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INTERAÇÃO E COMUNICAÇÃO: Os professores e os alunos estão ‘obrigados’ a

interagir e a comunicar, e fazem-no mesmo quando estão em silêncio, influenciando-se


mutuamente (circularidade da comunicação).
As relações humanas são ‘sistemas abertos e complexos’, sujeitas a diferentes
interpretações e associadas a diferentes normas, valores e expectativas, cujo itinerário
envolve um elevado conjunto de elementos imprevistos, e cujo desenvolvimento positivo
exige a aplicação de ferramentas comunicacionais que favoreçam a partilha e o
reconhecimento mútuos.

PARA UMA COMUNICAÇÃO CONSTRUTIVA - FERRAMENTAS


COMUNICACIONAIS

 ESCUTA ATIVA – Tipo específico de compreensão do “outro”, que não passa


pelo “saber sobre”, ou “interpretar a pessoa através dos meus referenciais”, mas, antes,
por “COMPREENDER COM A OUTRA PESSOA” – conhecer, através dos seus
referenciais, como esta pensa e sente o mundo em que vive, ou em que gostaria de viver
(“Ver o mundo através dos seus olhos”), mesmo que não se concorde ou se identifique
com essa visão (não implica concordância ou identificação). Quando estamos demasiado
ansiosos para dar a nossa interpretação/opinião, ou para avaliarmos – positiva ou
negativamente – o que os outros dizem, pressionados pelas nossas “vozes interiores”,
acabamos por escutar pouco.
A Escuta Ativa implica a CONOTAÇÃO POSITIVA com os outros
comunicantes, uma atitude de reconhecimento por todos os comunicantes e de respeito
pelo pluralismo de ideias. Escutar atentamente e abertamente os alunos leva a que estes
se sintam acolhidos e reconhecidos, potenciando o trabalho colaborativo (os alunos
aprendem com o professor a escutarem-se mutuamente).
A Escuta ativa visa o desenvolvimento de uma atmosfera onde prevalece o
sentido de igualdade – igualdade de importância e de dignidade -, onde cada
interveniente respeita integralmente o outro, e onde todos são relevantes para o processo.
Isto implica que os tempos das intervenções sejam distribuídos de modo equitativo
(procuram-se estratégias que facilitem a integração dos alunos que têm mais dificuldade
em expor-se e expressar-se / controla-se o uso do tempo pelos alunos mais interventivos,
sem os excluir).

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 INVESTIGAÇÃO: É no discurso dos participantes, incluindo os elementos
‘latentes’ e ‘ausentes’, na sua mensagem, que se encontram os significados, expectativas
e interesses que importa descobrir e partilhar.
As perguntas devem evitar julgamentos negativos (baseadas numa moldura
binária entre certo e errado), ou serem demasiado diretivas (induzirem a resposta e/ou
exigirem uma resposta demasiado conclusiva), e devem permitir a circulação do diálogo
(estabelecendo pontes entre os comunicantes).
A investigação exige, porém, o respeito pela privacidade dos
envolvidos. Os comunicantes devem poder escolher a informação que decidem partilhar
(toleram-se os silêncios e as hesitações).
Quando os alunos introduzem elementos que apontam para caminhos
contraditórios (ambiguidade / inconsistência), tenta-se clarificar esta informação,
colocando questões construtivas, e sem criticar.

 RESUMO / REFORMULAÇÃO: Fazer resumos do que é falado pelos alunos,


permite mostrar a boa receção do que está a ser escutado, e desenvolver o processo de
identificar, incluir e articular os diferentes aspetos/experiências/ideias que vão sendo
veiculados.
Os resumos devem permitir realçar os pontos de aproximação e de concordância,
mostrando aos participantes os seus interesses e expectativas comuns; os resumos devem
permitir, do mesmo modo, identificar os elementos discordantes, procurando, contudo,
evitar que estes se tornem fraturantes.
As reformulações permitem reorientar as intervenções mais deslocadas do foco da
reflexão conjunta/debate, sem que os comunicantes se sintam excluídos ou desadequados.

 CONSTRUÇÃO DE UMA NARRATIVA COMUM: A obtenção de uma


narrativa comum não implica o consenso absoluto, perspetivando-se como uma
oportunidade para todos se assumirem como atores relevantes, cooperando. No entanto,
este trabalho colaborativo fica enriquecido com a construção de consensos, mesmo que
parciais, na medida em que permite uma aprendizagem coletiva no sentido da
identificação de valores comuns e da construção de soluções satisfatórias para todos, que
tenham subjacente o compromisso social e o bem comum. Este trabalho exige tempo e
flexibilidade para poder incluir os contributos de todos os intervenientes.

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