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1. INTRODUÇÃO
Docerias e cafeterias têm conquistado representatividade cada vez maior no setor
gastronômico em todo o Brasil. A competitividade do setor de confeitaria é extensa, devido o
grande número de “players” no seguimento. Com isso, surge a exigência da otimização no
processo produtivo como um dos fatores para o crescimento no market share das cafeterias e
docerias.
4. Definição dos tempos de ciclo para cada etapa do processo, para cada família de
produto, utilizando técnicas de cronoanálise;
2. METODOLOGIA
2.1 Simulação Operacional
A simulação operacional a ser adotada por estes autores será uma aplicação da simulação da
produção de uma fábrica de doces no ArenaSimulation Software® um produto da Rockwell
Automation, Inc.
Para que a simulação possa fornecer uma visão fiel acerca do processo em estudo e contribuir
significativamente para sua melhoria, devem ser levadas em conta todas as variáveis que
influenciam o modelo criado. A omissão de alguma variável leva a distorção do modelo, o
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que ocasiona a ineficiência deste e pode levar a tomada de decisões equivocadas (AGUILAR
et al, 2009).
A melhor maneira de representar o mapa é em uma folha de papel grande e a lápis, pois
permite a correção de erros e a reavaliação de ideias mais facilmente. A partir do momento
que o plano de trabalho é concluído, faz-se um novo mapa atual, com menos desperdício, mas
que ainda pode ser melhorado. Dessa forma entra-se numa espiral de melhoria contínua. Este
trabalho deve ser feito por uma pessoa apenas, que deve ter a liberdade de transitar por todos
os departamentos da empresa em busca de informações, para que haja uma compreensão do
fluxo completo de material e de informação do produto. É importante ter sempre em mente
que se deve desenhar o fluxo de produtos dentro da empresa, e não a empresa (MOREIRA e
FERNANDES, 2001).
3. REFERENCIAL TEÓRICO
O software Arena surgiu a partir da atualização da programação de dois outros softwares
conhecidos como Siman e Cinema. Segundo Prado (1999), o SIMAN é uma linguagem de
simulação e, em 1983, deu nome ao primeiro programa de simulação para computadores
pessoais (PCs). O CINEMA foi o primeiro programa para animação de simulação em PCs e
surgiu em 1984. Este conjunto foi continuamente melhorado e, a partir de 1993, os programas
foram unificados em um único software, o Arena (SILVA et al, 2007).
Uma das principais ferramentas do software Arena é o Input Analyser que auxilia na
determinação das curvas de comportamento e também será utilizada para prevê alguns
intervalos de tempo do processo. Essa ferramenta fornece uma expressão matemática que
melhor descreve o comportamento dos dados, e que será utilizada para operar o modelo no
ambiente gráfico do Arena Simulation Software® (AGUILAR et al, 2009).
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4. ESTUDO DE CASO
O projeto de pesquisa foi realizado na empresa Empório Sweet, que a partir desse ano instalou
lojas, quiosques em redes de shoppings no estado do Ceará. Na fábrica de doces foram
detectadas diversas famílias de produtos a escolhida por estes autores para a realização do
estudo e análise do processo produtivo e da demanda foi a família dos produtos brownie,
cupcake e bem casado. Foram coletados dados das vendas de uma loja durante 5 (Cinco)
semanas, conforme a tabela 1, para o desenvolvimento dos cálculos de estatística descritiva da
demanda dos produtos. Dessa forma, os autores puderam visualizar as demandas das famílias
dos produtos em estudo de caso para a realização da simulação operacional para apresentar ao
fabricante melhorias a serem aplicadas no processo produtivo.
Os tempos de fabricação dos produtos brownie, cupcake e bem casado são para fabricação de
lotes de 60, 30 e 20 unidades respectivamente. Notou-se, ainda durante a etapa de coleta de
informações e tempos das operações, que os processos realizados na fabricação dos itens são
realizados por três pessoas e que estas apresentam multifuncionalidade.
Brownie Brownie
Processo Bem casado Cupcake Produto “X”
Tradicional Recheado
Preparação 1,00 1,00 1,50 0,67 1,04
Forno 1,00 1,00 1,50 1,33 1,21
Resfriamento 4,00 4,00 2,00 2,00 3,00
Corte e recheio 0,36 1,19 2,53 1,28 1,34
Acabamento 0,67 0,67 0,73 0,00 0,52
Demanda (IC) 47,84 14,77 46,01 15,40 7,75
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Tabela 3. Demanda calculada a partir do tempo total disponível em minutos durante uma semana (min).
Os autores decidiram seguir os 8 (Oito) passos propostos por Rother&Shook (1998) como
uma forma de avaliação da metodologia para desenvolver o mapeamento de fluxo de valor.
1) Determinar o takt time:
TAKT TIME = tempo de trabalho disponível
demanda do cliente
Com o mapeamento foi determinado um sequenciamento dos processos junto com o estudo
dos tempos foi de grande valia para a simulação.
PCP
CONTROLE
DE
ESTOQUE
Fornecedores ORDEM DE COMPRA
Loja
Seg-Sab 10:00-22:00
Dom 14:30-21:30
Esfriamento Cortar-
Preparacao Forno 235un/sem
natural Rechear-
x 1 x 1 x0 x 2 Demanda seg-sex 115un
2880min disp 2880min disp 2400min disp 2880min disp Demanda sab-dom 120un
73un/dia 438un 150min utilizado 438un 600min utilizado 438un 408min utilizado 438un
93.33% disponivel
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Para a simulação operacional inicial no software Arena, utilizou-se a divisão dos produtos
fabricados, conforme a Figura 2. A seqüência dos processos de cada família de produtos foi
feita separadamente e da mesma forma os recursos foram considerados diferentes em cada
processo.
Notou-se que, desta forma, a capacidade da linha de produção acabava sendo aumentada já
que determinados recursos haviam sido considerados mais de uma vez, o que implicou em um
resultado desproporcional ao modelo de fabricação real, como exemplo, o recurso forno que
aparecia nas três linhas e teve sua capacidade triplicada. Para evitar esse aumento excessivo
na capacidade e passar a considerar o número real de recursos disponíveis em cada etapa, foi
decidido fazer uma nova sequência de processos considerando a média das demandas de cada
produto em cada uma das etapas do processo de fabricação.
O novo sequenciamento que representou um produto genérico chamado produto “X” e que
considerou a média das demandas das três famílias de produtos tornou o resultado mais real e
proporcionou uma analise mais simplificada.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Através da simulação é possível avaliar diversos tipos de processos, sejam eles de fabricação
ou serviços, e chegar a análises bastante fiéis ao que se verifica no real. Os softwares de
simulação ao longo dos anos evoluíram e tornaram-se ferramentas de suma importância no
processo de tomada de decisão das mais variadas modalidades de mercado. Para a empresa
objeto do nosso estudo não poderia ser diferente, o método de simulação se mostrou de
grande valia para o dimensionamento da capacidade produtiva da fábrica de doces.
Considerado apenas as três famílias de produtos que foram pesquisadas e que tiveram seus
fluxos produtivos avaliados, concluem-se por meio das simulações realizadas no software
Arena, a partir do produto genérico que foi obtido das médias das demandas e das
capacidades de atendimento de cada setor para cada uma das três famílias, que a fábrica de
doces da empresa Empório Sweet, possui capacidade suficiente para atendimento das
demandas requeridas pela loja avaliada na pesquisa, para estas mesmas famílias de produtos.
O trabalho não é totalmente conclusivo, pois o mesmo se baseou apenas nos três produtos
mais vendidos, sendo, portanto, necessário fazer uma nova pesquisa de simulação a fim de se
conhecer a capacidade real da fabrica de doces da empresa Empório Sweet.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUILAR, S.M.S. et al.: Avaliação dos benefícios da aplicação da simulação, através do software Arena 10.0,
em uma empresa de transporte ferroviário. XXIX Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP
2009, Salvador, 2009.
MOREIRA, M.P., FERNANDES, F.C.: Avaliação do mapeamento do fluxo de valor como ferramenta da
produção enxuta por meio de um estudo de caso. Departamento de Engenharia de Produção – UFSCar. XXI
Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP 2001, Salvador, 2001.
OLIVEIRA, C. L P. A: Análise e Controle da Produção em uma empresa têxtil, através da cronoanálise, 2009.
PRADO, D.: Usando o Arena em Simulação. Editora de Desenvolvimento Gerencial, Belo Horizonte, 1999.
ROTHER, M., SHOOK, J.: Aprendendo a enxergar. Lean Institute Brasil, São Paulo, 1998.
SILVA, L.M.F. et al.: A. Utilizando o software Arena como ferramenta de apoio ao ensino em engenharia de
produção. Foz do Iguaçu, 2007.
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