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MACEIÓ/AL - 2014
CIÊNCIAS DA NATUREZA
CIÊNCIAS DA NATUREZA
PROFESSORES COLABORADORES
CATALOGAÇÃO NA FONTE
Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos
Bibliotecária Responsável: Almiraci Dantas
A316r
ALAGOAS. Secretaria de Estado da Educação e do Esporte - SEE
227p.
Vislumbramos com este documento uma educação escolar que considere a realidade dos
estudantes, as diversidades que permeiam a sociedade e, consequentemente, a valorização, e
ampliação dos saberes historicamente construídos pela humanidaade.
Sumário
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Prova Brasil, ENEM, entre outros), documentos ·por etapa e modalidade de ensino;
publicados pela própria SEE/AL (Referencial ·por área do conhecimento;
Curricular da Educação Básica de Alagoas – ·por competências e habilidades.
RECEB, Matrizes Curriculares (1996);
Referen ci ai s / P r o p os t as Curri culares Nessa perspectiva, o Referencial
publicadas por diferentes unidades da Curricular da Educação Básica da Rede
federação (São Paulo – SP, Goiás, Espírito Estadual de Ensino de Alagoas está
Santo, Acre, São Luiz – MA, etc), bem como organizado em sete capítulos relativamente
referenciais teóricos publicados por sintéticos. O capítulo I trata do PAPEL DA
diferentes pesquisadores da área de ESCOLA NA FORMAÇÃO DO SUJEITO,
currículo. discorrendo sobre a importância, na escola e
A partir dessa análise, identificamos na vida, da vivência do respeito às diferenças e
que as Diretrizes Curriculares Nacionais do princípio da solidariedade para a vivência
Gerais e as Diretrizes operacionais de cada dos direitos humanos e uma convivência
etapa e modalidade de ensino orientam a pacífica e harmoniosa; o capítulo II explicita A
organização da prática pedagógica de forma ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA e traz a
interdisciplinar e por área do conhecimento, caracterização da Educação Básica da rede
com vistas à aprendizagem significativa e estadual de ensino de Alagoas, nas suas
contextualizada; que as matrizes de referência etapas, modalidades e diversidades de
dos exames de larga escala (Prova Brasil, ensino, trata da organização e do perfil do seu
SAEB, SAVEAL) estão organizadas na público; o Capítulo III reflete acerca de ALGUNS
perspectiva de identificar capacidades DESAFIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA a serem
desenvolvidas; que a matriz de referência do enfrentados pela rede estadual de ensino de
ENEM está organizada por área do Alagoas; o Capítulo IV oferece uma discussão
conhecimento e por competências e sobre as diferentes concepções e formas de
habilidades; e que o resultado das avaliações ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
internas e externas evidencia, dentre outras ESCOLAR e propõe a sistematização do
coisas, a ausência de um currículo conhecimento escolar das diferentes etapas e
sistematizado, em conformidade com os áreas do conhecimento; o capítulo V traz
documentos mencionados. ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-METODOLÓGICAS
Isto posto, a GEORC decidiu e reflexões acerca do processo de
considerar as orientações dos documentos organização da prática pedagógica,
oficiais que se coadunam e compreendeu que oferecendo possibilidades d e
o currículo escolar deve estar organizado para d e s e n v o l v i m e n t o d a a p re n d i z a ge m
responder as perguntas: o que ensinar?; significativa, a partir da resolução de
quando ensinar?; para quem ensinar?; como situações-problema e, também, sugestões de
ensinar e avaliar?. modalidade organizativas da prática
Esse movimento está ancorado numa pedagógica e da gestão da sala de aula e, por
concepção de currículo vivo, contextualizado, fim, o Capítulo VI apresentando orientações
q u e c o n s i d e ra a e s c o l a l ó c u s d e para a AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM trata
aprendizagens significativas, que possibilita o das concepções de avaliação que se
desenvolvimento das capacidades de todos coadunam com as opções feitas para
os envolvidos no processo de ensino e organização da prática pedagógica e
aprendizagem. apresenta orientações acerca do processo de
Assim sendo, nosso Referencial está avaliação contínua e paralela no processo de
organizado da seguinte forma: ensino e aprendizagem.
Capítulo1
CIÊNCIAS DA NATUREZA
1
1.1 O Papel da Escola Hoje
1
Texto organizado pela equipe da Gerência de Organização do Currículo Escolar – GEORC com a colaboração da Profa. Dra. Rosaura Soligo - Instituto Abaporu de
Educação e Cultura.
2
DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez. p. 89-102.
Capítulo2
CIÊNCIAS DA NATUREZA
10
Texto organizado pela equipe de técnicos pedagógicos da Superintendência de Políticas Educacionais – SUPED/SEE-AL, a partir do Referencial Curricular da Educação
Básica para as Escolas Públicas de Alagoas - RECEB - SEE-AL/2010.
11
LDB art. 29 e 30, art.22 das DCNGEB e no art. 5 das DCNEI.
12
Lei nº 11.274, 2006.
relações entre eles. Nessa fase, a brincadeira estéticas, sociais, históricas, linguísticas,
é uma das principais formas pelas quais matemáticas etc). Nesse processo, o lúdico,
crianças se dispõem a aprender. Ao brincar, presente no faz-de-conta, nas brincadeiras,
por meio do faz-de-conta, elas usam o mundo nos jogos e na fantasia, é pressuposto
da fantasia como forma de interação com seu fundamental no desenvolvimento das
mundo real. crianças pequenas e, portanto, deve ser
Vale lembrar que independente- considerado como elemento propulsor da
mente da faixa etária, as diferentes formas de aprendizagem.
linguagem, o brinquedo e a interação social As instituições de Educação Infantil
s ã o e l e m e n t o s e s s e n c i a i s p a ra o devem criar procedimentos avaliativos de
desenvolvimento da criança, pois possibilitam acompanhamento do trabalho pedagógico e
sua ação na realidade e promovem a do desenvolvimento das crianças, garantindo
construção das aprendizagens básicas para a a observação das atividades, utilizando
compreensão do mundo que a cerca. múltiplas formas de registros através de
Ao estruturar o currículo da documentação específicos, sem objetivo de
educação infantil é necessário considerar a seleção, promoção ou classificação.
criança como um ser social, integral e, Nessa perspectiva, o processo de
principalmente, como um ser em desenvol- construção das propostas pedagógicas das
vimento, o que significa ampliar suas instituições de educação infantil precisa
oportunidades de descoberta, investigação, considerar a realidade social em que as
compreensão e explicação das relações que crianças estão inseridas, as necessidades de
constituem o mundo em que vive. Cabe ao desenvolvimento e aprendizagem da infância
professor, cuidar, amparar, intervir, conhecer e as intenções institucionais com relação à
as crianças, proporcionando, assim, formação humana das crianças.
experiências significativas de vida, Em síntese, o currículo da educação
assegurando as condições de desenvolvi- infantil é um conjunto sistematizado de
mento e de aprendizagem para todas as práticas corporais, culturais, ecológicas e
crianças. sociais, nas quais se articulam os saberes e as
Para tanto, as atividades direciona- experiências das crianças, de suas famílias,
das para as crianças pequenas precisam dos professores e demais profissionais e de
respeitar seus tempos e considerar seus suas comunidades. Sendo assim, deve
espaços de socialização e de aprendizagem, priorizar elementos e processos que garantam
criar o maior número possível de experiências as condições básicas para a aprendizagem e o
e descobertas, sem, com isso, estabelecer desenvolvimento das crianças, desenvolvidos
rotinas rígidas ou atitudes opressivas às em campos de conhecimentos/experiências,
características próprias dessa fase de articulados entre si, de forma interdisciplinar,
desenvolvimento (alegria, curiosidade, atendendo as especificidades etárias e
espontaneidade, irreverência, iniciativa etc.). necessidades individuais das crianças.
O currículo da educação infantil deve
ser organizado de forma a propiciar a 2.2 Ensino Fundamental
construção das aprendizagens básicas
essenciais à criança para uma melhor O ensino fundamental é o período de
compreensão e interação no mundo em suas escolarização obrigatória que atende às
diversas dimensões (espaciais, ecológicas, crianças e aos adolescentes na faixa etária de
Educação Infantil e nos anos iniciais que não estudantes. O conhecimento acumulado ao
possuem habilitação conforme a legislação longo da História deve ser transmitido a cada
em vigor. geração, de maneira sistematizada e crítica,
A integração entre a Educação problematizado de modo a produzir
Profissional e o Ensino Médio constitui avanço condições da organização da sociedade e da
na possibilidade de oferta final da Educação apropriação das conquistas da civilização
Básica ao viabilizar as condições de humana. A escola de hoje tem que dialogar
conclusão da escolarização básica e acesso com recursos e paradigmas clássicos e os
ao espaço profissional. A articulação entre o emergentes da vida contemporânea,
Ensino Médio e o Ensino Técnico de nível Médio atentando para as políticas afirmativas
obedece à política que pretende resgatar e (diversidades) e de inclusão. Para tal, o
aprimorar um modelo de formação que currículo deve possibilitar identificações entre
permita aos estudantes concluir o Ensino o capital das experiências e o formal
Médio com qualificação profissional. educativo.
A g a ra n t i a d o s D i re i t o s à As Diretrizes Curriculares do Ensino
Aprendizagem e Desenvolvimento é Médio (2012) estabelecem o compromisso do
assegurada aos cidadãos pelo Estado currículo como um conjunto necessário de
B ra s i l e i ro , at ra v é s d o s s a b e re s e saberes integrados e significativos em
conhecimentos, experiências e práticas atendimento às diversas juventudes no
acumuladas pela humanidade, bem como as prosseguimento dos estudos, para o
presentes na vida cotidiana. As diferentes entendimento e ação crítica no mundo da
Diretrizes Curriculares afirmam que ciência, da cultura, da tecnologia e nas
expectativas de aprendizagem não significam diversas dimensões do trabalho, visto que,
conteúdos obrigatórios de currículo mínimo, para considerável parte dos jovens, a escola e
mas, sim, devem ser um conjunto de o trabalho são realidades combinadas e
condições para acesso, permanência e cotidianas. As DCNEM preconizam também a
aprendizagem na escola para evitar que, mais educação como direito e qualidade social,
uma vez, os estudantes das classes sociais além dos referenciais/conceituais, nos
historicamente excluídas sejam penalizados aspectos orientadores da oferta e da
por não realizarem aquilo que deles se espera. organização; os referencias em seus
As Diretrizes Curriculares Nacionais conceitos básicos do currículo, de sua
Gerais para a Educação Básica apontam para organização, sua oferta e tratamento,
um novo conceito de um projeto de educação especificidades regionais, e dos eixos
orgânico, sequencial e articulado em suas integradores das Áreas de Conhecimentos:
diversas etapas e modalidades, interdisciplinaridade e contextualização.
compreendido como um direito subjetivo de O Ensino Médio é constituído por
todo cidadão brasileiro, concretizando as Áreas de Conhecimento (Linguagens,
disposições da Constituição Federal e da LDB. Matemática, Ciências da Natureza e Ciências
A concepção de currículo disposta Humanas) favorecendo a comunicação entre
nas DCNs é representada por um conjunto de os saberes e conhecimentos, preservados os
valores e práticas que proporcionam a referenciais próprios de cada Área, e podem
produção e a socialização de significados no ser tratados como componentes curriculares
espaço social contribuindo para a construção de maneira integrada, respeitando os direitos
d e i d e n t i d a d e s s o c i o c u l t u ra i s d o s à aprendizagem e desenvolvimento, em
pleno exercício de direitos e deveres; sociedade civil e política de Alagoas tem com
· façam uso do diálogo como forma de os 22,5% da população de alagoanos
mediação de conflitos e também de analfabetos (IBGE,2010).
posicionamento contra a discriminação e o A superação desse quadro impõe a
preconceito, de qualquer natureza; necessidade do estabelecimento de parcerias
· desenvolvam interesse por diferentes formas entre os diversos segmentos da sociedade
de expressão artística e cultural; civil organizada, das instituições de educação
· percebam-se como integrantes do meio superior, dos setores empresariais, das
ambiente, ao mesmo tempo, dependentes e entidades não governamentais, dos governos
agentes das transformações que nele estadual e municipais, das entidades
ocorrem; religiosas e dos diversos movimentos dos
· apropriem-se do conhecimento científico trabalhadores.
como instrumento de luta por uma sociedade A partir desse contexto, o Governo
mais justa e digna para todos. Federal instituiu, em 2005, no âmbito federal o
primeiro Decreto do PROEJA nº 5.478, de 24
2.4 Modalidades e Diversidades da de junho de 2005, em seguida substituído pelo
Educação Básica Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006, que
introduz novas diretrizes que ampliam a
abrangência do primeiro com a inclusão da
2.4.1 Educação de Jovens e Adultos oferta de cursos PROEJA para o público do
ensino fundamental da EJA.
Refletir sobre a educação de jovens e O PROEJA tem como perspectiva a
adultos (EJA) em Alagoas significa, proposta de integração da educação
primeiramente, ter que contextualizá-la num profissional à educação básica buscando a
cenário de profundas desigualdades sociais, superação da dualidade: trabalho manual e
resultado de um modelo de desenvolvimento intelectual, assumindo o trabalho na sua
político-econômico que submete a maioria da perspectiva criadora e não alienante. Isto
população à condição de analfabeta e à impõe a construção de respostas para
violação dos direitos humanos garantidos na diversos desafios, tais como, o da formação
Constituição Brasileira: educação, saúde, do profissional, da organização curricular
moradia, saneamento básico e trabalho, integrada, da utilização de metodologias e
como estratégia de perpetuação dos grupos mecanismos de assistência que favoreçam a
governantes. permanência e a aprendizagem do estudante,
A EJA, tendo como referência a da falta de infraestrutura para oferta dos
15
legislação nacional , complementada pela cursos dentre outros.
16
estadual é a forma adequada com que se De acordo com o Decreto nº 5840, 13
reveste a oferta do ensino fundamental e do
de julho de 2006, os Documentos Base do
ensino médio a todas as pessoas que não PROEJA e a partir da construção do projeto
tiveram acesso ou a possibilidade de pedagógico integrado, os cursos Proeja
continuar seus estudos na idade própria, c podem ser oferecidos das seguintes formas:
considerando a dívida histórica que a 1 - E d u c a ç ã o p ro f i s s i o n a l t é c n i c a
15
Lei 9.394/96, DCNGEB, 2010, art. 27 e 28, Parecer CNE-CEB 11/2000 e Resolução CNE-CEB 01/2000), Parecer CEE-AL 13/2002 e Resolução CEE-AL 18/2002 e a
Proposta Pedagógica para a Educação Básica de Jovens e Adultos (SEE/AL, 2002).Orientações para Implantação e implementação do Ensino Fundamental e do Médio na
Modalidade da Educação de Jovens e Adultos por períodos letivos semestrais na Rede Estadual de Ensino 2012
16
Resolução 18/2002 – CEE/AL
18
Decreto nº.6214/07, Decreto nº. 7.611/2011, Decreto nº. 5296/04, Decreto nº. 3.96/01, Resolução nº.4/09, Resolução nº. 02/01.
40 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
20
Texto construído por Carmem Lúcia de A. Paiva Oliveira – técnica pedagógica da SUGER e Cristine Lúcia ferreira L. de Mello – técnica pedagógica da SUGES.
21
LDB (Lei 9394/96). Disponível em: . Acesso em 28/02/2014.
22
Decreto nº 5.622/2005. Disponível em . Acesso em 25/02/2014.
23
PETERS, Otto. A educação a distância em transição. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2004.
24
Plano Estadual de Educação. Disponível em: . Acesso em: 25/02/2014.
povos bem como dos seus valores diversidade sexual coloca. Já não podemos
civilizatórios. A educação escolar quilombola mais ignorar o grito das pessoas que são
está fundamentada na vivência e organização discriminadas por conta de preconceito e
coletiva, valores ancestrais; na relação com a discriminação traduzidos no nosso cotidiano
terra e com o sagrado, os quais precisam ser nos altos índices de assassinato, por
incorporados no espaço escolar das escolas possuírem uma orientação sexual diferente do
quilombolas e das que atendem estudantes grupo.
quilombolas. Os modelos impostos
É dever do Estado articular meios pela
para que esses estudantes quilombolas sociedade de ser feminina ou masculino têm
tenham suas especificidades atendidas no como referência o biológico. No entanto, as
espaço escolar, bem como acesso, expressões humanas, assim como toda
permanência e conclusão de seus estudos, natureza, têm múltiplas individualidades que
permitindo o exercício de uma política se expressam, apresentando assim novas
equânime para melhor qualidade educacional configurações
identidades de gênero.
gênero Com relação
, outro às
fator
25
e de vida das populações quilombolas.
importante é a diversidade sexual, isto é, como
2.4.6 Educação para as Relações de nos relacionamos afetivamente, como
amamos, se amamos pessoas do mesmo
Gênero e Sexual
sexo, ou do sexo oposto, devem ser
considerados nos trabalhos pedagógicos
Para trabalhar nos espaços de
para oportunizar uma visibilidade real e
educação devemos partir da realidade e, para positiva para todas as expressões efetivas.
tanto, necessitamos entender e refletir as A educação não
variadas formas de vida expressas nas várias pode dar
diversidades que emanam do individual e continuidade a esse extermínio de pessoas,
compõem o coletivo das salas de aula. simplesmente por terem formas de expressar o
Nossas bases legais de avanço estão feminino e o masculino de modo particular e
f i n c a d a s e m a c o rd o s n a c i o n a i s e diferente. Essas pessoas desde pequenas são
internacionais, tratados, normas, e em violentadas; sequer junto as suas famílias têm
educação, no documento final de conferência acolhimento e proteção e em muitos relatos,
nacional de educação entre tantos outros, dizem ser o espaço mais violento.
cujo objetivo é promover uma cultura de A formação de educadoras/es ainda
direitos e respeito às diversidades e todas as não tem uma política de transformação dessa
possíveis expressões subjetivas. percepção condenando muitas crianças e
A s v a r i a d a s e x p re s s õ e s d a jovens à negação de compreensão de suas
diversidade exigem novos comportamentos, identidades comprometendo a saúde física,
métodos, valores e costumes para o trato em mental e negando o direito constitucional da
sala de aula, isto tudo alicerçado em estudos e educação.
pesquisas para que todo investimento possa A educação pública no Estado e
refletir na qualidade da prática pedagógica. Alagoas pode e tem obrigação de ser um lugar
A Rede Estadual de Ensino de Alagoas de respeito às diversidades, isto é, um espaço
necessita responder às demandas que a em que as identidades são sempre relacionais,
educação para relações de gênero e onde possamos ousar produções curriculares
25
A forma de expressar a condição de gênero (entre masculino e\ou feminino) para ouvir denúncias e anseios. Necessita-se,
para isso, criar espaços de estudos onde a dividida pela metade entre o proprietário e o
liberdade, a criticidade e o respeito ao trabalhador – e em corte de cana nas usinas de
diferente possam fazer parte do cotidiano da Alagoas, Bahia, Minas Gerais e na construção
escola. Ou melhor, a escola deve ser um civil.
espaço onde sentimentos e pensamentos Após centenas de
possam ser socializados e ouvidos. anos de
É necessário constituir espaços de aproximação com a civilização europeia, os
reflexão pedagógica e curricular em que indígenas no nordeste têm na religiosidade um
crianças e jovens tenham oportunidades para dos seus mais importantes elos culturais.
discutir sua realidade, observando as Seus ritos formam a concepção que eles têm a
diferenças e as identidades, como processo respeito do mundo, nos seus mais diversos
de produção social, que estão presentes na aspectos notadamente os de natureza
sala de aula, mas que são ignoradas, espiritual. Tais celebrações acontecem em
reprimidas e o resultado inevitável é a espaços físicos próprios fechados à visitação
explosão de conflitos e hostilidades pública e exclusivas aos indígenas e seus
adoecendo todas as pessoas envolvidas convidados. O cristianismo se faz presente
nesses processos cotidianos. desde a época da colonização aos dias atuais,
na tentativa de promover a integração
2.4.7 Educação Indígena cultural.
Nas sociedades indígenas, os mais
Os povos indígenas se relacionam velhos sempre tiveram um papel importante na
com uma estrutura política, econômica e transmissão dos conhecimentos aos mais
cultural própria e, ao mesmo tempo, jovens, são eles os responsáveis pelo relato
necessitam das relações externas para das histórias antigas, da memória, das
existirem enquanto povo alagoano. É neste re s t r i ç õ e s d e c o m p o r t a m e n t o , d a s
contexto que a escola assume papel concepções de mundo. E são agentes de
relevante. A educação formal tem também um ligação da memória histórica de grupo, que se
propósito profissional, transrrelacionando a efetiva por meio das diversas práticas e ritos.
história dessas populações na tentativa de Sendo assim, é possível verificar a capacidade
(re)construir uma educação capaz de projetar que os povos indígenas têm de manter viva a
um futuro com os povos indígenas pautado no sua história e memória, mesmo quando estas
respeito às diferenças étnicas. estiveram silenciadas e se insiste em ignorá-
A maioria dos povos indígenas em las ou diminuí-las.
Alagoas vivem na área rural ou próximo às A Educação Indígena, até meados do
cidades de Joaquim Gomes, Porto Real do século XX, pautou-se na catequização e
Colégio, Pariconha, Inhapi, São Sebastião, integração dos indígenas da União e em
Feira Grande, Traipú e Palmeira dos Índios. assimilá-los e incorporá-los à sociedade
Desenvolvem atividades profissionais assim nacional, invisibilizando-os. Em 1970, o
como a g r a n d e maioria do/a(s) movimento indígena começou a tomar forma,
alagoano/a(s). Os homens geralmente organizando-se para discutir a Educação
trabalham com uma agricultura e pecuária de Escolar, exigindo mudanças, abrindo espaços
subsistência – quando possuem terra sociais, políticos para que fossem garantidos
suficiente e adequada para isso – contudo, a os direitos indígenas na legislação brasileira.
grande maioria trabalha em fazendas vizinhas A partir da década 1980, o Brasil passou a
como mão de obra paga ou meeira – produção reconhecer que é um país constituído por
diversidades de grupos étnicos, o que motivou
a instituição de leis específicas que desses povos e a garantir o respeito pela sua
contemplam os direitos dos povos indígenas, integridade. Nesse sentido, a educação passa
bem como o reconhecimento e a manutenção ser um instrumento fundamental para
das especificidades culturais, históricas e assegurar a efetivação desses direitos.
linguísticas como elementos essenciais à As Diretrizes Curriculares Nacionais
educação escolar indígena. da Educação Escolar Indígena foram
Atualmente há 11 povos indígenas em aprovadas em 14.09.1999, por meio do Parecer
Alagoas reconhecidos oficialmente pelo 14/99 da Câmara Básica do Conselho
Estado, como os Kariri-Xocó, Karapotó, Nacional de Educação.
Aconã, Tingüi-Boto, Wassu Cocal, Xucuru- O que está evidenciado na LDB é o
Kariri, Jiripancó, Karuazu, Katokinn, regime de colaboração entre as três esferas
Koiupanká, Kalancó, com 17 escolas governamentais. Excluído o Sistema Federal
indígenas atendendo a 9 povos indígenas. No de Ensino da tarefa de promover a Educação
entanto, os Karuazu em Pariconha e os Escolar Indígena, essa atribuição fica por
Kalancó em Água Branca, ambos no alto conta dos Sistemas Estaduais e/ou
Sertão Alagoano, não possuem escolas Municipais de Ensino, que em Alagoas é de
estaduais, sendo atendidos nas escolas responsabilidade do Estado.
convencionais. Nas diretrizes político-pedagógicas
Os povos indígenas e suas 17 escolas (9.2.1) do Plano Estadual de Educação
em Alagoas, reivindicam que o s / as estabelece-se que a proposta de uma escola
professores/as sejam também indígenas para indígena diferenciada, de qualidade, exige das
encaminhar seu projeto educacional escolar, instituições e órgãos responsáveis a definição
como tentativa de articular as necessidades de novas dinâmicas, concepções e
do grupo com a sociedade nacional, sem mecanismos, tanto para que esta escola seja
perder de vista suas origens, suas tradições, de fato incorporada e beneficiada por sua
suas culturas, mas também se dando conta inclusão no sistema oficial, quanto para que
das modificações que acontecem em todas as seja respeitada em suas particularidades,
sociedades contemporâneas. Existem democratizando o acesso e garantindo a
indígenas com formação acadêmica em várias permanência com sucesso do/a estudante na
áreas do conhecimento, com um número escola indígena.
significativo em licenciatura. Uma pequena Diante das peculiaridades da oferta
parte de indígenas são servidore/a(s) efetivos dessa modalidade de ensino - tais como, um
ou temporários federais, do Estado de Alago- povo localizado em mais de um município;
as e dos municípios onde moram. Há um formação e capacitação diferenciada de
número reduzido de pequenos comerciantes professores indígenas exigindo a atuação de
nas cidades próximas e nas comunidades especialistas; processos próprios de
indígenas. aprendizagem - a responsabilidade pela oferta
No Artigo 2° da Convenção n° 169 da da Educação Escolar Indígena é do Estado.
Organização Internacional do Trabalho (OIT) Ao Sistema Estadual de Ensino cabe a
sobre Povos Indígenas e Tribais, explicita que regularização da escola indígena, isto é, sua
os governos deverão assumir a responsabi- criação, autorização, reconhecimento,
lidade de desenvolver, com a participação dos credenciamento, manutenção, supervisão e
povos interessados, uma ação coordenada e avaliação, como preconiza a legislação
sistemática com vistas a proteger os direitos federal.
26
LDBEN 9394/1996: art. 23, 24, 26 (nova redação - Leis 10.639/2003 e 11.645/2008), 27, 28; Resolução CNE/CEB Nº 1 – 03 DE ABRIL DE 2002 / DOEBEC: Artigos 5º e 7º; Lei nº.
6.757/2006 - PEE/AL - Capítulo IV; Resolução Nº 2, de 28 de Abril de 2008; Resolução Nº 4, de 13 de julho de 2010 - DCNGEB: Título V (Organização Curricular: Conceito, Limites,
Possibilidades),CapítuloI(FormasparaaOrganizaçãoCurricular);e,DECRETONº 7.352,DE4DENOVEMBRODE2010.
27
Aidentidadedospovosdocampocomportacategoriassociaiscomoagricultoresfamiliares,osextrativistas,ospescadoresartesanais,osribeirinhos,osassentadoseacampados
da reforma agrária, os trabalhadores assalariados rurais, os quilombolas, os caiçaras, os povos da floresta, os caboclos e outros que produzam suas condições materiais de
existênciaapartirdotrabalhonomeiorural,conformeDecretonº 7.352,de4deNovembrode2010,emseuArtigo1,Parágrafo1º.
Capítulo3
CIÊNCIAS DA NATUREZA
25
3.1 O Desafio de Alfabetizar a todos na Idade Certa
25
Texto produzido pelas profa. Msc. Nadeje Fidelis Moraes e Especialista Socorro Quirino Botelho – técnicas Pedagógicas da SUPED e Profa. Dra. Rosaura Soligo -
Instituto Abaporu de Educação e Cultura.
alfabetização.
Caracterizam-se como um esforço
A distorção idade/escolaridade
conjunto com o objetivo de elaborar e
surge de diversas formas: estudantes que
apresentar à sociedade alagoana uma
chegam à unidade de ensino pela primeira vez
proposta de educação cujo foco é a melhoria
com mais de 6 (seis) anos de idade; estudantes
da qualidade da aprendizagem dos
que foram reprovados e estão repetindo o ano
estudantes da Educação Básica e a
e estudantes que abandonam e retornam à
consequente reversão dos indicadores
educacionais do Estado. unidade de ensino.
Segundo Freire (1983, p.34) “o velho e Com a regulamentação do Ensino
o novo têm valor na medida em que são Fundamental de 9 (nove) anos no Sistema
válidos”; é necessário que, face ao novo, não Estadual de Ensino de Alagoas, através da
se repita o velho por ser velho, nem se aceite o Resolução CEB/CEE-AL n°08/2007, foi
novo por ser novo, mas que o critério seja a determinado que as redes de ensino e suas
validade. unidades devem iniciar, para melhorar o
São as questões e dilemas da nossa desempenho escolar, a implantação de um
prática que despertam em nós o sentido da processo gradativo de regularização do fluxo
busca de novos caminhos e possibilidades – e escolar, visando à redução do abandono, da
o acesso a novos conhecimentos, repetência e da distorção entre a idade da/ o
i n fo r m a ç õ e s e i n i c i at i v a s s ó t ra r á estudante e o ano escolar.
contribuições relevantes de fato à medida que A regularização do fluxo será para
re s p o n d a m à s n e c e s s i d a d e s q u e a/o(s) estudante(s) fora da faixa etária, a partir
identificamos no percurso. de dois anos de distorção idade/escola-
O desafio de alfabetizar a todos na ridade. O processo de regularização do fluxo
idade certa tem sido parte dessas escolar pode acontecer através dos seguintes
necessidades que nos impulsionam em passos:
direção a parcerias profícuas e ações · Elaborar um quadro da distorção
conjuntas de enfrentamento do fracasso idade/escolaridade da unidade de ensino,
escolar e de empenho para produzir o êxito. identificando quais estudantes que se
Entendemos que assim será possível resolver encontram nessa condição;
também outros problemas graves com os · Fazer uma avaliação diagnóstica de cada
quais hoje nos defrontamos, que são, na estudante para mapear quais estão em
verdade, consequência da não alfabetização condições de avançar e realizar todos os
27
Texto retirado do texto Orientações para Organização do Ensino Fundamental – SUPED, 2012.
28
Ver nas Orientações para organização do Ensino fundamental.
29
O Caderno de Orientações para os Laboratórios Pedagógicos e de Aprendizagens está disponível em:<http://www.educacao.al.gov.br/educacao-basica/
ensino-fundamental>.
30
Ver nas Orientações para organização do Ensino fundamental.
31
Resolução 08/2007 - Art. 8 – CEE/AL.
33
A discussão acerca da escola em 3.4.1 Programa Mais Educação
tempo integral se inicia no século XX e vem
perdurando até o início do século XXI com O Programa Mais Educação propõe
igual força. A demanda é a qualidade da um novo modelo de ensino, os alunos
educação, pois já não basta mais colocar permanecem nas unidades escolares numa
todas as crianças na escola. A equação carga horária mínima de 7 horas diárias,
qualidade X quantidade passa a ser o grande realizando no contra turno atividades
desafio da educação nacional. pedagógicas, esportivas e culturais durante os
Para resolver a problemática do 200 dias letivos. As atividades desenvolvidas
esvaziamento da qualidade da escola pública no decorrer do ano, visam contribuir para um
é que nasce a discussão acerca da
m elhor desem penho e avanço na
necessidade de ampliação do tempo dos
aprendizagem.
estudantes na escola, ao mesmo tempo em
Nessa perspectiva, a Secretaria de
que, também, se reflete acerca da garantia de
Estado de Educação e Esporte, em 2009
infraestrutura adequada para recebimento
implantou o Programa Mais Educação nas
dos estudantes nas escolas com atendimento
escolas da Rede Pública Estadual ampliando
em tempo integral. Esse processo de
gradativamente o quantitativo de escolas a
implantação da escola de tempo integral vem
cada ano.
acompanhado da urgência, segundo Rios, de
“qualificar a qualidade, refletir sobre a O Programa Mais Educação vem
significação de que ela se reveste no interior integrar as ações do PDDE interativo e tem
da prática educativa” (RIOS, 2001, p.21). dentre os seus principais objetivos:
Dessa forma, a escola de tempo · criar hábitos de estudos;
integral nasce para possibilitar aos · aprofundar os conteúdos vivencia-dos no
educandos a ampliação do seu tempo na ensino regular melhorando a aprendizagem;
escola, oferecendo-lhes maiores e melhores · elevação do IDEB;
possibilidades de aprendizagem. ·a Redução da evasão escolar, reprovação e
Para Anísio Teixeira (2010), a escola distorção idade/série;
deveria ofertar o aumento da jornada escolar, · vincular as atividades pedagógicas, às
tornando-se escolas em tempo integral, com a rotinas diárias de alimentação, recreação,
finalidade de contribuir para a diminuição das esporte e estudos complementares;
desigualdades educacionais e sociais. · oportunizar aos estudantes uma vida mais
Nessa perspectiva, em 2007, o saudável com a prática de atividades
Governo Federal através do Ministério da esportivas;
Educação - MEC retomou o tema 'Escolas em ·prevenção no combate do trabalho infantil.
Tempo Integral' e implantou o Programa Mais Com base no Decreto 7.083/2010, os
32
Texto produzido pelas técnicas pedagógicas da Diretoria de Gestão Escolar Maria Betânia Santos de Moraes, Suzille de Oliveira Melo Chaves, Kátia Maria do Nascimento Barros.
33
Para saber mais sobre a Escola em tempo integral e sobre o Programa Mais Educação, ver site www.mec.gov.br.
Capítulo4
CIÊNCIAS DA NATUREZA
34
4.1 Propósitos da Educação Básica
34
A formulação destes propósitos teve como referência os seguintes documentos: Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1997), Diseño Curricular para laEscuela Primária
de laCiudad de Buenos Aires (2004) e Caderno de Orientações Para o Ensino de Língua Portuguesa e Matemática no Ciclo Inicial (Secretaria Estadual do Acre e Secretaria
Municipal de Rio Branco, 2008).
38
Texto produzido pela Profa. Dra. Rosaura Soligo - Instituto Abaporu de Educação e Cultura.
OBJETIVOS ® ¬ CONTEÚDOS
(diferentes capacidades) (de diferentes tipos)
¯ ¯
¬ FATOS, DADOS,
INFORMAÇÕES
SIMPLES
¬ CONCEITOS,
SABERESMAISESPECÍFICOS
PRINCÍPIOS
SABERESMAISAMPLOS
CAPACIDADES ® TEÓRICOS,
TEORIAS
® ¯ ¬ ATITUDES,
¬
NORMAS DE
CONDUTA,
VALORES
¬ PROCEDIMENTO
S, HABILIDADES,
TÉCNICAS
¯
- -
COMPETÊNCIAS ® ¬ HABILIDADES
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
São todos os saberes, de diferentes tipos, a serem garantidos aos estudantes.
ATITUDES
São tendências ou predisposições para atuar de certo modo, de acordo com determinados
valores, apresentadas por componente e por área, pois são aquelas favorecidas pelo trabalho
pedagógico no componente e da área.
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
São capacidades amplas São organizadores São capacidades CONCEITUAIS
relacionadas ao gerais do específicas que São os conceitos e
componente curricular componente contribuem para o fatos a serem
e à área. curricular que desenvolvimento das ensinados para
dizem respeito à competências. favorecer o
sua natureza. desenvolvimento das
habilidades e
competências previstas
a cada ano de
escolaridade.
organismos ao desenvolver novas técnicas de foram desenvolvidos tendo como base a ideia
conservação de bebidas fermentadas. No de compreender as coisas partindo do macro,
século XX, com os estudos sobre o até chegar ao micro, a fim de ter uma visão
desenvolvimento da Genética e da Biologia mais profunda do todo. Com o passar do
Molecular, surge a engenharia genética e suas tempo, o avanço dos estudos e o aumento na
aplicações diretas na agricultura, pecuária, quantidade de informações fez surgir os
bem como em pesquisas relacionadas ao cientistas especialistas. Assim, partindo do
desenvolvimento de tecnologia que garantem século XV, quando somente existia a Ciência,
melhor qualidade e expectativa de vida (Brasil, se chegou às diversas especializações
1998). existentes atualmente. Essa fragmentação é
A evolução das teorias e explicações sentida nas escolas, pois resultou no ensino
dos fenômenos naturais é notada em disciplinar. As disciplinas surgiram da
diferentes campos das Ciências. Verificou-se possibilidade de se organizar o conhecimento
que elétrons, por exemplo, consagrados como com linguagens, metodologias e teorias
partículas, comportam-se como ondas ao próprias. Articular todas estas disciplinas
atravessar um cristal, assim como a luz, para a interpretação de fenômenos naturais é
reconhecida como onda, pode se comportar fundamental para a educação científica.
como partícula. O desenvolvimento da Física (Morin, 2002).
Quântica mostrou uma realidade que As Ciências Naturais, em seu
demanda outras representações revelando conjunto, incluindo inúmeros ramos da
regularidades das propriedades dos materiais Astronomia, da Biologia, da Física, da Química
e contribuindo para desvendar a estrutura e das Geociências, estudam diferentes
microscópica da matéria e da vida (Brasil, conjuntos de fenômenos naturais e geram
1998). Foram muitos os avanços na área representações do mundo ao buscar
científica. Apesar de tantas descobertas e compreensão sobre as grandes questões do
explicações, temas como a origem da vida e do Universo. Ao descobrir e explicar os
Universo ainda são bastante debatidos e fenômenos, organizam-se e sintetizam-se
várias questões científicas continuam conhecimentos em teorias continuamente
abertas, demonstrando a construção das debatidas, modificadas e validadas pelas
Ciências como processo dinâmico. comunidades científicas. A evolução do
As Ciências Naturais objetivam o desenvolvimento científico mostra a relação
estudo da natureza em seus aspectos mais cada vez mais forte entre Ciência, Tecnologia,
gerais e fundamentais, ou seja, o universo So c i e d a d e e A m b i e n t e . O g ra n d e
como um todo, com suas regras ou leis que desenvolvimento de conhecimentos teóricos
regem todos os acontecimentos físicos, e aplicados vem provocando otimismo e
químicos e biológicos. Os diferentes ramos da confiança em relação a esses fazeres e
ciência foram durante muitos anos estudados saberes humanos, que são significativos, mas
de forma única e sem fragmentação. que devem ser tratados com cuidado e
Descartes propôs no seu livro “Discurso do controlados pela sociedade.
Método” que para se resolver uma questão
complexa deve-se decompô-la em partes Fundamentos Teórico-Metodológicos da
menores a fim de simplificá-la. A união da Área
resolução das partes daria a resolução do O Ensino de Ciências ganhou
todo. Assim, os fundamentos científicos importância nos últimos anos na medida em
meio ambiente, educação para o consumo, utilizadas, pois são bastante motivadoras,
educação fiscal e de trânsito, educação embora devam ser vistas não apenas como
alimentar e nutricional, trabalho, ciência e operações de manipulação, mas devem servir
tecnologia, diversidade étnica e cultural para provocar reflexões e análises. A
devem permear o desenvolvimento dos pesquisa, associada ao desenvolvimento de
conteúdos científicos, e sempre que possível, projetos contextualizados e interdisciplinares,
vir relacionados com conteúdos específicos articuladores de saberes é fundamental. As
ou em outros momentos adequados. A tecnologias da informação e comunicação
abordagem desses temas deverá contribuir modificaram - e continuam modificando - o
para evitar ou atenuar toda forma de comportamento das pessoas e essas
preconceito e discriminação. mudanças devem ser incorporadas e
A aproximação do currículo com a processadas pelo ensino de Ciências a fim de
vida cotidiana torna os conhecimentos preparar os estudantes para os contextos
abordados mais significativos para os sociais atuais.
estudantes e favorece sua participação ativa Os conhecimentos científicos e
trazendo para as salas de aula suas tecnológicos abordados devem se aproximar
habilidades e experiências de vida, o mais possível da cultura e produção
conhecimentos prévios e do senso comum. contemporânea, em estreita relação com
Evita-se, assim, a transmissão mecânica de outras áreas, considerando sua relevância
um conhecimento que termina por obscurecer social e sua produção histórica. O ensino de
o seu caráter provisório e que não leva ao Ciências deve se distinguir do ensino
envolvimento ativo do estudante no processo unicamente voltado para formação de
de aprendizagem (MOREIRA et al, 2007). Além supostos cientistas e ser direcionado para
disso, as práticas experimentais devem ser todos os estudantes, independentemente da
profissão que terão no futuro: uma formação
para todos e para a vida.
ÁREADECIÊNCIASDANATUREZA
DIREITOSDEAPRENDIZAGEM
ATITUDES
Exercíciodacidadaniacomresponsabilidade,considerandoosconhecimentosdaáreadeciênciasdanaturezaesuasaplicaçõesassociad
osàs
implicaçõesdeordemeconômica,social,ambiental,aoladodeargumentoscientíficos,visandoàtomadadedecisõesacertadasarespeitodeações
e
comportamentosindividuaisecoletivos
◦
.
dosseresvivos,dosdireitoshumanosedaqualidadedevida.
◦Percepçãodainterferênciadasciênciasnaturaisesuastecnologiasnomundonaturalenocotidiano,comatençãoerespeitoàdefesadoambiente,
suaadequaçãoparaoenfretamentodedesafiosesituaçõesproblemasrelacionadasaosconteúdosdaáreadeciênciasdanature
Disposiçãoparaotrabalhoemgrupo,paraargumentaçãoedebatedeideias,respeitandoasdiversasopiniõesebuscandooconsenso.
◦za.
◦Interessepelaleitura,pelabuscadeinformaçõesemdiversasfonteserecursostecnológicosvisandoàaquisiçãoeconstruçãodeconhecimentos.
COMPETÊNCIAS
◦Empenhoemdesenvolveroespíritocrítico,reflexivoeinvestigativo,ogostopeloconhecimentoepelapesquisa. HABILIDADES
◦Disposiçãoparautilizaropensamentológico,acriatividade,acapacidadedeanálisecrítica,selecionandoprocedimentosexperimentaiseverificando
Compreenderacidadaniacomoparticipaçãosocialepolítica,adotand Reconhecereavaliarodesenvolvimentocientíficoetecnológic
o
atitudesdesolidariedade,cooperaçãoerepúdioàsinjustiças,respeitando o
contemporâneo,seupapelnavidahumana,suapresençanomund
o o
outroeexigindoparasiomesmorespeito,posicionando-sedemaneiracrítica, ◦cotidianoeseusimpactosnavidasocial,considerandoasimplicaçõesd
◦
responsáveleconstrutivanasdiferentessituaçõessociais,utilizandoodiálog e caráterético.
o
comoformademediarconflitosedetomardecisõescoletivas.
identificandosuascorrelações,regularidadeseastransformaçõesael
humanas,inseridasnaHistóriaemdiferentesépocas,percebendoopap es
associada
el
desempenhadoeacomplexarelaçãoentreciência,tecnologia,sociedade s.
e
ambiente,percebendooslimiteséticosemoraisenvolvidosno explicativosparafenômenosnaturaisetecnológico
desenvolvimentocientíficoetecnológico ◦s. Compreenderosfenômenosnaturais,estabelecendoe
◦.ReconhecerasCiênciasdaNaturezaesuastecnologiascomocriações
resultadosdeconstruçõeshumanas,inseridosnosprocessoshistóricos
compreensãodanaturezaeseusfenômenosatravésdeideias,explicaçõ e
socioeconômicos
es,
modeloseteorias. ◦.Reconhecer,utilizar,interpretareproporpossíveismodelos
◦Reconhecer,articular,interpretareutilizaradequadamentena
◦Utilizarearticularasdiferenteslinguagens–científica,matemáticae
COMPETÊNCIAS HABILIDADES
gráfica–comomeioparaproduzir,expressarecomunicarideias,interpretare comosentenças,equações,esquemas,diagramas,tabelas,gráfi
usufruirdasproduçõesculturais,emcontextospúblicoseprivados,atendendo cose
representaçõesgeométricas,própriosdaáreadeciênciasdanaturez
a.
asdiversasformasdecomunicaçõesentreasdiferentesáreasd
ambiente,reconhecendoseuselementos(vivosenãovivos)easinterações o
conhecimento
adiferentesintençõesesituaçõesdecomunicação
.entreeles,contribuindoativamenteparasuapreservação .
. paraadquirir,ampliareconstruirconhecimentoscientíficos.
◦Analisar,interpretareelaborartextoscientíficosquepossibilitem
saudáveiscomoumdosaspectosbásicosdaqualidadedevidaeagindocom
◦Perceber-seintegrante,dependenteeagentetransformadordo
responsabilidadeemrelaçãoàsaúdeindividualecoletiva interpretarresultados,proporhipóteseseexprimirconclusõeseprevisões
. atravésdeargumentação,textos,relatórios,tabelasegráficos,fazendou
conhecimentonoenfrentamentodesituações-problemautilizando-sed Utilizardiferentesfontesdeinformaçãoerecursostecnológicos
◦so
corretodalinguagemcientífica.
◦oConhecerecuidardoprópriocorpo,valorizandoeadotandohábitos
pensamentológico,criatividade,capacidadedeanálisecríticaedeseleçãod
e ◦Realizarobservações,registrareanalisarmedidasedados,
procedimentosadequadosaaçõesdeinvestigaçã estimargrandezascientíficasutilizandoescalasapropriad
o. as.
◦Articularoconhecimentocientíficoeodeoutrasáreasdo
comasdemaisáreasdeconhecimentohumano
.
◦Utilizarinstrumentosdecálculoemedidaspararepresentare
afetandoomeioambienteeavidadaspessoas,trazendoàtona
importantesquestõestaiscomoconsumo,poluição,desenvolviment
◦oArticular,integraresistematizarfenômenoseteoriascientíficas
sustentáveletc.
◦Entenderqueodesenvolvimentocientífico-tecnológicovem
Natureza,selecionandoeanalisandoinformaçõesrelevantesafimdecria
restratégiasparapossíveissoluçõe
s.
◦Identificarsituações-problemasrelativasàáreadeCiênciasda
4.4.2.1OrganizaçãodoConhecimentoEscolardeCiências-EnsinoFundamental
CIÊNCIAS DA NATUREZA
COMPONENTECURRICULARDECIÊNCIASDANATUREZA–6ºANODOENSINOFUNDAMENTAL
DIREITOSDEAPRENDIZAGEM
ATITUDES
Usodosconhecimentosadquiridosdeformaresponsávelnadefesadoambiente,dosseresvivosedosdireitoshumanos
.
Exercíciodacidadaniacomresponsabilidade,avaliandoosconhecimentoscientíficosesuasaplicações,levandoemconsideraçãoimplicaçõesdeo
rdem
econômica,social,ambientalaoladodeargumentoscientíficos,paratomardecisõesarespeitodeaçõesecomportamentosindividuaisecoletivo
◦
s.
◦
◦ConsciênciadasperspectivaseinfluênciadasCiênciasNaturaisnomundoededicaçãoàdefesadoambienteedosseresvivos.
◦Reconhecimentodasresponsabilidadessociaisdecorrentesdaaquisiçãodeconhecimentoscientíficos.
verificandosuaadequaçãonoenfretamentodedesafiosesituaçõesproblema
Disposiçãoparaotrabalhoemgrupo,argumentaçãoedebatedeideias,respeitandoasdiversasopiniõesebuscandooconsenso.
◦s.
◦Empenhoemdesenvolveroespíritocrítico,reflexivoeinvestigativo,ogostopeloconhecimentoepelapesquisa.
Astronomia.
◦Interessepelaleitura,pelabuscadeinformaçõesemdiversasfontesvisandoàaquisiçãoeconstruçãodeconhecimentoscientíficos.
◦Disposiçãoparautilizaropensamentológico,acriatividade,aintuição,acapacidadedeanálisecrítica,selecionandoprocedimentosexperimentaise
◦Disposiçãopararesolversituações-problemas,principalmenteàsrelacionadasaosconteúdosdasáreasdeFísica,Química,Biologia,Geologiae
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
Compreenderanaturezade Atravésdaobservação,entenderomovimento OSistemaSolar
formaglobal,comfenômenos TERRAEUNIVERSO diurnoassociando-oaomovimentoderotação
◦ ◦ ◦
-Satélites
Compreenderaimportância Entenderasdefiniçõesdalinhadoequadore
dosgasesqueformama dostrópicosapartirdaobservaçãodos
◦ AtmosferaTerrestreecomo ◦ equinóciosesolstícios.(Aatividadepodeser
elapodeserafetadapor realizadaemumplanetário,mas,aobservação
fenômenosnaturaisoupor celesteérecomendada)
atividadeshumanasqu .
e Compreenderesaberaestaçãodoanoa
provoquememissãodegase
spoluentescomreflexossobre partirdaobservaçãodoSol(relógiosolar),
◦
relacionandoessefatoainclinaçãodoeixode
omeioambienteesobreo
rotaçãodaTerra.
climadasregiões.
Reconhecerasgrandezasrelacionadasaos
Compreenderos
corposcelestescomparando-ascomaTerra,
conhecimentoscientífico
scomoprocessoshumanos ◦
utilizandomaquetes
◦ TERRAEUNIVERSO .
desenvolvidosaolongoda Conhecerostiposdeinstrumentosutilizados
História. naobservaçãoastronômica(binóculos,
◦
telescópiosrefratores,refletorese
Ler,interpretar,argumentare
catadióptricos).
comunicar-sesobreotema
◦
“ArAtmosférico”,utilizandoa Conhecerosprincipaisastrônomosefísicos,
linguagemcientíficaapropriad suasteoriasedescobertas(Aristóteles,
a. Ptolomeu,NicolauCopérnico,Johannes
CompreenderaHidrosfera ◦
Kepler,TychoBrahe,GalieuGalilei,Isaac
comoconjuntodasÁguasdo
Newton,AlbertEisntein).
◦
PlanetaTerra,asrelaçõesque
existementreaáguapresentes Conhecerosveículosdeexploraçãodoespaço
emmares,rios,lagos,are (foguetes,sondas,navesesatélites
solo,bemcomosua ).
◦ Entenderaimportânciadosensoriamento
importânciaparaosseres remoto,transmissãodeinformaçãoecomoos
vivos.
satélitesestãoassociadoscomastecnologias
◦
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
macroscópicospar
a Observarasimagensgeradaspelossatélite
interpretarecompreenderas s.
mudançasdeestadosfísicos Conhecercaracterísticasfundamentaisdos
e
ociclodaágua,reconhecendo ◦ planetas–
estecomofenômenonatural tamanho,massa,temperaturamédia,
períodosorbitaisederotação,quecompõem
◦
essencialparaapermanênci osistemasolarapartirdaconstruçãoou
a
davidanaTerra. observaçãodemaquetes
.
Compreenderaimportância Atravésdaobservaçãoemplanetários(ou
daáguaparaosseresvivos, maqueteseprogramasdecomputador)
◦
relacionandousoe ◦
Compreenderavariaçãonohoráriolocalem
propriedades,percebendoqu váriasregiõesdoplaneta.
e
associedadeshumanassempr
e Compreenderasclassesdeobjetosdeum
necessitaramcaptaráguapar sistemaplanetário(estrela,planetas,planetas-
a TERRAEUNIVERSO
diferentesatividades,eque anões,satélitesecorposmenores–asteroides
atualmente,otratamentode ◦
ecometas).
água,astecnologiasenvolvid
as
eoscuidadosparaseevitara EntenderaequivalênciaentreoSoleas
poluiçãosãocadavezmais estrelas,relacionandoseusbrilhosaparentes,
importantes. ◦
distâncias,tamanhoseluminosidade
s.
Ler,interpretar,argumentare Conhecernebulosas,aglomeradosestelares,
comunicar-sesobrequestõe galáxiaseaglomeradosdegaláxias.
ReconheceraexistênciadoArAtmosférico
atravésdoestudodesuaconstituiçãoe
propriedades GasesqueformamaAtmosfera
ŸAAtmosferaesuascamadas.
.
SaberqueoAréumamisturacompostapor Terrestre.
ŸOArAtmosférico:Misturade
váriosgases(Oxigênio,GásCarbônico,
NitrogênioeVapordeÁguaetc),fundamentais
paraavidanoplanetaTerra. Massa,Pressão,Expansibilida
ŸUmidadedoAr:VapordeÁgua.
de,
Compressibilidade
ŸCaracterísticasdoArAtmosférico:
ReconhecerqueoOxigênio,umdos .
componentesdoAr,éessencialparaa
quemarcaramaHistóriados
respiraçãodosseresvivoseparaosprocessos
conhecimentossobreaAtmosfera.
ŸPrincipaiscientistaseexperimentos
decombustão.
Conhecerasprincipaispropriedadesdosgase
squecompõemoArAtmosférico. intensificam-MetanoeGás
ŸPoluiçãoAtmosférica.
OARATMOSFÉRICO Entenderqueoartemmassaeexercepressão Carbônico.
ŸEfeitoEstufa:gasesqueo
influenciandoemváriosfenômenosnaturai
s. Ozônio.
Saberquealgumasatividadeshumanaspode
m ŸAImportânciadaCamadade
alteraracomposiçãodoArAtmosférico
causandodanosaosseresvivo
s. atmosférica,BrisasCorrentesde
ŸOfenômenodachuvaÁcida.
RelacionaraAtmosferaTerrestrecoma convecções
ŸAremMovimento:Pressão
manutençãodatemperaturadoPlanetaTerra. .
DiferenciarEfeitoEstufaeIntensificaçãodo
EfeitoEstufa. ŸFuracões,TornadoseTufõe
s
ŸPrevisãodotempo.
Reconhecerquealgumasatividadeshumanas organismosedoençasassociada
ŸAEnergiaEólica
taiscomoasqueimadasnasplantaçõesde s.
ŸContaminaçãodoArpormicro-
cana-de-açúcar,osincêndiosflorestais,certa
satividadesindustriaisetc.poluemaatmosfera,
PlanetaTerra.
OCiclodaÁgua.
SaberqueoBrasiltemumadasmaiores
PropriedadesdaÁgua(Capacidad
reservasdeáguadocedomundo(bacias ◦ e
Térmica,CalorEspecífico,
◦
hidrográficaseaquíferos)
. ◦
Densidade,Pressão,Empuxo,
Identificarasprincipaispropriedadesdaágua TensãoSuperficial,Dissoluçãoe
e
suaexistêncianostrêsestadosfísicosda TransportedeNutrientesno
◦
matéria:sólido,líquidoegasoso CorpoHumano).
.
Identificarecaracterizardiferentesmodosde Principaiscientistase
captaçãodaágua:poçosartesianos,repres experimentosquemarcarama
as,
redesdedistribuiçãoecisternas,numa Históriaeaevoluçãodos
AIMPORTÂNCIADA ◦ ◦
perspectivahistórica conhecimentossobreas
ÁGUANOPLANETA . propriedadesdaÁgua.
TERRA Identificarasetapasdetratamentodeáguanas
estaçõesdesaneamento,relacionando AÁgua:SolventeUniversal
as
técnicasempregadaseostiposdeimpureza .FórmuladaÁgua.
◦
seliminadas
◦ AImportânciaeDiferentesUsos
.
Identificarprincipaiscausasdepoluiçãoe daÁgua.
contaminaçãodasÁguasemAlagoas,noBras ◦
ilenoMundo. PoluiçãodaÁgua.
◦
SaneamentoBásico,Tratamento
Fazerexperimentosenvolvendofenômeno ◦ e
srelacionadosaotemaÁgua,relatandoos PurificaçãodeÁgua.
passosdainvestigaçãoeosresultadosobtido ◦ DoençastransmitidasporÁgua
◦
semformaderelatóriooupequenostextos sContaminadas
descritivos. .
◦ AÁguaeseusMovimentos:
Coletarinformaçõesemdiversasfontese ProduçãodeEnergia
juntoaórgãospúblicosquecuidamdo .
◦
◦ fornecimentodeáguaedosaneamento,sobre
89
CIÊNCIAS DA NATUREZA
90
COMPONENTECURRICULARDECIÊNCIAS–7ºANODOENSINOFUNDAMENTAL
CIÊNCIAS DA NATUREZA
DIREITOSDEAPRENDIZAGEM
ATITUDES
Usodosconhecimentosadquiridosdeformaresponsávelnadefesadoambiente,dosseresvivosedosdireitoshumanos.
Exercíciodacidadaniacomresponsabilidade,avaliandoosconhecimentoscientíficosesuasaplicações,levandoemconsideraçãoimplicaçõesdeor
◦ dem
econômica,social,ambientalaoladodeargumentoscientíficos,paratomardecisõesarespeitodeaçõesecomportamentosindividuaisecoletivos.
◦ ConsciênciadasperspectivaseinfluênciadasCiênciasNaturaisnomundoededicaçãoàdefesadoambienteedosseresvivos
.
Reconhecimentodasresponsabilidadessociaisdecorrentesdaaquisiçãodeconhecimentoscientíficos,atentandoparaadefesadaqualidadedevi
◦ dae
direitosdoconsumidor.
◦ Disposiçãoparaotrabalhoemgrupo,argumentaçãoedebatedeideias,respeitandoasdiversasopiniõesebuscandooconsens
o.
Empenhoemdesenvolveroespíritocrítico,reflexivoeinvestigativo,ogostopeloconhecimentoepelapesquisa.
◦
Interessepelaleitura,pelabuscadeinformaçõesemdiversasfontesvisandoàaquisiçãoeconstruçãodeconhecimentoscientífico
◦ s.
Disposiçãoparautilizaropensamentológico,acriatividade,aintuição,acapacidadedeanálisecrítica,selecionandoprocedimentosexperimentai
◦ se
verificandosuaadequaçãonoenfretamentodedesafiosesituaçõesproblema
s.
◦ Disposiçãopararesolversituações-problemas,principalmenteàsrelacionadasaosconteúdosdasáreasdeFísica,Química,Biologia,Geolo
giae
Astronomia.
◦
◦
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOSCONCEITUAIS
CiênciasNaturaisnaresolução
Entendercomoacontece organizaçã
dosproblemasdocotidiano; o
científicadosseresvivos;
Desenvolveracriticidadea ◦ a
partirdavalorizaçãodo
◦
trabalhoemgrupo,
respeitandoosdiferentes
saberes
;
Serumcidadãointegradono
contextosocial,participativo,
◦
responsável,crítico,éticoe
querespeiteevalorizeomeio
ambienteeasdiversasformas
devida;
Identificarnaestruturade
diferentesseresvivosa
◦
organizaçãocelularcomoa
basefundamentaldetodasas
formasdevida;
Entendercomoarelaçãoentre
osseresvivoséimportante
paraoequilíbrionanatureza;
◦ Invertebrados
◦
◦
93
CIÊNCIAS DA NATUREZA
94
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOSCONCEITUAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
célulasdoorganismohumanoedeoutros
Utilizaroconhecimentodas Sistemadigestório
seresvivoscomocrescimento,respiração
CiênciasNaturaisnaresolução ,
síntesedesubstânciaseeliminaçãod SistemaRespiratóri
◦
dosproblemasdocotidiano; e ◦ o
excretas. SistemaCirculatório
Desenvolveracriticidadea ◦
Identificaraspartesdotubodigestórioe SistemaEndócrin
partirdavalorizaçãodo
órgãosanexosemrepresentaçõesfigurativa ◦ o
◦ trabalhoemgrupo, s. SistemaNervoso
respeitandoosdiferentes ◦ Avaliarcomplementaridadeentreosprocesso ◦
saberes s
químicosemecânicosdadigestãodos SistemaMuscula
; alimentos. ◦ r
Reconhecerossistemasdo ◦
corpohumano,estabelecend Descreveroprocessorespiratórioassociando- ◦
o
asrelaçõesentreasvárias oaosistemacirculatório.
◦ OCORPOHUMANO
funçõesvitaisdemodoa ◦ Distinguirospapéisfisiológicosdeveias,
favorecerasaúdeequalidade
artériasecapilarescomrelaçãoàdistribuição
devida.
◦
demateriaispelocorpo.
Conheceroscomponentesdosistema
circulatórioeoseufuncionamento.
◦ Identificarosprincipaishormônioshumanose
suasrespectivasfunçõe
s.
◦ Conheceroprocessoqueenvolvetransmissão
doimpulsonervoso.
◦ Entenderoprocessodotrabalhomuscular
comonecessárioàsustentaçãoelocomoção
◦
humana
.
ConsciênciadasperspectivaseinfluênciadasCiênciasNaturaisnomundoededicaçãoàdefesadoambienteedosseresvivo
s.
Reconhecimentodasresponsabilidadessociaisdecorrentesdaaquisiçãodeconhecimentoscientíficos,atentandoparaadefesadaqualidadede
◦ vidae
direitosdoconsumidor.
◦ Disposiçãoparaotrabalhoemgrupo,argumentaçãoedebatedeideias,respeitandoasdiversasopiniõesebuscandooconsen
so.
Empenhoemdesenvolveroespíritocrítico,reflexivoeinvestigativo,ogostopeloconhecimentoepelapesquisa
◦ .
Interessepelaleitura,pelabuscadeinformaçõesemdiversasfontesvisandoàaquisiçãoeconstruçãodeconhecimentoscientífic
◦ os.
Disposiçãoparautilizaropensamentológico,acriatividade,aintuição,acapacidadedeanálisecrítica,selecionandoprocedimentosexperiment
◦ aise
verificandosuaadequaçãonoenfretamentodedesafiosesituaçõesproblem
◦
as.
Disposiçãopararesolversituações-problemas,principalmenteàsrelacionadasaosconteúdosdasáreasdeFísica,Química,Biologia,Geol
ogiae
Astronomia.
portantoinseridasnahistória naturaleparao
ConheceraspectosdaHistóriadasCiência
emdiferentesépocas s desenvolviment
; Naturaisatravésdaleituradetextos,livrose o
tecnológico.
Perceberopapel ◦ demaisfontesdeinformações
desempenhadopelaFísica . Aspectoshistóricosdo
e EntenderoMétodoCientífico.
◦ pelaQuímicaeacomplexa desenvolvimentocientífic
relaçãoentreCiência, Diferenciarconhecimentocientíficoesens o.
◦ Conhecimentocientíficoe
Tecnologia,Sociedade ASCIÊNCIAS,A ◦ o
comum.
e TECNOLOGIA,A sensocomum.
Ambiente,reconhecendoo ◦ Perceberainfluênciadodesenvolvimentod
s
limiteséticosemorais SOCIEDADEEO ◦ Odesenvolvimento
AMBIENTE a
QuímicaedaFísicanacriaçãodeprocessos,
envolvidosno científicoesuainfluênciaem
◦ máquinas,novosmateriaiseprodutos,e
desenvolvimentocientífico m ◦ questõesatuaiscomo
e questõesdaatualidadetaiscomoconsumo
tecnológico; ,poluiçãoedesenvolvimentosustentáv consumo,poluiçãoe
el. desenvolviment
Compreenderqueos o
sustentávele
conhecimentosdaFísicaed
a comportamentosocial
◦ Químicasãonecessáriospar .
a
compreensãodomundo,poi IdentificaraFísicacomoumaCiênciaque OqueéFísica.
s
ajudamaentenderanatureza estudaosfenômenosnaturaisesua
s Aspectoshistóricosdo
eseusfenômenos,propondo ◦ regularidadesatravésdemétodo ◦
s desenvolvimentodaFísic
ideias,explicações,modelos experimentais,bemcomosuacontribuiçã a.
e o ◦ Grandezasfísicasescalare
teorias; paraodesenvolvimentocientíficoe
tecnológico. se
vetoriais,suasmedidas
Articularoconhecimentoda AFÍSICA,UMA e
◦ estimativas
FísicaedaQuímicaeode CIÊNCIA ReconheceraFísicacomoumaCiênci .
outrasáreasnoenfrentamento EXPERIMENTAL a
Fundamentalque,atravésdeconceito Sistemainternacionald
◦
desituações-problema.Po s
desenvolvidoscombaseemobservaçõe e
medidas(SI)
◦
rexemplo,identificare s,
experimentações,ideiaseteorias,busc ◦
.
a Notaçãocientífica.
relacionaraspectosquímico explicaçãoparaosfenômenosnaturai
s,
físicosebiológicosemestudos s. Medidas
descriçãoeexplicaçãodos
ComomediraMatéria
fenômenosdaFísicaeda
(Volume,Massa,densidade
Químicanocotidiano; ).
◦ EstadosFísicosdaMatéria.
Apropriar-sedos
conhecimentosedalinguagem AMATÉRIAESUAS MatériaeEnergia.
daFísicaedaQuímicacom ◦
◦ PROPRIEDADES MudançasdeEstado
seuscódigosesímboloseque ◦ sFísicos.
descrevemosfenômenos;
◦ FenômenosFísicose
Reconhecerquealguns
FenômenosQuímicos-
elementosquímicos EvidênciasMacroscópica
◦
◦ representadosnaTabela s.
Periódicasãoosmesmos Identificarosmovimentosnanaturezaeos Movimento.
presentesnaconstituiçãodos produzidospelohomem.
Repouso.
diferentestiposdesubstâncias ◦ Reconhecer,observar,compreendere ◦
emateriaisqueformama Referencial.
diferenciarosconceitosdemovimentoe ◦
biosfera,hidrosfera,atmosfer repouso. Tempo.
a ◦
elitosferadoPlanetaTerra. ◦
Compreenderoconceitodereferencial. Conceitosbásicos:
◦
Relacionarosmovimentoscomo Trajetória
MOVIMENTOSESUAS ◦ desenvolvimentodetransportesecoma ◦
Localizaçã
CAUSAS ◦ práticadeesportes. ◦ o
Posição
Arelaçãodosmovimentoscomotempo. ◦
Espaço
Conceituartrajetóriaelocalização. ◦
◦ Distânciapercorrida
Conceituarposição,espaço,distânci ◦
◦ a
percorridaedeslocamento. Deslocamento
◦
◦ Conceituarpontomaterialecorpoextenso. PontoMaterial
◦
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
i
l
i
l
i
l
i
t
f
r
r
r
r
e
d
e
s
s
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d
a
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o
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a
u
d
a
d
a
u
u
a
n
e
e
e
E
E
B
E
C
R
CONCEITUAIS
Conceituarvelocidade,velocidademédia Velocidade
e
instantânea .
. MovimentoUniforme.
◦ Sabercalcularvelocidademédi ◦
a. MovimentosVariados
◦ .
no do Estado de Alagoas
Reconhecer,observar,compreender
◦ e Movimentos
diferenciarosváriostiposdemovimentos. ◦ UniformementeVariados
◦ Conceituarmovimentouniforme. .
◦
Utilizaremmodelosfísicosaequaçãoda
◦ posiçãodomovimentouniforme–M.U.
◦ Conceituarmovimentouniformementevariad
MOVIMENTOSESUAS o
–M.U.V.
CAUSAS ◦ Utilizaremmodelosfísicosasequaçõesda
posição,davelocidadeedeTorricelido
◦ movimentouniformementevariado–
M.U.V.
Saberrepresentargraficamenteosmovimento
s
uniformeeuniformementevariado.
◦ Realizarobservações,experimentos,analisá-
los
eexprimirasconclusõesutilizando
◦ argumentação,textos,relatórios(podend
o
contertabelasegráficos),efazendouso
corretodalinguagemdaFísica
.
Saberutilizardiferentesfontesdeinformaçãoe
recursostecnológicosparaadquirireconstruir
◦ saberes
.
AQUÍMICA,UMA IdentificaraQuímicacomoumaCiênciaque ACiênciaQuímicaesua
CIÊNCIA estudaasSubstânciasesuasTransformaçõ contribuiçãopara
EXPERIMENTAL es
compreendendosuacontribuiçãoparao
◦ ◦
DesenvolvimentoCientíficoeTecnológico
.
99
CIÊNCIAS DA NATUREZA
100
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
explicaçãodomundo
CIÊNCIAS DA NATUREZA
ConheceraspectosdaHistóriadaQuímicapor naturaleparao
meiodaleiturade desenvolviment
◦ fontesdeinformações. o
tecnológico.
textos,livrosedemais
Perceberainfluênciadodesenvolvimentod DaAlquimiaàQuímica:
AQUÍMICA,UMA a
QuímicaeacriaçãodeNovosMateriaise aspectoshistóricos
CIÊNCIA
EXPERIMENTAL ◦ Produtosemquestõesdaatualidadetaiscomo .
◦ Odesenvolvimentoda
Consumo,PoluiçãoeDesenvolviment
o
Sustentável Químicaesuainfluênciaem
. ◦ questõesatuaiscomo
Identificarapresençadoconhecimento consumo,poluiçãoe
químicoemprocedimentosdomésticose desenvolviment
◦ industriais o
sustentável
. .
ReconhecerediferenciarSubstâncias PropriedadesQuímicasd
e
Misturasporsuascaracterísticas a
Matéria.
◦
e
propriedades ◦
. Materiaishomogêneos
ProporsoluçõesparaseparaçãodeMistura e
heterogêneos.Substância
s
selecionandoprocedimentosexperimentais ◦
se
Misturas.
◦
e
estratégiasadequada
SUBSTÂNCIAS, s. Processosdeseparaçãod
Realizarobservações,medidasedados,anali e
misturasatravésde
MISTURASE
sá-
laseexprimirasconclusõesutilizando Filtração,Decantaçã
MATERIAIS. ◦
◦ argumentação,textos,relatórios(podend o,
Centrifugação,Flotaçã
o
contertabelasegráficos),efazendouso o,
Destilação,Sublimaçã
corretodalinguagemdaQuímica. o,
Recristalização,Extraçã
o.
Preverquaisosmelhoresmateriaispara OsMateriaismaisutilizados
do
ica
ual
ino
rric
de
da
Est
Ala
ere
caç
eE
Ref
Red
ular
goa
ado
Ens
Bás
Edu
l Cu
ncia
stad
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
EntenderqueastransformaçõesdaMatéri TransformaçõesQuímica
a
dependemdoestadodeagregaçãoedassua s
emprocessosdocotidiano.
◦
s
propriedadesfísico-química ◦
s. Substâncias
ReconhecerasTransformaçõesQuímicasq e
Transformações
ue
acontecememnossocotidiano .
◦ Interpretaçãoelinguage
AMATÉRIASE .
◦ EntenderquealgumasTransformações m
dasTransformaçõe
TRANSFORMA:
TRANSFORMAÇÕES da
Matériapodemserrevertidas. ◦
sQuímicas:asEquaçõ
QUÍMICASNA ◦
es
Químicas
ReconhecerqueasTransformaçõesQuímic .
NATUREZAENO as
envolvemtrocaenergética AspectosEnergéticosda
SISTEMAPRODUTIVO . sTransformaçõesQuímica
◦ Representareinterpretarinformaçõessobre
◦
s.
variáveisnasTransformaçõesQuímicasp AReversibilidadeda
◦
or
meiodetabelasegráficos. sTransformaçõesQuímica
◦
s.
DescreverumaTransformaçãoQuímicae
m
diferenteslinguagenserepresentaçõ
es.
◦ CaracterizarediferenciarosdiversosModelos EstruturaAtômica.
AtômicoseaHistóriaaelesassociada.
EvoluçãodaideiadeÁtomo
◦ CompreenderaEvoluçãoTecnológicaesu ◦ (dosgregosaoátomode
a
importânciaparaoavançodoConhecimento Dalton).
EMBUSCADE ◦
◦ Científico.
EXPLICAÇÕES: Naturezaelétricada
MODELOSATÔMICOS Realizarleituras,interpretaçõeseconstrui Matériaeevoluçãodos
rresumosdetextosrelativosàHistóriada ◦ ModelosAtômicos
◦ QuímicaedosModelosAtômicos. (ModelosAtômicosde
Thomson,Rutherforde
Rutherford-Bohr).
101
CIÊNCIAS DA NATUREZA
102
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Identificaçãodoátomo
EMBUSCADE (NúmeroAtômico,
EXPLICAÇÕES: ◦ NúmerodeMassa,Mass
a
Atômica)erepresentação
MODELOSATÔMICOS
dosElementosQuímicos
.
Isótopos.
Reconhecerosfatoshistóricosenvolvidosn
a ALinguagemdaQuímica
origemdosnomesesímbolosdosprincipais ◦ :SímboloseFórmulas
◦ ElementosQuímicos .
. ◦ Históriadadescobertade
CompreenderqueaTabelaPeriódicanãofoi
propostaporacaso,maséfrutoda ElementosQuímicoseda
◦ sistematizaçãodeconhecimentos ◦ buscaporumaorganizaçã
epropriedadesdosElementosQuímico o
destesemformadetabelas.
s.
CompreenderaLeiPeriódica. ClassificaçãoModernado
IdentificarosElementosQuímicosporsuas sElementosQuímicos:A
ELEMENTOS simbologias
◦ TabelaPeriódicaAtual.
QUÍMICOS: .EntenderqueosElementosQuímicosna ◦
◦
ORGANIZAÇÃOE TabelaPeriódicaestãoorganizadosemorde ALeiPeriódicaeas
CLASSIFICAÇÃO/ m
crescentedeseusNúmerosAtômicosede PropriedadesPeriódica
◦
TABELAPERIÓDICA acordocomsuascaracterística s.
◦
s.
PerceberqueElementosQuímicosestã
o
presentesnosCompostoseSubstânciasd
◦
o
cotidiano.
SaberutilizaraTabelaPeriódicanabuscade
dadoseinformações.
◦ Saberutilizardiferentesfontesdeinformaçãoe
recursostecnológicosparaadquirireconstruir
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 103
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Apesar de o ensino de Biologia ainda (2004) revela que o currículo de ciências não
considerar o conhecimento como algo pronto sofreu alterações entre as décadas de 1950 e
e acabado, caracterizando um ensino que foi 1985, porém, “não se discutia a relação da
se tornando tradicional na escola, é Ciência com o contexto econômico, social e
fundamental que o conhecimento em político e tampouco os aspectos tecnológicos
Biologia, assim como em várias outras áreas, e as aplicações práticas” (KRASILCHICK,
seja trabalhado possibilitando a argumen- 2004).
tação, valorizando os conhecimentos prévios Os eixos estruturantes que compõem
e os questionamentos, envolvendo os a proposta curricular do ensino de Biologia
estudantes em ações para reconstruir os seus são os seguintes: a) Origem e evolução da
saberes a partir de conceitos científicos, para vida; b) Biologia celular; c) Diversidade da vida;
que os confrontem com o que já sabiam, d) Qualidade de vida das populações
exercitando a reflexão, a interpretação própria humanas, e) Transmissão da vida,
e a autonomia (DEMO,2002). manipulação gênica e ética e f) Interação entre
Hoje, a Biologia faz parte dos estudos os seres vivos. Os referidos eixos
de Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente estruturantes estão fundamentados no objeto
(CTSA) e a perspectiva metodológica é instigar de estudo da Biologia – a vida – pois esse
a construção do conhecimento de forma fenômeno é caracterizado “por um conjunto
contextualizada e interdisciplinar. de processos organizados e integrados, no
nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda
Fundamentos teórico-metodológicos: de organismos no seu meio.” (BRASIL, 2002),
cita ainda que,
O campo de estudo da Biologia é [...] ao estudar o indivíduo, estar-se-á
essencialmente a “vida” (do grego - bios = vida estudando o grupo ao qual ele pertence e
e - logos = estudo). O estudo da Biologia é vice-versa; o estudo aprofundado de
abrangente e requer conhecimentos de outras determinados grupos de seres vivos em
áreas do conhecimento como: bioética, particular – anatomia, f isiologia e
biotecnologia, biofísica, bioquímica, dentre comportamentos – pode se constituir em
outras, as quais tratam de conteúdos projetos educativos, procurando verificar
conceituais que d ã o suporte ao hipóteses sobre a reprodução/evolução de
conhecimento biológico de forma integral. peixes, samambaias ou seres humanos.
A Biologia é uma das áreas das (BRASIL,2002).
ciências que vem se desenvolvendo devido às Algumas finalidades do ensino de
diversas pesquisas e aos estudos nesse Biologia previstas nos currículos escolares é
campo a partir de novos conhecimentos. A desenvolver a capacidade de pensar lógica e
questão ambiental, a genética e a criticamente, bem como dominar conceitos
biotecnologia são exemplos de assuntos biológicos a fim de compreender e participar
contemporâneos e necessários para que a das discussões referentes à área biológica.
sociedade conheça, compreenda e participe Existem outras finalidades. A função social do
de debates sobre as referidas temáticas. A ensino da Biologia é contribuir para ampliar o
construção do conhecimento científico na entendimento que o indivíduo tem da sua
área da biologia na Educação Básica própria organização biológica, do lugar que
possibilita ao estudante tornar-se um sujeito ocupa na natureza e na sociedade, e da
autônomo, ativo, reflexivo e crítico. Krasilchick possibilidade de interferir na dinamicidade
104 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
dos mesmos, através de uma ação mais abióticos. Dessa forma, é preciso que a
coletiva, visando à melhoria da qualidade de abordagem do cotidiano seja valorizada e
vida (KRASILCHIK,2004). contemplada nas estratégias didáticas de sala
Sabe-se que o ensino de Biologia é de aula de modo a possibilitar a construção e
importante para a vida de todos(as), cabendo ampliação dos conceitos biológicos, a fim de
à escola, por meio do ensino formal, instigar os estudantes a desenvolverem
possibilitar a construção do conhecimento, os competências e habilidades. Ou seja, mostrar
quais devem “contribuir, também, para que o aos estudantes a função da Ciência e como a
cidadão seja capaz de usar o que aprendeu ao Biologia pode contribuir para as necessidades
tomar decisões de interesse individual e humanas, levando para a sala de aula
coletivo, no contexto de um quadro ético de assuntos do cotidiano, dando oportunidade
responsabilidade e respeito que leva em conta para eles conhecerem os aspectos
o papel do homem na biosfera” (KRASILCHIK, relacionados à ciência, à tecnologia e à
2004). sociedade (DEMO,2004).
Obter a visão de mundo, ou seja, O ensino de Biologia deve possibilitar
perceber a realidade que nos cerca, permite uma formação cidadã, crítica e reflexiva, de
compreender como a natureza funciona, bem forma que o sujeito saiba lidar com situações
como entender como ocorrem as inter- c o t i d i a n a s d e fo r m a c o n s c i e n t e e
relações entre os seres vivos e os elementos responsável.
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 105
CIÊNCIAS DA NATUREZA
1ª SÉRIE
106 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 107
CIÊNCIAS DA NATUREZA
2ª SÉRIE
108 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 109
CIÊNCIAS DA NATUREZA
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
ATITUDES
Ÿ Reconhecimento da importância da preservação da saúde e do meio ambiente.
Ÿ Empenho em conhecer as várias formas em obter informações acerca dos conhecimentos biológicos.
Ÿ Consciência da ação humana ativa e passiva no meio ambiente.
Ÿ Interesse em desenvolver a criticidade, reflexão, a ação investigativa e o gosto pela pesquisa.
Ÿ Consciência da influência da interação biótica e abiótica no meio ambiente.
Ÿ Disponibilidade para trabalhar em grupo, respeitando a diversidade de opiniões.
Ÿ Respeito à diversidade genética (fenótipo e genótipo).
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES
CONCEITUAIS
110 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES
CONCEITUAIS
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 111
CIÊNCIAS DA NATUREZA
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS EIXOS HABILIDADES
CONCEITUAIS
112 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 113
CIÊNCIAS DA NATUREZA
“Imperial Colégio de Pedro II”, que objetivava a estuda as ondas, a óptica que estuda os
obtenção de um ambiente intelectual para os fenômenos da luz, e a eletricidade e o
filhos dos nobres e funcionários da corte, magnetismo que são basicamente os
tornando-se padrão para outras escolas a responsáveis pela tecnologia atual.
serem criadas (Lorenz, 1986). A Física To d o s esses campos
ensinada era muito próxima da matemática e de
com ênfase na transmissão e aquisição de conhecimentos da Física são relevantes no
conhecimentos fortemente ligados à tradição nosso cotidiano, porém o que sempre ocorreu
europeia. Ao final da década de 40, a e ainda ocorre é a persistência da ideia de se
disciplina de Física, bem como as outras ensinar a Física partindo da percepção de
ciências, sofreram algumas alterações a partir aprender o modelo microscópico para ser
de 1946 com a criação do Instituto Brasileiro capaz de entender o fato macroscópico
de Educação, Ciência e Cultura (IBECC)que, na (MENEZES, 1977), o que irá promover um
década de 50, contribuiu com a construção de distanciamento das situações reais
livros textos, equipamentos e material de vivenciadas pelos estudantes. Dentro dessa
apoio para atividades práticas de laboratório, ótica, o Ensino Médio, por um longo período,
objetivando melhorar o ensino de ciências teve como norte preparar o estudante para o
através da adoção do método experimental ingresso no ensino superior. O Ensino Médio
(LORENZe BARRA,1986). atual, ou seja, o novo Ensino Médio, desde a
A partir da década de 50, surgem os promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da
projetos de ensino, que inicialmente foram Educação - LDB, em 1996, sofreu e ainda
traduzidos de projetos americanos e ingleses sofrerá modificações e indica que consiste em
e posteriormente houve a produção de uma etapa conclusiva da Educação Básica a
projetos nacionais. Na década de 70 surgem partir da qual desenvolverá competências e
as primeiras teses de mestrados sobre o habilidades para a cidadania, continuidade do
ensino de Física centradas nos projetos aprendizado e para o trabalho, “oferecendo
desenvolvidos anteriormente, o que uma formação humana integral, evitando a
contribuiu de forma significativa para a orientação limitada da preparação para o
inserção da Física como componente vestibular...” (BRASIL, p. 155, 2011). Terrazan
curricular da escola brasileira (PERNAMBUCO (1994) reforça a necessidade do ensino de
e SILVA,1985). Física para a vida do estudante como um todo
A Física no ambiente escolar tem e não apenas direcionada aos vestibulares:
como objeto de estudo todos os fenômenos “A Física desenvolvida na escola
naturais presentes no universo e é constituída média deve permitir aos estudantes pensar e
de uma linguagem própria, que de acordo com interpretar o mundo que os cerca (...) Nesse
os BRASIL, (2001), “faz uso de conceitos e nível de escolaridade devemos estar
terminologia bem definidos, além de suas formando um jovem, cidadão pleno,
formas de expressão que envolvem, muitas consciente e sobretudo capaz de participação
vezes, tabelas, gráficos ou relações na sociedade. Sua formação deve ser o mais
matemáticas”. Classicamente, a Física é global possível, pois sua capacidade de
subdividida em campos de conhecimento, intervenção na realidade em que está imerso
como a mecânica que estuda os movimentos, tem relação direta com sua capacidade de
a termodinâmica que estuda a temperatura, leitura, de compreensão, de construção dessa
calor e suas relações, a ondulatória que mesma realidade.” (TERRAZAN,1994, p. 39)
Os PCN+, que
apresentam
114 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 115
CIÊNCIAS DA NATUREZA
116 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
4.6.2 Organização do Conhecimento Escolar de Física
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
ATITUDES
◦ Uso dos conhecimentos adquiridos de forma responsável na defesa da qualidade de vida e dos direitos humanos.
◦ Exercício da cidadania com responsabilidade, avaliando os conhecimentos f ísicos e suas aplicações, levando em consideração implicações de ordem
econômica, social, ambiental ao lado de argumentos científicos, para tomar decisões a respeito de ações e comportamentos individuais e coletivos.
◦ Percepção da interferência da Física no mundo natural e dedicação à defesa do ambiente e dos seres vivos.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, respeitando as diversas opiniões e buscando o consenso.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conheciment o e pela pesquisa.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e à construção de conhecimentos físicos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica , selecionando procedimentos experimentais e
verificando sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas relacionadas aos conteúdos da componente curricular de Física.
◦ Disposição para argumentação e debate de ideias, sempre respeitando opin iões divergentes e buscando o entendimento.
EZA
CIÊNCIASDANATUR
117
EZA
CIÊNCIASDANATUR
118
EZA
CIÊNCIASDANATUR
potencia com a energia.
◦ Conservação e dissipação de
◦ Reconhecer a conservação da
Energia
energia no cotidiano.
119
120
COMPONENTECURRICULARDEFÍSICA–2ºSÉRIEDOENSINOMÉDIO
CIÊNCIAS DA NATUREZA
DIREITOSDEAPRENDIZAGEM
ATITUDES
Usodosconhecimentosadquiridosdeformaresponsávelnadefesadaqualidadedevidaedosdireitoshumano
s.
Exercíciodacidadaniacomresponsabilidade,avaliandoosconhecimentosfísicosesuasaplicações,levandoemconsideraçãoimplicaçõesdeorde
m
econômica,social,ambientalaoladodeargumentoscientíficos,paratomardecisõesarespeitodeaçõesecomportamentosindividuaisecoletiv
os.
PercepçãodainterferênciadaFísicanomundonaturalededicaçãoàdefesadoambienteedosseresvivo
s.
Disposiçãoparaotrabalhoemgrupo,respeitandoasdiversasopiniõesebuscandooconsens
o.
Empenhoemdesenvolveroespíritocrítico,reflexivoeinvestigativo,ogostopeloconhecimentoepelapesquisa
.
Interessepelaleitura,pelabuscadeinformaçõesemdiversasfontesvisandoàaquisiçãoeconstruçãodeconhecimentosfísic
os.
Disposiçãoparautilizaropensamentológico,acriatividade,aintuição,acapacidadedeanálisecrítica,selecionandoprocedimentosexperimentaise
verificandosuaadequaçãonoenfretamentodedesafiosesituaçõesproblemasrelacionadasaosconteúdosdacomponentecurriculardeFí
sica.
Disposiçãoparaargumentaçãoedebatedeideias,semprerespeitandoopiniõesdivergentesebuscandooentendime
nto.
Saberdiferenciarosconceitosde Temperatura
CompreenderaFísicaeas
temperaturaecalor. Calor
tecnologiasaelaassociadacom
o
criaçõeshumanas,entenden ◦ ◦
Perceberasformasde Escalastermométrica
do
suaimportâncianaevoluçãod CALOREOAMBIENTE ◦ s
a transmissãodecalor. Osprocessosdetransmissãode
sociedade
. ◦ ◦ calor:condução,convecção
Diferenciarosbonsemaus e
radiação
EZA
CIÊNCIASDANATUR
◦ Máquinas Térmicas
◦ Realizar leituras, interpretações
◦ e construir resumos de textos
relativos às máquinas térmicas.
121
EZA
CIÊNCIASDANATUR
122
◦
onda, os elementos - Frequência
característicos e suas formas de - Período
propagação.
- Velocidade
◦ Visualizar os tipos de ondas e
suas presenças nos fenômenos - Comprimento de onda.
ondulatórios do cotidiano, ◦ Formas e os meios de
relacionando com as propagação das Ondas.
telecomunicações e ambiente.
◦ Tipos de Ondas
SOM, LUZ E A INFORMAÇÃO ◦ Compreender como os sons se
propagam em diferentes meios e ◦ Fenômenos Ondulatórios:
situações. - Reflexão
◦ Conhecer os conceitos e - Refração
fenômenos que são importantes
no estudo do som. - Difração.
◦ Relacionar os conceitos e ◦ Ondas Sonoras
fenômenos do som com os ◦ Qualidades fisiológicas de uma
limites e cuidados com a nossa onda sonora.
audição.
◦ Sons musicais:
◦ Entender os conceitos que
qualificam uma onda sonora. - Notas musicais
EZA
CIÊNCIASDANATUR
◦
podem gerar imagens.
123
EZA
CIÊNCIASDANATUR
124
EZA
CIÊNCIASDANATUR
125
EZA
CIÊNCIASDANATUR
126
◦ Exercício da cidadania com responsabilidade, avaliando os conhecimentos físicos e suas aplicações, levando em consideração im plicações de ordem
econômica, social, ambiental ao lado de argumentos científicos, para tomar decisões a respeito de ações e comportamentos individuais e coletivos.
◦ Percepção da interferência da Física no mundo natural e dedicação à defesa do ambiente e dos seres vivos.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, respeitando as diversas op iniões e buscando o consenso.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e construção de conhec imentos físicos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando proce dimentos experimentais e
verificando sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas relacionadas aos conteúdos da componente curricular de Física.
◦ Disposição para argumentação e debate de ideias, sempre respeitando opiniões divergentes e buscando o entendimento.
EZA
CIÊNCIASDANATUR
◦
visualizando as diversas elétrica
transformações de energia de
um tipo em outra.
127
EZA
CIÊNCIASDANATUR
128
EZA
CIÊNCIASDANATUR
◦ Compreender as formas de
energia disponíveis e suas
aplicações na vida moderna.
129
EZA
CIÊNCIASDANATUR
130
◦
avaliando os efeitos biológicos e
função dos semicondutores, ◦ Estudo dos efeitos biológicos da
ambientais em seu cotidiano.
conhecendo parte da tecnologia radiação
◦ Identificar e utilizar MATÉRIA E RADIAÇÃO que deu origem a alguns
equipamentos eletrônicos que componentes eletrônicos. ◦ Energia Nuclear
contém semicondutores, ◦ Conhecer e compreender as ◦ Transformações Nucleares
compreendendo como se dá o
partículas elementares a fim de ◦ Radiação ionizante e não
processamento de informação.
enriquecer o conhecimento dos ionizante
componentes dos átomos.
◦ Semicondutores: transistores,
◦ Intervir na sociedade através de ◦ Entender o que é radioatividade circuitos integrados e chips.
análises sobre o impacto social e e suas aplicações, favorecendo
econômico dos equipamentos de uma avaliação consciente do uso ◦ Elementos constituintes da
informática na sociedade atual. da tecnologia nuclear. microinformática.
◦ Nanotecnologia.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
ramificações procedimentais, dentre elas: Com seu cérebro singular, pensa, observa,
alquimia, boticários, iatroquímica e estudo planeja, cria, elabora, modifica suas ideias,
dos gases (PARANÁ,2008). explica, registra, reflete, ensina a seus
No século XIX, houve um avanço descendent es. A Q uím ica e seus
considerável e se formou um apanhado conhecimentos científicos e tecnológicos são
teórico de explicações sobre átomos e frutos de toda essa inquietação (PIATTI e
moléculas, composição e características das RODRIGUES, 2005). Dada a importância
substâncias, com a contribuição dos estudos destes conhecimentos e das substâncias e
realizados por Dalton, Avogadro, Berzelius, produtos desenvolvidos a partir deles,
Proust, entre outros. Foi nesse cenário que a presentes nos mais variados setores da
Química ascendeu ao fórum das Ciências. O economia e da vida em sociedade, tornou-se
avanço de seus conhecimentos estava necessário a introdução do estudo da
vinculado às investigações da estrutura da Química nas escolas da Educação Básica.
matéria, estudos estes partilhados com a O ensino das Ciências da Natureza, e
física, que buscava entender as forças em especial de Química, tem por objetivo
internas que regem a formação da matéria contribuir para a construção de uma
(PARANÁ,2008). representação racional e coerente do mundo,
Antoine Lavoisier ficou conhecido através dos conhecimentos adquiridos ao
como pai da química com a publicação em longo dos tempos sobre as leis e teorias que
1789 de um livro intitulado "Traité Élémentaire buscam explicá-lo, para a aquisição de uma
de Chimie", obra esta considerada por muitos cultura científica e tecnológica (BRASIL,
um marco do nascimento da química moderna 1998). Segundo FREIRE-MAIA(2000), a Ciência
(CHASSOT, 2004). Lavoisier propôs uma como disciplina é o conjunto de descrições,
nomenclatura universal para os compostos interpretações, leis, teorias, modelos, etc. que
químicos, que foi aceita internacionalmente. visa ao conhecimento de uma parcela da
A Química experimentou grande realidade e que resultou da aplicação de uma
desenvolvimento teórico e metodológico metodologia especial, chamada metodologia
durante o século XX, especialmente pelo científica.
estabelecimento da mecânica quântica, Esta aprendizagem é fundamental
métodos espectroscópicos e metodologias para a compreensão do meio em que se vive,
de síntese orgânica, que impulsionaram o próximo ou longínquo, das modificações que
descobrimento de novos fármacos, novos este meio sofre, sejam elas naturais ou
materiais, provocando mudanças profundas p ro m o v i d a s p e l o s s e re s h u m a n o s ,
no modo de vida das pessoas. Segundo PETER contribuindo para o entendimento do
ATKINS (1987) na virada do século XX, físicos, verdadeiro lugar que os indivíduos ocupam
químicos e biólogos colaboraram num esforço neste meio e as responsabilidades
excepcional para revelar a identidade das decorrentes deste conhecimento.
moléculas, principalmente através da A legislação brasileira
espectroscopia, cristalografia de raios X e da atual
microscopia eletrônica, o que levou ao que se determina componentes curriculares que são
buscou durante tanto tempo: imagens de obrigatórios e que, portanto devem ser
moléculas e átomos individuais. tratados em uma ou mais das áreas de
Durante sua longa caminhada o ser conhecimento para compor os currículos das
humano vem modificando o meio em que vive. escolas de ensino básico (BRASIL, 2012).
Dentre estes componentes definidos pelas
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
saogalA ed odatsE od onisnE ed laudatsE edeR ad acisáB oãçacudE ad ralucirruC laicnerefeR 133
CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 137
EZA
CIÊNCIASDANATUR
138
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, argumentação e debate de ideias, com respeito às diversas opiniões e buscando consens os.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e construção de conhecimentos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos experimentais e verificando
sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas.
EZA
CIÊNCIASDANATUR
dos produtos formados. ◦ Relação entre estrutura,
propriedades e aplicações
◦ Compreender que das substâncias e materiais.
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EZA
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EZA
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EZA
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142
◦ Reconhecimento das responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de conhecimentos científicos, especialmente no que concerne à introdução
da enorme gama de produtos químicos, atentando para a defesa da qualidade de vida e direitos do consumidor.
◦ Uso dos conhecimentos adquiridos de forma responsável na defesa do ambiente, dos seres vivos e dos direitos humanos.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, argumentação e debate de ideias, respeitando as diversas opiniões e buscando o consenso.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em dive rsas fontes visando à aquisição e construção de conhecimentos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a capacidade de análise crítica, selec ionando procedimentos experimentais e verificando
sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas.
EZA
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temperatura ou pela emissão ◦ Reconhecer e compreender símbolos, códigos
de gases poluentes. e nomenclatura próprios da Química para ◦ Ciclo da Água.
interpretar rótulos de águas minerais e outros
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EZA
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Química ◦ Compreender os modelos explicativos da relação ◦ Energia de Ativação.
entre consumo de reagentes, formação de ◦ Fatores que modificam a
produtos e tempo.
rapidez de uma transformação
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◦ Compreender a produção e consumo de energia
térmica e elétrica nas transformações químicas,
avaliando as implicações sociais e ambientais.
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◦ Reconhecimento das responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de conhecimentos científicos, especialmente no que concerne à introdução
da enorme gama de produtos químicos, atentando para a defesa da qualidade de vida e direitos do consumidor. Uso dos conhecime ntos adquiridos
de forma responsável na defesa do ambiente, do s seres vivos e dos direitos humanos.
◦ Empenho em desenvolver o espírito crítico, reflexivo e investigativo, o gosto pelo conhecimento e pela pesquisa.
◦ Disposição para o trabalho em grupo, argumentação e debate de ideias, respeitando as diversas opiniões e buscando o consenso.
◦ Interesse pela leitura, pela busca de informações em diversas fontes visando à aquisição e construção de conhecimentos.
◦ Disposição para utilizar o pensamento lógico, a criatividade, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos experimentais e verifican do
sua adequação no enfretamento de desafios e situações problemas.
EZA
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de vida e dos direitos do ◦ Compreender o processo de reves mento
consumidor e nas implicações de super cies metálicas com outros
ambientais advindas, por ◦ Eletrodeposição (Galvanoplastia).
metais, por via eletrolí ca e sua
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EZA
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saúde humana. orgânicas: combustão, fermentação, Biocombustíveis.
saponificação, esterificação, hidrogenação. ◦ Funções Orgânicas Oxigenadas:
◦ Identificar os tipos de isomeria Alcoóis, Fenóis, Éteres, Ésteres,
151
EZA
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EZA
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153
Orientações Didático-
metodológicas
Capítulo5
CIÊNCIAS DA NATUREZA
37
5.1 A questão metodológica
37
Texto produzido por Rosaura Soligo
156 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
38
O 'contrato didático' é uma espécie de 'script' relacionado à natureza e ao modo de funcionamento da escola enquanto instituição que configura papéis, expectativas,
direitos e deveres – geralmente implícitos – que dizem respeito aos professores, estudantes e situações de ensino e aprendizagem.
39
In: Guia de Orientações Metodológicas Gerais - PROFA, SEF-MEC, 2001.
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 157
CIÊNCIAS DA NATUREZA
40
In Aprender... Sim, mas como? Porto Alegre: Artmed, 1998
41
Essas dez características de uma situação-problema foram sistematizadas a partir do que apresenta Philippe Perrenoud em Dez novas competências para ensinar,
(2000), baseado no que propõe Jean Pierre Astolfi em vários trabalhos.
158 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 159
CIÊNCIAS DA NATUREZA
ciências humanas, das linguagens, de uma concepção que pode ser observada e
matemática e outros espaços que empregada em contextos diversos, quer sejam
potencializem aprendizagens nas diferentes relacionados a vivências mais pragmáticas,
áreas do conhecimento; atividades em quer sejam aos contextos científicos.
L í n g u a s Estrangeiras/Adicionais, Mas existe pesquisa na escola de
desenvolvidas em ambientes que utilizem Educação Básica? Professores e estudantes
recursos e tecnologias que contribuam para a da Educação Básica são pesquisadores?
aprendizagem dos estudantes; fomento às Muito se tem discutido sobre esta temática,
atividades de produção artística que uma vez que a pesquisa é sempre colocada
promovam a ampliação do universo cultural como prática apenas da academia.
dos estudantes; fomento às atividades Universidade e Escola são colocadas sob uma
esportivas e corporais que promovam o lógica hierárquica, pois a primeira produz
desenvolvimento integral dos estudantes; conhecimento para a segunda reproduzir.
fomento às atividades que envolvam Assim, a universidade detém as competências
comunicação, cultura digital e uso de mídias e de pesquisar e produzir conhecimento.
tecnologias, em todas as áreas do Todavia a pesquisa é elemento
conhecimento; propostas de ações que decisivo na formação inicial e continuada de
poderão estar estruturadas em práticas qualquer profissional. O ato de pesquisar
pedagógicas multi ou interdisciplinares, desencadeia um processo emancipatório. A
articulando conteúdos de diferentes pesquisa deve perpassar todo percurso
componentes curriculares de uma ou mais educativo do indivíduo, seja durante a
áreas do conhecimento” (ProEMI). Educação Básica, a graduação ou pós-
A rigor, em se tratando dessas graduação. O objetivo é propiciar a formação
capacidades, não há nada de muito diferente de profissionais reflexivos e críticos-
ou contraditório entre o que recomendam os investigadores da realidade, desenvolvendo
documentos mais atuais e o que defendiam os sua autonomia. Cada vez mais se faz
documentos publicados pelo Ministério da necessária a descentralização de processos
Educação na última década do século que revelem necessidades e descobertas. A
passado. O desafio é, cada vez mais, escola da Educação Básica, além de espaço
converter esses pressupostos curriculares em de vivências de estudantes e professores,
ações efetivas nas salas de aula. pode ser campo de pesquisa para esses
mesmos que a compõem.
5.2.1 A pesquisa na Escola de Demo (2000) chama atenção para
Educação Básica 42 prática de um ensino pela pesquisa,
desmistificando a ideia de que esta prática só
O dicionário Aurélio define Pesquisa pode ser realizada pela academia. Assim, a
como ato ou efeito de pesquisar, investigação escola da Educação Básica pode realizar
e estudo, minuciosos e sistemáticos com o fim pesquisa desde a Educação Infantil ao Ensino
de descobrir fatos relativos a um campo do Médio, considerada como uma atividade de
conhecimento. Dessa forma, a organização processo educativo e democrático.
de uma sistemática ou metodologia ajudará Sendo assim, estudantes precisam
na consecução de objetivos e descobertas. É
42
Texto produzido pelo prof. Ricardo Lisboa Martins – licenciado em Filosofia e Matemática, mestre em Educação Matemática – técnico pedagógico da Superintendência
de Políticas Educacionais.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
LERNER, Délia. Preparar para a vida acadêmica por intermédio da leitura e da escrita. In: Seminário Internacional – curso Ler e escrever para estudar: uma análise
45
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
de Políticas Educacionais.
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 165
CIÊNCIAS DA NATUREZA
desenvolver ao longo de vários meses. Tendo princípio e um fim conhecidos tanto pelo
maior duração oferecem a oportunidade de p ro f e s s o r c o m o p e l o s e s t u d a n t e s
compartilhar com os estudantes o (ZABALA,1998).
planejamento das tarefas e sua distribuição A diferença em relação aos projetos, é
no tempo. Assim, fixada a data em que o que esses se organizam em torno de um
produto final deve estar pronto, é possível produto tangível, e que as sequências didáti-
discutir um cronograma e definir as etapas cas incluem situações estruturadas, objetivos
necessárias, as responsabilidades que cada bem definidos alcançados a curto prazo.
grupo deve assumir e as datas que terão de ser As sequências didáticas pressupõem
respeitadas para que o objetivo seja um trabalho pedagógico organizado em uma
alcançado no prazo previsto. determinada sequência, durante um
Uma qualidade importante dos determinado período estruturado pelo
projetos é oferecer um contexto no qual o p ro f e s s o r , c r i a n d o - s e , a s s i m , u m a
esforço de estudar tenha sentido, e no qual os modalidade de aprendizagem mais orgânica
estudantes realizem aprendizagens com alto (SIGNORELI, 2003; LERNER, 2002). Os planos
grau de significação. É a modalidade de aula, em geral, seguem essa organização
organizativa do ensino que mais se afina com didática. Em cada sequência se inclui, assim
os trabalhos interdisciplinares. como nos projetos, atividades coletivas,
grupais e individuais.
Sequências Didáticas
Atividades Permanentes
A sequência didática é um conjunto
de propostas de atividades interligadas e com
As atividades permanentes ou
ordem crescente de dificuldade. Cada passo
habituais se repetem de forma sistemática e
permite que o próximo seja realizado. Os
previsível, diária, semanal ou quinzenalmente,
objetivos são focados em conhecimentos
e oferecem a oportunidade de contato intenso
escolares mais específicos, com começo,
meio e fim. Em sua organização, é preciso com um conhecimento escolar em cada ano
prever esse tempo e como distribuir as da escolaridade. Normalmente, não estão
sequências em meio às atividades permanen- ligadas a um projeto e, por isso, têm certa
tes e aos projetos. É comum confundir essa autonomia. As atividades servem para
modalidade com o que é feito no dia-a-dia. A familiarizar os estudantes com determinados
questão é: há continuidade? Se a resposta for conteúdos e construir hábitos, isto é, são
não, você está usando uma coleção de situações propostas com regularidade.
atividades com a cara de sequência Podem ser utilizadas quando um dos objetivos
(ANDRADE;GUIMARÃES,2013). do trabalho é construir atitudes (SIGNORELI,
Pode-se, ainda destacar, que 2003; LERNER,2002).
sequência didática é um instrumento de Por exemplo, uma
ensino e gestão da sala de aula, que define atividade
p ro c e d i m e n t o s , p a s s o s , o u e t a p a s permanente que se pode realizar é a hora dos
encadeados para tornar mais eficazes os contadores de contos, em que os estudantes
processos de ensino e de aprendizagem. É um se responsabilizam, em rodízio, por contar ou
conj unt o de atividades ordenadas, ler um conto que eles mesmos tenham
estruturadas e articuladas para a realização escolhido e cuja apresentação tenha
de certos objetivos educacionais, que têm um preparado previamente, de tal modo que seja
clara e compreensível para quem ouve.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
SE QU ÊN CIA S D E
ATIVIDADES
[ou atividades
sequenciadas]
47
Essas formas (ou modalidades) de organização dos conteúdos são defendidas por Delia Lerner e constam do texto “É possível ler na escola?”,presente no livro Ler e
escrever na escola - o real, o possível e o necessário (Artmed, 2002).
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
sabem e o que eles gostariam de aprender. tendo como fio condutor as conexões com o
Neste Referencial Curricular do Estado de mundo do trabalho e com a sociedade em
Alagoas foram organizados quadros geral.
contendo as principais atitudes, Há muitos anos estudos vêm sendo
competências e habilidades a serem realizados para discutir mudanças no ensino
desenvolvidos nos componentes curriculares de Ciências que corrijam algumas distorções
de Ciências da Natureza, Biologia, Física e, que acontecem quando os professores não
Química nos quais é sugerida uma lista de levam em consideração o que os estudantes já
conteúdos para cada ano de escolaridade. sabem, pois supõem que eles sabem pouco ou
Ca b e a o s p ro f e s s o re s , at ra v é s d o têm informações distorcidas sobre os
conhecimento sobre seus estudantes (quem conteúdos (VILANNI e MENEZES, 1980). Outra
são, do que são capazes em determinados distorção é aquela que prioriza a aplicação de
momentos da escolaridade), do tempo de fórmulas e a resolução de exercícios, e o
trabalho disponível na escola, adaptar os incentivo à memorização de nomes e
conteúdos sugeridos as suas necessidades. classificações em detrimento da
Nessa perspectiva, é importante compreensão. Este tipo de ensino em que os
adotar metodologias de ensino inovadoras, conteúdos não são contextualizados e as
diferentes das que se encontram nas salas de aplicações práticas e tecnológicas são
aula mais tradicionais e que ofereçam ao deixados de lado continua a ser praticado
estudante a oportunidade de uma postura diariamente em muitas escolas brasileiras.
ativa, interessada e comprometida no Nos últimos anos, o estado de Alagoas vem
processo de aprender, que incluam não só apresentando resultados insatisfatórios, com
conhecim ent os, mas, também, sua altos índices de retenção e evasão, além de
c o n t e x t u a l i z a ç ã o , e xp e r i m e n t a ç ã o , notas baixas nas diversas avaliações
integração entre disciplinas e áreas de nacionais. É urgente a necessidade de
conhecimento, vivências e convivência em melhoria da Educação Básica no Estado de
tempos e espaços escolares e extraescolares, Alagoas, em todas as áreas, inclusive na área
mediante aulas e situações diversas (BRASIL, de Ciências Naturais. Os estudantes das
2013). escolas públicas alagoanas em geral são de
As propostas voltadas para a famílias pobres, carentes de oportunidades de
Educação Básica, em geral, estão baseadas desenvolvimento social e cultural, e
em metodologias mistas (SANTOMÉ apud necessitam de apoio e atenção especial que
BRASIL, 2013), as quais são desenvolvidas em permitam o sucesso da aprendizagem.
pelo menos dois espaços e tempos. Um deles Restringir as atividades escolares e os
destinado ao aprofundamento conceitual no exercícios a meras aplicações de fórmulas e
interior das disciplinas, e outro, voltado para regras desprovidas de reflexão não é uma boa
as denominadas atividades integradoras. As opção. Deve-se ampliar o leque de atividades
atividades integradoras podem ser que favoreçam a compreensão dos
desenvolvidas a partir de várias estratégias ou fenômenos e o conhecimento e uso da
temáticas. Elas poderão ser propostas na linguagem científica com seus símbolos,
organização do projeto pedagógico da escola fórmulas, equações, além de incentivar a
privilegiando as relações entre situações reais construção e interpretação de tabelas,
existentes nas práticas sociais (ou simulações esquemas e gráficos.
de situações) e os conteúdos das disciplinas, Várias estratégias inovadoras e
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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Avaliação da Aprendizagem
Capítulo6
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
venções pedagógicas poderão ser feitos a conteúdos mais recorrentes nos anos iniciais.
partir desse trabalho? Diferentes procedimentos podem ser
utilizados para aplicação da prova, tais como:
6.1.7 Autoavaliação Prova individual: visa dar ao(à)
estudante a oportunidade para mostrar como
pensa e raciocina; é o momento em que
A autoavaliação permite que os
elae(a), individualmente, argumenta e
estudantes reflitam sobre as ações que
a p re s e n t a c o n c e i t o s e c o n t e ú d o s
realizam, possibilitando a construção de uma
apreendidos.
consciência crítica, a partir da autorreflexão,
Sendo a prova individual um
tanto em relação às suas atitudes e
instrumento que possibilita medir, com maior
habilidades, como em relação ao seu
precisão, o quantitativo de aprendizagem do
desenvolvimento intelectual.
estudante, nomeado-o como nota ou
O exercício de autoavaliação é
conceito, esta pode se constituir como um
fundamental no processo de aprendizagem no
caminho para redirecionar o planejamento e o
sentido de ajudar o professor a melhor
desenvolvimento da prática pedagógica, pois
conhecer o estudante e avaliar seu próprio
permite a todos os envolvidos no processo de
trabalho.
ensino e de aprendizagem a visualização do
Esseinstrumento favorece:
seu próprio desempenho.
• o caminho percorrido pelo(a) es-tudante
Prova em dupla e/ ou em grupos é
para chegar as suas respostas e resultados;
uma forma de avaliação que permite a troca de
• as evidências das dificuldades que ainda
ideias e de opiniões sobre determinadas
enfrentam e, a partir delas, o reconhecimento
questões, desenvolvendo várias habilidades,
dos avanços;
tais como as de: organizar suas ideias para
• a relação entre professor e estudante; e,
expô-las ao grupo; ouvir os elementos do
• o esforço pessoal conduzindo a um maior
próprio grupo e dos outros; respeitar ideias
desenvolvimento.
veiculadas nas discussões; interpretar as
ideias dos outros elementos do grupo;
6.1.8 Prova relacionar suas ideias com as dos outros; tirar
conclusões dessa comparação, e avançar no
A prova é um dos instrumentos de conhecimento sobre o tema colocado em
avaliação que tem como finalidade analisar e questão.
refletir junto com os(as) estudantes, Prova com consulta direciona o(a)
professores(as) e pais os resultados obtidos estudante, para a busca e seleção de
ao longo do processo ensino e aprendizagem. informações prioritárias, as quais são
A p ro v a é a p e n a s u m d o s pesquisadas a partir das questões colocadas.
instrumentos possíveis de avaliação, e não o Nesse tipo de instrumento, o(a) estudante
único e nem o mais adequado, a depender do trabalha com várias fontes: jornais, livros,
tipo de conteúdo. Se bem planejada, a prova é revistas, internet, dicionários, “cola” ou
um recurso que pode ser oportuno para avaliar resumo etc., os quais poderão ser consultados
o conhecimento do aluno sobre fatos e no momento da prova. As questões
conceitos, mas nem sempre servirá para apresentadas, nesse instrumento, não podem
avaliar atitudes e procedimentos, que são os ser objetivas, mas deverão envolver
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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AúltimaArcadeNoé– 10. AAprendizagemeoEnsinodeCiências
www.aultimaarcadenoe.com Autor: Juan Ignacio Pozo e Miguelo Ángel Gómez
Academia Brasileira de Ciências - Crespo
210 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Livros
15. AscompetênciasparaensinarnoséculoXXI
1. EnergiaNuclear:ValeaPena?
Autor:PhilippePerrenout
Autor:JoseGoldemberg
Editora:Artmed,Ano:2002.
Editora:Scipione,Ano:1998
O livro inicia na descoberta da energia, e em
16. Ciências:fáciloudifícil?
seguida traz os caminhos de seu emprego pelo
Autor:NélioBizzo
homem em várias formas. A descoberta do fogo, a
Editora:Ática,Ano:2007.
tração animal, os moinhos de vento e os movidos
pela água, o primeiro automóvel, captadores
17. Ciências:fáciloudifícil?
solares, a energia nuclear, a importância das
Autor:NélioBizzo
usinas e seus problemas, reatores nucleares,
Editora:Ática,Ano:2007.
acidentes. O autor oferece conhecimentos
necessários para o entendimento das questões,
Sugestões de sites da Internet:
ressalta os prós e os contras da energia nuclear e
www.sbfisica.org.br/ Sociedade Brasileira de
mostraaplantadeumaUsinaNuclear.
Física
www.sbpc.org.br Sociedade Brasileira para o
2. PreserveaAtmosfera
ProgressodaCiência
Autor:JohnBaines
www.sbpcnet.org.br Sociedade Brasileira para o
Editora:Scipione,Ano:1998
ProgressodaCiência
A atmosfera vem sofrendo as consequências da
www.usinaciencia.ufal.br UsinaCiênciadaUFAL
ganância do homem: seu equilíbrio vem sendo
www.cienciahoje.uol.com.br Revista Ciência Hoje
constantemente alterado. Ao discutir a respeito
naEscola
de suas camadas, proteção, controle da emissão
http://www.telecurso.org.br/ NovoTelecurso
de poluentes e sua importância, o autor aplica a
h t t p : / / w w w. a b f m . o r g . br / n a b f m / i n d e x . as p
proposta do movimento CTS de ensino de tal
AssociaçãoBrasileiradeFísicaMédica
forma que para professores de Química e ou
http://www.feiradeciencias.com.br/ Feira de
Ciências,ousodestelivroébastanteindicado.
Ciências
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas 211
CIÊNCIAS DA NATUREZA
212 Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas
CIÊNCIAS DA NATUREZA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
aproveitamentodasargilasemnossocotidiano. Autor:IçamiTiba
Editora:Scipione,Ano:1999
19. OsMetaiseoHomem O tabagismo, a maconha, o crack, a cola, a heroína,
Autor:IvoneM.EsperidiãoeOlímpioNóbrega acocaínaeoutrasdrogassãodiscutidasatravésde
Editora:Ática,Ano:1996 perguntas e respostas esclarecedoras,
O livro traz uma visão panorâmica dos metais como estabelecendo um diálogo franco e aberto com o
suas características, aplicações, importância leitor. 123 repostas sobre drogas aborda um tema
econômica,curiosidades,atualidades. muito oportuno e de grande interesse para os
adolescentes.
20. PilhaseBaterias:EnergiaEmpacotada
Autor:JorgeL. NarcisoJr. eMarceloP. Jordão 24. Águas Doces do Brasil: Capital Ecológico, Uso e
Editora:EditoradoBrasil,Ano:2000 Conservação.
O livro analisa a importância, a variedade e o Organizadores: Aldo da C. Rebouças, Benedito
funcionamento das pilhas e baterias, além das Braga,JoséGalísiaTundisi
consequênciasambientaisdesuautilização. Editora:Escrituras,Ano:2006
O livro “Águas Doces no Brasil” é composto de 22
21. AEnergiaparaoSéculoXXI capítulos, abordando a água doce no mundo e no
Autor:FranciscoC. Scarlatto Brasil, desenvolvimento sustentável, recuperação
Editora:Ática,Ano:1998 de ecossistemas aquáticos, meio ambiente e
O livro trata da questão energética. São discutidos saúde, saneamento básico, agricultura e pecuária,
temas como: As forças naturais; A revolução indústria, hidreletricidade, navegação e muitos
industrial; A era do petróleo; O impacto da energia outros temas pertinentes, abordados por
elétrica; Progresso e energia; A civilização do especialistasnoassunto.
petróleo; As transformações e os conflitos nas
décadas do petróleo; As projeções de 25. CiênciaHojenaEscola-MeioAmbiente:Águas
esgotamento do petróleo; O fim do petróleo e os Editora:SBPC,Ano:2000
novos paradigmas; Os novos paradigmas e a Estelivroéumareuniãodeartigosdeváriosautores
política ambiental; Recursos não renováveis; O relacionados ao tema “Água” numa ação
futuro dos recursos não renováveis; Recursos promovida pela Sociedade Brasileira para o
renováveis; Novas técnicas, novos combustíveis; Progresso da Ciência. É fácil de ler e trabalha
Comportamentos sociais e o consumo de energia; conceitos básicos que contribui para a
As tecnologias energéticas alternativas e a nova aprendizagem das principais questões que se
ordem mundial; As organizações internacionais e a relacionamcomotema.
questãoenergética.
26. IntroduçãoaQuímicadoPetróleo
22. AlimentosemPratosLimpos Autor:RobsonFernandesdeFarias
Autor:EgídioTrambaiolliNeto Editora:CiênciaModerna,Ano:2008
Editora:Atual,Ano:1994 Este livro aborda os principais aspectos relativos à
O livro apresenta o mundo dos alimentos e suas química do petróleo, tais como composição
funções nutrientes (plásticos, energéticos e química, propriedades, a indústria petroquímica e
reguladores), relacionando estes assuntos os impactos ambientais. Faz também uma
diretamente com os hábitos de alimentação e abordagem mais completa e abrangente, tratando
cuidados com a higiene e a conservação. Em texto de aspectos como geopolítica e a relação entre o
repleto de referências e ricamente ilustrado petróleoeosbiocombustíveis.
descreve também os processos caseiros e
industriais de conservação dos alimentos, os 27. A Química dos Alimentos: Carboidratos,
aditivosmaisutilizadosetc. Lipídeos,Proteínas,VitaminaseMinerais
23. 123RespostassobreasDrogas Autores: Denise Maria Pinheiro, Karla Rejane de
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
AndradePortoeMariaEmíliadaSilvaMenezes.
Editora:EDUFAL,Ano:2005
O livro aborda o tema “Os Alimentos”, trazendo
características, fórmulas químicas e as suas
principais funções no organismo humano, numa
linguagembastanteacessível.
Filmes
Erin Brokovich– Umamulherdetalento
Sinopse: O filme aborda um crime ambiental
provocado por uma poderosa empresa de gás e
eletricidade dos Estados Unidos das Américas
causado pela, contaminando a água com cromo 6
e causando graves doenças na população. O filme
também aborda o avanço da importância da
mulher na sociedade. Pode ser classificado como
uma obra feminista que traz a mulher como uma
heroína independente, alguém que deixa de ser
retratada como uma dona-de-casa ou como um
símbolo sexual para ser representada por uma
figura destemida e capaz de resolver seus
problemassozinha.
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Anexo
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