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Taubaté – SP
2006
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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Jorge Lucresia Junior
Taubaté – SP
2006
JORGE LUCRESIA JUNIOR
Resultado: Aprovado
BANCADA EXAMINADORA
Assinatura ____________________
Assinatura ____________________
Assinatura ____________________
DEDICATÓRIA
A minha mãe Linda Bittar Lucresia e ao meu pai Jorge Lucresia, que me
A minhas irmãs Najla, Vitória e Vânia, por todo o apoio dado nesta
guerreiras.
AGRADECIMENTOS
Agradeço singularmente ao meu orientador Prof. Dr. Carlos Alberto Chaves, que
além de direcionar o meu trabalho, foi um excelente transmissor de informações.
Através da sua maestria de ensinamento foi capaz de transmitir conhecimentos
relevantes, que certamente agregaram muito valor à minha vida pessoal e
profissional.
Aos meus amigos e colegas da turma 12, pelo incentivo, apoio e companheirismo
durante o curso.
RESUMO
uma das formas mais conhecidas e eficazes para esta evolução. Tendo em vista as
resources are optimized and results are improved. This work presents a
management model that uses the Lean Manufacturing concepts. This monograph
explains the manufacturing model evolution, passing through craft model and mass
production, until the Lean Manufacturing conception. It presents the main concepts of
showing the management model creation and the work done to implement
continuous flow production. This monograph focuses the needs for implementation
and the reached benefits, from a management standpoint. For instance: 42% floor
space reduction, 50% pieces in process reduction, and eliminating the security buffer.
Aiming to be competitive in the market it is truly necessary to think lean and improve
this process to get good results as we can notice with the enormous growth of the
Oriental Companies.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
2.9.4 Superprocessamento....................................................................................... 33
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 54
5 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 72
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 74
1 INTRODUÇÃO
forma a satisfação plena dos seus clientes. Além da qualidade exigida, as empresas
estão cada vez mais atuando em função de seus clientes, procurando atender não
deve se comportar dentro de suas plantas. Para isso, é necessário ter um sistema
outras.
1.1 OBJETIVO
modelo de gestão em um estudo de caso que foi aplicado em uma área produtiva
caso que foi aplicado em uma área produtiva para melhorar a produtividade e tornar
Henry Ford era visionário e obcecado pela idéia de que o automóvel só seria
capitalistas com a percepção de que a produção deveria ser elevada antes mesmo
de ter a certeza se haviam clientes suficientes. Isto em uma época que estradas e
quintal, se davam por satisfeitos em produzir cinqüenta ou cem veículos por ano.
18 mil em 1912. Mas a grande cartada estava para ser dada. Quando Ford
anterior que sempre permeou a maneira Henry Ford de fazer as coisas e que, no
menor será o custo de produção deste bem que, assim poderá ser vendido por preço
menor e comprado por mais pessoas, o que exigirá produção cada vez maior. Um
verdadeiro círculo virtuoso. Ou nas palavras do próprio Ford, neste caso referindo-se
japoneses, mas ainda está sendo reconhecida e empregada nos tempos atuais por
todos os continentes, por ser uma das mais eficazes dos tempos modernos. Ela é
originalmente no livro "A Máquina que Mudou o Mundo" (“The Machine that Changed
the World”), publicado nos EUA em 1990. Trata-se de um abrangente estudo sobre a
Mundial. Seu criador foi Taiichi Ohno, engenheiro da Toyota e seus precursores:
uma organização.
da produção no século XXI. Será um mundo bem diferente, e bem melhor para se
Esta nova filosofia tem sido nomeada e explicada sob diferentes termos,
valor, alinhar na melhor seqüência as ações que criam valor, realizar essas
atividades sem interrupção toda vez que alguém solicita e realizá-las de forma cada
vez mais eficaz, ou seja, fazer cada vez mais com cada vez menos - menos esforço
aproximar-se cada vez mais de oferecer aos clientes exatamente o que eles
filosofia possa parece simples e óbvia (e efetivamente ela o é), a experiência tem
mostrado que são muito poucas as empresas que conseguem replicar o sucesso da
Toyota. A razão é simples, não é fácil. Exige, muitas vezes, uma mudança radical de
atividade:
Produção em Massa Manufatura Enxuta
produtos produtos
japonês, por um lado, e os norte americanos, por outro, no tocante ao tamanho das
uma meta limitada – “bom o suficiente” – que redunda numa quantidade tolerável de
muitos casos.
baseada na ciência. A aplicação prática desta nova filosofia iniciou-se e foi difundida
todo e qualquer elemento que não contribua para o atendimento da qualidade, preço
para o seu poder. Numa fábrica enxuta, todas as informações – metas diárias de
que emerge como o coração da fábrica enxuta. Montar essas equipes não é simples.
substituição dos trabalhadores uns pelos outros. A seguir, é preciso que adquiram
modelos:
seguidas por soldados destreinados. Esses soldados são ainda obrigados a fazer
suas tarefas repetitivas dia após dia, enfim, fica difícil visualizar motivação e, por
uma estrutura de trabalho baseada em times, com alto grau de autonomia para os
A Produção Enxuta nos moldes da descrição feita por Taiichi Ohno quando
atender diversas máquinas já que apenas quando a máquina pára, devido a uma
desperdício de tempo relacionado ao período onde ele não está agregando valor ao
produto que está manufaturado, o fato de que anormalidades jamais serão corrigidas
Além do sentido tratado até aqui, Taiichi Ohno vai além ao estender o
empresa. Sobre isso, Ohno (1997) descreve todo esforço despendido na Toyota no
julgamentos no nível mais baixo possível; por exemplo, quando parar a produção,
extras para produzir a quantidade necessária. Ohno (1997), a fim de explicar acerca
humano, o nervo autônomo faz salivar quando vemos uma comida saborosa, essas
mecanismo de sintonia fina na empresa de forma que a mudança não seja sentida
retrabalhos são feitos pelo mesmo funcionário; Cada funcionário exige que não haja
deste em relação aos demais, faz-se necessário a revisão dos diversos tipos de
produção existentes.
fluxo de produção uniforme e o mais suave possível. Observe-se que uma pequena
(CHASE, 1998).
inglês “Sel-Regulating Work Groups” utilizado por Perace & Ravlin (1987).
“Self Direct Work Team” (SDWT), dado por Susman (1976) e outros autores, confere
autonomia será sempre limitada, pelo próprio grupo estar inserido em estrutura
organizacional hierarquizada.
Pearce e Ravlin (1987) em estudo que analisou cerca de trinta grupos semi-
(SUSMAN,1976).
• Gerenciar e garantir a qualidade dos processos e produtos;
• Atingir metas preestabelecidas;
• Manter os equipamentos e iniciar as primeiras ações de manutenção;
• Cuidar dos aspectos de saúde, segurança e meio-ambiente;
• Organizar-se autonomamente para a realização das tarefas;
• Contatar e negociar com interfaces;
• Administrar budget e as questões de RH.
fronteiras;
grande atenção nos últimos anos como a grande saída para a produtividade e
quando muito uma vaga referência à “teoria dos sistemas sócio-técnicos”, referindo-
se ao início do estudo das equipes, mas ressaltam que as teorias dos Sistemas
realização pessoal, dentro de uma moldura que não privilegie conceitos socialistas
presas aos sistemas de trabalho primários. Por esta razão, encontram-se poucas
(SUSMAN,1976).
autônomos:
Alcino (2001) definiu a estrutura dos Grupos Semi Autônomos – “Self Direct Work
Planejamento de Produção);
autônoma;
Prevenção de Comunicação/
Perdas Social
SDWT
TPM Eficiência do
Processo
problema.
com menos de dez pessoas, ou até mesmo com apenas cinco pessoas, a estrutura
padrão solicita apenas um responsável por cada Ponta de Estrela (Star Point) e,
2000 pessoas
na Fábrica
considerando
20 pessoas/Estrela
100 Estrelas
4 pessoas/ponta
2.6 BRAINSTORMING
regras de ouro: nunca critique uma sugestão; encoraje as idéias bizarras; prefira a
idéias.
participantes podem expor qualquer idéia, por mais absurda que pareça, sobre todos
7. Sem “ping-pong”
8. Não há risco
Kaizen seja apenas uma de muitas ferramentas e/ou filosofia de produção Lean, sua
origem pode ser resgatada do início do século XX. Em suma, o método Quatro-
treinamento do Training Within Industry Report, 1940 (TWI). Discutindo com ênfase
para deixar bem claras as diferenças entre “ensinar e contar” e “instruir e mostrar”. A
treinamento do TWI.
as lições que serão ensinadas a ele. Entretanto o aluno talvez não tenha nenhuma
experiência industrial, assim um bom instrutor deve achar uma analogia ou história
com a qual irá conduzir o aluno a relacionar aquilo que está sendo ensinado com
algo que ele já conheça. Allen enfatiza que mesmo ensinando a técnica ou o serviço
que deva fazer com as próprias mãos para mostrar um “interesse” por parte dele. É
mais por essa razão que Allen dedica muitos capítulos em seu livro com métodos de
“para conduzi-los a ‘conseguir’ a idéia nova que o instrutor deseja agregar para o
de uma grande lição. O instrutor deve se esforçar para não passar muita informação
de uma única vez. Com isso consegue-se focar a atenção num ponto único que
detalhado através do livro, baseado tanto nos tipos de trabalho como nas
características e nível de conhecimento do aluno. A eficácia do desenvolvimento do
isso”. Mesmo que o aluno esteja na linha de raciocínio correta (passo 1) e o instrutor
tenha feito um excelente trabalho de apresentar a lição (passo 2), não se tem
certeza que o novo conhecimento adquirido possa ser colocado em prática. Allen
enfatiza no passo 3 que o aprendizado não tem valor algum ao menos que a pessoa
possa realmente fazer isso e de forma correta. O passo Aplicação tem dois
propósitos:
1º) Desde que o poder para aplicar uma coisa é diferente de simplesmente
conhecê-lo, ele deve ser treinado em aplicar de verdade ou colocar em prática a que
foi apresentado.
os pontos da lição.
Outro importante ponto considerado por Allen é que não importa quão bem a
lição tenham sido passados, erros surgirão e devem ser corrigidos nessa fase.
O passo final, Teste, não passa de simplesmente permitir que o aluno faça
seu trabalho sem ajuda, mas vistoriado por um instrutor. Se o aluno falhar em fazer
aplicado mais uma vez. Ele enfatiza que se cada um dos passos foi cuidadosamente
passos com sucesso com um aluno, pode ser considerado um raro e valioso
recurso. O último passo é muito mais um teste para instrutor do que para o aluno.
construção, dentro dos quais cada um depende do anterior para se obter sucesso. A
juntar e ligar corretamente uma série de lições Um-Ponto, os quais são comuns
gerenciamento japonês. Cada lição modulada dentro da lição completa deve ter um
ponto único focado, e deve ser entendido pelos alunos dentro do contexto geral do
curso. Mesmo que a explicação dos Quatro-Passos ocupe apenas quatro capítulos
literalmente ser a definição de Kaizen hoje. Esse apontamento não é apenas uma
métodos para o Ocidente dizia que, “O Kaizen é a base filosófica que sustenta a
1996).
Formado por Kai (Mudança) e Zen (Bom, para melhor), este conceito japonês
perguntando Como, Quando, Onde, Porquê várias vezes para descobrir a melhor
A gestão Kaizen exige que, numa primeira abordagem, seja feita uma operação
Seiri, Seiton, Seisoh, Seiketsu, Shitsuke. Fujita (1999) define cada um destes
conceitos, lembrando que sua tradução muitas vezes limita seu real significado.
A palavra Seiri consiste em dois caracteres, “Sei” que significa “pôr algo”, e
“Ri” que quer dizer “lógica” ou “razão”. Por tanto Seiri quer dizer “organizar”,
conforme certos princípios ou regras (logicamente). A maioria das companhias hoje
pensa que Seiri quer dizer “classificar as coisas de acordo com o uso (você precisa
deles? Ou não precisa deles?), e separar o que você não precisa do que você
precisa”.
guarda coisas obsoletas, pois sentem que provavelmente precisarão um dia. Seiri é
a arte de jogar fora. Consiste também em buscar as causas, por que coisas
equipamento, o lixo que nossas casas produzem diariamente. Nós temos que
Ao final do mês as coisas que ainda tiverem etiqueta vermelha são classificadas
Seiton é escrito em japonês com os dois caracteres, “Sei” que significa “pôr
acessadas e utilizadas o mais rápido possível”. Claro que, temos que fixar padrões
que nos definam “o mais rápido possível”. Como exemplos temos ferramentas
silhuetas adicionais das ferramentas e até mesmo seus nomes. Outra técnica que
freqüentemente utilizada são nas pastas organizadas nas estantes, onde são
aplicadas linhas diagonais na parte visível, de forma que as pastas sempre sejam
repostas na mesma ordem e nunca sejam confundidas. Isto é o principal, “um lugar
que nós devemos aplicar o primeiro três dos 5Ss (Seiri, Seiton, Seiso)
parece não ter sentido aceitar Seiketsu como uma atividade separada com um
estado ideal conseguir que os funcionários usem uniformes brancos para operar
“estado ideal”. Um estado ideal é uma situação que nós desejamos ou aspiramos; se
contraste, um estado atual é uma situação que de fato existe no momento. Nós
esperamos e o que de fato existe. Neste sentido, padrão é uma descrição escrita de
“como deveria ser”. Por exemplo, as linhas amarelas pintadas no chão da fábrica
para mostrar áreas de risco, esperam que as pessoas respeitem, ou seja, é um
elevador pela manhã. Quando a porta do elevador estava prestes a fechar, entrou
você sabe quem sou eu?” Aqui na companhia quando encontramos alguém dizemos
desavisado disto, e o gerente lhe avisou. Nos ensinam em casa várias regras, lavar
as mãos antes de comer, escovar os dentes e assim por diante. Isto é o significado
chegassem pela manhã, se reuniriam no pátio da companhia, diriam bom dia uns
aos outros, fariam os exercícios ao som de uma musica e então voltariam aos seus
mostrou interesse nos exercícios. O presidente pediu então para que a diretoria e
gerentes fizessem os exercícios com ele, mas também foi um fracasso. Não que os
empregados repugnavam os exercícios físicos, o que eles relutavam era fazer este
colaboradores.
A gestão Kaizen exige uma forte mudança da cultura interna, desde o topo da
gemba (lê-se guemba) - não nas nossas secretárias! Por isso, o conceito central de
Gemba Kaizen, muito popularizado nos EUA pela Toyota nos anos oitenta, é o de
organização tem de reconhecer que todos têm competências para contribuir com
de ação rápida. Estes grupos são formados por elementos de várias hierarquias da
cinco dias úteis - são os eventos Gembakaizen Blitz. ("Blitz" identifica ações de
implementação rápida e eficaz). Como o Kaizen enfatiza a ação real, a equipa tem
Womack & Jones (1998) e Ohno (1997), também ressaltam os sete tipos de
desperdícios que foram identificados por Shigeo Shingo para o Sistema Toyota de
Produção:
2.9.1 Superprodução
Produzir mais antes ou mais rápido do que requerido pelo processo seguinte.
1- Pagamentos extras
3- Custo de energia
4- Deterioração do produto
5- Manutenção de equipamentos
de “estoques de segurança”
7- Consumo de mais embalagens
menores ou de uma peça só, a melhoria do “layout” é uma precondição básica para
o seu uso.
O termo sugere muito mais que concentrar apenas no tempo de entrega, pois
estoque zero, ou sem estoque, o que vale dizer que cada processo deve ser
em um fluxo pobre, bem como em lead times longos. Quando o operário permanece
lotes.
funcionários e equipamentos;
racionais.
geralmente quando uma aproximação mais simples pode ser mais efetiva.
Operações extras são introduzidas, quando são executados esforços para atender
processamento.
que P, a produção será dirigida pela especulação, que torna inevitável o crescimento
Todavia, a produção contra pedido não tolera que o prazo de entrega seja
muito longo, de forma que o ciclo da produção deve ser reduzido drasticamente,
pequenos lotes é outra medida bastante efetiva, mas que só pode ser alcançada
apenas os aspectos temporais que estão nas superfícies das operações. Porém, o
equipamentos são aperfeiçoados antes das melhorias nos movimentos básicos das
geradores de desperdício.
no processamento como:
que entregam as peças requeridas quando necessária uma de cada vez, é bastante
deve ser entendida como uma ação preventiva e ou de contenção, nunca como uma
como dispositivos a prova de erro (Poka-yokes), que muitas das vezes de simples
confecção e implementação.
(OHNO, 1997).
Uma das ferramentas de controle utilizadas pela Produção Enxuta, que vai ao
dois tipos de atividades são denominadas pelo termo kanban (RITZMAN, 1996).
Kanban é o termo japonês que significa cartão. Este cartão age como
Ainda segundo Voss & Clutterbuck (1989), Kanban é um sistema puxado de controle
pode ser retirado do estoque e transferido para um destino específico. Este contém
entre outras.
outras.
Kanban do fornecedor: são usados para avisar ao fornecedor que é
fornecedores externos.
trabalho estão próximos uns dos outros. Neste caso um mesmo quadro de kanban
pode ser utilizado por dois centros produtivos. Neste sistema o centro consumidor
retira um lote de peças e põe o cartão no quadro de kanban. O centro produtor, com
são utilizados em conjunto neste tipo de sistema. O kanban de transporte serve para
fazer a movimentação das peças. Este acompanha os lotes de peças até os centros
famílias de produtos. Uma ferramenta da Produção Enxuta que pode ser utilizada
medida em que ele viabiliza o fluxo de lotes pequenos de produção. Além disso,
produção é iniciada a partir de uma instância central de planejamento que faz uso de
ocorrência da demanda, pois de outra maneira os bens não poderiam ser entregues
dentro do prazo. Portanto, os lead times de produção têm de ser conhecidos ou
aproximados.
evitar longos tempos de espera, peças e produtos acabados devem ser estocados
são conhecidos como sistemas de inventário zero (apesar disto não ocorrer na
realidade).
MTS são fabricados para estoque, sem que haja, necessariamente um pedido firme
sistema kanban).
gerenciados via kanban, e quais serão produzidos sob ordens de produção (MTO).
como MTO e os de consumo e fluxo mais freqüentes podem ser considerados como
MTS.
classificação dos produtos é tão simples. Os produtos têm valores diferentes entre si
da produção nos quadros de kanban torna-se mais complexa porque produtos MTO
cartões talvez seja a fase mais importante do projeto do sistema kanban. Define-se,
mas devemos observar que muitas variáveis influenciam este processo, cuja análise
Quantidade de kanbans
B=
tamanho do lote
estudar melhor este problema e apresentar um método que forneça uma base
consumidor do produto final. Esta ferramenta, introduzida por Mike Rother e John
da situação atual e na construção da situação futura. Por outro lado, ela é uma
ferramenta que, assim como as outras da Produção Enxuta, se concentra mais nas
neste tipo de ferramenta. Nesse sentido é preciso uma análise racional que justifique
organiza. A idéia é obter com ela uma visualização clara dos processos de
Qualquer atividade que consome recursos mas não agrega valor ao cliente
(muda). Há dois tipos de desperdício: tipo 1 e tipo 2. O muda tipo 1 não agrega valor,
(Value Stream Mapping) é uma ferramenta essencial, pois ajuda a visualizar mais do
modelagem.
cadeia de produção onde os processos individuais estejam ligados aos seus clientes
“Tudo agora é puxado pelo cliente e não empurrado pela empresa” (SHINGO, 1996).
Produção Enxuta reúne uma série de princípios para eliminar desperdícios
durante a produção dos produtos, buscando atingir (ou até superar) as expectativas
1. Especificar o que gera e o que não gera valor sob a perspectiva do cliente. Ao
ou esperas.
perdas e desperdícios.
sistema de produção enxuta. Estas questões, propostas por Rother & Shook (1998),
são:
posteriores que estão mais próximos do cliente (Tempo “takt” é o tempo usado para
sincronizar o ritmo de produção com o ritmo de demanda. É um número de
referência que nos dá a noção do ritmo em que cada processo precisa estar
produção?
produção?
programada?
puxador?
Dentro desse contexto, Hines & Taylor (2000) afirmam que quando se pensa
organização:
Atividades que agregam valor são atividades que, aos olhos do consumidor
Hines & Taylor (2000) acrescentam que, nas empresas de manufatura, estes
atividades que agregam valor; 60% de atividades que não agregam valor; e 35% de
atividades, o próximo passo é colher dados sobre o tempo de ciclo. O tempo de ciclo
que ele passa de uma atividade para outra. O próximo passo é estimar o valor
um plano de aperfeiçoamento.
atividades que não agregam valor, bem como aumentar a eficiência e a eficácia das
informações que serão significativos com relação ao rumo a ser tomado. Cabe a ele
Dentro desse contexto, os responsáveis pela decisão podem optar por uma
outro lado, Rother & Shook (1999) alertam que uma decisão como essa pode levar,
algumas vezes, para áreas que têm muitos problemas importantes para serem
O “Takt Time” é o tempo em que deve ser produzido uma peça ou produto,
baseado no ritmo das vendas, para atender a demanda dos clientes. O “takt time” é
calculado dividindo-se o volume da demanda do cliente (em unidades) por turno pelo
tempo disponível de trabalho (em segundos) por turno, como mostrado na fórmula 3.
O “takt time” é usado para sincronizar o ritmo da produção com o rendimento das
vendas. Este indicador de ritmo de produção é um referência que mostra a
velocidade em que cada processo precisa estar produzindo e ajuda a enxergar como
as coisas estão indo e o que precisa fazer para melhorá-las. No mapa do estado
partes estão em fluxo contínuo (ou em alguns casos, de forma consistente com lotes
utilizadas onde os produtos são completados para um cliente externo, como em uma
mais conhecido de uma célula é o formato em “U”, como mostrado na figura 4, mas
muitas formas são possíveis. O processamento em fluxo contínuo também é
processo para o próximo, uma peça de cada vez. Cada passo do processo opera
somente na peça que é necessária ao próximo passo pouco antes que este passo
também é chamado “fluxo de uma peça”, “fluxo de uma única peça” e “faça uma,
dos operadores em relação ao “Takt Time”, baseado em dados reais que foram
mentalidade para o fluxo contínuo. Sempre que alguém inicia o trabalho com o DBO,
Temp
o
A B C D E
Operaçõe
DEPOIS
s
Takt time = 51.6
seg.
Oportunidade
Kaizen
Temp
o
A B C D E
Operações
resultados.
Segundo Tellis (1997), existem três tipos distintos de estudo de caso, o exploratório,
(mangueiras de ar condicionado).
trabalho. Este programa foi denominado Kaizen e um grupo piloto foi testado,
· Lotes menores;
nas ferramentas da Manufatura Enxuta foi ponto de partida para o sucesso deste
trabalho. Caso não tenha este alinhamento, é importante antes do início das
planejamento de todo o Kaizen com datas bem definidas foi apresentado nesta
reunião foi indicado também um coordenador geral das atividades que foi o
Engenheiro de Manufatura.
produtiva, para levantamento das operações ou mesmo partes das operações que
“Geram Valor”, “Não Geram Valor” mas são necessárias e, por fim, as que “Não
“Layout”. Este principio foi simples e vem de encontro com a filosofia da Manufatura
de caso foi aplicado na integra os conceitos do Kaizen, mas de uma forma mais
intensa com reuniões de Brainstorming por um período de três meses com objetivos
Modulator Fabrication
100/Day
Suppliers
Material Flow
(1/99)
1'-0"
29 Griffin Road South
1X Daily
3 days
Scheduled
Shipment s I
Shipping
106'-0"
Rifocs Loading
Dock
20'-0"
Fiber Prep 25'-0"
25'-0"
I
25'-0" 25'-0" 13'-0"
I I .1 days .5 days
15 - 30 days 2 days I
24'-0"
14'-6"
29'-0"
Wafer Fab Dice & Polish A&T Packing
Bay 4a
I
20 days I I
1.5 days .5 days
28'-0"
Package Prep
14'-0"
I I
6 days 3 days Push
4'-5 9/16"
Lunch Room
1'-0"
29 Griffin Road South Sales
Orders 1X daily
10'-0" Manufacturing Facility
Materials
Purchasing
Mgt
Scheduled MRP
Shipments
Loading I
Dock
20'-0"
Pack/Ship
25'-0" 25'-0" Fiber Prep
24'-0"
Bay 4a Wafer Fab Dice & Polish A&T
I Rifocs
I Material Push
Material Flow
Lunch Room
Bay 4b Bay 3
Para este estudo de caso, utiliza-se uma área produtiva que já estava
trabalhando com a filosofia de SDWT no piso de fábrica. Esta mesma área, através
por turno de trabalho para trabalhar no time do Kaizen e representar o time nas
eventuais reuniões.
da aplicação do Brainstorming.
os mesmos deram notas de zero a dez para alguns pontos relevantes para a
dos fatores que também contribuíram muito para o sucesso deste estudo de caso foi
trabalhar com uma área produtiva que já estava operando com “Grupos Semi
10 Suporte da coordenação
9
Recursos para trabalhar
8
Treinamento para trabalhar
7
Notas de 0 a 10
1 Ambiente de trabalho é
bom
0 Colaboram uns com os
Antes do Kaizen Depois do Kaizen outros
produção enxuta revelam que os trabalhadores reagem apenas quando existe algum
da célula produtiva.
30
25
20
15
10
0
op.10 op.20 op.30 op.40 op.50 op.70/80 op.90 op.100 op.110 op.120
Com base nos dados do DBO (Estado Atual) e no estudo de Fluxo de Valor,
30
25
20
15
10
0
op.10 op.20 op.30 op.40 op.50 op.70/80 op.90 op.100 op.110 op.120
25
20
15
10
0
op.10 op.20 op.40 op.70/80 op.90 op.100 op.110
Sucção e Descarga
prensagens diferentes.
Para este trabalho foi designada uma sala próxima da área produtiva que
ficou reservada e dedicada ao time do Kaizen, com o objetivo de servir como central
para todas as tarefas e com o material básico de apoio para consulta e utilização.
Nesta sala constava também um quadro brando magnético, que foi utilizado com
recortes fixos por ímãs de fácil manuseio para estudo do melhor arranjo físico. Desta
forma, alguns dos princípios básicos do Kaizen são atendidos, em que todo o
melhor as idéias.
figura 6 e 7.
Figura 5: Novo arranjo físico (“Lay-out”) já em forma de “U” com a incorporação das
modificações e sugestões. Célula 1
Figura 6: Novo arranjo físico (“Lay-out”) já em forma de “U” com incorporação das
modificações e sugestões. Célula 2
450
400
350
300
PEÇAS
250
200
150
100
50
0
ANTES DO KAIZEN DEPOIS DO KAIZEN
Atual (antes do Kaizen), onde entre operações não eram definidas as quantidades
considerou-se o Estado Atual com 18 peças em média, e para o Estado Futuro, com
a implementação dos cabides com nove peças em média por operação. Isto mostra
6000
Quantidade de Peças
5000
4000
3000
2000
1000
0
Área Produtiva (Antes) Célula de Produção (Depois)
do time. Um dos fatores que também contribuíram muito para o sucesso deste
estudo de caso foi trabalhar com uma área produtiva que já estava operando com
anteriormente.
que é “Valor”, e não a empresa. É o que realmente agrega valor ao produto final.
apresentados.
ALESSI, Vicente - Revista AUTODATA – Editora Autodata Ltda, São Paulo, 2002.
CHASE, Richard B. - Production and Operation Management. 8th ed. UK: IE-Mc
Graw Hill, 1998.
GIANESI,I & CORRÊA. Just in Time, MRPII e OPT. Ed. Atlas, 1993.
GIL, A. C. - Como Elaborar Projetos de Pesquisa, 3. Editora São Paulo, SP: Editora
Atlas, 1996.
HINES, P.; RICH, N. - The seven value stream mapping tools. International Journal
of Operations & Production Management, v. 17, 1997.
PERACE, J.; RAVLIN, E., - The design and Activation of Self-Regulating Work
Groups, Human Relations, v.40, n.11, 1987.
ROTHER, Mike e HARRIS, Rick - Criando Fluxo Contínuo, Impresso Versão 1.0,
São Paulo 2002.
WILLIAM , Feld. - Lean Manufacturing: Tools, Techniques and How to Use Them.
APICS, 2001.
WOMACK, J. P.; Jones, D. T.; Roos, D. - A máquina que mudou o mundo, ed. Rio
de Janeiro: Editora Campus, 1992.