p) —> V(q) = F —> F = V

Bicondicional (<—>) "p <—> q" lê-se "p se e somente se q".

p q p <–> q Uma bicondicional é verdadeira


V V V somente quando ambas proposições
V F F são verdadeiras ou ambas falsas.
F V F (p é condição necessária e
F F V suficiente para q ou q é condição
necessária e suficiente para p).
Exemplo:
p : A terra é plana (F)
q : 10 é um número primo (F)
p <—> q : A terra é plana se e somente se 10 for um número primo (V)

V(p <—> q) = V(p) <—> V(q) = F <—> F = V

Construção de tabelas verdade

a) Construir a tabela verdade da seguinte proposição: P(p,q) = ~(p ^ ~q).


Solução:
p q ~q p ^ ~q ~(p ^ ~q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V
Procedimento:

Para determinar os valores lógicos de uma proposição composta, deve-se antes relacionar em colunas
as proposições simples envolvidas e dar a elas todos os valores lógicos combinados, podendo seguir a
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ordem na qual se começa estabelecendo na primeira linha o valor lógico Verdade para todas as
variáveis, na segunda linha repete-se os valores, exceto para coluna mais a direita que recebe o valor
lógico F e, assim, seguir alternando os valores até especificar na última linha o valor F para todas as
proposições simples.

No exemplo acima, inicialmente, foram colunadas as proposições simples p e q e determinados todos


os valores lógicos. Em seguida, foi criada a próxima coluna ~q e definidos seus valores, aplicando a
operação de negação ou inversão com base nos valores da coluna q.

O passo seguinte foi abrir a coluna p ^ ~q e determinar seus valores, efetuando a operação de
conjunção considerando os valores das colunas p e ~q. No próximo e último passo criou-se a coluna
~(p ^ ~q) e estabelecidos seus valores, negando ou invertendo o conteúdo da coluna anterior.

Formas de indicar o resultado da proposição composta da tabela acima:

P(VV) = V, P(VF) = F, P(FV) = V, P(FF) = V ou P(VV, VF, FV, FF) = VFVV

b) Construir a tabela verdade da proposição: P(p,q,r) = p v ~r —> q ^ ~r.


Solução:
p q r ~r p v ~r q ^ ~r p v ~r —> q ^ ~r
V V V V V F F
V V F V V V V
V F V F V F F
V F F V V F F
F V V F F F V
F V F V V V V
F F V F F F V
F F F V V F F

A tabela verdade desenvolvida acima precisou de oito linhas (2 3) para dispor todos seus valores
lógicos, uma vez que a proposição composta envolve tres proposições simples: p, q e r.

Ordem de precedência dos conectivos:

A precedência é o critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de
uma expressão qualquer. A lógica matemática prioriza as operações de acordo com a ordem listadas
abaixo.
1) ~ 2) ^ e v 3) —> 4) <—>.

Parênteses podem ser utilizados para determinar uma forma específica de avaliação de uma proposição.
A proposição p —> q <—> s ^ r, por exemplo, é bicondicional e nunca uma condicional ou uma
conjunção. Para convertê-la numa condicional deve-se usar parênteses: p —> (q <—> s ^ r).
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Tautologia, contradição e contingência

Tautologia - proposição composta cuja última coluna de sua tabela verdade encerra somente a letra
V(verdade). Exemplo: p v ~(p ^ q).

Contradição - proposição composta cuja última coluna de sua tabela verdade encerra somente a letra
F(falsidade). Exemplo: (p ^ q) ^ ~(p v q).

Contingência - proposição composta cuja última coluna de sua tabela verdade figuram as letras V e F
cada uma pelo menos uma vez. Exemplo: p v q —> p.

Equivalência

Uma proposição P(p, q, r, ...) é equivalente a uma proposição Q(p, q, r, ...) se as tabelas verdade dessas
duas proposições são idênticas.

Notação: P(p, q, r, ...) <==> Q(p, q, r, ...).

Exemplo: A condicional "p —> q" e a disjunção "~p v q" são equivalentes como expõe sua tabela
verdade:

p q p —> q ~p ~p v q
V V V F V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

Equivalência: p—> q <==> ~p v q

Proposições associadas a uma condicional

Proposição recíproca de p —> q : q —> p


Proposição contrária de p —> q : ~p —> ~q
Proposição contrapositiva de p —> q : ~q —> ~p
p q p —> q q —> p ~p —> ~q ~q —> ~p
V V V V V V
V F F V V F
F V V F F V
F F V V V V

Equivalências: p —> q <==> ~q —> ~p e q —> p <==> ~p —> ~q


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A condicional (p —> q) é equivalente a sua contrapositiva (~q —> ~p) e a recíproca da condicional (q
—> p) é equivalente à contrária da condicional (~p —> ~q).

Recíproca da condicional

Exemplo:
p —> q : Se triângulo é equilátero, então é isósceles.
A recíproca da condicional é
q —> p : Se triângulo é isósceles, então é equilátero.

(A condicional p —> q é verdadeira (V), mas sua recíproca q –> p é falsa (F)).

Contrapositiva da condicional

Exemplos:
p —> q : Se Carlos é professor, então é pobre.
A contrapositiva é
~q —> ~p : Se Carlos não é pobre, então não é professor.
Portanto, (p —> q <==> ~q —> ~p) (Proposições equivalentes).

p : x é menor que zero


q : x é negativo
q —> p : Se x é negativo,então x é menor que zero.
A contrapositiva é
~p —> ~q : Se x não é menor que zero, então x não é negativo.
Portanto, (q —> p <==> ~p —> ~q) (Proposições equivalentes).

Forma normal das proposições

Uma proposição está na forma normal (FN) quando contém apenas os conectivos ~, ^ e v.
Toda proposição pode ser levada para a forma normal equivalente pela eliminação dos conectivos —>
e <—>.
Exemplos:
p —> q = ~p v q
p <—> q = (~p v q) ^ (p v ~q)
Pode-se comprovar esta afirmação de igualdade acima construindo as respectivas tabelas verdade.
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2. Equivalências lógicas.

Equivalência
Na linguagem escrita utilizam-se sinais elementares (algarismos, sinais de operações, ...) que se
agrupam constituindo expressões que podem ter ou não significado, por exemplo:

x)2(5 não tem significado

5  x  2 já tem significado

As duas principais expressões com significado são:

 Designações, nomes ou termos - representam os seres existente, por exemplo:


23 ; Matemática; 1,2,3,4 e 2  3 5

 Proposições – expressões acerca das quais faz sentido dizer se são verdadeiras ou falsas,
mas não ambas as coisas simultaneamente. Por exemplo:
23  9 ; A Matemática é uma ciência; 2  1,2,3,4; 2  3  5  25

As proposições verificam as regras fundamentais do pensamento lógico que estão expressas nos dois
princípios seguintes:
 Princípio da não contradição: uma proposição não pode ser simultaneamente verdadeira e
falsa;
 Princípio do terceiro excluído: uma proposição é verdadeira ou falsa (verifica-se sempre
uma destas situações e não uma terceira).

Assim, a cada proposição é possível atribuir um e um só dos valores lógicos: verdade (V ou 1) ou


falsidade (F ou 0).
O universo dos valores lógicos é
ℒ  V , F  ou ℒ  0,1

Equivalência de designações e proposições:


 Duas designações são equivalentes ou sinônimas se representam o mesmo ser. Para indicar que dois
termos são equivalentes escreve-se entre eles o sinal = . Por exemplo,
4  5  6  3 , porque 4  5 e 6  3 representam o mesmo número 9.

 Duas proposições dizem-se equivalentes se têm o mesmo valor lógico. Por exemplo,
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1
4  10 : 2  7 5 3
a) é equivalente a
F  2
F 
3  IN 22  4
b) é equivalente a
V  V 

Equivalência material

Dadas duas proposições, p e q, a proposição de equivalência corresponde a dizer “p se e só se q”, e


denota-se por p  q .
A equivalência de p e q será verdadeira se e só se p  q e q  p forem verdadeiras, e falsa caso
contrário, i. e., p  q é verdadeira se p e q têm o mesmo valor lógico e falsa se têm valores lógicos
diferentes.
p  q ou  p  q  q  p

Propriedades
Todas as propriedades seguintes se demonstram, em ℒ , recorrendo a tabelas de verdade.

 Propriedades da conjunção e da disjunção

Propriedades Conjunção Disjunção

Comutativa pq  q p pq  q p

Associativa  p  q  r  p  q  r   p  q  r  p  q  r 
Existência de elemento neutro V  p  p V  p F  p  pF  p

Existência de elemento F  p  pF  F V  p  p V  V


absorvente
Idempotência p p  p p p  p

 Propriedades de ligação da conjunção e da disjunção



- A conjunção é distributiva em relação à disjunção
p  q  r    p  q    p  r 
q  r   p  q  p  r  p
- A disjunção é distributiva em relação à conjunção
p  q  r    p  q    p  r 
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q  r   p  q  p  r  p
 Propriedades da negação

- Dupla negação
 p  p
- Leis de De Morgan
  p  q   p   q
  p  q   p   q

 Propriedades da implicação material

- Relação da implicação com a disjunção


p  q   p q
Esta mesma propriedade permite exprimir uma disjunção numa implicação:
p q   p  q
- Negação da implicação
 p  q  p   q
- Lei da conversão
p q q p
- Transitividade
 p  q  q  r  p  r

 Propriedades da equivalência material

- A equivalência como conjunção de implicações


p  q   p  q   q  p 

- Negação da equivalência
  p  q    p   q   q   p   p  q

Equivalência lógica

Enquanto que a equivalência material (representa-se por  ) trata-se de uma relação entre
proposições, a equivalência lógica é uma relação entre as fórmulas proposicionais f1 e f 2 , e
representa-se por f1  f 2 (lê-se que f1 equivale logicamente f 2 ) . Dizer f1  f 2 significa que f1
e f 2 têm a mesma tabela de verdade.

Nota:
Sejam f1 e f 2 fórmulas proposicionais,
 f1  f 2 e se só se f1  f 2 é uma tautologia
 f1  f 2 e se só se f1  f 2 é uma tautologia
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Regras de inferência

As regras de inferência são tautologias usadas para tirar conclusões do raciocínio lógico.

Regras de inferência:
1. a  b  b   a
2. a  a  b  b
3. a  b   a  b
4.  a  a  a
5. a  a
6. a  b  b  a
7. a  b  a
8. a   a   a   a
9.   a   a

Teorema: O teorema da substituição

Sejam f, g e h fórmulas proposicionais tal que f  h . Então


1.  f  h
2. f  g  h g
3. f g  hg
4. f g hg
5. Sendo ainda g  h , então f  g  h  h

Quantificadores

Def.: expressão proposicional ou condição

É uma expressão com variáveis que se transforma numa proposição quando as variáveis são
substituídas por constantes do domínio, em que o domínio é conjunto dos valores das variáveis para os
quais a expressão tem significado no universo considerado.

As condições podem ser classificadas da seguinte forma:

Universais
(quando qualquer concretização das variáveis a
Possíveis
transforma numa proposição verdadeira)
Condições Não universais
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Impossíveis
(quando qualquer concretização das variáveis a transforma numa
proposição falsa)

Exemplo:
A condição 2 x  3  4 é:

 universal quando o universo é IN ;


 impossível quando o universo é IR0 ;
 não universal quando o universo é IR .

Conjunto definido por uma condição numa variável:

O conjunto definido por uma condição px  num dado universo, ou o conjunto de verdade da condição
px  , é o conjunto dos valores do universo que são solução da condição, i. e., os valores que a
transformam numa proposição verdadeira.

Condição Conjunto

Exemplos:

a) Em IN , a condição x  2  3 define o conjunto


x  IN : x  2  3  1, 2, 3, 4
b) Em IR, o conjunto - solução da condição 3x  4  0 é
x  IR : 3x  4  0   4 ,  
3 

Quantificador universal
Consideremos o conjunto

C  2,3,5,7
e a proposição

2 é primo  3 é primo  5 é primo  7 é primo

Podemos então afirmar que em C, x é primo é uma condição universal.


Esta expressão pode escrever-se na seguinte forma abreviada
x é primo, x  C
O símbolo  lê-se qualquer que seja ou para todo o, e dá-se-lhe o nome de quantificador universal.
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Em geral, o símbolo  seguido da variável da condição escreve-se antes da expressão quantificada e


separado desta por uma vírgula ou por dois pontos ou pode-se ainda escrever a variável em índice do
quantificador ou pode-se ainda escrever o quantificador depois da expressão separado dela por uma
vírgula.

Exemplos:

2) x  IR : x 2  0
3) n  IN : n  1  n
1
4) y  1 , y 
y
5) a  IN : a  1

6) x  12  x 2  2 x  1 , x  IR

7)  xIR x 2  0

Quantificador de existência

Consideremos novamente o conjunto


C  2,3,5,7
e a proposição
2 é par  3 é par  5 é par  7 é par
Podemos então afirmar que em C, x é par é uma condição possível.
Esta expressão pode escrever-se na seguinte forma abreviada
 x  C : x é par
O símbolo  lê-se existe pelo menos um, e dá-se-lhe o nome de quantificador de existência.

O quantificador de existência é um operador que transforma uma condição numa proposição que é
verdadeira ou falsa consoante a condição é possível ou não.

As convenções sobre o uso do símbolo  são as mesmas que referimos anteriormente para  , com a
diferença que o quantificador de existência não pode escrever-se depois da condição quantificadora.

Observações:

1. Quando numa expressão figuram dois quantificadores do mesmo tipo podemos trocar a ordem
dos quantificadores que obtemos a mesma proposição.
Exemplo:

 xIR  yIR , x 2  y 2  x  y x  y 


pode também escrever-se da forma
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 yIR  xIR , x 2  y 2  x  y x  y 


que se pode escrever, mais simplesmente, da forma
 x, yIR , x 2  y 2  x  y x  y 

2. Se trocarmos a ordem dos quantificadores diferentes obtemos proposições diferentes, embora


possam ter o mesmo valor lógico.

Exemplo:
 xZ  yZ : y  x
lê-se que: dado um número inteiro qualquer há sempre pelo menos um número inteiro menor do que ele
(proposição verdadeira)
se escrevermos
 yZ  xZ : y  x
lê-se que: existe pelo menos um inteiro que é menor que todos os outros (proposição falsa)
Como se pode verificar as duas proposições têm significados diferentes.

Negação dos quantificadores


 Negar uma condição universal é o mesmo que afirmar que há pelo menos um elemento
(do domínio) que não a verifica, i. e.,
  x :   x :  
(a negação transforma o quantificador universal no quantificador de existência, seguido da negação)

Exemplo:
 
  xIR : x 2  0   xIR : x 2  0

 A negação transforma o quantificador de existência no quantificador universal, seguido


da negação, i. e.,
  x :   x :  
Exemplo:
 nIN : n  1  nIN : n  1

Às propriedades
  x :   x :  
e
  x :   x :  
dá-se o nome de segundas leis de De Morgan.

Quantificador de existência e unicidade


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O quantificador de existência  quando é aplicado a uma condição estamos a afirmar que ela é
possível, i. e., existe pelo menos uma solução. Então a condição pode ter uma única solução ou mais
do que uma, podendo mesmo admitir, como soluções, todos os elementos do domínio. Há, no entanto,
situações que pretendemos afirmar que a condição é possível e tem solução única, i. e., existe um e um
só elemento do domínio que a verifica.

Exemplo:
A equação x  1  0 tem solução única em IR, o que quer dizer que
existe um e um só número real x tal que x  1  0
que pode ser traduzido simbolicamente por
1 x  IR : x  1  0

O símbolo 1 lê-se existe um e um só e dá-se-lhe o nome de quantificador de existência e unicidade.

Observação:
Se a proposição do tipo 1 x : ax  é verdadeira, também o é a proposição x : ax  ; no entanto, a
implicação recíproca não é, em geral, verdadeira.

3. Problemas de raciocínio: deduzir informações de relações


arbitrárias entre objetos, lugares, pessoas e/ou eventos fictícios
dados.
A Construção do conhecimento lógico matemático começou quando o homem deu
conta das relações quantitativas que podiam ser estabelecidas entre os objetos, levando em
consideração um conjunto de suas características, como “forma” e “tamanho”. Daí surgiu a
Matemática, elaborada de acordo com o modo que os homens resolviam problemas
surgidos no cotidiano.

Lidar com quantidades exige do sujeito certas forma de raciocínio lógico, conectadas
com o desenvolvimento do conceito de número e das relações entre números.

O construtivismo coloca que os alunos não podem aprender bem a matemática através
de exercícios impostos, toneladas de teoremas e conceitos, onde a passividade mental e
obediência bloqueiam o raciocínio e a criatividade, tornado a matemática desinteressante e
maçante, não atendendo suas perspectivas futuras.

Raciocínio Lógico I

1) Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se, também, que todo B é C. Segue-se,
portanto, necessariamente que
a) todo C é B
b) todo C é A
c) algum A é C
d) nada que não seja C é A
e) algum A não é C
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2) Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são conjuntos não vazios):


Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido em P"
Premissa 2: "X não está contido em P"
Pode-se, então, concluir que, necessariamente
a) Y está contido em Z
b) X está contido em Z
c) Y está contido em Z ou em P
d) X não está contido nem em P nem em Y
e) X não está contido nem em Y e nem em Z

3) Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam sentar-se, os cinco, lado a lado, na
mesma fila. O número de maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos de modo que as
duas moças fiquem juntas, uma ao lado da outra, é igual a
a) 2
b) 4
c) 24
d) 48
e) 120

4) De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados em Francês, 110 em Inglês e 40 não estão
matriculados nem em Inglês nem em Francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos 200 estudantes. A
probabilidade de que o estudante selecionado esteja matriculado em pelo menos uma dessas disciplinas
(isto é, em Inglês ou em Francês) é igual a
a) 30/200
b) 130/200
c) 150/200
d) 160/200
e) 190/200

5) Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz e
Camile. Ana, por ser a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais meia barra. Após Ana
ter recebido sua parte, Beatriz recebeu a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile o
restante da herança, igual a uma barra e meia. Assim, o número de barras de ouro que Ana recebeu foi:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

6) Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre verdadeira, independentemente da


verdade dos termos que a compõem. Um exemplo de tautologia é:
a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo
b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo
c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é gordo
d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e Guilherme é gordo
e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo

7) Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária para a ocorrência de C e condição


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suficiente para a ocorrência de D. Sabe-se, também, que a ocorrência de D é condição necessária e


suficiente para a ocorrência de A. Assim, quando C ocorre,
a) D ocorre e B não ocorre
b) D não ocorre ou A não ocorre
c) B e A ocorrem
d) nem B nem D ocorrem
e) B não ocorre ou A não ocorre

8) Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou Alberto é alemão, ou Egídio é


espanhol. Se Pedro não é português, então Frederico é francês. Ora, nem Egídio é espanhol nem Isaura
é italiana. Logo:
a) Pedro é português e Frederico é francês
b) Pedro é português e Alberto é alemão
c) Pedro não é português e Alberto é alemão
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês
e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês

9) Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática. Se Helena estuda Filosofia, então Jorge
estuda Medicina. Ora, Luís estuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo, segue-se necessariamente
que:
a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina
b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina
c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Medicina
d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática
e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia

10) Maria tem três carros:


um Gol, um Corsa e um Fiesta.
Um dos carros é branco, o outro é preto, e o outro é azul.
Sabe-se que:
1) ou o Gol é branco, ou o Fiesta é branco,
2) ou o Gol é preto, ou o Corsa é azul,
3) ou o Fiesta é azul, ou o Corsa é azul,
4) ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto. Portanto, as cores do Gol, do Corsa e do Fiesta são,
respectivamente,
a) branco, preto, azul
b) preto, azul, branco
c) azul, branco, preto
d) preto, branco, azul
e) branco, azul, preto

GABARITO

1) C 7) C
2) B 8) B
3) D 9) A
4) D 10) E
5) E
6) A
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Raciocínio Lógico II

01. O economista José Júlio Senna estima que em 1998 o déficit em conta corrente do país será de
US$ 40 bilhões, mas, no próximo ano, devido à redução das importações, esse déficit diminuirá em
US$ 12 bilhões. No entanto, em 1999, o país deverá pagar US$ 29 bilhões em amortizações. Nessas
condições, mesmo supondo que entrem US$ 17 bilhões em investimentos diretos e US$ 15 bilhões
para financiar as importações, ainda faltarão para o país equilibrar suas contas uma quantia em
dólares igual a
a) 1 bilhão
b) 13 bilhões
c) 25 bilhões
d) 29 bilhões
e) 32 bilhões

02. Numa sala estão 100 pessoas, todas elas com menos de 80 anos de idade. É FALSO afirmar que
pelo menos duas dessas pessoas
a) nasceram num mesmo ano.
b) nasceram num mesmo mês.
c) nasceram num mesmo dia da semana.
d) nasceram numa mesma hora do dia.
e) têm 50 anos de idade.

03. Com 1.260 kg de matéria prima uma fábrica pode produzir 1.200 unidades diárias de certo
artigo durante 7 dias. Nessas condições, com 3.780 kg de matéria prima, por quantos dias será
possível sustentar uma produção de 1.800 unidades diárias desse artigo?
a) 14
b) 12
c) 10
d) 9
e) 7

04. Alberto recebeu R$ 3.600,00, mas desse dinheiro deve pagar comissões a Bruno e a Carlos.
Bruno deve receber 50% do que restar após ser descontada a parte de Carlos e este deve receber
20% do que restar após ser descontada a parte de Bruno. Nessas condições, Bruno e Carlos devem
receber, respectivamente,
a) 1.800 e 720 reais.
b) 1.800 e 360 reais.
c) 1.600 e 400 reais.
d) 1.440 e 720 reais.
e) 1.440 e 288 reais.

05. Para entrar na sala da diretoria de uma empresa é preciso abrir dois cadeados. Cada cadeado é
aberto por meio de uma senha. Cada senha é constituída por 3 algarismos distintos. Nessas
condições, o número máximo de tentativas para abrir os cadeados é
a) 518.400
b) 1.440
c) 720
d) 120

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e) 54

06. Somando-se parcelas iguais a 5 ou a 8 é possível obter como resultado quase todos os números
inteiros positivos. Exemplos: 32 = 8 + 8 + 8 + 8; 33 = (5 + 8) + (5 + 5 + 5 + 5).
O maior número que NÃO pode ser obtido dessa maneira é
a) 130
b) 96
c) 29
d) 27
e) 22

07. São lançadas 4 moedas distintas e não viciadas. Qual é a probabilidade de resultar exatamente 2
caras e 2 coroas?
a) 25%
b) 37,5%
c) 42%
d) 44,5%
e) 50%

08. Numa loja de roupas, um terno tinha um preço tão alto que ninguém se interessava em comprá-
lo. O gerente da loja anunciou um des-conto de 10% no preço, mas sem resultado. Por isso,
ofereceu novo desconto de 10%, o que baixou o preço para R$ 648,00. O preço inicial desse terno
era superior ao preço final em
a) R$ 162,00
b) R$ 152,00
c) R$ 132,45
d) R$ 71,28
e) R$ 64,00

09. Numa ilha há apenas dois tipos de pessoas: as que sempre falam a verdade e as que sempre
mentem. Um explorador contrata um ilhéu chamado X para servir-lhe de intérprete. Ambos
encontram outro ilhéu, chamado Y, e o explorador lhe pergunta se ele fala a verdade. Ele responde
na sua língua e o intérprete diz - Ele disse que sim, mas ele pertence ao grupo dos mentirosos.
Dessa situação é correto concluir que
a) Y fala a verdade.
b) a resposta de Y foi NÃO.
c) ambos falam a verdade.
d) ambos mentem.
e) X fala a verdade.

10. Se 1 hectare corresponde à área de um quadrado com 100 m de lado, então expressando-se a
área de 3,6 hectares em quilômetros quadrados obtém-se
a) 3.600
b) 36
c) 0,36
d) 0,036
e) 0,0036

11. Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se, também, que todo B é C. Segue-se,
portanto, necessariamente que

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a) todo C é B
b) todo C é A
c) algum A é C
d) nada que não seja C é A
e) algum A não é C

12. Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são conjuntos não vazios):

Premissa 1: ''X está contido em Y e em Z, ou X está contido em P''

Premissa 2: ''X não está contido em P''


Pode-se, então, concluir que, necessariamente

a) Y está contido em Z
b) X está contido em Z
c) Y está contido em Z ou em P
d) X não está contido nem em P nem em Y
e) X não está contido nem em Y e nem em Z

13. Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é florido, então o passarinho não canta.
Ora, o passarinho canta. Logo:
a) jardim é florido e o gato mia
b) jardim é florido e o gato não mia
c) jardim não é florido e o gato mia
d) jardim não é florido e o gato não mia
e) se o passarinho canta, então o gato não mia

14. Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de um grupo de cinco suspeitos:
Armando, Celso, Edu, Juarez e Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um deles
respondeu:
Armando: ''Sou inocente''
Celso: ''Edu é o culpado''
Edu: ''Tarso é o culpado''
Juarez: ''Armando disse a verdade''
Tarso: ''Celso mentiu''
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que todos os outros disseram a verdade, pode-se
concluir que o culpado é:
a) Armando
b) Celso
c) Edu
d) Juarez
e) Tarso

15. Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma
fila. O número de maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos de modo que as duas
moças fiquem juntas, uma ao lado da outra, é igual a
a) 2
b) 4
c) 24
d) 48

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e) 120

16. De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados em Francês, 110 em Inglês e 40 não
estão matriculados nem em Inglês nem em Francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos 200 estudantes.
A probabilidade de que o estudante selecionado esteja matriculado em pelo menos uma dessas
disciplinas (isto é, em Inglês ou em Francês) é igual a
a) 30/200
b) 130/200
c) 150/200
d) 160/200
e) 190/200

17. Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz
e Camile. Ana, por ser a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais meia barra. Após
Ana ter recebido sua parte, Beatriz recebeu a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a
Camile o restante da herança, igual a uma barra e meia. Assim, o número de barras de ouro que Ana
recebeu foi:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

18. Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre verdadeira, independentemente da verdade
dos termos que a compõem. Um exemplo de tautologia é:
a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo
b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo
c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é gordo
d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e Guilherme é gordo
e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo

19. Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária para a ocorrência de C e condição


suficiente para a ocorrência de D. Sabe-se, também, que a ocorrência de D é condição necessária e
suficiente para a ocorrência de A. Assim, quando C ocorre,
a) D ocorre e B não ocorre
b) D não ocorre ou A não ocorre
c) B e A ocorrem
d) nem B nem D ocorrem
e) B não ocorre ou A não ocorre

20. Dizer que ''Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista'' é, do ponto de vista lógico, o mesmo que
dizer que:
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista
e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista

GABARITO

22
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01-C | 02-E | 03-A | 04-C | 05-B


06-D | 07-B | 08-B | 09-E | 10-D
11-C | 12-B | 13-C | 14-E | 15-D
16-D | 17-E | 18-A | 19-C | 20-A

Raciocínio Lógico III

01. Com a promulgação de uma nova lei, um determinado concurso deixou de ser realizado por
meio de provas, passando a análise curricular a ser o único material para aprovação dos candidatos.
Neste caso, todos os candidatos seriam aceitos, caso preenchessem e entregas-sem a ficha de
inscrição e tivessem curso superior, a não ser que não tivessem nascido no Brasil e/ou tivessem
idade superior a 35 anos.
José preencheu e entregou a ficha de inscrição e possuía curso superior, mas não passou no
concurso.
Considerando o texto acima e suas restrições, qual das alternativas abaixo, caso verdadeira, criaria
uma contradição com a desclassificação de José ?
a) José tem menos de 35 anos e preencheu a ficha de inscrição corretamente.
b) José tem mais de 35 anos, mas nasceu no Brasil.
c) José tem menos de 35 anos e curso superior completo.
d) José tem menos de 35 anos e nasceu no Brasil.

02. Uma rede de concessionárias vende somente carros com motor 1.0 e 2.0. Todas as lojas da rede
vendem carros com a opção dos dois motores, oferecendo, também, uma ampla gama de opcionais.
Quando comprados na loja matriz, carros com motor 1.0 possuem somente ar-condicionado, e
carros com motor 2.0 têm sempre ar-condicionado e direção hidráulica. O Sr. Asdrubal comprou
um carro com ar-condicionado e direção hidráulica em uma loja da rede.
Considerando-se verdadeiras as condições do texto acima, qual das alternativas abaixo precisa ser
verdadeira quanto ao carro comprado pelo Sr. Asdrubal?
a) Caso seja um carro com motor 2.0, a compra não foi realizada na loja matriz da rede.
b) Caso tenha sido comprado na loja matriz, é um carro com motor 2.0.
c) É um carro com motor 2.0 e o Sr. Asdrubal não o comprou na loja matriz.
d) Sr. Antônio comprou, com certeza, um carro com motor 2.0.

03. Em uma viagem de automóvel, dois amigos partem com seus carros de um mesmo ponto na
cidade de São Paulo. O destino final é Maceió, em Alagoas, e o trajeto a ser percorrido também é o
mesmo para os dois. Durante a viagem eles fazem dez paradas em postos de gasolina para
reabastecimento dos tanques de gasolina. Na décima parada, ou seja, a última antes de atingirem o
objetivo comum, a média de consumo dos dois carros é exatamente a mesma. Considerando que
amanhã os dois sairão ao mesmo tempo e percorrerão o último trecho da viagem até o mesmo ponto
na cidade de Maceió, podemos afirmar que:
I - Um poderá chegar antes do outro e, mesmo assim manterão a mesma média de consumo.
II - Os dois poderão chegar ao mesmo tempo e, mesmo assim manterão a mesma média de
consumo.
III - O tempo de viagem e o consumo de combustível entre a paradas pode ter sido diferente para os
dois carros.
a) Somente a hipótese (I) está correta.
b) Somente a hipótese (II) está correta.

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c) Somente a hipótese (III) está correta.


d) As hipóteses (I), (II) e (III) estão corretas.

04. Vislumbrando uma oportunidade na empresa em que trabalha, o Sr. Joaquim convidou seu chefe
para jantar em sua casa. Ele preparou, junto com sua esposa, o jantar perfeito que seria servido em
uma mesa retangular de seis lugares - dois lugares de cada um dos lados opostos da mesa e as duas
cabeceiras, as quais ficariam vazias. No dia do jantar, o Sr. Joaquim é surpreendido pela presença
da filha de seu chefe junto com ele e a esposa, sendo que a mesa que havia preparado esperava
apenas quatro pessoas. Rapidamente a esposa do Sr. Joaquim reorganizou o arranjo e acomodou
mais um prato à mesa e, ao sentarem, ao em vez de as duas cabeceiras ficarem vazias, uma foi
ocupada pelo Sr. Joaquim e a outra pelo seu chefe. Considerando-se que o lugar vago não ficou
perto do Sr. Joaquim, perto de quem, com certeza, estava o lugar vago?
a) Perto do chefe do Sr. Joaquim.
b) Perto da esposa do chefe do Sr. Joaquim.
c) Perto da filha do chefe do Sr. Joaquim.
d) Perto da esposa do Sr. Joaquim.

05. Uma companhia de ônibus realiza viagens entre as cidades de Corumbá e Bonito. Dois ônibus
saem simultaneamente, um de cada cidade, para percorrerem o mesmo trajeto em sentido oposto. O
ônibus 165 sai de Corumbá e percorre o trajeto a uma velocidade de 120 km/h. Enquanto isso, o 175
sai de Bonito e faz a sua viagem a 90 km/h. Considerando que nenhum dos dois realizou nenhuma
parada no trajeto, podemos afirmar que:
I - Quando os dois se cruzarem na estrada, o ônibus 175 estará mais perto de Bonito do que o 165.
II - Quando os dois se cruzarem na estrada, o ônibus 165 terá andado mais tempo do que o 175.
a) Somente a hipótese (I) está errada.
b) Somente a hipótese (II) está errada.
c) Ambas as hipóteses estão erradas.
d) Nenhuma das hipóteses está errada.

06. Stanislaw Ponte Preta disse que ''a prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma
prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento.''.
Considerando que a prosperidade em questão está associada à corrupção, podemos afirmar que esta
declaração está intimamente ligada a todas as alternativas abaixo, EXCETO:
a) nível de corrupção de alguns homens públicos pode ser medido pelo padrão de vida que levam.
b) A luta pelo progresso do subdesenvolvimento do Brasil está indiretamente relacionada à
corrupção dos políticos em questão.
c) A luta pelo progresso do subdesenvolvimento do Brasil está diretamente relacionada à
corrupção dos políticos em questão.
d) progresso de nosso subdesenvolvimento pode ser muito bom para alguns políticos.

07. Em uma empresa, o cargo de chefia só pode ser preenchido por uma pessoa que seja pós-
graduada em administração de empresas. José ocupa um cargo de chefia, mas João não. Partindo
desse princípio, podemos afirmar que:
a) José é pós-graduado em administração de empresas e João também pode ser.
b) José é pós-graduado em administração de empresas, mas João, não.
c) José é pós-graduado em administração de empresas e João também.
d) José pode ser pós-graduado em administração de empresas, mas João, não.

08. Três amigos - Antônio, Benedito e Caetano - adoram passear juntos. O problema é que eles
nunca se entendem quanto ao caminho que deve ser seguido. Sempre que Antônio quer ir para a

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esquerda, Benedito diz que prefere a direita. Já entre Antônio e Caetano, um sempre quer ir para a
esquerda, mas nunca os dois juntos. Fica ainda mais complicado, pois Benedito e Caetano também
nunca querem ir para a direita ao mesmo tempo. Se considerarmos um passeio com várias
bifurcações, o(s) único(s) que pode(m) ter votado esquerda e direita respectivamente, nas duas
últimas bifurcações, é ou são:
a) Antônio.
b) Benedito.
c) Caetano.
d) Antônio e Caetano.

09. Em um concurso para fiscal de rendas, dentre os 50 candidatos de uma sala de provas, 42 são
casados. Levando em consideração que as únicas respostas à pergunta ''estado civil'' são ''casado'' ou
''solteiro'', qual o número mínimo de candidatos dessa sala a que deveríamos fazer essa pergunta
para obtermos, com certeza, dois representantes do grupo de solteiros ou do grupo de casados?
a) 03
b) 09
c) 21
d) 26

10. Em uma viagem ecológica foram realizadas três caminhadas. Todos aqueles que participaram
das três caminhadas tinham um espírito realmente ecológico, assim como todos os que tinham um
espírito realmente ecológico participaram das três caminhadas. Nesse sentido, podemos concluir
que:
a) Carlos participou de duas das três caminhadas, mas pode ter um espírito realmente ecológico.
b) Como Pedro não participou de nenhuma das três caminhadas ele, é antiecológico.
c) Aqueles que não participaram das três caminhadas não têm um espírito realmente ecológico.
d) Apesar de ter participado das três caminhadas, Renata tem um espírito realmente ecológico.

11. O economista José Júlio Senna estima que em 1998 o déficit em conta corrente do país será de
US$ 40 bilhões, mas, no próximo ano, devido à redução das importações, esse déficit diminuirá em
US$ 12 bilhões. No entanto, em 1999, o país deverá pagar US$ 29 bilhões em amortizações. Nessas
condições, mesmo supondo que entrem US$ 17 bilhões em investimentos diretos e US$ 15 bilhões
para financiar as importações, ainda faltarão para o país equilibrar suas contas uma quantia em
dólares igual a
a) 32 bilhões
b) 29 bilhões
c) 25 bilhões
d) 13 bilhões
e) 1 bilhão

12. Considere o seguinte texto de jornal:


''O ministro X anunciou um corte de verbas de 2,43 bilhões de dólares, o que corresponde a uma
economia equivalente a 0,3% do PIB.''
Dessa informação deduz-se que o PIB do país, expresso em dólares, é
a) 890 000 000 000
b) 810 000 000 000
c) 128 600 000 000
d) 810 000 000
e) 128 600 000

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13. Numa sala estão 100 pessoas, todas elas com menos de 80 anos de idade. É FALSO afirmar que
pelo menos duas dessas pessoas
a) têm 50 anos de idade.
b) nasceram num mesmo ano.
c) nasceram num mesmo mês.
d) nasceram num mesmo dia da semana.
e) nasceram numa mesma hora do dia.

14. São lançadas 4 moedas distintas e não viciadas. Qual é a probabilidade de resultar exatamente 2
caras e 2 coroas?
a) 50%
b) 44,5%
c) 42%
d) 37,5%
e) 25%

15. Com 1 260 kg de matéria prima uma fábrica pode produzir 1 200 unidades diárias de certo
artigo durante 7 dias. Nessas condições, com 3 780 kg de matéria prima, por quantos dias será
possível sustentar uma produção de 1 800 unidades diárias desse artigo?
a) 7
b) 9
c) 10
d) 12
e) 14

16. Alberto recebeu R$ 3 600,00, mas desse dinheiro deve pagar comissões a Bruno e a Carlos.
Bruno deve receber 50% do que restar após ser descontada a parte de Carlos e este deve receber
20% do que restar após ser descontada a parte de Bruno. Nessas condições, Bruno e Carlos devem
receber, respectivamente,
a) 1 440 e 288 reais.
b) 1 440 e 720 reais.
c) 1 600 e 400 reais.
d) 1 800 e 360 reais.
e) 1 800 e 720 reais.

17. Quatro pessoas querem trocar presentes. O nome de cada pessoa é escrito em um papelzinho e
colocado numa caixa. Depois, cada uma das pessoas sorteia um papelzinho para saber quem ela irá
presentear. A chance de as quatro pessoas sortearem seus próprios nomes é de
a) 1 em 3
b) 2 em 7
c) 1 em 4
d) 1 em 8
e) 1 em 16

18. Somando-se parcelas iguais a 5 ou a 8 é possível obter como resultado quase todos os números
inteiros positivos. Exemplos: 32 = 8 + 8 + 8 + 8; 33 = (5 + 8) + (5 + 5 + 5 + 5).
O maior número que NÃO pode ser obtido dessa maneira é
a) 22
b) 27
c) 29

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d) 96
e) 130

19. Se 1 hectare corresponde à área de um quadrado com 100 m de lado, então expressando-se a
área de 3,6 hectares em quilômetros quadrados obtém-se
a) 0,0036
b) 0,036
c) 0,36
d) 36
e) 3600

20. Um atleta faz um treinamento cuja primeira parte consiste em sair de casa e correr em linha reta
até certo local à velocidade de 12 km/h. Depois, sem intervalo, ele retorna andando a 8 km/h. Se o
tempo gasto nesse treinamento foi exatamente 3 horas, o tempo em que ele correu superou o tempo
em que caminhou em
a) 15 minutos.
b) 22 minutos.
c) 25 minutos.
d) 30 minutos.
e) 36 minutos.

GABARITO

01-D | 02-B | 03-D | 04-A | 05-C


06-B | 07-A | 08-B | 09-A | 10-C
11-D | 12-E | 13-E | 14-A | 15-C
16-B | 17-D | 18-B | 19-B | 20-D

Raciocínio Lógico IV

01 (ESAF/AFTN/96) - Três amigas, Tânia, Janete e Angélica, estão sentadas lado a lado em um
teatro. Tânia sempre fala a verdade; Janete às vezes fala a verdade; Angélica nunca fala a verdade.
A que está sentada à esquerda diz: "Tânia é quem está sentada no meio". A que está sentada no
meio diz: "Eu sou Janete". Finalmente, a que está sentada à direita diz: "Angélica é quem está
sentada no meio". A que está sentada à esquerda, a que está sentada no meio e a que está sentada à
direita são, respectivamente:
a) Janete, Tânia e Angélica
b) Janete, Angélica e Tânia
c) Angélica, Janete e Tânia
d) Angélica, Tânia e Janete
e) Tânia, Angélica e Janete

02 (ESAF/AFTN/96) - José quer ir ao cinema assistir ao filme "Fogo contra Fogo" , mas não tem
certeza se o mesmo está sendo exibido. Seus amigos, Maria, Luís e Júlio têm opiniões discordantes
sobre se o filme está ou não em cartaz. Se Maria estiver certa, então Júlio está enganado. Se Júlio
estiver enganado, então Luís está enganado. Se Luís estiver enganado, então o filme não está sendo
exibido. Ora, ou o filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibido, ou José não irá ao cinema.
Verificou-se que Maria está certa. Logo:
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o filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibido


a) Luís e Júlio não estão enganados
b) Júlio está enganado, mas não Luís
c) Luís está engando, mas não Júlio
d) José não irá ao cinema

03 (ESAF/AFTN/96) - De todos os empregados de uma grande empresa, 30% optaram por realizar
um curso de especialização. Essa empresa tem sua matriz localizada na capital. Possui, também, dua
filiais, uma em Ouro Preto e outra em Montes Claros. Na matriz trabalham 45% dos empregados e
na filial de Ouro Preto trabalham 20% dos empregados. sabendo-se que 20% dos empregados da
capital optaram pela realização do curso e que 35% dos empregados da filial de Ouro Preto também
o fizeram, então a percentagem dos empregados da filial de Montes Claros que não optaram pelo
curso é igual a:
a) 60%
b) 40%
c) 35%
d) 21%
e) 14%

04 (ESAF/AFTN/96) - Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul mentiram. Se Raul mentiu, Lauro
falou a verdade. Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala. Ora, não há um leão feroz
nesta sala. Logo:
a) Nestor e Júlia disseram a verdade
b) Nestor e Lauro mentiram
c) Raul e Lauro mentiram
d) Raul mentiu ou Lauro disse a verdade
e) Raul e Júlia mentiram

05 (ESAF/AFTN/96) - Os carros de Artur, Bernardo e Cesar são, não necessariamente nesta ordem,
uma Brasília, uma Parati e um Santana. Um dos carros é cinza, um outro é verde, e o outro é azul. O
carro de artur é cinza; o carro de Cesar é o Santana; o carro de Bernardo não é verde e não é a
Brasília. As cores da Brasília, da Parati e do Santana são, respectivamente:
a) cinza, verde e azul
b) azul, cinza e verde
c) azul, verde e cinza
d) cinza, azul e verde
e) verde, azul e cinza

06 (ESAF/AFTN/96) - Sabe-se que na equipe do X Futebol Clube (XFC) há um atacante que


sempre mente, um zagueiro que sempre fala a verdade e um meio-campista que às vezes fala a
verdade e às vezes mente. Na saída do estádio, dirigindo-se a um torcedor que não sabia o resultado
do jogo que terminara, um deles declarou "Foi empate", o segundo disse "Não foi empate" e o
terceiro falou "Nós perdemos". O torcedor reconheceu somente o meio-campista mas pôde deduzir
o resultado do jogo com certeza. A declaração do meio-campista e o resultado do jogo foram,
respectivamente:
a) "Foi empate"/ o XFC venceu
b) "Não foi empate"/ empate
c) "Nós perdemos / o XFC perdeu
d) "Não foi empate" / o XFC perdeu
e) "Foi empate" / empate

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07 (ESAF/AFTN/96) - Em um laboratório de experiências veterinárias foi observado que o tempo


requerido para um coelho percorrer um labirinto, na enésima tentativa, era dado pela função C(n) =
(3+12/n) minutos. Com relação a essa experiência pode-se afirmar, então, que um coelho:
a) consegue percorrer o labirinto em menos de três minutos
b) gasta cinco minutos e quarenta segundos para percorrer o labirinto na quinta tentativa
c) gasta oito minutos para percorrer o labirinto na terceira tentativa
d) percorre o labirinto em quatro minutos na décima tentativa
e) percorre o labirinto numa das tentativas, em três minutos e trinta segundos

08 (ESAF/AFTN/96) - O salário mensal de um vendedor é constituído de uma parte fixa igual a R$


2.300,00 e mais uma comissão de 3% sobre o total de vendas que exceder a R$ 10.000,00. Calcula-
se em 10% o percentual de descontos diversos que incidem sobre seu salário bruto. Em dois meses
consecutivos, o vendedor recebeu, líquido, respectivamente, R$ 4.500,00 e R$ 5.310,00. Com esses
dados, pode-se afirmar que suas vendas no segundo mês foram superiores às do primeiro mês em:
a) 18%
b) 20%
c) 30%
d) 33%
e) 41%

09 (ESAF/AFTN/96) - Em determinado país existem dois tipos de poços de petróleo, Pa e Pb. Sabe-

se que oito poços Pa mais seis poços Pb produzem em dez dias tantos barris quanto seis poços Pa

mais dez poços Pb produzem em oito dias. A produção do poço Pa, portanto, é:

a) 60,0% da produção do poço Pb


b) 60,0% maior do que a produção do poço Pb
c) 62,5% da produção do poço Pb
d) 62,5% maior do que a produção do poço Pb
e) 75,0% da produção do poço Pb

10 (ESAF/AFTN/96) - Uma ferrovia será construída para ligar duas cidades C1 eC2, sendo que esta
última localiza-se a vinte quilômetros ao sul de C1. No entanto, entre essas duas cidades, existe uma
grande lagoa que impede a construção da ferrovia em linha reta. Para contornar a lagoa, a estrada
deverá ser feita em dois trechos, passando pela cidade C3, que está a dezesseis quilômetros a leste e
dezoito quilômetros ao sul de C1. O comprimento, em quilômetros, do trecho entre a cidade C3 e a
cidade C2 é igual a:

a) 2/Ö5
b) Ö5/2
c) 4/Ö5
d) 2Ö5
e) 4Ö5

11 (ESAF/AFTN/98) - Considere as afirmações: A) se Patrícia é uma boa amiga, Vítor diz a


verdade; B) se Vítor diz a verdade, Helena não é uma boa amiga; C) se Helena não é uma boa
amiga, Patrícia é uma boa amiga. A análise do encadeamento lógico dessas três afirmações permite
concluir que elas:
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a) implicam necessariamente que Patrícia é uma boa amiga


b) são consistentes entre si, quer Patrícia seja uma boa amiga, quer Patrícia não seja uma boa amiga
c) implicam necessariamente que Vítor diz a verdade e que Helena não é uma boa amiga
d) são equivalentes a dizer que Patrícia é uma boa amiga
e) são inconsistentes entre si

12 (ESAF/AFTN/98) - Indique qual das opções abaixo é verdadeira.


a) Para algum número real x, tem-se que x < 4 e que x2 + 5x = 0
b) Para todo número real y, tem-se que y < 3 e que y > 2
c) Para todo número real positivo x, tem-se que x2 > x
d) Para algum número real k, tem-se que k > 5 e que k2 – 5k = 0
e) Para algum número real x, tem-se que x < 4 e que x > 5

13 (ESAF/AFTN/98) - O valor de y para o qual a expressão trigonométrica:

(cosx + senx)2 + y senx cosx - 1 = 0


representa uma identidade é:
a) 0
b) -2
c) -1
d) 2
e) 1

14 (ESAF/AFTN/98) - Sejam as matrizes

0 1
A=
1 0

3/5 -7/8
B=
4/7 25/4

0 0
C=
3/7 -29/4

e seja x a soma dos elementos da segunda coluna da matriz transposta de Y. Se a matriz Y é dada
por Y = (AB) + C, então o valor de x é:

a) - 7/8
b) 4/7
c) 0
d) 1
e) 2

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15 (ESAF/AFTN/98) - Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, a governanta e o mordomo.


Sabe-se que o crime foi efetivamente cometido por um ou por mais de um deles, já que podem ter
agido individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que: A) se o cozinheiro é inocente, então a
governanta é culpada; B) ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada, mas não os dois; C) o
mordomo não é inocente. Logo:
a) a governanta e o mordomo são os culpados
b) somente o cozinheiro é inocente
c) somente a governanta é culpada
d) somente o mordomo é culpado
e) o cozinheiro e o mordomo são os culpados

16 (ESAF/AFTN/98) - Em uma cidade, 10% das pessoas possuem carro importado. Dez pessoas
dessa cidade são selecionadas, ao acaso e com reposição. A probabilidade de que exatamente 7 das
pessoas selecionadas possuam carro importado é:
a) 120 (0,1)7 (0,9)3
b) (0,1)3 (0,9)7
c) 120 (0,1)7 (0,9)
d) 120 (0,1) (0,9)7
e) (0,1)7 (0,9)3

17 (ESAF/AFTN/98) - Uma empresa possui 20 funcionários, dos quais 10 são homens e 10 são
mulheres. Desse modo, o número de comissões de 5 pessoas que se pode formar com 3 homens e 2
mulheres é:
a) 1650
b) 165
c) 5830
d) 5400
e) 5600

18 (ESAF/AFTN/98) - Sejam três retas: a reta R1 que é a bissetriz do primeiro quadrante; a reta R2
que é a bissetriz do quarto quadrante e a reta R3 que é dada pela equação x = 1. A área, em cm2, do
triângulo cujos lados coincidem com essas três retas é:
a) 1,5
b) 0,5
c) 1
d) 2
e) 2,5

19 (ESAF/AFTN/98) - Em um triângulo retângulo, um dos catetos forma com a hipotenusa um


ângulo de 450. Sendo a área do triângulo igual a 8 cm2, então a soma das medidas dos catetos é
igual a:
a) 8 cm2
b) 4 cm
c) 8 cm
d) 16 cm2
e) 16 cm

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20- Um trapézio ABCD possui base maior igual a 20 cm, base menor igual a 8 cm e altura igual a
15 cm. Assim, a altura, em cm, do triângulo limitado pela base menor e o prolongamento dos lados
não paralelos do trapézio é igual a:
a) 7
b) 5
c) 17
d) 10
e) 12

GABARITO

01-B 14-C 08-C


11-B 05-D 18-C
02-E 15-E 09-C
12-A 06-A 19-C
03-A 16-A 10-D
13-B 07-E 20-D
04-B 17-D

Raciocínio Lógico V

1) (ESAF) Se X > Y, então Z > Y; se X < Y, então Z > Y ou W > Y; se W < Y, então Z < Y; se W
> Y, então X > Y. Com essas informações pode-se, com certeza, afirmar que:
a) X > Y; Z > Y; W > Y
b) X < Y; Z < Y; W < Y
c) X > Y; Z < Y ; W < Y
d) X < Y; W < Y; Z > Y

2) (ESAF) Dois colegas estão tentando resolver um problema de matemática. Pedro afirma para
Paulo que X = B r Y = D. Como Paulo sabe que Pedro sempre mente, então, do ponto de vista
lógico, Paulo pode afirmar corretamente que:
a) X  B e Y  D
b) X  B ou Y  D
c) X  B ou Y  D
d) se X  B , então Y  D
e) se X  B , então Y  D

3) (ESAF) Determinado rio passa pelas cidades A, B e C. Se chove em A, o rio transborda. Se


chove em B, o rio transborda e, se chove em C, o rio não transborda. Se o rio transbordou, pode-se
afirmar que:
a) choveu em A e choveu em B
b) não choveu em C
c) choveu em A ou choveu em B
d) choveu em C
e) choveu em A

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4) (ESAF) Fernanda atrasou-se e chega ao estádio da Ulbra quando o jogo de vôlei já está em
andamento. Ela pergunta às suas amigas, que estão assistindo à partida, desde o início, qual o
resultado até o momento. Suas amigas dizem-lhe:

Amanda: “Neste set, o escore está 13 a 12”


Berenice: “ O escore não está 13 a 12, e a Ulbra já ganhou o 1º set”
Camila: “Este set está 13 a 12, a favor da Ulbra”
Denise: “O escore não está 13 a 12, a Ulbra está perdendo este set, e quem vai sacar é a equipe
visitante”
Eunice: “Quem vai sacar é a equipe visitante, e a Ulbra está ganhando este set”
Conhecendo suas amigas, Fernanda sabe que duas delas estão mentindo e que as demais estão
dizendo a verdade. Conclui, então, corretamente, que:

a) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está perdendo este set, e quem vai sacar é a equipe visitante.
b) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai sacar é a equipe visitante.
c) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai sacar é a equipe visitante.
d) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra não está vencendo este set, e a Ulbra venceu o 1º set..

5) Proposições são sentenças que podem ser julgadas somente como verdadeiras ou falsas. A esse
respeito, considere que p represente a proposição simples “ É dever do servidor promover o
atendimento cordial a clientes internos e externos”, que q represente a proposição simples “O
servidor deverá instruir procedimentos administrativos de suporte gerencial” e que r represente a
proposição simples “È tarefa do servidor propor alternativas e promover ações para o alcance dos
objetivos da organização”. Acerca dessas proposições p, q, e r e das regras inerentes ao raciocínio
lógico, assinale a opção correta.

a) ~ ( p  q  r ) é equivalente a ~ p ~ q ~ r .
b) p  q é equivalente a ~ p ~ q.
c) p  (q  r ) é equivalente a p  q  r .
d) ~ (~ (~ (r ) ) )  r.
4
e) a tabela verdade completa das proposições simples p, q, r tem 2 linhas.

6) Considere que A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {(x, y)  A × A : 2 | (x- y)}, ou seja, B é o subconjunto de


pares ordenados (x, y)  A × A tais que x - y seja múltiplo de 2. Nessa situação, a quantidade de
elementos do conjunto B é igual a:
A) 0 B)2 C) 5 D) 13 E) 25

7) Um argumento é uma afirmação na qual uma dada sequência finita — p1, p2, ..., pn, n  1 — de
proposições tem como consequência uma proposição final q. A esse respeito, considere o seguinte
argumento.

< Ou Paulo fica em casa, ou ele vai ao cinema.


< Se Paulo fica em casa, então faz o jantar.
< Se Paulo faz o jantar, ele vai dormir tarde.
< Se Paulo dorme tarde, ele não acorda cedo.
< Se Paulo não acorda cedo, ele chega atrasado ao seu trabalho.
Sabendo-se que Paulo não chegou atrasado ao seu trabalho, de acordo com as regras de raciocínio lógico, é
correto deduzir-se que Paulo:

A) ficou em casa B) foi ao cinema


C) fez o jantar D) dormiu tarde
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E) não acordou cedo

GABARITO

01. (A) 04. (B) 07. (B


02. (C) 05. (A)
03. (B) 06. (D)

Raciocínio Lógico VI
01) (ESAF) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora, não velejo. Assim,

a( ) Estudo e fumo;
b( ) Não fumo e surjo;
c( ) Não velejo e não fumo;
d( ) Estudo e não fumo;
e( ) Fumo e surfo.

02) (ESAF) Homero não é honesto ou Júlio é justo. Homero é honesto ou Júlio ou Beto é bondoso.
Beto é bondoso ou Júlio não é justo. Beto não é bondoso ou Homero é honesto. Logo,

a( ) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo;


b( ) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo;
c( ) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo;
d( ) Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Júlio não é justo;
e( ) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.

03) Se Mário não é arquiteto, então Freitas é professor. Se Mário é arquiteto, então o projeto não foi
aprovado. Ora, o projeto foi aprovado. Logo:

a( ) Mário não é arquiteto e Freitas é professor.


b( ) Mário é arquiteto e Freitas é professor.
c( ) Mário é arquiteto e Freitas não é professor.
d( ) Mário não é arquiteto e Freitas não é professor.
e( ) Se Mário não é arquiteto, então Freitas não é professor.

04) (FCC) Quando não vejo Lucia, não passeio ou fico deprimido. Quando chove, não passeio e fico
deprimido. Quando não faz calor e passeio, não vejo Lucia. Quando não chove e esteou
deprimido, não passeio. Hoje, passeio. Portanto, hoje:

a( ) Vejo Lucia, e não estou deprimido, e não chove, e faz calor.


b( ) Não vejo Lucia, e estou deprimido, e chove, e faz calor.
c( ) Não vejo Lucia, e estou deprimido, e não chove, e não faz calor.
d( ) Vejo Lucia, e não estou deprimido, e chove, e faz calor.
e( ) Vejo Lucia, e estou deprimido, e não chove, e faz calor.

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05) (CESPE) O fluxograma abaixo contém uma seqüência finita de instruções a serem executadas na
ordem em que são apresentadas, começando-se da posição designada por “início” e seguindo-
se as setas. Dentro das formas retangulares, a seta para a esquerda indica que o valor escrito ou
obtido à direita é atribuído à variável à esquerda. A expressão no losango é avaliada e, quando
resultar verdadeira, prossegue-se na direção indicada por V, e, quando for falsa, prossegue-se
na direção indicada por F. Se P e Q representam proposições que podem ter valores V ou F,
então as expressões P, P  Q, P  Q e P  Q, que são lidas “não P”, “P implica Q”, “P ou Q” e
“P e Q”, respectivamente, também são proposições e podem ter valorizações V ou F conforme
as valoração dadas a P e a Q. A partir do texto e do fluxograma precedente, em que A, B, X e Y
são proposições quaisquer, siga as instruções do fluxograma e julgue os itens a seguir.

inicio

AV
BF

V AF
(A  B) X  A  B BV

Y  A  B

fim

I. A valoração atribuída a X será igual à valoração de A  B.


II. A proposição (A  B) tem as mesmas valorações V e F que a proposição (A)  (B).
III. Se as valorações iniciais de A e de B fossem, respectivamente, F e F, então a valoração de Y seria
também F.
06) (ESAF) Em uma família há três irmãos, Airton, Beto e Carlos. Sabe-se que um deles é arquiteto,
outro é cantor e o outro é bancário. Sabe-se também que, ou Airton é cantor ou Carlos é
bancário, ou Carlos é cantor ou Beto é cantor e que ou Beto é arquiteto ou Airton é arquiteto.
Portanto, as profissões de Airton, Beto e Carlos são respectivamente:

a( ) Cantor, arquiteto e bancário;


b( ) Arquiteto, cantor e bancário;
c( ) Bancário, arquiteto e cantor;
d( ) Arquiteto, bancário e cantor;
e( ) Cantor, bancário e arquiteto.

07) (ESAF) Se o jardim não é florido, então o fato mia. Se o jardim é florido, então o passarinho não
canta. Ora, o passarinho canta. Logo:

a( ) o jardim é florido e o gato mia.


b( ) o jardim é florido e o gato não mia.
c( ) o jardim não é florido e o gato mia.
d( ) o jardim não é florido e o gato não mia.
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e( ) se o passarinho canta então o gato não mia.

08) (ESAF) Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul mentiram. Se Raul mentiu, Lauro falou a verdade.
Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala. Ora, não há um leão feroz nesta sala, logo:

a( ) Nestor e Júlia disseram a verdade.


b( ) Nestor e Lauro mentiram.
c( ) Raul e Lauro mentiram.
d( ) Raul mentiu ou Lauro disse a verdade.
e( ) Raul e Júlia mentiram.

09) (ESAF) Ou lógica é fácil, ou Artur não gosta de lógica. Por outro lado, se Geografia não é difícil,
então lógica é difícil. Daí segue-se que, se Artur gosta de lógica, então:

a( ) Se Geografia é difícil, então lógica é difícil.


b( ) Lógica é fácil e Geografia é difícil.
c( ) Lógica é fácil e Geografia é fácil.
d( ) Lógica é difícil e Geografia é difícil.
e( ) Lógica é difícil ou Geografia é fácil.

10) (ESAF) Uma sentença logicamente equivalente a “Se Ana é bela, então Carina é feia” é:

a( ) Se Ana não é bela, então Carina não é feia.


b( ) Ana é bela ou Carina não é feia.
c( ) Se Carina é feia, Ana é bela.
d( ) Ana é bela ou Carina é feia.
e( ) Se Carina não é feia, então Ana não é bela.

11) (ESAF) A negação da afirmação condicional “se Ana viajar, Paulo vai viajar” é:

a( ) Ana não está viajando e Paul vai viajar.


b( ) Se Ana não viajar, Paulo vai viajar.
c( ) Ana está viajando e Paulo não vai viajar.
d( ) Ana não está viajando e Paulo não vai viajar.
e( ) Se Ana estiver viajando, Paulo não vai viajar.

12) (ESAF) Das premissas: “Nenhum A é B”. Alguns C são B, segue, necessariamente, que:

a( ) nenhum A é C.
b( ) alguns A são C.
c( ) alguns C são A.
d( ) alguns C não são A.
e( ) nenhum C é A.

13) (ESAF) Considere a afirmação P:

P: “A ou B”

onde A e B, por sua vez, são as seguintes afirmações:

A: “Carlos é dentista”

B: “Se Enio é economista, então Juca é arquiteto”.

Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo:

a( ) Carlos não é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.


b( ) Caros não é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.

36
CONCURSO COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA –
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c( ) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca é arquiteto.


d( ) Carlos é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.
e( ) Carlos é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.

14) (ESAF) A afirmação “Não é verdade que, se Pedro está em Roma, então Paulo está em Paris” é
logicamente equivalente à afirmação:

a( ) “É verdade que ‘Pedro está em Roma e Paulo está em Paris’”.


b( ) “Não é verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo não está em Paris’”.
c( ) “Não é verdade que ‘Pedro não está em Roma ou Paulo não está em Paris’”.
d( ) “Não é verdade que ‘Pedro não está em Roma ou Paulo está em Paris’”.
e( ) “É verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo está em Paris’”.

15) (ESAF) Se André é culpado, então Bruno é inocente. Se André é inocente, então Bruno é
culpado. Se André é culpado, Leo é inocente. Se André é inocente, então Leo é culpado. Se
Bruno é inocente, então Leo é culpado. Logo, André, Bruno e Leo são, respectivamente:

a( ) culpado, culpado, culpado.


b( ) inocente, culpado, culpado.
c( ) inocente, culpado, inocente.
d( ) inocente, inocente, culpado.
e( ) culpado, culpado, inocente.

16) (ESAF) Sabe-se que Beto beber é condição necessário para Carmem cantar e condição
suficiente para Denise dançar. Sabe-se, também, que Denise dançar é condição necessária é
suficiente para Ana chorar. Assim, quando Carmem canta:

a( ) Beto não bebe ou Ana não chora.


b( ) Denise dança e Beto não bebe.
c( ) Denise não dança ou Ana não chora.
d( ) Nem Beto bebe nem Denise dança.
e( ) Beto bebe e Ana chora.

17) (ESAF) Se o anão foge do tigre, então o tigre é feroz. Se o tigre é feroz, então o rei fica no
castelo. Se o rei fica no castelo, então a rainha briga com o rei. Ora, a rainha não briga com o rei.
Logo:

a( ) o rei não fica no castelo e o anão não foge do tigre.


b( ) o rei fica no castelo e o tigre é feroz.
c( ) o rei não fica no castelo e o tigre é feroz.
d( ) o tigre é feroz e o anão foge do tigre.
e( ) o tigre não é feroz e o anão foge do tigre.

18) (ESAF) Se Fulano é culpado, então beltrano é culpado. Se Fulano é inocente, então ou Beltrano é
culpado, ou Sicrano é culpado, ou ambos, Beltrano e Sicrano, são culpados. Se Sicrano é
inocente, então Beltrano é inocente. Se Sicrano é culpado, então Fulano é culpado. Logo,

a( ) Fulano é inocente, e Beltrano é inocente, e Sicrano é inocente.


b( ) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, e Sicrano é inocente.
c( ) Fulano é culpado, e Beltrano é inocente, e Sicrano é inocente.
d( ) Fulano é inocente, e Beltrano é culpado, e3 Sicrano é culpado.
e( ) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, e Sicrano é culpado.

19) (ESAF) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto, é logicamente equivalente a
dizer que é verdade que:

a( ) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.


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b( ) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.


c( ) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
d( ) Se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
e( ) Se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto.

20) (ESAF) Se X  Y, então Z > P ou Q  R. Se Z > P, então S = T. Se S  T, então Q  R. Ora, Q > R,


logo:

a( ) S>TeZP
b( ) STeZ>P
c( ) XYeZP
d( ) X>YeZP
e( ) X<YeS<T

GABARITO
01) E 11) C
02) C 12) D
03) A 13) B
04) A 14) D
05) I) C II) E III) C 15) B
06) B 16) E
07) C 17) A
08) B 18) E
09) B 19) A
10) E 20) A

4. Diagramas lógicos, tabelas e gráficos.

Um diagrama lógico é um esquema que busca representar as relações existentes


entre as diversas partes que compõem uma proposição.O modelo mais comum para diagramas
lógicos é o dos diagramas de Venn-Euler.

Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários problemas.Uma situação que esses
diagramas poderão ser usados, é na determinação da quantidade de elementos que apresentam uma
determinada característica.

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Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18 que dirigem moto e 10 que dirigem
carro e moto. Baseando-se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:

Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente carro ou ainda quantas dirigem somente
motos.
Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que representam os motoristas de motos e
motoristas de carros.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersecção e depois completaremos os outros
espaços.

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo esse valor da quantidade de elementos
dos conjuntos A e B.

A partir dos valores reais, é que poderemos responder as perguntas feitas.

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a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.


b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.

No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência quanto à leitura de três jornais. A, B e C,
foi apresentada a seguinte tabela:

Jornais Leitores
A 300
B 250
C 200
AeB 70
AeC 65
BeC 105
A, B e C 40
Nenhum 150

Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente montar os diagramas que representam
cada conjunto.

A colocação dos valores começará pela intersecção dos três conjuntos e depois para as intersecções
duas a duas e por último às regiões que representam cada conjunto individualmente.
Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo que indicará o conjunto universo da
pesquisa.

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Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são leitores de nenhum dos três jornais.

Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.


Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.

Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes elementos:

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Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas leem apenas o jornal A.
Verificamos que 500 pessoas não leem o jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150.
Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 +
70 + 150.

Diagrama Lógico da Negação


Num diagrama de conjuntos, se a proposição A for representada pelo conjunto A,
então a negação “não-A” corresponderá ao conjunto complementar de A.

Diagrama Lógico da Conjunção

Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um


diagrama, a conjunção “A Ʌ B” corresponderá à interseção do conjunto A com o
conjunto B, A ᴖ B.

Diagrama Lógico da Disjunção


Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um diagrama, a disjunção
“A  B” corresponderá à união do conjunto A com o conjunto B.

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5. Conjuntos e suas operações.

Conjunto é a reunião de elementos que formam um todo, e nos dá ideia de coleção. Exemplo: Um
pomar : Pomar é um conjunto de árvores frutíferas, onde pomar é o todo e árvore frutífera é o
elemento.

A todo o momento lidamos com a formação de conjuntos, seja por aspectos cotidianos, culturais ou
científicos. Ao organizarmos nossas roupas, a lista de amigos ou o timinho de futebol, estamos
formando conjuntos.

A Teoria dos Conjuntos, criada pelo matemático GEORG CANTOR , tornou-se o elemento central
da estruturação do conhecimento matemático.Como a ideia era muito abstrata e difícil de ser
representada, o lógico inglês JOHN VENN idealizou uma forma simplificada para demonstrar, que
são os diagramas.

Representação de um conjunto

Enumerando os elementos entre chaves, separados por vírgulas: A={domingo, segunda, terça,
quarta, quinta, sexta, sábado} , indicando os dias da semana.
Um Conjunto pode ser finito (quando podemos enumerar todos os elementos) ou infinito.

A={1, 2, 3, 4, 5, ...} Conjunto Infinito dos números naturais não nulos.


Obs.: É importante lembrar que as reticências indicam que há mais elementos no conjunto.]
Expressando uma ou mais propriedades que se verifica para todos os seus elementos (essas
propriedades têm que ser exclusivas desses elementos):

B={x  A| x tem a propriedade P}


(Lê-se: x pertence ao conjunto A tal que x possui a propriedade P)
C={x  N | 3 < x < 8}
(x pertence ao conjunto dos números naturais tal que x é maior que 3 e menor que 8)
Ou seja, C={4, 5, 6, 7}

Graficamente através do diagrama de Venn

C
.5 .4
.6
.7

Nomeamos conjuntos com letras maiúsculas e quando utilizamos letras para nomear os elementos,
elas têm que ser minúsculas.

Alguns termos e definições são importantes no estudo de conjuntos:

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● Pertinência
Um elemento pode pertencer ou não pertencer a um determinado conjunto. Para indicar que um
elemento pertence a um dado conjunto, utilizemos o símbolo “ ” e quando não pertence usamos o
“ ”.
x A (lê-se: x pertence a A)
x B (lê-se: x não pertence a B)
Obs.: Os símbolos e são utilizados para relacionar elemento com conjunto.

● Igualdade de conjuntos
Dois conjuntos são iguais quando possuem os mesmo elementos.
Indica-se: A = B (A é igual a B).

● Conjunto Vazio
Conjunto vazio é o conjunto que não possui elementos.
Representa-se o conjunto vazio por ou

● Conjunto Universo
Conjunto universo é o conjunto ao qual pertencem os elementos de todos os conjuntos que fazem
parte de nosso estudo.

● Subconjuntos
Dados dois conjunto, A e B, dizemos que A é subconjunto de B. Se cada elemento do conjunto A é,
também, um elemento do conjunto B.
Indicamos esta relação por:
A B (lê-se: A está contido em B)
B A (lê-se: B contém A)

Representação de um conjunto
Um conjunto pode ser representado de 3 formas:

1º) Por extensão


Enumeram-se seus elementos, escrevendo-os entre chaves e separando-os por vírgulas.
Ex.: A = {1,2,3,4,5}

2º) Por compreensão


O conjunto será representado por meio de uma propriedade que caracteriza os seus elementos
Ex.: A = { x N / x é par }.

3º) Por figuras


Toda figura utilizada para representar um conjunto é chamada diagrama de Venn.
Ex.: O conjunto A = {1,2,3,4} pode ser representado pelo diagrama:

Os elementos de A são representados por pontos internos desta figura. Observe que: 2 A (é ponto
interno)
7 A (é ponto externo)

.7
1 2
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A
3 4

Operações com conjuntos

1.União de Conjuntos

Dados os conjuntos A e B, define-se como união dos conjuntos A e B o conjunto representado por
A B, formado por todos os elementos pertencentes a A ou B, ou seja: A B = {x / x A ou x
B}.

2.Intersecção de Conjuntos

Dados os conjuntos A e B, define-se como intersecção dos conjuntos A e B o conjunto representado


por A B, formado por todos elementos pertencentes a A e B simultaneamente, ou seja: A B: {x
/ x A e x B}

3.Diferença de Conjuntos

Dados os conjuntos A e B, define-se como diferença entre A e B (nesta ordem) o conjunto


representado por A - B, formado por todos os elementos pertencentes a A, mas que não pertencem a
B, ou seja A - B = {x / x A e x B}

Número de elementos da união de conjuntos


Sendo nA o número de elementos de A e n B o número de elementos de B, temos:

nA B = nA + nB - nA B

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CONJUNTO VAZIO

O Conjunto vazio é o conjunto que não possui elementos


Exemplo: { x/x é natural e menor que 0}

Este conjunto é vazio, pois não existe número natural negativo.

Representa-se o Conjunto Vazio por: { } ou Ø.

SUBCONJUNTOS
Quando todos elementos de um conjunto A pertencem também a um outro conjunto B, diz-se que
A é subconjunto de B.
Indica-se: A  B (A está contido emB)

Exemplo: A={3,5}
B={0,1,3,5} assim, A  B

CONJUNTO UNIVERSO
O Conjunto Universo é a reunião de todos os conjuntos a serem estudados no contexto em que
estamos trabalhando.
Exemplos:
 Quando falamos sobre biologia, o Conjunto Universo será todos os seres vivos;
 Quando falamos sobre os números naturais, o Conjunto Universo será todos os números
inteiros positivos.

Na resolução de equações um dos conjuntos mais importantes é o conjunto R que reúne vários
outros conjuntos numéricos.

REUNIÃO OU UNIÃO DE CONJUNTOS


Ao formar-se um novo conjunto com todos os elementos de outros conjuntos, denomina-se esse
novo conjunto de conjunto união.
Exemplo: A={0, 1}
B={1, 2, 4, 5, 6}
O conjunto união será C = {0,1,2,4,5,6} e é indicado por

INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS
A interseção dos conjuntos A e B é o conjuntos formado pelos elementos que estão
simultaneamente nos conjuntos A e B.

Exemplo: A={0, 1}
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B={1, 2, 4, 5, 6}
O conjunto interseção de A e B será C = { 1 } e é indicado por

Obs. : Se a interseção dos conjuntos A e B for o Conjunto Vazio, dizemos que os conjuntos A e B
são disjuntos.

SUBTRAÇÃO DE CONJUNTOS

Sejam os conjuntos A={0,1,2} e B={1,2,4,5,6}


Vamos formar um conjunto C formado pelos elementos que pertencem ao conjunto A mas não
pertencem ao conjunto B.

C = {4,5,6}
O conjunto diferença A – B é formado pelos elementos que pertencem apenas ao conjunto A.

Conjuntos numéricos fundamentais

Entendemos por conjunto numérico, qualquer conjunto cujos elementos são números.
Existem infinitos conjuntos numéricos, entre os quais, os chamados conjuntos numéricos
fundamentais, a saber:

- Conjunto dos números naturais


N = {0,1,2,3,4,5,6,... }

- Conjunto dos números inteiros


Z = {..., -4,-3,-2,-1,0,1,2,3,... }
Nota: é evidente que N Z.

- Conjunto dos números racionais


Q | lê-se como "tal que").
Temos então que número racional é aquele que pode ser escrito na forma de uma fração p/q
onde p e q são números inteiros, com o denominador diferente de zero.
Lembre-se que não existe divisão por zero!.
São exemplos de números racionais: 2/3, -3/7, 0,001=1/1000, 0,75=3/4, 0,333... = 1/3,
7 = 7/1, etc.

Notas:
a) é evidente que N Z Q.
b) toda dízima periódica é um número racional, pois é sempre possível escrever uma dízima
periódica na forma de uma fração.
Exemplo: 0,4444... = 4/9.

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- Conjunto dos números irracionais


Q' = {x | x é uma dízima não periódica}. (o símbolo | lê-se como "tal que").

Exemplos de números irracionais:


(número pi = razão entre o comprimento de qualquer circunferência e o
seu diâmetro)
2,01001000100001... (dízima não periódica)

- Conjunto dos números reais


R = { x | x é racional ou x é irracional }.
Notas:
a) é óbvio que N Z Q R
b) Q' R
c) um número real é racional ou irracional; não existe outra hipótese!

Dados dois números reais p e q, chama-se intervalo a todo conjunto de todos números reais
compreendidos entre p e q , podendo inclusive incluir p e q. Os números p e q são os limites
do
intervalo, sendo a diferença p - q , chamada amplitude do intervalo.
Se o intervalo incluir p e q , o intervalo é fechado e caso contrário, o intervalo é dito aberto.

A tabela abaixo, define os diversos tipos de intervalos.

TIPOS REPRESENTAÇÃO OBSERVAÇÃO


INTERVALO FECHADO [p;q] = {x inclui os limites p e q

INTERVALO ABERTO exclui os limites p e q

INTERVALO FECHADO inclui p e exclui q


A ESQUERDA
INTERVALO FECHADO exclui p e inclui q
À DIREITA
INTERVALO SEMI- valores maiores ou iguais a p.
FECHADO p}
INTERVALO SEMI- (- valores menores ou iguais a q.
FECHADO
INTERVALO SEMI- (- valores menores do que q.
ABERTO
INTERVALO SEMI- valores maiores do que p.
ABERTO
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Nota: é fácil observar que o conjunto dos números reais, (o conjunto R) pode ser
representado na forma de intervalo como R = ( -

- COMPLEMENTAR DE UM CONJUNTO
Trata-se de um caso particular da diferença entre dois conjuntos. Assim é , que dados dois
- B chama-se, neste caso,
complementar de B em relação a A .
Simbologia: CAB = A - B.
Caso particular: O complementar de B em relação ao conjunto universo U, ou seja , U - B ,é
indicado pelo símbolo B' .Observe que o conjunto B' é formado por todos os elementos que
não pertencem ao conjunto B.:

- PARTIÇÃO DE UM CONJUNTO
Seja A um conjunto não vazio. Define-se como partição de A, e representa-se por part(A),
qualquer subconjunto do conjunto das partes de A (representado simbolicamente por
P(A)), que satisfaz simultaneamente, às seguintes condições:
1 - nenhuma dos elementos de part(A) é o conjunto vazio.
2 - a interseção de quaisquer dois elementos de part(A) é o conjunto vazio.
3 - a união de todos os elementos de part(A) é igual ao conjunto A.

Exemplo: Seja A = {2, 3, 5}


Os subconjuntos de A serão: {2}, {3}, {5}, {2,3}, {2,5}, {3,5}, {2,3,5}, e o conjunto vazio -
Ø.
Assim, o conjunto das partes de A será:
P(A) = { {2}, {3}, {5}, {2,3}, {2,5}, {3,5}, {2,3,5}, Ø }

6. Números naturais, inteiros, racionais, reais e suas operações.


Representação na reta.

Números Naturais

Vamos começar nos primórdios da matemática.


- Se eu pedisse para você contar até 10, o que você me diria?
- Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez.

Pois é, estes números que saem naturalmente de sua boca quando solicitado, são chamados
de números NATURAIS, o qual é representado pela letra .
Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e tinha como intenção mostrar
quantidades.

Obs.: Originalmente, o zero não estava incluído neste conjunto, mas pela necessidade de
representar uma quantia nula, definiu-se este número como sendo pertencente ao conjunto dos
Naturais. Portanto:

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Como o zero originou-se depois dos outros números e possui algumas propriedades próprias,
algumas vezes teremos a necessidade de representar o conjunto dos números naturais sem incluir o
zero. Para isso foi definido que o símbolo * (asterisco) empregado ao lado do símbolo do conjunto,
que representa a ausência do zero. Veja o exemplo:

Números Inteiros

Os números naturais foram suficientes para a sociedade durante algum tempo. Com o passar
dos anos, e o aumento das "trocas" de mercadorias entre os homens, foi necessário criar uma
representação numérica para as dívidas.
Com isso inventaram-se os chamados "números negativos", e junto com estes números, um
novo conjunto: o conjunto dos números inteiros, representado pela letra .

O conjunto dos números inteiros é formado por todos os números NATURAIS mais todos
os seus representantes negativos.
Note que este conjunto não possui início nem fim (ao contrário dos naturais, que possui um
início e não possui fim).
Assim como no conjunto dos naturais, podemos representar todos os inteiros sem o ZERO
com a mesma notação usada para os NATURAIS.

Em algumas situações, teremos a necessidade de representar o conjunto dos números


inteiros que NÃO SÃO NEGATIVOS.
Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbolo do conjunto (vale a pena lembrar que
esta simbologia representa os números NÃO NEGATIVOS, e não os números POSITIVOS, como
muita gente diz). Veja o exemplo:

Obs.: Note que agora sim este conjunto possui um início. E você pode estar pensando "mas o zero
não é positivo". O zero não é positivo nem negativo, zero é NULO.

Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia do sinalzinho positivo representa todos os
números NÃO NEGATIVOS, e o zero se enquadra nisto.
Se quisermos representar somente os positivos (ou seja, os não negativos sem o zero),
escrevemos:

Pois assim teremos apenas os positivos, já que o zero não é positivo. Ou também podemos
representar somente os inteiros NÃO POSITIVOS com:

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Obs.: Este conjunto possui final, mas não possui início. E também os inteiros negativos (ou seja, os
não positivos sem o zero):

Uma propriedade interessante dos números inteiros, que já foi mencionada neste texto (e que
podemos representar em um gráfico) é a de ter em seu interior todos os números naturais. Veja o
gráfico a seguir:

Figura 1 – N está contido em Z.

Todo número natural é inteiro, isto é, N é um subconjunto de Z

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Operações com Números Inteiros

I) Adição e Subtração
I.a) Sinais iguais: Soma-se e conserva-se o mesmo sinal.
I.b) Sinais diferentes: Diminui-se e dá-se o sinal do maior.

II) Multiplicação e Divisão:

Aplica-se a regra dos sinais:

Obs.: Pela ordem, resolver ; ; .

Exemplo:

Números Racionais

Olhando ainda pela linha do tempo, em um determinado momento começou a


ficar crucial a necessidade de se representar "partes" de alguma coisa. Ex.: fatia de
um bolo, pedaço de um terreno,... e por essa necessidade foi inventado as frações.
Para incluir os números ditos fracionários, junto com os já existentes, criou-se o
conjunto dos números RACIONAIS ( ), que indica uma razão (divisão) entre dois
números inteiros.
Os números racionais são todos aqueles que podem ser representados por
uma fração de números inteiros.
Mas os números 6 e o 2,3 não têm o sinal de fração e são números racionais?

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- Ora, o 6 pode ser representado pela fração ou até mesmo , e o 2,3 pode
ser , portanto, se um número tem a possibilidade de ser escrito em fração de
números inteiros, é considerado racional.

Então me parece que todos os números com vírgula serão racionais??


- Não. Somente os que possuírem finitos algarismos após a vírgula, e as
chamadas dízimas periódicas, que possuem infinitos algarismos após a vírgula mas
são números racionais. Veja os exemplos a seguir.

3,14159265.. Este não é um número Racional, pois possui infinitos


. algarismos após a vírgula (representados pelas reticências)
2,252 Este é um número Racional, pois possui finitos
algarismos após a vírgula.
2,252525... Este número possui infinitos números após a vírgula,
mas é racional, é chamado de dízima periódica. Reconhecemos
um número destes quando, após a vírgula, ele sempre repetir
um número (no caso 25).

Com isso podemos concluir que o conjunto dos números RACIONAIS é


formado por todos os números Inteiros (como vimos no exemplo anterior, um inteiro
pode ser representado como uma fração, por exemplo, 10 pode ser ) e mais alguns.
Portanto, o conjunto dos inteiros está "dentro" do conjunto dos Racionais.
Representamos assim:

Figura 2 - Z está contido em Q.

Os números racionais são aqueles que podem ser expressos na forma a/b,
onde a e b são inteiros quaisquer, com b diferente de 0.

Q = { a/b com a e b pertencentes a Z com b diferente de 0 }

Assim como exemplo podemos citar o –1/2 , 1 , 2,5 ,...

-Números decimais exatos são racionais. Pois:


0,1 = 1/10
2,3 = 23/10

- Números decimais periódicos são racionais.


0,1111... = 1/9

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0,3232 ...= 32/99
2,3333 ...= 21/9
0,2111 ...= 19/90

-Toda dízima periódica 0,9999 ... 9 ... é uma outra representação do número 1.

Observe que o número racional 0,323232.... pode ser escrito como x; onde:
100x = 32,3232....; isto é: 100x = 32 + 0,3232... = 32 + x. Implicando em
dizer que 100x – x = 32; logo x = 32/99.

Obs.: As notações para os "não positivos" e os "não negativos", utilizados para os


inteiros, também podem ser usadas para os racionais. O zero é um número racional,
pois podemos representá-lo pela fração:

= {Todos os racionais sem o zero}


= {Todos os racionais NÃO NEGATIVOS}
= {Todos os racionais NÃO NEGATIVOS sem o zero, ou seja, os positivos}
= {Todos os racionais NÃO POSITIVOS}
= {Todos os racionais NÃO POSITIVOS sem o zero, ou seja, os negativos}

Números Irracionais

Se formos um pouco mais além na história, vamos chegar ao famoso teorema de


Pitágoras.

Pense comigo: Se temos um triângulo com catetos medindo 1 unidade de


comprimento.

Figura 3 – Triângulo retângulo de hipotenusa igual a .

Pelo teorema de Pitágoras, calculamos que o terceiro lado (a hipotenusa), vale


.
- E quanto é ?
- Pois isto não podemos dizer exatamente. O que se sabe é que não dá para
representar como uma fração de números inteiros, pois tem infinitas casas depois da
vírgula (e não é uma dízima periódica). Então não podemos chamá-lo de número
racional. Por este motivo houve a necessidade de criar-se mais um conjunto. Que,
por oposição aos números racionais, chama-se "CONJUNTO DOS NÚMEROS
IRRACIONAIS". Formado por todos os números que, ao contrário dos racionais,
NÃO podem ser representados por uma fração de números inteiros. Este conjunto é
representado por .

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O conjunto dos números irracionais são aqueles que não podem ser expressos
na forma a/b, com a e b inteiros e b diferente de 0. São compostos por dízimas
infinitas não periódicas.
Por exemplo:

Obs.: Note que as dízimas periódicas são números racionais, enquanto as dízimas
não periódicas são números irracionais.

Por exemplo:
=> Todos estes valores não podem ser representados por uma fração
de números inteiros, portanto, são chamados de números irracionais.

=> Este número também não tem uma representação em forma de fração,
por isso também é um número irracional. Ou seja, se somarmos um racional com um
irracional teremos como resultado um irracional.

=> Este também é irracional, pelo mesmo motivo do número acima.

- Todas as raízes não exatas fazem parte do conjunto dos números irracionais. Mas
não são só elas, também estão neste conjunto o número pi (π=3,141592...), o número
de Euler (e = 2,71828...), e alguns outros.

Portanto, se um número for racional, não pode ser irracional, e vice-versa. Por
isso que, ao representarmos nos balões, devemos separá-los. Veja a figura a seguir:

Figura 4 – Conjuntos Q e I.

Números Reais e suas operações. Representação na reta

Os números racionais e irracionais foram utilizados por séculos e até hoje são
considerados os mais importantes. Por este motivo, foi dado um nome para o
conjunto formado por todos estes conjuntos.

O nome escolhido foi "CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS" que é a reunião do


conjunto dos números irracionais com o dos racionais.

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Figura 5 -

Se um número é Real, ou ele será Racional ou ele será Irracional, e se


encontrará no seu respectivo conjunto. Não existindo nenhum número que seja
REAL e não seja ou RACIONAL ou IRRACIONAL.

Representação de um intervalo na reta real

Um intervalo é representado na reta real utilizando-se de uma pequena


“bolinha vazia” para indicar que um dos pontos extremos não pertence ao intervalo e
de uma “bolinha cheia” para indicar que o ponto extremo pertence.

Figura 6 – Representação de um intervalo na reta real.

Tipos de Intervalos:

Dados a e b números reais, com a ≤ b, x pertencente ao intervalo e c o seu


comprimento, podemos classificar os intervalos como:

a) Intervalo Fechado de comprimento finito c = b - a:

[a,b] = {x ε R | a ≤ x ≤ b}

b) Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de comprimento finito c = b -


a:

[a,b[ = [a,b) = {x ε R | a ≤ x < b}

c) Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de comprimento finito c = b -


a:

(a,b] = ]a,b] = {x ε R | a < x ≤ b}

d) Intervalo aberto de comprimento finito c = b - a:

]a,b[ = (a,b) = {x ε R | a < x < b}

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e) Intervalo aberto à direita de comprimento infinito:

]-∞,b[ = (-∞,b) = {x ε R | x < b}

f) Intervalo fechado à direita de comprimento infinito:

]-∞,b] = (-∞,b] = {x ε R | x ≤ b}

g) Intervalo fechado à esquerda de comprimento infinito:

[a,+∞) = [a,+∞[ = {x ε R | a ≤ x} ou [a,+∞) = [a,+∞[ = {x ε R | x ≥ a}

h) Intervalo aberto à esquerda de comprimento infinito:

]a,+∞[ = (a,+∞) = {x ε R | x > a}

i) Intervalo aberto de comprimento infinito:

]-∞,+∞[ = (-∞,+∞) = R

j) Intervalo fechado de comprimento nulo:

Como o comprimento é nulo e o intervalo fechado, então a = b e esse


intervalo corresponde ao conjunto unitário {a}, isto é, a um ponto da reta real.

União e Intersecção de Intervalos

Como intervalos são conjuntos é natural que as operações mencionadas possam ser
realizadas. E, trata-se de um procedimento muito comum na resolução de alguns
problemas.

E a maneira mais fácil e intuitiva de realizar essas operações é através da


representação gráfica dos intervalos envolvidos. Vamos à um exemplo prático de
como efetuar tais operações.

Sejam A = [-1,6] = {x ε R | -1 ≤ x ≤ 6} e B = (1,+∞) = {x ε R | x > 1} dois intervalos


e vamos determinar A U B e A ∩ B.

Primeiramente, marcamos todos os pontos que são extremos ou origens dos


intervalos em uma mesma reta. Em seguida, abaixo dessa reta, traçamos os intervalos
que representam graficamente os conjuntos A e B. E, por fim, é só utilizar a
definição de união e intersecção para determinar os trechos que estão em pelo menos
um intervalo e os trechos comuns aos dois intervalos, respectivamente. Veja a
solução de A ∩ B na figura a seguir e de onde é também facilmente observado o
resultado de A U B:

A ∩ B = {x ε R | 1 < x ≤ 6} e A U B = {x ε R | -1 ≤ x}

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Figura 7 – Intersecção de intervalos.

7. Unidades de medida: distância, massa e tempo.

Unidade de medida é uma quantidade específica de determinada grandeza física e


que serve de padrão para eventuais comparações, e que serve de padrão para outras
medidas.

Sistema internacional de unidades (SI): Por longo tempo, cada região, país teve um
sistema de medidas diferente, criando muitos problemas para o comércio devido à
falta de padronização de tais medidas. Para resolver o problema foi criado o Sistema
Métrico Decimal que adotou inicialmente adotou três unidades básicas: metro, litro e
quilograma.

Entretanto, o desenvolvimento tecnológico e científico exigiu um sistema padrão de


unidades que tivesse maior precisão nas medidas. Foi então que em 1960, foi criado
o Sistema Internacional de unidades(SI). Hoje, o SI é o sistema de medidas mais
utilizado em todo o mundo.

As conversões de unidades mais utilizadas com base no Sistema Internacional são:

Distância de metro para centímetros 1 m = 100 cm


Massa de quilograma para grama 1kg = 1000 g
Tempo de hora para segundos 1 h = 3600 s

Medidas de distância
O comprimento significa uma medida unidimensional, tal como uma linha reta, e
tanto pode servir para medir o comprimento de um objeto quanto uma distância entre
dois pontos. Você pode utilizar essa medida para expressar desde o tamanho da
lateral de uma mesa até o comprimento de uma estrada.

Sua unidade fundamental é o metro, o que significa que esta medida é utilizada como
padrão, sendo todas as demais unidades múltiplas ou submúltiplas do metro.

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Aliás, já notou como nas Olimpíadas as distâncias das provas são medidas em
metros? Isto ocorre por tratar-se da Unidade Fundamental de comprimento
(distância, altura etc.). As provas são 100 metros, 200 metros, 110 metros com
barreiras, 1.500 metros, 10.000 metros, 100 metros nado livre etc. Uma exceção
notável é a maratona, que tem pouco mais que 42 quilômetros.

Isto ocorre porque para distâncias muito grandes você deve utilizar os múltiplos do
metro, assim como para medidas muito pequenas você deve se valer dos chamados
submúltiplos da unidade fundamental, como o centímetro ou o milímetro.

Múltiplos e Submúltiplos do Metro


Embora o metro seja a unidade fundamental, nem sempre a sua utilização será a mais
prática. Por exemplo, entre o Rio de janeiro e São Paulo a distância é de
aproximadamente 400.000 metros. Por tratar-se de um número muito grande, é muito
mais adequado expressá-la como 400 quilômetros.

Na outra ponta, o seu celular tem uma altura de cerca de 0,012 metros. Por tratar-se
de uma medida muito pequena, é mais prático expressá-la como 12 centímetros.

Observe o quadro de múltiplos e submúltiplos da Unidade Fundamental:

Múltiplos Unidade Submúltiplos


Fundamental

quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro

km hm dam m dm cm mm
1.000 m 100 m 10 m 1m 0,1 m 0,01 m 0,001 m

Para formar os múltiplos e submúltiplos do metro, valemo-nos dos prefixos, que se


associam à Unidade Fundamental. Procure fixar na memória o significado de cada
um deles, listados a seguir, pois eles são utilizados para a formação dos múltiplos e
submúltiplos de quase todas as outras medidas. Veja:

Quilo (k) = Vale 1.000 vezes a unidade;


Hecto (h) = Vale 100 vezes a unidade;
Deca (da) = Vale 10 vezes a unidade;
Deci (d) = Vale a décima parte da unidade;
Centi (c) = Vale a centésima parte da unidade;
Mili (m) = Vale a milésima parte da unidade.

Jamais utilize os prefixos desacompanhados de suas unidades fundamentais. Nesse


caso, o metro, pois eles nada significam isoladamente. A única exceção, como
veremos mais tarde, é com relação ao quilo como medida de peso.

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Observe a tabela a seguir, que representa as equivalências a 1, 10, 100 e 1.000
metros.

Milímetro Centímetro Metro(m) Quilômetro


(mm) (cm) (km)
1.000 100 1 0,001
10.000 1.000 10 0,01
100.000 10.000 100 0,1
1.000.000 100.000 1.000 1

No sistema internacional de unidades, a unidade de comprimento é o metro (m). O


metro possui múltiplos e submúltiplos. Os principais são:

Quilômetro (km): 1 km = 1000 m


Hectômetro (hm): 1 hm = 100 m
Decâmetro (dam): 1 dam = 10 m
Decímetro (dm): 1 dm = 10-1 m
Centímetro (cm): 1 cm = 10-2 m
Milímetro (mm): 1 mm = 10-3 m

Método Prático
km hm dam M dm cm mm

Medidas de massa
Massa é a quantidade de matéria que um corpo possui, sendo, portanto, constante em
qualquer lugar da Terra ou fora dela.
Peso de um corpo é a força com que esse corpo é atraído (gravidade) para o centro da
Terra. Varia de acordo com o local em que o corpo se encontra. Por exemplo:
Amassa do homem na Terra ou na lua tem o mesmo valor. O peso, no entanto, é seis
vezes maior na terra do que na lua. Explica-se esse fenômeno pelo fato de a
gravidade terrestre ser seis vezes superior à lunar.
Como a gravidade na Terra é considerada de valor 1, podemos dizer que, nas
medições feitas na superfície terrestre, massa e peso se equivalem, ou seja, têm o
mesmo valor, desde que os corpos medidos mantenham-se na superfície terrestre,

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caso que abrange todos os exemplos práticos do nosso dia-a-dia. O peso é medido
por instrumentos denominados balanças e sua unidade fundamental é o quilograma.
Originalmente, a medida do quilograma era igual à massa de 1 litro de água
desmineralizada a 15 ºC. Mais tarde, no entanto, percebeu-se a imprecisão desta
definição, dada a variação do volume de água em função de sua pureza. Mais tarde,
passou-se a adotar como modelo um objeto padrão, cuja massa é, dentro do que foi
possível, igual à massa de 1 litro de água destilada a 15 ºC.
Por este sumário, pode-se perceber que as medidas de massa, assim como as de
volume, também se relacionam proximamente com as medidas de capacidade.
Uma observação: Apalavra grama é, quando empregada no sentido de “unidade de
medida de massa de um corpo”, um substantivo masculino. Assim, por exemplo,
“200 g” são lidos como “duzentos gramas”.
Outros exemplos: dois quilogramas, quinhentos miligramas, duzentos e dez gramas,
oitocentos e um gramas etc.

Quilograma e Grama
Embora a Unidade Fundamental de massa seja o quilograma, ocorre uma
singularidade no caso das medidas de massa, já que costumamos utilizar, na prática,
o grama como unidade principal.
Lembre-se ainda que o prefixo quilo (símbolo k) indica que a unidade está
multiplicada por mil. Ainda que nós digamos de forma simplificada “quilo” ao
de “quilograma”, jamais use o k sozinho. O certo é kg, ou seja, mil vezes o grama.

Múltiplos e Submúltiplos do Grama

Múltiplos Unidade Submúltiplos


principal
quilogra hectogra decagra grama decigra centigra miligra
ma ma ma ma ma ma
kg hg dag g dg cg mg

1.000 g 100 g 10 g 1g 0,1 g 0,01 g 0,001 g

Observe que cada unidade de volume é dez vezes maior que a unidade
imediatamente inferior.
Exemplos:
1 dag = 10 g
1 g = 10 dg
Relações importantes
Como dissemos, podemos relacionar as medidas de massa com as medidas de
volume e capacidade. Assim, para a água pura (destilada) a uma temperatura de 4ºC
é válida a seguinte equivalência:

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1 kg <=> 1 dm3 <=> 1 l

São válidas também as relações:

1 m3 <=> 1 kl <=> 1 t

3
1 cm <=> 1 ml <=> 1 g

Na medida de grandes massas, podemos utilizar ainda as seguintes unidades


especiais:
1 arroba = 15 kg»»
1 tonelada (t) = 1.000 kg»»
1 megaton = 1.000 t ou 1.000.000 kg»»

Leitura das Medidas de Massa


A leitura das medidas de massa segue o mesmo procedimento aplicado às medidas
lineares.
Exemplos:
Leia a seguinte medida: 83,732 hg

kg hg dag g Dg cg mg

8 3, 7 3 1

Lê-se 83 hectogramas e 731 decigramas

Medidas de tempo

O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre
as sucessivas passagens do Sol sobre um dado meridiano deu origem ao dia solar. O
passo seguinte foi a divisão do dia solar em unidades menores de tempo, que fossem
regulares e pudessem ser mensuradas.

A unidade básica fundamental escolhida foi o segundo e, desde os primórdios, este


corresponde a 1/86.400 do dia solar médio. Isso significa que um dia tem 86.400

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segundos. Pode-se, assim, dizer que a unidade de tempo é a mais antiga medida
adotada pelo homem que permanece universalmente válida.

Quadro de unidades
Múltiplos
minutos hora dia
min h d
60s 60min = 3.600s 24 h = 1.440 min
= 86.400s

Principais submúltiplos do segundo:


Décimo de segundo = 1s/10
Centésimo de segundo = 1s/100
Milésimo de segundo = 1s/1.000

Das unidades de medida estudadas aqui, as medidas de tempo são as únicas que não
pertencem ao Sistema Métrico Decimal. Isto é muito importante na hora de realizar
contas e conversões.

Por exemplo, é muito normal vermos em textos a notação 2,40 h, como forma de
representar 2 horas e 40 minutos. Está totalmente errado, pois, como vimos, o
sistema de medidas de tempo não é decimal.

Para o símbolo da unidade de tempo “hora” (h), “minuto” (min) e segundos (s), não
deve haver espaço entre o valor medido e as unidades, porém, deve haver um espaço
entre o símbolo da unidade de tempo e o valor numérico seguinte.

8h 35min 20s espaços de até um caractere.

Outras unidades de tempo importantes:

Mês (comercial) = 30 dias


Ano (comercial) = 360 dias
Ano (normal) = 365 dias e 6 horas
Ano (bissexto) = 366 dias
Semana = 7 dias
Quinzena = 15 dias
Bimestre = 2 meses
Trimestre = 3 meses
Quadrimestre = 4 meses
Semestre = 6 meses
Biênio = 2 anos
Lustro ou quinquênio = 5 anos
Década = 10 anos

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Século = 100 anos
Milênio = 1.000 anos

8. Representação de pontos no plano cartesiano.

O plano cartesiano é uma construção geométrica, a partir da qual podemos melhor


“visualizar” as relações entre duas quantidades através de uma representação gráfica.
O plano cartesiano consiste de dois eixos perpendiculares que se interceptam no
ponto “de coordenadas” (0,0) .

Observe que estamos também utilizando o termo coordenadas para designar pares
ordenados. O primeiro número do par ordenado é chamado abcissa, enquanto o
segundo número é chamado ordenada.

Cada par ordenado é representado por um ponto no plano cartesiano, em particular o


ponto (0,0) é chamado de origem do sistema de coordenadas. Desta forma
podemos representar graficamente relações entre duas quantidades.

Na figura 1 vemos a relação entre as quantidades x e y ,

a b

Figura 1 – O gráfico representa uma relação existente entre as quantidades x e y .

Observe que para o valor de abcissa x  a corresponde o valor de ordenada y  c .


Normalmente, uma relação entre duas quantidades pode ser representada por uma
relação matemática. Por exemplo,

y  2x  3 (1)

que admite um número infinito de pares ordenados ( x, y) como solução. Dentre eles
citamos:

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Abcissa , ordenada Par ordenados
x=0 => y=3 (0,3)
x=1 => y=5 (1,5)
x=-1 => y=1 (-1,1)
x=2 => y=7 (2,7)
............ ..........

Tabela 1 – Pares ordenados que satisfazem a relação dada pela equação 1

O conjunto de pares ordenados que satisfazem a equação (1) podem ser


representados no plano cartesiano como pode ser visto na figura 2. Dizemos que a
figura 2 é o gráfico da relação entre as quantidades x e y dada pela equação 1.

x
1

Figura 2 – Gráfico da relação dada pela equação 1.

Conceito de função

Considere um conjunto de P pessoas de uma cidade. Seja D o conjunto de


impressões digitais destas pessoas. Cada pessoa possui dez impressões digitais. Já
que a relação entre digitais e pessoas é de interesse prático, introduzimos os pares
ordenados
(impressão digital, pessoa) .
Observe que os conjuntos P (pessoas) e D (impressões digitais) possuam uma
propriedade marcante, ou seja, a cada impressão digital x esta associada exatamente
a uma única pessoa y .
Tal relação, impressão digital – pessoa, é chamada mapeamento ou função. Note que
a unicidade da associação no exemplo acima é apenas em uma direção, pois cada
pessoa y possui mais de uma impressão digital.
Matematicamente representamos este mapeamento ou função como:

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f :x y
ou
x  f (x)
ou
y  f (x) .
No restante do curso chamaremos a relação entre as quantidades x e y de função e a
representaremos matematicamente por y  f (x) , que é a forma mais tradicional.
As duas primeira notações são mais modernas (atuais).
Representamos esquematicamente abaixo esta associação em as quantidades x e y

Figura 3 – Esquema da relação entre as quantidades x e y dada por uma relação


matemática .

As quantidades x são chamadas de variável independente e as quantidades y são


chamadas de variável dependente. O conjunto das variáveis independentes x é
chamado de domínio da função f . O conjunto das variáveis dependentes y é
chamado de imagem da função f .

9. Álgebra básica: equações, sistemas e problemas do


primeiro grau.

As equações foram introduzidas pelo conselheiro do rei da França, Henrique IV, o


francês François Viète, nascido em 1540.

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Através da matemática Viète decifrava códigos secretos que era mensagens escritas
com a substituição de letras por numerais. Desta forma Viète teve uma idéia simples
mas genial: fez o contrário, ou seja, usou letras para representar os números nas
equações.

O sinal de igualdade foi introduzido por Robert Recorde (matemático inglês) que
escreveu em um de seus livros que para ele não existiam duas coisas mais parecidas
que duas retas paralelas. Um outro matemático inglês, Thomas Harriot, gostou da
idéia de seu colega e começou a desenhar duas retas para representar que duas
quantidades são iguais:
Exemplo:
_________
400 cm _________ 4 m

Assim, diminuiu-se um pouco este sinal, =, passando a usá-lo nas equações de Viète.
Até o surgimento deste sistema de notação as equações eram expressas em palavras e
eram resolvidas com muita dificuldade. A notação de Viète significou o passo mais
decisivo e fundamental para construção do verdadeiro idioma da Álgebra: as
equações. Por isso, Fraçois Viète é conhecido como o Pai da Álgebra.

Equação 1˚grau
Equação é uma igualdade que só se verifica para determinados valores atribuídos às
letras (que se denominam incógnitas).
Incógnita: Quantidade desconhecida de uma equação ou de um problema; aquilo que
é desconhecido e se procura saber; enigma; mistério. (Dicionário Silveira Bueno –
Editora LISA)

Exemplo:

a) x
 2 
- 5
 só é verdade para x = 7
1º membro 2º membro
b) 3x + y = 7 só é verdade para alguns valores de x e y, como por exemplo x = 2
e y = 1 ou x = 1 e y = 4.

Os valores atribuídos às incógnitas que tornam verdadeiras as igualdades


denominam-se raízes da equação.
Se a equação contiver apenas uma incógnita e se o maior expoente dessa incógnita
for 1 então a equação é dita equação do 1º grau a uma incógnita.

Resolução de uma equação do 1º grau a uma incógnita

Resolver uma equação é determinar sua raiz. No caso de uma equação do 1º grau a
uma incógnita, consegue-se resolve-la isolando-se a incógnita no 1º membro,
transferindo-se para o 2º membro os termos que não contenham a incógnita
efetuando-se a operação inversa (as operações inversas são: adição e subtração;
multiplicação e divisão; potenciação e radiciação).

Exemplos:

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a) x+2=7  x+2–2=7–2  x=5


b) x–3=0  x–3+3=0+3  x=3
2x 8
c) 2x  8    x4
2 2
x 3* x
d) 5   3 * 5  x  15
3 3

Se o coeficiente da incógnita for negativo, convém, utilizar as operações dos sinais:

- 2x - 8
 2x  - 8    x4
-2 -2
Se a equação envolver simultaneamente denominadores e adição ou subtração, o
primeiro passo será eliminar os denominadores, o que se faz mediante a aplicação da
seguinte regra:

Calcula-se o m.m.c. dos denominadores; divide-se o m.m.c.


encontrado por cada um dos denominadores e multiplicam-
se os resultados pelos respectivos numeradores.

Os passos seguintes são descritos no exemplo a seguir:

3x - 2 3x  1 4x - 6
- 
2 3 5

1º Passo: Eliminam-se os denominadores, se houver:


m.m.c. (2; 3; 5) = 30
Logo: 15 * (3x – 2) – 10 * (3x + 1) = 6 * (4x – 6)

2º Passo: Eliminam-se os parênteses, efetuando as multiplicações indicadas:


45x – 30 – 30x – 10 = 24x – 36

3º Passo: Transpõem-se os termos que contém a incógnita para o 1º membro, e os


independentes (os que não contém a incógnita) para o 2º, efetuando as operações
necessárias:
45x – 30x – 24x = - 36 + 30 + 10

4º Passo: Reduzem-se os termos semelhantes em cada membro:


-9x = 4

5º Passo: Divide-se os dois membros pelo valor que o x está sendo multiplicado,
desta maneira isola-se a incógnita:
 9x 4

9 -9

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6º Passo: Sendo o divisor ou o dividendo negativo, a fração passa a ser negativa
também:
4
x-
9

VERIFICAÇÃO OU “PROVA REAL”

Substitui-se a raiz encontrada em cada um dos membros da equação dada. Os valores


numéricos devem ser iguais

Sistema de equação do 1º grau com duas incógnitas


A forma genérica de um sistema é:

ax  by  c
 onde a, b, c, m, n, p   (Reais)
mx  ny  p

a. Equação a duas incógnitas: Uma equação a duas incógnitas admite


infinitas soluções. Por exemplo, a equação 2x – y = 4 é verificada para um número
ilimitado de pares de valores de x e y; entre estes pares estariam:
b.
(x = 4; y = 4), (x = 2; y = 0), (x = -1; y = -6), etc.

c. Sistema de duas equações a duas incógnitas: resolver um sistema de suas


equações a duas incógnitas é determinar os valores de x e y que satisfaçam
simultaneamente às duas equações. Por exemplo o sistema:
d.
5x  y  16 x  3
 tem solução para 
2x  3y  3 y  1
Pois apenas estes valores satisfazem simultaneamente às duas igualdades.
Estudar-se-á nesta apostila três métodos de solução para um sistema, são eles:
Substituição, comparação e adição.

SUBSTITUIÇÃO

2x  3y  8 equação 1
1º) Seja o sistema: 
5x  2 y  1 equação 2

2º) Isola-se uma das incógnitas em uma das equações, por exemplo, o valor de x na
equação 1:

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2 x  3y  8
2 x  8  3y
8  3y
x equação 3
2

3º) Substitui-se x da equação 2 pelo seu valor (equação 3):


 8 - 3y 
5*   2y  1 equação 4
 2 
4º) Resolve-se a equação 4 determinando-se o valor de y:
5 * 8  3y   4 y  2
40  15y  4 y  2
19 y  38
y2

5º) O valor obtido para y é levado à equação 3 (em que já está isolado) e determina-
se x:
8  3 * 2 
x
2
86
x
2
 x 1

6º) A solução do sistema é:


x=1 e y=2

COMPARAÇÃO

7 x  3y  33
1º) Seja o sistema: 
5x  2 y  7

2º) Isola-se a mesma incógnita nas duas equações:


33  3y 7  2y
x e x
7 5

3º) Igualam-se os segundos membros pois os primeiros são iguais (x = x):


33 - 3y 7  2 y

7 5

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4º) Resolve-se a equação e determina-se y:


5 * 33  3y   7 * 7  2 y 
165  15y  49  14 y
29 y  16
 y4

5º) O valor de y é levado a qualquer das equações em que x está isolado e determina-
se o valor de x:
33 - 3y 33  3 * 4 33  12 21
x   
7 7 7 7
 x3

6º) A solução do sistema é:


x=3 e y=4

ADIÇÃO

Este método consiste em somar, membro a membro, as duas equações com o objetivo
de, nesta operação, eliminar uma das incógnitas e só é vantajoso no caso de os
coeficientes de uma das incógnitas serem simétricos.

Exemplos:

x  y  4 equação 1
a) 
x  y  0 equação 2
Somando, membro a membro, vem:
2x  4  x  2
Substituindo o valor de x na equação 1 (ou na equação 2, fica a critério do aluno),
vem:
2 y  4  y  2

3x  2 y  7 3x  2y  7
b)   
5x  y  3  * (2) 10x - 2y  6
Somando, membro a membro, vem:
13x  13  x  1
Substituindo o valor de x na 1ª equação (ou na 2ª, fica a critério do aluno), vem:

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3 *1  2y  7  3  2y  7  2y  4  y  2

Problemas do1˚ grau.

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10. Porcentagem e proporcionalidade direta e inversa.

Porcentagem é a razão que tem 100 por consequente.

50
= 50% (lê-se “50 por cento”)
100

15
= 15% (lê-se “15 por cento”)
100

Se uma loja estiver dando 30% de desconto para qualquer mercadoria, então o
valor desse desconto é chamado porcentagem.
O cálculo da porcentagem é feito aplicando-se a técnica da “Regra de Três
Simples”.

EXEMPLO:

Ao comprar uma camisa de R$ 120,00, obtive 20% de desconto no preço. De quanto


foi esse desconto (porcentagem)?

120 ------------ 100%


120.20
x ------------ 20% x= x = 24,00
100

Vendi um relógio por R$ 170,00 com 15 % de prejuízo. Quanto havia pago por ele?

170 ----------- 85%


170.100
x ----------- 100% x= x = 200,00
85

Vendi um terreno por R$ 4.800,00 com 20% de lucro. Quanto eu havia pago por
ele?

4.800 ---------- 120


4800.100
x ---------- 100 x= x = 4.000,00
120

Proporcionalidade Direta

Diz-se que duas grandezas são diretamente proporcionais quando a razão entre elas é
constante: têm uma relação de proporcionalidade direta.

Este valor constante chama-se constante de proporcionalidade direta. Se não existir


esta constante não há proporcionalidade direta.

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As relações de proporcionalidade direta são traduzidas por expressões analíticas.

Os elementos da proporção são y e x. O valor da razão entre eles é sempre k.


Traduzido graficamente, isto significa que a proporcionalidade direta é sempre
representada, em gráficos, por uma reta que passa pela origem do referencial.

y/x= k

Numa relação de proporcionalidade direta, há sempre dois fatores em comparação.

Proporcionalidade Inversa

Em Matemática, para dizermos, que duas variáveis são inversamente proporcionais,


não é suficiente que uma aumente enquanto a outra diminui; é também necessário
que esta relação se verifique na mesma proporção.

De um modo geral, temos:


Se o produto de duas variáveis é constante, as duas variáveis são inversamente
proporcionais.

Sendo x e y as variáveis inversamente proporcionais, temos:

x .y = k, k constante de proporcionalidade

ou

Nota: O gráfico de uma situação de proporcionalidade inversa nunca intersecta nem


o eixo das abcissas (x) nem o das ordenadas (y).

11. Sequências, reconhecimento de padrões, progressões


aritmética e geométrica.

As Progressões Aritméticas são sequencias em que cada termo a partir do segundo é


igual a soma do anterior com uma constante, essa constante é chamada de razão e é
representada pala letra r.

Exemplo: 0, 2, 4, 6, 8, 10. Observando cada termo podemos perceber que a razão


r=2.

É muito importante sabermos sobre as propriedades de uma progressão aritmética.


Mostraremos então algumas dessas propriedades.

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 A Soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual a soma dos
extremos. Exemplo: Considere a Progressão Aritmética (5, 9, 13, 17, 21, 25), temos
9+21=5+25=13+17.

 Todo termo com exceção dos extremos, é a média aritmética entre o termo
que o precede e o que o sucede. Considerando a sequencia do exemplo anterior,
temos: 9=5+132; 13=(9+17)2 ; 21=(17+25)2.

 O termo central, quando existir, é a média aritmética entre os extremos.


Exemplo: Considere a sequencia 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14. 8=(2+14)2.

Passaremos agora as representações de algumas progressões aritméticas de três,


quatro e cinco termos, são respectivamente, x-r, x, x+r, x-3r, x-r, x+r, x+3r e x-2r, x-
r, x, x+r, x+2r.

Termo Geral de uma Progressão Aritmética

Seja a sequencia (a1, a2,a3,a4, …) uma progressão aritmética de razão r, podemos


escrever qualquer elemento em função de seu primeiro termo, temos: a2= a1+r;
a3=a1+2r; a4=a1+3r. Prosseguindo dessa forma podemos concluir que:an=a1+n-1 r,
onde n representa o número de termos e pertence ao conjunto dos números naturais
N*.

Soma dos n primeiros termos de uma Progressão Aritmética.

Temos que a soma dos n primeiros termos é dado pela seguinte fórmula:

sn= (a1+an)2, onde n representa o número de termos e pertence aos naturais


N*.

Sequencias aritméticas e financiamento

Na compra de uma casa a prazo, Rui pagou R$ 3.500,00 de entrada e 12 prestações


que decaiam em PA, sendo a 1ª de R$ 660,00, a 2ª de R$ 630,00, a 3ª de R$ 600,00,
e assim por diante.

a) Qual é o valor da última prestação?

Usando o conhecimento que vimos sobre o assunto vamos a resolução do problema.

Utilizando o termo geral da PA, temos:

an= a1+n-1r

Dados: temos a seqüência ( 660, 630,600,....), onde r=-30 , a1=660 e n=12

Usando a fórmula podemos escrever:

a12=660+12-1(-30)

a12=660+11(-30).

a12=660-330

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a12=330.

Então o valor da ultima prestação é de R$ 330,00.

As sequencias geométricas são sequencias em que cada termo, a partir do segundo, é


obtido multiplicando-se o anterior por uma constante q chamada de razão. Exemplo:
(2, 10, 50, 250,1250). Observando a sequencia verificamos que a razão q = 5.

Representação de uma sequencia geométrica de três termos ( xq , x ,xq) , onde q é a


razão. Ilustraremos um exemplo para melhor compreensão.

Propriedades

 Numa sequencia geométrica o produto dos termos extremos é igual ao


produto dos termos equidistantes dos extremos.

 A partir do segundo, cada termo é a média geométrica entre o termo que


antecede e o termo que sucede.

Termo Geral da sequencia geométrica

Dada a sequencia (a1, a2, a3, …, an, …), de razão q, podemos escrever
qualquer termo em função do primeiro termo, temos: a2=a1*q; a3= a1*q2 ;
a4=a1*q3. Generalizando podemos chegar a fórmula do termo geral da progressão
geométrica: an=a1*qn-1, com n pertencente aos N*.

Soma de uma progressão geométrica finita

Considerando a sequencia (a1, a2, a3, …, an, …) uma progressão geométrica


com razão q≠1,podemos calcular a soma de seus termos utilizando a seguinte
fórmula matemática:

Sn=(a1*qn-1)q-1,sendo n é um número natural.

Soma dos termos de uma progressão geométrica infinita

Seja (a1, a2, a3, …, an, …) um progressão geométrica de razão q com


infinitos termos, e -1<q<1. Podemos calcular sua soma através da seguinte fórmula
matemática:

Sn=a1(1-q).

Pra fixar o conteúdo faremos um exemplo:

Determine a fração geratriz da dizima: 0,33333....

Solução: Escrevemos inicialmente a dízima como uma soma infinita. Chamamos de


x a dízima, assim temos: x=0,4+0,04+0,004+0,0004…

Retirando os dados vemos que: a1=0,4 e q=0,1. Escrevendo os dados na formula da


progressão geométrica infinita, temos:

Sn=0,41-0,1

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Sn=0,40,9

Sn=49.

Progressão aritmética ( PA )
Consideremos a sequencia ( 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16).
Observamos que, a partir do segundo termo, a diferença entre qualquer termo e seu
antecessor é sempre a mesma:

4 – 2 = 6 – 4 = 10 – 8 = 14 – 12 = 16 – 14 = 2

Sequencias como esta são denominadas progressões aritméticas (PA).A diferença


constante é chamada de razão da progressão e costuma ser representada por r. Na
PA dada temos r = 2.
Podemos, então, dizer que:

Progressão aritmética é a sequencia numérica onde, a partir do primeiro termo, todos


são obtidos somando uma constante chamada razão.

São exemplos de PA:

 (5, 10, 15, 20, 25, 30) é uma PA de razão r = 5


 (12, 9, 6, 3, 0, -3) é uma PA de razão r = -3
 (2, 2, 2, 2, 2,...) é uma PA de razão r = 0

Notação

PA( a1, a2, a3, a4, ...., an)


Onde:
a1= primeiro termo
r = razão
n = número de termos( se for uma PA finita )
an = último termo, termo geral ou n-ésimo termo

Exemplo: PA (5, 9, 13, 17, 21, 25)


a1 = 5 r = 4 n = 6 an = a6 = 25

Classificação

Quanto a razão:
 (5, 10, 15, 20, 25, 30) é uma PA de razão r = 5.
Toda PA de razão positiva ( r > 0 ) é crescente.
 (12, 9, 6, 3, 0, -3) é uma PA de razão r = -3
Toda PA de razão negativa ( r < 0) é decrescente.
 (2, 2, 2, 2, 2,...) é uma PA de razão r = 0
Toda PA de razão nula ( r = 0 ) é constante ou estacionária.

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Quanto ao número de termos:


 (5, 15, 25, 35, 45, 55) é uma PA de 6 termos e razão r = 10.
Toda PA de n° de termos finito é limitada.
 (12, 10, 8, 6, 4, 2,...) é uma PA de infinitos termos e razão r = -2,
Toda PA de n° de termos infinito é ilimitada.

Propriedades

P1:Três termos consecutivos

Numa PA, qualquer termo, a partir do segundo, é a média aritmética do seu


antecessor e do seu sucessor.

Exemplo:

Consideremos a PA(4, 8, 12, 16, 20, 24, 28) e escolhamos três termos consecutivos
quaisquer: 4, 8, 12 ou 8, 12, 16 ou ... 20, 24, 28.
Observemos que o termo médio é sempre a média aritmética dos outros dois termos:
4  12 8  16 20  28
 8,  12,...,  24
2 2 2
seja a PA
a1  a3
( a1, a2, a3 ) temos que:
a2 
2

Exemplo1: Determine x para que a sequencia ( 3, x+3, 15) seja uma PA

X+3 = ( 3 + 15) / 2 => x+3 =9 => x= 6 ( 3, 6+3 , 15) => (3, 9 , 15)

exemplo2: Determinar x para que a sequencia (3+x,5x,2x+11) seja PA


resolvendo essa equação obtém-se x=2

(3  x)  (2 x  11)
5x 
2
P2: Termo Médio

Numa PA qualquer de número ímpar de termos, o termo do meio(médio) é a média


aritmética do primeiro termo e do último termo.

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Exemplo: Consideremos a PA(3, 6, 9, 12, 15, 18, 21) e o termo médio é 12.
Observemos que o termo médio é sempre a média aritmética do primeiro e do
3  21
 12
último. 2

Representação genérica de uma PA de três termos

Para a resolução de certos problemas (envolvendo soma ou produto dos termos da


PA). É de grande utilidade representar uma PA nas seguintes formas: (x, x+r,x+2r)
ou (x-r ,x, x+r) onde “r” e a razão da PA.
Exemplo Determinar a PA crescente de três termos,sabendo que a soma desses

termos é 3 e que o produto vale –8

Soma dos ermos x-r + x + x+r = 3 => 3x=3 => x = 1

Produto dos termos (1- r).(1).(1+r) = -8 => 1-r2 = - 8 => 1+8 = r2 => r2 = 9 r =

+3 ou -3 como a PA é crescente temos que r = 3 resposta (-2,1,4)

P3: Termos Equidistantes

A soma de dois termos equidistantes dos extremos de uma PA finita é igual à soma
dos extremos.

Exemplo:
Consideremos a PA(3, 7, 11, 15, 19, 23, 27, 31).

7 e 27
11 e 23 são os termos equidistantes dos extremos 3 e 31

15 e 19

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Termo Geral

Uma PA de razão r pode ser escrita assim:


PA( a1, a2, a3, a4, ...., an-1 an)
Aplicando a definição de PA, podemos escrevê-la de uma outra forma:

PA( a1, a2, a3, a4, ...., an-1 ,an)

+r+r+r+r +r
PA( a1, a1+ r, a1+ 2r, a1+ 3r, a1+ 4r, ..., a1+ (n-1)r )

Portanto, o termo geral será:

an = a1 + (n-1)r, para n N *

Soma dos Termos de uma PA finita

Consideremos a sequencia ( 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20).


Trata-se de uma PA de razão 2. Suponhamos que se queira calcular a soma dos
termos dessa sequencia, isto é, a soma dos 10 termos da PA(2, 4, 6, 8, ..., 18,20).

Poderíamos obter esta soma manualmente, ou seja, 2+4+6+8+10+12+14+16+18+20


=110. Mas se tivéssemos de somar 100, 200, 500 ou 1000 termos? Manualmente
seria muito demorado.

Por isso precisamos de um modo mais prático para somarmos os termos de uma PA.
Na PA( 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20) observe:

a1+a10 = 2 + 20 = 22 a2+a9 = 4 + 18 = 22 a3+a8 = 6 + 16 = 22


a4+a7 =8 + 14 = 22 a5+a6 = 10 + 12 = 22

Note, que a soma dos termos equidistantes é constante ( sempre 22 ) e apareceu


exatamente 5 vezes (metade do número de termos da PA, porque somamos os termos
dois a dois).

Logo devemos ao invés de somarmos termo a termo, fazermos apenas 5 x 22 = 110,


e assim, determinamos S10 = 110 ( soma dos 10 termos ).

E agora se fosse uma progressão de 100 termos como a PA(1, 2, 3, 4,...,100), Como
faríamos?
Procederemos do mesmo modo. A soma do a1 com a100 vale 101 e esta soma vai se
repetir 50 vezes(metade de 100), portanto S100 = 101x50 = 5050.

Então para calcular a soma dos n termos de uma PA somamos o primeiro com o
último termo e esta soma irá se repetir n/2 vezes. Assim podemos escrever:

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Progressão geométrica ( PG)

Progressão geométrica PG é qualquer sequencia de números reais ou complexos,


onde cada termo a partir do segundo é igual ao anterior, multiplicado por uma
constante denominada razão.

Exemplos: (1,2,4,8,16,32, ... ) PG de razão 2


(5,5,5,5,5,5,5, ... ) PG de razão 1
(100,50,25, ... ) PG de razão 1/2
(2,-6,18,-54,162, ...) PG de razão -3

Fórmula do termo geral:

Seja a PG genérica: (a1, a2, a3, a4, ... , a n, ... ) , onde a1 é o primeiro termo, e an é o
n-ésimo termo, ou seja, o termo de ordem n. Sendo q a razão da PG, da definição
podemos escrever:

a2 = a1 . qa3 = a2 . q = (a1 . q) . q = a1 . q2a4 = a3 . q = (a1 . q2) . q = a1 . q3.......


Infere-se (deduz-se) que: an = a1 . qn-1 , que é denominada fórmula do termo
geral da PG. Genericamente, poderemos escrever: aj = ak . qj-k

Exemplos:

a) Dada a PG (2,4,8,... ), pede-se calcular o décimo termo.


Temos: a1 = 2, q = 4/2 = 8/4 = ... = 2. Para calcular o décimo termo ou seja a 10, vem
pela fórmula:
a10 = a1 . q9 = 2 . 29 = 2. 512 = 1024

b) Sabe-se que o quarto termo de uma PG crescente é igual a 20 e o oitavo termo é


igual a 320. Qual a razão desta PG?
Temos a4 = 20 e a8 = 320. Logo, podemos escrever: a8 = a4 . q8-4 . Daí vem: 320 =
20.q4
Então q4 =16 e portanto q = 2.

Uma PG genérica de 3 termos, pode ser expressa como: (x/q, x, xq), onde q é
a razão da PG.

Propriedades principais

P1 - em toda PG, um termo é a média geométrica dos termos imediatamente anterior


e posterior.

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Exemplo: PG (A,B,C,D,E,F,G)
Temos então: B2 = A . C ; C2 = B . D ; D2 = C . E ; E2 = D . F etc.

P2 - o produto dos termos equidistantes dos extremos de uma PG é constante.


Exemplo: PG ( A,B,C,D,E,F,G)
Temos então: A . G = B . F = C . E = D . D = D2

Soma dos n primeiros termos de uma PG


Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o cálculo da soma dos n primeiros termos
Sn , vamos considerar o que segue:Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an. Multiplicando
ambos os membros pela razão q vem:
Sn . q = a1 . q + a2 .q + .... + an-1 . q + an .q .

Logo, conforme a definição de PG, podemos reescrever a expressão acima como:


Sn . q = a2 + a3 + ... + an + an . q

Observe que a2 + a3 + ... + an é igual a Sn - a1 . Logo, substituindo, vem:


Sn . q = Sn - a1 + an . q

Daí, simplificando convenientemente, chegaremos à seguinte fórmula da soma:

Se substituirmos a n = a1 . qn-1 , obteremos uma nova apresentação para a fórmula da


soma, ou seja:

Exemplo: Calcule a soma dos 10 primeiros termos da PG (1,2,4,8,...)


Temos:

Observe que neste caso a1 = 1.

Soma dos termos de uma PG decrescente e ilimitada:

Considere uma PG ILIMITADA ( infinitos termos) e decrescente. Nestas condições,


podemos considerar que no limite teremos a n = 0. Substituindo na fórmula anterior,
encontraremos:

Exemplo: Resolva a equação: x + x/2 + x/4 + x/8 + x/16 + ... =100. Ora, o primeiro
membro é uma PG de primeiro termo x e razão 1/2. Logo, substituindo na fórmula,
vem:

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Daí, vem: x = 100 . 1/2 = 50.

12. Juros.

JURO SIMPLES:

CAPITAL: (C) - Será usado no sentido restrito de dinheiro, quer seja emprestado ou
tomado por empréstimo.

TAXA: Na prática financeira, a grandeza do juro é definida por um coeficiente


denominado taxa. São duas as taxas habitualmente usadas:

►Taxa unitária (i) – que representa o juro da unidade de um capital num


determinado período tomado para unidade de tempo. Ex.: Se o juro do capital
1 real em 1 ano é 5 centavos (R$ 0,05), diz-se que a taxa unitária anual de
juro é 0,05. De acordo com a Notação Universal, representaremos por “i” essa
taxa.

►Taxa percentual (r) – que representa o juro do capital 100 no período


tomado para unidade de tempo. Ex.: Se o capital 100 reais rende 5 reais em
um ano, diz-se que a taxa anual de juro é cinco por cento (5%). Concluímos,
então, que a taxa percentual é igual a 100 vezes a taxa unitária
correspondente.

TEMPO: (t) - É o período pelo qual o capital foi emprestado ou aplicado. (dia, mês,
bimestre, trimestre, semestre, ano, etc.).

JURO: (j) - Representa a soma em dinheiro que deve ser paga pelo direito de se
dispor temporariamente de um capital, sendo, portanto um prêmio em dinheiro que o
emprestador recebe, além da restituição integral do capital cedido.

Ou ainda, juro é o “aluguel” ou o “prêmio” que se paga ou se recebe sobre o dinheiro


que se toma emprestado ou que se empresta.

Assim, se uma pessoa empresta a outra a importância de R$ 1.000,00 e após um ano


recebe a quantia emprestada mais R$ 120,00 como prêmio por esse empréstimo,
diremos que esses R$ 120,00 representam o juro do capital emprestado e
correspondem a 12% de seu valor em um ano.

Podemos então observar que o juro é uma grandeza variável, diretamente


proporcional:

 à quantia emprestada que é denominada capital (C);


 ao tempo pelo qual esse capital foi emprestado (t);

100
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 à taxa (i) que é a razão por cento entre a compensação (j) e a
quantia emprestada (C), numa unidade de tempo (d, m, a).

Exemplo:

Se um capital 100 rende i em 1 ano, quanto de j renderia o capital C em t anos?

Capital Juro Tempo


100 r 1 r 100 1 r 100
   =>  x => 
C j t j C t j C.t

C.r.t
j .100 = C.r.t => j= mas não queremos taxa percentual (r) e como a
100
taxa unitária (i) é igual a r/100, temos que j = Cit.

 12 
Exemplo: 12% ao ano,   equivale a uma taxa unitária de 0,12 a.a.
 100 

FÓRMULA PARA CÁLCULO DO JURO:

j = Cit

Onde:
j = Juro que remunera o capital expresso
monetariamente.
C = Capital emprestado expresso monetariamente
i = taxa unitária da transação expresso em %
t = tempo expresso em dia, mês, ano, etc.

Nota:
Com esta fórmula podemos resolver qualquer problema sobre juros simples, desde
que a taxa (i) e o tempo (t) estejam na mesma unidade de tempo.

Por exemplo: Se a taxa for 1% ao ano, o tempo deverá estar em anos; se for
1% ao mês, o tempo deverá também estar em mês.

Técnica de redução da unidade de tempo:

1°) Reduzir 5 anos em meses.


1 ano = 12 meses 5 anos = 5 x 12 m = 60 meses

2°) Reduzir 3 meses em anos.

101
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1 mês = 1/12 do ano 3 meses = 3 x 1/12 a 3/12 a 1/4 ano.

3°) Reduzir 100 dias em meses.


1 dia = 1/30 do mês 100 dias = 100 x 1/30 m 100/30 m 10/3 meses.

4°) Reduzir 1 ano 5 meses 10 dias em meses.


Sugestão: reduza tudo para a menor unidade (dias) e depois para a unidade
pedida.
1 x 360 d + 5 x 30 d + 10 d = 520 dias
520 d = 520 x 1/30 m 520/30 m 52/3 meses.

Aplicação prática:
1. Calcular o juro produzido por um capital de R$ 30.000,00 à taxa de 3% ao mês
durante 1 ano.
.
j=? (Sendo a taxa (i) ao mês devemos reduzir o tempo (t)
para meses).
C = 30.000 1a = 12 m
i = 3% /100 = 0,03 usar sempre taxa unitária (r/100 = i)
t = 1 a = 12 meses.

Aplicando a fórmula: j = Cit j = 30.000 x 0,03 x 12 j = R$ 10.800,00

2. Um certo capital à taxa de 36% ao ano rendeu R$ 6.240,00 de juro, durante 5


meses. Determinar o valor desse capital.
j = 6.240
C=?
I = 36% ou 0,36 aa
t = 5 m ou 5/12 a

Aplicando a fórmula:

j = Cit 6.240 = C x 0,36 x 5/12 0,15C = 6.240 C = R$


41.600,00

Caso em que o tempo não é um número inteiro de períodos.

Quando o prazo não é um número inteiro de períodos, adota-se


p
universalmente a seguinte convenção: t =
q
p 1
J p = Ci . j 1 = Ci .
q
q 3
3

p
Ou quando o prazo é composto de uma parte inteira e outra fracionária: t = m +
q

102
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p
J p = Cim + Ci .
m
q
q

JURO SIMPLES EXATO – ANO CIVIL

Considerando-se o ano civil para o cálculo do juro, deve-se contar o tempo


em seu número exato de dias. Assim, o juro de um capital colocado de 17 de março a
21 de junho do mesmo ano é calculado sobre 96 dias, número exato de dias
decorridos entre as duas datas.

Sendo, então, n o número exato de dias durante os quais um capital C é


colocado a juros simples à taxa i, obtém-se esse juro fazendo-se t = n/365 na fórmula
J = Cit, o que dá:

Cin
J=
365

ou se o ano considerado é bissexto t = n/366 e J = Cin/366.

Denominaremos o juro, assim calculado, juro simples exato.

JURO SIMPLES ORDINÁRIO – ANO COMERCIAL.

Seguindo-se a convenção do ano comercial, deve-se, logicamente, computar o


prazo de acordo com a mesma convenção, isto é, considerando-se cada mês como
tendo 30 dias. Assim, por exemplo, de 17 de março a 21 de junho do mesmo ano,
devem-se contar 94 dias, como indica o cálculo seguinte:
De 17 de março a 17 de junho....................................................90 dias
(3 meses)
De 17 de junho a 21 de junho.................................................... 4 dias
Total .......................................................................................... 94
dias

Representemos, então, por n o número de dias decorridos entre duas datas, e


calculado pelo processo acima. O juro de um capital C, colocado à taxa i durante
esse prazo, é obtido fazendo-se t = n/360 na fórmula j = Cin, do que resulta:

Cin
J=
360

103
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Denominaremos o juro, assim calculado, juro simples ordinário.

REGRA DOS BANQUEIROS:

Na prática bancária, onde as operações são raramente feitas a prazo superior a


120 dias, usa-se com freqüência o ano comercial, tomando-se, todavia, para n o
número exato de dias.

MONTANTE DE UM CAPITAL.

Se um capital é colocado a juro durante certo prazo, chama-se montante ou


valor final desse capital a soma do capital e do juro por ele produzido durante esse
prazo.

M=C+J M = C + Cit M = C(1+it)

M = C(1+it)

Por exemplo, se o capital R$ 1.000,00 foi colocado a juros, à taxa de 4% a.a.,


durante um ano e meio, o montante desse capital no fim desse prazo é:

M = 1.000 (1+ 0,04 x 1,5) M = R$ 1.060,00

TAXAS PROPORCIONAIS:

Duas taxas são proporcionais quando seus valores formam uma proporção
com os tempos a elas referidos, estão expressos na mesma unidade:

Por exemplo, a taxa semestral de 4.1/2% e a taxa quadrimestral 3% são


proporcionais porque:
0,045 ----- 6
4,5 6
0,03 ----- 4 ou 
3 4

i t
Generalizando:  onde t e t1 devem estar na mesma
i1 t1
unidade.

Por exemplo, a taxa mensal proporcional à taxa anual 6% é:

6 ---- 12

104
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6 .1 6 1
i ---- 1 => i = => i= => i = % ou
12 12 2
0,5% ao mês.

Nota-se que o juro de um capital à taxa de ½% ao mês durante 12 meses é


igual ao juro do mesmo capital à taxa de 6% ao ano durante 1 ano. Diz-se, então, que
as taxas ia e im são equivalentes.

TAXAS EQUIVALENTES:

Duas taxas são equivalentes quando, aplicadas a um mesmo capital, durante o


mesmo período produzem o mesmo juro.

Exemplo: Calcule os juros produzidos pelo capital de R$ 1.200,00:


a) à taxa de 4% a.m., durante 6 meses.
b) à taxa de 12 % a.t., durante 2 trimestres.

a) C = 1.200 J = Cit j = 1.200 . 0,04 . 6 j = R$ 288,00


i = 4% a.m.
t=6m

b) C = 1.200 J = Cit j = 1.200. 0,12 . 2 j = R$ 288,00


i = 12% a.t.
t = 2 trim.

Como os juros produzidos são iguais dizemos que 4% ao mês e 12% ao trimestre são
taxas equivalentes. Concluímos, assim, que no regime de capitalização simples as
taxas proporcionais são também equivalentes.

CÁLCULO DO JURO SIMPLES PELO MÉTODO DOS DIVISORES FIXOS:

Cin
Da fórmula J= fazendo ∆ = 360 / i e n = d (dias)
360
resulta

Cd
j=

Seja, por exemplo, calcular o juro do capital R$ 2.000,00, à taxa de 4% ao ano,


durante 54 dias.

105
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360 2000.54
∆= = 9.000 j= j = R$ 12,00
0,04 9000

CALCULO DO JURO SIMPLES PELO MÉTODO DOS MULTIPLICADORES


FIXOS:

Uma variante deste método, denominada método dos multiplicadores fixos,


consiste em calcular o juro pela fórmula J = CdM onde M (multiplicador fixo) é o
inverso do divisor fixo da taxa.

1 1
Para o exemplo anterior teríamos M= M= M =
 9000
0,00011111

E portanto j = 2.000 x 54 x 0,000111111 j = R$ 12,00


aproximadamente.

13. Geometria básica: distâncias e ângulos, polígonos,


circunferência, perímetro e área.

Ângulos
Ângulo é o nome que se dá à abertura formada por duas semi-retas que partem de
um mesmo ponto.
A
.
Indica-se:

O . α A O B ou α
.
B
Em que:
OA e OB são os lados do ângulo
“O” é o vértice do ângulo.

Ângulos importantes:
Medida

Ângulo Figura Graus Radianos

B .
Reto
.. . 90º π/2 rad
O A

106
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Raso . . . 180º π rad


A O B

A
de uma volta . . 360º 2π rad
O B

Observação: 1º = 60’ (1 grau = 60 minutos)


1’ = 60” (1 minuto = 60 segundos)

– Ângulo agudo
É aquele cuja medida é menor que a de um ângulo reto.

– Ângulo obtuso
É aquele cuja medida é maior que a de um ângulo reto e menor que a de um
raso.

– Ângulos opostos pelo vértice


São aqueles cujos lados de um são semi-retas opostas dos lados do outro.

Dois ângulos opostos β α e γ são opostos pelo vértice


pelo vértice têm medidas γ α
iguais, ou seja, são β e θ são opostos pelo vértice
congruentes. θ

– Ângulos suplementares
Dois ângulos são suplementares quando a soma de suas medidas é 180º.

α + β = 180º
β
α

– Ângulos complementares

107
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Dois ângulos são complementares quando a soma de suas medidas é 90º.

α + β = 90º
β
. α

Ângulos formados por duas retas paralelas interceptadas por uma transversal

Duas retas paralelas r e s, interceptadas por uma transversal, determinam oito


ângulos, assim denominados:
t
b a Ângulos correspondentes: a e α , b e β , c e γ , d e θ ;
r Ângulos alternos internos: c e α , d e β ;
c
d Ângulos alternos externos: a e γ , b e θ ;
β α Ângulos colaterais internos: c e β , d e α ;
s
γ Ângulos colaterais externos: a e θ , b e γ .
θ

 Propriedades

Ângulos alternos internos são congruentes


Ângulos alternos externos são congruentes
Ângulos correspondentes são congruentes
Ângulos colaterais internos são suplementares
Ângulos colaterais externos são suplementares

Polígonos
Seja (P1, P2, ..., Pn) um conjunto ordenado de n pontos de um plano, n  3 , de modo
que três pontos consecutivos quaisquer, P1P2P3, P2P3P4, ..., Pn-1PnP1 e PnP1P2 sejam
não-colineares, e considere os segmentos P1P2 , P2 P3 , ... Pn 1Pn e Pn P1 .

Chama-se polígono P1P2...Pn à união dos segmentos e P1P2 , P2 P3 , ... Pn 1Pn e Pn P1 os


quais são chamados de lados do polígono, enquanto os pontos são os vértices do
polígono.

Assim, cada figura abaixo representa um polígono, e cada um deles corresponde a


um conjunto ordenado de cinco pontos (P1, P2, P3, P4, P5).

P1
P1
P5 P1
P5
P4 P3

P4
P2 P4

P2 P3
P3 P2 P5

figura 1 figura 2 figura 3 108


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Um polígono é também chamado de contorno poligonal fechado.


Dois lados de um polígono são consecutivos quando têm uma extremidade comum.
Por exemplo: P1 P2 e P2P3, ou P1P2 e PnP1.
Um polígono é simples, se quaisquer dos lados não-consecutivos não se interceptam.
Assim, as figuras 1 e 2 representam polígonos simples.
A figura 3 não representa um polígono simples. Esse tipo de polígono é chamado de
polígono estrelado ou polígono entrelaçado.
O nosso estudo limita-se apenas aos polígonos simples, que serão daqui por diante
chamados simplismente de polígonos.
Num polígono, o número de vértices é igual ao número de lados.
Perímetro é a soma das medidas dos lados do polígono.

Nomenclatura
De acordo com o número de lados, alguns polígonos recebem nomes
especiais.

3 Triângulo
4 Quadrilátero
5 Pentágono
6 Hexágono
7 Heptágono
8 Octógono
9 Eneágono
10 Decágono
11 Undecágono
12 Dodecágono
13 Tridecágono
20 Icoságono

Polígono Convexo
Um polígono é convexo se sua região poligonal é um conjunto convexo de
pontos, ou seja, o segmento que liga dois pontos quaisquer desse conjunto está
contido nele.
Assim o polígono ABCDE da figura é um polígono convexo.

A
E

B D

109
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Caso contrário, é chamado de não-convexo. Assim, o polígono FGHLM é um
polígono não-convexo.
F L
M

G H

Ângulos de um polígono convexo


 Ângulo interno de um polígono é convexo é um ângulo formado por dois
lados consecutivos do polígono.
 Ângulo externo de um polígono convexo é um ângulo adjacente a um
ângulo interno desse polígono. E
D
A

B C

Na figura, o ângulo ADC é um ângulo interno, e o ângulo CDE é um ângulo


externo do quadrilátero ABCD.
 
Decorre dessas definições que ADC  CDE  180º .

Ângulos internos
A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono convexo de n lados
é n  2 180º .
Unindo um dos vértices aos outros n – 3, convenientemente escolhidos,
obteremos n – 2 triângulos. A soma das medidas dos ângulos internos do polígono é
igual a soma das medidas dso ângulos internos dos n – 2 triângulos.
Portanto:
Si = (n – 2) . 180º

Assim, um quadrilátero é decomposto em 2 triângulos, um pentágono, em três


triângulos, e assim por diante.
P1

P7
P2 i1 i7
i2

i6
i3 P6
P3
i5
i4

P4 P5

Ângulos externos

110
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Em todo polígono convexo, tomando-se um ângulo externo para cada vértice,
a soma de suas medidas é 360º.
P1 e7
e1 P7
P2 i1
i7 e6
i2
e2
i6
P6
i3
P3
i5 e5
e3 i4
P5
P4 e4

Como cada ângulo externo é suplementar do ângulo interno adjacente, a soma


dos ângulos internos com os ângulos externos dá 180º. n . Subtraindo a soma dos
ângulos internos, que é (n – 2) . 180º , resulta que a soma dos ângulos externos é 2 .
180º, ou seja, 360º.

Conclusão:
Se = 360º

Polígono regular
Um polígono é equilátero se possui os lados congruentes entre si, e
equiângulo, se possui os ângulos congruentes entre si.
Assim, o quadrilátero da figura 1 é equilátero e o da figura 2 é equiângulo.
A A D

B D

B
C
C
figura 1 figura 2

Um polígono convexo é regular se ele é equilátero e equiângulo.


A D A

B C B C

Observação:
Num polígono regular existe um ponto que dista igualmente dos vértices; ele
é chamado centro do polígono.

Ângulos num polígono regular


 Ângulo interno

111
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Um polígono regular é equiângulo. Sendo ai a medida de um ângulo
interno, como ele é suplementar do ângulo externo, temos:

Si (n  2)  180º
ai =  ai 
n n

 Ângulo externo
Os ângulos externos têm medidas iguais. Sendo ae a medida de um
ângulo externo, temos:

360º
ae 
n

 Diagonal
A diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades são
vértices não-consecutivos desse polígono.
Nas figuras abaixo, os segmentos AD e CE são diagonais dos polígonos
ABCDE.
E A
B

A D

B
C C D

 Número de diagonais

n.(n  3)
Se um polígono tem n lados, então ele possui diagonais
2

Na figura, tem-se um polígono de 7 lados e suas 14 diagonais.


A

G
B

F
C

E
D
Nota:
Nessa fórmula, o número (n-3) representa o número de diagonais que partem
de um vértice.

112
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Circunferência

Equações da circunferência

Equação reduzida
Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um plano equidistantes de um
ponto fixo, desse mesmo plano, denominado centro da circunferência:

Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qualquer da


circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio dessa circunferência.
Então:

Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da circunferência e


permite determinar os elementos essenciais para a construção da
circunferência: as coordenadas do centro e o raio.
Observação: Quando o centro da circunfer6encia estiver na origem ( C(0,0)),
a equação da circunferência será x2 + y2 = r2 .

Equação geral

Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral da circunferência:

113
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Como exemplo, vamos determinar a equação geral da circunferência de


centro C(2, -3) e raio r = 4.
A equação reduzida da circunferência é:
( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16
Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:

Ângulos na circunferência
Ângulo central

É todo ângulo cujo vértice coincide com o centro da circunferência.

O . α α = AB

A medida de um ângulo central é igual a medida do ângulo que ele enxerga.

Ângulo inscrito

É todo ângulo cujo vértice pertence à circunferência e os lados são cordas.

α = AB
α 2
V .
B

A medida de um ângulo inscrito é igual a metade da medida do arco que ele enxerga.

114
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Observação:
Todo ângulo inscrito numa semicircunferência é reto.

A
.

ΔABC é retângulo
B . C
O

Ângulo de vértice interno

B
C
. α
V
α = AB + CD
D . A
2
O

A medida de um ângulo de vértice interno a circunferência é igual a semi-soma das


medidas dos arcos determinados pelos seus lados.
Ângulo de vértice externo
B

α = AB – CD
. α 2
V
D
A

A medida de um ângulo de vértice externo a circunferência é igual a semidiferença


das medidas dos arcos determinados pelos seus lados.

Ângulo de segmento
VB

A
α = AB
. α 2
O

A medida de um ângulo de segmento é igual a metade da medida do arco por ele


determinado.

115
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Perímetro e área.

Áreas das principais figuras planas

1) Retângulo

2) Quadrado

3) Paralelogramo

4) Trapézio

5) Losango

6) Triângulos

a) Triângulo qualquer

b) Triângulo retângulo

116
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c) Fórmula trigonométrica da área

d) Fórmula de Heron

onde p é o semiperímetro e a, b e c são os lados.

e) Triângulo eqüilátero

f) Em função dos lados e do raio da circunferência


circunscrita

7) Hexágono regular

8) Polígono regular

117
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Onde
p é o semiperímetro e a é o apótema do polígono.
9) Círculo

Comprimento
C = 2..r
Área
A = .r2

10) Coroa circular

A = .(R2 – r2)

11) Setor circular

A =

118
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14. Semelhança e relações métricas no triângulo


retângulo.

TRIÂNGULO RETÂNGULO

A figura apresenta um triângulo retângulo, assim chamado, por ter um ângulo reto
(90º), que é o ângulo A.

O lado oposto ao ângulo A, lado BC, é denominado hipotenusa. Os lados AC e AB


são chamados de catetos.
O segmento AD representado pela letra "h" é a altura em relação à hipotenusa.

Elementos do triângulo retângulo.

Observe os triângulos retângulos abaixo:

Vamos identificar seus elementos e as respectivas medidas:

BC – Hipotenusa
AH – Altura relativa à hipotenusa
BH – Projeção do cateto AB sobre a hipotenusa
HC – Projeção do cateto AC sobre a hipotenusa
BC – A
AB – C
AC – B
AB – Cateto
AC – Cateto
AH – H
BH – N
HC - M

Entre as medidas desses elementos podemos estabelecer relações de igualdade, que


são chamadas relações métricas no triângulo retângulo.

119
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Teorema de Pitágoras

Em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma


dos quadrados das medidas dos catetos.

Esta relação, conhecida como teorema de Pitágoras pode ser


escrita na forma: a2 = b2 + c2. Tomando, por exemplo, um
triângulo onde os catetos medem 5 cm e 12 cm, a hipotenusa
valerá 13 cm pois: a2 = 52 + 122 = 25 + 144 = 169  a = 13 cm.

Como aplicação do teorema de Pitágoras podem-se deduzir


fórmulas para:
(a) diagonal de um quadrado - A diagonal é a hipotenusa de
um triângulo retângulo onde os catetos são os lados do quadrado.
Daí, d2 = L2 + L2 = 2L2 d = L2.
(b) altura do triângulo eqüilátero - Ao traçar a altura do
triângulo eqüilátero, ela divide a base em duas metades. A altura
divide também o triângulo em dois triângulos retângulos. Assim, se
L é o lado do triângulo eqüilátero, L2 = (L/2)2 + h2  4L2 = L2 +
4h2  h2 = 3L2/4  h = L3/2.

QUADRADO TRIÂNGULO EQÜILÁTERO

Outras relações métricas no triângulo retângulo

Fazendo, no triângulo retângulo anterior, BD = n e DC = m, podem


ser provadas as relações:

(1) h2 = m.n, (2) b2 = a.m, (c) c2 = a.n, além de (4) ah =


bc.

120
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Relações trigonométricas no triângulo retângulo

No triângulo retângulo são definidas as funções seno, co-seno e


tangente para os ângulos agudos da seguinte forma:

- seno do ângulo é igual à razão entre o cateto oposto e a


hipotenusa.
Assim, sen B = b/a e sen C = c/a.

- co-seno do ângulo é igual à razão entre o cateto adjacente e a hipotenusa.


Ou seja, cos B = c/a e cos C = b/a.
- tangente do ângulo é igual à razão entre o cateto oposto e o cateto adjacente.
Ou seja, tan B = b/c e tan C = c/b.

Semelhança de triângulos

Dois triângulos são semelhantes se e somente se, existe uma correspondência


biunívoca que associa os três vértices de um dos triângulos aos três vértices do outro,
de forma que:

I) lados opostos a vértices correspondentes são proporcionais.


II) ângulos com vértices correspondentes são congruentes (têm medidas iguais ou
podem coincidir por superposição).

Indica-se a semelhança dos triângulos ABC e A'B'C' por ABC


 A'B'C'.
Para verificar se dois triângulos são semelhantes basta verificar
se:
1º caso: dois de um triângulo são congruentes a dois ângulos do
outro triângulo;

2º caso: têm dois lados, respectivamente, proporcionais; e são


congruentes os ângulos formados por esses lados.

121
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3ª caso: têm os três lados proporcionais.

Relações métricas

Para o triângulo retângulo, são válidas as relações.

c= a . n b=a.m

b . c = a .h h=m.n

a=b+c

Teorema de pitágoras

EXEMPLO:

No triangulo retângulo seguinte, calcule a medida x.

Resolução:

Pelo teorema de Pitágoras,temos

( )=x+5
29=x+25
x=29-25
x=4 x= 4 x=2

Resposta : x=2

Razões trigonométricas

Vamos considerar a ângulo B

122
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Indicamos, num dos lados desse ângulo, os pontos A, A , A . A partir desses pontos,
traçamos as perpendiculares AC, A C , A C ,:

Os triângulos retângulos obtidos (BAC, BA C , BA C ,...) são todos semelhantes


entre si (tem dois ângulos congruentes). Dessa semelhanças, determinamos algumas
razões entre as medidas dos lados, chamadas razões trigonométricas:

AC = A C = A C
BC BC BC

BA = BA = BA
BC BC BC

AC = A C =A C
BA BA BA

RAZÃO SENO

É a razão estabelecida, em cada triangulo retângulo, entre a medida do cateto oposto


ao ângulo B e a medida da hipotenusa.
Indicamos; sem B.
Lemos: seno de B.
Assim:

Sem B = AC = A C = A C
BC BC BC

RAZÃO COSSENO

É a razão estabelecida, em cada triangulo retângulo, entre a medida do cateto


adjacente ao ângulo B e a medida da hipotenusa.
Indicamos : cós B.
Lemos: cosseno de B
Assim:

Cós B = BA = BA = BA
BC BC BC

RAZÃO TANGENTE

É a razão estabelecida, em cada triangulo retângulo, entre a medida do cateto oposto


ao ângulo B e a medida do cateto adjacente ao ângulo B.
Indicamos: tg B.
Lemos: tangente de B.

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Assim:

Tg B = AC = A C = A C
BA BA BA

EXEMPLO:

Da figura abaixo, podemos escrever:

Sen B = AC sen 37º = 3 (lemos: seno de 37 graus é igual a 3 )


BC 5 5

Cos B = BA cos 37º = 4 ( lemos: cosseno de 37 graus é igual a 4 )


BC 5 5

Tg B = AC tg 37 = 3 (lemos: tangente de 37 graus é igual a 3)


BA 4 4

15. Medidas de comprimento, área, volume.

Medidas de Comprimento
Sistema Métrico Decimal

Desde a Antiguidade os povos foram criando suas unidades de medida. Cada um


deles possuía suas próprias unidades-padrão. Com o desenvolvimento do comércio
ficavam cada vez mais difíceis a troca de informações e as negociações com tantas
medidas diferentes. Era necessário que se adotasse um padrão de medida único para
cada grandeza.

Foi assim que, em 1791, época da Revolução francesa, um grupo de representantes


de vários países reuniu-se para discutir a adoção de um sistema único de medidas.
Surgia o sistema métrico decimal.

Metro

A palavra metro vem do gegro métron e significa "o que mede". Foi estabelecido
inicialmente que a medida do metro seria a décima milionésima parte da distância do

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Pólo Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris. No Brasil o metro foi
adotado oficialmente em 1928.

Múltiplos e Submúltiplos do Metro

Além da unidade fundamental de comprimento, o metro, existem ainda os seus


múltiplos e submúltiplos, cujos nomes são formados com o uso dos prefixos: quilo,
hecto, deca, deci, centi e mili. Observe o quadro:

Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental

quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro

km hm dam m dm cm mm

1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os


submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medidas milimétricas, em que se exige
precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz


em um ano):

Ano-luz = 9,5 · 1012 km

O pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao sistemas


métrico decimal, são utilizadas em países de língua inglesa. Observe as igualdades
abaixo:

Pé = 30,48 cm

Polegada = 2,54 cm

Jarda = 91,44 cm

Milha terrestre = 1.609 m

Milha marítima = 1.852 m

Observe que:

1 pé = 12 polegadas

1 jarda = 3 pés

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Leitura das Medidas de Comprimento

A leitura das medidas de comprimentos pode ser efetuada com o auxílio do quadro
de unidades. Exemplos: Leia a seguinte medida: 15,048 m.

Seqüência prática

1º) Escrever o quadro de unidades:

km hm dam m dm cm mm

2º) Colocar o número no quadro de unidades, localizando o último algarismo da


parte inteira sob a sua respectiva.

km hm dam m dm cm mm

1 5, 0 4 8

3º) Ler a parte inteira acompanhada da unidade de medida do seu último


algarismo e a parte decimal acompanhada da unidade de medida do último algarismo
da mesma.

15 metros e 48 milímetros

Outros exemplos:

6,07 km lê-se "seis quilômetros e sete decâmetros"

lê-se "oitenta e dois decâmetros e cento e sete


82,107 dam
centímetros".

0,003 m lê-se "três milímetros".

Transformação de Unidades

Observe as seguintes transformações:

 Transforme 16,584hm em m.

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km hm dam m dm cm mm

Para transformar hm em m (duas posições à direita) devemos multiplicar


por 100 (10 x 10).

16,584 x 100 = 1.658,4

Ou seja:

16,584hm = 1.658,4m

 Transforme 1,463 dam em cm.

km hm dam m dm cm mm

Para transformar dam em cm (três posições à direita) devemos multiplicar


por 1.000 (10 x 10 x 10).

1,463 x 1.000 = 1,463

Ou seja:

1,463dam = 1.463cm.

 Transforme 176,9m em dam.

km hm dam m dm cm mm

Para transformar m em dam (uma posição à esquerda) devemos dividir por


10.

176,9 : 10 = 17,69

Ou seja:

176,9m = 17,69dam

 Transforme 978m em km.

km hm dam m dm cm mm

Para transformar m em km (três posições à esquerda) devemos dividir por


1.000.

978 : 1.000 = 0,978

Ou seja:

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978m = 0,978km.

Observação:

Para resolver uma expressão formada por termos com diferentes unidades,
devemos inicialmente transformar todos eles numa mesma unidade, para a seguir
efetuar as operações.

Perímetro de um Polígono

Perímetro de um polígono é a soma das medidas dos seus lados

Perímetro do retângulo

b - base ou comprimento

h - altura ou largura

Perímetro = 2b + 2h = 2(b + h)

Perímetro dos polígonos regulares

Triângulo equilátero Quadrado

P = l+ l + l P = l + l + l+ l
P=3·l P=4·l

Pentágono Hexágono

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P=l+l+l+l+l P=l+l+l+l+l+l
P=5· P=6·l

l - medida do lado do polígono regular


P - perímetro do polígono regular

Para um polígono de n lados, temos:

P=n·l

Comprimento da Circunferência

Um pneu tem 40cm de diâmetro, conforme a figura. Pergunta-se:


Cada volta completa deste pneu corresponde na horizontal a quantos centímetros?

Envolva a roda com um barbante. Marque o início e o fim desta volta no barbante.
Estique o bastante e meça o comprimento da circunferência correspondente à roda.

Medindo essa dimensão você encontrará aproximadamente 125,6cm, que é um


valor um pouco superior a 3 vezes o seu diâmetro. Vamos ver como determinar este
comprimento por um processo não experimental.

Você provavelmente já ouviu falar de uma antiga descoberta matemática:

Dividindo o comprimento de uma circunferência (C) pela medida do seu diâmetro


(D), encontramos sempre um valor aproximadamente igual a 3,14.

Assim:

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O número 3,141592... corresponde em matemática à letra grega (lê-se "pi"), que
é a primeira lera da palavra grega perímetro. Costuma-se considera = 3,14.

Logo:

Utilizando essa fórmula, podemos determinar o comprimento


de qualquer circunferência.
Podemos agora conferir com auxílio da fórmula o comprimento
da toda obtido experimentalmente.
3,141592...
C=2 r C = 2 3,14 · 20 · C = 125,6 cm

Medidas de área
Superfície e área

Superfície é uma grandeza com duas dimensões, enquanto área é a medida dessa
grandeza, portanto, um número.
Metro Quadrado
A unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado.
O metro quadrado (m2) é a medida correspondente à superfície de um quadrado com
1 metro de lado.

Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetros hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
0,000001m2
1.000.000m2 10.000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2

O dam2, o hm2 e km2 são utilizados para medir grandes superfícies, enquanto o
dm2, o cm2 e o mm2 são utilizados para pequenas superfícies.

Exemplos:

1) Leia a seguinte medida: 12,56m2


km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
12, 56
Lê-se “12 metros quadrados e 56 decímetros quadrados”. Cada coluna dessa tabela
corresponde a uma unidade de área.

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2) Leia a seguinte medida: 178,3 m2
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
1 78, 30
Lê-se “178 metros quadrados e 30 decímetros quadrados”

3) Leia a seguinte medida: 0,917 dam2


km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
0, 91 70
Lê-se 9.170 decímetros quadrados.

Medidas Agrárias
As medidas agrárias são utilizadas parea medir superfícies de campo, plantações,
pastos, fazendas, etc. A principal unidade destas medidas é o are (a). Possui um
múltiplo, o hectare (ha), e um submúltiplo, o centiare (ca).
Unidade
hectare (ha) are (a) centiare (ca)
agrária
Equivalência
100a 1a 0,01a
de valor

Lembre-se:

1 ha = 1hm2
1a = 1 dam2
1ca = 1m2

Medidas de volume
Introdução
Frequentemente nos deparamos com problemas que envolvem o uso de três
dimensões: comprimento, largura e altura. De posse de tais medidas tridimensionais,
poderemos calcular medidas de metros cúbicos e volume.

Metro cúbico
A unidade fundamental de volume chama-se metro cúbico. O metro cúbico (m3) é
medida correspondente ao espaço ocupado por um cubo com 1 m de aresta.

Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico


Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental

quilômetro hectômetro decâmetro decímetro centímetro milímetro


metro cúbico
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
1.000.000 0,000000001
1.000.000.000m3 3 1.000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 3
m m

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Leitura das medidas de volume


A leitura das medidas de volume segue o mesmo procedimento do aplicado às
medidas lineares. Devemos utilizar porem, tres algarismo em cada unidade no
quadro. No caso de alguma casa ficar incompleta, completa-se com zero(s).
Exemplos.

 Leia a seguinte medida: 75,84m3


km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
75, 840
Lê-se "75 metros cúbicos e 840 decímetros cúbicos".

 Leia a medida: 0,0064dm3


3
km hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
0, 006 400
Lê-se "6400 centímetros cúbicos".

16. Princípios de contagem e noção de probabilidade.

Princípios de Contagem
Análise Combinatória é o ramo da matemática que se preocupa em estabelecer
métodos de contagem.

A Análise Combinatória é um conjunto de procedimentos que possibilita a


construção, sob certas circunstâncias, de grupos diferentes formados por um número
finito de elementos de um conjunto.Dois conceitos são fundamentais para a análise
combinatória: Fatorial de um número e o Princípio Fundamental da Contagem
(árvore de possibilidades).

Os três tipos principais de agrupamentos são as Permutações, os Arranjos e as


Combinações. Estes agrupamentos podem ser simples, com repetição ou circulares.

Princípio fundamental da contagem (PFC).

É um princípio matemático que nos auxiliará a desenvolver métodos de contagem e


cujo enunciado é:

“Se um experimento A pode ocorrer de m maneiras distintas e um outro B, de n


maneiras distintas, então o evento composto por A e B, nessa ordem, pode ocorrer
de m.n maneiras distintas.”

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Este enunciado também vale para um experimento composto por três ou mais
experimentos.

Exemplos:
1) Lançados simultaneamente um dado e uma moeda. Quantos são os possíveis
resultados? Quais são eles?
Resolução:

Pelo princípio fundamental da contagem:


n( Ω) = 6.2 = 12 resultados

Os possíveis resultados são:


Ω = {(1,C);(2,C);(3,C);(4,C);(5,C);(6,C);(1,K);(2,K);(3,K);(4,K);(5,K);(6,K)}

2) Quantos números naturais de três algarismos podem ser formados com os


algarismos 2, 3, 5, 6 e 7?

Resolução:
Pelo princípio fundamental da contagem:

n(Ω) = 5.5.5 = 125 resultados

3) Quantos números naturais de três algarismos distintos podem ser formados com os
algarismos 2, 3, 5, 6 e 7?

Resolução:
Pelo princípio fundamental da contagem:

n(Ω) = 5.4.3 = 60 resultados

4) Quantos números naturais de três algarismos distintos podem ser formados com os
algarismos 0, 2, 3, 5 e 9?

Resolução:
Pelo princípio fundamental da contagem:
n(Ω) = 4.4.3 = 48 resultados

PRINCÍPIO ADITIVO DA CONTAGEM (PAC).

Este princípio é fundamental na resolução de problemas formados pela união (ou) ou


intersecção (e) de dois experimentos compostos.

Seja um experimento M formado pelos experimentos A ou B,. ou seja, M= A υB e


para calcular o número de resultados que satisfaz este experimento, fazemos:

n(A ᴗ B) = n(A) + n(B) - n(A ᴖ B)


Onde:

n(M) ou n(A ᴗ B) é o número total de elementos do experimento A ou B;


n(A) é o número de elementos do experimento A;

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n(B) é o número de elementos do experimento B;

n(A ᴖ B) é o número de elementos que os experimentos A e B têm em comum.

Exemplo:
5) No lançamento de um dado, quantos são os resultados pares ou menores que 5?

Resolução:

Resultados Pares: 2, 4 e 6.
n(A) = 3
Resultados Menores que 5: 1, 2, 3 e 4
n(B) = 4
Resultados Pares e Menores que 5: 2 e 4.
n(A ᴖB) = 2
Resultados pares ou menores que 5
n(Aᴗ B) n(A) = n(B)- n(A ᴖ B)
n(Aᴗ B) =3+ 4 - 2
n(Aᴗ B) 5

Os resultados pares e menores que 5 são 1, 2, 3, 4 e 5.

Árvore das possibilidades

É um digrama que tem por objetivo visualizar as diversas opções da contagem de um


acontecimento, é um método direto de contagem

Exemplo1: Um restaurante oferece no cardápio 2 saladas distintas, 4 tipos de pratos


de carne. Uma pessoa deseja uma salada, um prato de carne,. De quantas maneiras a
pessoa poderá fazer seu pedido ?

Escolha da salada Escolha da Carne


peixe
Salada de alface
8 possibilidades diferentes
franco

Salada de tomate carne cozida

Lingüiça

Exemplo 2 João e Paulo disputam entre si um campeonato de xadrez


com as seguintes regras:

I - vence a disputa quem ganhar duas partidas seguidas ou três em


qualquer ordem.
II - em caso de empate, o vencedor será declarado através sorteio.
O número de resultados possíveis nesta competição é:

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A) 10 B) 11 C) 12 D) 13 E) 15

Solução:

Seja J a vitória de João e P a vitória de Paulo. Verificamos que são


dez os resultados possíveis.

Os três tipos principais de agrupamentos

1-Arranjos simples

Temos um Arranjo quando os agrupamentos conseguidos ficam diferentes ao se


inverter a posição dos seus elementos(a ordem que os elementos ocupam dentro do
grupo tem importância ). Perceba que, se quisermos formar centenas de algarismos
distintos, utilizando apenas os 5 primeiros números ímpares (1; 3. 5;7; 9) teremos as
seguintes centenas:135; 137;139; 153, 157, e assim sucessivamente.

Se invertermos a posição dos elementos de qualquer uma destas centenas


conseguiremos outra centena diferente: 135 ≠ 351. Temos então um ARRANJO de 5
números (1; 3;5;7;9) em grupos de três (centenas).

Representando o número total de arranjos de n elementos tomados k a k (taxa k)


por An,k , teremos a seguinte fórmula:

Resolvendo o problema das centenas temos: A5,3 = 5!/(5-3)!

A5,3 = 5!/2! A5,3 = 5.4.3.2!/2! A5,3 = 5.4.3 = 60

135
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Logo, utilizando apenas os cinco primeiros números impares, podemos formar 60
centenas de algarismos diferentes.

2-Permutação Simples: É um caso particular de arranjo simples. É o tipo de


agrupamento ordenado onde entram todos os elementos.

Pn  n!

Exemplo 1 Calcule o número de formas distintas de 5 pessoas ocuparem os lugares

de um banco retangular de cinco lugares.

P5 = 5! = 5.4.3.2.1 = 120

Exemplo2 Denomina-se ANAGRAMA o agrupamento formado pelas letras de uma


palavra, que podem ter ou não significado na linguagem comum. Os possíveis
anagramas da palavra REI são: REI, RIE, ERI, EIR, IRE e IER. Calcule o número de
anagramas da palavra MUNDIAL.

A Palavra MUNDIAL tem 7 letras então o seu anagrama é:

P7 = 7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5040

2-1 Permutação com elementos repetidos

a, b, c,... etc representam a quantidade de repetição de uma letra

Exemplo1 Quantos anagramas podem ser formados com as letras da palavra


MARIA? Neste problema temos n = 5 (cinco letras) e a = 2 (a letra A se repete duas
vezes)

P = 5!/2! = 5.4.3 = 60

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Exemplo2: Determine o número de anagramas da palavra MATEMÁTICA.
(não considere o acento)

Temos 10 elementos, com repetição. Observe que a letra M está repetida duas vezes,
a letra A três , a letra T, duas vezes. Na fórmula anterior, teremos:

n=10, a=2, b=3 e c=2. Sendo P o número de anagramas, podemos escrever:


P= 10! / (2!.3!.2!) = 151200 Resposta: 151200 anagramas.

Exemplo3 Quantos são os anagramas da palavra CANDIDATA ?

Solução : Já sabemos que um anagrama corresponde a uma permutação das


letras da palavra. CANDIDATA- 9 letras, sendo 3 A, 2 D, 1 C, 1 N, 1 I , 1 T

O número de anagramas é : P9 3 , 2 = = = 30.240

Exemplo4. Quantos anagramas podem ser formados com as letras da palavra


ARARA? Neste problema temos n = 5 (cinco letras), a = 2 (a letra R se repete duas
vezes) e b = 3 (a letra A se repete três vezes).

P = 5!/(3!.2!) = 5.4.3!/(3!.2) = 10

3 - Combinações simples :

Temos uma combinação quando os agrupamentos conseguidos permanecem iguais


ao se inverter a posição dos seus elementos(a ordem em que os elementos ocupam no
grupo não tem importância).

Perceba que se houver cinco pessoas(João, Pedro, Luís, Gilberto e Ana) , entre as
quais desejamos formar grupos de três, o grupo formado por João, Pedro e Luís é o
mesmo grupo formado por Luís, Pedro e João. Temos, então, uma COMBINAÇÃO
de cinco elementos em grupos de três.

Representando por Cn,k o número total de combinações de n elementos tomados k a


k (taxa k) , temos a seguinte fórmula:

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Resolvendo o problema dos grupos de 5 pessoas para escolher 3, temos:


C5,3 = 5!/[(5-3)!.3!] => C5,3 = 5!/[(2!.3!]

C5,3 = 5.4.3!/[2.3!] C5,3 = 20/2 = 10 Podem ser formados 10 grupos

Exemplo2:Uma prova consta de 15 questões das quais o aluno deve resolver 10. De
quantas formas ele poderá escolher as 10 questões?

Observe que a ordem das questões não muda o teste. Logo, podemos concluir que
trata-se de um problema de combinação de 15 elementos com taxa 10.

C15,10 = 15! / [(15-10)! . 10!] = 15! / (5! . 10!) = 15.14.13.12.11.10! / 5.4.3.2.1.10! =


3003 formas diferentes.

Exemplo3. Um coquetel é preparado com três bebidas distintas. Se existem 7 bebidas


distintas, quantos coquetéis diferentes podem ser preparados?

C7,3 = 7! / [(7-3)! . 3!] = 7! / (4! . 3!) = 7.6.5.4! / 4!.3.2.1 = 35

Exemplo4. Sobre uma circunferência são marcados 9 pontos, dois a dois distintos.
Quantas retas podem ser construídas passando por estes 9 pontos? C 9,2 = 9! / [(9-
2)! . 2!] = 9! / (7! . 2!) = 9.8.7! / 7!.2.1 = 36 retas

NOÇÕES DE PROBABILIDADE
A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de
roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo
da probabilidade.
A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um
número em um experimento aleatório.
Chama-se experimento aleatório àquele cujo resultado é imprevisível, porém
pertence necessariamente a um conjunto de resultados possíveis denominado espaço
amostral.Qualquer subconjunto desse espaço amostral é denominado evento.

Se este subconjunto possuir apenas um elemento, o denominamos evento elementar.

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Por exemplo, no lançamento de um dado, o nosso espaço amostral seria U = {1, 2, 3,
4, 5, 6}.

Exemplos de eventos no espaço amostral U:

A: sair número maior do que 4: A = {5, 6}


B: sair um número primo e par: B = {2}
C: sair um número ímpar: C = {1, 3, 5}
Nota: O espaço amostral é também denominado espaço de prova.

Trataremos aqui dos espaços amostrais equiprováveis, ou seja, aqueles onde os


eventos elementares possuem a mesma chance de ocorrerem.

Por exemplo, no lançamento do dado acima, supõe-se que sendo o dado perfeito, as
chances de sair qualquer número de 1 a 6 são iguais. Temos então um espaço
equiprovável.

Em oposição aos fenômenos aleatórios, existem os fenômenos determinísticos, que


são aqueles cujos resultados são previsíveis, ou seja, temos certeza dos resultados a
serem obtidos.
Normalmente existem diversas possibilidades possíveis de ocorrência de um
fenômeno aleatório, sendo a medida numérica da ocorrência de cada uma dessas
possibilidades, denominada Probabilidade.

Consideremos uma urna que contenha 49 bolas azuis e 1 bola branca. Para uma
retirada, teremos duas possibilidades: bola azul ou bola branca. Percebemos
entretanto que será muito mais frequente obtermos numa retirada, uma bola azul,
resultando daí, podermos afirmar que o evento "sair bola azul" tem maior
probabilidade de ocorrer, do que o evento "sair bola branca".
Experimento Aleatório
É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer
resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de
tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de
experimento aleatório.
Espaço Amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra
que representa o espaço amostral, é S.
Exemplo:
Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral,
constituído pelos 12 elementos:
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}

1. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m número par


aparece}, B={um número primo aparece}, C={coroas e um número ímpar
aparecem}.
2. Idem, o evento em que:

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a) A ou B ocorrem;
b) B e C ocorrem;
c) Somente B ocorre.

3. Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos

Resolução:

1. Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um


número par: A={K2, K4, K6};

Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos:


B={K2,K3,K5,R2,R3,R5}
Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar:
C={R1,R3,R5}.

2. (a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}

(b) B e C = B  C = {R3,R5}
(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C;
B  Ac  Cc = {K3,K5,R2}

3. A e C são mutuamente exclusivos, porque A  C = 


Conceito de probabilidade
Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a
probabilidade de ocorrer um evento A é:

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3


maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%
Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos
elementares têm probabilidades iguais de ocorrência.
Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um
evento A é sempre:

Propriedades Importantes:

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1. Se A e A’ são eventos complementares, então:
P( A ) + P( A' ) = 1
2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre  (probabilidade de
evento impossível) e 1 (probabilidade do evento certo).

Probabilidade Condicional
Antes da realização de um experimento, é necessário que já tenha alguma
informação sobre o evento que se deseja observar. Nesse caso, o espaço amostral se
modifica e o evento tem a sua probabilidade de ocorrência alterada.
Fórmula de Probabilidade Condicional
P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e
...En-1).
Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter
ocorrido E1;
P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem
ocorrido E1 e E2;
P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter
ocorrido E1 e E2...En-1.

Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2
bolas, uma de cada vez e sem reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser
vermelha e a segunda ser azul?
Resolução:
Seja o espaço amostral S=30 bolas, e considerarmos os seguintes eventos:
A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 10/30
B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29
Assim:
P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87

Eventos independentes
Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a
probabilidade de ocorrer um deles não depende do fato de os outros terem ou não
terem ocorrido.
Fórmula da probabilidade dos eventos independentes:

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P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)

Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de
cada vez e repondo a sorteada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser
vermelha e a segunda ser azul?
Resolução:
Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira
retirada e azul na segunda retirada é igual ao produto das probabilidades de cada
condição, ou seja, P(A e B) = P(A).P(B). Ora, a probabilidade de sair vermelha na
primeira retirada é 10/30 e a de sair azul na segunda retirada 20/30. Daí, usando a
regra do produto, temos: 10/30.20/30=2/9.
Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve
reposição. Assim, P(B/A) =P(B), porque o fato de sair bola vermelha na primeira
retirada não influenciou a segunda retirada, já que ela foi reposta na urna.

Probabilidade de ocorrer a união de eventos


Fórmula da probabilidade de ocorrer a união de eventos:
P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2) - P(E1 e E2)
De fato, se existirem elementos comuns a E 1 e E2, estes eventos estarão computados
no cálculo de P(E1) e P(E2). Para que sejam considerados uma vez só, subtraímos
P(E1 e E2).
Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos mutuamente exclusivos:
P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + P(E2) + ... + P(En)

Exemplo: Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair
5 no azul e 3 no branco?
Considerando os eventos:
A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6
B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6
Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos:
n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36

Exemplo: Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho com 52 cartas, qual a


probabilidade de ser um 8 ou um Rei?
Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n(S) = 52 cartas.
Considere os eventos:

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A: sair 8 e P(A) = 4/52
B: sair um rei e P(B) = 4/52
Assim, P(A ou B) = 4/52 + 4/52 – 0 = 8/52 = 2/13. Note que P(A e B) = 0, pois uma
carta não pode ser 8 e rei ao mesmo tempo. Quando isso ocorre dizemos que os
eventos A e B são mutuamente exclusivos.

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