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A IDADE MÉDIA: UMA LITERATURA SE DEFINE

A produção literária medieval era feita nos mosteiros e os nomes mais representativos são Beda o
Venerável (672-735) que escreveu em Latim a História Eclesiástica do Povo Inglês, os
poetas Caedmon (século VII) e Cynewulf, que em inglês arcaico fizeram versos sobre temas como a
história do velho e do novo testamento e a vida dos mártires e santos cristãos.
Na temática religiosa antiga destaca-se Beowuf escrito por volta do ano 700. Trata-se de um herói
de uma tribo escandinava e suas aventura se passam num período distante. O poema revela a
sensibilidade de um povo com forte sentido de comunidade, que prezava seus guerreiros e as
virtudes do Lord que os protegia, recebendo dele, em troca, total fidelidade.
A partir de 1066 – invasão normanda – o dialeto francês ocupa lugar de destaque na ilha. O gosto
literário é afrancesado, e os “romanescos recitados por menestréis. Um dos exemplos mais
conhecido desse gênero, o ciclo arturiano, narrando as aventuras do Rei Artur e os cavaleiros da
távola redonda. Havia uma literatura em francês para a corte e uma literatura em inglês concentrada
nas mãos da igreja como, por exemplo, o “Ormulum”, escrito no século XII com o objetivo de suprir
as necessidades das almas das classes mais baixas.
Na linha do entretenimento, havia para o povo as baladas, canções curtas narrando histórias de
amor ou aventura de um herói. Um desses é Robin Hood, versão popular dos cavaleiros, heróis dos
cavaleiros da corte. Outra forma de arte popular era a representação de peças sobre milagres ou
mistérios da religião, escritos em inglês medieval.

A RENASCENÇA: O LIMITE A SER EXPLICADO

A Renascença inglesa se inicia no século XII, mas é no Reinado de Elizabeth I, de 1558 a 1603, que
ele produziu condições materiais favoráveis para o desenvolvimento intelectual. O nacionalismo
colabora para que o latim seja suplantado pela língua inglesa.
A poesia alegórica dá lugar a lírica com Sir. Thomas Wyatt, que trouxera da Itália o soneto, forma de
expressão breve.
A prosa ficcional se desenvolve e muitas traduções, historiografia e a ensaística em que brilha Sir.
Francis Bacon (1561-1626).
Na linha pastoril narrativa a obra de maior destaque é “Euphues”, de John Lyly, um tratado de moral,
onde cada incidente é usado como ocasião para um ensinamento.
O teatro é o gênero de maior destaque nesta época sendo incentivado pela Rainha. Embora toda a
literatura inglesa renascentista estivesse sujeita a uma rígida censura política, zelosa para que o
pensamento oficial não fosse contestado. Em 1559, Elizabeth I proíbe peças teatrais cujo tema fosse
a história inglesa, temendo-se referências indiretas ao presente, através do paralelismo histórico.
Não é, portanto, na Dinamarca que Shekespeare localiza seu “algo de podre”.
O primeiro tragediógrafo é Cristopher Marlowe. Seus temas eram a sede de poder, o poder do
dinheiro e as tentações do saber.
A comédia bilha na obra de Bem Jonson (1573-1637) com sátiras que não poupa poetas,
advogados, mercadores, nobres hedonistas e os novos ricos provincianos. Suas peças mais
famosas são Every Man In His Humour, Volpone e The Alchimist.
O dramaturgo maior foi Willian Shakespeare, em cuja obra está muito de sua biografia. Suas
primeiras obras não são dramáticas, são longos os poemas Vênus and Adonis e The Rape of
Lucrece, dedicados ao seu patrono o Conde deSouthampton. E’possível que motivos financeiros
levaram-no a ver melhores possibilidades no teatro.
Num primeiro momento Shekespeare vai buscar assunto na história inglesa.
Em suas comédia o poeta fala de emoções que somos capazes de reconhecer como nossas.
Entre 1601 e 1608 Shekespeare escreve tragédias de intenso pessimismo em relação a vida
como Hamlet, Othelo, Macbeth, King Lear, Julius Caeser e Timon of Athens. Neste período o
elemento trágico conhece profunda exacerbação e a vida humana parece apenas como um conto
narrado por um idiota, cheio de alarido e fúria, nada significand
O SÉCULO XVII: GRANDILOQUÊNCIA E SAGACIDADE

O gênero que mais se destaca é a poesia. Em 1611 a comissão de eruditos nomeados por Jaime
I completou o trabalho da tradução da Bíblia em inglês que muito influenciou leitores e escritores
britânicos.
Na corte de Carlos I, antes da sua execução, pelos puritanos, cantava-se o amor em poemas
livres, em que um cavalheiro louvava as belezas de sua dama e a convivência, com palavras
corteses, atribuir seu amor galante.
Um expoente da poesia da época, John Donne tinha a capacidade de transformar qualquer
assunto em poesia. Escreveu inclusive poesia religiosa dando a impressão de discussão com Deus,
temperado pelo medo e pela dúvida maior do que devoção sincera.
John Milton (1608-1674) participou da luta entre puritanos e anglicanos e passou grande parte de
sua juventude entre livros, o que explica seu intelectualismo e pouca simpatia às fraquezas humanas
de sua poesia. Entre suas primeiras obras destaca-se Comus, peça de moralidade encenada em
casas particulares, que revela sua visão de mundo: uma jovem virtuosa tentada pelos prazeres
mundanos descritos pelo mágico Comus, resiste com as virtudes da austeridade, que triunfa no final.
São deste período Lycida, elegia pastoril e os poemas L’Alegro e Il Penseroso.
Durante a Guerra Civil de 1642 a 1647, Milton escreve panfletos defendendo a causa puritana, o
regicídio, o divórcio e a liberdade de imprensa.
Após a restauração da República, Milton se dedica a poesia e escreveParadise Lost – épico que
narra a queda de Adão. Em seguida, escreve Paradise Regained – outro épico contando a vida de
Cristo. Seu último trabalho foi Sanson Agoniste, herói bíblico, tentado pelos prazeres, mas lutando
para manter seus princípios morais. A revolução puritana fracassou com a restauração da
monarquia, mas mudou o espírito da Inglaterra. Novos tempos de tolerância, diminuição do poder do
Rei e da Igreja.

A RESTAURAÇÃO E SÉCULO XVII: A RAZÃO E O ARTIFICIALISMO

Depois da aventura republicana, o mais importante poeta da restauração foi John Drydem (1531-
1700). Ele foi o primeiro saudar a nova era comparando-a ao ocorrido no Império Romano de Otávio
Augusto César (31 A. C).
Há em seus poemas uma preocupação com a forma, com a elaboração de versos nos quais a
simplicidade e a elegância se unem em busca do equilíbrio. Seus cânones classicizantes influenciam
a poesia do século XVII, especialmente, Alexandre Pope (1688-1700), o mais clássico dos poetas
ingleses, com perfeição formal, mas com uma visão de mundo que deixa a desejar.
O poema de Pope mais conhecido é The Rape of The Lock, em que satiriza os hábitos ridículos e
pretensiosos da sociedade em que vive.
Uma das primeiras providências de Carlos II foi a de reabrir os teatros fechados pelos puritanos.
A melhor criação teatral dessa época foi comédia de costumes, com seus estereótipos – o velho
solteirão e avarento, o herói debochado, a jovem rica e cheia de pretendentes.
São de Sir Geoge Etherege (1635-1692) as primeiras comédias de costumes inglesas retratando
o mundo galante e fútil das damas e cavalheiros da corte inglesa como é o caso The Man of Mode e
Love in the Tub.
Willian Congreve (1670-1729) atinge a perfeição da comédia de costumes. The Way of the
World torna-o mais conhecido, com sua denúncia de uma sociedade em que o esperto vence o
honesto, o elegante derrota o simples e a obediência à convenção social é o único modo de um
homem chegar ao sucesso.
Richard Brinsley Seridan (1751-1816) é considerado um dos maiores comediógrafos ingleses.
Sua técnica está bem representada em The School for Scandal, The Rivals, The Critic.
A mais original comédia de costumes do século XVII é The Beggar’s Opera deJohn Gay (1685-
1732) um misto de teatro e ópera.
O teatro sai de cena e o romance caminha para o centro das atenções da literatura do seculo XIX.
Panorâmica de Lisboa Pote com asas
O ROMANTISMO: AVENTURA DA IMAGINAÇÃO

O poeta romântico foi individualista sem perder a visão do social.


Uma voz prenunciava o romantismo na Inglaterra: William Blake (1757-1827).Blake foi defensor
da superioridade da imaginação, cujo exercício permitiria ao homem atingir a verdade; louvou as
revoluções francesa e americana vendo nelas a redenção do homem prometido pela bíblia. Em The
Marriage of Heaven and Hellestão seus provérbios contundentes, nos quais revela uma visão aguda
dos males da sociedade. Em Song of Innocense e Song of Experience relata as duas faces
experiênçia, do ponto de vista da criança, estágio ideal, e a do ponto de vista do adulto, em que
predomina a mesquinharia e a repressão.
Samuel Taylor Coleridge trouxe para o romantismo o exótico e o sobrenatural. Seus poemas dá
total liberdade , compondo versos cheio de magia e mistério. Interessou-se tambem pela filosofia e à
crítica literária.
George Gordon (1788-1824), mais conhecido como Lord Byron, é o protótipo da imagem
libertária e aventureira. É um dos responsáveis pelo “mal do século”. Sua obra mais conhecida é
Childe Harold’s Pelgrimage, onde relata suas pereginações pela europa. Sua obra prima é o poema
Don Juan, onde critica a hipocrisia, a cobiça e a opressão que vê na sociedade da época
Keats (1795-1821) foi o cantor inspirado da beleza de sua transitoriedade, da alegria e do amor.
Sua poesia se destaca pela elegância dos versos e pelo sensualismo. A imortalidade do belo, como
o canto do rouxinol, em Ode Tonightngaze, ou La Belle Dame Sans Merci. Neste a “mulher fatal”dos
românticos é idealizadamente sedutora, é mais uma vez a causa da destruição do homem. Alguns
vêem na Bella Dame a personalização da tuberculose que destrói o poeta aos 26 anos de idade.
Walter Scott (1771-1832) iniciou sua carreira como poeta, mas consagrou-se como iniciador do
romance histórico. Escreveu vários romances sobre a história do seu país, a Escócia,
como Waverlay, The Bride of Lammermoor e Guy Manering.

A ERA VITORIANA: O ROMANCE DOMINA A CENA

Charles Didkins (1812-1870), o maior entre os vitorianos possui obra diversificada, caracterizada
pelo humor e pala vida. A publicação em fascículos mensais deu à sua obra uma estrutura episódica.
Em sua primeira obra, Pickwick Papaer, em que narra as aventuras quixotescas de Mr. Pickwick e
seu impagável criado Sam Weller; a consiência do poder do mal em Oliver Twist; o sentimentalismo
e a denúncia social nas aventura de David Copperfield, o ataque ao poder do dinheiro em Bleak
House e Great Expectation ( o mais estruturado de seus romances)
As irmãs Bronte deram importante contribuição feminina ao romance inglês. Além de alguns
poemas Emily escreveu um só romance, Wuthering Heights. Charlote conheceu o sucesso
com Villette, Shirley e Jane Eyre. Este último delineia a personalidade pragmática de Jane, a jovem
governanta apaixonada pelo patrão e que pensas não ter ilusão. Sutilmente questiona alguns mitos
da época. Alude a injustiça da posição da mulher instruída que só parece ser governanta.
A poesia vitoriana foi influenciada por John Ruski (1819-1900) pensador que defendeu o culto do
prazer estético. Entre esses poetas destaca-se Dante Gabriel Rossetti (1828-1882). Para ele, a
poesia era a celebração do belo não havendo lugar para o discurso dos problemas da época. The
Blessed Damozel é sua melhor obra. Também se destaca nos versos vitorianos Alfred
Tennyson (1809-1892), os Bowning, Robert e Elizabeth.
O FIM DO SÉCULO: CONTINUADORES, OPOSITORES E PROFETAS

Com a morte da Rainha Vitória a cena literária sofre mudanças. Novas tendências influenciam e
convivem com padrões consagrados.
Os continuadores e os oponentes representam o que as denominações indicam: continuar ou
criticar o espírito vitoriano.
Os profetas são os artistas que mantenha uma afinidade com os pré-rafaelistas ou uma Geroge
Eliot, preconizando novos rumos. Para o individualismo e a sensibilidade se apresenta o valor mais
alto que o espírito social e moralidade. A literatura produzida por eles será mais consciente e
artística, mais propriamente insular.
Rudyard Kipling (1865-1936) poeta, contista e romancista e um continuador. Transparece em sua
obra a certeza de que os grandes triunfos da era vitoriana não desaparecerão nunca e que nenhum
preço é demais para garantir a supremacia britânica. Sua ideologia pode nos ferir a sensibilidade.
Thomas Hardy (1840-1928), romancista e poeta, pode ser considerado o último dos vitorianos
pela cronologia. Porém, e um antivitoriano, enquanto despreza os valores da época que se
extinguia, como o otimismo materialista e imperialista. Sua visão de mundo é pessimista,
perpassada por um acentuado sentido trágico da vida.
Entre os oponentes destaca-se Samuel Butler (1835-1902). Poucas das instituições vitorianas
escaparam às suas irônicas investidas. Erewhon – anagrama de “nowere” é um dos seus maiores
conhecidos romances, nele encontramos uma sátira a moda de Thomas More.
Os integrantes do movimento esteticismo são oponentes ao vitorianismo e os profeta enquanto
defendem a arte pela arte. O maior representante desse movimento é Oscar Wilde (1854-1900).
Poeta e pensador Wilde se destaca com o romance The Picture of Dorian Gray. Nele o herói
hedonista, repetindo europeu deFausto, vende sua alma em troca de preservação de sua beleza
física.
Falar em teatro é falar de George Bernad Shaw (1856-1950). Fez defesa apaixonada ao
individualismo em ensaios e peças. Foi socialista e um dos fundadores da Fabian Society.
Modernizou o mito de Pigmaleão. O teatro irlandês teve grande influência no desenvolvimento do
teatro moderno na Inglaterra.
Uma grande expressão do romance como grande arte foi Joseph Conrad(1857-1824). Publica
seu primeiro romance Almayer’s Folly, aos 40 anos de idade. Em Lord Jim e The Heast of Darkness,
Conrad usa o mar e as viagens como meio de exploração do maior dos mistérios: o homem.
Há muitos romancistas no período como H. G. Wells (1866-1946) criou a moderna ficção
cientifica, em obras The Time Machine, a fascinante história de um viajante no tempo. The War of
The Worlds, que trata da invasão de marcianos.
Continuadores, oponentes e profetas deixaram sua marca na literatura inglesa.
O SÉCULO XX: VARIEDADE E COMPLEXIDADE

A grande figura da nova poesia é T. S. Eliot (1888-1965), poeta, crítico, dramaturgo. Em sua
poesia há aliança da superficialidade e da seriedade que louvara na poesia de John Done. Suas
imagens são complexas e ao mesmo tempo um tom de conversação usando palavras comuns. Seus
poemas mais significativos são: Prufrock na Other Observation, livro publicado em 1917, The Lost
Song of J. Alfred Prufrock, em que enfatiza a frustração e a trivialidade da vida individual num mundo
onde impera a decadência. A obra máxima foi publicada em 1922 com o título The Waste Land. Esse
longo e complexo poema não segue uma organização rígida, e, desse ângulo reflete o caos do
mundo moderno.
No século XX, com a expansão do público leitor o artista não compartilha mais com ele um
conhecimento comum, ele não pode mais narra com autoridade de seus predecessores nem mesmo
usar a mesma técnica sob pena de falsear a realidade.
James Joyce (1882-1941) moderniza o romance a ponto de tornar sua leitura dificílima.
Em Finnegans Wake procura reproduzir a estrutura de um sonho: palavras são distorcidas juntadas
umas às outra, o ritmo é tão importante quanto à poesia.
Em Ulisses, Joyce reúne os temas da sua cidade. Tudo se passa em Dublin, no dia 16 de junho
de 1904. Foi um escândalo literário, não só pela audácia das formas como pela franqueza com
tratava os pensamentos mais íntimos dos personagens, expostos claramente no registro do fluxo de
suas consciências.
H. Lawrence (1885-1930) revolucionou o romance especialmente pela concepção de mundo. Nos
romances como Lady Chatterley’s Lovers, The Rainbow e Women in Love, a paixão e o sexo são
visto como a única defesa possível da vida contra as forças destrutivas da civilização. Em Sons and
Lovers, trata do amor edipiano.
Aldous Husley (1894-1963) captou bem certos aspectos do mundo entre guerras, onde já se dera
a ruptura da estabilidade otimista vitoriano. O progresso científico é visto criticamente, para quem a
ciência não poderá nunca eliminar a tolice do homem. Brave New World passa uma visão de um
futuro em que a tecnologia acabou com o sofrimento, mas também com a grandeza do homem.
George Orwell (1903-1950) escreveu, inicialmente, romance de cunho social enfocando aspectos
da realidade dos anos 30. Seu último romance –1984- é uma previsão de um futuro sonbrio, com um
Estado totalitário fiscalizando tudo.
O poeta mais representativo desse período é W. H. Auden (1907-1973). Auden foi capaz de dar
voz à atmosfera de seu tempo, trazendo a vida política para a poesia. Suas melhores obras
são: The Age of Anxiety e None.
O PÓS-GUERRA: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Terminada a guerra, a economia inglesa estava destruída e só foi se refazendo aos poucos com
a ajuda norte-americana. O lento aquecimento da economia impacientava os jovens. Reagindo a
esse estado de coisa, aparece na literatura inglesa um grupo de jovens romancistas, teatrólogos e
poetas chamados de “Angry Young Man”.
O único teatrólogo angry de importância é John Osborne. Sua intensa expressão dramática é
encontrada já na sua primeira peça Look Back in Anger(1956), com seu atormentado Jimmy Porter,
vítima das transformações por que passava a sociedade inglesa. Em peças posteriores como Luther
(1961) ou A Patriot For Me, Osborne deixa de lado sua ira contra as causas da problemática
econômica e social e dedica-se mais aos conflitos de caráter pessoal como a solidão ou a coerência
ideológica, já se afastando do teatro tipicamente angry.
Os principais romancistas que escrevem antes e durante e depois dos jovens irados, destacam-
se Evelyn Waugh e Graham Greene.
A mais importante figura da literatura inglesa atual, Doris Lessing, tem se mostrado uma
ficcionista fecunda, tendo produzido até ficção científca, nasérieCanapus in Argos: Archives. De
tendência socialista, já une esse temas em seus primeiros romances, como a trilogia Children of
Violence, iniciada em 1952.Lessing também se perocupa com a condição da mulher em nossa
sociedade, em romances como The Golden Notebook (1962) ou The Summer Before the
Dark(1973).
O teatro percorre diversos caminhos, entre os quais se destaca o teatro do absurdo, cujo o maior
representante é Samuel Beckett. Sua peça mais conhecida é Waitting for Godot (1953), uma
contundente análise da condição humana atual. Dois mendigos esperam pelo misterioso Godot,
numa metáfora ao desespero do homem em sua inútil espera de algo que lhe dê sentido à vida.
Também a esse teatro pertence Harold Pinter. Em peças como The Caretaker (1960), The Collection
(1962) ou Old Time (1960), Pinter tem abordado dilemas de nosso tempo como a alienação, o
isolamento e falta de comunicação entre as pessoas.
A poesia tem conhecido diversas manifestações, como a continuação da tradição romântica
com Dylan Thomas, ou as experiências concretistas de Jan Hamilton Finlay. Ted Hughes tem
produzido uma poesia que reflete a angústia do homem atual. Seu poema mais famoso
é Crow (1970), em que rejeita a irracionalidade e a violência, em que rejeita os valores de nossa
civilização.
A IDADE MÉDIA: UMA LITERATURA SE DEFINE

A produção literária medieval era feita nos mosteiros e os nomes mais representativos são Beda o
Venerável (672-735) que escreveu em Latim a História Eclesiástica do Povo Inglês, os
poetas Caedmon (século VII) e Cynewulf, que em inglês arcaico fizeram versos sobre temas como a
história do velho e do novo testamento e a vida dos mártires e santos cristãos.
Na temática religiosa antiga destaca-se Beowuf escrito por volta do ano 700. Trata-se de um herói
de uma tribo escandinava e suas aventura se passam num período distante. O poema revela a
sensibilidade de um povo com forte sentido de comunidade, que prezava seus guerreiros e as
virtudes do Lord que os protegia, recebendo dele, em troca, total fidelidade.
A partir de 1066 – invasão normanda – o dialeto francês ocupa lugar de destaque na ilha. O gosto
literário é afrancesado, e os “romanescos recitados por menestréis. Um dos exemplos mais
conhecido desse gênero, o ciclo arturiano, narrando as aventuras do Rei Artur e os cavaleiros da
távola redonda. Havia uma literatura em francês para a corte e uma literatura em inglês concentrada
nas mãos da igreja como, por exemplo, o “Ormulum”, escrito no século XII com o objetivo de suprir
as necessidades das almas das classes mais baixas.
Na linha do entretenimento, havia para o povo as baladas, canções curtas narrando histórias de
amor ou aventura de um herói. Um desses é Robin Hood, versão popular dos cavaleiros, heróis dos
cavaleiros da corte. Outra forma de arte popular era a representação de peças sobre milagres ou
mistérios da religião, escritos em inglês medieval.

A RENASCENÇA: O LIMITE A SER EXPLICADO

A Renascença inglesa se inicia no século XII, mas é no Reinado de Elizabeth I, de 1558 a 1603, que
ele produziu condições materiais favoráveis para o desenvolvimento intelectual. O nacionalismo
colabora para que o latim seja suplantado pela língua inglesa.
A poesia alegórica dá lugar a lírica com Sir. Thomas Wyatt, que trouxera da Itália o soneto, forma de
expressão breve.
A prosa ficcional se desenvolve e muitas traduções, historiografia e a ensaística em que brilha Sir.
Francis Bacon (1561-1626).
Na linha pastoril narrativa a obra de maior destaque é “Euphues”, de John Lyly, um tratado de moral,
onde cada incidente é usado como ocasião para um ensinamento.
O teatro é o gênero de maior destaque nesta época sendo incentivado pela Rainha. Embora toda a
literatura inglesa renascentista estivesse sujeita a uma rígida censura política, zelosa para que o
pensamento oficial não fosse contestado. Em 1559, Elizabeth I proíbe peças teatrais cujo tema fosse
a história inglesa, temendo-se referências indiretas ao presente, através do paralelismo histórico.
Não é, portanto, na Dinamarca que Shekespeare localiza seu “algo de podre”.
O primeiro tragediógrafo é Cristopher Marlowe. Seus temas eram a sede de poder, o poder do
dinheiro e as tentações do saber.
A comédia bilha na obra de Bem Jonson (1573-1637) com sátiras que não poupa poetas,
advogados, mercadores, nobres hedonistas e os novos ricos provincianos. Suas peças mais
famosas são Every Man In His Humour, Volpone e The Alchimist.
O dramaturgo maior foi Willian Shakespeare, em cuja obra está muito de sua biografia. Suas
primeiras obras não são dramáticas, são longos os poemas Vênus and Adonis e The Rape of
Lucrece, dedicados ao seu patrono o Conde deSouthampton. E’possível que motivos financeiros
levaram-no a ver melhores possibilidades no teatro.
Num primeiro momento Shekespeare vai buscar assunto na história inglesa.
Em suas comédia o poeta fala de emoções que somos capazes de reconhecer como nossas.
Entre 1601 e 1608 Shekespeare escreve tragédias de intenso pessimismo em relação a vida
como Hamlet, Othelo, Macbeth, King Lear, Julius Caeser e Timon of Athens. Neste período o
elemento trágico conhece profunda exacerbação e a vida humana parece apenas como um conto
narrado por um idiota, cheio de alarido e fúria, nada significand
O SÉCULO XVII: GRANDILOQUÊNCIA E SAGACIDADE

O gênero que mais se destaca é a poesia. Em 1611 a comissão de eruditos nomeados por Jaime
I completou o trabalho da tradução da Bíblia em inglês que muito influenciou leitores e escritores
britânicos.
Na corte de Carlos I, antes da sua execução, pelos puritanos, cantava-se o amor em poemas
livres, em que um cavalheiro louvava as belezas de sua dama e a convivência, com palavras
corteses, atribuir seu amor galante.
Um expoente da poesia da época, John Donne tinha a capacidade de transformar qualquer
assunto em poesia. Escreveu inclusive poesia religiosa dando a impressão de discussão com Deus,
temperado pelo medo e pela dúvida maior do que devoção sincera.
John Milton (1608-1674) participou da luta entre puritanos e anglicanos e passou grande parte de
sua juventude entre livros, o que explica seu intelectualismo e pouca simpatia às fraquezas humanas
de sua poesia. Entre suas primeiras obras destaca-se Comus, peça de moralidade encenada em
casas particulares, que revela sua visão de mundo: uma jovem virtuosa tentada pelos prazeres
mundanos descritos pelo mágico Comus, resiste com as virtudes da austeridade, que triunfa no final.
São deste período Lycida, elegia pastoril e os poemas L’Alegro e Il Penseroso.
Durante a Guerra Civil de 1642 a 1647, Milton escreve panfletos defendendo a causa puritana, o
regicídio, o divórcio e a liberdade de imprensa.
Após a restauração da República, Milton se dedica a poesia e escreveParadise Lost – épico que
narra a queda de Adão. Em seguida, escreve Paradise Regained – outro épico contando a vida de
Cristo. Seu último trabalho foi Sanson Agoniste, herói bíblico, tentado pelos prazeres, mas lutando
para manter seus princípios morais. A revolução puritana fracassou com a restauração da
monarquia, mas mudou o espírito da Inglaterra. Novos tempos de tolerância, diminuição do poder do
Rei e da Igreja.

A RESTAURAÇÃO E SÉCULO XVII: A RAZÃO E O ARTIFICIALISMO

Depois da aventura republicana, o mais importante poeta da restauração foi John Drydem (1531-
1700). Ele foi o primeiro saudar a nova era comparando-a ao ocorrido no Império Romano de Otávio
Augusto César (31 A. C).
Há em seus poemas uma preocupação com a forma, com a elaboração de versos nos quais a
simplicidade e a elegância se unem em busca do equilíbrio. Seus cânones classicizantes influenciam
a poesia do século XVII, especialmente, Alexandre Pope (1688-1700), o mais clássico dos poetas
ingleses, com perfeição formal, mas com uma visão de mundo que deixa a desejar.
O poema de Pope mais conhecido é The Rape of The Lock, em que satiriza os hábitos ridículos e
pretensiosos da sociedade em que vive.
Uma das primeiras providências de Carlos II foi a de reabrir os teatros fechados pelos puritanos.
A melhor criação teatral dessa época foi comédia de costumes, com seus estereótipos – o velho
solteirão e avarento, o herói debochado, a jovem rica e cheia de pretendentes.
São de Sir Geoge Etherege (1635-1692) as primeiras comédias de costumes inglesas retratando
o mundo galante e fútil das damas e cavalheiros da corte inglesa como é o caso The Man of Mode e
Love in the Tub.
Willian Congreve (1670-1729) atinge a perfeição da comédia de costumes. The Way of the
World torna-o mais conhecido, com sua denúncia de uma sociedade em que o esperto vence o
honesto, o elegante derrota o simples e a obediência à convenção social é o único modo de um
homem chegar ao sucesso.
Richard Brinsley Seridan (1751-1816) é considerado um dos maiores comediógrafos ingleses.
Sua técnica está bem representada em The School for Scandal, The Rivals, The Critic.
A mais original comédia de costumes do século XVII é The Beggar’s Opera deJohn Gay (1685-
1732) um misto de teatro e ópera.
O teatro sai de cena e o romance caminha para o centro das atenções da literatura do seculo XIX.
Panorâmica de Lisboa Pote com asas
O ROMANTISMO: AVENTURA DA IMAGINAÇÃO

O poeta romântico foi individualista sem perder a visão do social.


Uma voz prenunciava o romantismo na Inglaterra: William Blake (1757-1827).Blake foi defensor
da superioridade da imaginação, cujo exercício permitiria ao homem atingir a verdade; louvou as
revoluções francesa e americana vendo nelas a redenção do homem prometido pela bíblia. Em The
Marriage of Heaven and Hellestão seus provérbios contundentes, nos quais revela uma visão aguda
dos males da sociedade. Em Song of Innocense e Song of Experience relata as duas faces
experiênçia, do ponto de vista da criança, estágio ideal, e a do ponto de vista do adulto, em que
predomina a mesquinharia e a repressão.
Samuel Taylor Coleridge trouxe para o romantismo o exótico e o sobrenatural. Seus poemas dá
total liberdade , compondo versos cheio de magia e mistério. Interessou-se tambem pela filosofia e à
crítica literária.
George Gordon (1788-1824), mais conhecido como Lord Byron, é o protótipo da imagem
libertária e aventureira. É um dos responsáveis pelo “mal do século”. Sua obra mais conhecida é
Childe Harold’s Pelgrimage, onde relata suas pereginações pela europa. Sua obra prima é o poema
Don Juan, onde critica a hipocrisia, a cobiça e a opressão que vê na sociedade da época
Keats (1795-1821) foi o cantor inspirado da beleza de sua transitoriedade, da alegria e do amor.
Sua poesia se destaca pela elegância dos versos e pelo sensualismo. A imortalidade do belo, como
o canto do rouxinol, em Ode Tonightngaze, ou La Belle Dame Sans Merci. Neste a “mulher fatal”dos
românticos é idealizadamente sedutora, é mais uma vez a causa da destruição do homem. Alguns
vêem na Bella Dame a personalização da tuberculose que destrói o poeta aos 26 anos de idade.
Walter Scott (1771-1832) iniciou sua carreira como poeta, mas consagrou-se como iniciador do
romance histórico. Escreveu vários romances sobre a história do seu país, a Escócia,
como Waverlay, The Bride of Lammermoor e Guy Manering.

A ERA VITORIANA: O ROMANCE DOMINA A CENA

Charles Didkins (1812-1870), o maior entre os vitorianos possui obra diversificada, caracterizada
pelo humor e pala vida. A publicação em fascículos mensais deu à sua obra uma estrutura episódica.
Em sua primeira obra, Pickwick Papaer, em que narra as aventuras quixotescas de Mr. Pickwick e
seu impagável criado Sam Weller; a consiência do poder do mal em Oliver Twist; o sentimentalismo
e a denúncia social nas aventura de David Copperfield, o ataque ao poder do dinheiro em Bleak
House e Great Expectation ( o mais estruturado de seus romances)
As irmãs Bronte deram importante contribuição feminina ao romance inglês. Além de alguns
poemas Emily escreveu um só romance, Wuthering Heights. Charlote conheceu o sucesso
com Villette, Shirley e Jane Eyre. Este último delineia a personalidade pragmática de Jane, a jovem
governanta apaixonada pelo patrão e que pensas não ter ilusão. Sutilmente questiona alguns mitos
da época. Alude a injustiça da posição da mulher instruída que só parece ser governanta.
A poesia vitoriana foi influenciada por John Ruski (1819-1900) pensador que defendeu o culto do
prazer estético. Entre esses poetas destaca-se Dante Gabriel Rossetti (1828-1882). Para ele, a
poesia era a celebração do belo não havendo lugar para o discurso dos problemas da época. The
Blessed Damozel é sua melhor obra. Também se destaca nos versos vitorianos Alfred
Tennyson (1809-1892), os Bowning, Robert e Elizabeth.
O FIM DO SÉCULO: CONTINUADORES, OPOSITORES E PROFETAS

Com a morte da Rainha Vitória a cena literária sofre mudanças. Novas tendências influenciam e
convivem com padrões consagrados.
Os continuadores e os oponentes representam o que as denominações indicam: continuar ou
criticar o espírito vitoriano.
Os profetas são os artistas que mantenha uma afinidade com os pré-rafaelistas ou uma Geroge
Eliot, preconizando novos rumos. Para o individualismo e a sensibilidade se apresenta o valor mais
alto que o espírito social e moralidade. A literatura produzida por eles será mais consciente e
artística, mais propriamente insular.
Rudyard Kipling (1865-1936) poeta, contista e romancista e um continuador. Transparece em sua
obra a certeza de que os grandes triunfos da era vitoriana não desaparecerão nunca e que nenhum
preço é demais para garantir a supremacia britânica. Sua ideologia pode nos ferir a sensibilidade.
Thomas Hardy (1840-1928), romancista e poeta, pode ser considerado o último dos vitorianos
pela cronologia. Porém, e um antivitoriano, enquanto despreza os valores da época que se
extinguia, como o otimismo materialista e imperialista. Sua visão de mundo é pessimista,
perpassada por um acentuado sentido trágico da vida.
Entre os oponentes destaca-se Samuel Butler (1835-1902). Poucas das instituições vitorianas
escaparam às suas irônicas investidas. Erewhon – anagrama de “nowere” é um dos seus maiores
conhecidos romances, nele encontramos uma sátira a moda de Thomas More.
Os integrantes do movimento esteticismo são oponentes ao vitorianismo e os profeta enquanto
defendem a arte pela arte. O maior representante desse movimento é Oscar Wilde (1854-1900).
Poeta e pensador Wilde se destaca com o romance The Picture of Dorian Gray. Nele o herói
hedonista, repetindo europeu deFausto, vende sua alma em troca de preservação de sua beleza
física.
Falar em teatro é falar de George Bernad Shaw (1856-1950). Fez defesa apaixonada ao
individualismo em ensaios e peças. Foi socialista e um dos fundadores da Fabian Society.
Modernizou o mito de Pigmaleão. O teatro irlandês teve grande influência no desenvolvimento do
teatro moderno na Inglaterra.
Uma grande expressão do romance como grande arte foi Joseph Conrad(1857-1824). Publica
seu primeiro romance Almayer’s Folly, aos 40 anos de idade. Em Lord Jim e The Heast of Darkness,
Conrad usa o mar e as viagens como meio de exploração do maior dos mistérios: o homem.
Há muitos romancistas no período como H. G. Wells (1866-1946) criou a moderna ficção
cientifica, em obras The Time Machine, a fascinante história de um viajante no tempo. The War of
The Worlds, que trata da invasão de marcianos.
Continuadores, oponentes e profetas deixaram sua marca na literatura inglesa.
O SÉCULO XX: VARIEDADE E COMPLEXIDADE

A grande figura da nova poesia é T. S. Eliot (1888-1965), poeta, crítico, dramaturgo. Em sua
poesia há aliança da superficialidade e da seriedade que louvara na poesia de John Done. Suas
imagens são complexas e ao mesmo tempo um tom de conversação usando palavras comuns. Seus
poemas mais significativos são: Prufrock na Other Observation, livro publicado em 1917, The Lost
Song of J. Alfred Prufrock, em que enfatiza a frustração e a trivialidade da vida individual num mundo
onde impera a decadência. A obra máxima foi publicada em 1922 com o título The Waste Land. Esse
longo e complexo poema não segue uma organização rígida, e, desse ângulo reflete o caos do
mundo moderno.
No século XX, com a expansão do público leitor o artista não compartilha mais com ele um
conhecimento comum, ele não pode mais narra com autoridade de seus predecessores nem mesmo
usar a mesma técnica sob pena de falsear a realidade.
James Joyce (1882-1941) moderniza o romance a ponto de tornar sua leitura dificílima.
Em Finnegans Wake procura reproduzir a estrutura de um sonho: palavras são distorcidas juntadas
umas às outra, o ritmo é tão importante quanto à poesia.
Em Ulisses, Joyce reúne os temas da sua cidade. Tudo se passa em Dublin, no dia 16 de junho
de 1904. Foi um escândalo literário, não só pela audácia das formas como pela franqueza com
tratava os pensamentos mais íntimos dos personagens, expostos claramente no registro do fluxo de
suas consciências.
H. Lawrence (1885-1930) revolucionou o romance especialmente pela concepção de mundo. Nos
romances como Lady Chatterley’s Lovers, The Rainbow e Women in Love, a paixão e o sexo são
visto como a única defesa possível da vida contra as forças destrutivas da civilização. Em Sons and
Lovers, trata do amor edipiano.
Aldous Husley (1894-1963) captou bem certos aspectos do mundo entre guerras, onde já se dera
a ruptura da estabilidade otimista vitoriano. O progresso científico é visto criticamente, para quem a
ciência não poderá nunca eliminar a tolice do homem. Brave New World passa uma visão de um
futuro em que a tecnologia acabou com o sofrimento, mas também com a grandeza do homem.
George Orwell (1903-1950) escreveu, inicialmente, romance de cunho social enfocando aspectos
da realidade dos anos 30. Seu último romance –1984- é uma previsão de um futuro sonbrio, com um
Estado totalitário fiscalizando tudo.
O poeta mais representativo desse período é W. H. Auden (1907-1973). Auden foi capaz de dar
voz à atmosfera de seu tempo, trazendo a vida política para a poesia. Suas melhores obras
são: The Age of Anxiety e None.
O PÓS-GUERRA: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Terminada a guerra, a economia inglesa estava destruída e só foi se refazendo aos poucos com
a ajuda norte-americana. O lento aquecimento da economia impacientava os jovens. Reagindo a
esse estado de coisa, aparece na literatura inglesa um grupo de jovens romancistas, teatrólogos e
poetas chamados de “Angry Young Man”.
O único teatrólogo angry de importância é John Osborne. Sua intensa expressão dramática é
encontrada já na sua primeira peça Look Back in Anger(1956), com seu atormentado Jimmy Porter,
vítima das transformações por que passava a sociedade inglesa. Em peças posteriores como Luther
(1961) ou A Patriot For Me, Osborne deixa de lado sua ira contra as causas da problemática
econômica e social e dedica-se mais aos conflitos de caráter pessoal como a solidão ou a coerência
ideológica, já se afastando do teatro tipicamente angry.
Os principais romancistas que escrevem antes e durante e depois dos jovens irados, destacam-
se Evelyn Waugh e Graham Greene.
A mais importante figura da literatura inglesa atual, Doris Lessing, tem se mostrado uma
ficcionista fecunda, tendo produzido até ficção científca, nasérieCanapus in Argos: Archives. De
tendência socialista, já une esse temas em seus primeiros romances, como a trilogia Children of
Violence, iniciada em 1952.Lessing também se perocupa com a condição da mulher em nossa
sociedade, em romances como The Golden Notebook (1962) ou The Summer Before the
Dark(1973).
O teatro percorre diversos caminhos, entre os quais se destaca o teatro do absurdo, cujo o maior
representante é Samuel Beckett. Sua peça mais conhecida é Waitting for Godot (1953), uma
contundente análise da condição humana atual. Dois mendigos esperam pelo misterioso Godot,
numa metáfora ao desespero do homem em sua inútil espera de algo que lhe dê sentido à vida.
Também a esse teatro pertence Harold Pinter. Em peças como The Caretaker (1960), The Collection
(1962) ou Old Time (1960), Pinter tem abordado dilemas de nosso tempo como a alienação, o
isolamento e falta de comunicação entre as pessoas.
A poesia tem conhecido diversas manifestações, como a continuação da tradição romântica
com Dylan Thomas, ou as experiências concretistas de Jan Hamilton Finlay. Ted Hughes tem
produzido uma poesia que reflete a angústia do homem atual. Seu poema mais famoso
é Crow (1970), em que rejeita a irracionalidade e a violência, em que rejeita os valores de nossa
civilização.
A IDADE MÉDIA: UMA LITERATURA SE DEFINE

A produção literária medieval era feita nos mosteiros e os nomes mais representativos são Beda o
Venerável (672-735) que escreveu em Latim a História Eclesiástica do Povo Inglês, os
poetas Caedmon (século VII) e Cynewulf, que em inglês arcaico fizeram versos sobre temas como a
história do velho e do novo testamento e a vida dos mártires e santos cristãos.
Na temática religiosa antiga destaca-se Beowuf escrito por volta do ano 700. Trata-se de um herói
de uma tribo escandinava e suas aventura se passam num período distante. O poema revela a
sensibilidade de um povo com forte sentido de comunidade, que prezava seus guerreiros e as
virtudes do Lord que os protegia, recebendo dele, em troca, total fidelidade.
A partir de 1066 – invasão normanda – o dialeto francês ocupa lugar de destaque na ilha. O gosto
literário é afrancesado, e os “romanescos recitados por menestréis. Um dos exemplos mais
conhecido desse gênero, o ciclo arturiano, narrando as aventuras do Rei Artur e os cavaleiros da
távola redonda. Havia uma literatura em francês para a corte e uma literatura em inglês concentrada
nas mãos da igreja como, por exemplo, o “Ormulum”, escrito no século XII com o objetivo de suprir
as necessidades das almas das classes mais baixas.
Na linha do entretenimento, havia para o povo as baladas, canções curtas narrando histórias de
amor ou aventura de um herói. Um desses é Robin Hood, versão popular dos cavaleiros, heróis dos
cavaleiros da corte. Outra forma de arte popular era a representação de peças sobre milagres ou
mistérios da religião, escritos em inglês medieval.

A RENASCENÇA: O LIMITE A SER EXPLICADO

A Renascença inglesa se inicia no século XII, mas é no Reinado de Elizabeth I, de 1558 a 1603, que
ele produziu condições materiais favoráveis para o desenvolvimento intelectual. O nacionalismo
colabora para que o latim seja suplantado pela língua inglesa.
A poesia alegórica dá lugar a lírica com Sir. Thomas Wyatt, que trouxera da Itália o soneto, forma de
expressão breve.
A prosa ficcional se desenvolve e muitas traduções, historiografia e a ensaística em que brilha Sir.
Francis Bacon (1561-1626).
Na linha pastoril narrativa a obra de maior destaque é “Euphues”, de John Lyly, um tratado de moral,
onde cada incidente é usado como ocasião para um ensinamento.
O teatro é o gênero de maior destaque nesta época sendo incentivado pela Rainha. Embora toda a
literatura inglesa renascentista estivesse sujeita a uma rígida censura política, zelosa para que o
pensamento oficial não fosse contestado. Em 1559, Elizabeth I proíbe peças teatrais cujo tema fosse
a história inglesa, temendo-se referências indiretas ao presente, através do paralelismo histórico.
Não é, portanto, na Dinamarca que Shekespeare localiza seu “algo de podre”.
O primeiro tragediógrafo é Cristopher Marlowe. Seus temas eram a sede de poder, o poder do
dinheiro e as tentações do saber.
A comédia bilha na obra de Bem Jonson (1573-1637) com sátiras que não poupa poetas,
advogados, mercadores, nobres hedonistas e os novos ricos provincianos. Suas peças mais
famosas são Every Man In His Humour, Volpone e The Alchimist.
O dramaturgo maior foi Willian Shakespeare, em cuja obra está muito de sua biografia. Suas
primeiras obras não são dramáticas, são longos os poemas Vênus and Adonis e The Rape of
Lucrece, dedicados ao seu patrono o Conde deSouthampton. E’possível que motivos financeiros
levaram-no a ver melhores possibilidades no teatro.
Num primeiro momento Shekespeare vai buscar assunto na história inglesa.
Em suas comédia o poeta fala de emoções que somos capazes de reconhecer como nossas.
Entre 1601 e 1608 Shekespeare escreve tragédias de intenso pessimismo em relação a vida
como Hamlet, Othelo, Macbeth, King Lear, Julius Caeser e Timon of Athens. Neste período o
elemento trágico conhece profunda exacerbação e a vida humana parece apenas como um conto
narrado por um idiota, cheio de alarido e fúria, nada significand
O SÉCULO XVII: GRANDILOQUÊNCIA E SAGACIDADE

O gênero que mais se destaca é a poesia. Em 1611 a comissão de eruditos nomeados por Jaime
I completou o trabalho da tradução da Bíblia em inglês que muito influenciou leitores e escritores
britânicos.
Na corte de Carlos I, antes da sua execução, pelos puritanos, cantava-se o amor em poemas
livres, em que um cavalheiro louvava as belezas de sua dama e a convivência, com palavras
corteses, atribuir seu amor galante.
Um expoente da poesia da época, John Donne tinha a capacidade de transformar qualquer
assunto em poesia. Escreveu inclusive poesia religiosa dando a impressão de discussão com Deus,
temperado pelo medo e pela dúvida maior do que devoção sincera.
John Milton (1608-1674) participou da luta entre puritanos e anglicanos e passou grande parte de
sua juventude entre livros, o que explica seu intelectualismo e pouca simpatia às fraquezas humanas
de sua poesia. Entre suas primeiras obras destaca-se Comus, peça de moralidade encenada em
casas particulares, que revela sua visão de mundo: uma jovem virtuosa tentada pelos prazeres
mundanos descritos pelo mágico Comus, resiste com as virtudes da austeridade, que triunfa no final.
São deste período Lycida, elegia pastoril e os poemas L’Alegro e Il Penseroso.
Durante a Guerra Civil de 1642 a 1647, Milton escreve panfletos defendendo a causa puritana, o
regicídio, o divórcio e a liberdade de imprensa.
Após a restauração da República, Milton se dedica a poesia e escreveParadise Lost – épico que
narra a queda de Adão. Em seguida, escreve Paradise Regained – outro épico contando a vida de
Cristo. Seu último trabalho foi Sanson Agoniste, herói bíblico, tentado pelos prazeres, mas lutando
para manter seus princípios morais. A revolução puritana fracassou com a restauração da
monarquia, mas mudou o espírito da Inglaterra. Novos tempos de tolerância, diminuição do poder do
Rei e da Igreja.

A RESTAURAÇÃO E SÉCULO XVII: A RAZÃO E O ARTIFICIALISMO

Depois da aventura republicana, o mais importante poeta da restauração foi John Drydem (1531-
1700). Ele foi o primeiro saudar a nova era comparando-a ao ocorrido no Império Romano de Otávio
Augusto César (31 A. C).
Há em seus poemas uma preocupação com a forma, com a elaboração de versos nos quais a
simplicidade e a elegância se unem em busca do equilíbrio. Seus cânones classicizantes influenciam
a poesia do século XVII, especialmente, Alexandre Pope (1688-1700), o mais clássico dos poetas
ingleses, com perfeição formal, mas com uma visão de mundo que deixa a desejar.
O poema de Pope mais conhecido é The Rape of The Lock, em que satiriza os hábitos ridículos e
pretensiosos da sociedade em que vive.
Uma das primeiras providências de Carlos II foi a de reabrir os teatros fechados pelos puritanos.
A melhor criação teatral dessa época foi comédia de costumes, com seus estereótipos – o velho
solteirão e avarento, o herói debochado, a jovem rica e cheia de pretendentes.
São de Sir Geoge Etherege (1635-1692) as primeiras comédias de costumes inglesas retratando
o mundo galante e fútil das damas e cavalheiros da corte inglesa como é o caso The Man of Mode e
Love in the Tub.
Willian Congreve (1670-1729) atinge a perfeição da comédia de costumes. The Way of the
World torna-o mais conhecido, com sua denúncia de uma sociedade em que o esperto vence o
honesto, o elegante derrota o simples e a obediência à convenção social é o único modo de um
homem chegar ao sucesso.
Richard Brinsley Seridan (1751-1816) é considerado um dos maiores comediógrafos ingleses.
Sua técnica está bem representada em The School for Scandal, The Rivals, The Critic.
A mais original comédia de costumes do século XVII é The Beggar’s Opera deJohn Gay (1685-
1732) um misto de teatro e ópera.
O teatro sai de cena e o romance caminha para o centro das atenções da literatura do seculo XIX.
Panorâmica de Lisboa Pote com asas
O ROMANTISMO: AVENTURA DA IMAGINAÇÃO

O poeta romântico foi individualista sem perder a visão do social.


Uma voz prenunciava o romantismo na Inglaterra: William Blake (1757-1827).Blake foi defensor
da superioridade da imaginação, cujo exercício permitiria ao homem atingir a verdade; louvou as
revoluções francesa e americana vendo nelas a redenção do homem prometido pela bíblia. Em The
Marriage of Heaven and Hellestão seus provérbios contundentes, nos quais revela uma visão aguda
dos males da sociedade. Em Song of Innocense e Song of Experience relata as duas faces
experiênçia, do ponto de vista da criança, estágio ideal, e a do ponto de vista do adulto, em que
predomina a mesquinharia e a repressão.
Samuel Taylor Coleridge trouxe para o romantismo o exótico e o sobrenatural. Seus poemas dá
total liberdade , compondo versos cheio de magia e mistério. Interessou-se tambem pela filosofia e à
crítica literária.
George Gordon (1788-1824), mais conhecido como Lord Byron, é o protótipo da imagem
libertária e aventureira. É um dos responsáveis pelo “mal do século”. Sua obra mais conhecida é
Childe Harold’s Pelgrimage, onde relata suas pereginações pela europa. Sua obra prima é o poema
Don Juan, onde critica a hipocrisia, a cobiça e a opressão que vê na sociedade da época
Keats (1795-1821) foi o cantor inspirado da beleza de sua transitoriedade, da alegria e do amor.
Sua poesia se destaca pela elegância dos versos e pelo sensualismo. A imortalidade do belo, como
o canto do rouxinol, em Ode Tonightngaze, ou La Belle Dame Sans Merci. Neste a “mulher fatal”dos
românticos é idealizadamente sedutora, é mais uma vez a causa da destruição do homem. Alguns
vêem na Bella Dame a personalização da tuberculose que destrói o poeta aos 26 anos de idade.
Walter Scott (1771-1832) iniciou sua carreira como poeta, mas consagrou-se como iniciador do
romance histórico. Escreveu vários romances sobre a história do seu país, a Escócia,
como Waverlay, The Bride of Lammermoor e Guy Manering.

A ERA VITORIANA: O ROMANCE DOMINA A CENA

Charles Didkins (1812-1870), o maior entre os vitorianos possui obra diversificada, caracterizada
pelo humor e pala vida. A publicação em fascículos mensais deu à sua obra uma estrutura episódica.
Em sua primeira obra, Pickwick Papaer, em que narra as aventuras quixotescas de Mr. Pickwick e
seu impagável criado Sam Weller; a consiência do poder do mal em Oliver Twist; o sentimentalismo
e a denúncia social nas aventura de David Copperfield, o ataque ao poder do dinheiro em Bleak
House e Great Expectation ( o mais estruturado de seus romances)
As irmãs Bronte deram importante contribuição feminina ao romance inglês. Além de alguns
poemas Emily escreveu um só romance, Wuthering Heights. Charlote conheceu o sucesso
com Villette, Shirley e Jane Eyre. Este último delineia a personalidade pragmática de Jane, a jovem
governanta apaixonada pelo patrão e que pensas não ter ilusão. Sutilmente questiona alguns mitos
da época. Alude a injustiça da posição da mulher instruída que só parece ser governanta.
A poesia vitoriana foi influenciada por John Ruski (1819-1900) pensador que defendeu o culto do
prazer estético. Entre esses poetas destaca-se Dante Gabriel Rossetti (1828-1882). Para ele, a
poesia era a celebração do belo não havendo lugar para o discurso dos problemas da época. The
Blessed Damozel é sua melhor obra. Também se destaca nos versos vitorianos Alfred
Tennyson (1809-1892), os Bowning, Robert e Elizabeth.
O FIM DO SÉCULO: CONTINUADORES, OPOSITORES E PROFETAS

Com a morte da Rainha Vitória a cena literária sofre mudanças. Novas tendências influenciam e
convivem com padrões consagrados.
Os continuadores e os oponentes representam o que as denominações indicam: continuar ou
criticar o espírito vitoriano.
Os profetas são os artistas que mantenha uma afinidade com os pré-rafaelistas ou uma Geroge
Eliot, preconizando novos rumos. Para o individualismo e a sensibilidade se apresenta o valor mais
alto que o espírito social e moralidade. A literatura produzida por eles será mais consciente e
artística, mais propriamente insular.
Rudyard Kipling (1865-1936) poeta, contista e romancista e um continuador. Transparece em sua
obra a certeza de que os grandes triunfos da era vitoriana não desaparecerão nunca e que nenhum
preço é demais para garantir a supremacia britânica. Sua ideologia pode nos ferir a sensibilidade.
Thomas Hardy (1840-1928), romancista e poeta, pode ser considerado o último dos vitorianos
pela cronologia. Porém, e um antivitoriano, enquanto despreza os valores da época que se
extinguia, como o otimismo materialista e imperialista. Sua visão de mundo é pessimista,
perpassada por um acentuado sentido trágico da vida.
Entre os oponentes destaca-se Samuel Butler (1835-1902). Poucas das instituições vitorianas
escaparam às suas irônicas investidas. Erewhon – anagrama de “nowere” é um dos seus maiores
conhecidos romances, nele encontramos uma sátira a moda de Thomas More.
Os integrantes do movimento esteticismo são oponentes ao vitorianismo e os profeta enquanto
defendem a arte pela arte. O maior representante desse movimento é Oscar Wilde (1854-1900).
Poeta e pensador Wilde se destaca com o romance The Picture of Dorian Gray. Nele o herói
hedonista, repetindo europeu deFausto, vende sua alma em troca de preservação de sua beleza
física.
Falar em teatro é falar de George Bernad Shaw (1856-1950). Fez defesa apaixonada ao
individualismo em ensaios e peças. Foi socialista e um dos fundadores da Fabian Society.
Modernizou o mito de Pigmaleão. O teatro irlandês teve grande influência no desenvolvimento do
teatro moderno na Inglaterra.
Uma grande expressão do romance como grande arte foi Joseph Conrad(1857-1824). Publica
seu primeiro romance Almayer’s Folly, aos 40 anos de idade. Em Lord Jim e The Heast of Darkness,
Conrad usa o mar e as viagens como meio de exploração do maior dos mistérios: o homem.
Há muitos romancistas no período como H. G. Wells (1866-1946) criou a moderna ficção
cientifica, em obras The Time Machine, a fascinante história de um viajante no tempo. The War of
The Worlds, que trata da invasão de marcianos.
Continuadores, oponentes e profetas deixaram sua marca na literatura inglesa.
O SÉCULO XX: VARIEDADE E COMPLEXIDADE

A grande figura da nova poesia é T. S. Eliot (1888-1965), poeta, crítico, dramaturgo. Em sua
poesia há aliança da superficialidade e da seriedade que louvara na poesia de John Done. Suas
imagens são complexas e ao mesmo tempo um tom de conversação usando palavras comuns. Seus
poemas mais significativos são: Prufrock na Other Observation, livro publicado em 1917, The Lost
Song of J. Alfred Prufrock, em que enfatiza a frustração e a trivialidade da vida individual num mundo
onde impera a decadência. A obra máxima foi publicada em 1922 com o título The Waste Land. Esse
longo e complexo poema não segue uma organização rígida, e, desse ângulo reflete o caos do
mundo moderno.
No século XX, com a expansão do público leitor o artista não compartilha mais com ele um
conhecimento comum, ele não pode mais narra com autoridade de seus predecessores nem mesmo
usar a mesma técnica sob pena de falsear a realidade.
James Joyce (1882-1941) moderniza o romance a ponto de tornar sua leitura dificílima.
Em Finnegans Wake procura reproduzir a estrutura de um sonho: palavras são distorcidas juntadas
umas às outra, o ritmo é tão importante quanto à poesia.
Em Ulisses, Joyce reúne os temas da sua cidade. Tudo se passa em Dublin, no dia 16 de junho
de 1904. Foi um escândalo literário, não só pela audácia das formas como pela franqueza com
tratava os pensamentos mais íntimos dos personagens, expostos claramente no registro do fluxo de
suas consciências.
H. Lawrence (1885-1930) revolucionou o romance especialmente pela concepção de mundo. Nos
romances como Lady Chatterley’s Lovers, The Rainbow e Women in Love, a paixão e o sexo são
visto como a única defesa possível da vida contra as forças destrutivas da civilização. Em Sons and
Lovers, trata do amor edipiano.
Aldous Husley (1894-1963) captou bem certos aspectos do mundo entre guerras, onde já se dera
a ruptura da estabilidade otimista vitoriano. O progresso científico é visto criticamente, para quem a
ciência não poderá nunca eliminar a tolice do homem. Brave New World passa uma visão de um
futuro em que a tecnologia acabou com o sofrimento, mas também com a grandeza do homem.
George Orwell (1903-1950) escreveu, inicialmente, romance de cunho social enfocando aspectos
da realidade dos anos 30. Seu último romance –1984- é uma previsão de um futuro sonbrio, com um
Estado totalitário fiscalizando tudo.
O poeta mais representativo desse período é W. H. Auden (1907-1973). Auden foi capaz de dar
voz à atmosfera de seu tempo, trazendo a vida política para a poesia. Suas melhores obras
são: The Age of Anxiety e None.
O PÓS-GUERRA: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Terminada a guerra, a economia inglesa estava destruída e só foi se refazendo aos poucos com
a ajuda norte-americana. O lento aquecimento da economia impacientava os jovens. Reagindo a
esse estado de coisa, aparece na literatura inglesa um grupo de jovens romancistas, teatrólogos e
poetas chamados de “Angry Young Man”.
O único teatrólogo angry de importância é John Osborne. Sua intensa expressão dramática é
encontrada já na sua primeira peça Look Back in Anger(1956), com seu atormentado Jimmy Porter,
vítima das transformações por que passava a sociedade inglesa. Em peças posteriores como Luther
(1961) ou A Patriot For Me, Osborne deixa de lado sua ira contra as causas da problemática
econômica e social e dedica-se mais aos conflitos de caráter pessoal como a solidão ou a coerência
ideológica, já se afastando do teatro tipicamente angry.
Os principais romancistas que escrevem antes e durante e depois dos jovens irados, destacam-
se Evelyn Waugh e Graham Greene.
A mais importante figura da literatura inglesa atual, Doris Lessing, tem se mostrado uma
ficcionista fecunda, tendo produzido até ficção científca, nasérieCanapus in Argos: Archives. De
tendência socialista, já une esse temas em seus primeiros romances, como a trilogia Children of
Violence, iniciada em 1952.Lessing também se perocupa com a condição da mulher em nossa
sociedade, em romances como The Golden Notebook (1962) ou The Summer Before the
Dark(1973).
O teatro percorre diversos caminhos, entre os quais se destaca o teatro do absurdo, cujo o maior
representante é Samuel Beckett. Sua peça mais conhecida é Waitting for Godot (1953), uma
contundente análise da condição humana atual. Dois mendigos esperam pelo misterioso Godot,
numa metáfora ao desespero do homem em sua inútil espera de algo que lhe dê sentido à vida.
Também a esse teatro pertence Harold Pinter. Em peças como The Caretaker (1960), The Collection
(1962) ou Old Time (1960), Pinter tem abordado dilemas de nosso tempo como a alienação, o
isolamento e falta de comunicação entre as pessoas.
A poesia tem conhecido diversas manifestações, como a continuação da tradição romântica
com Dylan Thomas, ou as experiências concretistas de Jan Hamilton Finlay. Ted Hughes tem
produzido uma poesia que reflete a angústia do homem atual. Seu poema mais famoso
é Crow (1970), em que rejeita a irracionalidade e a violência, em que rejeita os valores de nossa
civilização.
A IDADE MÉDIA: UMA LITERATURA SE DEFINE

A produção literária medieval era feita nos mosteiros e os nomes mais representativos são Beda o
Venerável (672-735) que escreveu em Latim a História Eclesiástica do Povo Inglês, os
poetas Caedmon (século VII) e Cynewulf, que em inglês arcaico fizeram versos sobre temas como a
história do velho e do novo testamento e a vida dos mártires e santos cristãos.
Na temática religiosa antiga destaca-se Beowuf escrito por volta do ano 700. Trata-se de um herói
de uma tribo escandinava e suas aventura se passam num período distante. O poema revela a
sensibilidade de um povo com forte sentido de comunidade, que prezava seus guerreiros e as
virtudes do Lord que os protegia, recebendo dele, em troca, total fidelidade.
A partir de 1066 – invasão normanda – o dialeto francês ocupa lugar de destaque na ilha. O gosto
literário é afrancesado, e os “romanescos recitados por menestréis. Um dos exemplos mais
conhecido desse gênero, o ciclo arturiano, narrando as aventuras do Rei Artur e os cavaleiros da
távola redonda. Havia uma literatura em francês para a corte e uma literatura em inglês concentrada
nas mãos da igreja como, por exemplo, o “Ormulum”, escrito no século XII com o objetivo de suprir
as necessidades das almas das classes mais baixas.
Na linha do entretenimento, havia para o povo as baladas, canções curtas narrando histórias de
amor ou aventura de um herói. Um desses é Robin Hood, versão popular dos cavaleiros, heróis dos
cavaleiros da corte. Outra forma de arte popular era a representação de peças sobre milagres ou
mistérios da religião, escritos em inglês medieval.

A RENASCENÇA: O LIMITE A SER EXPLICADO

A Renascença inglesa se inicia no século XII, mas é no Reinado de Elizabeth I, de 1558 a 1603, que
ele produziu condições materiais favoráveis para o desenvolvimento intelectual. O nacionalismo
colabora para que o latim seja suplantado pela língua inglesa.
A poesia alegórica dá lugar a lírica com Sir. Thomas Wyatt, que trouxera da Itália o soneto, forma de
expressão breve.
A prosa ficcional se desenvolve e muitas traduções, historiografia e a ensaística em que brilha Sir.
Francis Bacon (1561-1626).
Na linha pastoril narrativa a obra de maior destaque é “Euphues”, de John Lyly, um tratado de moral,
onde cada incidente é usado como ocasião para um ensinamento.
O teatro é o gênero de maior destaque nesta época sendo incentivado pela Rainha. Embora toda a
literatura inglesa renascentista estivesse sujeita a uma rígida censura política, zelosa para que o
pensamento oficial não fosse contestado. Em 1559, Elizabeth I proíbe peças teatrais cujo tema fosse
a história inglesa, temendo-se referências indiretas ao presente, através do paralelismo histórico.
Não é, portanto, na Dinamarca que Shekespeare localiza seu “algo de podre”.
O primeiro tragediógrafo é Cristopher Marlowe. Seus temas eram a sede de poder, o poder do
dinheiro e as tentações do saber.
A comédia bilha na obra de Bem Jonson (1573-1637) com sátiras que não poupa poetas,
advogados, mercadores, nobres hedonistas e os novos ricos provincianos. Suas peças mais
famosas são Every Man In His Humour, Volpone e The Alchimist.
O dramaturgo maior foi Willian Shakespeare, em cuja obra está muito de sua biografia. Suas
primeiras obras não são dramáticas, são longos os poemas Vênus and Adonis e The Rape of
Lucrece, dedicados ao seu patrono o Conde deSouthampton. E’possível que motivos financeiros
levaram-no a ver melhores possibilidades no teatro.
Num primeiro momento Shekespeare vai buscar assunto na história inglesa.
Em suas comédia o poeta fala de emoções que somos capazes de reconhecer como nossas.
Entre 1601 e 1608 Shekespeare escreve tragédias de intenso pessimismo em relação a vida
como Hamlet, Othelo, Macbeth, King Lear, Julius Caeser e Timon of Athens. Neste período o
elemento trágico conhece profunda exacerbação e a vida humana parece apenas como um conto
narrado por um idiota, cheio de alarido e fúria, nada significand
O SÉCULO XVII: GRANDILOQUÊNCIA E SAGACIDADE

O gênero que mais se destaca é a poesia. Em 1611 a comissão de eruditos nomeados por Jaime
I completou o trabalho da tradução da Bíblia em inglês que muito influenciou leitores e escritores
britânicos.
Na corte de Carlos I, antes da sua execução, pelos puritanos, cantava-se o amor em poemas
livres, em que um cavalheiro louvava as belezas de sua dama e a convivência, com palavras
corteses, atribuir seu amor galante.
Um expoente da poesia da época, John Donne tinha a capacidade de transformar qualquer
assunto em poesia. Escreveu inclusive poesia religiosa dando a impressão de discussão com Deus,
temperado pelo medo e pela dúvida maior do que devoção sincera.
John Milton (1608-1674) participou da luta entre puritanos e anglicanos e passou grande parte de
sua juventude entre livros, o que explica seu intelectualismo e pouca simpatia às fraquezas humanas
de sua poesia. Entre suas primeiras obras destaca-se Comus, peça de moralidade encenada em
casas particulares, que revela sua visão de mundo: uma jovem virtuosa tentada pelos prazeres
mundanos descritos pelo mágico Comus, resiste com as virtudes da austeridade, que triunfa no final.
São deste período Lycida, elegia pastoril e os poemas L’Alegro e Il Penseroso.
Durante a Guerra Civil de 1642 a 1647, Milton escreve panfletos defendendo a causa puritana, o
regicídio, o divórcio e a liberdade de imprensa.
Após a restauração da República, Milton se dedica a poesia e escreveParadise Lost – épico que
narra a queda de Adão. Em seguida, escreve Paradise Regained – outro épico contando a vida de
Cristo. Seu último trabalho foi Sanson Agoniste, herói bíblico, tentado pelos prazeres, mas lutando
para manter seus princípios morais. A revolução puritana fracassou com a restauração da
monarquia, mas mudou o espírito da Inglaterra. Novos tempos de tolerância, diminuição do poder do
Rei e da Igreja.

A RESTAURAÇÃO E SÉCULO XVII: A RAZÃO E O ARTIFICIALISMO

Depois da aventura republicana, o mais importante poeta da restauração foi John Drydem (1531-
1700). Ele foi o primeiro saudar a nova era comparando-a ao ocorrido no Império Romano de Otávio
Augusto César (31 A. C).
Há em seus poemas uma preocupação com a forma, com a elaboração de versos nos quais a
simplicidade e a elegância se unem em busca do equilíbrio. Seus cânones classicizantes influenciam
a poesia do século XVII, especialmente, Alexandre Pope (1688-1700), o mais clássico dos poetas
ingleses, com perfeição formal, mas com uma visão de mundo que deixa a desejar.
O poema de Pope mais conhecido é The Rape of The Lock, em que satiriza os hábitos ridículos e
pretensiosos da sociedade em que vive.
Uma das primeiras providências de Carlos II foi a de reabrir os teatros fechados pelos puritanos.
A melhor criação teatral dessa época foi comédia de costumes, com seus estereótipos – o velho
solteirão e avarento, o herói debochado, a jovem rica e cheia de pretendentes.
São de Sir Geoge Etherege (1635-1692) as primeiras comédias de costumes inglesas retratando
o mundo galante e fútil das damas e cavalheiros da corte inglesa como é o caso The Man of Mode e
Love in the Tub.
Willian Congreve (1670-1729) atinge a perfeição da comédia de costumes. The Way of the
World torna-o mais conhecido, com sua denúncia de uma sociedade em que o esperto vence o
honesto, o elegante derrota o simples e a obediência à convenção social é o único modo de um
homem chegar ao sucesso.
Richard Brinsley Seridan (1751-1816) é considerado um dos maiores comediógrafos ingleses.
Sua técnica está bem representada em The School for Scandal, The Rivals, The Critic.
A mais original comédia de costumes do século XVII é The Beggar’s Opera deJohn Gay (1685-
1732) um misto de teatro e ópera.
O teatro sai de cena e o romance caminha para o centro das atenções da literatura do seculo XIX.
Panorâmica de Lisboa Pote com asas
O ROMANTISMO: AVENTURA DA IMAGINAÇÃO

O poeta romântico foi individualista sem perder a visão do social.


Uma voz prenunciava o romantismo na Inglaterra: William Blake (1757-1827).Blake foi defensor
da superioridade da imaginação, cujo exercício permitiria ao homem atingir a verdade; louvou as
revoluções francesa e americana vendo nelas a redenção do homem prometido pela bíblia. Em The
Marriage of Heaven and Hellestão seus provérbios contundentes, nos quais revela uma visão aguda
dos males da sociedade. Em Song of Innocense e Song of Experience relata as duas faces
experiênçia, do ponto de vista da criança, estágio ideal, e a do ponto de vista do adulto, em que
predomina a mesquinharia e a repressão.
Samuel Taylor Coleridge trouxe para o romantismo o exótico e o sobrenatural. Seus poemas dá
total liberdade , compondo versos cheio de magia e mistério. Interessou-se tambem pela filosofia e à
crítica literária.
George Gordon (1788-1824), mais conhecido como Lord Byron, é o protótipo da imagem
libertária e aventureira. É um dos responsáveis pelo “mal do século”. Sua obra mais conhecida é
Childe Harold’s Pelgrimage, onde relata suas pereginações pela europa. Sua obra prima é o poema
Don Juan, onde critica a hipocrisia, a cobiça e a opressão que vê na sociedade da época
Keats (1795-1821) foi o cantor inspirado da beleza de sua transitoriedade, da alegria e do amor.
Sua poesia se destaca pela elegância dos versos e pelo sensualismo. A imortalidade do belo, como
o canto do rouxinol, em Ode Tonightngaze, ou La Belle Dame Sans Merci. Neste a “mulher fatal”dos
românticos é idealizadamente sedutora, é mais uma vez a causa da destruição do homem. Alguns
vêem na Bella Dame a personalização da tuberculose que destrói o poeta aos 26 anos de idade.
Walter Scott (1771-1832) iniciou sua carreira como poeta, mas consagrou-se como iniciador do
romance histórico. Escreveu vários romances sobre a história do seu país, a Escócia,
como Waverlay, The Bride of Lammermoor e Guy Manering.

A ERA VITORIANA: O ROMANCE DOMINA A CENA

Charles Didkins (1812-1870), o maior entre os vitorianos possui obra diversificada, caracterizada
pelo humor e pala vida. A publicação em fascículos mensais deu à sua obra uma estrutura episódica.
Em sua primeira obra, Pickwick Papaer, em que narra as aventuras quixotescas de Mr. Pickwick e
seu impagável criado Sam Weller; a consiência do poder do mal em Oliver Twist; o sentimentalismo
e a denúncia social nas aventura de David Copperfield, o ataque ao poder do dinheiro em Bleak
House e Great Expectation ( o mais estruturado de seus romances)
As irmãs Bronte deram importante contribuição feminina ao romance inglês. Além de alguns
poemas Emily escreveu um só romance, Wuthering Heights. Charlote conheceu o sucesso
com Villette, Shirley e Jane Eyre. Este último delineia a personalidade pragmática de Jane, a jovem
governanta apaixonada pelo patrão e que pensas não ter ilusão. Sutilmente questiona alguns mitos
da época. Alude a injustiça da posição da mulher instruída que só parece ser governanta.
A poesia vitoriana foi influenciada por John Ruski (1819-1900) pensador que defendeu o culto do
prazer estético. Entre esses poetas destaca-se Dante Gabriel Rossetti (1828-1882). Para ele, a
poesia era a celebração do belo não havendo lugar para o discurso dos problemas da época. The
Blessed Damozel é sua melhor obra. Também se destaca nos versos vitorianos Alfred
Tennyson (1809-1892), os Bowning, Robert e Elizabeth.
O FIM DO SÉCULO: CONTINUADORES, OPOSITORES E PROFETAS

Com a morte da Rainha Vitória a cena literária sofre mudanças. Novas tendências influenciam e
convivem com padrões consagrados.
Os continuadores e os oponentes representam o que as denominações indicam: continuar ou
criticar o espírito vitoriano.
Os profetas são os artistas que mantenha uma afinidade com os pré-rafaelistas ou uma Geroge
Eliot, preconizando novos rumos. Para o individualismo e a sensibilidade se apresenta o valor mais
alto que o espírito social e moralidade. A literatura produzida por eles será mais consciente e
artística, mais propriamente insular.
Rudyard Kipling (1865-1936) poeta, contista e romancista e um continuador. Transparece em sua
obra a certeza de que os grandes triunfos da era vitoriana não desaparecerão nunca e que nenhum
preço é demais para garantir a supremacia britânica. Sua ideologia pode nos ferir a sensibilidade.
Thomas Hardy (1840-1928), romancista e poeta, pode ser considerado o último dos vitorianos
pela cronologia. Porém, e um antivitoriano, enquanto despreza os valores da época que se
extinguia, como o otimismo materialista e imperialista. Sua visão de mundo é pessimista,
perpassada por um acentuado sentido trágico da vida.
Entre os oponentes destaca-se Samuel Butler (1835-1902). Poucas das instituições vitorianas
escaparam às suas irônicas investidas. Erewhon – anagrama de “nowere” é um dos seus maiores
conhecidos romances, nele encontramos uma sátira a moda de Thomas More.
Os integrantes do movimento esteticismo são oponentes ao vitorianismo e os profeta enquanto
defendem a arte pela arte. O maior representante desse movimento é Oscar Wilde (1854-1900).
Poeta e pensador Wilde se destaca com o romance The Picture of Dorian Gray. Nele o herói
hedonista, repetindo europeu deFausto, vende sua alma em troca de preservação de sua beleza
física.
Falar em teatro é falar de George Bernad Shaw (1856-1950). Fez defesa apaixonada ao
individualismo em ensaios e peças. Foi socialista e um dos fundadores da Fabian Society.
Modernizou o mito de Pigmaleão. O teatro irlandês teve grande influência no desenvolvimento do
teatro moderno na Inglaterra.
Uma grande expressão do romance como grande arte foi Joseph Conrad(1857-1824). Publica
seu primeiro romance Almayer’s Folly, aos 40 anos de idade. Em Lord Jim e The Heast of Darkness,
Conrad usa o mar e as viagens como meio de exploração do maior dos mistérios: o homem.
Há muitos romancistas no período como H. G. Wells (1866-1946) criou a moderna ficção
cientifica, em obras The Time Machine, a fascinante história de um viajante no tempo. The War of
The Worlds, que trata da invasão de marcianos.
Continuadores, oponentes e profetas deixaram sua marca na literatura inglesa.
O SÉCULO XX: VARIEDADE E COMPLEXIDADE

A grande figura da nova poesia é T. S. Eliot (1888-1965), poeta, crítico, dramaturgo. Em sua
poesia há aliança da superficialidade e da seriedade que louvara na poesia de John Done. Suas
imagens são complexas e ao mesmo tempo um tom de conversação usando palavras comuns. Seus
poemas mais significativos são: Prufrock na Other Observation, livro publicado em 1917, The Lost
Song of J. Alfred Prufrock, em que enfatiza a frustração e a trivialidade da vida individual num mundo
onde impera a decadência. A obra máxima foi publicada em 1922 com o título The Waste Land. Esse
longo e complexo poema não segue uma organização rígida, e, desse ângulo reflete o caos do
mundo moderno.
No século XX, com a expansão do público leitor o artista não compartilha mais com ele um
conhecimento comum, ele não pode mais narra com autoridade de seus predecessores nem mesmo
usar a mesma técnica sob pena de falsear a realidade.
James Joyce (1882-1941) moderniza o romance a ponto de tornar sua leitura dificílima.
Em Finnegans Wake procura reproduzir a estrutura de um sonho: palavras são distorcidas juntadas
umas às outra, o ritmo é tão importante quanto à poesia.
Em Ulisses, Joyce reúne os temas da sua cidade. Tudo se passa em Dublin, no dia 16 de junho
de 1904. Foi um escândalo literário, não só pela audácia das formas como pela franqueza com
tratava os pensamentos mais íntimos dos personagens, expostos claramente no registro do fluxo de
suas consciências.
H. Lawrence (1885-1930) revolucionou o romance especialmente pela concepção de mundo. Nos
romances como Lady Chatterley’s Lovers, The Rainbow e Women in Love, a paixão e o sexo são
visto como a única defesa possível da vida contra as forças destrutivas da civilização. Em Sons and
Lovers, trata do amor edipiano.
Aldous Husley (1894-1963) captou bem certos aspectos do mundo entre guerras, onde já se dera
a ruptura da estabilidade otimista vitoriano. O progresso científico é visto criticamente, para quem a
ciência não poderá nunca eliminar a tolice do homem. Brave New World passa uma visão de um
futuro em que a tecnologia acabou com o sofrimento, mas também com a grandeza do homem.
George Orwell (1903-1950) escreveu, inicialmente, romance de cunho social enfocando aspectos
da realidade dos anos 30. Seu último romance –1984- é uma previsão de um futuro sonbrio, com um
Estado totalitário fiscalizando tudo.
O poeta mais representativo desse período é W. H. Auden (1907-1973). Auden foi capaz de dar
voz à atmosfera de seu tempo, trazendo a vida política para a poesia. Suas melhores obras
são: The Age of Anxiety e None.
O PÓS-GUERRA: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Terminada a guerra, a economia inglesa estava destruída e só foi se refazendo aos poucos com
a ajuda norte-americana. O lento aquecimento da economia impacientava os jovens. Reagindo a
esse estado de coisa, aparece na literatura inglesa um grupo de jovens romancistas, teatrólogos e
poetas chamados de “Angry Young Man”.
O único teatrólogo angry de importância é John Osborne. Sua intensa expressão dramática é
encontrada já na sua primeira peça Look Back in Anger(1956), com seu atormentado Jimmy Porter,
vítima das transformações por que passava a sociedade inglesa. Em peças posteriores como Luther
(1961) ou A Patriot For Me, Osborne deixa de lado sua ira contra as causas da problemática
econômica e social e dedica-se mais aos conflitos de caráter pessoal como a solidão ou a coerência
ideológica, já se afastando do teatro tipicamente angry.
Os principais romancistas que escrevem antes e durante e depois dos jovens irados, destacam-
se Evelyn Waugh e Graham Greene.
A mais importante figura da literatura inglesa atual, Doris Lessing, tem se mostrado uma
ficcionista fecunda, tendo produzido até ficção científca, nasérieCanapus in Argos: Archives. De
tendência socialista, já une esse temas em seus primeiros romances, como a trilogia Children of
Violence, iniciada em 1952.Lessing também se perocupa com a condição da mulher em nossa
sociedade, em romances como The Golden Notebook (1962) ou The Summer Before the
Dark(1973).
O teatro percorre diversos caminhos, entre os quais se destaca o teatro do absurdo, cujo o maior
representante é Samuel Beckett. Sua peça mais conhecida é Waitting for Godot (1953), uma
contundente análise da condição humana atual. Dois mendigos esperam pelo misterioso Godot,
numa metáfora ao desespero do homem em sua inútil espera de algo que lhe dê sentido à vida.
Também a esse teatro pertence Harold Pinter. Em peças como The Caretaker (1960), The Collection
(1962) ou Old Time (1960), Pinter tem abordado dilemas de nosso tempo como a alienação, o
isolamento e falta de comunicação entre as pessoas.
A poesia tem conhecido diversas manifestações, como a continuação da tradição romântica
com Dylan Thomas, ou as experiências concretistas de Jan Hamilton Finlay. Ted Hughes tem
produzido uma poesia que reflete a angústia do homem atual. Seu poema mais famoso
é Crow (1970), em que rejeita a irracionalidade e a violência, em que rejeita os valores de nossa
civilização.

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