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PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTERAPIA CLÍNICA

UNIDADE TEMÁTICA: FITOTERAPIA

Nome: Giseli do Nascimento Rodrigues


Atividade de Portfólio
Apesar do Formulário de Fitoterápicos Farmacopeia Brasileira (2011) apresentar o uso
e a preparação de pelo menos três espécies de maracujás conhecidos no Brasil (BRASIL, 2011),
apenas a Passiflora incarnata L. é utilizada pelos medicamentos Calman® e Pasalix®. Ela,
também, está incluída no Memento Fitoterápico, com as indicações de usos, contraindicações,
precauções e superdosagem (ANVISA, 2016).
Da família da Passifloraceae, os nomes populares são Flor-da-paixão, Maracujá,
Maracujá-rosado, Martírios, Granadilha-purpúrea (JESUS e FALEIRO, 2019). Originária da
América tropical a Passiflora incarnata L., é uma espécie de maracujazeiro cujas plantas são
trepadeiras herbáceas ou lenhosas, podendo atingir de 5 m a 10 m de comprimento. De acordo
com a descrição botânica de Pereira (2014) as suas folhas “são alternadas, trilobadas e,
ocasionalmente, pentalobadas, medindo 15 centímetros de comprimento e 13 de largura e
possui pecíolos com duas glândulas junto à base da lâmina foliar”. Suas inflorescências
consistem em flores singulares, pediculadas na parte axilar das folhas, com flores medindo entre
6 a 7 centímetros e hermafroditas. Já os frutos, os maracujás, tem formato variando do ovais ao
globosos, de cor verde, que “adquirem a cor laranja após a maturação” (PERERIRA, 2014).
Segundo Jesus e Faleiro (2019) e Pereira (2014), os principais constituintes dessa espécie são: os
flavonoides (1,5 a 2,5 % - principal o mono-C-glicosilflavonas ) e os alcaloides mais
especificamente os indólicos.
A espécie foi reconhecida como um produto tradicional fitoterápico pela IN 02/2014
(ANVISA, 2014a), sendo que posteriormente, seu nome originalmente Passiflora edulis Sims, foi
alterado pela IN 10/2014 (ANVISA, 2014b) para o atendimento às normas internacionais de
nomenclatura botânica vigente.
Segundo a IN 05/2008 a prescrição da Passiflora incarnata L., considerado um ansiolítico
leve, não é exclusiva médica (ANVISA, 2008), significando que todos os profissionais da área da
saúde, habilitados ou especializados, podem adotar a utilização do vegetal em sua prática.
O Calman® é registrado como medicamento fitoterápico, possuindo duas formas de
dispensação: comprimidos revestidos e solução oral (Farmacêutica Ativus, 2019). Já o Pasalix® ,
segundo sua bula possui apenas a Forma Farmacêutica (FF) em comprimidos (Marjan Farmc,
2019). Ambos comprimidos possuem a mesma composição de princípios ativos, sendo essa FF a
de mais fácil administração, transporte e que ainda possui formulas, dosagens conhecidas e
controladas pela indústria (SAAD et al., 2018).
A solução oral mencionada acima possui as quantidades equivalente de marcadores,
sendo os excipientes utilizados para a composição de “xarope”, permitindo administração para
crianças e idosos. Para comprimidos são utilizados os extratos secos das partes aéreas da planta
Passiflora incarnata L., do Crataegus oxyacantha L. e da Salix alba L.. Já na solução são utilizados
os marcadores de extrato fluido de Passiflora incarnata L., o alcoolato de Crataegus oxyacantha
L. e o extrato mole de Salix alba L. (Farmacêutica Ativus, 2019; JESUS e FALEIRO, 2019; Marjan
Farmc, 2019).
Com relação à toxicidade, Pereira (2014) registra vários trabalhos que indicam baixa ou
nenhuma toxicidade nos ensaios pré-clínicos, clínicos, ou mesmo por automedicação. Os
sintomas relatados e fatos isolados com o uso do fitoterápico foram relacionados com a
administração concomitante com outros medicamentos como a Valeriana officinalis L. e
lorazepam (PERERIRA, 2014).
Sendo assim, é possível considerar a Passiflora incarta L. como um recurso terapêutico
interessante para várias faixas etárias, uma vez que seu uso é considerado seguro pelos órgãos
regulamentadores, ainda que estudos mais profundos sobre sua utilização sejam necessários.

REFERÊNCIAS

ANVISA. Determina a publicação da “LISTA DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE


REGISTRO SIMPLIFICADO”.Brasil, 2008.

___. Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado e Lista de produtos


tradicionais fitoterápicos de registro simplificadoBrasil, 2014a.

___. Altera o item 11 da Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado,


do Anexo da Instrução Normativa No 2, de 13 de maio de 2014, que publica a “Lista de
medicamentos fitoterápicos de registro simplificado” e a "Lista de produtos traBrasil, 2014b.

___. Memento FitoterápicoBrasília: 2016.

BRASIL. Formulário de Fitoterápicos Farmacopeia Brasileira. Brasília: [s.n.]. Disponível em:


<www.anvisa.gov.br>. Acesso em: 7 fev. 2018.

FARMACÊUTICA ATIVUS. Bula Calman. São Paulo: [s.n.]. Disponível em:


<http://www.ativus.com.br>. Acesso em: 18 mar. 2019.

JESUS, O. N. DE; FALEIRO, F. G. Classificação Botânica e Biodiversidade. 2019.

MARJAN FARMC. Bula Pasalix. São Paulo: [s.n.]. Disponível em:


<http://media.netfarma.com.br/bulas/Pasalix-P00001MRJ00.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2019.

PERERIRA, S. M. T. O Uso Medicinal da Passiflora incarnata L. [s.l.] Coimbra, 2014.


SAAD, G.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. C. Fitoterapia contemporânea: tradição e
ciência na prática clínica. 2 ed ed. Rio de Janeiro: [s.n.].

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