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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO: Prova-tipo de Aferição 8.

O ano de escolaridade

Português

GRUPO I

1. Transcrição do texto áudio (Áudio Escola Virtual: Somos a primeira pessoa do plural, de José Luís Peixoto, texto de opinião)

Somos a primeira pessoa do plural


Estamos tão perto uns dos outros. Somos contemporâneos, podemos juntar-nos na mesma frase, conjugarmo-nos no mesmo
verbo e, no entanto, carregamos um invisível que nos afasta.
Ouvimos os vizinhos de cima a arrastarem cadeiras, a atravessarem o corredor com sapatos de salto alto, a sua roupa molhada
pinga sobre a nossa roupa a secar; ouvimos a voz dos vizinhos de baixo, dão gargalhadas, a nossa roupa molhada pinga sobre a
roupa deles a secar; cheiramos as torradas dos vizinhos do lado, ouvimo-los a chamar o elevador e, no entanto, o nosso maior
problema não é apenas não nos reconhecermos na rua. O nosso problema grande é estarmos convencidos que os problemas deles
não nos dizem respeito. A nossa tragédia é acharmos que não temos nada que ver com isso. (...)
Irritamo-nos com a existência uns dos outros. Fazemos sinais de luzes àquele homem com setenta anos, num carro dos anos
setenta, que anda a setenta quilómetros por hora na autoestrada. Contrariados, esperamos por aquela pessoa que atravessa a
passadeira, enchemos as bochechas de ar e sopramos. Impacientes, batemos no volante. Daí a minutos, depois de estacionarmos o
carro, somos essa pessoa a atravessar a passadeira. Da mesma maneira, daqui a algum tempo, não muito, seremos esse homem
com setenta, dos setenta, a setenta. O tempo passa. Se deitarmos lixo para o chão, alguém o apanhará.
Um amigo que teve um AVC, que passou por uma reabilitação profunda, que enfrentou a morte e a paralisia, depois de anos
de fisioterapia, depois de esforço gigante e sofrimento gigante, falou-me da forma como esse susto muda tudo. Passa-se a apreciar
aquilo que realmente importa. A imensa maioria das preocupações transformam-se em luxos ridículos, desprezíveis, alimentados
pela cegueira. Após essa experiência de quase morte, ganha-se uma nitidez invulgar, que, no entanto, esteve sempre lá. Para
percebê-la, bastava levar a sério a promessa de transitoriedade de tudo e, também, levar a sério essa palavra, esse planeta: o amor.
Ao ouvi-lo, fui capaz de entender aquilo que dizia. Depois, também fui capaz de entender quando me disse: mas, sabes, ao fim de
algum tempo, esquecemo-nos, voltamos a tomar tudo por garantido e voltamos a cometer os mesmos erros.
Repito para mim próprio: estamos tão perto uns dos outros. Não há nenhum motivo para acreditarmos que ganhamos se os
outros perderem. Os outros não são outros porque levam muito daquilo que nos pertence e que só pode existir sendo levado por
eles. Eles definem-nos tanto quanto nós os definimos a eles. Eles são nós. Eles somos nós. Se tivermos essa consciência, podemos
usar todo o seu tamanho. Mesmo que pudéssemos existir sozinhos, de olhos fechados, com os ouvidos tapados, seríamos já bastante
grandes, mas existe algo muito maior do que nós. Fazemos parte dessa imensidão. Somos essa imensidão que, vista daqui, parece
infinita.
PEIXOTO, José Luís «Somos a primeira pessoa do plural» [online]: Visão, 2011, atual. 14 dez. 2011. [28 nov. 2012].
Disponível em http://www.joseluispeixoto.net

1.1 B.
1.2 D.
1.3 A.
1.4 B.

GRUPO II

Texto A
1.1 D.
1.2 A.
1.3 C.
1.4 C.
1.5 B.

Texto B
1. O título do texto mostra, à partida, que o narrador é participante: «Eu tinha um nome que estava na moda.»

2. Caracterização direta: baixa, magra e de cara enrugada. Estava sempre ocupada e cheia de pressa, zangava-se com o marido
quando o via brincar com a neta como se fosse uma criança. Era severa e rigorosa com os princípios que considerava importantes:
ser prático e económico.
Caracterização indireta: ao contrário do avô, a avó Ester é pouco dada a carinhos, a ternuras e a brincadeiras. É uma trabalhadora
incansável e para ela a vida é isso – sentido de responsabilidade e trabalho. São esses os valores que quer passar à neta.

3. Rose tem preferência pelo avô porque ele é muito meigo com ela, interessa-se pelo seu bem-estar e dá-lhe muita atenção e amor.

Prova-tipo de Aferição 8.º ano de escolaridade


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4. O tempo verbal que predomina no texto é o pretérito imperfeito. O narrador está a contar, no presente, episódios de um tempo
passado.

5. Descrição da sala de visitas: «Quando o Sol entrava, pela manhã, pelas três janelas da sala de visitas, as paredes muito claras e
alegres encantavam-me. Aconchegava-me no cadeirão fofo…»
Descrição da sala de estar e de jantar: «Na sala de estar, ao mesmo tempo, de jantar, havia um sofá de pelúcia vermelha, por detrás
da mesa. Não era comparável ao da sala de visitas, não só por não ser azul celeste, mas também por estar em vários sítios puído e
desbotado. Nele os avós se sentavam lado a lado…»

6. Trata-se da mãe de Rose. «Era bonita, a minha mãe: a testa alta, os olhos grandes, a trança a contornar-lhe a cabeça como uma
coroa e uma blusa de gola engomada com a rendilha a tocar-lhe nas orelhas, o que lhe realçava o pescoço alto.»

7. B.

GRUPO III

1. Embora – conjunção subordinada concessiva.


Não – advérbio de negação.
Deixar – verbo no infinitivo.
Me – pronome pessoal.

2. Cordialmente: advérbio de predicado; teimosamente: advérbio de frase; em seguida: advérbio conectivo.

3. Era: verbo ser no pretérito imperfeito do indicativo; ser: verbo ser no infinitivo; fora: verbo ser no pretérito mais que perfeito
do indicativo.

4. Como vivo com o meu avô desde sempre conheço-o bem.

5. a. Complemento direto.
b. Predicativo do sujeito.
c. Complemento direto.
d. Complemento indireto.

6. A avó.

GRUPO IV

Resposta pessoal.

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