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OBRIGATORIEDADE DA APURAÇÃO PELO LUCRO REAL ANUAL

OU TRIMESTRAL

Estão obrigadas a apurar o lucro real, conforme art. 14 da Lei 9.718/98,


as seguintes empresas:

a) cuja receita total, no ano calendário anterior, seja superior a R$


48.000.000,00, ou proporcional ao número de meses do período,
quando inferior a doze meses;

b) cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;


c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior;
d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios
fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
e) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento
mensal pelo regime de estimativa, inclusive mediante balanço ou
balancete de suspensão ou redução do imposto;
f) cuja atividade seja de “factoring”.

As demais empresas que não se enquadrarem em nenhuma das


situações acima previstas podem optar pelo lucro presumido, caso for a
melhor alternativa.

LIMITAÇÃO DA COMPENSAÇÃO DO PREJUÍZO FISCAL E DA BASE


NEGATIVA DA CSL – LUCRO REAL TRIMESTRAL OU ANUAL

A partir de 01/janeiro/1996, a compensação do prejuízo fiscal (IRPJ) e


da base negativa da contribuição social sobre o lucro está limitada a
30% do lucro do exercício após adições e exclusões do lucro real. Assim
se a empresa teve prejuízos em anos anteriores de R$ 150.000,00 e no
ano apurou lucro de R$ 110.000,00, poderá compensar apenas 30% do
lucro, deste ano, ou seja compensa apenas R$ 33.000,00 do prejuízo
fiscal anterior, devendo pagar IRPJ e CSSL sobre R$ 77.000,00
(110.000,00 - 33.000,00).

LUCRO REAL TRIMESTRAL

A empresa que optar por esse regime de lucro real deverá a cada
trimestre do ano (31/mar., 30/jun., 30/set. e 31/dez.) levantar balanço
acumulado no período trimestral e definitivamente apurar o Imposto de
Renda e a Contribuição Social.
Estatisticamente a opção pelo lucro real trimestral é a menos vantajosa
devido ao fato de que empresa fica limitada em compensar os prejuízos
fiscais dentro do próprio ano em 30% do seu lucro.

Exemplo:

No 1º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 300.000,00

No 2º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 50.000,00

No 3º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 50.000,00

No 4º Trimestre Lucro Fiscal de R$ 400.000,00

No 4º Trimestre a empresa poderá compensar somente R$ 120.000,00


(30% de R$ 400.000,00 - lucro), ficando, assim, um lucro tributável de
R$ 280.000,00 (400.000,00 – 120.000,00), incidindo sobre esse valor o
Imposto de Renda + Adicional e a Contribuição Social sobre o Lucro,
totalizando um desembolso R$ 89.200,00 (9% CSSL + 25% IRPJ –
6.000,00, que é o limite de isenção do adicional IRPJ.

Porém, se a opção fosse pelo lucro real ANUAL a compensação do


prejuízo dentro do próprio ano seria automática, pois pelo lucro real
anual o resultado é apurado acumuladamente dentro do exercício
(janeiro a dezembro), sendo o resultado tributável do ano calendário
igual a zero, inexistindo o pagamento de IRPJ e CSSL.

O único benefício que o Lucro Real Trimestral em relação ao Lucro Real


Anual proporciona é quando a empresa tem lucro em todos os trimestres
do ano, assim paga o imposto de renda e a contribuição social a cada
trimestre e tem a opção em dividi-los em 03 quotas iguais, sendo cada
quota superior a R$ 1.000,00, acrescidas pela variação da SELIC (art. 5º
da Lei 9.430/96). Porém é muito arriscado prever que a empresa terá
lucro fiscal em todos os trimestres do exercício.

LUCRO REAL ANUAL

O lucro Real Anual será apurado no período compreendido de janeiro a


dezembro de cada ano, sendo que a empresa terá que pagar,
MENSALMENTE, o imposto de renda e a contribuição social sobre o
lucro calculado por estimativa com base na Receita Bruta ou em
Balanços/ Balancetes de suspensão ou redução, conforme descrito
abaixo:
a) Com base no faturamento, acrescido das demais receitas (Receita
Bruta).

Com base no resultado do somatório de um percentual aplicado sobre a


receita bruta do mês, acrescidos do ganho de capital e demais receitas.
Os percentuais aplicáveis sobre a receita bruta variam de acordo com a
atividade da pessoa jurídica e constam no artigo 15 da Lei nº 9.249/95:

Percentuais a Serem Aplicados Sobre a Receita Bruta Mensal

A base de cálculo do imposto, em cada mês, é determinada mediante a


aplicação dos seguintes percentuais:

a) 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento) sobre a receita bruta
mensal auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado de
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;

b) 8% (oito por cento) sobre a receita bruta mensal proveniente:


b.1) da venda de produtos de fabricação própria;
b.2) da venda de mercadorias adquiridas para revenda;
b.3) da industrialização de produtos em que a matéria-prima, ou o
produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido
fornecidos por quem encomendou a industrialização;
b.4) da atividade rural;
b.5) de serviços hospitalares;
b.6) do transporte de cargas;
b.7) das atividades de loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e
venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda;
b.8) de outras atividades não caracterizadas como prestação de
serviços;

c) 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta mensal auferida pela
prestação de serviços de transporte, exceto o de cargas;

d) 32% (trinta e dois por cento) sobre a receita bruta mensal auferida
com as atividades de:
d.1) prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativos ao exercício
de profissão legalmente regulamentada;
d.2) intermediação de negócios;
d.3) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis ou
direitos de qualquer natureza;
d.4) construção por administração ou por empreitada unicamente de
mão-de-obra;
d.5) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring);
d.6) prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada
neste subitem.

As atividades de corretagem (seguros, imóveis, etc.) e as de


representação comercial são consideradas atividades de intermediação
de negócios.

Nota:

Nota 1:

A partir de 01.01.2006, a base de cálculo do imposto será determinada


mediante a aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a
RECEITA FINANCEIRA da pessoa jurídica que explore atividades
imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária,
construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de
imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, quando decorrente
de comercialização de imóveis e for apurada por meio de índices ou
coeficientes previstos em contrato (art. 34, da Lei 11.196/2005, que
acresceu o § 4º, ao artigo 15, da Lei nº 9.249/95).

Observação:

1) No caso de atividades diversificadas é aplicado o percentual


correspondente sobre a receita proveniente de cada atividade.

2) As sociedades cooperativas de consumo, bem como as demais


quanto aos atos não cooperados, utilizam os percentuais de acordo com
a natureza de suas atividades.

(...)

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