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Ideia de que a medicina grega e egípcia eram medicinas sociais/coletivas, não centradas sobre
o individuo.
Seria a medicina moderna -final do séc. XVIII – com o aparecimento da anatomia patológica
individual? É individual porque esta nas relações de mercado? Ignora a dimensão global, coletiva
da sociedade?
Busca mostrar o contrário: a medicina moderna é social e que tem uma tecnologia de corpo
social – é uma prática social que somente um de seus aspectos é individualista.
A hipótese é de que com o capitalismo não se deu a passagem de uma medicina coletiva para
uma medicina privada, mas o contrário. Socializou o corpo enquanto força de produção e
trabalho. O controle da sociedade sobre os indivíduos começa no corpo. Corpo é uma realidade
biopolítica, a medicina uma estratégia biopolítica.
Como foi feita a socialização? Não foi primeiramente o corpo que trabalha assumido pela
medicina. Três etapas precederam e formam a medicina social: medicina de Estado, medicina
urbana e finalmente a medicina da força de trabalho.
3- Inglaterra. A medicina dos pobres e da força de trabalho. Na França esses não foram
analisados com fontes de perigo médico, o amontoamento ainda não era grande para
que a pobreza aparecesse como perigo e o pobre funcionava no interior da cidade como
condição da existência urbana, eram úteis. Somente no segundo terço do séc. XIX que o
pobre apareceu como perigo. 1- razão política – capaz de se revoltar ou participar da
revolta; 2 – dispensar os serviços criando sistemas e retirando a possibilidade de viver
dos pobres. 3 – a cólera cristalizou medos políticos e sanitários, dividindo espaço urbano
entre pobres e ricos, pois a coabitação foi considerada um perigo sanitário e político
para a cidade – organização em bairros de pobres e de ricos. A lei dos pobres na
medicina inglesa que a faz começar a ser social, passa a ter o controle médico do pobre.
Como ele se beneficia do sistema de assistência, se submete a vários controles médicos.
Assistência controlada, intervenção médica para ajudar os pobres a satisfazer suas
necessidades de saúde – protegendo a saúde das classes ricas. Um cordão sanitário
autoritário é estendido no interior das cidades entre ricos e pobres. Controle médico da
população. 1 – controle da vacinação, obrigando os diferentes elementos da população
a se vacinarem. 2 – organização dos registros de endemias e doenças epidêmicas. 3 -
localização de lugares insalubres e destruição dos focos de insalubridade. O health
servisse atinge igualmente toda a população e cuidados médicos que tem por objetivo
a população e não o individuo. Reaparece no séc. XIX grupos de dissidência religiosa que
tem por objetivo lutar contra a medicalização, reivindicando o direito sobre o próprio
corpo, de viver, estar doente, curar e morrer como quiserem. Desejo de escapar da
medicalização autoritária.