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MACEIÓ/AL - 2014
CIÊNCIAS DA NATUREZA
CIÊNCIAS DA NATUREZA
PROFESSORES COLABORADORES
CATALOGAÇÃO NA FONTE
Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos
Bibliotecária Responsável: Almiraci Dantas
A316r
ALAGOAS. Secretaria de Estado da Educação e do Esporte - SEE
227p.
Vislumbramos com este documento uma educação escolar que considere a realidade dos
estudantes, as diversidades que permeiam a sociedade e, consequentemente, a valorização, e
ampliação dos saberes historicamente construídos pela humanidaade.
Sumário
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Prova Brasil, ENEM, entre outros), documentos ·por etapa e modalidade de ensino;
publicados pela própria SEE/AL (Referencial ·por área do conhecimento;
Curricular da Educação Básica de Alagoas – ·por competências e habilidades.
RECEB, Matrizes Curriculares (1996);
Referen ci ai s /Prop os t as C urri culares Nessa perspectiva, o Referencial
publicadas por diferentes unidades da Curricular da Educação Básica da Rede
federação (São Paulo – SP, Goiás, Espírito Estadual de Ensino de Alagoas está
Santo, Acre, São Luiz – MA, etc), bem como organizado em sete capítulos relativamente
referenciais teóricos publicados por sintéticos. O capítulo I trata do PAPEL DA
diferentes pesquisadores da área de ESCOLA NA FORMAÇÃO DO SUJEITO,
currículo. discorrendo sobre a importância, na escola e
A partir dessa análise, identificamos na vida, da vivência do respeito às diferenças e
que as Diretrizes Curriculares Nacionais do princípio da solidariedade para a vivência
Gerais e as Diretrizes operacionais de cada dos direitos humanos e uma convivência
etapa e modalidade de ensino orientam a pacífica e harmoniosa; o capítulo II explicita A
organização da prática pedagógica de forma ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA e traz a
interdisciplinar e por área do conhecimento, caracterização da Educação Básica da rede
com vistas à aprendizagem significativa e estadual de ensino de Alagoas, nas suas
contextualizada; que as matrizes de referência etapas, modalidades e diversidades de
dos exames de larga escala (Prova Brasil, ensino, trata da organização e do perfil do seu
SAEB, SAVEAL) estão organizadas na público; o Capítulo III reflete acerca de ALGUNS
perspectiva de identificar capacidades DESAFIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA a serem
desenvolvidas; que a matriz de referência do enfrentados pela rede estadual de ensino de
ENEM está organizada por área do Alagoas; o Capítulo IV oferece uma discussão
conhecimento e por competências e sobre as diferentes concepções e formas de
habilidades; e que o resultado das avaliações ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
internas e externas evidencia, dentre outras ESCOLAR e propõe a sistematização do
coisas, a ausência de um currículo conhecimento escolar das diferentes etapas e
sistematizado, em conformidade com os áreas do conhecimento; o capítulo V traz
documentos mencionados. ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-METODOLÓGICAS
Isto posto, a GEORC decidiu e reflexões acerca do processo de
considerar as orientações dos documentos organização da prática pedagógica,
oficiais que se coadunam e compreendeu que oferecendo possibilidades de
o currículo escolar deve estar organizado para d e s e n v o l v i m e n t o d a a p re n d i z a ge m
responder as perguntas: o que ensinar?; significativa, a partir da resolução de
quando ensinar?; para quem ensinar?; como situações-problema e, também, sugestões de
ensinar e avaliar?. modalidade organizativas da prática
Esse movimento está ancorado numa pedagógica e da gestão da sala de aula e, por
concepção de currículo vivo, contextualizado, fim, o Capítulo VI apresentando orientações
q u e c o n s i d e ra a e s c o l a l ó c u s d e para a AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM trata
aprendizagens significativas, que possibilita o das concepções de avaliação que se
desenvolvimento das capacidades de todos coadunam com as opções feitas para
os envolvidos no processo de ensino e organização da prática pedagógica e
aprendizagem. apresenta orientações acerca do processo de
Assim sendo, nosso Referencial está avaliação contínua e paralela no processo de
organizado da seguinte forma: ensino e aprendizagem.
Capítulo 1
CIÊNCIAS DA NATUREZA
1
Texto organizado pela equipe da Gerência de Organização do Currículo Escolar – GEORC com a colaboração da Profa. Dra. Rosaura Soligo - Instituto Abaporu de
Educação e Cultura.
2
DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez. p. 89-102.
Capítulo 2
CIÊNCIAS DA NATUREZA
10
Texto organizado pela equipe de técnicos pedagógicos da Superintendência de Políticas Educacionais – SUPED/SEE-AL, a partir do Referencial Curricular da Educação
Básica para as Escolas Públicas de Alagoas - RECEB - SEE-AL/2010.
11
LDB art. 29 e 30, art.22 das DCNGEB e no art. 5 das DCNEI.
12
Lei nº 11.274, 2006.
relações entre eles. Nessa fase, a brincadeira estéticas, sociais, históricas, linguísticas,
é uma das principais formas pelas quais matemáticas etc). Nesse processo, o lúdico,
crianças se dispõem a aprender. Ao brincar, presente no faz-de-conta, nas brincadeiras,
por meio do faz-de-conta, elas usam o mundo nos jogos e na fantasia, é pressuposto
da fantasia como forma de interação com seu fundamental no desenvolvimento das
mundo real. crianças pequenas e, portanto, deve ser
Vale lembrar que independente- considerado como elemento propulsor da
mente da faixa etária, as diferentes formas de aprendizagem.
linguagem, o brinquedo e a interação social As instituições de Educação Infantil
s ã o e l e m e n t o s e s s e n c i a i s p a ra o devem criar procedimentos avaliativos de
desenvolvimento da criança, pois possibilitam acompanhamento do trabalho pedagógico e
sua ação na realidade e promovem a do desenvolvimento das crianças, garantindo
construção das aprendizagens básicas para a a observação das atividades, utilizando
compreensão do mundo que a cerca. múltiplas formas de registros através de
Ao estruturar o currículo da documentação específicos, sem objetivo de
educação infantil é necessário considerar a seleção, promoção ou classificação.
criança como um ser social, integral e, Nessa perspectiva, o processo de
principalmente, como um ser em desenvol- construção das propostas pedagógicas das
vimento, o que significa ampliar suas instituições de educação infantil precisa
oportunidades de descoberta, investigação, considerar a realidade social em que as
compreensão e explicação das relações que crianças estão inseridas, as necessidades de
constituem o mundo em que vive. Cabe ao desenvolvimento e aprendizagem da infância
professor, cuidar, amparar, intervir, conhecer e as intenções institucionais com relação à
as crianças, proporcionando, assim, formação humana das crianças.
experiências significativas de vida, Em síntese, o currículo da educação
assegurando as condições de desenvolvi- infantil é um conjunto sistematizado de
mento e de aprendizagem para todas as práticas corporais, culturais, ecológicas e
crianças. sociais, nas quais se articulam os saberes e as
Para tanto, as atividades direciona- experiências das crianças, de suas famílias,
das para as crianças pequenas precisam dos professores e demais profissionais e de
respeitar seus tempos e considerar seus suas comunidades. Sendo assim, deve
espaços de socialização e de aprendizagem, priorizar elementos e processos que garantam
criar o maior número possível de experiências as condições básicas para a aprendizagem e o
e descobertas, sem, com isso, estabelecer desenvolvimento das crianças, desenvolvidos
rotinas rígidas ou atitudes opressivas às em campos de conhecimentos/experiências,
características próprias dessa fase de articulados entre si, de forma interdisciplinar,
desenvolvimento (alegria, curiosidade, atendendo as especificidades etárias e
espontaneidade, irreverência, iniciativa etc.). necessidades individuais das crianças.
O currículo da educação infantil deve
ser organizado de forma a propiciar a 2.2 Ensino Fundamental
construção das aprendizagens básicas
essenciais à criança para uma melhor O ensino fundamental é o período de
compreensão e interação no mundo em suas escolarização obrigatória que atende às
diversas dimensões (espaciais, ecológicas, crianças e aos adolescentes na faixa etária de
Educação Infantil e nos anos iniciais que não estudantes. O conhecimento acumulado ao
possuem habilitação conforme a legislação longo da História deve ser transmitido a cada
em vigor. geração, de maneira sistematizada e crítica,
A integração entre a Educação problematizado de modo a produzir
Profissional e o Ensino Médio constitui avanço condições da organização da sociedade e da
na possibilidade de oferta final da Educação apropriação das conquistas da civilização
Básica ao viabilizar as condições de humana. A escola de hoje tem que dialogar
conclusão da escolarização básica e acesso com recursos e paradigmas clássicos e os
ao espaço profissional. A articulação entre o emergentes da vida contemporânea,
Ensino Médio e o Ensino Técnico de nível Médio atentando para as políticas afirmativas
obedece à política que pretende resgatar e (diversidades) e de inclusão. Para tal, o
aprimorar um modelo de formação que currículo deve possibilitar identificações entre
permita aos estudantes concluir o Ensino o capital das experiências e o formal
Médio com qualificação profissional. educativo.
A g a ra n t i a d o s D i re i t o s à As Diretrizes Curriculares do Ensino
Aprendizagem e Desenvolvimento é Médio (2012) estabelecem o compromisso do
assegurada aos cidadãos pelo Estado currículo como um conjunto necessário de
B ra s i l e i ro , at ra v é s d o s s a b e re s e saberes integrados e significativos em
conhecimentos, experiências e práticas atendimento às diversas juventudes no
acumuladas pela humanidade, bem como as prosseguimento dos estudos, para o
presentes na vida cotidiana. As diferentes entendimento e ação crítica no mundo da
Diretrizes Curriculares afirmam que ciência, da cultura, da tecnologia e nas
expectativas de aprendizagem não significam diversas dimensões do trabalho, visto que,
conteúdos obrigatórios de currículo mínimo, para considerável parte dos jovens, a escola e
mas, sim, devem ser um conjunto de o trabalho são realidades combinadas e
condições para acesso, permanência e cotidianas. As DCNEM preconizam também a
aprendizagem na escola para evitar que, mais educação como direito e qualidade social,
uma vez, os estudantes das classes sociais além dos referenciais/conceituais, nos
historicamente excluídas sejam penalizados aspectos orientadores da oferta e da
por não realizarem aquilo que deles se espera. organização; os referencias em seus
As Diretrizes Curriculares Nacionais conceitos básicos do currículo, de sua
Gerais para a Educação Básica apontam para organização, sua oferta e tratamento,
um novo conceito de um projeto de educação especificidades regionais, e dos eixos
orgânico, sequencial e articulado em suas integradores das Áreas de Conhecimentos:
diversas etapas e modalidades, interdisciplinaridade e contextualização.
compreendido como um direito subjetivo de O Ensino Médio é constituído por
todo cidadão brasileiro, concretizando as Áreas de Conhecimento (Linguagens,
disposições da Constituição Federal e da LDB. Matemática, Ciências da Natureza e Ciências
A concepção de currículo disposta Humanas) favorecendo a comunicação entre
nas DCNs é representada por um conjunto de os saberes e conhecimentos, preservados os
valores e práticas que proporcionam a referenciais próprios de cada Área, e podem
produção e a socialização de significados no ser tratados como componentes curriculares
espaço social contribuindo para a construção de maneira integrada, respeitando os direitos
d e i d e n t i d a d e s s o c i o c u l t u ra i s d o s à aprendizagem e desenvolvimento, em
14
DCNGEB, Art. 26º § 2º e 3º
pleno exercício de direitos e deveres; sociedade civil e política de Alagoas tem com
· façam uso do diálogo como forma de os 22,5% da população de alagoanos
mediação de conflitos e também de analfabetos (IBGE, 2010).
posicionamento contra a discriminação e o A superação desse quadro impõe a
preconceito, de qualquer natureza; necessidade do estabelecimento de parcerias
· desenvolvam interesse por diferentes formas entre os diversos segmentos da sociedade
de expressão artística e cultural; civil organizada, das instituições de educação
· percebam-se como integrantes do meio superior, dos setores empresariais, das
ambiente, ao mesmo tempo, dependentes e entidades não governamentais, dos governos
agentes das transformações que nele estadual e municipais, das entidades
ocorrem; religiosas e dos diversos movimentos dos
· apropriem-se do conhecimento científico trabalhadores.
como instrumento de luta por uma sociedade A partir desse contexto, o Governo
mais justa e digna para todos. Federal instituiu, em 2005, no âmbito federal o
primeiro Decreto do PROEJA nº 5.478, de 24
2.4 Modalidades e Diversidades da de junho de 2005, em seguida substituído pelo
Educação Básica Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006, que
introduz novas diretrizes que ampliam a
abrangência do primeiro com a inclusão da
2.4.1 Educação de Jovens e Adultos oferta de cursos PROEJA para o público do
ensino fundamental da EJA.
Refletir sobre a educação de jovens e O PROEJA tem como perspectiva a
adultos (EJA) em Alagoas significa, proposta de integração da educação
primeiramente, ter que contextualizá-la num profissional à educação básica buscando a
cenário de profundas desigualdades sociais, superação da dualidade: trabalho manual e
resultado de um modelo de desenvolvimento intelectual, assumindo o trabalho na sua
político-econômico que submete a maioria da perspectiva criadora e não alienante. Isto
população à condição de analfabeta e à impõe a construção de respostas para
violação dos direitos humanos garantidos na diversos desafios, tais como, o da formação
Constituição Brasileira: educação, saúde, do profissional, da organização curricular
moradia, saneamento básico e trabalho, integrada, da utilização de metodologias e
como estratégia de perpetuação dos grupos mecanismos de assistência que favoreçam a
governantes. permanência e a aprendizagem do estudante,
A EJA, tendo como referência a da falta de infraestrutura para oferta dos
15
legislação nacional , complementada pela cursos dentre outros.
16
estadual é a forma adequada com que se De acordo com o Decreto nº 5840, 13
reveste a oferta do ensino fundamental e do de julho de 2006, os Documentos Base do
ensino médio a todas as pessoas que não PROEJA e a partir da construção do projeto
tiveram acesso ou a possibilidade de pedagógico integrado, os cursos Proeja
continuar seus estudos na idade própria, c podem ser oferecidos das seguintes formas:
considerando a dívida histórica que a 1 - E d u c a ç ã o p ro f i s s i o n a l t é c n i c a
15
Lei 9.394/96, DCNGEB, 2010, art. 27 e 28, Parecer CNE-CEB 11/2000 e Resolução CNE-CEB 01/2000), Parecer CEE-AL 13/2002 e Resolução CEE-AL 18/2002 e a
Proposta Pedagógica para a Educação Básica de Jovens e Adultos (SEE/AL, 2002).Orientações para Implantação e implementação do Ensino Fundamental e do Médio na
Modalidade da Educação de Jovens e Adultos por períodos letivos semestrais na Rede Estadual de Ensino 2012
16
Resolução 18/2002 – CEE/AL
20
Texto construído por Carmem Lúcia de A. Paiva Oliveira – técnica pedagógica da SUGER e Cristine Lúcia ferreira L. de Mello – técnica pedagógica da SUGES.
21
LDB (Lei 9394/96). Disponível em: . Acesso em 28/02/2014.
22
Decreto nº 5.622/2005. Disponível em . Acesso em 25/02/2014.
23
PETERS, Otto. A educação a distância em transição. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2004.
24
Plano Estadual de Educação. Disponível em: . Acesso em: 25/02/2014.
povos bem como dos seus valores diversidade sexual coloca. Já não podemos
civilizatórios. A educação escolar quilombola mais ignorar o grito das pessoas que são
está fundamentada na vivência e organização discriminadas por conta de preconceito e
coletiva, valores ancestrais; na relação com a discriminação traduzidos no nosso cotidiano
terra e com o sagrado, os quais precisam ser nos altos índices de assassinato, por
incorporados no espaço escolar das escolas possuírem uma orientação sexual diferente do
quilombolas e das que atendem estudantes grupo.
quilombolas. Os modelos impostos pela
É dever do Estado articular meios sociedade de ser feminina ou masculino têm
para que esses estudantes quilombolas como referência o biológico. No entanto, as
tenham suas especificidades atendidas no expressões humanas, assim como toda
espaço escolar, bem como acesso, natureza, têm múltiplas individualidades que
permanência e conclusão de seus estudos, se expressam, apresentando assim novas
permitindo o exercício de uma política configurações de gênero. Com relação às
25
equânime para melhor qualidade educacional identidades de gênero , outro fator
e de vida das populações quilombolas. importante é a diversidade sexual, isto é, como
nos relacionamos afetivamente, como
2.4.6 Educação para as Relações de amamos, se amamos pessoas do mesmo
sexo, ou do sexo oposto, devem ser
Gênero e Sexual
considerados nos trabalhos pedagógicos
para oportunizar uma visibilidade real e
Para trabalhar nos espaços de positiva para todas as expressões efetivas.
educação devemos partir da realidade e, para A educação não pode dar
tanto, necessitamos entender e refletir as continuidade a esse extermínio de pessoas,
variadas formas de vida expressas nas várias simplesmente por terem formas de expressar o
diversidades que emanam do individual e feminino e o masculino de modo particular e
compõem o coletivo das salas de aula. diferente. Essas pessoas desde pequenas são
Nossas bases legais de avanço estão violentadas; sequer junto as suas famílias têm
f i n c a d a s e m a c o rd o s n a c i o n a i s e acolhimento e proteção e em muitos relatos,
internacionais, tratados, normas, e em dizem ser o espaço mais violento.
educação, no documento final de conferência A formação de educadoras/es ainda
nacional de educação entre tantos outros, não tem uma política de transformação dessa
cujo objetivo é promover uma cultura de percepção condenando muitas crianças e
direitos e respeito às diversidades e todas as jovens à negação de compreensão de suas
possíveis expressões subjetivas. identidades comprometendo a saúde física,
A s v a r i a d a s e x p re s s õ e s d a mental e negando o direito constitucional da
diversidade exigem novos comportamentos, educação.
métodos, valores e costumes para o trato em A educação pública no Estado e
sala de aula, isto tudo alicerçado em estudos e Alagoas pode e tem obrigação de ser um lugar
pesquisas para que todo investimento possa de respeito às diversidades, isto é, um espaço
refletir na qualidade da prática pedagógica. em que as identidades são sempre relacionais,
A Rede Estadual de Ensino de Alagoas onde possamos ousar produções curriculares
necessita responder às demandas que a para ouvir denúncias e anseios. Necessita-se,
educação para relações de gênero e
25
A forma de expressar a condição de gênero (entre masculino e\ou feminino)
para isso, criar espaços de estudos onde a dividida pela metade entre o proprietário e o
liberdade, a criticidade e o respeito ao trabalhador – e em corte de cana nas usinas de
diferente possam fazer parte do cotidiano da Alagoas, Bahia, Minas Gerais e na construção
escola. Ou melhor, a escola deve ser um civil.
espaço onde sentimentos e pensamentos Após centenas de anos de
possam ser socializados e ouvidos. aproximação com a civilização europeia, os
É necessário constituir espaços de indígenas no nordeste têm na religiosidade um
reflexão pedagógica e curricular em que dos seus mais importantes elos culturais.
crianças e jovens tenham oportunidades para Seus ritos formam a concepção que eles têm a
discutir sua realidade, observando as respeito do mundo, nos seus mais diversos
diferenças e as identidades, como processo aspectos notadamente os de natureza
de produção social, que estão presentes na espiritual. Tais celebrações acontecem em
sala de aula, mas que são ignoradas, espaços físicos próprios fechados à visitação
reprimidas e o resultado inevitável é a pública e exclusivas aos indígenas e seus
explosão de conflitos e hostilidades convidados. O cristianismo se faz presente
adoecendo todas as pessoas envolvidas desde a época da colonização aos dias atuais,
nesses processos cotidianos. na tentativa de promover a integração
cultural.
2.4.7 Educação Indígena Nas sociedades indígenas, os mais
velhos sempre tiveram um papel importante na
Os povos indígenas se relacionam transmissão dos conhecimentos aos mais
com uma estrutura política, econômica e jovens, são eles os responsáveis pelo relato
cultural própria e, ao mesmo tempo, das histórias antigas, da memória, das
necessitam das relações externas para re s t r i ç õ e s d e c o m p o r t a m e n t o , d a s
existirem enquanto povo alagoano. É neste concepções de mundo. E são agentes de
contexto que a escola assume papel ligação da memória histórica de grupo, que se
relevante. A educação formal tem também um efetiva por meio das diversas práticas e ritos.
propósito profissional, transrrelacionando a Sendo assim, é possível verificar a capacidade
história dessas populações na tentativa de que os povos indígenas têm de manter viva a
(re)construir uma educação capaz de projetar sua história e memória, mesmo quando estas
um futuro com os povos indígenas pautado no estiveram silenciadas e se insiste em ignorá-
respeito às diferenças étnicas. las ou diminuí-las.
A maioria dos povos indígenas em A Educação Indígena, até meados do
Alagoas vivem na área rural ou próximo às século XX, pautou-se na catequização e
cidades de Joaquim Gomes, Porto Real do integração dos indígenas da União e em
Colégio, Pariconha, Inhapi, São Sebastião, assimilá-los e incorporá-los à sociedade
Feira Grande, Traipú e Palmeira dos Índios. nacional, invisibilizando-os. Em 1970, o
Desenvolvem atividades profissionais assim movimento indígena começou a tomar forma,
como a grande maioria do/a(s) organizando-se para discutir a Educação
alagoano/a(s). Os homens geralmente Escolar, exigindo mudanças, abrindo espaços
trabalham com uma agricultura e pecuária de sociais, políticos para que fossem garantidos
subsistência – quando possuem terra os direitos indígenas na legislação brasileira.
suficiente e adequada para isso – contudo, a A partir da década 1980, o Brasil passou a
grande maioria trabalha em fazendas vizinhas reconhecer que é um país constituído por
como mão de obra paga ou meeira – produção diversidades de grupos étnicos, o que motivou
a instituição de leis específicas que desses povos e a garantir o respeito pela sua
contemplam os direitos dos povos indígenas, integridade. Nesse sentido, a educação passa
bem como o reconhecimento e a manutenção ser um instrumento fundamental para
das especificidades culturais, históricas e assegurar a efetivação desses direitos.
linguísticas como elementos essenciais à As Diretrizes Curriculares Nacionais
educação escolar indígena. da Educação Escolar Indígena foram
Atualmente há 11 povos indígenas em aprovadas em 14.09.1999, por meio do Parecer
Alagoas reconhecidos oficialmente pelo 14/99 da Câmara Básica do Conselho
Estado, como os Kariri-Xocó, Karapotó, Nacional de Educação.
Aconã, Tingüi-Boto, Wassu Cocal, Xucuru- O que está evidenciado na LDB é o
Kariri, Jiripancó, Karuazu, Katokinn, regime de colaboração entre as três esferas
Koiupanká, Kalancó, com 17 escolas governamentais. Excluído o Sistema Federal
indígenas atendendo a 9 povos indígenas. No de Ensino da tarefa de promover a Educação
entanto, os Karuazu em Pariconha e os Escolar Indígena, essa atribuição fica por
Kalancó em Água Branca, ambos no alto conta dos Sistemas Estaduais e/ou
Sertão Alagoano, não possuem escolas Municipais de Ensino, que em Alagoas é de
estaduais, sendo atendidos nas escolas responsabilidade do Estado.
convencionais. Nas diretrizes político-pedagógicas
Os povos indígenas e suas 17 escolas (9.2.1) do Plano Estadual de Educação
em Alagoas, reivindicam que os/as estabelece-se que a proposta de uma escola
professores/as sejam também indígenas para indígena diferenciada, de qualidade, exige das
encaminhar seu projeto educacional escolar, instituições e órgãos responsáveis a definição
como tentativa de articular as necessidades de novas dinâmicas, concepções e
do grupo com a sociedade nacional, sem mecanismos, tanto para que esta escola seja
perder de vista suas origens, suas tradições, de fato incorporada e beneficiada por sua
suas culturas, mas também se dando conta inclusão no sistema oficial, quanto para que
das modificações que acontecem em todas as seja respeitada em suas particularidades,
sociedades contemporâneas. Existem democratizando o acesso e garantindo a
indígenas com formação acadêmica em várias permanência com sucesso do/a estudante na
áreas do conhecimento, com um número escola indígena.
significativo em licenciatura. Uma pequena Diante das peculiaridades da oferta
parte de indígenas são servidore/a(s) efetivos dessa modalidade de ensino - tais como, um
ou temporários federais, do Estado de Alago- povo localizado em mais de um município;
as e dos municípios onde moram. Há um formação e capacitação diferenciada de
número reduzido de pequenos comerciantes professores indígenas exigindo a atuação de
nas cidades próximas e nas comunidades especialistas; processos próprios de
indígenas. aprendizagem - a responsabilidade pela oferta
No Artigo 2° da Convenção n° 169 da da Educação Escolar Indígena é do Estado.
Organização Internacional do Trabalho (OIT) Ao Sistema Estadual de Ensino cabe a
sobre Povos Indígenas e Tribais, explicita que regularização da escola indígena, isto é, sua
os governos deverão assumir a responsabi- criação, autorização, reconhecimento,
lidade de desenvolver, com a participação dos credenciamento, manutenção, supervisão e
povos interessados, uma ação coordenada e avaliação, como preconiza a legislação
sistemática com vistas a proteger os direitos federal.
26
LDBEN 9394/1996: art. 23, 24, 26 (nova redação - Leis 10.639/2003 e 11.645/2008), 27, 28; Resolução CNE/CEB Nº 1 – 03 DE ABRIL DE 2002 / DOEBEC: Artigos 5º e 7º; Lei nº.
6.757/2006 - PEE/AL - Capítulo IV; Resolução Nº 2, de 28 de Abril de 2008; Resolução Nº 4, de 13 de julho de 2010 - DCNGEB: Título V (Organização Curricular: Conceito, Limites,
Possibilidades), Capítulo I (Formas para a Organização Curricular); e, DECRETO Nº 7.352, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2010.
27
A identidade dos povos do campo comporta categorias sociais como agricultores familiares, os extrativistas, os pescadores artesanais, os ribeirinhos, os assentados e acampados
da reforma agrária, os trabalhadores assalariados rurais, os quilombolas, os caiçaras, os povos da floresta, os caboclos e outros que produzam suas condições materiais de
existência a partir do trabalho no meio rural, conforme Decreto nº 7.352, de 4 de Novembro de 2010, em seu Artigo 1, Parágrafo 1º.
Capítulo 3
CIÊNCIAS DA NATUREZA
25
Texto produzido pelas profa. Msc. Nadeje Fidelis Moraes e Especialista Socorro Quirino Botelho – técnicas Pedagógicas da SUPED e Profa. Dra. Rosaura Soligo -
Instituto Abaporu de Educação e Cultura.
28
Ver nas Orientações para organização do Ensino fundamental.
29
O Caderno de Orientações para os Laboratórios Pedagógicos e de Aprendizagens está disponível em:<http://www.educacao.al.gov.br/educacao-basica/
ensino-fundamental>.
30
Ver nas Orientações para organização do Ensino fundamental.
31
Resolução 08/2007 - Art. 8 – CEE/AL.
33
A discussão acerca da escola em 3.4.1 Programa Mais Educação
tempo integral se inicia no século XX e vem
perdurando até o início do século XXI com O Programa Mais Educação propõe
igual força. A demanda é a qualidade da um novo modelo de ensino, os alunos
educação, pois já não basta mais colocar permanecem nas unidades escolares numa
todas as crianças na escola. A equação carga horária mínima de 7 horas diárias,
qualidade X quantidade passa a ser o grande realizando no contra turno atividades
desafio da educação nacional. pedagógicas, esportivas e culturais durante os
Para resolver a problemática do 200 dias letivos. As atividades desenvolvidas
esvaziamento da qualidade da escola pública no decorrer do ano, visam contribuir para um
é que nasce a discussão acerca da
melhor desempenho e avanço na
necessidade de ampliação do tempo dos
aprendizagem.
estudantes na escola, ao mesmo tempo em
Nessa perspectiva, a Secretaria de
que, também, se reflete acerca da garantia de
Estado de Educação e Esporte, em 2009
infraestrutura adequada para recebimento
implantou o Programa Mais Educação nas
dos estudantes nas escolas com atendimento
escolas da Rede Pública Estadual ampliando
em tempo integral. Esse processo de
gradativamente o quantitativo de escolas a
implantação da escola de tempo integral vem
cada ano.
acompanhado da urgência, segundo Rios, de
“qualificar a qualidade, refletir sobre a O Programa Mais Educação vem
significação de que ela se reveste no interior integrar as ações do PDDE interativo e tem
da prática educativa” (RIOS, 2001, p.21). dentre os seus principais objetivos:
Dessa forma, a escola de tempo · criar hábitos de estudos;
integral nasce para possibilitar aos · aprofundar os conteúdos vivencia-dos no
educandos a ampliação do seu tempo na ensino regular melhorando a aprendizagem;
escola, oferecendo-lhes maiores e melhores · elevação do IDEB;
possibilidades de aprendizagem. ·a Redução da evasão escolar, reprovação e
Para Anísio Teixeira (2010), a escola distorção idade/série;
deveria ofertar o aumento da jornada escolar, · vincular as atividades pedagógicas, às
tornando-se escolas em tempo integral, com a rotinas diárias de alimentação, recreação,
finalidade de contribuir para a diminuição das esporte e estudos complementares;
desigualdades educacionais e sociais. · oportunizar aos estudantes uma vida mais
Nessa perspectiva, em 2007, o saudável com a prática de atividades
Governo Federal através do Ministério da esportivas;
Educação - MEC retomou o tema 'Escolas em ·prevenção no combate do trabalho infantil.
Tempo Integral' e implantou o Programa Mais Com base no Decreto 7.083/2010, os
32
Texto produzido pelas técnicas pedagógicas da Diretoria de Gestão Escolar Maria Betânia Santos de Moraes, Suzille de Oliveira Melo Chaves, Kátia Maria do Nascimento Barros.
33
Para saber mais sobre a Escola em tempo integral e sobre o Programa Mais Educação, ver site www.mec.gov.br.
Capítulo 4
CIÊNCIAS DA NATUREZA
34
4.1 Propósitos da Educação Básica
34
A formulação destes propósitos teve como referência os seguintes documentos: Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1997), Diseño Curricular para laEscuela Primária
de laCiudad de Buenos Aires (2004) e Caderno de Orientações Para o Ensino de Língua Portuguesa e Matemática no Ciclo Inicial (Secretaria Estadual do Acre e Secretaria
Municipal de Rio Branco, 2008).
38
Texto produzido pela Profa. Dra. Rosaura Soligo - Instituto Abaporu de Educação e Cultura.
OBJETIVOS ® ¬ CONTEÚDOS
(diferentes capacidades) (de diferentes tipos)
¯ ¯
¬ FATOS, DADOS,
INFORMAÇÕES
SIMPLES
¬ CONCEITOS,
SABERES MAIS ESPECÍFICOS
SABERES MAIS AMPLOS
PRINCÍPIOS
TEÓRICOS,
CAPACIDADES ®
TEORIAS
® ¯ ¬ ATITUDES,
NORMAS DE ¬
CONDUTA,
VALORES
¬ PROCEDIMENTO
S, HABILIDADES,
TÉCNICAS
¯
COMPETÊNCIAS ® ¬ HABILIDADES
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
São todos os saberes, de diferentes tipos, a serem garantidos aos estudantes.
ATITUDES
São tendências ou predisposições para atuar de certo modo, de acordo com determinados
valores, apresentadas por componente e por área, pois são aquelas favorecidas pelo trabalho
pedagógico no componente e da área.
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
São capacidades amplas São organizadores São capacidades
relacionadas ao gerais do específicas que São os conceitos e
componente curricular componente contribuem para o fatos a serem
e à área. curricular que desenvolvimento das ensinados para
dizem respeito à competências. favorecer o
sua natureza. desenvolvimento das
habilidades e
competências previstas
a cada ano de
escolaridade.
A perspectiva é que estes quadros – e subsídio, e como parte de um Referencial,
o Referencial como um todo – se constituam evidentemente estas propostas não são
em um subsídio importante no segundo nível prescrições rígidas, mas, ao contrário,
de concretização curricular (tal como contribuições cuidadosamente elaboradas
abordado anteriormente, na explicitação do com o propósito de garantir o direito de
papel da escola hoje), de modo a contribuir aprendizagem de todos os estudantes.
para a concretização dos dois níveis principais No próximo tópico estão tratadas as
do currículo, que são os que acontecem na áreas curriculares, cada qual com um texto de
escola: o plano de ensino e o trabalho diário do caracterização e as respectivas competências
professor com os estudantes. Na qualidade se e habilidades.
organismos ao desenvolver novas técnicas de foram desenvolvidos tendo como base a ideia
conservação de bebidas fermentadas. No de compreender as coisas partindo do macro,
século XX, com os estudos sobre o até chegar ao micro, a fim de ter uma visão
desenvolvimento da Genética e da Biologia mais profunda do todo. Com o passar do
Molecular, surge a engenharia genética e suas tempo, o avanço dos estudos e o aumento na
aplicações diretas na agricultura, pecuária, quantidade de informações fez surgir os
bem como em pesquisas relacionadas ao cientistas especialistas. Assim, partindo do
desenvolvimento de tecnologia que garantem século XV, quando somente existia a Ciência,
melhor qualidade e expectativa de vida (Brasil, se chegou às diversas especializações
1998). existentes atualmente. Essa fragmentação é
A evolução das teorias e explicações sentida nas escolas, pois resultou no ensino
dos fenômenos naturais é notada em disciplinar. As disciplinas surgiram da
diferentes campos das Ciências. Verificou-se possibilidade de se organizar o conhecimento
que elétrons, por exemplo, consagrados como com linguagens, metodologias e teorias
partículas, comportam-se como ondas ao próprias. Articular todas estas disciplinas
atravessar um cristal, assim como a luz, para a interpretação de fenômenos naturais é
reconhecida como onda, pode se comportar fundamental para a educação científica.
como partícula. O desenvolvimento da Física (Morin, 2002).
Quântica mostrou uma realidade que As Ciências Naturais, em seu
demanda outras representações revelando conjunto, incluindo inúmeros ramos da
regularidades das propriedades dos materiais Astronomia, da Biologia, da Física, da Química
e contribuindo para desvendar a estrutura e das Geociências, estudam diferentes
microscópica da matéria e da vida (Brasil, conjuntos de fenômenos naturais e geram
1998). Foram muitos os avanços na área representações do mundo ao buscar
científica. Apesar de tantas descobertas e compreensão sobre as grandes questões do
explicações, temas como a origem da vida e do Universo. Ao descobrir e explicar os
Universo ainda são bastante debatidos e fenômenos, organizam-se e sintetizam-se
várias questões científicas continuam conhecimentos em teorias continuamente
abertas, demonstrando a construção das debatidas, modificadas e validadas pelas
Ciências como processo dinâmico. comunidades científicas. A evolução do
As Ciências Naturais objetivam o desenvolvimento científico mostra a relação
estudo da natureza em seus aspectos mais cada vez mais forte entre Ciência, Tecnologia,
gerais e fundamentais, ou seja, o universo S o c i e d a d e e A m b i e n t e . O g ra n d e
como um todo, com suas regras ou leis que desenvolvimento de conhecimentos teóricos
regem todos os acontecimentos físicos, e aplicados vem provocando otimismo e
químicos e biológicos. Os diferentes ramos da confiança em relação a esses fazeres e
ciência foram durante muitos anos estudados saberes humanos, que são significativos, mas
de forma única e sem fragmentação. que devem ser tratados com cuidado e
Descartes propôs no seu livro “Discurso do controlados pela sociedade.
Método” que para se resolver uma questão
complexa deve-se decompô-la em partes Fundamentos Teórico-Metodológicos da
menores a fim de simplificá-la. A união da Área
resolução das partes daria a resolução do O Ensino de Ciências ganhou
todo. Assim, os fundamentos científicos importância nos últimos anos na medida em
meio ambiente, educação para o consumo, utilizadas, pois são bastante motivadoras,
educação fiscal e de trânsito, educação embora devam ser vistas não apenas como
alimentar e nutricional, trabalho, ciência e operações de manipulação, mas devem servir
tecnologia, diversidade étnica e cultural para provocar reflexões e análises. A
devem permear o desenvolvimento dos pesquisa, associada ao desenvolvimento de
conteúdos científicos, e sempre que possível, projetos contextualizados e interdisciplinares,
vir relacionados com conteúdos específicos articuladores de saberes é fundamental. As
ou em outros momentos adequados. A tecnologias da informação e comunicação
abordagem desses temas deverá contribuir modificaram - e continuam modificando - o
para evitar ou atenuar toda forma de comportamento das pessoas e essas
preconceito e discriminação. mudanças devem ser incorporadas e
A aproximação do currículo com a processadas pelo ensino de Ciências a fim de
vida cotidiana torna os conhecimentos preparar os estudantes para os contextos
abordados mais significativos para os sociais atuais.
estudantes e favorece sua participação ativa Os conhecimentos científicos e
trazendo para as salas de aula suas tecnológicos abordados devem se aproximar
habilidades e experiências de vida, o mais possível da cultura e produção
conhecimentos prévios e do senso comum. contemporânea, em estreita relação com
Evita-se, assim, a transmissão mecânica de outras áreas, considerando sua relevância
um conhecimento que termina por obscurecer social e sua produção histórica. O ensino de
o seu caráter provisório e que não leva ao Ciências deve se distinguir do ensino
envolvimento ativo do estudante no processo unicamente voltado para formação de
de aprendizagem (MOREIRA et al, 2007). Além supostos cientistas e ser direcionado para
disso, as práticas experimentais devem ser todos os estudantes, independentemente da
profissão que terão no futuro: uma formação
para todos e para a vida.
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
ATITUDES
◦ Exercício da cidadania com responsabilidade, considerando os conhecimentos da área de ciências da natureza e suas aplicações associados às
implicações de ordem econômica, social, ambiental, ao lado de argumentos científicos, visando à tomada de decisões acertadas a respeito de ações e
comportamentos individuais e coletivos.
◦ Percepção da interferência das ciências naturais e suas tecnologias no mundo natural e no cotidiano, com atenção e respeito à defesa do ambiente,
dos seres vivos, dos direitos humanos e da qualidade de vida.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, para argumentação e debate de ideias, respeitando as diversas opiniões e buscando o cons enso.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informaç ões em diversas fontes e recursos tecnológicos visando à aquisição e construção de conhecimentos.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos experimentais e verifica ndo
sua adequação para o enfretamento de desafios e situações problemas relacionadas aos conteúdos da área de ciências da natureza.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES
◦ Compreender a cidadania como participação social e política, ad otando ◦ Reconhecer e avaliar o desenvolvimento científico e tecnológico
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o contemporâneo, seu papel na vida humana, sua presença no mundo
outro e exigindo para si o mesmo respeito, posiciona ndo-se de maneira crítica, cotidiano e seus impactos na vida social, considerando as implicações de
responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo caráter ético.
como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas. ◦ Compreender os fenômenos naturais, estabelecendo e
◦ Reconhecer as Ciências da Natureza e suas tecnologias como criações identificando suas correlações, regularidades e as transformações a eles
humanas, inseridas na História em diferentes épocas, percebe ndo o papel associadas.
desempenhado e a complexa relação entre ciência, tecn ologia, sociedade e ◦ Reconhecer, utilizar, interpretar e propor possíveis modelos
ambiente, percebendo os limites éticos e morais envolvidos no explicativos para fenômenos naturais e tecnológicos.
desenvolvimento científico e tecnológico. ◦ Compreender o conhecimento científico e o tecnológico como
◦ Compreender que os conhecimentos científicos são necessários para resultados de construções humanas, inseridos nos processos históricos e
compreensão da natureza e seus fenômenos através de ideias, explicações, socioeconômicos.
modelos e teorias. ◦ Reconhecer, articular, interpretar e utilizar adequadamente na
◦ Utilizar e articular as diferentes linguagens – científica, matemática e forma oral e escrita, símbolos, códigos, nomenclatura e representações tais
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
ATITUDES
◦ Uso dos conhecimentos adquiridos de forma responsável na defesa do ambiente, dos seres vivos e dos direitos humanos.
◦ Exercício da cidadania com responsabilidade, avaliando os conhecimentos científicos e suas aplicações, levando em consideraçã o implicações de ordem
econômica, social, ambiental ao lado de argumentos científicos, para tomar decisões a respeito de ações e comportamentos individuais e coletivos.
◦ Consciência das perspectivas e influência das Ciências Naturais no mundo e dedicação à defesa do ambiente e dos seres vivos.
◦ Reconhecimento das responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de conhecimentos científicos.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, argumentação e debate de ideias, respeitando as diversas opiniões e buscando o cons enso.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e construção de conhecimentos cientí ficos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedime ntos experimentais e
verificando sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas.
◦ Disposição para resolver situações-problemas, principalmente às relacionadas aos conteúdos das áreas de Física, Química, Biologia, Geologia e
Astronomia.
83
CIÊNCIAS DA NATUREZA
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COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
85
CIÊNCIAS DA NATUREZA
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COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
Reconhecer a existência do Ar Atmosférico Ÿ A Atmosfera e suas camadas.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
87
CIÊNCIAS DA NATUREZA
88
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Planeta Terra.
◦ O Ciclo da Água.
◦ Saber que o Brasil tem uma das maiores
◦ Propriedades da Água (Capacidade
reservas de água doce do mundo (bacias
Térmica, Calor Específico,
hidrográficas e aquíferos).
Densidade, Pressão, Empuxo,
◦ Identificar as principais propriedades da água e Tensão Superficial, Dissolução e
sua existência nos três estados físicos da Transporte de Nutrientes no
matéria: sólido, líquido e gasoso. Corpo Humano).
◦ Identificar e caracterizar diferentes modos de ◦ Principais cientistas e
captação da água: poços artesianos, represas, experimentos que marcaram a
redes de distribuição e cisternas, numa História e a evolução dos
A IMPORTÂNCIA DA
perspectiva histórica. conhecimentos sobre as
ÁGUA NO PLANETA propriedades da Água.
TERRA ◦ Identificar as etapas de tratamento de água nas
estações de saneamento, relacionando as ◦ A Água: Solvente Universal.
técnicas empregadas e os tipos de impurezas Fórmula da Água.
eliminadas.
◦ A Importância e Diferentes Usos
◦ Identificar principais causas de poluição e da Água.
contaminação das Águas em Alagoas, no Brasil
◦ Poluição da Água.
e no Mundo.
◦ Saneamento Básico, Tratamento e
◦ Fazer experimentos envolvendo fenômenos
Purificação de Água.
relacionados ao tema Água, relatando os
passos da investigação e os resultados obtidos ◦ Doenças transmitidas por Águas
em forma de relatório ou pequenos textos Contaminadas.
descritivos. ◦ A Água e seus Movimentos:
◦ Coletar informações em diversas fontes e Produção de Energia.
junto a órgãos públicos que cuidam do
fornecimento de água e do saneamento, sobre
maneiras de se resolverem os problemas de
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
ATITUDES
◦ Uso dos conhecimentos adquiridos de forma responsável na defesa do ambiente, dos seres vivos e dos direitos huma nos.
◦ Exercício da cidadania com responsabilidade, avaliando os conhecimentos científicos e suas aplicações, levando em consideraçã o implicações de ordem
econômica, social, ambiental ao lado de argumentos científicos, para tomar decisões a respeito de ações e comportamentos individuais e coletivos.
◦ Consciência das perspectivas e influência das Ciências Naturais no mundo e dedicação à defesa do ambiente e dos seres vivos.
◦ Reconhecimento das responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de conhecimentos científicos, atentando para a defesa da qualidade de vida e
direitos do consumidor.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, argumentação e debate de ideias, respeitando as diversas opiniões e buscando o consenso.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, refl exivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e construção de conhecimentos cientí ficos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos experimentais e
verificando sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas.
◦ Disposição para resolver situações-problemas, p r incipalmente às relacionadas aos conteúdos das áreas de Física, Química, Biologia, Geologia e
Astronomia.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
◦ Invertebrados
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS CONCEITUAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CO NTEÚDOS
CONCEITUAIS
portanto inseridas na história natural e para o
CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CO NTEÚDOS
CONCEITUAIS
descrição e explicação dos
CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CO NTEÚDOS
CONCEITUAIS
explicação do mundo
CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CO NTEÚDOS
CONCEITUAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
◦ Identificação do átomo
EM BUSCA DE (Número Atômico,
EXPLICAÇÕES: Número de Massa, Massa
MODELOS ATÔMICOS Atômica) e representação
dos Elementos Químicos.
◦ Isótopos.
◦ Reconhecer os fatos históricos envolvidos na
◦ A Linguagem da Química:
origem dos nomes e símbolos dos principais
Símbolos e Fórmulas.
Elementos Químicos.
◦ Compreender que a Tabela Periódica não foi ◦ História da descoberta de
proposta por acaso, mas é fruto da Elementos Químicos e da
sistematização de conhecimentos e busca por uma organização
propriedades dos Elementos Químicos. destes em forma de tabelas.
◦ Compreender a Lei Periódica. ◦ Classificação Moderna dos
◦ Identificar os Elementos Químicos por suas
ELEMENTOS Elementos Químicos: A
simbologias. Tabela Periódica Atual.
QUÍMICOS: ◦ Entender que os Elementos Químicos na
ORGANIZAÇÃO E Tabela Periódica estão organizados em ordem ◦ A Lei Periódica e as
CLASSIFICAÇÃO/ crescente de seus Números Atômicos e de Propriedades Periódicas.
TABELA PERIÓDICA acordo com suas características.
◦ Perceber que Elementos Químicos estão
presentes nos Compostos e Substâncias do
cotidiano.
◦ Saber utilizar a Tabela Periódica na busca de
dados e informações.
◦ Saber utilizar diferentes fontes de informação e
recursos tecnológicos para adquirir e construir
saberes.
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 103
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Apesar de o ensino de Biologia ainda (2004) revela que o currículo de ciências não
considerar o conhecimento como algo pronto sofreu alterações entre as décadas de 1950 e
e acabado, caracterizando um ensino que foi 1985, porém, “não se discutia a relação da
se tornando tradicional na escola, é Ciência com o contexto econômico, social e
fundamental que o conhecimento em político e tampouco os aspectos tecnológicos
Biologia, assim como em várias outras áreas, e as aplicações práticas” (KRASILCHICK,
seja trabalhado possibilitando a argumen- 2004).
tação, valorizando os conhecimentos prévios Os eixos estruturantes que compõem
e os questionamentos, envolvendo os a proposta curricular do ensino de Biologia
estudantes em ações para reconstruir os seus são os seguintes: a) Origem e evolução da
saberes a partir de conceitos científicos, para vida; b) Biologia celular; c) Diversidade da vida;
que os confrontem com o que já sabiam, d) Qualidade de vida das populações
exercitando a reflexão, a interpretação própria humanas, e) Transmissão da vida,
e a autonomia (DEMO, 2002). manipulação gênica e ética e f) Interação entre
Hoje, a Biologia faz parte dos estudos os seres vivos. Os referidos eixos
de Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente estruturantes estão fundamentados no objeto
(CTSA) e a perspectiva metodológica é instigar de estudo da Biologia – a vida – pois esse
a construção do conhecimento de forma fenômeno é caracterizado “por um conjunto
contextualizada e interdisciplinar. de processos organizados e integrados, no
nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda
Fundamentos teórico-metodológicos: de organismos no seu meio.” (BRASIL, 2002),
cita ainda que,
O campo de estudo da Biologia é [...] ao estudar o indivíduo, estar-se-á
essencialmente a “vida” (do grego - bios = vida estudando o grupo ao qual ele pertence e
e - logos = estudo). O estudo da Biologia é vice-versa; o estudo aprofundado de
abrangente e requer conhecimentos de outras determinados grupos de seres vivos em
áreas do conhecimento como: bioética, particular – anatomia, fisiologia e
biotecnologia, biofísica, bioquímica, dentre comportamentos – pode se constituir em
outras, as quais tratam de conteúdos projetos educativos, procurando verificar
conceituais que dão suporte ao hipóteses sobre a reprodução/evolução de
conhecimento biológico de forma integral. peixes, samambaias ou seres humanos.
A Biologia é uma das áreas das (BRASIL, 2002).
ciências que vem se desenvolvendo devido às Algumas finalidades do ensino de
diversas pesquisas e aos estudos nesse Biologia previstas nos currículos escolares é
campo a partir de novos conhecimentos. A desenvolver a capacidade de pensar lógica e
questão ambiental, a genética e a criticamente, bem como dominar conceitos
biotecnologia são exemplos de assuntos biológicos a fim de compreender e participar
contemporâneos e necessários para que a das discussões referentes à área biológica.
sociedade conheça, compreenda e participe Existem outras finalidades. A função social do
de debates sobre as referidas temáticas. A ensino da Biologia é contribuir para ampliar o
construção do conhecimento científico na entendimento que o indivíduo tem da sua
área da biologia na Educação Básica própria organização biológica, do lugar que
possibilita ao estudante tornar-se um sujeito ocupa na natureza e na sociedade, e da
autônomo, ativo, reflexivo e crítico. Krasilchick possibilidade de interferir na dinamicidade
104 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
dos mesmos, através de uma ação mais abióticos. Dessa forma, é preciso que a
coletiva, visando à melhoria da qualidade de abordagem do cotidiano seja valorizada e
vida (KRASILCHIK, 2004). contemplada nas estratégias didáticas de sala
Sabe-se que o ensino de Biologia é de aula de modo a possibilitar a construção e
importante para a vida de todos(as), cabendo ampliação dos conceitos biológicos, a fim de
à escola, por meio do ensino formal, instigar os estudantes a desenvolverem
possibilitar a construção do conhecimento, os competências e habilidades. Ou seja, mostrar
quais devem “contribuir, também, para que o aos estudantes a função da Ciência e como a
cidadão seja capaz de usar o que aprendeu ao Biologia pode contribuir para as necessidades
tomar decisões de interesse individual e humanas, levando para a sala de aula
coletivo, no contexto de um quadro ético de assuntos do cotidiano, dando oportunidade
responsabilidade e respeito que leva em conta para eles conhecerem os aspectos
o papel do homem na biosfera” (KRASILCHIK, relacionados à ciência, à tecnologia e à
2004). sociedade (DEMO, 2004).
Obter a visão de mundo, ou seja, O ensino de Biologia deve possibilitar
perceber a realidade que nos cerca, permite uma formação cidadã, crítica e reflexiva, de
compreender como a natureza funciona, bem forma que o sujeito saiba lidar com situações
como entender como ocorrem as inter- c o t i d i a n a s d e fo r m a c o n s c i e n t e e
relações entre os seres vivos e os elementos responsável.
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 105
CIÊNCIAS DA NATUREZA
1ª SÉRIE
106 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 107
CIÊNCIAS DA NATUREZA
2ª SÉRIE
108 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 109
CIÊNCIAS DA NATUREZA
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
ATITUDES
Ÿ Reconhecimento da importância da preservação da saúde e do meio ambiente.
Ÿ Empenho em conhecer as várias formas em obter informações acerca dos conhecimentos biológicos.
Ÿ Consciência da ação humana ativa e passiva no meio ambiente.
Ÿ Interesse em desenvolver a criticidade, reflexão, a ação investigativa e o gosto pela pesquisa.
Ÿ Consciência da influência da interação biótica e abiótica no meio ambiente.
Ÿ Disponibilidade para trabalhar em grupo, respeitando a diversidade de opiniões.
Ÿ Respeito à diversidade genética (fenótipo e genótipo).
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES
CONCEITUAIS
110 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES
CONCEITUAIS
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 111
CIÊNCIAS DA NATUREZA
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES
CONCEITUAIS
112 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 113
CIÊNCIAS DA NATUREZA
“Imperial Colégio de Pedro II”, que objetivava a estuda as ondas, a óptica que estuda os
obtenção de um ambiente intelectual para os fenômenos da luz, e a eletricidade e o
filhos dos nobres e funcionários da corte, magnetismo que são basicamente os
tornando-se padrão para outras escolas a responsáveis pela tecnologia atual.
serem criadas (Lorenz, 1986). A Física To d o s e s s e s c a m p o s d e
ensinada era muito próxima da matemática e conhecimentos da Física são relevantes no
com ênfase na transmissão e aquisição de nosso cotidiano, porém o que sempre ocorreu
conhecimentos fortemente ligados à tradição e ainda ocorre é a persistência da ideia de se
europeia. Ao final da década de 40, a ensinar a Física partindo da percepção de
disciplina de Física, bem como as outras aprender o modelo microscópico para ser
ciências, sofreram algumas alterações a partir capaz de entender o fato macroscópico
de 1946 com a criação do Instituto Brasileiro (MENEZES, 1977), o que irá promover um
de Educação, Ciência e Cultura (IBECC) que, na distanciamento das situações reais
década de 50, contribuiu com a construção de vivenciadas pelos estudantes. Dentro dessa
livros textos, equipamentos e material de ótica, o Ensino Médio, por um longo período,
apoio para atividades práticas de laboratório, teve como norte preparar o estudante para o
objetivando melhorar o ensino de ciências ingresso no ensino superior. O Ensino Médio
através da adoção do método experimental atual, ou seja, o novo Ensino Médio, desde a
(LORENZ e BARRA, 1986). promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da
A partir da década de 50, surgem os Educação - LDB, em 1996, sofreu e ainda
projetos de ensino, que inicialmente foram sofrerá modificações e indica que consiste em
traduzidos de projetos americanos e ingleses uma etapa conclusiva da Educação Básica a
e posteriormente houve a produção de partir da qual desenvolverá competências e
projetos nacionais. Na década de 70 surgem habilidades para a cidadania, continuidade do
as primeiras teses de mestrados sobre o aprendizado e para o trabalho, “oferecendo
ensino de Física centradas nos projetos uma formação humana integral, evitando a
desenvolvidos anteriormente, o que orientação limitada da preparação para o
contribuiu de forma significativa para a vestibular...” (BRASIL, p. 155, 2011). Terrazan
inserção da Física como componente (1994) reforça a necessidade do ensino de
curricular da escola brasileira (PERNAMBUCO Física para a vida do estudante como um todo
e SILVA, 1985). e não apenas direcionada aos vestibulares:
A Física no ambiente escolar tem “A Física desenvolvida na escola
como objeto de estudo todos os fenômenos média deve permitir aos estudantes pensar e
naturais presentes no universo e é constituída interpretar o mundo que os cerca (...) Nesse
de uma linguagem própria, que de acordo com nível de escolaridade devemos estar
os BRASIL, (2001), “faz uso de conceitos e formando um jovem, cidadão pleno,
terminologia bem definidos, além de suas consciente e sobretudo capaz de participação
formas de expressão que envolvem, muitas na sociedade. Sua formação deve ser o mais
vezes, tabelas, gráficos ou relações global possível, pois sua capacidade de
matemáticas”. Classicamente, a Física é intervenção na realidade em que está imerso
subdividida em campos de conhecimento, tem relação direta com sua capacidade de
como a mecânica que estuda os movimentos, leitura, de compreensão, de construção dessa
a termodinâmica que estuda a temperatura, mesma realidade.” (TERRAZAN, 1994, p. 39)
calor e suas relações, a ondulatória que Os PCN+, que apresentam
114 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 115
CIÊNCIAS DA NATUREZA
116 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
4.6.2 Organização do Conhecimento Escolar de Física
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
ATITUDES
◦ Uso dos conhecimentos adquiridos de forma responsável na defesa da qualidade de vida e dos direitos humanos.
◦ Exercício da cidadania com responsabilidade, avaliando os conhecimentos f ísicos e suas aplicações, levando em consideração implicações de ordem
econômica, social, ambiental ao lado de argumentos científicos, para tomar decisões a respeito de ações e comportamentos individuais e coletivos.
◦ Percepção da interferência da Física no mundo natural e dedicação à defesa do ambiente e dos seres vivos.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, respeitando as diversas opiniões e buscando o consenso.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conheciment o e pela pesquisa.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e à construção de conhecimentos físicos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica , selecionando procedimentos experimentais e
verificando sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas relacionadas aos conteúdos da componente curricular de Física.
◦ Disposição para argumentação e debate de ideias, sempre respeitando opin iões divergentes e buscando o entendimento.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
117
CIÊNCIAS DA NATUREZA
118
CIÊNCIAS DA NATUREZA
potencia com a energia.
◦ Conservação e dissipação de
◦ Reconhecer a conservação da
Energia
energia no cotidiano.
119
120
COMPONENTE CURRICULAR DE FÍSICA – 2º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
CIÊNCIAS DA NATUREZA
ATITUDES
Uso dos conhecimentos adquiridos de forma responsável na defesa da qualidade de vida e dos direitos humanos.
Exercício da cidadania com responsabilidade, avaliando os conhecimentos f ísicos e suas aplicações, levando em consideração implicações de ordem
econômica, social, ambiental ao lado de argumentos científicos, para tomar decisões a respeito de ações e comportamentos individuais e coletivos.
Percepção da interferência da Física no mundo natural e dedicação à defesa do ambiente e dos seres vivos.
Disposição para o trabalho em grupo, respeitando as diversas opiniões e buscando o consenso.
Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conheciment o e pela pesquisa.
Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e construção de conhecimentos físico s.
Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos experimentais e
verificando sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas relacionadas aos conteúdos da componente curricular de Física.
Disposição para argumentação e debate de ideias, sempre respeitando opiniõ es divergentes e buscando o entendimento.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
◦ Máquinas Térmicas
◦ Realizar leituras, interpretações
◦ e construir resumos de textos
relativos às máquinas térmicas.
121
CIÊNCIAS DA NATUREZA
122
◦ Compreender o conceito de
onda, os elementos - Frequência
característicos e suas formas de - Período
propagação.
- Velocidade
◦ Visualizar os tipos de ondas e
suas presenças nos fenômenos - Comprimento de onda.
ondulatórios do cotidiano, ◦ Formas e os meios de
relacionando com as propagação das Ondas.
telecomunicações e ambiente.
SOM, LUZ E A INFORMAÇÃO ◦ Tipos de Ondas
◦ Compreender como os sons se
propagam em diferentes meios e ◦ Fenômenos Ondulatórios:
situações. - Reflexão
◦ Conhecer os conceitos e - Refração
fenômenos que são importantes
no estudo do som. - Difração.
◦ Relacionar os conceitos e ◦ Ondas Sonoras
fenômenos do som com os ◦ Qualidades fisiológicas de uma
limites e cuidados com a nossa onda sonora.
audição.
◦ Sons musicais:
◦ Entender os conceitos que
qualificam uma onda sonora. - Notas musicais
CIÊNCIAS DA NATUREZA
◦ Entender como a união de lentes
podem gerar imagens.
123
CIÊNCIAS DA NATUREZA
124
econômicos ou culturais.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
125
CIÊNCIAS DA NATUREZA
126
◦ Exercício da cidadania com responsabilidade, avaliando os conhecimentos físicos e suas aplicações, levando em consideração im plicações de ordem
econômica, social, ambiental ao lado de argumentos científicos, para tomar decisões a respeito de ações e comportamentos individuais e coletivos.
◦ Percepção da interferência da Física no mundo natural e dedicação à defesa do ambiente e dos seres vivos.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, respeitando as diversas op iniões e buscando o consenso.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e construção de conhec imentos físicos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando proce dimentos experimentais e
verificando sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas relacionadas aos conteúdos da componente curricular de Física.
◦ Disposição para argumentação e debate de ideias, sempre respeitando opiniões divergentes e buscando o entendimento.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
◦ Produção e consumo de energia
visualizando as diversas elétrica
transformações de energia de
um tipo em outra.
127
CIÊNCIAS DA NATUREZA
128
CIÊNCIAS DA NATUREZA
◦ Compreender as formas de
energia disponíveis e suas
aplicações na vida moderna.
129
CIÊNCIAS DA NATUREZA
130
◦ Compreender a constituição e
avaliando os efeitos biológicos e
função dos semicondutores, ◦ Estudo dos efeitos biológicos da
ambientais em seu cotidiano.
conhecendo parte da tecnologia radiação
◦ Identificar e utilizar MATÉRIA E RADIAÇÃO que deu origem a alguns
equipamentos eletrônicos que componentes eletrônicos. ◦ Energia Nuclear
contém semicondutores, ◦ Transformações Nucleares
◦ Conhecer e compreender as
compreendendo como se dá o
partículas elementares a fim de ◦ Radiação ionizante e não
processamento de informação.
enriquecer o conhecimento dos ionizante
componentes dos átomos.
◦ Semicondutores: transistores,
◦ Intervir na sociedade através de ◦ Entender o que é radioatividade circuitos integrados e chips.
análises sobre o impacto social e e suas aplicações, favorecendo
econômico dos equipamentos de uma avaliação consciente do uso ◦ Elementos constituintes da
informática na sociedade atual. da tecnologia nuclear. microinformática.
◦ Nanotecnologia.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 131
CIÊNCIAS DA NATUREZA
ramificações procedimentais, dentre elas: Com seu cérebro singular, pensa, observa,
alquimia, boticários, iatroquímica e estudo planeja, cria, elabora, modifica suas ideias,
dos gases (PARANÁ, 2008). explica, registra, reflete, ensina a seus
No século XIX, houve um avanço descendentes. A Química e seus
considerável e se formou um apanhado conhecimentos científicos e tecnológicos são
teórico de explicações sobre átomos e frutos de toda essa inquietação (PIATTI e
moléculas, composição e características das RODRIGUES, 2005). Dada a importância
substâncias, com a contribuição dos estudos destes conhecimentos e das substâncias e
realizados por Dalton, Avogadro, Berzelius, produtos desenvolvidos a partir deles,
Proust, entre outros. Foi nesse cenário que a presentes nos mais variados setores da
Química ascendeu ao fórum das Ciências. O economia e da vida em sociedade, tornou-se
avanço de seus conhecimentos estava necessário a introdução do estudo da
vinculado às investigações da estrutura da Química nas escolas da Educação Básica.
matéria, estudos estes partilhados com a O ensino das Ciências da Natureza, e
física, que buscava entender as forças em especial de Química, tem por objetivo
internas que regem a formação da matéria contribuir para a construção de uma
(PARANÁ, 2008). representação racional e coerente do mundo,
Antoine Lavoisier ficou conhecido através dos conhecimentos adquiridos ao
como pai da química com a publicação em longo dos tempos sobre as leis e teorias que
1789 de um livro intitulado "Traité Élémentaire buscam explicá-lo, para a aquisição de uma
de Chimie", obra esta considerada por muitos cultura científica e tecnológica (BRASIL,
um marco do nascimento da química moderna 1998). Segundo FREIRE-MAIA (2000), a Ciência
(CHASSOT, 2004). Lavoisier propôs uma como disciplina é o conjunto de descrições,
nomenclatura universal para os compostos interpretações, leis, teorias, modelos, etc. que
químicos, que foi aceita internacionalmente. visa ao conhecimento de uma parcela da
A Química experimentou grande realidade e que resultou da aplicação de uma
desenvolvimento teórico e metodológico metodologia especial, chamada metodologia
durante o século XX, especialmente pelo científica.
estabelecimento da mecânica quântica, Esta aprendizagem é fundamental
métodos espectroscópicos e metodologias para a compreensão do meio em que se vive,
de síntese orgânica, que impulsionaram o próximo ou longínquo, das modificações que
descobrimento de novos fármacos, novos este meio sofre, sejam elas naturais ou
materiais, provocando mudanças profundas p ro m o v i d a s p e l o s s e re s h u m a n o s ,
no modo de vida das pessoas. Segundo PETER contribuindo para o entendimento do
ATKINS (1987) na virada do século XX, físicos, verdadeiro lugar que os indivíduos ocupam
químicos e biólogos colaboraram num esforço neste meio e as responsabilidades
excepcional para revelar a identidade das decorrentes deste conhecimento.
moléculas, principalmente através da A legislação brasileira atual
espectroscopia, cristalografia de raios X e da determina componentes curriculares que são
microscopia eletrônica, o que levou ao que se obrigatórios e que, portanto devem ser
buscou durante tanto tempo: imagens de tratados em uma ou mais das áreas de
moléculas e átomos individuais. conhecimento para compor os currículos das
Durante sua longa caminhada o ser escolas de ensino básico (BRASIL, 2012).
humano vem modificando o meio em que vive. Dentre estes componentes definidos pelas
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
saogalA ed odatsE od onisnE ed laudatsE edeR ad acisáB oãçacudE ad ralucirruC laicnerefeR 133
CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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◦ Reconhecimento das responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de conhecimentos científicos, especialmente no que concerne à introdução
da enorme gama de produtos químicos, atentando para a defesa da qualidade de vida e direitos do consumidor.
◦ Uso dos conhecimentos adquiridos de forma responsável na defesa do ambiente, dos seres vivos e d os direitos humanos.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, argumentação e debate de ideias, com respeito às diversas opiniões e buscando consens os.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e construção de conhecimentos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos experimentais e verificando
sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
dos produtos formados. ◦ Relação entre estrutura,
propriedades e aplicações
◦ Compreender que das substâncias e materiais.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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renováveis.
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◦ Reconhecimento das responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de conhecimentos científicos, especialmente no que concerne à introdução
da enorme gama de produtos químicos, atentando para a defesa da qualidade de vida e direitos do consumidor.
◦ Uso dos conhecimentos adquiridos de forma responsável na defesa do ambiente, dos seres vivos e dos direitos humanos.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, argumentação e debate de ideias, respeitando as diversas opiniões e buscando o consenso.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em dive rsas fontes visando à aquisição e construção de conhecimentos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a capacidade de análise crítica, selec ionando procedimentos experimentais e verificando
sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
temperatura ou pela emissão ◦ Reconhecer e compreender símbolos, códigos
de gases poluentes. e nomenclatura próprios da Química para ◦ Ciclo da Água.
interpretar rótulos de águas minerais e outros
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
Química ◦ Compreender os modelos explicativos da relação ◦ Energia de Ativação.
entre consumo de reagentes, formação de
◦ Fatores que modificam a
produtos e tempo.
rapidez de uma transformação
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◦ Compreender a produção e consumo de energia
térmica e elétrica nas transformações químicas,
avaliando as implicações sociais e ambientais.
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◦ Reconhecimento das responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de conhecimentos científicos, especialmente no que concerne à introdução
da enorme gama de produtos químicos, atentando para a defesa da qualidade de vida e direitos do consumidor. Uso dos conhecime ntos adquiridos
de forma responsável na defesa do ambiente, do s seres vivos e dos direitos humanos.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, argumentação e debate de ideias, respeitando as diversas opiniões e buscando o consenso.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e construção de conhecimentos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos experimentais e verifican do
sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
de vida e dos direitos do ◦ Compreender o processo de reves mento
consumidor e nas implicações de super cies metálicas com outros ◦ Eletrodeposição (Galvanoplastia).
ambientais advindas, por metais, por via eletrolí ca e sua
149
CIÊNCIAS DA NATUREZA
150
CIÊNCIAS DA NATUREZA
saúde humana. orgânicas: combustão, fermentação, Biocombustíveis.
saponificação, esterificação, hidrogenação.
◦ Funções Orgânicas Oxigenadas:
◦ Identificar os tipos de isomeria Alcoóis, Fenóis, Éteres, Ésteres,
151
CIÊNCIAS DA NATUREZA
152
◦
Borracha Natural e Sintética.
irrefletida de produtos químicos como algo
sempre nocivo ao ambiente ou à saúde. ◦ Principais Componentes dos
Classificação das Alimentos e suas propriedades e
Substâncias: Os ◦ Refletir sobre a existência de substâncias
funções no organismo:
Compostos Orgânicos tóxicas e saber como se proteger contra
elas. -Carboidratos, Lipídios,
Vitaminas, Proteínas, Enzimas.
◦ Fármacos, Medicamentos,
Drogas, Cosméticos.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
153
Orientações Didático-
metodológicas
Capítulo 5
CIÊNCIAS DA NATUREZA
37
Texto produzido por Rosaura Soligo
156 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
38
O 'contrato didático' é uma espécie de 'script' relacionado à natureza e ao modo de funcionamento da escola enquanto instituição que configura papéis, expectativas,
direitos e deveres – geralmente implícitos – que dizem respeito aos professores, estudantes e situações de ensino e aprendizagem.
39
In: Guia de Orientações Metodológicas Gerais - PROFA, SEF-MEC, 2001.
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 157
CIÊNCIAS DA NATUREZA
40
In Aprender... Sim, mas como? Porto Alegre: Artmed, 1998
41
Essas dez características de uma situação-problema foram sistematizadas a partir do que apresenta Philippe Perrenoud em Dez novas competências para ensinar,
(2000), baseado no que propõe Jean Pierre Astolfi em vários trabalhos.
158 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 159
CIÊNCIAS DA NATUREZA
ciências humanas, das linguagens, de uma concepção que pode ser observada e
matemática e outros espaços que empregada em contextos diversos, quer sejam
potencializem aprendizagens nas diferentes relacionados a vivências mais pragmáticas,
áreas do conhecimento; atividades em quer sejam aos contextos científicos.
Línguas Estrangeiras/Adicionais, Mas existe pesquisa na escola de
desenvolvidas em ambientes que utilizem Educação Básica? Professores e estudantes
recursos e tecnologias que contribuam para a da Educação Básica são pesquisadores?
aprendizagem dos estudantes; fomento às Muito se tem discutido sobre esta temática,
atividades de produção artística que uma vez que a pesquisa é sempre colocada
promovam a ampliação do universo cultural como prática apenas da academia.
dos estudantes; fomento às atividades Universidade e Escola são colocadas sob uma
esportivas e corporais que promovam o lógica hierárquica, pois a primeira produz
desenvolvimento integral dos estudantes; conhecimento para a segunda reproduzir.
fomento às atividades que envolvam Assim, a universidade detém as competências
comunicação, cultura digital e uso de mídias e de pesquisar e produzir conhecimento.
tecnologias, em todas as áreas do Todavia a pesquisa é elemento
conhecimento; propostas de ações que decisivo na formação inicial e continuada de
poderão estar estruturadas em práticas qualquer profissional. O ato de pesquisar
pedagógicas multi ou interdisciplinares, desencadeia um processo emancipatório. A
articulando conteúdos de diferentes pesquisa deve perpassar todo percurso
componentes curriculares de uma ou mais educativo do indivíduo, seja durante a
áreas do conhecimento” (ProEMI). Educação Básica, a graduação ou pós-
A rigor, em se tratando dessas graduação. O objetivo é propiciar a formação
capacidades, não há nada de muito diferente de profissionais reflexivos e críticos-
ou contraditório entre o que recomendam os investigadores da realidade, desenvolvendo
documentos mais atuais e o que defendiam os sua autonomia. Cada vez mais se faz
documentos publicados pelo Ministério da necessária a descentralização de processos
Educação na última década do século que revelem necessidades e descobertas. A
passado. O desafio é, cada vez mais, escola da Educação Básica, além de espaço
converter esses pressupostos curriculares em de vivências de estudantes e professores,
ações efetivas nas salas de aula. pode ser campo de pesquisa para esses
mesmos que a compõem.
5.2.1 A pesquisa na Escola de Demo (2000) chama atenção para
Educação Básica
42 prática de um ensino pela pesquisa,
desmistificando a ideia de que esta prática só
O dicionário Aurélio define Pesquisa pode ser realizada pela academia. Assim, a
como ato ou efeito de pesquisar, investigação escola da Educação Básica pode realizar
e estudo, minuciosos e sistemáticos com o fim pesquisa desde a Educação Infantil ao Ensino
de descobrir fatos relativos a um campo do Médio, considerada como uma atividade de
conhecimento. Dessa forma, a organização processo educativo e democrático.
de uma sistemática ou metodologia ajudará Sendo assim, estudantes precisam
na consecução de objetivos e descobertas. É
42
Texto produzido pelo prof. Ricardo Lisboa Martins – licenciado em Filosofia e Matemática, mestre em Educação Matemática – técnico pedagógico da Superintendência
de Políticas Educacionais.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
45
LERNER, Délia. Preparar para a vida acadêmica por intermédio da leitura e da escrita. In: Seminário Internacional – curso Ler e escrever para estudar: uma análise
didática. Centro de Estudos da Escola da Vila. São Paulo, 10 e 11 de setembro de 1999.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
desenvolver ao longo de vários meses. Tendo princípio e um fim conhecidos tanto pelo
maior duração oferecem a oportunidade de p ro f e s s o r c o m o p e l o s e s t u d a n t e s
compartilhar com os estudantes o (ZABALA,1998).
planejamento das tarefas e sua distribuição A diferença em relação aos projetos, é
no tempo. Assim, fixada a data em que o que esses se organizam em torno de um
produto final deve estar pronto, é possível produto tangível, e que as sequências didáti-
discutir um cronograma e definir as etapas cas incluem situações estruturadas, objetivos
necessárias, as responsabilidades que cada bem definidos alcançados a curto prazo.
grupo deve assumir e as datas que terão de ser As sequências didáticas pressupõem
respeitadas para que o objetivo seja um trabalho pedagógico organizado em uma
alcançado no prazo previsto. determinada sequência, durante um
Uma qualidade importante dos determinado período estruturado pelo
projetos é oferecer um contexto no qual o p ro f e s s o r , c r i a n d o - s e , a s s i m , u m a
esforço de estudar tenha sentido, e no qual os modalidade de aprendizagem mais orgânica
estudantes realizem aprendizagens com alto (SIGNORELI, 2003; LERNER, 2002). Os planos
grau de significação. É a modalidade de aula, em geral, seguem essa organização
organizativa do ensino que mais se afina com didática. Em cada sequência se inclui, assim
os trabalhos interdisciplinares. como nos projetos, atividades coletivas,
grupais e individuais.
Sequências Didáticas
Atividades Permanentes
A sequência didática é um conjunto
de propostas de atividades interligadas e com
As atividades permanentes ou
ordem crescente de dificuldade. Cada passo
habituais se repetem de forma sistemática e
permite que o próximo seja realizado. Os
previsível, diária, semanal ou quinzenalmente,
objetivos são focados em conhecimentos
e oferecem a oportunidade de contato intenso
escolares mais específicos, com começo,
meio e fim. Em sua organização, é preciso com um conhecimento escolar em cada ano
prever esse tempo e como distribuir as da escolaridade. Normalmente, não estão
sequências em meio às atividades permanen- ligadas a um projeto e, por isso, têm certa
tes e aos projetos. É comum confundir essa autonomia. As atividades servem para
modalidade com o que é feito no dia-a-dia. A familiarizar os estudantes com determinados
questão é: há continuidade? Se a resposta for conteúdos e construir hábitos, isto é, são
não, você está usando uma coleção de situações propostas com regularidade.
atividades com a cara de sequência Podem ser utilizadas quando um dos objetivos
(ANDRADE; GUIMARÃES, 2013). do trabalho é construir atitudes (SIGNORELI,
Pode-se, ainda destacar, que 2003; LERNER, 2002).
sequência didática é um instrumento de Por exemplo, uma atividade
ensino e gestão da sala de aula, que define permanente que se pode realizar é a hora dos
p ro c e d i m e n t o s , p a s s o s , o u e t a p a s contadores de contos, em que os estudantes
encadeados para tornar mais eficazes os se responsabilizam, em rodízio, por contar ou
processos de ensino e de aprendizagem. É um ler um conto que eles mesmos tenham
conjunto de atividades ordenadas, escolhido e cuja apresentação tenha
estruturadas e articuladas para a realização preparado previamente, de tal modo que seja
de certos objetivos educacionais, que têm um clara e compreensível para quem ouve.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
SEQUÊNCIAS DE
ATIVIDADES
[ou atividades
sequenciadas]
47
Essas formas (ou modalidades) de organização dos conteúdos são defendidas por Delia Lerner e constam do texto “É possível ler na escola?”,presente no livro Ler e
escrever na escola - o real, o possível e o necessário (Artmed, 2002).
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
sabem e o que eles gostariam de aprender. tendo como fio condutor as conexões com o
Neste Referencial Curricular do Estado de mundo do trabalho e com a sociedade em
Alagoas foram organizados quadros geral.
contendo as principais atitudes, Há muitos anos estudos vêm sendo
competências e habilidades a serem realizados para discutir mudanças no ensino
desenvolvidos nos componentes curriculares de Ciências que corrijam algumas distorções
de Ciências da Natureza, Biologia, Física e, que acontecem quando os professores não
Química nos quais é sugerida uma lista de levam em consideração o que os estudantes já
conteúdos para cada ano de escolaridade. sabem, pois supõem que eles sabem pouco ou
C a b e a o s p ro f e s s o re s , at ra v é s d o têm informações distorcidas sobre os
conhecimento sobre seus estudantes (quem conteúdos (VILANNI e MENEZES, 1980). Outra
são, do que são capazes em determinados distorção é aquela que prioriza a aplicação de
momentos da escolaridade), do tempo de fórmulas e a resolução de exercícios, e o
trabalho disponível na escola, adaptar os incentivo à memorização de nomes e
conteúdos sugeridos as suas necessidades. classificações em detrimento da
Nessa perspectiva, é importante compreensão. Este tipo de ensino em que os
adotar metodologias de ensino inovadoras, conteúdos não são contextualizados e as
diferentes das que se encontram nas salas de aplicações práticas e tecnológicas são
aula mais tradicionais e que ofereçam ao deixados de lado continua a ser praticado
estudante a oportunidade de uma postura diariamente em muitas escolas brasileiras.
ativa, interessada e comprometida no Nos últimos anos, o estado de Alagoas vem
processo de aprender, que incluam não só apresentando resultados insatisfatórios, com
conhecimentos, mas, também, sua altos índices de retenção e evasão, além de
contextualização, experimentação, notas baixas nas diversas avaliações
integração entre disciplinas e áreas de nacionais. É urgente a necessidade de
conhecimento, vivências e convivência em melhoria da Educação Básica no Estado de
tempos e espaços escolares e extraescolares, Alagoas, em todas as áreas, inclusive na área
mediante aulas e situações diversas (BRASIL, de Ciências Naturais. Os estudantes das
2013). escolas públicas alagoanas em geral são de
As propostas voltadas para a famílias pobres, carentes de oportunidades de
Educação Básica, em geral, estão baseadas desenvolvimento social e cultural, e
em metodologias mistas (SANTOMÉ apud necessitam de apoio e atenção especial que
BRASIL, 2013), as quais são desenvolvidas em permitam o sucesso da aprendizagem.
pelo menos dois espaços e tempos. Um deles Restringir as atividades escolares e os
destinado ao aprofundamento conceitual no exercícios a meras aplicações de fórmulas e
interior das disciplinas, e outro, voltado para regras desprovidas de reflexão não é uma boa
as denominadas atividades integradoras. As opção. Deve-se ampliar o leque de atividades
atividades integradoras podem ser que favoreçam a compreensão dos
desenvolvidas a partir de várias estratégias ou fenômenos e o conhecimento e uso da
temáticas. Elas poderão ser propostas na linguagem científica com seus símbolos,
organização do projeto pedagógico da escola fórmulas, equações, além de incentivar a
privilegiando as relações entre situações reais construção e interpretação de tabelas,
existentes nas práticas sociais (ou simulações esquemas e gráficos.
de situações) e os conteúdos das disciplinas, Várias estratégias inovadoras e
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Avaliação da Aprendizagem
Capítulo 6
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venções pedagógicas poderão ser feitos a conteúdos mais recorrentes nos anos iniciais.
partir desse trabalho? Diferentes procedimentos podem ser
utilizados para aplicação da prova, tais como:
6.1.7 Autoavaliação Prova individual: visa dar ao(à)
estudante a oportunidade para mostrar como
pensa e raciocina; é o momento em que
A autoavaliação permite que os
elae(a), individualmente, argumenta e
estudantes reflitam sobre as ações que
a p re s e n t a c o n c e i t o s e c o n t e ú d o s
realizam, possibilitando a construção de uma
apreendidos.
consciência crítica, a partir da autorreflexão,
Sendo a prova individual um
tanto em relação às suas atitudes e
instrumento que possibilita medir, com maior
habilidades, como em relação ao seu
precisão, o quantitativo de aprendizagem do
desenvolvimento intelectual.
estudante, nomeado-o como nota ou
O exercício de autoavaliação é
conceito, esta pode se constituir como um
fundamental no processo de aprendizagem no
caminho para redirecionar o planejamento e o
sentido de ajudar o professor a melhor
desenvolvimento da prática pedagógica, pois
conhecer o estudante e avaliar seu próprio
permite a todos os envolvidos no processo de
trabalho.
ensino e de aprendizagem a visualização do
Esse instrumento favorece:
seu próprio desempenho.
• o caminho percorrido pelo(a) es-tudante
Prova em dupla e/ ou em grupos é
para chegar as suas respostas e resultados;
uma forma de avaliação que permite a troca de
• as evidências das dificuldades que ainda
ideias e de opiniões sobre determinadas
enfrentam e, a partir delas, o reconhecimento
questões, desenvolvendo várias habilidades,
dos avanços;
tais como as de: organizar suas ideias para
• a relação entre professor e estudante; e,
expô-las ao grupo; ouvir os elementos do
• o esforço pessoal conduzindo a um maior
próprio grupo e dos outros; respeitar ideias
desenvolvimento.
veiculadas nas discussões; interpretar as
ideias dos outros elementos do grupo;
6.1.8 Prova relacionar suas ideias com as dos outros; tirar
conclusões dessa comparação, e avançar no
A prova é um dos instrumentos de conhecimento sobre o tema colocado em
avaliação que tem como finalidade analisar e questão.
refletir junto com os(as) estudantes, Prova com consulta direciona o(a)
professores(as) e pais os resultados obtidos estudante, para a busca e seleção de
ao longo do processo ensino e aprendizagem. informações prioritárias, as quais são
A p ro v a é a p e n a s u m d o s pesquisadas a partir das questões colocadas.
instrumentos possíveis de avaliação, e não o Nesse tipo de instrumento, o(a) estudante
único e nem o mais adequado, a depender do trabalha com várias fontes: jornais, livros,
tipo de conteúdo. Se bem planejada, a prova é revistas, internet, dicionários, “cola” ou
um recurso que pode ser oportuno para avaliar resumo etc., os quais poderão ser consultados
o conhecimento do aluno sobre fatos e no momento da prova. As questões
conceitos, mas nem sempre servirá para apresentadas, nesse instrumento, não podem
avaliar atitudes e procedimentos, que são os ser objetivas, mas deverão envolver
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Referências
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Livros
15. As competências para ensinar no século XXI
1. Energia Nuclear: Vale a Pena?
Autor: Philippe Perrenout
Autor: Jose Goldemberg
Editora: Artmed, Ano: 2002.
Editora: Scipione, Ano: 1998
O livro inicia na descoberta da energia, e em
16. Ciências: fácil ou difícil?
seguida traz os caminhos de seu emprego pelo
Autor: Nélio Bizzo
homem em várias formas. A descoberta do fogo, a
Editora: Ática, Ano: 2007.
tração animal, os moinhos de vento e os movidos
pela água, o primeiro automóvel, captadores
17. Ciências: fácil ou difícil?
solares, a energia nuclear, a importância das
Autor: Nélio Bizzo
usinas e seus problemas, reatores nucleares,
Editora: Ática, Ano: 2007.
acidentes. O autor oferece conhecimentos
necessários para o entendimento das questões,
Sugestões de sites da Internet:
ressalta os prós e os contras da energia nuclear e
www.sbfisica.org.br/ Sociedade Brasileira de
mostra a planta de uma Usina Nuclear.
Física
www.sbpc.org.br Sociedade Brasileira para o
2. Preserve a Atmosfera
Progresso da Ciência
Autor: John Baines
www.sbpcnet.org.br Sociedade Brasileira para o
Editora: Scipione, Ano: 1998
Progresso da Ciência
A atmosfera vem sofrendo as consequências da
www.usinaciencia.ufal.br Usina Ciência da UFAL
ganância do homem: seu equilíbrio vem sendo
www.cienciahoje.uol.com.br Revista Ciência Hoje
constantemente alterado. Ao discutir a respeito
na Escola
de suas camadas, proteção, controle da emissão
http://www.telecurso.org.br/ Novo Telecurso
de poluentes e sua importância, o autor aplica a
http://www.abfm.org.br/nabfm/index.asp
proposta do movimento CTS de ensino de tal
Associação Brasileira de Física Médica
forma que para professores de Química e ou
http://www.feiradeciencias.com.br/ Feira de
Ciências, o uso deste livro é bastante indicado.
Ciências
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O livro aborda o tema “Plásticos”, traz os tipos mais 15. Alquimistas e Químicos
utilizados e suas principais características, numa Autor: José Atílio Vanin
linguagem bastante acessível, de forma Editora: Moderna, Ano: 1994
contextualizada e tratando de questões regionais Este livro aborda a História da Química, com
como a produção de PVC em Alagoas. destaque para a contribuição dos Alquimistas, de
forma bastante simples e fácil de ler. Trata dos
11. Moléculas processos químicos usados pelos seres humanos
Autores: Peter Atkins primitivos ao desenvolvimento científico
Editora: EDUSP, Ano: 1987 tecnológico da vida moderna. O autor discute o
O livro apresenta a Química através de substâncias impacto social da química, as decorrências
bem conhecidas das pessoas e visa mostrar do que benéficas ou nocivas da utilização dos
são feitas as coisas do cotidiano. Procura conhecimentos científicos e tecnológicos.
apresentar diversas moléculas e porque elas são
tão especiais e quais características principais 16. Lixo e Reciclagem
determinam as propriedades e utilização destas Autora: Bárbara James
substâncias. Editora: Scipione, Ano: 1997
Este livro aborda a questão do lixo e as ameaças
12. A Ciência Através dos Tempos ambientais que pairam sobre o planeta Terra, assim
Autor: Ático Chassot como as medidas que a comunidade mundial vem
Editora: Moderna, Ano: 1994 adotando para protegê-lo.
O livro traz uma breve história das Ciências. Inicia-
se com um convite para que o leitor acompanhe o 17. Minerais, Minérios e Metais: De Onde Vêm? Para
autor em uma viagem percorrendo quase trinta Onde Vão?
séculos, chegando ao século XXI. A proposta é Autor: Eduardo Leite do Canto
mostrar um panorama geral acerca dos Editora: Moderna, Ano: 1996
acontecimentos científicos desde os primórdios O livro trata da posse de recursos minerais, o
da humanidade. domínio de sua extração, a confecção e utilização
de artefatos metálicos como fonte de riqueza.
13. Como se faz Química Responde a perguntas tais como: como se obtêm
Autor: Aécio Pereira Chagas metais a partir dos minérios? Quais as principais
Editora: UNICAMP, Ano: 1992 características dos metais e seus compostos? Até
O livro apresenta a Química e seus métodos, suas que ponto o Brasil aproveita seus recursos
divisões em áreas e o que faz o profissional da minerais? Qual é a posição do Brasil no mercado
Química. É Dedicado a estudantes e professores mundial?
da área, tratando dos diversos espaços de atuação
do químico - desde a natureza até um laboratório 18. Argilas
industrial - alertando para sua responsabilidade Autor: Aécio Pereira Chagas
social. Editora: Moderna, Ano: 1996
O livro mostra a função fundamental da argila no
14. Ciência Hoje na Escola Nº 6 - A Química no Dia a solo, seu papel na natureza, sua utilização na
Dia fabricação de cerâmica, porcelana, tijolos,
Editora: SBPC, Ano: 1988 cimento, papel, óleos vegetais, nos poços de
Este livro é uma reunião de artigos relacionados à petróleo etc. Mostra ainda a versatilidade desse
Química do cotidiano numa ação promovida pela material, e também traz um levantamento de
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. alguns dos problemas com que as sociedades
É fácil de ler e trabalha conceitos básicos que humanas se deparam nos dias de hoje, como o uso
contribuem para a aprendizagem da Química. inadequado do solo, a escolha dos materiais de
que são feitos os objetos que nos cercam e o
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Filmes
Erin Brokovich – Uma mulher de talento
Sinopse: O filme aborda um crime ambiental
provocado por uma poderosa empresa de gás e
eletricidade dos Estados Unidos das Américas
causado pela, contaminando a água com cromo 6
e causando graves doenças na população. O filme
também aborda o avanço da importância da
mulher na sociedade. Pode ser classificado como
uma obra feminista que traz a mulher como uma
heroína independente, alguém que deixa de ser
retratada como uma dona-de-casa ou como um
símbolo sexual para ser representada por uma
figura destemida e capaz de resolver seus
problemas sozinha.
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Anexo
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