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Itàn - Éjì Ogbè

Nós lançamos Ifá com nossa mão (Nós batemos Ikin).

Nós pressionamos Ifá no chão.

Elesa a gbo gi (nome do sacerdote)

Foi lançado Ifá para Ogbè (foi feito o jogo).

Quando ele vinha do Céu para a Terra.

Eles disseram que Ogbè iria entrar no mundo.

Ogbè foi aconselhado a realizar sacrifício (fazer ebo).

Ogbè consultou os itens para o sacrifício.

Ogbè deve sacrificar um rato para trilhar caminhos no mato.

Um peixe para traçar caminhos através do oceano.

Um galo para limpar os caminhos na Terra.

Eles disseram que Ogbè alcançaria o mundo.

Ogbè realizou o sacrifício.

Ogbè se aventurou.

Ele chegou à floresta.

Ogbé ficou perplexo.

Èsù sussurrou no ouvido dele.

Lembre-se você tem um rato para abrir caminho na floresta.

Ogbé usou o rato.

O rato desbravou um caminho pela floresta.

Èsù disse para Ogbè segui-lo.

Quando ele saiu da floresta.

Ogbè encontrou o oceano.

Ogbè ficou perplexo.

Èsù sussurrou no ouvido dele.

Lembre-se você tem um peixe para traçar um caminho através do oceano.

Ogbè deixou o peixe cair na água.

O peixe começou a nadar.

Èsù disse para Ogbè segui-lo.

Quando ele nadou para fora da água.

Ele encontrou a cidade.

Ele não sabia que direção tomar.

Èsù sussurrou no ouvido dele.

Lembre-se você tem um galo para encontrar um caminho na Terra.

Èsù disse para Ogbè seguir o galo.

Ogbè chegou ao centro da cidade.

Ele ficou feliz e começou a dançar e se alegrar.

Nós lançamos Ifá com nossas mãos.

Nós pressionamos Ifá no chão.

Elesa gbo gi (nome do sacerdote).

Foi ele quem lançou Ifá para Ogbè.

No dia que ele estava vindo do Céu a Terra.

O rato usa seu Orí para abrir caminhos na floresta.

O peixe usa seu Ori para abrir caminhos no oceano.

O galo usa seu Ori para abrir caminhos na Terra.

Ogbè, portanto, tornou-se popular (ele obteve sucesso).

A estrela de Ogbè não deve cair como as folhas das árvores.

Ogbè deve ascender um caminho através da dificuldade.

Sagrado Odú Éjì Ogbè.

De acordo com o itan odu Eji Ogbe descrito acima, a vida é constituída de fases e
grandes desafios. Nos versos (ese) acima, essas dificuldades são representadas pela
floresta, pelo oceano e pela terra.

Em sua trajetória, diante de cada desafio, Ogbe ficou perplexo, desconcertado, confuso
(dààmú). Perplexo, não soube o que fazer. Neste momento alguém (Exu, ou seja, o
próprio caminho, segundo a tradição) lhe soprou no ouvido, lembrando-o de que ele já
tinha o que precisava para passar por aquele desafio. Bastava-lhe, tão-somente usar o
que tinha em seu poder. Segundo o itan, Ogbe fez o que Exu orientou e alcançou êxito.

Portanto, uma primeira lição que se pode extrair deste itan é que cada dificuldade que a
vida nos apresenta exige de cada um de nós um tipo de resposta ou atitude certamente
diferente da resposta ou atitude apresentada diante da dificuldade anterior. A situação é
outra, o momento é outro e nós mesmo já somos diferentes do que éramos. Logo, não
podemos tratar de todos os problemas e desafios que a vida nos traz com uma única
solução. Não é possível dar a mesma resposta para todas as perguntas que a vida nos
faz.

Outra lição que temos ao refletir sobre este itan é sozinhos, estamos perdidos. Observe
que o sucesso de Ogbe não é devido a sua grande capacidade de realização ou seu
talento natural. Também não foi por ter dado sorte ou por ter alguma coisa que o
pudesse beneficiar (posses). Nada disso o ajudaria se ele não fosse lembrado por alguém
diante da dificuldade de quem ele era, do que era capaz e do que tinha em seu poder. O
sucesso, ou seja, a possiblidade de realizar a sua viagem (de ter uma vida realizada) foi
resultado de sua capacidade de ouvir e se deixar orientar.

Eji Ogbe foi aconselhado a realizar um sacrifício (ebó) e seguiu o conselho. Quando
esteve perplexo diante da vida (durante a sua viagem), ouviu o conselho e colocou em
prática aquilo que lhe foi sugerido.

Posso ter todas as coisas. Ser capaz de tudo nesta vida e ainda assim fracassarei em
meu objetivo de alcançar a felicidade, se achar que posso andar ou realizar este feito
sozinho. A percepção que tenho de mim é que não sei nada de antemão. A resposta me
é dada no instante mesmo em que a pergunta é feita…

A vida propõe questões para as quais não estamos prontos. Contudo, não estar pronto
não é o mesmo que não ser capaz, mas, também, ser capaz, não é o mesmo que ser
auto-suficiente. Preciso do outro para ser eu-mesmo e realizar a minha vida.

Henrique Ọnà Veloso

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