Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Guanambi.

TECNOLOGIA EM AGROINDÚSTRIA
Elenice Lima da Silva
Fabiana Costa Oliveira
Jaqueline da Silva Cotrim
Rafael Fernandes Sena

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

CORANTES – EXTRAÇÃO DE CORANTES DE URUCUM

Guanambi – BA
Março de 2018
 Elenice Lima da Silva
Fabiana Costa Oliveira
Jaqueline da Silva Cotrim
Rafael Fernandes Sena

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

CORANTES – EXTRAÇÃO DE CORANTES DE URUCUM

Relatório solicitado pelo docente Lucas Landim

para fins avaliativos do componente curricular
Aditivos e Toxicologia, na turma 6° AT do curso
de Tecnologia em Agroindústria do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia,
Campus Guanambi.

Guanambi – BA
Março de 2018

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 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4

2. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................... 4

2.1 Materiais ................................................................................................................ 4

2.2 Métodos .................................................................................................................. 5

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 5

4. CONCLUSÕES ....................................................................................................... 5

5. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 6

6. ANEXO .................................................................................................................... 7

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1. INTRODUÇÃO

A cor de um alimento tem grande influência na sua aceitação. Deste modo faz-se
necessário, na indústria de alimentos, o uso de corantes para restituir, melhorar ou
padronizar a cor dos produtos alimentícios (GAVA, 2008).
Há corantes de origem natural, e há corantes de origem sintética. Tem se
verificado que alguns corantes sintéticos podem apresentar problemas para a saúde,
principalmente em crianças, e em alguns casos tem - se mesmo referido a características
cancerígenas. Desta forma, tem se vindo a substituir os corantes sintéticos por corante
natural (LINDON & SILVESTRE, 2007).
O corante do urucum extraído a partir da polpa da semente, a qual é formada de
uma fina camada resinosa de coloração vermelho –alaranjado. A bixina, principal corante
desta bixácea, está presente na semente entre 70 a 80%, sendo restante substancia cujas
as estruturas estão relacionadas com a bixina, contendo a norbixina, tais como orelina
metilbixina, cripitoxantina, luteína e zeaxantina, entre outros (URUCUM, 2001).
O urucum é um dos mais importantes corantes naturais empregados no processo
tecnológicos, um carotenoide (INS160c) na forma de corantes hidrossolúveis, a base de
norbixina, com uso em embutidos, laticínios e cereais na forma de corantes lipossolúveis
a base de bixina com aplicações em massa, recheios e produtos oleosos e na forma de
condimentos como o coloral, muito comum na culinária (GAVA, 2008).
Sendo assim, o objetivo da aula prática foi avaliar diferentes métodos de extração
do corante de urucum.

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 MATERIAIS

Foram utilizados em aula prática os seguintes materiais:

 Béquer
 Enlermeyer
 Pipeta
 Balança analítica
 Filtro de papel
 Semente de urucum
 Etanol comercial (92,8%)

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 2.2 MÉTODOS

A análise procedeu da seguinte forma:

Primeiramente pesou-se em balança analítica 25,0066g de semente de urucum,
após pesagem transferiu-se para o enlermeyer. Em seguida pipetou-se 150 mL de etanol
comercial (92,8%) e colocou-se no enlermeyer contendo as sementes de urucum, feito
isso agitou-se manualmente por 25 minutos a temperatura ambiente.
Após agitação o extrato obtido foi filtrado com o auxílio de um filtro de papel e
béquer. Em seguida comparou-se a coloração do extrato com a solução obtida dos demais
grupos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O experimento realizado através de diferentes solvente para extração do corante
urucum obteve coloração distintas em relação a cada tipo de solvente, no qual o que foi
extraído com etanol comercial a 92,8% apresentou uma coloração mais clara em relação
os que foram extraídos com KOH e NaOH a 0,1N, (ANEXO I).
De acordo com (PIMENTEL, 1995) em seus estudos avaliou a eficiência de
extração utilizando como variáveis de entrada a seleção e a concentração de solventes, o
número de re-extrações viáveis e a melhor relação massa/volume entre semente e solução
extratora. Concluiu que a concentração e o tipo da solução extratora apresentaram efetiva
influência no processo de extração dos corantes de urucum e que a solução de hidróxido
de amônio 0,52N em etanol a 58% e a de KOH 0,1N, foram as concentrações mais
eficientes para a extração dos pigmentos.
Os solventes que apresentaram maior eficiência na extração foram o hidróxido de
potássio e hidróxido de sódio, devido a coloração obtida nas soluções serem mais
concentradas do que o que foi extraído com o solvente etanol.
Segundo (COSTA E CHAVES, 2005), em pesquisas realizadas o hexano e a
solução de NaHCO3 a 10% não se mostraram eficientes. Os solventes que se mostraram
mais eficientes foram acetona em Soxhlet e a solução de NaOH 5%.

4. CONCLUSÕES
Pode-se concluir que o etanol comercial não apresentou grande eficiência pois
apresentou menor concentração. O método de extração de corante das sementes de
urucum com solução de hidróxido de potássio e hidróxido de sódio obteve a maior

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concentração na cor do norbixina quando comparado à extração de bixina com etanol, à
temperatura ambiente.

5. REFERÊNCIAS

COSTA, C. L. S.; CHAVES, M. H. Extração de pigmentos das sementes de Bixa

orellana L.: uma alternativa para disciplinas experimentais de química orgânica.
Química Nova, Vol. 28, 2005

GAVA, A. J.; Princípios da Tecnologia de Alimentos. São Paulo, Nobel, 2008.

LINON, F. J. C.; SILVESTRE, M. M. A. S. F. Industriais alimentares, aditivos e

tecnologias. Escolar editora, 2007.

PIMENTEL, F.A. Avaliação de métodos de obtenção e da estabilidade de pigmentos

de sementes de urucum (Bixa orellana L.). Dissertação (Mestrado em Ciência e
Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, 1995.

URUCUM, mais que um simples corante. Aditivos Ingredientes. n .14, maio /junho,
2001.

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6. ANEXO
Anexo I
Soluções obtidas na extração de corantes do urucum por meio de diferentes solventes.

A B C

A- Solução obtida por meio do hidróxido de potássio a 0,1 N - (Norbixina); B- Solução

obtida por meio do hidróxido de sódio a 0,1 N - (Norbixina); C- Solução obtida por
meio do etanol comercial (92,8%) – (Bixina).