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O documento discute a natureza jurídica dos planos de previdência privada VGBL, apresentando precedentes do STJ e do TJSP. O STJ entende o VGBL como seguro de vida, enquanto o TJSP analisa cada caso, podendo considerar o VGBL como aplicação financeira se for para burlar direitos como a legítima.
O documento discute a natureza jurídica dos planos de previdência privada VGBL, apresentando precedentes do STJ e do TJSP. O STJ entende o VGBL como seguro de vida, enquanto o TJSP analisa cada caso, podendo considerar o VGBL como aplicação financeira se for para burlar direitos como a legítima.
O documento discute a natureza jurídica dos planos de previdência privada VGBL, apresentando precedentes do STJ e do TJSP. O STJ entende o VGBL como seguro de vida, enquanto o TJSP analisa cada caso, podendo considerar o VGBL como aplicação financeira se for para burlar direitos como a legítima.
NATUREZA DE SEGURO DE VIDA OU APLICAÇÃO FINANCEIRA?
I. PRECEDENTES: NATUREZA DE SEGURO DE VIDA
STJ
1. AgInt nos EDcl no Agravo em Recurso Especial nº 947.006-SP
(2016/0171842-7)
a. “O Tribunal de origem, ao concluir que o Plano de Previdência Privada
(VGBL), mantido pela falecida, tem natureza jurídica de contrato de seguro de vida e não pode ser enquadrado como herança, inexistindo motivo para determinar a colação dos valores recebidos, decidiu em conformidade com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça.”
2. EDcl no REsp 1.618.680-MG (2016/0203938-0)
a. “No mesmo sentido [acerca da natureza jurídica do VGBL] é a
conceituação prevista no sítio eletrônico da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, que, alinhada à disposição contida no artigo 794, do Código Civil, não deixam dúvidas que o VGBL não deverá integrar o acervo hereditário do falecido e não responderá por suas dívidas: ‘VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) são planos por sobrevivência (de seguro de pessoas e de previdência complementar aberta, respectivamente) que, após um período de acumulação de recursos (período de diferimento), proporcionam aos investidores (segurados e participantes) uma renda mensal – que poderá ser vitalícia ou por período determinado – ou um pagamento único. O primeiro (VGBL) é classificado como um seguro de pessoa, enquanto o segundo (PGBL) é um plano de previdência complementar.’”
3. Agravo em Recurso Especial Nº 1.220.961 – SP (2017/0321247-0)
a. “No mais, respeitado o cenário fático delimitado no acórdão, verifica-se
que o entendimento adotado na origem é consonante com a jurisprudência desta Corte, firmada no sentido de que o plano de previdência em questão tem natureza jurídica de contrato de seguro de vida. Dessa forma, os valores recebidos pela recorrida não podem ser enquadrados como herança, não havendo motivo para determinar a sua colação, tampouco para classificá-los como adiantamento de legítima.”
4. Agravo em Recurso Especial Nº 1.204.319 – SP (2017/0292678-3)
a. Verifica-se que o Tribunal de origem, após a análise o contrato de VGBL
firmado pelo de cujus, e dos elementos fático - probatório dos autos, concluiu que o plano de previdência privada firmado pelo falecido possui natureza securitária, não podendo ser incluído na partilha, pois não integra a herança. Dessa forma, não é possível rever o entendimento do acórdão recorrido em razão do óbice da Súmula 7 do STJ. Demais disso, o entendimento da Corte Estadual está em harmonia com a Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a respeito do tema.
II. PRECEDENTES: NATUREZA DE APLICAÇÃO FINANCEIRA
TJ/SP
5. Apelação nº 2034728-43.2017.8.26.0000 – 1ª Câmara de Direito Privado do
TJ-SP
a. “Em que pese determinação legal no sentido de que referidos valores
não se sujeitam ao processo de inventário, devendo ser atribuído o montante existente ao beneficiário indicado, aplicando-se subsidiariamente as regras relativas ao seguro, o fato é que a jurisprudência vem adotando entendimento no sentido de aferir em cada caso a natureza da operação realizada, especialmente verificando se não haveria, por meio da constituição do fundo, burla às limitações do direito de testar (v.g. preservação da legítima) ou direitos de terceiros.
b. Atribuir de forma absoluta o caráter de indenização securitária aos
valores constantes do fundo poderia dar ensejo a que a parte destinasse grande parte de seu patrimônio, violando a legítima dos herdeiros necessários, a beneficiário que não poderia ser de outra forma contemplado.”
6. Apelação nº 2011776-70.2017.8.26.0000 – 6ª Câmara de Direito Privado do
TJ-SP
a. “[C]aso se evidencie que o importe destinado a estes títulos [de
previdência privada] não preservou o seu caráter previdenciário e ostenta natureza de investimento financeiro, deve-se partilhar aos sucessores civis os valores acumulados em plano de previdência complementar, em detrimento dos beneficiários regulamentares ou expressamente indicados pelo de cujus. (...)
b. Ora, neste quadro, tem-se inequívoca a contratação de plano de
previdência complementar VGBL com a finalidade de exclusivo investimento financeiro, visto que os aportes a ele destinados montam quase que a metade do referido patrimônio. De se ressaltar, também, que a falecida contratou referidas aplicações VGBL junto ao BrasilPrev, em 03.10.2010 e em 03.07.2014, ou seja, quando ela já contava com avançada idade (mais de oitenta anos - fls. 06). Por tais razões que não se entende prevalecer o regramento previdenciário ou securitário.”